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TUTORIA - P3 M2 - Cuidados Paliativos

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Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
TUTORIA 
Problema 03 – Módulo 2 
Tema – Finitude, Dignidade e o Impacto da obstinação 
terapêutica na qualidade de vida e economia mundial. 
 
PROBLEMA 3 – "A MORTE É INEVITÁVEL" 
Analise a capa da Revista norte-americana "The Economist" publicada em maio de 2017: 
 
• How life ends: Como a vida termina 
• Death is inevitable: A morte é inevitável 
• A bad death is not: A má morte não
 
OBJETIVO 1: Definir cuidados paliativos e seus 
conceitos básicos (princípios, critério de 
elegibilidades, principais sintomas) 
 
➢ Definição 
É uma abordagem voltada para a qualidade 
de vida tanto dos pacientes quanto de seus 
familiares frente a problemas associados a 
doenças que põem a vida em risco. A atuação 
 
busca a prevenção e o alívio do sofrimento, 
por meio do reconhecimento precoce, de uma 
avaliação precisa e criteriosa e do tratamento 
da dor e de outros sintomas, e das demandas 
quer física quer psicossocial ou espiritual. 
A medicina paliativa é a especialidade 
médica cuja atuação consiste em propiciar a 
melhor qualidade de vida possível àqueles 
 
Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
pacientes com doença muito avançada, sem 
qualquer possibilidade de cura ou reversão 
da sua condição de saúde, por meio de 
técnicas que aumentem o conforto, mas que 
não interfiram com a sobrevida. 
 
A Medicina Paliativa é o estudo e o controle de 
pacientes com doença ativa, progressiva e 
avançada, para quem o prognóstico é 
limitado e a assistência é voltada para a 
qualidade de vida. 
A OMS considera os cuidados paliativos como 
os cuidados totais ativos, prestados a 
pacientes com doença incurável, progressiva 
e irreversível, que não respondem a qualquer 
tratamento curativo, sendo fundamental o 
controle da dor, de outros sintomas e de 
problemas psicológicos, sociais e espirituais. O 
enfoque terapêutico é o alívio dos sintomas 
que comprometem a qualidade de vida, 
integrando ações médicas em conjunto com 
as de enfermagem, psicológicas, nutricionais, 
sociais, espirituais, de reabilitação e assistência 
aos familiares.
 
 
Muitos aspectos dos cuidados paliativos são 
também aplicáveis mais precocemente no 
curso das doenças, em conjuntura com 
demais tratamentos (WHO, 2002). 
▪ Um dos pilares dos Cuidados Paliativos é o 
trabalho multiprofissional e interdisciplinar. 
▪ O foco da atenção não é a doença a ser 
curada ou controlada, mas o doente, 
entendido como um ser biográfico, ativo, 
com direito à informação e à autonomia 
plena para decisões a respeito do seu 
tratamento. 
▪ A prática adequada dos Cuidados 
Paliativos preconiza uma atenção 
individualizada ao doente e à sua família, a 
busca da excelência no controle de todos 
os sintomas e a prevenção do sofrimento. 
 
 
 
▪ À medida que a doença progride e o 
tratamento curativo perde o poder de 
oferecer um controle razoável dessa 
doença, os Cuidados Paliativos crescem 
em significado, surgindo como uma 
necessidade absoluta na fase em que a 
incurabilidade se torna uma realidade 
irreversível; 
▪ Originalmente, a atenção dos Cuidados 
Paliativos centrava-se em pacientes na 
fase final da vida. Hoje, se considera que 
eles vão além dessa prática: devem estar 
disponíveis para pacientes e seus 
familiares durante todo o processo de 
doença ameaçadora à continuidade da 
vida e também no transcurso do luto.
 
➢ Princípios dos Cuidados Paliativos 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
➢ Conceitos Básicos 
A Medicina Paliativa é baseada em técnicas 
desenvolvidas para pacientes com doenças 
em fase avançada, terminais, sem qualquer 
possibilidade de cura, podendo proporcionar 
alto grau de qualidade da sobrevida. 
O objetivo não é a mudança do curso natural 
dos problemas e sim das complicações 
consequentes, das intercorrências e de 
qualquer sintoma que cause sofrimento 
durante a evolução da doença. O seu 
principal objetivo é o controle adequado dos 
sintomas que surgem. Os sintomas que 
causam qualquer tipo de sofrimento irão 
influenciar na qualidade de vida e na maneira 
de morrer. 
Como cada sintoma é um fenômeno 
dinâmico, o paciente deve ser avaliado 
frequente e regularmente, e a sua prescrição 
deve sempre ser atualizada. É importante 
salientar que os cuidados paliativos não 
interferem no curso natural da doença e suas 
ações não visam apressar ou retardar a 
morte. Deve-se ressaltar, mais uma vez, que 
tais medidas não têm caráter curativo, mas 
pretendem dar conforto ao paciente. 
Os cuidados paliativos apresentam ampla 
dimensão, iniciada a partir do diagnóstico de 
uma doença incurável e se estendendo até 
depois da morte do paciente no suporte ao 
luto da família. 
Com o início dos cuidados paliativos existe uma 
mudança na modalidade do atendimento. As 
intervenções requerem um profundo 
conhecimento da fisiopatologia da doença 
de base e de suas complicações previsíveis. Os 
novos sintomas, controlados mediante 
prescrição coerente e criteriosa, minimizam as 
iatrogenias tão temidas nos idosos. Os 
pacientes geriátricos apresentam 
comorbidades, o que dificulta a abordagem 
terapêutica. Deve-se ter em mente que os 
sintomas precisam ser priorizados e só se 
intervém naqueles que realmente causem 
desconforto ou angústia. 
Por qualidade de vida entende-se uma 
sensação de satisfação subjetiva, ligada a 
todos os aspectos inerentes ao ser humano, 
sejam físicos, psicológicos, sociais e espirituais. 
A qualidade de vida é boa quando as 
aspirações individuais são atendidas ou 
correspondidas pela vivência daquele 
momento. A melhoria da qualidade de vida, 
no âmbito dos cuidados paliativos, consiste 
em reduzir ao máximo o hiato entre o ideal e o 
possível. 
Na área da paliação é preciso observar a 
diferença entre cuidados paliativos e 
cuidados ao fim da vida. Cuidados paliativos 
devem ser aplicados ao paciente em um 
continuum, par e passo com outros 
tratamentos pertinentes ao seu caso, desde 
a definição de uma doença incurável e 
progressiva. Os cuidados ao fim da vida são 
uma parte importante dos cuidados paliativos, 
referindo-se à assistência que um paciente 
deve receber durante a última etapa de sua 
vida, a partir do momento em que fica claro 
que ele se encontra em um estado de declínio 
progressivo e inexorável, aproximando-se da 
morte. 
• Paciente terminal ou moribundo: é 
sugerido que se evite este termo, por ser 
muitas vezes estigmatizante e capaz de 
gerar conflitos. É definido de maneiras 
diferentes pela literatura mundial: 
paciente portador de doença incurável, 
paciente que se encontra no período 
compreendido entre o final do 
tratamento curativo e a morte ou ainda 
como o paciente no período designado 
como processo de morte. 
• 
 
Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
• Paciente em processo de morte ou 
terminalidade: aquele que apresenta 
sinais de importante progressão da 
doença, com prognóstico estimado em 
torno de seis meses de vida. 
• 
• Fase final da vida: período caracterizado 
por rápido declínio funcional, de causa 
irreversível, em que o prognóstico de vida 
pode ser estimado em horas ou poucos 
dias. 
• 
• Futilidade terapêutica ou tratamento fútil: 
medida cuja adoção pode prolongar o 
sofrimento ou mesmo acelerar a morte, 
não sendo efetiva para corrigir ou 
melhorar as condições que ameaçam a 
vida. Podem ser procedimentos 
diagnósticos ou terapêuticos inadequados 
e inúteis diante da situação evolutiva 
irreversível da doença e que podem 
causar sofrimento acrescido ao doente e 
à família. Não prolongam a vida e sim o 
processo de morte. 
• 
• Distanásia: trata-se do prolongamento 
exagerado e artificial do processo de 
morte, consequentemente trazendo 
sofrimento inútil para os pacientes. Muitas 
vezes o desejo obstinado de recuperação 
do doente, em vez de ajudar ou permitir 
uma morte natural, acaba prolongando 
sua agonia. 
• 
• Eutanásia: morte provocada por 
sentimento de piedade ao paciente 
portador de doença avançadae 
incurável, em estado de grande 
sofrimento. É classificada como homicídio 
conforme a Legislação Brasileira. Em vez 
de deixar a morte acontecer 
naturalmente, a eutanásia age sobre a 
morte, antecipando-a. 
• 
• Ortotanásia: significa morte correta, ou 
seja, a morte pelo seu processo natural. 
Assim, em vez de se prolongar 
artificialmente o processo de morte 
(distanásia), entende-se que este se 
desenvolve naturalmente. A ortotanásia é 
conduta atípica frente ao Código Penal, 
pois não é a causa da morte da pessoa, 
uma vez que este processo já foi 
irreversivelmente instalado
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
Neste perfil, incluem-se os doentes em fase avançada de câncer, síndromes demenciais, 
doenças neurológicas progressivas, sequelas neurológicas, AIDS, insuficiência cardíaca 
congestiva, doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência renal, insuficiência hepática e 
outras situações incuráveis e em progressão. 
 
- Primeira fase: morte não provável 
o Equipe de saúde percebe maior 
possibilidade de recuperação do que para 
o desfecho da morte. 
o Serão prestados os cuidados paliativos 
para aliviar o desconforto da doença, 
juntamente com o tratamento e a 
o prevenção das complicações da doença 
crônica. 
o Sustentação dos sistemas vitais 
o Recuperação da pessoa e não 
exclusivamente cura 
 
- Segunda fase: morte prevista para meses 
ou poucos anos 
o Equipe de saúde percebe uma falta de 
resposta ou uma resposta insuficiente aos 
recursos utilizados, com uma crescente 
tendencia ao desfecho de morte 
o A prioridade passar a ser melhorar a 
qualidade de vida 
o Promoção do conforto físico e 
psicoemocional do binômio pessoa 
doente/família 
o De acordo com a gravidade o modelo 
empregado pode ser mais paternalista ou 
mais compartilhado 
- Terceira fase: morte prevista para dias ou 
meses 
o Equipe de saúde reconhece a 
irreversibilidade da doença e a morte 
iminente 
o O cuidado paliativo é exclusivo 
 
 
 
o Manutenção do conjunto de cuidados 
para conforto físico e psicoemocional do 
binômio pessoa doente/família 
o Importância de que não sejam 
implantadas e/ou mantidas ações 
desnecessárias e fúteis 
 
DADOS: O Brasil ficou em 42º lugar no “Índice de 
qualidade de morte 2015”, um relatório feito 
pela consultoria britânica Economist 
Intelligence Unit (EIU), que avaliou os cuidados 
paliativos disponibilizados aos pacientes 
terminais em 80 países do mundo. Para que 
um país tenha uma boa qualidade de morte, 
ele precisa ter uma política nacional de 
cuidados paliativos com subsídios adequados, 
treinamento multiprofissional, grande oferta 
de opióides para manejo da dor e uma boa 
conscientização sobre morte. 
 
 
FONTE BIBLIOGRÁFICA 
E L A B O R A Ç Ã O |; COLABORAÇÃO; FURTADO, 
Selma; et al. PROTOCOLOS ISGH | CUIDADOS 
PALIATIVOS | DATA |. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível 
em: 
<https://www.isgh.org.br/intranet/images/S
ervicos/Protocolos/isgh_protoco_cuidado_
paliativo.pdf>. 
 
 
 
 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
OBJETIVO 2: Discutir sobre a legislação do 
código de ética médica 
 
 
➢ Conselho Federal de Medicina 
 
Resolução CFM Nº 1.805/2006(Publicada no 
D.O.U., 28 nov. 2006) 
 
Na fase terminal de enfermidades graves e 
incuráveis é permitido ao médico limitar ou 
suspender procedimentos e tratamentos que 
prolonguem a vida do doente, garantindo-
lhe os cuidados necessários para aliviar os 
sintomas que levam ao sofrimento, na 
perspectiva de uma assistência integral, 
respeitada a vontade do paciente ou de seu 
representante legal. 
Art. 1º É permitido ao médico limitar ou 
suspender procedimentos e tratamentos que 
prolonguem a vida do doente em fase 
terminal, de enfermidade grave e incurável, 
respeitada a vontade da pessoa ou de seu 
representante legal. 
 
§ 1º O médico tem a obrigação de esclarecer 
ao doente ou a seu representante legal as 
modalidades terapêuticas adequadas para 
cada situação. 
 
§ 2º A decisão referida no caput deve ser 
fundamentada e registrada no prontuário. 
 
§ 3º É assegurado ao doente ou a seu 
representante legal o direito de solicitar uma 
segunda opinião médica. 
 
§ 4º O médico registrará, no prontuário, as 
diretivas antecipadas de vontade que lhes 
foram diretamente comunicadas pelo 
paciente. 
 
§ 5º Não sendo conhecidas as diretivas 
antecipadas de vontade do paciente, nem 
havendo representante designado, 
familiares disponíveis ou falta de consenso 
entre estes, o médico recorrerá ao Comitê de 
Bioética da instituição, caso exista, ou, na falta 
deste, à Comissão de Ética Médica do hospital 
ou ao Conselho Regional e Federal de 
Medicina para fundamentar sua decisão 
sobre conflitos éticos, quando entender esta 
medida necessária e conveniente. 
 
➢ Código de Ética Médica 
 
Capítulo I - Princípios Fundamentais: 
 
Princípio fundamental XXI: “No processo de 
tomada de decisões profissionais, ..., o médico 
aceitará as escolhas de seus pacientes, 
relativas aos procedimentos diagnósticos e 
terapêuticos por ele expressos, desde que 
adequadas ao caso e cientificamente 
reconhecidas”. 
 
Princípio fundamental XXII: “Nas situações 
clínicas irreversíveis e terminais, o médico 
evitará a realização de procedimentos 
diagnósticos e terapêuticos desnecessários e 
propiciará aos pacientes sob sua atenção 
todos os cuidados paliativos apropriados”. 
 
Capítulo V - É vedado ao médico: 
Artigo 36 § 2º Salvo por motivo justo, 
comunicado ao paciente ou aos seus 
familiares, o médico não abandonará o 
paciente por ser este portador de moléstia 
crônica ou incurável e continuará a assisti-lo 
ainda que por cuidados paliativos. 
 
Artigo 41. É vedado ao médico abreviar a vida 
do paciente, ainda que a pedido deste ou se 
seu representante legal. Parágrafo único: nos 
casos de doença incurável e terminal, deve o 
médico oferecer todos os cuidados paliativos 
disponíveis sem empreender ações 
diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou 
obstinadas, levando sempre em 
consideração a vontade expressa do 
paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu 
representante legal. 
 
Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
 
Lei 19.723/2017: institui a política estadual de 
cuidados paliativos, que consiste na fixação 
de diretrizes normativas centradas na 
prevenção e alívio do sofrimento físico, 
psicológico, social e espiritual, na melhoria do 
bem-estar e no apoio aos doentes e às suas 
famílias, quando associados a doença grave 
ou incurável, em fase avançada ou 
progressiva, não devendo ser elitizada para 
este ou aquele, sendo obrigatória para todos 
os indivíduos. 
Parágrafo único. As ações e os serviços da 
Política instituída por esta Lei serão 
operacionalizados pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS) e financiados pelo Fundo 
Estadual de Saúde (FES), na ação 
"Implantação, Promoção e Fortalecimento 
das Ações e Serviços em Cuidados Paliativos", 
constante do "Programa Promoção, 
Prevenção e Proteção à Assistência Integral à 
Saúde" (código 1028), na unidade 
orçamentária da Secretaria da Saúde (código 
2800) e na unidade orçamentária do Fundo 
Estadual de Saúde (código 2850). 
 
ENTÃO: 
 
 
➢ Resolução CFM nº 2.156/2016, Conselho 
define critérios para melhorar fluxo de 
atendimento médico em UTIs, ou seja, 
estabelece os critérios para indicação de 
admissão ou de alta para pacientes em 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que 
devem ser observados pelos médicos 
intensivistas. A norma tem como meta 
contribuir para a melhora do fluxo de 
acolhimento de pacientes em situação de 
instabilidade clínica, frente a oferta 
insuficiente de leitos de UTI, especialmente 
na rede pública, e a má distribuições das 
unidades em todo o Brasil. 
 
OBJETIVO 3: Discutir sobre os principais 
sintomas que devem ser aliviados nos 
cuidados paliativos 
 
Na prática dos cuidados paliativos é comum 
que os doentes apresentem um ou mais 
sintomas e muitas vezes ao mesmo tempo. 
Estes sintomas refletem problemas de origem 
física, espiritual, sociale psicológicas 
decorrentes dos enfrentamentos da 
evolução da doença, independentes do seu 
estágio e torna-se importante poder 
preveni-los, identificá-los e avalia-los para o 
adequado controle das necessidades dos 
doentes e para que os cuidados planejados 
sejam os mais assertivos e eficazes. Tendo 
como foco, a manutenção da qualidade de 
vida dessas pessoas e a necessidade de 
ação interdisciplinar. 
 
Alteração do Sono (Vigília) 
As causas são diversas, como a dor não ou mal 
controlada; os quadros de depressão ou 
ansiedade; a inatividade e/ou cochiladas 
diurnas; os efeitos colaterais dos fármacos e o 
abuso de álcool e cafeína. 
O “terror noturno”, isto é, o medo da noite é 
relatado pelos pacientes e observado pelos 
familiares e equipes de saúde. Os pacientes 
referem receio de dormirem e não 
acordarem e/ou de passarem mal e não 
serem socorridos, pois acreditam que os 
 
Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
cuidadores, profissionais ou não, estarão 
menos atentos neste período. 
Há diversas formas de corrigir esse sintoma, 
que abala não só o paciente, mas seus 
cuidadores que não conseguem descansar 
adequadamente e chegam a exaustão 
rapidamente, após várias noites de intensa 
vigília. Há uma série de fármacos que são 
prescritos e trazem alívio do sintoma. Há 
também, medidas não farmacológicas 
(higienização do sono), que implicam em 
mudanças de comportamentos e que podem 
ser empregadas isoladamente ou de forma 
concomitante aos fármacos prescritos. 
 
Fadiga 
Ocorre em cerca de 75% a 95% dos pacientes 
podendo debilitar e comprometer as 
atividades da vida diária. De uma forma geral 
pode ser definida como uma sensação 
subjetiva de cansaço, fraqueza ou perda de 
energia. Seu conceito pode ser aprimorado 
considerando-se: verbalização de cansaço, 
canseira e/ou exaustão; diminuição da 
capacidade de realizar tarefas habituais; e 
falta de alívio para essas manifestações com 
a aplicação de estratégias usuais de 
recuperação de energia. Apesar da fadiga 
ser um sintoma frequente nos cuidados 
paliativos, é o que possui menos soluções 
satisfatórias, sendo importante tentar 
identificar e reverter a causa base para 
proporcionar uma melhora da qualidade de 
vida do doente. 
A partir da avaliação física e anamnese do 
doente, o enfermeiro avalia a presença de 
características definidoras que asseguram o 
diagnóstico. E por não se conhecer elementos 
fisiológicos que retratem objetivamente a 
fadiga, os instrumentos de auto relato devem 
ser utilizados, pois são a melhor maneira de se 
avaliar sintomas subjetivos. Eles permitem que 
o doente analise suas sensações e 
sentimentos com menor interferência 
externa e dão segurança para a equipe de 
Enfermagem planejar e executar cuidados. 
 
Náuseas e Vômitos 
São sintomas encontrado em cerca de 40% a 
70% dos doentes em cuidados paliativos. A 
náusea é a sensação desagradável da 
necessidade de vomitar, habitualmente 
acompanhada de sintomas autonômicos 
como sudorese fria, sialorréia, hipotonia 
gástrica, refluxo do conteúdo intestinal para o 
estômago, entre outros. O vômito ou êmese é 
a expulsão rápida e forçada do conteúdo 
gástrico através da boca, causada por uma 
contração forte e sustentada da musculatura 
da parede torácica e abdominal. 
As náuseas e vômitos possuem várias 
etiologias como: 
1. Gastrointestinais: candidíase orofaríngea, 
gastroparesia, constipação e obstrução 
intestinal. 
2. Drogas: opióides, antibióticos, anti-
inflamatórios não-esteroidais, digoxina e 
ferro. 
3. Toxicidade: quimioterapia, radioterapia, 
infecções e síndromes paraneoplásicas. 
4. Psicossomáticas: ansiedade e medo. 
5. Metabólicas: hipercalcemia e insuficiência 
renal. 
6. Neurológicas: metástases no sistema 
nervoso central. 
Entre outras causas que, se não tratadas, 
podem causar grande impacto na qualidade 
de vida dos doentes, pois levam a 
inapetência, anorexia, prejuízos nas 
 
Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
atividades e difi culdade na adesão a outros 
tratamentos. 
É fundamental que o profissional de saúde 
questione especificamente os sintomas no 
momento da avaliação, pois o doente com 
náusea crônica pode não se queixar. Os 
vômitos são facilmente identificados, e assim 
diagnosticados e tratados. Para uma 
adequada investigação faz-se necessário 
conhecer o doente e a evolução de sua 
doença, os tratamentos realizados e os 
medicamentos em uso, bem como a presença 
de outros sintomas. 
A avaliação das náuseas e vômitos envolve a 
investigação da frequência, duração, 
intensidade, aspecto, volume, fatores 
causadores ou agravantes (como o uso de 
medicamentos, movimento, ansiedade), 
desconforto físico, social, emocional, 
financeiro, efetividade e satisfação em 
relação ao tratamento proposto. A avaliação 
contínua e sistemática possibilita o 
acompanhamento da evolução do quadro, 
sendo fundamental seu registro. A partir da 
avaliação é possível planejar os cuidados de 
Enfermagem visando o conforto e qualidade 
de vida do doente. 
Há métodos farmacológicos bastante 
efetivos no tratamento da náusea e vômitos, 
mas também pode-se dispor de condutas 
não farmacológicas, como as relacionadas a 
frequência, quantidade e tipos de alimentos 
mais indicados, técnicas de relaxamento, 
higiene pré e pósprandial, entre outras. 
 
Dispneia 
É a sensação de respiração desconfortável, 
sufocante, provocada pela falta de ar. É um 
sintoma subjetivo bastante comum em 
pacientes na fase final de vida. A dispneia 
ocorre em torno de 30% a 75% dos doentes 
em cuidados paliativos. Sua origem é 
multifatorial. Embora a causa da dispneia 
possa ser identificada e tratada, a escolha 
para os cuidados depende da avaliação 
clínica e do estágio da doença, geralmente 
tendo como objetivo aliviar o sintoma e 
promover o conforto do doente sem o intuito 
de promover a cura da doença base. 
As possibilidades de terapias farmacológicas 
são muitas, considerando sempre o fator 
desencadeante. Concomitante aos 
fármacos, há medidas de cuidados e conforto, 
muito importantes como a elevação do 
decúbito, o reposicionamento no leito, a 
abertura de janelas, a colocação de 
ventiladores direto no doente, o estimulo a 
respiração tranquila e pausada e uso de 
oxigênio suplementar. No entanto, há quadros 
de dispneias refratárias as medidas 
farmacológicas e não farmacológicas, 
levando muitas vezes a equipe de saúde a 
instalação de medidas como a sedação. 
 
Constipação 
É um sintoma bastante frequente nos 
doentes em cuidados paliativos, 
especialmente quando usando analgésicos 
opióides. Constipação intestinal, obstipação 
intestinal ou prisão de ventre são sinônimos. 
Há diversos fatores desencadeantes e 
agravantes das constipações intestinais, 
como a inatividade, a fraqueza, a menor 
ingesta alimentar e hidratação e as 
obstruções intestinais por tumores malignos 
ou outras massas benignas. 
Desenvolveram-se protocolos 
farmacológicos específicos considerando o 
fator desencadeante da constipação. Em se 
tratando das medidas não farmacológicas 
 
Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
podemos implementar a realização de 
manobras abdominais, estimulação da 
ingesta hídrica, oferecimento de dieta rica em 
fibras e o encorajamento das atividades 
físicas. Todas essas medidas demandam 
conhecimento do quadro clínico do doente, 
bem como dos seus hábitos intestinais 
anteriores e da etiologia da constipação, 
para evitarem que ações contraindicadas 
piorem o quadro geral do doente. 
 
Dor 
A dor é uma das razões mais comuns da busca 
por cuidados médicos, e quando não 
controlada, é responsável pelo aumento de 
complicações pós-operatórias, pós-
traumáticas, prolongamento das internações, 
aumento dos custos hospitalares e sofrimento 
do paciente com os tratamentos. Sua 
prevalência, nos hospitais, varia em torno de 
45% a 80%. Argumenta-se que a dor, em 
especial a crônica, não é corretamente 
tratada e documentada por causa da 
inadequada avaliação inicial porparte da 
equipe de saúde que cuida do doente. 
O tratamento da dor baseia-se em 
evidências preconizadas pela Organização 
Mundial de Saúde. De acordo com a avaliação 
da dor, considerando a intensidade da 
mesma, mensurada através de instrumentos 
unidimensional e/ou multidimensional 
adotado pelo serviço é possível identificar e 
tratar um dos sintomas que mais sofrimento 
físico, psicossocial e espiritual causa na 
população, independentemente de sua 
origem relacionada as doenças crônicas 
benignas ou às doenças malignas, como o 
câncer. 
A dor é considerada uma das consequências 
mais temidas por doentes, pois se manifesta 
de diferentes formas e intensidades, 
variando entre dor leve, moderada e intensa. 
É encontrada em 50% a 70% dos doentes. 
Em alguns casos, o doente pode ser incapaz 
de comunicar sua dor e o profissional de 
saúde deve estar atento aos sinais 
demonstrados, pois os doentes em fase final 
de vida são os que mais sofrem com este 
problema quando não realizada uma 
avaliação efetiva. Existem muitos cuidados a 
serem realizados para o tratamento da dor 
em cuidados paliativos como intervenções 
farmacológicas e não farmacológicas, sendo 
a relação terapêutica entre o doente e o 
profissional da saúde um importante elo para 
o tratamento efetivo. 
Com o objetivo de melhorar a qualidade da 
assistência, a Agência Americana de Pesquisa 
e Qualidade em Saúde Pública e a Associação 
Internacional para o Estudo da Dor (IASP) 
estabeleceram diretrizes para que a 
mensuração e o registro da dor sejam 
realizados com o mesmo rigor e seriedade 
que a pressão arterial, frequência cardíaca, 
frequência respiratória e temperatura, 
denominando assim a dor como “5º Sinal 
Vital”. 
A implantação da dor como “5º Sinal Vital”, 
oferece para a equipe de Enfermagem 
parâmetros para um adequado processo de 
cuidado dos pacientes com dor, a partir da 
aplicação das suas etapas: identificação da 
dor (tipo, localização e características); 
quantificação/ mensuração da dor (através 
das Escalas, específicas e validadas); 
implementação da terapêutica 
farmacológica ou não farmacológica; registro 
adequado dos dados coletados e das ações 
implementadas e a reavaliação do paciente. 
No que tange a adoção de uma Escala para 
mensuração da intensidade da dor algumas 
 
Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
características precisam ser observadas 
como a idade, o nível de consciência e 
cognitivo da população avaliada, bem como 
a adesão e respaldo legal do profissional 
técnico de Enfermagem ou enfermeiro que 
fará a aplicação da mesma. A partir dos dados 
coletados há de se desenvolver 38 condutas 
de ação, previamente, protocoladas. 
Existem várias escalas de avaliação da 
intensidade de dor validadas no Brasil, ao 
escolher a que padronizará no seu serviço o 
enfermeiro e equipe de saúde deve optar 
pela que mais se adequa as peculiaridades da 
população atendida, o serviço desenvolvido 
e a competência dos profissionais que a 
aplicarão. 
 
Depressão e Ansiedade 
São sintomas psicológicos encontrados em 
muitos doentes em Cuidados Paliativos, sendo 
essencial a avaliação constante de seu 
comportamento e reações frente aos 
acontecimentos. 
A ansiedade é caracterizada por uma 
sensação de mal-estar ou sentimento de 
tristeza, sendo a etiologia proveniente de 
vários fatores. Geralmente, doentes em 
cuidados paliativos apresentam este sintoma 
quando relacionam sua doença à morte ou ao 
morrer. 
A depressão é considerada mais grave que a 
ansiedade, pois é caracterizada por um 
distúrbio complexo de emoções, associado à 
perda de interesse pela vida e a problemas 
cognitivos, podendo trazer alterações como 
a insônia e cefaleia. 
É provável que uma parcela significativa dos 
doentes em cuidados paliativos venha a 
apresentar um episódio de ansiedade ou 
depressão durante algum período do seu 
processo de adoecimento. O trabalho 
psicológico seja de apoio, aconselhamento, 
reabilitação ou psicoterapia individual e em 
grupo, tem facilitado a transmissão do 
diagnóstico, a aceitação dos tratamentos, o 
alívio dos efeitos secundários e a obtenção 
de uma melhor qualidade de vida. 
 
Confusão Mental (Delirium ou Demência) 
A confusão mental é muito comum em 
doenças graves e há muitas causas possíveis 
desencadeantes, como as encefalopatias, as 
metástases cerebrais, os distúrbios 
metabólicos e eletrolíticos, as desidratações e 
efeitos colaterais dos fármacos. 
O delirium é a confusão mental que se 
manifesta de forma aguda, em um curto 
período de tempo. Pode ser desencadeado 
por uma infecção, pela proximidade da morte 
ou pela introdução de um novo fármaco. 
Classifica-se como hiperativo (caracterizado 
por confusão, agitação, alucinações, 
mioclonías e hiperalgesia); hipoativo 
(caracterizado por confusão, sonolência e 
estado de alerta diminuído) ou misto 
(apresenta ambas as características). 
Alguns cuidados não farmacológicos podem 
ser implementados como, manter o doente 
num ambiente seguro e que lhe seja familiar, 
mantê-lo longe de objetos perigos, 
comunicar-se com frase diretas e simples e 
eliminar ou diminuir estímulos sonoros e visuais. 
A utilização de fármacos tem como objetivos 
corrigir, se possível o fator desencadeante 
e/ou tratar o sintoma, diminuído ou 
eliminando o risco que o doente impõe a si 
mesmo ou as que estão ao seu redor. 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
Disfunção Urinária 
São vários os mecanismos que desencadeiam 
as disfunções urinárias, como progressão da 
doença (no câncer), alterações do nível de 
consciência e efeitos colaterais de 
medicamentos, como os opióides que 
reduzem o tônus do músculo detrusor e sua 
força de contração, reduzindo também a 
sensação de plenitude vesical, urgência e 
reflexo miccional. 
A prioridade do cuidado é aliviar o 
desconforto deste sintoma. O uso de 
dispositivos urinários não invasivos, sondas 
vesicais de demora e de alívio e o uso de 
fraldas podem ser usados com esse objetivo. 
Em alguns casos faz-se necessário ações 
farmacológicas e/ou cirúrgicas. 
 
Anorexia (Caquexia) 
Os sintomas alimentares como a síndrome 
anorexia/caquexia, são geradores de grande 
sofrimento nos pacientes e seus cuidadores 
familiares ou não, pelo desconforto, pelas 
alterações físicas que provocam e pelo 
impacto psicológico que causam. A avaliação 
destes sintomas torna-se fundamental na 
medida em que o tratamento dos mesmos 
pode atenuar o impacto negativo que 
acarretam à vida destas pessoas. 
Tradicionalmente, a caquexia é relacionada 
ao emagrecimento excessivo e claramente 
aparente associado a determinadas 
enfermidades. Os tratamentos 
farmacológicos são bastante polêmicos. 
Algumas medidas não farmacológicas trazem 
conforto aos pacientes e familiares, 
como o fracionamento das dietas, aumento 
de sua periodicidade e oferta de pratos mais 
atrativos. 
Prurido 
Pode ser um sintoma de várias condições, 
apresentando-se com ou sem uma erupção 
cutânea, como por exemplo, doenças 
hepáticas, insuficiência renal, certos tipos de 
câncer, alergias, dermatites, infecções 
fúngicas e escabiose. Evitar fatores que se 
saibam desencadeantes do prurido e banhos 
com agua quente e com sabonetes com pH 
incompatível com o pH da pele são medidas 
eficazes. O uso de hidratantes, tem um papel 
importante no seu alívio. 
Farmacologicamente, há de se identificar o 
fator causal e direcionar o tratamento. 
 
Soluço 
Podem ser penosos e desgastantes para o 
paciente, se forem frequentes ou se não se 
resolverem rapidamente. São geralmente 
causadas por distensão (estiramento) do 
estômago, mas também podem resultar de 
qualquer pressão sobre o diafragma, ou de 
insuficiência renal. 
 
Ronco da morte (Sororoca ou chocalho da 
morte) 
Esse é um termo comum usado nos hospitais 
para descrever o som feito por um indivíduo 
muito próximo da morte. Isso ocorre após a 
perda do reflexo da tosse e da habilidade de 
engolir, causando uma acumulação de saliva 
na garganta e nos pulmões.Apesar de 
raramente causar dor ao paciente, o som 
pode ser assustador, seu aspecto é de “água 
em ebulição”. Incomoda as pessoas ao redor 
do paciente, pois dá a sensação de que o 
paciente está sufocando. As aspirações não 
são eficazes e são pouco toleradas. 
 
Sara Luiza Costa Silva – MED – 3° PERÍODO - UNIRV 
Medidas de conforto, como umedecimento 
dos lábios com óleo mineral e o 
posicionamento mais elevado no leito é 
indicado. Farmacologicamente, pode-se 
utilizar, entre outros, a critério médico, a hiosina 
que tem como efeito colateral o 
ressecamento das vias respiratórias 
superiores. Esse efeito colateral que causa 
desconforto na maioria dos pacientes, traz 
para o paciente com “ronco da morte” 
conforto, diminuindo os ruídos. 
 
Lesões de pele 
Os pacientes no fim da vida são propensos ao 
desenvolvimento ou agravo das lesões 
cutâneas. A escassa mobilidade, o estar 
acamado ou sentado durante muito tempo, a 
presença de incontinência urinária ou fecal e 
a deficiente nutrição aumentam os riscos de 
desenvolvimento das úlceras por pressão, 
uma das lesões mais comuns neste período 
da vida. 
Existem Escalas apropriadas para 
identificação de risco de desenvolvimento 
destas úlceras por pressão, como as escalas 
de Braden, Norton e Waterlow. 
As causas das lesões podem ser internas ou 
externas ao paciente e são as mais variadas, 
desde questões pertinentes às doenças de 
base, até as relacionadas à fragilidade 
tecidual. A fragilidade tecidual está 
relacionada à faixa etária, às questões 
nutricionais e, refletem também, a falência do 
maior órgão do corpo humano, quando da 
proximidade morte: a pele. 
As úlceras terminais de Kenedy, que surgem 
dias antes da morte são muitas vezes 
consideradas úlceras de pressão comuns, 
quando estudo já indicam seu surgimento 
como um indicador de proximidade do óbito. O 
reconhecimento deste indicador funciona 
como um elemento para o 
direcionamento/planejamento do cuidado 
da Enfermagem. A pele deve ser avaliada 
diariamente e medidas de prevenção e 
tratamentos adequados implantados 
precocemente. As úlceras por pressão 
podem ser evitadas com algumas ações 
básicas da Enfermagem como: incentivo à 
mobilização dos doentes; o reposicionamento 
periódico no leito; a utilização das superfícies 
de apoio apropriadas como os colchões de 
espuma caixa de ovo e os colchões dinâmicos; 
o uso de travesseiros entre as pernas, se o 
doente estiver deitado de lado; não arrastar 
o doente; manter a cama limpa e seca e os 
lençóis sem dobras; manter a pele hidratada; 
não realizar massagens; proteger estruturas 
de apoio (sacro, ísquio, nádegas, ombros, 
cotovelos, calcanhar e pavilhão auricular). Em 
áreas de umidade usar tecnologias de 
barreiras como cremes disponíveis no 
mercado. 
 
FONTE BIBLIOGRÁFICA 
Enfermagem em Cuidados Paliativos. [s.l.: s.n., 
s.d.]. Disponível em: 
<http://www.corensc.gov.br/wpcontent/upl
oads/2016/11/Cuidados-Paliativos-Parte-1-
Site.pdf>.

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