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g o v e r n o d o e s ta d o d e s ã o pa u l o 2 Operador de Empilhadeira 2 Operador de Empilhadeira tran s porte emprego GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Geraldo Alckmin Governador SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Márcio Luiz França Gomes Secretário Cláudio Valverde Secretário-Adjunto Maurício Juvenal Chefe de Gabinete Marco Antonio da Silva Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Geraldo Alckmin Governador SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Márcio Luiz França Gomes Secretário Cláudio Valverde Secretário-Adjunto Maurício Juvenal Chefe de Gabinete Marco Antonio da Silva Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante Concepção do programa e elaboração de conteúdos Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Coordenação do Projeto Equipe Técnica Marco Antonio da Silva Cibele Rodrigues Silva, João Mota Jr. e Raphael Lebsa do Prado Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap Gestão do processo de produção editorial Fundação Carlos Alberto Vanzolini Wanderley Messias da Costa Diretor Executivo Márgara Raquel Cunha Diretora Técnica de Formação Profissional Coordenação Executiva do Projeto José Lucas Cordeiro Equipe Técnica Emily Hozokawa Dias e Odair Sthefano Sant’Ana Textos de Referência Beatriz Garcia Sanchez, Clélia La Laina, Dilma Fabri Marão Pichoneri, Maria José Masé dos Santos, Selma Venco e Walkiria Rigolon Mauro de Mesquita Spínola Presidente da Diretoria Executiva José Joaquim do Amaral Ferreira Vice-presidente da Diretoria Executiva Gestão de Tecnologias em Educação Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão do Portal Luis Marcio Barbosa, Luiz Carlos Gonçalves, Sonia Akimoto e Wilder Rogério de Oliveira Gestão de Comunicação Ane do Valle Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Assessoria pedagógica: Egon de Oliveira Rangel Editorial: Airton Dantas de Araújo, Ana Paula Peicher Lisboa, Bruno Meng, Camila Grande, Celeste Baumann, Mainã Greeb Vicente, Olivia Frade Zambone, Priscila Risso, Rogério Cantelli, Stella Mesquita e Tatiana F. Souza Direitos autorais e iconografia: Ana Beatriz Freire, Aparecido Francisco, Fernanda Catalão, José Carlos Augusto, Larissa Polix Barbosa, Maria Magalhães de Alencastro, Mayara Ribeiro de Souza, Priscila Garofalo, Rita De Luca, Roberto Polacov e Sandro Carrasco Apoio à produção: Fernanda Rezende de Queiróz, Luiz Roberto Vital Pinto, Maria Regina Xavier de Brito, Valéria Aranha e Vanessa Leite Rios Diagramação e arte: Jairo Souza Design Gráfico CTP, Impressão e Acabamento Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material: Coparts Com. de Peças e Serviços Ltda, DiCico, Jesus Inácio Bueno, Nacco Materials Handling Group Brasil, Pallets de Paula, Saur Equipamentos, Sest-Senat Santo André e Somov Caro(a) Trabalhador(a) Estamos bastante felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto a capacitação profissional é importante para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio. Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desempregado. Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manterem atualizados ou, quem sabe, exercerem novas profissões com salários mais atraentes. Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego. O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com instituições conceituadas na área da edu- cação profissional. Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidadãos para a sociedade. Temos certeza de que vamos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda maiores. Boa sorte e um ótimo curso! Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Concepção do programa e elaboração de conteúdos Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Coordenação do Projeto Equipe Técnica Marco Antonio da Silva Cibele Rodrigues Silva, João Mota Jr. e Raphael Lebsa do Prado Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap Gestão do processo de produção editorial Fundação Carlos Alberto Vanzolini Wanderley Messias da Costa Diretor Executivo Márgara Raquel Cunha Diretora Técnica de Formação Profissional Coordenação Executiva do Projeto José Lucas Cordeiro Equipe Técnica Emily Hozokawa Dias e Odair Sthefano Sant’Ana Textos de Referência Beatriz Garcia Sanchez, Clélia La Laina, Dilma Fabri Marão Pichoneri, Maria José Masé dos Santos, Selma Venco e Walkiria Rigolon Mauro de Mesquita Spínola Presidente da Diretoria Executiva José Joaquim do Amaral Ferreira Vice-presidente da Diretoria Executiva Gestão de Tecnologias em Educação Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão do Portal Luis Marcio Barbosa, Luiz Carlos Gonçalves, Sonia Akimoto e Wilder Rogério de Oliveira Gestão de Comunicação Ane do Valle Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Assessoria pedagógica: Egon de Oliveira Rangel Editorial: Airton Dantas de Araújo, Ana Paula Peicher Lisboa, Bruno Meng, Camila Grande, Celeste Baumann, Mainã Greeb Vicente, Olivia Frade Zambone, Priscila Risso, Rogério Cantelli, Stella Mesquita e Tatiana F. Souza Direitos autorais e iconografia: Ana Beatriz Freire, Aparecido Francisco, Fernanda Catalão, José Carlos Augusto, Larissa Polix Barbosa, Maria Magalhães de Alencastro, Mayara Ribeiro de Souza, Priscila Garofalo, Rita De Luca, Roberto Polacov e Sandro Carrasco Apoio à produção: Fernanda Rezende de Queiróz, Luiz Roberto Vital Pinto, Maria Regina Xavier de Brito, Valéria Aranha e Vanessa Leite Rios Diagramação e arte: Jairo Souza Design Gráfico CTP, Impressão e Acabamento Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Caro(a) Trabalhador(a) Estamos bastante felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto a capacitação profissional é importante para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio. Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desempregado. Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manterem atualizados ou, quem sabe, exercerem novas profissões com salários mais atraentes. Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego. O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com instituições conceituadas na área da edu- cação profissional. Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidadãos para a sociedade. Temos certeza de que vamos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda maiores. Boa sorte e um ótimo curso! Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Caro(a) Trabalhador(a) Dando continuidade aos estudos sobre o trabalho do operador de empilhadeira, neste Caderno você vai estudar mais sobre os principais conceitose práticas relacio- nados a essa ocupação. Iniciaremos, na Unidade 6, pelo reconhecimento dos códigos de cargas e demais sinalizações que todo operador de empilhadeira precisa conhecer. Em seguida, na Unidade 7, você conhecerá as rotinas de segurança que envolvem essa ocupação, analisando os procedimentos que devem ser adotados no local de trabalho para evitar acidentes com os equipamentos e, principalmente, com as pessoas. Na Unidade 8, estudaremos outro aspecto essencial relacionado à segurança no trabalho: as avarias em empilhadeiras. E também analisaremos a atuação do ope- rador de empilhadeira no atacado e no varejo. Na Unidade 9, nosso foco será a comunicação e suas repercussões no trabalho. E, por fim, na Unidade 10, você poderá rever os conhecimentos que construiu ao longo deste curso. Esse momento servirá para retomar o que você aprendeu e ver como organizar seu currículo, pois você terá um certificado e estará apto a buscar um emprego como operador de empilhadeira. Boa sorte nessa nova etapa que se inicia! Sum á ri o Unidade 6 9 Reconhecendo os códigos de caRgas e demais sinalizações Unidade 7 39 Rotinas de seguRança do tRabalho Unidade 8 61 avaRias, tecnologia, atacado e vaRejo Unidade 9 85 comunicação e suas RepeRcussões no tRabalho Unidade 10 97 Revendo seus conhecimentos FICHA CATALOGRÁFICA Tatiane Silva Massucato Arias - CRB-8/7262 São Paulo (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. Via Rápida Emprego: transporte: operador de empilhadeira, v.2. São Paulo: SDECTI, 2015. il. - - (Série Arco Ocupacional Transporte) ISBN: 978-85-8312-196-1 (Impresso) 978-85-8312-197-8 (Digital) 1. Ensino Profissionalizante 2. Transporte – Qualificação Técnica 3. Operador de Empilhadeira – Mercado de Trabalho I. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação II. Título III. Série. CDD: 331.12513884 op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 9 unida d e 6 Reconhecendo os códigos de cargas e demais sinalizações Quando você ouve a palavra “carga”, o que lhe vem à cabeça? A palavra carga pode assumir diferentes sentidos. Segundo o dicionário Aulete, ela pode ter significados como: 1. Ação ou resultado de carregar; carregamento: Concluíram tanto a carga quanto a descarga do navio. 2. Aquilo que pode ser transportado; carregamento: Separou a carga no depósito. 3. Quantidade ou volume de alguma coisa: Temos uma gran- de carga de trabalho. 4. Fig. O que representa grande responsabilidade ou grande fardo. […] 7. Fig. Coisa que oprime, que incomoda. © Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br> Com base na acepção 2, carga é toda mercadoria que pode ser transportada. Todas as atividades profissionais realizadas pelo operador de empilhadeira giram em torno da movimentação de cargas. Como já vimos em Unidades anteriores, segundo a Classificação Bra- sileira de Ocupações (CBO), o operador de empilhadeira pre- para e movimenta cargas. As cargas são identificadas por meio de símbolos em suas em- balagens e são organizadas e armazenadas segundo suas carac- terísticas específicas e seus prazos de validade. Dessa forma, é importante que o operador de empilhadeira reconheça cada símbolo utilizado nos diferentes tipos de carga. 10 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Classificação das cargas • Carga a granel: carga que ainda não foi embalada, ou seja, que será trans- portada sem nenhum tipo de acondicionamento e, portanto, sem identifi- cação. São exemplos de granéis sólidos (secos) o arroz, o feijão, a soja, o minério de ferro, o carvão e os fertilizantes; e de granéis líquidos o petróleo e os óleos vegetais. • Carga frigorificada: aquela que precisa de refrigeração permanente para que o produto permaneça conservado durante o transporte. Exemplos: carnes, peixes, frutas e alimentos prontos. • Carga perecível: todo tipo de carga que pode sofrer dano, degeneração ou perda da validade; pode conter produto comestível ou não comestível. Exemplos: remé- dios, peixes e plantas naturais. • Carga frágil: contém produtos que podem se quebrar facilmente. Exemplos: vidros, espelhos, eletrônicos, cerâmicas, porcelanas e alguns tipos de medicamento. • Carga indivisível/carga especial: pode ser peça única ou um conjunto de peças presas umas às outras montado apenas em locais muito específicos. Exemplos: toras de madeira, grandes bobinas de papel e aço, tubos metálicos extensos e peças de avião ou navio. • Carga perigosa: aquela que pode provocar acidentes ou danos de forma geral, inclusive gerando riscos para as pessoas. Exemplo: combustíveis. • Carga viva: seres vivos. Exemplos: porcos, frangos, cavalos, galinhas e bois. • Carga não limpa: aquela constituída por produtos que geram sujeira; deixa muitos resíduos no próprio meio de transporte e em outras cargas que venham a ser transportadas conjuntamente. Exemplos: carvão, lenha e areia. • Carga volumosa: aquela que apresenta grande porte, ou seja, grande volume, e ocupa muito espaço nos locais de armazenamento e nos veículos; seu trans- porte é planejado de acordo com o espaço (em metros cúbicos) que ela ocupa, pois ela pode apresentar peso pequeno. Exemplos: fogão, freezer, máquina de lavar roupas, geladeira, fardos de papel higiênico e caixas térmicas de isopor. • Carga em embalagem inadequada: aquela que apresenta embalagem em mau estado ou que, por causa de alguma especificidade, necessita ser reembalada pela transportadora; esses procedimentos são cobrados à parte. Exemplo: louças. • Carga valiosa: aquela que contém produtos com valor monetário alto ou com valor agregado; a maioria é acondicionada em embalagem lacrada ou conta com sistema op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 11 de segurança. Esse tipo de carga é fiscalizado nos locais de armazenamento e sua movimentação pode envolver normas e procedimentos específicos. Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas. Brasília: Sest/Senat, 2011. Atividade 1 Tipos de carga 1. Vamos verificar o que você conhece sobre os símbolos que identificam alguns cuidados necessários com as cargas? Relacione os símbolos da coluna da esquer- da com os significados descritos na coluna da direita. Mantenha para cima Frágil, mantenha na posição da seta Não empilhe Perigo – cargas suspensas Frágil Não incline Mantenha seco (livre de umidade) Perigo – veículos de movimentação de cargas Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti 12 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 2. Complete a tabela a seguir indicando quais tipos de carga são encontrados nos setores informados. Setores Tipos de carga Supermercado Frigorífico Indústria farmacêutica Indústria de bebida Pecuária Construção civil 3. Agora, em grupo, listem quais os tipos de carga que um operador de empilha- deira pode movimentar. op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 13 Produtos e cargas perigosos Denominamos produto perigoso às substâncias que, por suas características físicas e químicas, podem representar risco à saúde, à propriedade, à segurança pública ou ao meio ambiente. Esses produtos estão listados na Resolução no 420, de 12 de fe- vereiro de 2004, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e podemos citar como exemplos gasolina, pesticidas, corrosivos, álcool e solventes. Uma carga é considerada perigosa quando contém qualquer produto que ofereça os riscos citados quando é transportada, mesmo que ele não seja essencialmente peri- goso. Perceba que todo produto perigoso consiste em carga perigosa, mas nem sempre uma carga perigosa é composta por produtos perigosos – este último caso é o que acontece com vidros, toras de madeira e chapasde aço. A legislação que trata sobre o transporte de produtos perigosos em nosso país é o Decreto no 88.821, de 6 de outubro de 1983, alterado pelo Decreto no 96.044, de 18 de maio de 1988. Ambos foram complementados pelas instruções aprovadas pela Resolução ANTT no 420, de 12 de fevereiro de 2004, e por alterações posteriores. Todas as operações realizadas com produtos perigosos devem ser sinalizadas con- forme prescrito no artigo 2o do Decreto no 96.044, de 18 de maio de 1988: Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e descontaminação, os veículos e equipamentos utilizados no transporte de produto perigoso deverão portar rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com as NBR-7500 e NBR-8286. BRASIL. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D96044.htm>. Acesso em: 20 mar. 2015. Atividade 2 cuidados com cargas perigosas 1. Você acabou de ler sobre cargas perigosas, certo? Então, cite alguns produtos que você acredita serem cargas perigosas. 14 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 2. Que tipo de cuidados você acredita que os trabalhadores envolvidos em trans- porte de cargas perigosas deveriam ter? Descreva-os. Procedimentos especiais Assim como as operações com cargas perigosas necessitam de procedimentos espe- ciais, os trabalhadores envolvidos no carregamento, no descarregamento e no trans- bordo desses produtos também devem utilizar traje e equipamento de proteção individual específicos, conforme previsto no artigo 20 do Decreto no 96.044, de 18 de maio de 1988. Classificação dos produtos perigosos A Organização das Nações Unidas (ONU) dividiu os produtos perigosos em nove classes e respectivas subclasses. © R oc ha L ob o/ F ut ur a P re ss op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 15 Classificação Subclasse Definição Classe 1 Explosivos 1.1 Substâncias e artigos com risco de explosão em massa. 1.2 Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão em massa. 1.3 Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa. 1.4 Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo. 1.5 Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa. 1.6 Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa. Classe 2 Gases 2.1 Gases inflamáveis: são gases que a 20 °C e à pressão normal são inflamáveis. 2.2 Gases não inflamáveis, não tóxicos: são gases asfixiantes e oxidantes que não se enquadrem em outra subclasse. 2.3 Gases tóxicos: são gases tóxicos e corrosivos que constituam risco à saúde das pessoas. Classe 3 Líquidos inflamáveis – Líquidos inflamáveis: são líquidos ou misturas de líquidos que contenham sólidos em solução ou suspensão, que produzam vapor inflamável a temperaturas de até 60,5 °C. Classe 4 Sólidos inflamáveis 4.1 Sólidos inflamáveis, substâncias autorreagentes e explosivos sólidos insensibilizados: sólidos que, em condições de transporte, sejam facilmente combustíveis, ou que, por atrito, possam causar fogo ou contribuir para tal. 4.2 Substâncias sujeitas à combustão espontânea: substâncias sujeitas a aquecimento espontâneo em condições normais de transporte, ou a aquecimento em contato com o ar, podendo inflamar-se. 4.3 Substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis: substâncias que, por interação com água, podem tornar-se espontaneamente inflamáveis, ou liberar gases inflamáveis em quantidades perigosas. 16 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Classificação Subclasse Definição Classe 5 Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos 5.1 Substâncias oxidantes: são substâncias que podem causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isso. 5.2 Peróxidos orgânicos: são poderosos agentes oxidantes, periodicamente instáveis, podendo sofrer decomposição. Classe 6 Substâncias tóxicas e substâncias infectantes 6.1 Substâncias tóxicas: são substâncias capazes de provocar morte, lesões graves ou danos à saúde humana, se ingeridas ou inaladas, ou se entrarem em contato com a pele. 6.2 Substâncias infectantes: são substâncias que podem provocar doenças infecciosas em seres humanos ou em animais. Classe 7 Material radioativo – Qualquer material ou substância que emite radiação. Classe 8 Substâncias corrosivas – São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em contato com tecidos vivos. Classe 9 Substâncias e artigos perigosos diversos – São aqueles que apresentam, durante o transporte, um risco [não] abrangido por nenhuma das outras classes. SÃO PAULO (Estado). Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Manual de produtos perigosos. Disponível em: <http://200.144.30.103/siipp/arquivos/manuais/Manual%20de%20Produtos%20Perigosos.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. A inclusão de uma substância em uma das classes de risco é definida por critérios técnicos previstos na legislação do transporte rodoviário de produtos perigosos. Atividade 3 reparando as sinalizações Você já reparou nas sinalizações dos veículos com os quais cruza nas ruas e nas estradas? Observe as sinalizações a seguir e veja se consegue interpretá-las. Escreva, ao lado de cada uma, o que você acha que ela indica. op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 17 6 6 SUBSTÂNCIA INFECTANTE 8 Identificação dos produtos perigosos – rótulos de risco Todas as embalagens que contêm produto perigoso devem ser identificadas com rótulo indicativo da classificação do risco daquele produto. Isso também vale para os veículos que transportam esses produtos. Os números das classes e das subclasses são fixados na parte inferior desses rótulos. A Resolução ANTT no 420, de 12 de fevereiro de 2004, determina que os rótulos de risco tenham a forma de um quadrado, colocado num ângulo de 45°. Neles, pode haver símbolos, figuras ou expressões referentes à classe e/ou à subclasse do produ- to perigoso. Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti 18 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Veja na tabela os modelos usados para os rótulos. Modelos de rótulos de risco Classe 1 – Explosivos Subclasses 1.1, 1.2 e 1.3 1 Símbolo: bomba explodindo. ** (dois asteriscos): local para indicar a subclasse. * (um asterisco): local para indicar grupo de compatibilidade. Fundo: laranja. Número “1” no canto inferior: indica a classe. Subclasse 1.4 * (um asterisco): local para indicar grupo de compatibilidade. Fundo: laranja. Número “1” no canto inferior: indica a classe. Subclasse 1.5 * (um asterisco): local para indicar grupo de compatibilidade. Fundo: laranja. Número “1” no canto inferior: indica a classe. Subclasse 1.6 * (um asterisco): local para indicar grupo de compatibilidade. Fundo: laranja. Número “1” no canto inferior: indica a classe. 1 1.4 1 1.5 1 1.6 Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 19 Modelos de rótulos de risco Classe 2 – Gases Subclasse 2.1 – Gases inflamáveis Símbolo: chama, em branco ou preto. Fundo: vermelho. Número “2” no canto inferior, em branco ou preto. Subclasse 2.2 – Gases não inflamáveis, não tóxicos Símbolo: cilindro para gás, em branco ou preto. Fundo: verde. Número “2” no canto inferior, em branco ou preto. 2 2 2 2 Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti 20 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Modelos de rótulos de risco Classe 2 – Gases Subclasse 2.3 – Gases tóxicos Símbolo: caveira, em preto. Fundo: branco. Número “2” no canto inferior. Classe3 – Líquidos inflamáveis Símbolo: chama, em branco ou preto. Fundo: vermelho. Número “3” no canto inferior, em branco ou preto. Classe 4 – Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea; substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis Subclasse 4.1 – Sólidos inflamáveis Símbolo: chama, em preto. Fundo: branco com sete listras verticais vermelhas. Número “4” no canto inferior. 2 3 3 Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti 4 op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 21 Modelos de rótulos de risco Classe 4 – Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea; substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis Subclasse 4.2 – Substâncias sujeitas à combustão espontânea Símbolo: chama, em preto. Fundo: metade superior branca e metade inferior vermelha. Número “4” no canto inferior. Subclasse 4.3 – Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis Símbolo: chama, em preto ou branco. Fundo: azul. Número “4” no canto inferior, em preto ou branco. Classe 5 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos Subclasse 5.1 – Substâncias oxidantes Símbolo: chama sobre um círculo, em preto. Fundo: amarelo. Número “5.1” no canto inferior. 5.1 4 4 4 Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti 22 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Modelos de rótulos de risco Classe 5 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos Subclasse 5.2 – Peróxidos orgânicos Símbolo: chama, em preto ou branco. Fundo: metade superior vermelha e metade inferior amarela. Número “5.2” no canto inferior. Classe 6 – Substâncias tóxicas e infectantes Subclasse 6.1 – Substâncias tóxicas Símbolo: caveira, em preto. Fundo: branco. Número “6” no canto inferior. Subclasse 6.2 – Substâncias infectantes Símbolo: três meias-luas crescentes superpostas em um círculo, em preto. Fundo: branco. Inscrição “SUBSTÂNCIA INFECTANTE”, na metade inferior. Número “6” no canto inferior. 5.2 5.2 6 6 SUBSTÂNCIA INFECTANTE Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 23 Modelos de rótulos de risco Classe 7 – Materiais radioativos Categoria I – Branco Símbolo: trifólio, em preto. Fundo: branco. Inscrição “RADIOATIVO” em preto, seguida de uma barra vermelha, na metade inferior. Especificação de “CONTEÚDO” e “ATIVIDADE” na metade inferior. Número “7” no canto inferior. Categoria II – Amarela Símbolo: trifólio, em preto. Fundo: metade superior amarela, com bordas brancas; metade inferior branca. Inscrição “RADIOATIVO” em preto, seguida de duas barras vermelhas, na metade inferior. Especificação de “CONTEÚDO” e “ATIVIDADE” na metade inferior. Número “7” no canto inferior. Categoria III – Amarela Símbolo: trifólio, em preto. Fundo: metade superior amarela, com bordas brancas; metade inferior branca. Inscrição “RADIOATIVO” em preto, seguida de três barras vermelhas, na metade inferior. Especificação de “CONTEÚDO” e “ATIVIDADE” na metade inferior. Número “7” no canto inferior. Classe 8 – Corrosivos Símbolo: líquidos pingando de dois recipientes de vidro sobre uma mão e um pedaço de metal, em preto. Fundo: metade superior branca e metade inferior preta com bordas brancas. Número “8” no canto inferior. RADIOATIVO CONTEÚDO ATIVIDADE 7 CONTEÚDO ATIVIDADE 7 RADIOATIVO CONTEÚDO ATIVIDADE 7 RADIOATIVO 8 Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti 24 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Modelos de rótulos de risco Classe 9 – Substâncias perigosas diversas Símbolo: sete listras pretas na metade superior. Fundo: branco. Número “9” (sublinhado) no canto inferior. Fonte: AGêNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES (ANTT). Resolução nº 420, de 12 de fevereiro de 2004. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/1420/Resolucao_420. html>. Acesso em: 20 mar. 2015. Além desses símbolos, também é utilizado aquele que indica que o produto ou carga apresenta temperatura elevada: Sinalização do veículo – painel de segurança Outra maneira de identificar os produtos perigosos para o transporte é um painel de segurança, de cor alaranjada. Os padrões técnicos desse painel também são determinados pela legislação do transporte de produtos perigosos. Ele informa o número de risco e o número de identificação do produto (ou número da ONU). O número de risco tem dois ou três algarismos e indica a natureza e a intensidade dos riscos oferecidos pelo produto ou carga, conforme estabelecido na Resolução ANTT no 420, de 12 de fevereiro de 2004. 9 Número de risco Número da ONU Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 25 Quando é expressamente proibido o contato do produto com água, aparece uma letra “X” antes do primeiro número de identificação de risco. Reatividade com água Número da ONU (Identificador do produto) Classe de risco X423 2257 Característica do produto X423 Reage perigosamente com água Riscos subsidiários: gases inflamáveis Risco principal: sólido inflamável Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis 268 1005 Gás tóxico e corrosivo Amônia anidra 2783 Número de risco O segundo algarismo representa o risco subsidiárioNúmero da ONU 63 Riscos subsidiários Risco principal Gás tóxico e inflamável263 Gás Tóxico Inflamável Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti 26 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Quando o veículo transporta mais de um produto perigoso, o painel de seguran- ça não deve apresentar números: Significado dos números de risco Algarismo Significado 2 Desprendimento de gás devido à pressão ou à reação química 3 Inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases ou líquido sujeito a autoaquecimento 4 Inflamabilidade de sólidos ou sólido sujeito a autoaquecimento 5 Efeito oxidante (intensifica o fogo) 6 Toxidade ou risco de infecção 7 Radioatividade 8 Corrosividade 9 Risco de violenta reação espontânea X Substância que reage perigosamente com água (utilizado como prefixo do código numérico) Observações: 1. O risco de violenta reação espontânea, representado pelo algarismo 9, inclui a possibilidade, decorrente da natureza da substância, de um risco de explosão, desintegração ou reação de polimerização, seguindo-se o desprendimento de quantidade considerável de calor ou de gases inflamáveis e/ou tóxicos; 2. Quando o número de risco for precedido pela letra X, isso significa que não deve ser utilizada água no produto, exceto com aprovação de um especialista; 3. A repetição de um número indica, em geral, um aumento da intensidade daquele risco específico; 4. Quando o risco associado a uma substância puder ser adequadamente indicado por um único algarismo, este será seguido por zero. SÃO PAULO (Estado). Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Manual de produtos perigosos. Disponível em: <http://200.144.30.103/siipp/arquivos/manuais/Manual%20de%20Produtos%20Perigosos.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. D an ie l B en ev en ti op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 27 O número de risco determina o risco principal (primeiro algarismo) e os riscos subsidiários do produto (segundo e terceiro algarismos). Veja a seguir as combinações de números de risco. Combinações de números de risco Número de risco Significado 20 Gás asfixiante ou gás sem risco subsidiário 22 Gás liquefeito refrigerado, asfixiante 223 Gás liquefeito refrigerado, inflamável 225 Gás liquefeito refrigerado, oxidante (intensifica o fogo) 23 Gás inflamável 239 Gás inflamável, pode conduzir espontaneamente à violenta reação 25 Gás oxidante (intensificao fogo) 26 Gás tóxico 263 Gás tóxico, inflamável 265 Gás tóxico, oxidante (intensifica o fogo) 268 Gás tóxico, corrosivo 30 Líquido inflamável (23 °C PFg 60,5 °C), ou líquido ou sólido inflamável em estado fundido com PFg > 60,5 °C, aquecido a uma temperatura igual ou superior a seu PFg, ou líquido sujeito a autoaquecimento 323 Líquido inflamável, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X323 Líquido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis* 33 Líquido muito inflamável (PFg < 23 °C) 333 Líquido pirofórico X333 Líquido pirofórico, que reage perigosamente com água* 336 Líquido altamente inflamável, tóxico PFg = ponto de fulgor [temperatura mínima para o vapor de um combustível pegar fogo]. * Não usar água, exceto com aprovação de um especialista. 28 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Combinações de números de risco Número de risco Significado 338 Líquido altamente inflamável, corrosivo X338 Líquido altamente inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água* 339 Líquido altamente inflamável, pode conduzir espontaneamente à violenta reação 36 Líquido inflamável (23 °C PFg 60,5 °C), levemente tóxico ou líquido sujeito a autoaquecimento, tóxico 362 Líquido inflamável, tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X362 Líquido inflamável, tóxico, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis* 368 Líquido inflamável, tóxico, corrosivo 38 Líquido inflamável (23 °C PFg 60,5 °C), levemente corrosivo, ou líquido sujeito a autoaquecimento, corrosivo 382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis* 39 Líquido inflamável que pode conduzir espontaneamente à violenta reação 40 Sólido inflamável, ou substância autorreagente, ou substância sujeita a autoaquecimento 423 Sólido que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X423 Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis* 43 Sólido espontaneamente inflamável (pirofórico) 44 Sólido inflamável, em estado fundido numa temperatura elevada 446 Sólido inflamável, tóxico, em estado fundido a uma temperatura elevada 46 Sólido inflamável ou sujeito a autoaquecimento, tóxico 462 Sólido tóxico que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X462 Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases tóxicos* op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 29 Combinações de números de risco Número de risco Significado 48 Sólido inflamável ou sujeito a autoaquecimento, corrosivo 482 Sólido corrosivo que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X482 Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases corrosivos* 50 Substância oxidante (intensifica o fogo) 539 Peróxido orgânico inflamável 55 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo) 556 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo), tóxica 558 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo), corrosiva 559 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo), pode conduzir espontaneamente à violenta reação 56 Substância oxidante (intensifica o fogo), tóxica 568 Substância oxidante (intensifica o fogo), tóxica, corrosiva 58 Substância oxidante (intensifica o fogo), corrosiva 59 Substância oxidante (intensifica o fogo), pode conduzir espontaneamente à violenta reação 60 Substância tóxica ou levemente tóxica 606 Substância infectante 623 Líquido tóxico que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 63 Substância tóxica, inflamável (23 °C < PFg < 60,5 °C) 638 Substância tóxica, inflamável (23 °C < PFg < 60,5 °C), corrosiva 639 Substância tóxica, inflamável (PFg 60,5 °C), pode conduzir espontaneamente à violenta reação 64 Sólido tóxico, inflamável ou sujeito a autoaquecimento 642 Sólido tóxico que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 30 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Combinações de números de risco Número de risco Significado 65 Substância tóxica, oxidante (intensifica o fogo) 66 Substância altamente tóxica 663 Substância altamente tóxica, inflamável (PFg 60,5 °C) 664 Sólido altamente tóxico, inflamável ou sujeito a autoaquecimento 665 Substância altamente tóxica, oxidante (intensifica o fogo) 668 Substância altamente tóxica, corrosiva 669 Substância altamente tóxica que pode conduzir espontaneamente à violenta reação 68 Substância tóxica, corrosiva 69 Substância tóxica ou levemente tóxica [que] pode conduzir espontaneamente à violenta reação 70 Material radioativo 72 Gás radioativo 723 Gás radioativo, inflamável 73 Líquido radioativo, inflamável (PFg 60,5 °C) 74 Sólido radioativo, inflamável 75 Material radioativo, oxidante (intensifica o fogo) 76 Material radioativo, tóxico 78 Material radioativo, corrosivo 80 Substância corrosiva ou levemente corrosiva X80 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, que reage perigosamente com água* 823 Líquido corrosivo que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 83 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23 °C PFg 60,5 °C) op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 31 Combinações de números de risco Número de risco Significado X83 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23°C PFg 60,5 °C), que reage perigosamente com água* 839 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23 °C PFg 60,5 °C), que pode conduzir espontaneamente à violenta reação X839 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23 °C < PFg < 60,5 °C), que pode conduzir espontaneamente à violenta reação e que reage perigosamente com água* 84 Sólido corrosivo, inflamável ou sujeito a autoaquecimento 842 Sólido corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 85 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, oxidante (intensifica o fogo) 856 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, oxidante (intensifica o fogo), tóxica 86 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, tóxica 88 Substância altamente corrosiva X88 Substância altamente corrosiva, que reage perigosamente com água* 883 Substância altamente corrosiva, inflamável (23 °C PFg 60,5 °C) 884 Sólido altamente corrosivo, inflamável ou sujeito a autoaquecimento 885 Substância altamente corrosiva, oxidante (intensifica o fogo) 886 Substância altamente corrosiva, tóxica X886 Substância altamente corrosiva, tóxica, que reage perigosamente com água* 90 Substâncias que apresentam risco para o meio ambiente; substâncias perigosas diversas 99 Substâncias perigosas diversas transportadas em temperatura elevada PFg = ponto de fulgor [temperatura mínima para o vapor de um combustível pegar fogo]. * Não usar água, exceto com aprovação de um especialista. SÃO PAULO (Estado). Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Manual de produtos perigosos. Disponível em: <http://200.144.30.103/siipp/arquivos/manuais/Manual%20de%20Produtos%20Perigosos.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. 32 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 A legislação também determina o posicionamento dos rótulos de risco e painéis de segurança nos veículos que transportam produtos perigosos: • rótulos de risco: nas duas laterais e na traseira; • painel de segurança: em quatro posições – nas duas laterais, na traseira e na frente; • símbolo de temperatura elevada: junto ao painel de segurança, nas quatro posições (nas duas laterais, na traseira e na frente). Quando o veículo que transporta carga a granel trafegar vazio, mas sem ter passado por processo de descontaminação, ele deve se submeter às mesmas prescrições de veículos carregados. Identificação de carga a granel – um produto. 1999 33 1999 33 1999 33 1999 33 199933 1999 33 1999 33 1999 33 1999 33 Posicionamento dos rótulos de risco e painéis de segurança para transporte de produtos perigosos. © D an ie l B en ev en ti © M ar io H en ri qu e/ L at in st oc k op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 33 Identificação de carga a granel – mais de um produto com mesmo risco. Identificação de carga a granel – mais de um produto com riscos diferentes. Identificação de carga a granel – produto transportado a temperatura elevada. 1203 33 2709 30 2838 339 3051 X333 1106 338 4 4 4 4 3 3 8 8 3257 99 3257 99 3257 99 9 9 1203 33 2709 30 2838 339 1203 33 2709 30 2838 339 3051 X333 1106 338 4 4 4 4 3 3 8 8 3257 99 3257 99 3257 99 9 9 3051 X333 1106 338 4 4 4 4 3 3 8 8 3257 99 3257 99 3257 99 9 9 Ilu st ra çõ es : © D an ie l B en ev en ti 34 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 É importante salientar que todas as classes de risco e suas respectivas subclasses constituem risco em situações de emergência. Conhecer esses riscos e adotar todas as medidas de prevenção necessárias é de suma importância e evita expor seres humanos, animais e meio ambiente às consequências do contato acidental com esses produtos, além de permitir que o profissional saiba como proceder em situações de emergências. Documentação obrigatória para manipulação e transporte de produtos perigosos Para a guarda e movimentação dos produtos perigosos, são obrigatórios alguns documentos de ordem legal e administrativa, tais como: nota fiscal em papel; nota fiscal eletrônica (NF-e); documento auxiliar da nota fiscal eletrônica (Danfe); conhecimento de transporte eletrônico; ordem de coleta; manifesto rodoviário de cargas; ficha de emergência e envelope para transporte; documentos administrati- vos; romaneio de entrega; relatório diário e planilhas. Vejamos a descrição de alguns desses documentos. • Nota fiscal: documento de ordem legal, que regulamenta as transações comerciais. Todos os fabricantes ao comercializarem seus produtos devem fornecer a nota fiscal, assim como os responsáveis pelo transporte não podem receber o produto sem a emissão desse documento. • Nota fiscal eletrônica (NF-e): documento de ordem legal, mas com emissão eletrônica. Registra uma operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços e possui efeito fiscal. Substitui a nota fiscal de papel. • Documento auxiliar da nota fiscal eletrônica (Danfe): documento simplificado da NF-e. Nele deve constar o número de 44 dígitos denominado chave de acesso, para consulta das informações da NF-e. Fornece informações básicas sobre a operação em curso; auxilia na escrituração das operações documentadas por NF-e (nos casos em que o destinatário não é contribuinte credenciado a emitir NF-e) e a obter a firma do destinatário para comprovação de entrega das mercadorias ou prestação de serviços. • Conhecimento de transporte eletrônico (CT-e): documento eletrônico obri- gatório para o transporte de carga. Sua via impressa, que deve acompanhar a carga transportada, é chamada de Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (Dacte). op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 35 Atividade 4 conhecendo os profissionais 1. Muitas pessoas se envolvem no transporte de produtos perigosos, não apenas o motorista. Que outros profissionais você acha que apoiam essa atividade? 2. Você conhece alguém que trabalha com produtos perigosos? Essa pessoa já lhe contou como é esse trabalho? Quais são os cuidados que ela deve ter? Registre suas respostas nas linhas a seguir e compartilhe-as com o monitor e os colegas. Profissionais envolvidos na operação com produtos perigosos Todas as pessoas envolvidas na manipulação e operação de transporte dos produtos perigosos são corresponsáveis. • O expedidor e o transportador são responsabilizados por atos negligentes, de im- prudência e imperícia. • O condutor do veículo é responsável pela guarda e pela conservação de todos os acessórios e equipamentos do veículo de acordo com as normas técnicas de cada produto que transporta. 36 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 • O arrumador auxilia no carregamento, no descarregamento e no transbordo do produto e também tem o dever de saber todos os cuidados que deve tomar ao manipular os produtos. • O conferente verifica toda a documentação da carga (nota fiscal, conhecimento de transporte, manifesto, ficha de emergência e envelope para transporte) e coordena a guarda conjunta com outros produtos perigosos, pois possui as informações a respeito de todos os produtos. Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas. Brasília: Sest/Senat, 2011. A importância da conferência de carga Podemos classificar a conferência de mercadorias em quantitativa ou qualitativa. A conferência quantitativa tem por objetivo averiguar se a quantidade de produto declarada pelo fornecedor nos documentos fiscais corresponde à quantidade de pro- duto recebida. Uma maneira de realizar esse trabalho é o que chamamos de contagem cega, em que o conferente primeiro faz a contagem dos produtos e, somente depois, checa com a quantidade declarada nos documentos fiscais. Quanto à conferência qualitativa, podemos dizer que ela complementa a quantita- tiva. Visa a atender às exigências do mercado consumidor na busca pela qualidade dos produtos. Nela, o profissional avalia as dimensões dos materiais, suas caracte- rísticas específicas e as restrições de especificação. Símbolos de segurança O manuseio, o transporte e o armazenamento de produtos requerem muito cuida- do e, por isso, é necessário respeitar as características de cada um deles. Com o objetivo de garantir mais qualidade ao trabalho e também para que não haja dano aos produtos, as embalagens são identificadas com alguns símbolos, chamados de “símbolos de segurança”. Conhecê-los é essencial para um trabalho seguro, pois, como vimos no Caderno 1, esses símbolos indicam os cuidados e os procedimentos que são necessários de acordo com o conteúdo de cada embalagem. Vamos retomar alguns dos símbolos vistos na Unidade 4 do Caderno 1, para com- preendê-los melhor. op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 37 Símbolo Significado Indica que a carga é frágil e deve ser manuseada com cuidado, para evitar quebra do produto ou derramamento de seu conteúdo. Indica que a carga não deve ser suspensa, furada ou movimentada com o auxílio de ganchos. Indica que a carga deve permanecer posicionada de modo que as setas fiquem apontadas para cima. Indica que, em caso de transporte com auxílio de guindaste ou ponte rolante, a carga deve ser envolvida por correntes nos locais indicados na embalagem. Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti 38 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Símbolo Significado Indica o lado onde está concentrado o peso do produto. Indica que a carga deve ser mantida em temperaturas controladas. Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas. Brasília: Sest/Senat, 2011. É importante notar que algumas embalagens não exibem símbolos, mas frases ou palavras, como: “Não vire”, “Manter em lugares secos”, “Cuidado, frágil”, “Empilhar máximo de ____ caixas”, “Este lado para cima”. Outras embalagens não possuem nenhuma simbologia, nem frase. Nessas situações, é de suma importância identificar o conteúdo antes de realizar a movimentação e o transporte, para que o produto seja manuseado com os cuidados necessários. Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en tiop e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 39 unida d e 7 Rotinas de segurança do trabalho A linguagem não verbal Quando falamos em linguagem, é comum pensarmos logo no uso das palavras faladas ou escritas. Essa é a chamada linguagem verbal. Mas a comunicação hu- mana não se resume apenas a essa linguagem, pois, para nos comunicarmos, utilizamos também recursos como sinais, símbolos, sons, gestos e imagens. Eles são a base da linguagem não verbal. Você já reparou que vivemos cercados de símbolos e sinais e que muitos deles estão relacionados à saúde e à segu- rança? Esse é o caso dos símbolos que vimos na Unidade anterior, não é mesmo? A maioria dos sinais e símbolos está relacionada a normas de convivência fundamentadas nas leis que vigoram em nosso país. Nas ruas, nos deparamos a todo momento com placas e sinais que orientam o trânsito, avisando o que é permitido e o que é proibido, alertando quais são os locais prioritários a idosos, gestantes, deficientes etc. Verbal: Esse termo tem ori- gem no latim verbalis, que por sua vez surgiu de verbum, que significa “palavra”. As- sim, a linguagem “verbal” é aquela que se constitui de palavras, já a linguagem não verbal é aquela que não utili- za as palavras, mas símbolos, sons, imagens, gestos etc. Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect). Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho. Arte, Inglês e Língua Portuguesa: 6º ano/1º termo do Ensino Fundamental. São Paulo: Sdect, 2011. EM CASO DE INCÊNDIO Não use o elevador © P au lo S av al a Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti 40 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Nas escolas, hospitais, lojas, farmácias e prédios, encontramos sinais ou avisos como: “Proibido fumar”; “Cuidado com o piso molhado”; “Em caso de incêndio, não use o elevador”; “Escada”; “Silêncio”; “Não buzine”; “Respeite a fila”; “Respeite a faixa de segurança” etc. Atividade 1 lisTando sinais Reúna-se com três colegas. Elaborem uma lista com dez sinais ou avisos que vocês lembram já terem visto em cada um dos locais informados a seguir e que estavam relacionados a saúde, segurança e prevenção de acidentes. Empresas Ruas Hospitais 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 41 Depois, todos os grupos poderão compartilhar os sinais e avisos dos quais se lem- braram. Com certeza a classe comporá uma lista maior, que evidenciará o quanto a prevenção de acidentes e o respeito à saúde estão presentes em nossas vidas e têm ganhado espaço em nossa sociedade. Atividade 2 o que dizem as foTos? 1. Observe a imagem a seguir. a) Você já viu essa fotografia? b) Em sua opinião, que tipo de trabalho esses homens realizam? © C ha rle s C . E bb et s/ B et tm an n/ C or bi s/ L at in st oc k 42 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 c) O que será que eles estavam fazendo no momento da foto? d) Em que lugar eles estão? Onde estão sentados? Quais elementos podem “com- provar” suas hipóteses? e) Que título você daria à fotografia? 2. Agora observe esta outra imagem: B ib lio te ca d o C on gr es so A m er ic an o, W as hi ng to n, E U A op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 43 a) Que idade você imagina ter a pessoa da foto? b) Essa é uma fotografia atual? Quais evidências podem “confirmar” sua hipótese? 3. Suponha que as fotografias sejam atuais. Com base nos conhecimentos que você já tem, quais aspectos da legislação trabalhista brasileira estariam sendo desres- peitados nas situações apresentadas? 44 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 4. Agora, com um colega, comparem suas respostas e as discutam. Suas ideias são iguais ou parecidas? Seu colega apresentou algum aspecto da legislação que você não tinha percebido? Você concorda com ele? As fotografias e suas histórias A primeira fotografia é conhecida mundialmente. Trata- -se de Lunch atop a Skyscraper [Almoço no topo de um arranha-céu], fotografia mais famosa de Charles C. Ebbets. O registro é de 1932 e retrata trabalhadores da construção civil almoçando em condições de segurança muito precárias, atualmente inadmissíveis. Do alto, eles conseguiam avistar Nova Iorque (nos Estados Unidos da América), que, na foto, está ao fundo. Volte e observe a fotografia mais atentamente e veja que os operários não usam cinto de segurança, nem capace- te, o que mostra que qualquer queda poderia ser fatal. Já a segunda fotografia retrata uma garota em linha de produção da indústria têxtil Cheney Silk Mills em Man- chester do Sul, em Connecticut, nos Estados Unidos. A fotografia foi tirada por Lewis Hine, em 1924. No começo do século XX (20), muitas crianças trabalhavam nas indústrias estadunidenses. Atualmente, o trabalho em condições perigosas ou in- salubres é proibido ao menor de 18 anos pela legislação trabalhista brasileira. Fora das áreas de risco à saúde e à segurança, são permitidos apenas os trabalhos técnicos ou administrativos. Ao menor de 16 anos, qualquer tipo de trabalho é proibido, salvo na condição de aprendiz, que pode ser exercida a partir dos 14 anos. Você sabia? A Norma Regulamenta- dora nº 15 (NR 15) define as atividades ou opera- ções insalubres. Se quiser saber mais, visite o site do Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: <http://portal.mte. gov.br/legislacao/normas-regula mentadoras-1.htm>. Acesso em: 20 mar. 2015. Insalubre: 1. Que não é sau- dável. 2. Diz-se de local em que há agentes nocivos à saúde ou em que se dá a exposição a estes acima dos limites de tolerância (cidade insalubre; fábrica insalubre); malsão. [...] 5. Que expõe o trabalhador a agentes noci- vos à saúde ou que propicia esta exposição (condições de trabalho insalubres). 6. Que causa doença(s); nocivo, pre- judicial à saúde (agentes in- salubres). © Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br> op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 45 Atividade 3 roda de conversa Converse novamente com seus colegas e compare as ideias que vocês discutiram com as informações sobre as histórias das fotografias. Em seguida, anotem a que vocês atribuem a ocorrência dos acidentes de trabalho e qual o papel da legislação para a prevenção de acidentes. Prevenção de acidentes – o que cabe a cada um? É fato que em todo e qualquer lugar estamos sujeitos a sofrer acidentes. Você deve conhecer pessoas que já se acidentaram em casa, nas ruas, no local de trabalho ou nas estradas. Vamos tratar agora mais especificamente dos acidentes de trabalho, aprendendo a fazer sua prevenção. Para isso, utilizaremos as seguintes ideias de Leonardo Boff: O grande desafio para o ser humano é combinar trabalho com cuida- do. Eles não se opõem, mas se compõem. 46 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro. BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2012. p. 37 e 111. Quando um acidente acontece, é muito comum que a causa dele seja atribuída ao descuido de alguém, ao local malcuidado ou a uma falha mecânica nos equipamentos. Atividade 4 acidenTes de Trabalho Leia a notícia sobre um grave acidente de trabalho ocorrido com um operador de empilhadeira no Estado do Maranhão, em 2013. Operador de empilhadeira morre em acidentede trabalho O acidente ocorreu na área da empresa onde ele trabalhava [...] O operador de empilhadeira D., 22 anos, que morava no Estado do Maranhão, morreu por volta das 9h deste sábado (18), em um aciden- te de trabalho [...]. Ele tentava retirar uma empilhadeira de cima do caminhão de uma empresa de blocos de concreto quando o equipa- mento caiu sobre o corpo dele. [...] N. disse que ele e a vítima trabalham há um mês na empresa que presta serviço a construtora R., e que viu o equipamento desabar do caminhão. “Meu colega foi retirar a empilhadeira e ela virou, sendo que ele pulou na mesma direção em que o equipamento caiu e foi atingido”, lamentou. op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 47 A. também trabalha na empresa e estava observando D. operar a máquina para retirá-la do caminhão quando o acidente ocorreu. “Não sei como, mas ele perdeu o controle da máquina e ela caiu sobre o corpo dele”, afirmou. De acordo com o funcionário, a máquina deve pesar cerca de 6 toneladas. O sargento B., que comandou a equipe do Corpo de Bombeiros no local do acidente, disse que não poderia fazer o julgamento do caso. Segundo ele, essa avaliação cabe ao Departamento de Polícia Técni- ca. “O nosso trabalho foi fazer a retirada do corpo que estava embai- xo da empilhadeira”, afirmou. O acidente de trabalho que matou D. causou revolta em algumas pessoas que moram [...] próximo à empresa de blocos. Bastante ner- vosa, a dona de casa M. desabafou: “Esse acidente ocorreu por irres- ponsabilidade da empresa, que não tem uma equipe de segurança para orientar os trabalhadores”, disse. Ela informou que o caminhão que transportava a empilhadeira não tem condições estruturais para suportar uma máquina tão pesada. Segundo M., momentos antes do acidente o caminhão teria apresen- tado defeito. Ela observou que a empresa é terceirizada e que não dispõe de equipamentos de segurança do trabalho. O corpo foi levado para o Departamento de Polícia Técnica e o caso deverá ser apurado pela Polícia Civil. SILVA, Ney. Operador de empilhadeira morre em acidente de trabalho. Acorda Cidade, Feira de Santana, 18 maio 2013. 1. Converse com um colega sobre as possíveis causas desse acidente e sobre como ele poderia ter sido evitado. Escreva suas conclusões nas linhas a seguir. 48 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 A prevenção de acidentes e sua relação com o local de trabalho, os equipamentos e as pessoas Em primeiro lugar, a segurança nas empresas é respon- sabilidade da própria empresa, do empregador. As Co- missões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipa) também cuidam da segurança, inclusive porque a legis- lação trabalhista assim determina. E quanto ao traba- lhador? Certamente ele precisa ser cuidadoso, observar todas as normas de segurança para cuidar de si e dos outros. Podemos afirmar que pelo menos três aspectos precisam ser observados: • o local de trabalho; • os equipamentos; • as pessoas. Quanto ao local de trabalho Quando o empregado realiza seu trabalho sem que os equipamentos e as instalações apresentem a segurança necessária para os profissionais, pode-se dizer que ele está em um ambiente de risco, em uma condição insegura de trabalho. Algumas medidas podem evitar essa condição: • sinalização de segurança; • prevenção e combate a incêndios. Sinalização de segurança A Norma Regulamentadora no 26 (NR 26) determina: 26.1 Cor na segurança do trabalho 26.1.1 Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de in- dicar e advertir acerca dos riscos existentes. [...] Toda empresa com mais de 20 empregados deve ter uma Cipa, formada por trabalhadores eleitos pelos colegas. Você pode se aprofundar no assunto consultando o Caderno do Trabalhador 6 – Conteúdos Gerais – “Saúde e segurança no trabalho”. Disponível em: <http://www.viarapida.sp.gov. br>. Acesso em: 20 mar. 2015. op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 49 26.1.4 O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. [...] BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 26. Sinalização de segurança. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C 816A350AC88201355DE1356C0ACC/NR-26%20(atualizada%202011).pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. Prevenção e combate a incêndios O combate a incêndios exige conhecimentos específicos que precisam ser compartilha- dos por todos os profissionais. O operador de empilhadeira também deve estar pronto para combater qualquer foco ou princípio de incêndio em seu equipamento. É preciso saber como evitar que o fogo se inicie, mas, caso isso não seja possível, é necessário combatê-lo com rapidez e eficiência. Em geral, os incêndios iniciam-se em pequenos focos; portanto, controlar os focos iniciais pode evitar acidentes maiores. Para saber a melhor forma de fazer isso, é preciso estar atento às informações presentes a seu redor. No seu ambiente de trabalho, você poderá encontrar alguns símbolos com informações relacionadas ao risco de incêndio. Essa sinalização geralmente inclui informações de proibição, de alerta e de orientação e salvamento. Veja esses símbolos a seguir. Código Símbolo Significado 1. Informações de proibição 1 Proibido fumar 2 Proibido produzir chama 3 Proibido utilizar água para apagar o fogo Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti 50 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Código Símbolo Significado 1. Informações de proibição 4 Proibido utilizar elevador em caso de incêndio 2. Informações de alerta 5 Alerta geral 6 Cuidado, risco de incêndio 7 Cuidado, risco de explosão 8 Cuidado, risco de corrosão 9 Cuidado, risco de choque elétrico Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 51 Código Símbolo Significado 3. Informações de orientação e salvamento 12 Saída de emergência13 14 15 Saída de emergência 16 Escada de emergência Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti 52 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Código Símbolo Significado 4. Informações de equipamentos 22 Telefone ou interfone de emergência 23 Extintor de incêndio 24 Mangotinho 25 Abrigo de mangueira e hidrante 26 Hidrante de incêndio Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13434-2. Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 53 Classes de incêndio, métodos de extinção e extintores Classe e símbolo Tipo de material Exemplos Método de extinção Extintores Sólidos que queimam e deixam resíduos Madeira, papel, tecido, borracha, carvão Resfriamento Água, espuma química e espuma mecânica Líquidos que queimam e não deixam resíduos Gasolina, álcool, diesel, tíner, tinta, graxa, acetona Abafamento Gás carbônico, pó químico seco, espuma mecânica Elétricos que estão ligados a uma rede elétrica Quadros de distribuição, equipamentos elétricos, fios sob tensão Abafamento Gás carbônico, pó químico seco Metais pirofóricos Magnésio, zircônio, titânio, alumínio em pó, antimônio Abafamento Pó químico seco especial Materiais radioativos Césio, urânio, cobalto, tório, rádio Acionar Corpo de Bombeiros 193 Gordura animal e óleo vegetal em estado líquido ou sólido Óleo de cozinha comercial e industrial Abafamento Base alcalina Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas. Brasília:Sest/Senat, 2011. Quanto aos equipamentos Existem equipamentos de proteção de uso coletivo e de uso individual. Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são destinados à proteção dos tra- balhadores nos locais de trabalho, por exemplo: circuladores de ar, hidrantes, man- gueiras e detectores de fumaça. Ilu st ra çõ es : D an ie l B en ev en ti 54 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 • óculos de segurança: sempre que houver algum risco de ferir os olhos com es- tilhaços ou com grande luminosidade, deve-se utilizar esses óculos como proteção; De acordo com o item 6.1 da Norma Regulamentadora no 6 (NR 6), Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador, para proteção de riscos que podem ameaçar sua segu- rança e saúde no trabalho. Para o operador de empilhadeira, os EPI utilizados são: • capacete: equipamento para a proteção dos trabalhadores que atuam em lugares com risco de queda de materiais, como armazéns onde produtos podem cair; D an ie l B en ev en ti © D en ys P ro ko fy ev /1 23 R F © h om es tu di o/ 12 3R F op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 55 • protetores auriculares: são equipamentos colocados nos ouvidos para protegê-los em locais de trabalho onde os ruídos estejam acima de 85 decibéis; eles evitam que a audição dos trabalhadores seja prejudicada; • máscara respiradora: os trabalhadores devem utilizar essas máscaras nos locais onde há grandes concentrações de poeira, gases e tintas; • botinas ou sapatos: o uso desses equipamentos visa proteger os pés do traba- lhador; existem vários tipos e modelos específicos para cada tipo de piso no qual se exerce a atividade profissional; © N ik ol a C ve ta no vs ki /1 23 R F © P au lo S av al a © P au lo S av al a 56 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 • luvas de segurança: protegem as mãos durante a execução de atividades como a transferência de paletes, arrumação ou manuseio de cargas; • cinto de segurança: sempre que a empilhadeira estiver em uso, é necessária sua utilização. Com o objetivo de se prevenir acidentes, a Norma Regulamentadora no 11 (NR 11) determina os requisitos de segurança que devem ser observados nos locais de traba- lho, em relação ao transporte, à movimentação, ao armazenamento e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual. Veja o que a NR 11 estabelece para a atividade do operador de empilhadeira: 11.1 – Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. [...] 11.1.3 – Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras rolantes, © S er gh ei V el us ce ac /1 23 R F © M ar io H en ri qu e/ L at in st oc k op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 57 transportes de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segu- rança e conservados em perfeitas condições de trabalho. [...] 11.1.3.2 – Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida. [...] 11.1.5 – Nos equipamentos de transporte com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função. 11.1.6 – Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com nome e fotografia, em lugar visível. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 11. Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF1FA6256B00/ nr_11.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. Quanto às pessoas Não bastam locais seguros e equipamentos adequados para que os acidentes não ocorram. É fundamental que as pessoas estejam capacitadas, orientadas e aptas para o desenvolvimento das funções que lhes competem. Primeiro, todos os operadores de empilhadeira têm de ser submetidos a exames médicos periódicos, atendendo às solicitações de exames complementares quando necessário. Em relação à aquisição, à utilização e à manutenção dos EPI, a NR 6 estabelece as responsabilidades do empregado e do empregador: 6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI: a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; 58 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso ade- quado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada; h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, poden- do ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. 6.7 Responsabilidades do trabalhador. 6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI: a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 6. Equipamento de proteção individual – EPI. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/ 8A7C816A47594D04014767F2933F5800/NR-06%20 (atualizada)%202014.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. A importância do conhecimento legal em nossas atitudes Todo trabalho implica responsabilidades, inclusive legais. Aquele que não cumpre essas responsabilidades pode sofrer punições previstas em lei. O artigo 21 do Código Penal prevê que o descumprimento da lei não pode ser Para conhecer as leis do Código Civil e do Código Penal brasileiros, você pode consultar o Portal da Legislação. O Código Civil completo está em <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm> e o Código Penal, em <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/ Decreto-Lei/Del2848.htm> (acessos em: 20 mar. 2015). op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 59 justificado pelo seu desconhecimento: dizer que não conhecia a lei não tira a res- ponsabilidade de quem cometeu um ato contra ela. As penalidades para o descumprimento da legislação trabalhista valem tanto para o empregador quanto para o empregado. Para o empregador, descumprir a lei pode resultar em pena que vai desde o pagamento de multa até a interdição da empresa. Para o empregado, os atos faltosos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) podem ser punidos com medidas que vão desde advertência oral e escrita até demissão por justa causa, dependendo do caso. Atividade 5 analisando a charge Observe a charge e leia o texto a seguir, procurando estabelecer uma relação entre os dois. SOMENTE XXX PESSOAS X AUTORIXX XX NORMAS DE SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO AVISO ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SEGURANÇA E SAÚDE As qualidades ou virtudes são construídas por nós no esforço que nos impomos para diminuir a distância entre o que dizemos e o que faze- mos. Este esforço, o de diminuir a distância entre o discurso e a prá- tica, é já uma dessas virtudes indispensáveis – a da coerência. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. p. 65. C la y B en ne tt /© 19 9 9 T he C hr is tia n S ci en ce M on ito r (w w w .CS M on ito r. co m ). R ep ri nt ed w ith p er m is si on . Tradução: Eloisa Tavares 60 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 1. Escreva, nas linhas a seguir, sobre a importância da coerência, do cuidado e do exemplo nas atitudes e ações das pessoas, quando se trata da segurança e da prevenção de acidentes no trabalho. 2. Reúna-se com mais três colegas e compare sua resposta com as deles. Registrem as conclusões do grupo. op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 61 unida d e 8 Avarias, tecnologia, atacado e varejo Segurança no trabalho com empilhadeiras Para iniciar esta Unidade, vamos falar de outro aspecto essencial relacionado à segurança no trabalho: as avarias em empilhadeiras. Não há dúvidas de que as condições do equipamento e de seu uso são fundamentais para garantir a segu- rança daqueles que operam as empilhadeiras. Além disso, há a questão da proteção do investimento e do patrimônio como forma de controle de custos. Nesse caso, isso significa que o empregador exige que o trabalhador zele pelos equipamentos, a fim de evitar gastos desnecessários. Avaria: 1. Qualquer dano, prejuízo, estrago. 2. Falha, dano, defeito ou mau funcio- namento causado por des- gaste, colisão etc. © Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br> Atividade 1 prevenindo acidenTes No Caderno 1, você conheceu alguns tipos de empilhadeira e as partes que as compõem. 1. Com base nos conhecimentos que você já possui sobre as empilhadeiras e o funcionamento delas e pensando nas possíveis causas de avarias nesses equipamentos, elabore uma lista com dez possíveis motivos de acidentes ocasiona- dos pelo descuido do empregador com a manutenção de empilhadeiras ou pela má utilização do equipamento por parte dos empregados. 62 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 2. Agora, compare os itens que você relacionou com a lista de um colega. Em seguida, reflitam juntos sobre a questão proposta e registrem suas conclusões: O mau uso das empilhadeiras pode ser evitado? Como? Regras para segurança Apresentamos a seguir algumas das causas mais frequen- tes de avaria em empilhadeiras e instalações e as formas de evitá-las. É preciso respeitar as regras de segurança: somente pessoal fisicamente qualificado e treinado deve ser autorizado a operar as empilhadeiras; o uso de EPI e de roupas adequadas é indispensável; antes de operar qualquer empilhadeira, faça a inspeção diária. op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 63 Má condição do piso Pisos malconservados ou sujos representam perigo e ris- co de acidentes em qualquer lugar onde haja circulação de pessoas e veículos. É muito comum presenciarmos quedas de pessoas e acidentes com veículos em pisos esburacados ou com resíduos. No caso do operador de empilhadeira, passar por cima de restos de madeira, em- balagens plásticas, cordas e cintas pode causar grande dano ao radiador ou ao eixo do equipamento. O motor pode ser danificado, o pneu pode ficar comprometido e o sistema de arrefecimento pode ser destruído caso esses componentes sejam atingidos por resíduos. Como evitar? • Mantenha os pisos sempre limpos e livres de resíduos para que as empilhadeiras possam ser operadas com segurança. • Trabalhe somente nas áreas destinadas à circulação de empilhadeiras, conservando esses locais desobstruídos. Obedeça a todas as placas de sinalização de tráfego e aos avisos de precaução. • Não deixe ferramentas ou outros equipamentos sobre a empilhadeira. Para maior segurança, mantenha de- sobstruído o acesso para os pedais e nunca opere com pés ou mãos molhados ou sujos de óleo ou graxa. Práticas de operação indevidas Quando a empilhadeira sofre algum impacto contra equipamentos, produtos ou instalações, as consequências podem ser muito sérias. Partes importantes podem ser danificadas: pneus, garfos, rodas etc. Mesmo os opera- dores que têm mais experiência estão sujeitos a acidentes caso tenham de manobrar a empilhadeira ao redor de produtos. Embora tenha sido projetada para carregar, suspender e transportar cargas pesadas, os impactos são uma frequente causa de avarias. Arrefecimento: Diminuição de temperatura, perda de calor; esfriamento. © Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br> 64 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Outro dano ocasionado por operações indevidas ocorre quando o operador empurra ou reboca paletes. Isso pode provocar desgaste prematuro dos pneus, avarias onerosas na transmissão e até perda do controle da empilhadeira, com acidentes graves. Como evitar? • Mantenha o local de operação livre do congestionamento de produtos, retirando tudo o que não for necessário para a realização das tarefas. • Se possível, utilize sistemas monitores de impacto, limitadores de velocidade e para acesso sem chave, que ajudam a reduzir as avarias por impacto. • Não use os garfos para empurrar cargas, pois isso pode danificar a carga e a máquina. Existem acessórios específicos para puxar e empurrar cargas com empilhadeiras. • Nunca use a empilhadeira para empurrar ou rebocar outra. Caso ela pare de funcionar de repente, avise imediatamente a pessoa encarregada pela manutenção. • Tome cuidado ao baixar os garfos, pois pode haver algo embaixo deles. • Não permita a permanência ou a passagem de pessoas sob ou sobre os garfos ou em qualquer outro acessório instalado na torre de elevação da empilhadeira. Levantamento inseguro e excesso de velocidade O excesso de velocidade constitui prática irresponsável também no caso das em- pilhadeiras. A situação é ainda mais grave quando se combina excesso de velocida- de e trabalho com carga pesada ou elevada. © D an ie l B en ev en ti op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 65 Como consequência, podem ocorrer danos no equipamento e acidentes graves com pessoas, pois a empilhadeira pode oscilar e tombar com o deslocamento acelerado. Antes de levantar cargas, é preciso conferir o nivelamento dos garfos para assegurar que a operação será efetuada com segurança e equilíbrio da carga. Como evitar? • Nunca exceda os limites de peso especificados na placa de identificação da empilhadeira. • Para manter o equilíbrio, centralize a carga no palete e posicione os garfos junto às extremidades laterais do palete. Isso facilita o deslocamento da máquina e pode evitar desperdícios. • Certifique-se de que a carga está bem empilhada e balanceada entre os dois gar- fos e nunca tente levantar cargas com apenas um deles. O equilíbrio e o balan- ceamento da carga na empilhadeira são fundamentais. • Nunca faça acrobacias, corridas ou brincadeiras enquanto estiver operando a empilhadeira. • Nunca permita passageiros nos garfos ou em qualquer outra parte da empilha- deira. O único assento é o do operador. Equipamentos ou acessórios incorretos A utilização de equipamentos ou acessórios incorretos pode ocasionar falhas e desgaste prematuro nos componentes da empilhadeira. Um exemplo é o uso de pneus gastos ou inadequados, que contribui bastante para os prejuízos relacionados à manutenção. Como evitar? • Escolha corretamente os equipamentos, pois isso é vital para a eficiência e o bom desempenho no trabalho com empilhadeiras, além de reduzir os custos de manutenção. • Substitua pneus gastos ou cortados que possam causar impactos capazes de aba- lar a roda, os componentes do eixo, a carga e o operador. • Lembre-se de que, diferentemente de um automóvel, as empilhadeiras não são equipadas com molas de suspensão que amorteçam os movimentos. 66 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Desgaste prematuro dos garfos
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