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1 
 
 
 
2 
 
 
Prof. Natale Souza 
ESPECÍFICAS DE 
ENFERMAGEM 
CUIDADOS PALIATIVOS 
 
3 
 
SUMÁRIO 
Conceito básico ....................................................................................................................................... 4 
Avaliação do paciente em cuidados paliativos .................................................................................................. 13 
Indicações de cuidados paliativos .......................................................................................................................... 15 
Reconhecimento dos sofrimentos ......................................................................................................................... 17 
Tipos de sofrimento ..................................................................................................................................................... 17 
Cuidados paliativos em pacientes com câncer: sintomas e cuidados ................................ 18 
Agitação psicomotora aguda ou delirium ........................................................................................................... 19 
Alterações da mucosa oral ........................................................................................................................................ 19 
Anorexia ........................................................................................................................................................................... 20 
Ascite ................................................................................................................................................................................. 20 
Compressão medular .................................................................................................................................................. 20 
Constipação intestinal ................................................................................................................................................ 21 
Convulsão ........................................................................................................................................................................ 21 
Depressão ....................................................................................................................................................................... 21 
Derrame pleural ............................................................................................................................................................ 22 
Diarreia ............................................................................................................................................................................ 22 
Dispneia .......................................................................................................................................................................... 22 
Fratura patológica ........................................................................................................................................................ 23 
Hipercalcemia ................................................................................................................................................................ 23 
Hiperglicemia ................................................................................................................................................................. 23 
Náusea e vômitos ......................................................................................................................................................... 24 
Obstrução intestinal ................................................................................................................................................... 24 
Dor ..................................................................................................................................................................................... 24 
Comunicação em cuidados paliativos .................................................................................................................. 24 
Simulado ................................................................................................................................................. 31 
Gabarito .................................................................................................................................................. 36 
Referências Bibliográficas ................................................................................................................ 36 
 
 
 
 
 
4 
 
CONCEITO BÁSICO 
 
 O Cuidado Paliativo no Brasil teve seu início na década de 1980 e conheceu um 
crescimento significativo a partir do ano 2000, com a consolidação dos serviços já 
existentes, pioneiros e a criação de outros não menos importantes. 
 Baseados no princípio bioético da autonomia do paciente através do consentimento 
informado, possibilitando que ele tome suas próprias decisões, no princípio da 
beneficência e da não maleficência, os Cuidados Paliativos desenvolvem o cuidado ao 
paciente visando à qualidade de vida e à manutenção da dignidade humana no decorrer 
da doença, na morte e no período de luto. O Cuidado Paliativo nunca pode estar isolado 
da cadeia de serviços de saúde que caracterizam a atenção global ao paciente. 
 
 
 
 A OMS publicou sua primeira definição de Cuidados Paliativos em 1990: “Cuidado 
ativo e total para pacientes cuja doença não é responsiva a tratamento de cura. O controle 
da dor, de outros sintomas e de problemas psicossociais e espirituais é primordial. O 
objetivo do Cuidado Paliativo é proporcionar a melhor qualidade de vida possível para 
pacientes e familiares”. Esta definição foi revisada em 2002 e substituída pela atual. A 
melhora da qualidade de vida de pacientes e familiares - é realizado através “da 
prevenção e alívio de sofrimento físico, psíquico, social e espiritual”. Desse modo, um 
diagnóstico adequado do sofrimento e suas causas é imprescindível para o adequado 
manejo no Cuidado Paliativo. 
 
Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde – OMS, revista em 2002, “Cuidado 
Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus 
familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, através da 
prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento 
da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”. 
 
5 
 
(2013/INSTITUTO AOCP/IBC) Sobre os cuidados paliativos, é correto afirmar que: 
 
a) o principal objetivo das terapias aplicadas é aumentar a sobrevida do indivíduo de 
forma significativa, promovendo um ambiente saudável. 
b) o cuidado visa proporcionar conforto para que o doente possa vivenciar o processo de 
morte com dignidade. 
c) a enfermagem tem atuação limitada e passiva, sendo pouco efetivo os cuidados 
prestados, sendo necessária a abordagem por profissionais especializados. 
d) durante o processo de cuidados paliativos, o indivíduo deve permanecer sedado para 
evitar o sofrimento e a dor. 
e) a família deve ser afastada e não participar dessa etapa do cuidado por estar 
emocionalmente abalada. 
 
Comentário: 
Cuidado Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus 
familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, através da prevenção 
e alívio do sofrimento. 
 
Resposta Correta: 
b) o cuidado visa proporcionar conforto para que o doente possa vivenciar o processo 
de morte com dignidade. 
 
 
(2016/PR-4 UFRJ/UFRJ) Seguindo a tendência mundial, no Brasil, as Doenças Crônicas 
Não Transmissíveis (DCNT) foram a causa de aproximadamente 72,6% das mortes no 
ano de 2013. Isso configura uma mudança nas cargas de doenças e apresenta-se como 
um novo desafio para os gestores de saúde,ainda mais pelo forte impacto das DCNT na 
morbimortalidade e na qualidade de vida dos indivíduos afetados, na maior 
possibilidade de morte prematura, e nos efeitos econômicos adversos para as famílias, 
comunidades e sociedade em geral. As quatro DCNT de maior impacto mundial são: 
Doenças cardiovasculares, Diabetes, Câncer e Doenças Respiratórias Crônicas. 
 
6 
 
Inicialmente, os “cuidados paliativos” eram dirigidos, apenas, aos pacientes 
oncológicos, mas, hoje, também são direcionados às pessoas portadoras de doenças 
crônicas. Mediante o enunciado, assinale a alternativa correta para a definição de 
“cuidados paliativos”. 
 
a) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da 
qualidade de vida do paciente e de seus familiares, diante de uma doença que ameaça a 
vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, da identificação precoce, da 
avaliação impecável e do tratamento da dor e dos demais sintomas físicos, sociais, 
psicológicos e espirituais. 
b) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da 
qualidade de vida do paciente e de seus familiares, diante de uma doença que ameaça a 
vida, por meio do tratamento da dor 
c) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da 
qualidade de vida do paciente e de seus familiares, diante de uma doença que ameaça a 
vida, por meio da “obstinação terapêutica” no acompanhamento do doente. 
d) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da 
qualidade de vida do paciente e de seus familiares, diante de uma doença oncológica que 
ameaça a vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, da identificação precoce, 
da avaliação impecável e do tratamento da dor e dos demais sintomas físicos, sociais, 
psicológicos e espirituais. 
e) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da 
qualidade de vida e da morte do paciente e de seus familiares, diante de uma doença que 
ameaça a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, da 
avaliação impecável e do tratamento da dor e dos demais sintomas físicos, sociais, 
psicológicos e espirituais. 
 
Comentário: 
Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde – OMS, revista em 2002, “Cuidado 
Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que 
enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do 
 
7 
 
sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas 
de natureza física, psicossocial e espiritual”. 
 
Resposta Correta: 
 a) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da 
qualidade de vida do paciente e de seus familiares, diante de uma doença que ameaça a 
vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, da identificação precoce, da 
avaliação impecável e do tratamento da dor e dos demais sintomas físicos, sociais, 
psicológicos e espirituais. 
 
 O Cuidado Paliativo não se baseia em protocolos, mas sim em princípios. Não se fala 
mais em terminalidade, mas em doença que ameaça a vida. Indica-se o cuidado desde o 
diagnóstico, expandindo nosso campo de atuação. Não falaremos também em 
impossibilidade de cura, mas na possibilidade ou não de tratamento modificador da 
doença, desta forma afastando a ideia de “não ter mais nada a fazer”. Pela primeira vez, 
uma abordagem inclui a espiritualidade dentre as dimensões do ser humano. A família é 
lembrada, portanto assistida também após a morte do paciente, no período de luto. 
 
Os princípios dos Cuidados Paliativos são: 
1. Fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes como astenia, anorexia, 
dispneia e outras emergências oncológicas. 
2. Reafirmar vida e a morte como processos naturais. 
3. Não apressar ou adiar a morte. 
4. Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de 
cuidado do paciente. 
5. Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente viver tão ativamente 
quanto possível, até o momento da sua morte 
6. Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do 
paciente e a enfrentar o luto 
7. Abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus 
familiares, incluindo acompanhamento no luto. 
8. Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença. 
 
8 
 
1. Fornecer o alívio da dor e outros sintomas desagradáveis 
 
 Desta forma é necessário conhecimento específico para a prescrição de 
medicamentos, adoção de medidas não farmacológicas e abordagem dos aspectos 
psicossociais e espirituais que caracterizam o “sintoma total”, plagiando o conceito de 
DOR TOTAL, criado por Dame Cicely Saunders, onde todos estes fatores podem 
contribuir para a exacerbação ou atenuação dos sintomas, devendo ser levados em 
consideração na abordagem. 
 
2. Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida 
 
 Bernard Lown em seu livro “A arte perdida de curar” afirma: “As escolas de 
medicina e o estágio nos hospitais os preparam (os futuros médicos) para tornarem-
se oficiais-maiores da Ciência e gerentes de biotecnologias complexas. Muito pouco 
se ensina sobre a arte de ser médico. Os médicos aprendem pouquíssimo a lidar com 
moribundos... A realidade mais fundamental é que houve uma revolução 
biotecnológica que possibilita o prolongamento interminável do morrer”. O Cuidado 
Paliativo resgata a possibilidade da morte como um evento natural e esperado na 
presença de doença ameaçadora da vida, colocando ênfase na vida que ainda pode ser 
vivida. 
 
3. Não acelerar nem adiar a morte 
 
 Enfatiza-se desta forma que Cuidado Paliativo nada tem a ver com eutanásia, 
como muitos ainda querem entender. Esta relação ainda causa decisões equivocadas 
quanto à realização de intervenções desnecessárias e a enorme dificuldade em 
prognosticar paciente portador de doença progressiva e incurável e definir a linha 
tênue e delicada do fazer e do não fazer. Um diagnóstico objetivo e bem embasado, o 
conhecimento da história natural da doença, um acompanhamento ativo, acolhedor e 
respeitoso e uma relação empática com o paciente e seus familiares nos ajudarão nas 
decisões. Desta forma erraremos menos e nos sentiremos mais seguros. 
 
 
9 
 
4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente 
 A doença, principalmente aquela que ameaça a continuidade da vida, costuma trazer 
uma série de perdas, com as quais o paciente e família são obrigados a conviver, quase 
sempre sem estarem preparados para isto. As perdas da autonomia, da autoimagem, da 
segurança, da capacidade física, do respeito, sem falar das perdas concretas, materiais, 
como de emprego, de poder aquisitivo e consequentemente de status social, podem 
trazer angústia, depressão e desesperança, interferindo objetivamente na evolução da 
doença, na intensidade e frequência dos sintomas que podem apresentar maior 
dificuldade de controle. A abordagem desses aspectos sob a ótica da psicologia se faz 
fundamental. 
 
5. Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente viver tão ativamente 
quanto possível, até o momento da sua morte 
 Não devemos nos esquecer que qualidade de vida e bem-estar implicam a 
observância de vários aspectos da vida. Problemas sociais, dificuldades de acesso a 
serviços, medicamentos e outros recursos podem ser também motivos de sofrimento e 
devem ser incluídos entre os aspectos a serem abordados pela equipe multiprofissional. 
Viver ativamente, e não simplesmente viver, nos remete à questão da sobrevida “a 
qualquer custo”, que esperamos combater. Sermos facilitadores para a resolução dos 
problemas do nosso paciente é nosso dever e nossa responsabilidade. 
 
6. Oferecer sistemade suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente 
e a enfrentar o luto 
 Nunca estamos completamente sós. O ser humano é por natureza um ser gregário. 
Todo o núcleo familiar e social do paciente também “adoece”. Segundo Dra. Maria Helena 
Pereira Franco), “a unidade de cuidados paciente-família se coloca como una e específica 
ao mesmo tempo. A célula de identidade do ser humano é a família, respeitadas todas as 
condições que fazem dela um universo cultural próprio, muitas vezes distante ou até 
mesmo alheio ao universo cultural dos profissionais da saúde”. A família, tanto a biológica 
 
10 
 
como a adquirida (amigos, parceiros, etc.), pode e deve ser nossa parceira e colaboradora. 
Essas pessoas conhecem melhor do que nós o paciente, suas necessidades, suas 
peculiaridades, seus desejos e angústias, muitas vezes não verbalizados pelo próprio 
paciente. Da mesma forma, essas pessoas também sofrem e seu sofrimento deve ser 
acolhido e paliado. 
 
7. Abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus 
familiares, incluindo acompanhamento no luto 
 Na prática do cuidado ao paciente, frequentemente iremos nos deparar com 
inúmeros fatores que atuarão concomitantemente na modificação da resposta 
terapêutica medicamentosa, na evolução da própria doença e na relação com o paciente 
e a família. A integração sugerida pelo Cuidado Paliativo é uma forma de observarmos o 
paciente sob todas as suas dimensões e a importância de todos estes aspectos na 
composição do seu perfil para elaborarmos uma proposta de abordagem. Ignorar 
qualquer dessas dimensões significará uma avaliação incompleta e consequentemente 
uma abordagem menos efetiva e eficaz dos sintomas. O sujeito da ação é sempre o 
paciente, respeitado na sua autonomia. Incluir a família no processo do cuidar 
compreende estender o cuidado no luto, que pode e deve ser realizado por toda a equipe 
e não somente pelo psicólogo. A equipe multiprofissional com seus múltiplos “olhares” e 
percepção individual pode realizar este trabalho de forma abrangente. 
 
8. Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença 
 
 Com uma abordagem holística, observando este paciente como um ser biográfico 
mais que um ser simplesmente biológico, poderemos, respeitando seus desejos e 
necessidades, melhorar sim o curso da doença e, segundo a experiência de vários 
serviços de Cuidados Paliativos, também prolongar sua sobrevida. Vivendo com 
qualidade, ou seja, sendo respeitado, tendo seus sintomas impecavelmente controlados, 
seus desejos e suas necessidades atendidas, podendo conviver com seus familiares, 
resgatando pendências, com certeza nossos pacientes também viverão mais. 
 
11 
 
Deve ser iniciado o mais precocemente possível, juntamente com outras medidas de 
prolongamento da vida, como a quimioterapia e a radioterapia e incluir todas as 
investigações necessárias para melhor compreender e controlar situações clínicas 
estressantes. 
 
 
 Pela própria definição de Cuidados Paliativos da OMS, esses devem ser iniciados 
desde o diagnóstico da doença potencialmente mortal. Desta forma iremos cuidar do 
paciente em diferentes momentos da evolução da sua doença, portanto não devemos 
privá-lo dos recursos diagnósticos e terapêuticos que o conhecimento médico pode 
oferecer. Devemos utilizá-los de forma hierarquizada, levando-se em consideração os 
benefícios que podem trazer e os malefícios que devem ser evitados. 
 
(2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) É princípio dos cuidados paliativos: 
 
a) promover alivio da dor e qualquer sintoma que desencadeie sofrimento humano nas 
esferas físicas, psíquicas, emocionais, sociais. 
b) antecipar o processo de morte para alívio do sofrimento. 
c) iniciar medidas de conforto somente quando as medidas curativas não surtirem mais 
efeito. 
d) focar o cuidado no paciente, sem aproximar as famílias das discussões, a fim de 
minimizar o sofrimento. 
e) promover a espiritualidade por meio do convencimento de determinada religião ao 
paciente, independentemente de suas crenças pessoais. 
 
Comentário: 
Um dos princípios dos cuidados paliativos é fornecer alívio para dor e outros sintomas 
estressantes como astenia, anorexia, dispneia e outras emergências oncológicas. 
 
 
 
12 
 
Resposta Correta: 
a) promover alivio da dor e qualquer sintoma que desencadeie sofrimento humano nas 
esferas físicas, psíquicas, emocionais, sociais. 
 
 
(2017/IBFC/EBSERH) Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou 
Falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo, 
sobre cuidados paliativos. 
 
( ) O paciente fora de possibilidade terapêutica é rotulado como “terminal” e considerado 
excluído da prática assistencial. 
( ) A definição de cuidados paliativos da OMS (Organização Mundial de Saúde) é que afirmam 
a vida e encaram o morrer como um processo normal; não apressam a morte; procuram aliviar 
a dor e outros sintomas desconfortáveis; e integram os aspectos psicossocial e espiritual nos 
cuidados dos pacientes entre outros. 
( ) A filosofia dos cuidados paliativos tem apresentado uma movimentação crescente dentro 
da equipe multiprofissional de saúde, bem como um papel diferenciado no contexto 
assistencial, nas políticas de saúde e nos currículos voltados à formação de profissionais. 
( ) A filosofia é promover a distanásia, evitando a ortotanásia e eutanásia. 
 
A sequência correta é: 
a) F-F-V-V 
b) V-V-F-F 
c) F-F-F-V 
d) F-V-V-F 
e) V-V-V-F 
 
Comentário: 
Proposição I – Falsa. Essa afirmativa está totalmente em desacordo com os princípios do 
cuidado paliativo. 
 
13 
 
Proposição II. Verdadeira. Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde – OMS, 
revista em 2002, “Cuidado Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de 
pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, 
através da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e 
tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”. 
Proposição III. Verdadeira. Afirmativa está de acordo com a organização e pensamento atual 
dos profissionais e serviços de saúde. 
Proposição IV. Falsa. Vide assertiva II. 
 
Resposta Correta: 
d) F-V-V-F 
 
 
Avaliação do paciente em cuidados paliativos 
 
 Cuidados Paliativos e medicina paliativa requerem conhecimento técnico refinado, 
aliado à percepção do ser humano como agente de sua história de vida e determinante 
do seu próprio curso de adoecer e morrer. Valoriza-se a história natural da doença, a 
história pessoal de vida e as reações fisiológicas, emocionais e culturais diante do 
adoecer. 
Promove-se, em contrapartida, uma atenção dirigida para o controle de sintomas 
e promoção do bem-estar ao doente e seu entorno. Familiares precisam compreender a 
evolução da doença e da cadeia de acontecimentos que levará ao evento final. 
 
Os principais elementos da avaliação clínica do doente são relacionados a seguir. 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os pontos considerados fundamentais no tratamento são: 
 A unidade de tratamento compreende o paciente e sua família. 
 
 Os sintomas do paciente devem ser avaliados rotineiramente e gerenciados de 
forma eficaz através de consultas frequentes e intervenções ativas. 
 
 As decisões relacionadas à assistência e tratamentos médicos devem ser feitos 
com base em princípios éticos. 
 
 Os cuidados paliativos devem ser fornecidos por uma equipe interdisciplinar, 
fundamental na avaliação de sintomas em todas as suas dimensões, na definição e 
condução dos tratamentos farmacológicos e não farmacológicos, imprescindíveis 
para o controle de todo e qualquer sintoma. 
 
 A comunicação adequada entre equipe de saúde e familiares e pacientesé a base 
para o esclarecimento e favorecimento da adesão ao tratamento e aceitação da 
proximidade da morte. 
 
 
 
Dados biográficos
Cronologia da doença 
atual e tratamentos 
realizados
Avaliação functional
Avaliações de 
sintomas
Exame físico, exames 
complementares e 
avaliações de 
especialistas
Decisões 
terapêuticas
Impressão e 
prognóstico
Plano de cuidados
 
15 
 
Os cuidados paliativos modernos estão organizados em graus de complexidade que se 
somam em um cuidado integral e ativo. 
 
Os cuidados paliativos gerais referem-se à abordagem do paciente a partir do 
diagnóstico de doença em progressão, atuando em todas as dimensões dos sintomas que 
vierem a se apresentar. 
Cuidados paliativos específicos são requeridos ao paciente nas últimas semanas ou nos 
últimos seis meses de vida, no momento em que torna-se claro que o paciente encontra-
se em estado progressivo de declínio. 
Todo o esforço é feito para que o mesmo permaneça autônomo, com preservação de seu 
autocuidado e próximo de seus entes queridos. 
Os cuidados ao fim de vida referem-se, em geral, aos últimos dias ou últimas 72 horas de 
vida. O reconhecimento desta fase pode ser difícil, mas é extremamente necessário para 
o planejamento do cuidado e preparo do paciente e sua família para perdas e óbito. 
Mesmo após o óbito do paciente, a equipe de cuidados paliativos deve dar atenção 
ao processo de morte: como ocorreu, qual o grau de conforto e que impactos trouxe aos 
familiares e à própria equipe interdisciplinar. A assistência familiar pós-morte pode e 
deve ser iniciada com intervenções preventivas. 
Fonte: http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=474 
 
Indicações de cuidados paliativos 
 
 Pela definição da Organização Mundial de saúde para Cuidados Paliativos, todos os 
pacientes portadores de doenças graves, progressivas e incuráveis, que ameacem a 
continuidade da vida deveriam receber a abordagem dos Cuidados Paliativos desde o seu 
diagnóstico. 
 Em síntese: 
 
 
Portadores de 
doenças graves
Progressivas e 
incuráveis
Ameacem a 
continuidade da 
vida 
http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=474
 
16 
 
 Um dos critérios mais discutidos é o que se refere ao prognóstico de tempo de vida 
do paciente. O limite designado em seis meses de expectativa de vida poderia ser utilizado 
para indicação de Cuidados Paliativos exclusivos, uma vez que este critério foi importado 
do MEDICARE americano, que estabelece o tempo de sobrevida esperado como um dos 
critérios de indicação para assistência de HOSPICE. São os critérios do MEDICARE: 
1. A expectativa de vida avaliada é menor ou igual a seis meses; 
 2. O paciente deve fazer a opção por Cuidados Paliativos exclusivos e abrir mão dos 
tratamentos de prolongamento da vida 
3. O paciente deve ser beneficiário do MEDICARE. 
 
A abordagem das questões espirituais e religiosas dos pacientes deve ocorrer no início do 
acompanhamento para que as medidas necessárias sejam tomadas em direção à 
resolução de possíveis demandas do paciente, família e equipe. 
 
 
 
(2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH) A aplicação de Cuidados Paliativos intensivos para 
pacientes com doenças avançadas, próximos ao final da vida ou com expectativa de vida 
de até seis meses, englobando apoio aos seus familiares, denomina-se: 
 
a) hospice. 
b) barganha. 
c) transdisciplinariedade. 
d) luto. 
e) tanatologia. 
 
Comentário: 
O limite designado em seis meses de expectativa de vida poderia ser utilizado para indicação de 
Cuidados Paliativos exclusivos, uma vez que este critério foi importado do MEDICARE 
americano, que estabelece o tempo de sobrevida esperado como um dos critérios de indicação 
para assistência de HOSPICE. São os critérios do MEDICARE: 
 
17 
 
1. A expectativa de vida avaliada é menor ou igual a seis meses; 
 2. O paciente deve fazer a opção por Cuidados Paliativos exclusivos e abrir mão dos 
tratamentos de prolongamento da vida 
3. O paciente deve ser beneficiário do MEDICARE. 
 
Resposta Correta: 
a) hospice. 
 
 
Reconhecimento dos sofrimentos 
 
 
 Os fatores mais comuns de sofrimento são: a conspiração do silêncio (a verdade sobre 
a doença é omitida num acordo silencioso entre paciente e familiares como forma de 
proteção mútua e defesa contra a desestruturação emocional), não aceitação do 
diagnóstico ou do prognóstico da doença, culpas e preocupações, medo de morrer, 
ausência de significado de vida, abandono dos planos e sonhos, ansiedade e depressão. 
 
Tipos de sofrimento 
 
 O sofrimento físico inclui dor severa, dispneia, fadiga, perda do apetite, náusea e 
vômito, obstipação, insônia, feridas, delirium, convulsões e outros sintomas de variadas 
naturezas que devem ser investigados e prontamente aliviados, preferencialmente 
através do controle de causas reversíveis. 
 
 O sofrimento psíquico inclui ansiedade, medo, depressão, perda da dignidade, 
solidão, medo de se tornar um estorvo e de causar sofrimento aos entes queridos, medo 
de que seus sentimentos não sejam valorizados e de ser abandonado. 
 
 
18 
 
 O sofrimento existencial inclui questões como o significado da vida, da morte e do 
sofrimento, questões de cunho religioso, culpas, necessidade de perdão, entre outras 
questões muito particulares. 
A pessoa diante da morte apresenta cinco estágios descritos por KlubleRoss 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Negação Raiva Depressão Barganha Aceitação
 
19 
 
 CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES COM CÂNCER: 
SINTOMAS E CUIDADOS 
 
 Fadiga é o sintoma prevalecente na doença oncológica avançada, ocorrendo em 75% 
a 95% dos doentes. É debilitante por comprometer as atividades da vida diária e ocasionar 
prejuízos à qualidade de vida. O presente estudo analisou o conceito, a prevalência e os 
fatores relacionados à fadiga, e identificou os métodos de avaliação e os meios de 
intervenção para o manejo desse sintoma. 
 
Agitação psicomotora aguda ou delirium 
 
 É um distúrbio do nível de consciência, com redução da capacidade de atenção e 
alteração da cognição (memória, orientação, linguagem e percepção). Tem início agudo, 
curso flutuante e evidência de etiologia orgânica. Pode incluir a disfunção global da 
cognição, flutuação da atenção e da consciência, alteração do sono e do comportamento, 
prejuízo da memória e do pensamento, ilusões e alucinações, sintomas associados de 
ansiedade, de medo e manifestações autonômicas. Geralmente, as manifestações 
predominam à noite. 
 
 •Tratamento farmacológico - está indicado apenas nos casos de agitação grave, com risco 
para o paciente. 
 
Alterações da mucosa oral 
 A alteração mais comum da mucosa oral em pacientes oncológicos é a xerostomia, 
que consiste no ressecamento da mucosa. 
 
20 
 
Anorexia 
 
 A perda do apetite é um sintoma muito comum em pacientes com câncer avançado, 
estando presente em 65% a 85% dos casos. 
O ato de alimentar o paciente possui forte relação com a manutenção da vida. A 
impossibilidade de alimentar, seja em decorrência da anorexia, seja pela disfagia, ou pela 
obstrução da via alimentar, causa intenso desconforto e sofrimento para o paciente e seus 
familiares. 
Principais causas: 
 A anorexia pode estar associada às alterações metabólicas desencadeadas pela 
presença do tumor (hipercalcemia), às náuseas e vômitos, ao paladar modificado, ao mau 
estado da boca (candidíase oral), aos problemas de trânsito intestinal, à ansiedade, à dor, 
à impactação fecal e ao uso de fármacos. 
Ascite 
 
 Ascite é o acumulo patológico de líquido na cavidade peritonial. Apresenta-se 
inicialmente como um desconforto abdominal não específico, associado a emagrecimento 
e aumento da circunferência abdominal, podendo ser acompanhado de náuseas ou 
vômitos, geralmente relacionados à causasubjacente. 
 
Compressão medular 
 
 Normalmente apresenta-se como dor no local comprometido, fraqueza progressiva e 
perda sensorial consecutiva. A dor, no local da coluna vertebral acometido, apresenta-se 
em cerca de 80% dos casos e, geralmente, precede o dano neurológico, devendo ser 
prontamente investigada em qualquer paciente com câncer. Raramente pode 
apresentar-se com dor abdominal ou torácica e em trajetos nervosos. Alterações 
esfincterianas ocorrem mais tardiamente. 
 
21 
 
Constipação intestinal 
 
 A constipação intestinal acomete cerca de 50% a 90% dos pacientes em cuidados 
paliativos. Os sintomas de constipação também podem ser acompanhados de vômitos, 
dor abdominal, diarreia paradoxal, incontinência urinária, tenesmo, obstrução intestinal 
e delírio em idosos. 
Convulsão 
 
 É importante distinguir os tipos mais comuns de convulsão: 
➢ A convulsão parcial ou focal – onde a descarga neurológica anormal restringe-se a 
áreas isoladas do cérebro e estão tipicamente associadas a anormalidades 
estruturais. 
➢ A convulsão generalizada – em que a distribuição é mais disseminada, pois envolve 
áreas cerebrais difusas e pode ocorrer por anormalidades sistêmicas, bioquímicas 
ou estruturais. Se for a primeira convulsão do paciente, é indispensável a 
realização da rotina laboratorial completa. Nas convulsões focais ou nos casos de 
triagem metabólica negativa, deve ser realizado um método de imagem (TCC ou 
RNM). Caso já exista história de crise convulsiva, o tratamento deve ser reavaliado 
e pode ser necessária a dosagem sérica do anticonvulsivante. 
 
Depressão 
 
 É um sintoma muito comum em pacientes com câncer. Pode mimetizar outras 
doenças ou sintomas físicos, o que pode aumentar a morbidade e os custos relacionados 
ao acompanhamento clínico. 
 Deve ser tratada mesmo na fase avançada da doença oncológica, principalmente se 
houver perspectiva de melhora da qualidade de vida e / ou quando a sobrevida estimada 
não for muito curta. Isto se deve ao fato de que os antidepressivos têm seu efeito iniciado 
somente a partir da segunda semana de uso, sendo precedido pelos efeitos colaterais. 
 
22 
 
 Segundo os critérios da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), a 
depressão ocorre com, pelo menos, 2 critérios principais e 4 adicionais: 
➢ Sintomas principais: humor depressivo, perda do interesse e /ou do prazer e 
astenia. 
➢ Sintomas adicionais: perda da autoestima, ideias de culpa ou desvalorização, ideias 
de morte, projeto ou tentativa de suicídio, dificuldades da atenção ou da 
concentração, alteração da atividade psicomotora, transtornos do sono e 
alteração do apetite com modificação do peso. 
Derrame pleural 
 
 É o volume anormal de líquido na cavidade pleural e constitui uma manifestação 
frequente em pacientes com câncer avançado. Como não é uma doença, mas sim uma 
manifestação de outras doenças, neoplásicas ou não, o seu controle depende do 
tratamento da doença de base. Nos derrames decorrentes de neoplasias refratárias aos 
tratamentos oncológicos, o alívio dos sintomas é alcançado por meio da drenagem do 
líquido pleural, com ou sem pleurodese. 
Diarreia 
 
 Alteração na consistência das fezes (pastosas ou líquidas) ou aumento na frequência 
das evacuações. Não é um dos sintomas mais prevalentes entre pacientes em cuidados 
paliativos (ocorre em 5% a 10% dos pacientes com câncer avançado), porém pode ser 
muito debilitante, contribuindo para a desidratação, distúrbios eletrolíticos, desnutrição, 
queda da imunidade e formação de úlcera de pressão. 
 
Dispneia 
 É um sintoma muito comum em pacientes em cuidados paliativos (cerca de 29% a 
90% dos pacientes) e geralmente é multifatorial. Pode ser relatada como: sensação de 
falta de ar, sufocamento, aperto torácico ou desconforto respiratório nem sempre 
associado ao esforço físico. Por ser um sintoma subjetivo, não existem testes que 
 
23 
 
mensurem com exatidão a sua gravidade, sendo o relato do paciente o dado mais 
importante. 
 O grau da dispneia pode não estar diretamente relacionado à severidade do quadro 
clínico, visto ser um sintoma subjetivo, dificilmente quantificável. Consiste em uma 
respiração difícil, desconfortável, angustiante, acompanhada de ansiedade e medo da 
morte. 
 
Fratura patológica 
 
 A doença óssea metastática é responsável por aproximadamente 99% dos tumores 
malignos que acometem o osso, sendo a fratura patológica uma das suas principais 
complicações. As metástases ósseas surgem com maior frequência nos carcinomas de 
mama (49%), pulmão, rim, próstata e tireoide, e localizam-se mais comumente nas 
vértebras, arcos costais, pelve e fêmur. 
 
Hipercalcemia 
 
 É a emergência metabólica mais comum em oncologia ocorrendo em 10% a 20% de 
todas as neoplasias. Pode ocorrer por tumores sólidos metastáticos, por mediação 
humoral ou por doenças malignas hematológicas. Os tumores mais frequentes são: 
mieloma múltiplo, leucemia, linfoma, neoplasia pulmonar, metástases ósseas, neoplasia 
de mama, tumor de células escamosas de cabeça e pescoço, neoplasia renal e neoplasia de 
tireoide. Pode ser a primeira manifestação de uma neoplasia oculta. 
 
 Hiperglicemia 
 
 A intolerância à glicose é uma das primeiras anormalidades metabólicas descritas em 
pacientes com câncer avançado. Ocorre antes mesmo da perda de peso e da caquexia. 
 
24 
 
Com a progressão do câncer, piora a resistência periférica à insulina, determinando 
dificuldades no controle glicêmico. 
 
Náusea e vômitos 
 
 São sintomas bastante comuns em pacientes com câncer avançado, ocorrendo em 
cerca de 60 a 70% dos casos. 
 
Obstrução intestinal 
 
 Situação na qual o trânsito através do trato gastrointestinal é retardado ou 
obstruído. A maior causa é carcinomatose peritoneal – mais frequente no tumor de ovário 
– 40 %, seguida de cólon e retal – 20 %, e pâncreas, estômago e colo de útero. 
Fonte: http://www.crde-unati.uerj.br/publicacoes/pdf/manual.pdf 
 
Dor 
 
 Trata-se de um sintoma subjetivo associado ou não a um dano real ou potencial dos 
tecidos, e muito frequente (65-85% dos pacientes com câncer avançado apresentam dor). 
 A dor é uma experiência única e individual, modificada pelo conhecimento 
prévio de um dano que pode ser existente ou presumido, portanto, em qualquer situação, 
a dor é o que o paciente refere e descreve. 
 
Comunicação em cuidados paliativos 
 
 Para os pacientes sob Cuidados Paliativos, a comunicação interpessoal e o 
relacionamento humano são ressignificados, representando a essência do cuidado que 
sustenta a fé e a esperança nos momentos mais difíceis de enfrentamento. O paciente sob 
http://www.crde-unati.uerj.br/publicacoes/pdf/manual.pdf
 
25 
 
Cuidados Paliativos deseja ser compreendido como um ser humano que sofre porque, 
além da dor física, possui conflitos existenciais e necessidades que os fármacos ou os 
aparelhos de alta tecnologia não podem suprir. Assim, além de compartilhar seus medos 
e anseios relacionando-se com seus pares, estes pacientes necessitam sentir-se cuidados, 
amparados, confortados, compreendidos pelos profissionais de saúde que deles cuidam. 
Expressões de compaixão e afeto na relação com o paciente trazem a certeza de que ele 
é parte importante de um conjunto, o que ocasiona sensação de proteção e consolo, além 
de paz interior. 
 O que precisamos entender sobre comunicação? 
 Os profissionais que trabalham com seres humanos em situação de doença e 
sofrimento e, principalmente, com aqueles que vivenciam a terminalidade necessitam 
saber não apenas o quê, mas quando e como falar. Precisam saber até mesmo quando 
calar, substituindo a frase por um toque afetivo ou como potencializar o efeito de um 
ansiolíticocom um bom par de ouvidos, estando mais próximos e acessíveis às reais 
necessidades dos pacientes. 
 A comunicação trata-se de um processo complexo que envolve a percepção, a 
compreensão e a transmissão de mensagens por parte de cada sujeito envolvido na 
interação, considerando-se o contexto, a cultura, os valores individuais, as experiências, 
interesses e expectativas próprios de cada um. Todo processo de comunicação é 
constituído por duas dimensões, a verbal e a não verbal. 
 
Quando se utiliza adequadamente a comunicação interpessoal no contexto dos Cuidados 
Paliativos, frequentemente é possível decifrar informações essenciais e assim diminuir a 
ansiedade e aflição de quem está próximo da morte, proporcionando maior qualidade ao 
nosso cuidar e conquistando maior satisfação pessoal. 
 
 As notícias difíceis: como falar a respeito de perdas, terminalidade e morte 
 
 A comunicação de notícias difíceis ou más notícias é uma das mais penosas tarefas do 
profissional de saúde. Isto porque os mesmos aprendem nos bancos da academia a salvar 
 
26 
 
vidas e buscar a saúde, e não a lidar com situações de perdas de saúde, vitalidade, 
esperança e morte. Assim, uma das dimensões na qual o profissional de saúde mais almeja 
desenvolver habilidades é a comunicação de notícias difíceis, tais como informar o 
diagnóstico de uma doença sem possibilidades de cura, a piora irreversível do quadro ou 
mesmo comunicar a morte para os familiares. 
 Uma questão muito frequente é: “Devo ou não contar ao paciente?”. E, à medida que 
respostas não são encontradas para este questionamento, utiliza-se a mentira piedosa ou 
o silêncio cheio de significados dúbios. Contudo, há alternativas para este tipo de 
situação: o uso de habilidades de comunicação pode auxiliar o profissional a modificar o 
foco da questão de “contar ou não” para “como informar”. 
 
 
(FCC-TCE-PI-2014) Em relação ao cuidado de enfermagem ao paciente em fase 
terminal, considere: 
 
I. A comunicação do enfermeiro com pacientes e familiares deve ser clara, sem omitir 
informações sobre o estado real do paciente. 
II. Na equipe multidisciplinar, a comunicação aos familiares sobre o diagnóstico que envolve 
risco de morte do paciente é de responsabilidade exclusiva do enfermeiro. 
III. A avaliação de valores e preferências de cada paciente, contribui para o cuidado de 
maneira holística. 
 
Está correto o que se afirma em: 
a. I, II e III. 
b. I e II, apenas. 
c. I e III, apenas. 
d. II, apenas. 
e. III, apenas. 
 
Comentário: 
ASSERTIVA I - CORRETA - De forma simples podemos afirmar que está assertiva encontra-se de 
acordo com os princípios éticos da profissão, além de ser um dos princípios do SUS presentes na 
LOS 8.080/90, que deixa claro que todos os pacientes têm direito às informações corretas sobre 
seu estado de saúde. 
 
27 
 
ASSERTIVA II - INCORRETA. Não é de responsabilidade exclusiva do enfermeiro e sim como a 
própria assertiva traz- da equipe multidisciplinar trabalhando em conjunto. 
ASSERTIVA III - CORRETA. Os próprios princípios do cuidado paliativo trazem consigo esse 
pensamento, onde cada paciente deve ser visualizado em seu “intimo”, com suas necessidades, 
seus valores, crenças e dificuldades, podendo assim propiciar um cuidado mais equânime. 
 
Resposta Correta: 
c. I e III, apenas. 
 
 
 
Ao comunicar notícias difíceis, é importante que o profissional mostre atenção, empatia e 
carinho com seu comportamento e sinais não verbais. A expressão facial, o contato visual, 
a distância adequada e o toque nas mãos, braços ou ombros ajudam, conforme já referido, 
a demonstrar empatia, oferecer apoio e conforto. O paciente precisa sentir que, por pior 
que seja sua situação, ali se encontra alguém que não irá abandoná-lo a sua própria sorte, 
alguém em quem ele pode confiar, que poderá cuidar dele. 
 
 
 
 
(UFMG/2012) São princípios dos cuidados paliativos, EXCETO: 
 
a) Oferecer alívio à dor e sintomas que provoquem o sofrimento físico, como náuseas, 
constipação insônia, dispneia. 
b) Os cuidados paliativos devem ser aplicados apenas na fase final da doença, agregando 
a tecnologia hospitalar aos cuidados na terminalidade. 
c) Integrar aspectos psicológicos, sociais e espirituais na assistência à família e ao 
paciente. 
d) Garantir uma abordagem multidisciplinar. 
 
 
 
28 
 
Comentário: 
VAMOS RELEMBRAR OS PRÍNCIPIOS? 
➢ Fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes como astenia, anorexia, dispneia 
e outras emergências oncológicas. 
➢ Reafirmar vida e a morte como processos naturais. 
➢ Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do 
paciente. 
➢ Não apressar ou adiar a morte. 
➢ Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente, em 
seu próprio ambiente. 
➢ Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente 
possível até sua morte. 
➢ Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades clínicas e psicossociais 
dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto. 
➢ Iniciar o mais precocemente possível o Cuidado Paliativo, juntamente com outras 
medidas de prolongamento da vida, como quimioterapia e radioterapia, e incluir todas 
as investigações necessárias para melhor compreender e controlar situações clínicas 
estressantes. 
 
Resposta Correta: 
b) Os cuidados paliativos devem ser aplicados apenas na fase final da doença, 
agregando a tecnologia hospitalar aos cuidados na terminalidade. 
 
 
(IBC/AOCP/2012) Sobre os cuidados paliativos, é correto afirmar que: 
 
a) o principal objetivo das terapias aplicadas é aumentar a sobrevida do indivíduo de 
forma significativa, promovendo um ambiente saudável. 
b) o cuidado visa proporcionar conforto para que o doente possa vivenciar o processo de 
morte com dignidade. 
 
29 
 
c) a enfermagem tem atuação limitada e passiva, sendo pouco efetivo os cuidados 
prestados, sendo necessária a abordagem por profissionais especializados. 
d) durante o processo de cuidados paliativos, o indivíduo deve permanecer sedado para 
evitar o sofrimento e a dor. 
e) a família deve ser afastada e não participar dessa etapa do cuidado por estar 
emocionalmente abalada. 
 
Comentário: 
O principal objetivo das terapias não é aumentar a sobrevida dos indivíduos, mas proporcionar 
conforto para que o paciente possa viver o mais ativamente possível até o final da vida. Nesse 
processo é essencial a participação familiar, que também é objeto dos cuidados. 
 
Resposta Correta: 
b) o cuidado visa proporcionar conforto para que o doente possa vivenciar o processo 
de morte com dignidade. 
 
 
(Secretaria de Saúde do Distrito Federal-DF/UNIVERSA/2011) A Organização Mundial 
de Saúde (OMS) conceitua cuidados paliativos como uma abordagem que tem por 
objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, que enfrentam 
problemas associados a doenças que põem em risco a vida. A respeito desse assunto, 
assinale a alternativa correta. 
 
a) A assistência paliativa é voltada ao controle dos sintomas e à busca da cura, com vistas 
a preservar a qualidade de vida até o final. 
b) A fadiga é um sinal muito prevalente em cuidados paliativos e, por se limitar a questões 
físicas, devem ser instituídas medidas exclusivamente farmacológicas para o alívio do 
cansaço e da dispneia. 
c) Os quadros de delírio, demência, ansiedade e depressão são reflexos de alterações 
emocionais e afetivas no paciente com câncer, devendo ser detectados precocemente, a 
fim de se intervir rápida e adequadamente. 
 
30 
 
d) Efeitos adversos de algumas medicações para o tratamento do câncer, como os 
opioides e antidepressivos tricíclicos, bem como as mudanças orgânicas decorrentes do 
câncer avançado, provocam a sintomatologia gastrintestinal mais frequente em cuidadospaliativos, que é a diarreia. 
e) A hipodermóclise representa uma via alternativa para suporte clínico de pacientes em 
cuidados paliativos, em que há infusão de fluidos isotônicos e (ou) medicamentos por via 
subcutânea. Tem como vantagens o baixo custo, a possibilidade de alta precoce e o risco 
mínimo de complicações locais ou sistêmicas. 
 
Comentário: 
ASSERTIVA A. INCORRETA. O cuidado paliativo busca o controle dos sintomas, sem almejar a 
cura, mas sim proporcionar ao paciente uma vida ativa até o dia de sua morte. 
ASSERTIVA B. INCORRETA. A fadiga é um sintoma muito presente em pacientes com câncer 
avançado, mas é um sintoma tanto físico quanto psíquico. 
ASSERTIVA C. INCORRETA. Os distúrbios cognitivos podem constituir condição prévia à 
doença incurável ou ser consequência de efeitos indesejáveis de algumas medicações utilizadas, 
que interferem na atenção, percepção e memória. 
ASSERTIVA D. INCORRETA. As causas mais comuns da diarreia em cuidados paliativos são: 
• drogas, principalmente os laxativos em excesso, os antibióticos, os antiácidos, a quimioterapia 
antineoplásica e a reposição de ferro; 
• radioterapia, 
• obstrução intestinal (diarreia paradoxal). 
• síndromes disabsortivas devido à insuficiência pancreática e à ressecção ileal. 
• infecções intestinais agudas ou crônicas. 
• sangramento gastrointestinal. 
• alimentação enteral. 
ASSERTIVA E CORRETA. HIPODERMÓCLISE consiste na infusão de fluidos isotônicos e/ou 
medicamentos por via subcutânea. Tem como objetivo a reposição hidroeletrolítica e/ou terapia 
medicamentosa. Possui como vantagem o baixo custo. 
 
Resposta Correta: 
e) A hipodermóclise representa uma via alternativa para suporte clínico de pacientes 
em cuidados paliativos, em que há infusão de fluidos isotônicos e (ou) medicamentos 
por via subcutânea. Tem como vantagens o baixo custo, a possibilidade de alta precoce 
e o risco mínimo de complicações locais ou sistêmicas. 
 
 
 
31 
 
 
 
 
1. (2013/INSTITUTO AOCP/IBC) Sobre os cuidados paliativos, é correto afirmar que: 
 
a) o principal objetivo das terapias aplicadas é aumentar a sobrevida do indivíduo de 
forma significativa, promovendo um ambiente saudável. 
b) o cuidado visa proporcionar conforto para que o doente possa vivenciar o processo de 
morte com dignidade. 
c) a enfermagem tem atuação limitada e passiva, sendo pouco efetivo os cuidados 
prestados, sendo necessária a abordagem por profissionais especializados. 
d) durante o processo de cuidados paliativos, o indivíduo deve permanecer sedado para 
evitar o sofrimento e a dor. 
e) a família deve ser afastada e não participar dessa etapa do cuidado por estar 
emocionalmente abalada. 
 
2. (2016/PR-4 UFRJ/UFRJ) Seguindo a tendência mundial, no Brasil, as Doenças 
Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) foram a causa de aproximadamente 72,6% das 
mortes no ano de 2013. Isso configura uma mudança nas cargas de doenças e 
apresenta-se como um novo desafio para os gestores de saúde, ainda mais pelo forte 
impacto das DCNT na morbimortalidade e na qualidade de vida dos indivíduos 
afetados, na maior possibilidade de morte prematura, e nos efeitos econômicos 
adversos para as famílias, comunidades e sociedade em geral. As quatro DCNT de maior 
impacto mundial são: Doenças cardiovasculares, Diabetes, Câncer e Doenças 
Respiratórias Crônicas. Inicialmente, os “cuidados paliativos” eram dirigidos, apenas, 
aos pacientes oncológicos, mas, hoje, também são direcionados às pessoas portadoras 
de doenças crônicas. Mediante o enunciado, assinale a alternativa correta para a 
definição de “cuidados paliativos”. 
 
a) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da 
qualidade de vida do paciente e de seus familiares, diante de uma doença que ameaça a 
vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, da identificação precoce, da 
 
32 
 
 
avaliação impecável e do tratamento da dor e dos demais sintomas físicos, sociais, 
psicológicos e espirituais. 
b) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da 
qualidade de vida do paciente e de seus familiares, diante de uma doença que ameaça a 
vida, por meio do tratamento da dor 
c) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da 
qualidade de vida do paciente e de seus familiares, diante de uma doença que ameaça a 
vida, por meio da “obstinação terapêutica” no acompanhamento do doente. 
d) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da 
qualidade de vida do paciente e de seus familiares, diante de uma doença oncológica que 
ameaça a vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, da identificação precoce, 
da avaliação impecável e do tratamento da dor e dos demais sintomas físicos, sociais, 
psicológicos e espirituais. 
e) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da 
qualidade de vida e da morte do paciente e de seus familiares, diante de uma doença que 
ameaça a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, da 
avaliação impecável e do tratamento da dor e dos demais sintomas físicos, sociais, 
psicológicos e espirituais. 
 
 
3. (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) É princípio dos cuidados paliativos: 
 
a) promover alivio da dor e qualquer sintoma que desencadeie sofrimento humano nas 
esferas físicas, psíquicas, emocionais, sociais. 
b) antecipar o processo de morte para alívio do sofrimento. 
c) iniciar medidas de conforto somente quando as medidas curativas não surtirem mais 
efeito. 
d) focar o cuidado no paciente, sem aproximar as famílias das discussões, a fim de 
minimizar o sofrimento. 
e) promover a espiritualidade por meio do convencimento de determinada religião ao 
paciente, independentemente de suas crenças pessoais. 
 
 
33 
 
 
4. (2017/IBFC/EBSERH) Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou 
Falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo, 
sobre cuidados paliativos. 
 
( ) O paciente fora de possibilidade terapêutica é rotulado como “terminal” e considerado 
excluído da prática assistencial. 
( ) A definição de cuidados paliativos da OMS (Organização Mundial de Saúde) é que afirmam 
a vida e encaram o morrer como um processo normal; não apressam a morte; procuram aliviar 
a dor e outros sintomas desconfortáveis; e integram os aspectos psicossocial e espiritual nos 
cuidados dos pacientes entre outros. 
( ) A filosofia dos cuidados paliativos tem apresentado uma movimentação crescente dentro 
da equipe multiprofissional de saúde, bem como um papel diferenciado no contexto 
assistencial, nas políticas de saúde e nos currículos voltados à formação de profissionais. 
( ) A filosofia é promover a distanásia, evitando a ortotanásia e eutanásia. 
 
A sequência correta é: 
a) F-F-V-V 
b) V-V-F-F 
c) F-F-F-V 
d) F-V-V-F 
e) V-V-V-F 
 
5. (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH) A aplicação de Cuidados Paliativos intensivos 
para pacientes com doenças avançadas, próximos ao final da vida ou com expectativa 
de vida de até seis meses, englobando apoio aos seus familiares, denomina-se: 
 
a) hospice. 
b) barganha. 
c) transdisciplinariedade. 
d) luto. 
e) tanatologia. 
 
 
34 
 
 
6. (FCC-TCE-PI-2014) Em relação ao cuidado de enfermagem ao paciente em fase 
terminal, considere: 
 
I. A comunicação do enfermeiro com pacientes e familiares deve ser clara, sem omitir 
informações sobre o estado real do paciente. 
II. Na equipe multidisciplinar, a comunicação aos familiares sobre o diagnóstico que envolve 
risco de morte do paciente é de responsabilidade exclusiva do enfermeiro. 
III. A avaliação de valores e preferências de cada paciente, contribui para o cuidado de 
maneira holística. 
 
Está correto o que se afirma em: 
a. I, II e III. 
b. I e II, apenas. 
c. I e III, apenas. 
d. II,apenas. 
e. III, apenas. 
 
7. (UFMG/2012) São princípios dos cuidados paliativos, EXCETO: 
 
a) Oferecer alívio à dor e sintomas que provoquem o sofrimento físico, como náuseas, 
constipação insônia, dispneia. 
b) Os cuidados paliativos devem ser aplicados apenas na fase final da doença, agregando 
a tecnologia hospitalar aos cuidados na terminalidade. 
c) Integrar aspectos psicológicos, sociais e espirituais na assistência à família e ao 
paciente. 
d) Garantir uma abordagem multidisciplinar. 
 
8. (IBC/AOCP/2012) Sobre os cuidados paliativos, é correto afirmar que: 
 
a) o principal objetivo das terapias aplicadas é aumentar a sobrevida do indivíduo de 
forma significativa, promovendo um ambiente saudável. 
 
35 
 
 
b) o cuidado visa proporcionar conforto para que o doente possa vivenciar o processo de 
morte com dignidade. 
c) a enfermagem tem atuação limitada e passiva, sendo pouco efetivo os cuidados 
prestados, sendo necessária a abordagem por profissionais especializados. 
d) durante o processo de cuidados paliativos, o indivíduo deve permanecer sedado para 
evitar o sofrimento e a dor. 
e) a família deve ser afastada e não participar dessa etapa do cuidado por estar 
emocionalmente abalada. 
 
9. (Secretaria de Saúde do Distrito Federal-DF/UNIVERSA/2011) A Organização 
Mundial de Saúde (OMS) conceitua cuidados paliativos como uma abordagem que tem 
por objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, que 
enfrentam problemas associados a doenças que põem em risco a vida. A respeito desse 
assunto, assinale a alternativa correta. 
 
a) A assistência paliativa é voltada ao controle dos sintomas e à busca da cura, com vistas 
a preservar a qualidade de vida até o final. 
b) A fadiga é um sinal muito prevalente em cuidados paliativos e, por se limitar a questões 
físicas, devem ser instituídas medidas exclusivamente farmacológicas para o alívio do 
cansaço e da dispneia. 
c) Os quadros de delírio, demência, ansiedade e depressão são reflexos de alterações 
emocionais e afetivas no paciente com câncer, devendo ser detectados precocemente, a 
fim de se intervir rápida e adequadamente. 
d) Efeitos adversos de algumas medicações para o tratamento do câncer, como os 
opioides e antidepressivos tricíclicos, bem como as mudanças orgânicas decorrentes do 
câncer avançado, provocam a sintomatologia gastrintestinal mais frequente em cuidados 
paliativos, que é a diarreia. 
e) A hipodermóclise representa uma via alternativa para suporte clínico de pacientes em 
cuidados paliativos, em que há infusão de fluidos isotônicos e (ou) medicamentos por via 
subcutânea. Tem como vantagens o baixo custo, a possibilidade de alta precoce e o risco 
mínimo de complicações locais ou sistêmicas. 
 
 
36 
 
 
 
 
1 D 
2 A 
3 A 
4 D 
5 A 
6 C 
7 B 
8 B 
9 E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). Manual de cuidados paliativos. Rio de Janeiro: 
Diagraphic; 2012 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
38 
 
 
https://enfconcursos.com/l/completo-ebooks

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