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LISTA 5 - PORTUGUÊS - ARTIGOS E NUMERAIS

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TEOREMA MILITAR 
LISTA 5 – ARTIGOS E NUMERAIS 
PROF. MARCOS SIQUEIRA 
 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
O elefante 
 
Fabrico um elefante 
de meus poucos recursos. 
Um tanto de madeira 
tirado a velhos móveis 
talvez lhe dê apoio. 
E o encho de algodão, 
de paina, de doçura. 
A cola vai fixar 
suas orelhas pensas. 
A tromba se enovela, 
é a parte mais feliz 
de sua arquitetura. 
 
Mas há também as presas, 
dessa matéria pura 
que não sei figurar. 
Tão alva essa riqueza 
a espojar-se nos circos 
sem perda ou corrupção. 
E há por fim os olhos, 
onde se deposita 
a parte do elefante 
mais fluida e permanente, 
alheia a toda fraude. 
 
Eis o meu pobre elefante 
pronto para sair 
à procura de amigos 
num mundo enfastiado 
que já não crê em bichos 
e duvida das coisas. 
Ei-lo, massa imponente 
e frágil, que se abana 
e move lentamente 
a pele costurada 
onde há flores de pano 
e nuvens, alusões 
a um mundo mais poético 
onde o amor reagrupa 
as formas naturais. 
 
Vai o meu elefante 
pela rua povoada, 
mas não o querem ver 
nem mesmo para rir 
da cauda que ameaça 
deixá-lo ir sozinho. 
 
É todo graça, embora 
as pernas não ajudem 
e seu ventre balofo 
se arrisque a desabar 
ao mais leve empurrão. 
Mostra com elegância 
sua mínima vida, 
e não há cidade 
alma que se disponha 
a recolher em si 
desse corpo sensível 
a fugitiva imagem, 
o passo desastrado 
mas faminto e tocante. 
Mas faminto de seres 
e situações patéticas, 
de encontros ao luar 
no mais profundo oceano, 
sob a raiz das árvores 
ou no seio das conchas, 
de luzes que não cegam 
e brilham através 
dos troncos mais espessos. 
Esse passo que vai 
sem esmagar as plantas 
no campo de batalha, 
à procura de sítios, 
segredos, episódios 
não contados em livro, 
de que apenas o vento, 
as folhas, a formiga 
reconhecem o talhe, 
mas que os homens ignoram, 
pois só ousam mostrar-se 
sob a paz das cortinas 
à pálpebra cerrada. 
 
E já tarde da noite 
volta meu elefante, 
mas volta fatigado, 
as patas vacilantes 
se desmancham no pó. 
Ele não encontrou 
o de que carecia, 
o de que carecemos, 
eu e meu elefante, 
em que amo disfarçar-me. 
Exausto de pesquisa, 
caiu-lhe o vasto engenho 
como simples papel. 
A cola se dissolve 
e todo o seu conteúdo 
de perdão, de carícia, 
de pluma, de algodão, 
jorra sobre o tapete, 
qual mito desmontado. 
Amanhã recomeço. 
 
ANDRADE, Carlos Drummond de. O ElefanteO. 9ª ed. - 
São Paulo: Editora Record, 1983. 
 
 
 
 
TEOREMA MILITAR 
LISTA 5 – ARTIGOS E NUMERAIS 
PROF. MARCOS SIQUEIRA 
 
 
1. (Ime 2019) Observe os vocábulos destacados em 
negrito nos versos 39 a 44 do poema, transcritos 
abaixo: 
 
“Vai o meu elefante 
pela rua povoada, 
mas não o querem ver 
nem mesmo para rir 
da cauda que ameaça 
deixá-lo ir sozinho.” 
 
Sobre esses vocábulos, de acordo com a gramática 
normativa, considere as seguintes afirmações: 
 
I. o primeiro “o” é um artigo definido e o segundo é 
uma forma pronominal oblíqua, assim como a forma 
“lo” em “deixá-lo”. 
II. a colocação do segundo “o” junto ao advérbio de 
negação aproxima-se do registro mais utilizado no 
português falado no Brasil. 
III. “o” e “lo” nos versos “mas não o querem ver” e 
“deixá-lo ir sozinho” são formas pronominais que 
garantem a coesão referencial anafórica. 
 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões) 
 
a) I apenas. 
b) III apenas. 
c) I e II apenas. 
d) I e III apenas. 
e) II e III apenas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A terceira parte de Um livro de instruções e desenhos 
de Yoko Ono, da artista plástica, compositora e 
escritora Yoko Ono (Tóquio, 1933-), é intitulada 
“Evento”. Nele, Yoko Ono fornece “instruções” para 
que seus leitores produzam eventos. 
 
Evento do cheiro I 
Envie o cheiro da Lua. 
 
Evento do cheiro II 
Envie um cheiro para a Lua. 
 
(ONO, Yoko. Grapefruit – A Book of Instruction and 
Drawings by Yoko Ono. Nova Iorque: Simon & 
Schuster, 2000[1964].). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. (Ufjf-pism 1 2019) No texto, o Evento I tem um 
“cheiro” determinado, em contraposição ao Evento II. 
Sobre tal fato podemos dizer que: 
 
 
a) Sintaticamente isso é visível pela troca de 
preposições. 
b) O elemento que complementa o nome “cheiro” é 
“da”. 
c) O cheiro determinado deve ser enviado para a Lua. 
d) Semanticamente, o “cheiro” do Evento I é 
indeterminado. 
e) A determinação está representada pelo artigo 
definido. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a crônica “Premonitório”, de Carlos Drummond de 
Andrade (1902-1987), para responder à(s) 
questão(ões): 
 
Do fundo de Pernambuco, o pai mandou-lhe 
um telegrama: “Não saia casa 3 outubro abraços”. 
O rapaz releu, sob emoção grave. Ainda bem 
que o velho avisara: em cima da hora, mas avisara. 
Olhou a data: 28 de setembro. Puxa vida, telegrama 
com a nota de urgente, levar cinco dias de Garanhuns 
a Belo Horizonte! Só mesmo com uma revolução esse 
telégrafo endireita. E passado às sete da manhã, veja 
só; o pai nem tomara o mingau com broa, precipitara-
se na agência para expedir a mensagem. 
Não havia tempo a perder. Marcara encontros 
para o dia seguinte, e precisava cancelar tudo, sem 
alarde, como se deve agir em tais ocasiões. Pegou o 
telefone, pediu linha, mas a voz de d. Anita não 
respondeu. Havia tempo que morava naquele hotel e 
jamais deixara de ouvir o “pois não” melodioso de d. 
Anita, durante o dia. A voz grossa, que resmungara 
qualquer coisa, não era de empregado da casa; 
insistira: “como é?”, e a ligação foi dificultosa, havia 
besouros na linha. Falou rapidamente a diversas 
pessoas, aludiu a uma ponte que talvez resistisse 
ainda uns dias, teve oportunidade de escandir as 
sílabas de arma virumque cano1, disse que achava 
pouco cem mil unidades, em tal emergência, e 
arrematou: “Dia 4 nós conversamos.” Vestiu-se, 
desceu. Na portaria, um sujeito de panamá bege, 
chapéu de aba larga e sapato de duas cores levantou-
se e seguiu-o. Tomou um carro, o outro fez o mesmo. 
Desceu na praça da Liberdade e pôs-se a contemplar 
um ponto qualquer. Tirou do bolso um caderninho e 
anotou qualquer coisa. Aí, já havia dois sujeitos de 
panamá, aba larga e sapato bicolor, confabulando a 
pequena distância. Foi saindo de mansinho, mas os 
dois lhe seguiram na cola. Estava calmo, com o 
telegrama do pai dobrado na carteira, placidez 
satisfeita na alma. O pai avisara a tempo, tudo correria 
bem. Ia tomar a calçada quando a baioneta em riste 
TEOREMA MILITAR 
LISTA 5 – ARTIGOS E NUMERAIS 
PROF. MARCOS SIQUEIRA 
 
advertiu: “Passe de largo”; a Delegacia Fiscal estava 
cercada de praças, havia armas cruzadas nos cantos. 
Nos Correios, a mesma coisa, também na Telefônica. 
Bondes passavam escoltados. Caminhões conduziam 
tropa, jipes chispavam. As manchetes dos jornais eram 
sombrias; pouca gente na rua. Céu escuro, abafado, 
chuva próxima. 
Pensando bem, o melhor era recolher-se ao 
hotel; não havia nada a fazer. Trancou-se no quarto, 
procurou ler, de vez em quando o telefone chamava: 
“Desculpe, é engano”, ou ficava mudo, sem desligar. 
Dizendo-se incomodado, jantou no quarto, e estranhou 
a camareira, que olhava para os móveis como se 
fossem bichos. Deliberou deitar-se, embora a noite 
apenas começasse. Releu o telegrama, apagou a luz. 
Acordou assustado, com golpes na porta. 
Cinco da manhã. Alguém o convidava a ir à Delegacia 
de Ordem Política e Social. “Deve ser engano.” “Não é 
não, o chefe está à espera.” “Tão cedinho? Precisa ser 
hoje mesmo? Amanhã eu vou.” “É hoje e é já.” 
“Impossível.” Pegaram-lhe dos braços e levaram-no 
sem polêmica. A cidade era uma praça de guerra, toda 
a polícia a postos. “O senhor vai dizer a verdade 
bonitinho e logo” – disse-lhe o chefe. – “Que sabe a 
respeito do troço?” “Não se faça de bobo, o troço que 
vai estourar hoje.” “Vai estourar?” “Não sabia? E 
aquela ponte que o senhor ia dinamitar mas era 
difícil?” “Doutor, eu falei a meu dentista, é um trabalho 
de prótese que anda abalado.Quer ver? Eu tiro.” 
“Não, mas e aquela frase em código muito vagabundo, 
com palavras que todo mundo manja logo, como arma 
e cano?” “Sou professor de latim, e corrigi a epígrafe 
de um trabalho.” “Latim, hem? E a conversa sobre os 
cem mil homens que davam para vencer?” “São 
unidades de penicilina que um colega tomou para uma 
infecção no ouvido.” “E os cálculos que o senhor fazia 
diante do palácio?” Emudeceu. “Diga, vamos!” 
“Desculpe, eram uns versinhos, estão aqui no bolso.” 
“O senhor é esperto, mas saia desta. Vê este 
telegrama? É cópia do que o senhor recebeu de 
Pernambuco. Ainda tem coragem de negar que está 
alheio ao golpe?” “Ah, então é por isso que o 
telegrama custou tanto a chegar?” “Mais custou ao 
país, gritou o chefe. Sabe que por causa dele as Forças 
Armadas ficaram de prontidão, e que isso custa cinco 
mil contos? Diga depressa.” “Mas, doutor…” Foi levado 
para outra sala, onde ficou horas. O que aconteceu, 
Deus sabe. Afinal, exausto, confessou: “O senhor 
entende conversa de pai pra filho? Papai costuma ter 
sonhos premonitórios, e toda a família acredita neles. 
Sonhou que me aconteceria uma coisa no dia 3, se eu 
saísse de casa, e telegrafou prevenindo. Juro!” 
Dia 4, sem golpe nenhum, foi mandado em 
paz. O sonho se confirmara: realmente, não devia ter 
saído de casa. 
 
(70 historinhas, 2016.) 
 
1 arma virumque cano: “canto as armas e o varão” 
(palavras iniciais da epopeia Eneida, do escritor 
Vergílio, referentes ao herói Eneias). 
 
 
3. (Unifesp 2018) “Falou rapidamente a diversas 
pessoas, aludiu a uma ponte que talvez resistisse 
ainda uns dias, teve oportunidade de escandir as 
sílabas de arma virumque cano” (3º parágrafo) 
 
Os termos em destaque constituem, respectivamente, 
 
a) uma preposição, uma preposição e um artigo. 
b) um pronome, uma preposição e um artigo. 
c) um artigo, um artigo e um pronome. 
d) uma preposição, um artigo, um artigo. 
e) um pronome, uma preposição e um pronome. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o trecho do conto “A igreja do Diabo”, de 
Machado de Assis (1839-1908), para responder à(s) 
questão(ões) a seguir: 
 
 Uma vez na terra, o Diabo não perdeu um minuto. 
Deu-se pressa em enfiar a 1cogula beneditina, como 
hábito de boa fama, e entrou a espalhar uma doutrina 
nova e extraordinária, com uma voz que reboava nas 
entranhas do século. Ele prometia aos seus discípulos 
e fiéis as delícias da terra, todas as glórias, os deleites 
mais íntimos. Confessava que era o Diabo; mas 
confessava-o para retificar a noção que os homens 
tinham dele e desmentir as histórias que a seu respeito 
contavam as velhas beatas. 
 – Sim, sou o Diabo, repetia ele; não o Diabo das 
noites sulfúreas, dos contos soníferos, terror das 
crianças, mas o Diabo verdadeiro e único, o próprio 
gênio da natureza, a que se deu aquele nome para 
arredá-lo do coração dos homens. Vede-me gentil e 
airoso. Sou o vosso verdadeiro pai. Vamos lá: tomai 
daquele nome, inventado para meu 2desdouro, fazei 
dele um troféu e um 3lábaro, e eu vos darei tudo, 
tudo, tudo, tudo, tudo, tudo... 
 Era assim que falava, a princípio, para excitar o 
entusiasmo, espertar os indiferentes, congregar, em 
suma, as multidões ao pé de si. E elas vieram; e logo 
que vieram, o Diabo passou a definir a doutrina. A 
doutrina era a que podia ser na boca de um espírito de 
negação. Isso quanto à substância, porque, acerca da 
forma, era umas vezes sutil, outras cínica e deslavada. 
 Clamava ele que as virtudes aceitas deviam ser 
substituídas por outras, que eram as naturais e 
legítimas. A soberba, a luxúria, a preguiça foram 
reabilitadas, e assim também a avareza, que declarou 
não ser mais do que a mãe da economia, com a 
diferença que a mãe era robusta, e a filha uma 
4esgalgada. A ira tinha a melhor defesa na existência 
de Homero; sem o furor de Aquiles, não haveria a 
Ilíada: “Musa, canta a cólera de Aquiles, filho de 
TEOREMA MILITAR 
LISTA 5 – ARTIGOS E NUMERAIS 
PROF. MARCOS SIQUEIRA 
 
Peleu”... [...] Pela sua parte o Diabo prometia 
substituir a vinha do Senhor, expressão metafórica, 
pela vinha do Diabo, locução direta e verdadeira, pois 
não faltaria nunca aos seus com o fruto das mais belas 
cepas do mundo. Quanto à inveja, pregou friamente 
que era a virtude principal, origem de prosperidades 
infinitas; virtude preciosa, que chegava a suprir todas 
as outras, e ao próprio talento. 
 As turbas corriam atrás dele entusiasmadas. O 
Diabo incutia-lhes, a grandes golpes de eloquência, 
toda a nova ordem de coisas, trocando a noção delas, 
fazendo amar as perversas e detestar as sãs. 
 Nada mais curioso, por exemplo, do que a definição 
que ele dava da fraude. Chamava-lhe o braço 
esquerdo do homem; o braço direito era a força; e 
concluía: Muitos homens são canhotos, eis tudo. Ora, 
ele não exigia que todos fossem canhotos; não era 
exclusivista. Que uns fossem canhotos, outros destros; 
aceitava a todos, menos os que não fossem nada. A 
demonstração, porém, mais rigorosa e profunda, foi a 
da 5venalidade. Um 6casuísta do tempo chegou a 
confessar que era um monumento de lógica. A 
venalidade, disse o Diabo, era o exercício de um direito 
superior a todos os direitos. Se tu podes vender a tua 
casa, o teu boi, o teu sapato, o teu chapéu, coisas que 
são tuas por uma razão jurídica e legal, mas que, em 
todo caso, estão fora de ti, como é que não podes 
vender a tua opinião, o teu voto, a tua palavra, a tua 
fé, coisas que são mais do que tuas, porque são a tua 
própria consciência, isto é, tu mesmo? Negá-lo é cair 
no absurdo e no contraditório. Pois não há mulheres 
que vendem os cabelos? não pode um homem vender 
uma parte do seu sangue para transfundi-lo a outro 
homem anêmico? e o sangue e os cabelos, partes 
físicas, terão um privilégio que se nega ao caráter, à 
porção moral do homem? Demonstrando assim o 
princípio, o Diabo não se demorou em expor as 
vantagens de ordem temporal ou pecuniária; depois, 
mostrou ainda que, à vista do preconceito social, 
conviria dissimular o exercício de um direito tão 
legítimo, o que era exercer ao mesmo tempo a 
venalidade e a hipocrisia, isto é, merecer 
duplicadamente. 
 
(Contos: uma antologia, 1998.) 
 
 
1cogula: espécie de túnica larga, sem mangas, usada 
por certos religiosos. 
2desdouro: descrédito, desonra. 
3lábaro: estandarte, bandeira. 
4esgalgado: comprido e estreito. 
5venalidade: condição ou qualidade do que pode ser 
vendido. 
6casuísta: pessoa que pratica o casuísmo (argumento 
fundamentado em raciocínio enganador ou falso). 
 
 
4. (Unifesp 2017) “Quanto à inveja, pregou friamente 
que era a virtude principal, origem de prosperidades 
infinitas; virtude preciosa, que chegava a suprir todas 
as outras, e ao próprio talento.” (4º parágrafo) 
 
Os termos em destaque constituem, respectivamente, 
a) um pronome e um artigo. 
b) uma conjunção e um artigo. 
c) um artigo e uma preposição. 
d) um pronome e uma preposição. 
e) um artigo e uma conjunção. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto de Jacques Fux para responder à(s) 
questão(ões). 
 
Literatura e Matemática 
 
 Letras e números costumam ser vistos como 
símbolos opostos, correspondentes a sistemas de 
pensamento e linguagens completamente diferentes e, 
muitas vezes, incomunicáveis. Essa perspectiva, no 
entanto, foi muitas vezes recusada pela própria 
literatura, que em diversas ocasiões valeu-se de 
elementos e pensamentos matemáticos como forma de 
melhor explorar sua potencialidade e de amplificar 
suas possibilidades criativas. 
 A utilização da matemática no campo literário se dá 
por meio das diversas estruturas e rigores, mas 
também através da apresentação, reflexão e 
transformação em matéria narrativa de problemas de 
ordem lógica. Nenhuma leitura é única: o texto, por si 
só, não diz nada; ele só vai produzir sentido no 
momento em que há a recepção por parte do leitor. A 
matemática pode, também, potencializar o texto, 
tornandoainda mais amplo o seu campo de leituras 
possíveis a partir de regras ou restrições. 
 Muitas passagens de Alice no País das Maravilhas e 
Alice através do espelho, de Lewis Carroll, estão 
repletas de enigmas e problemas que até os dias de 
hoje permitem aos leitores múltiplas interpretações. 
Edgar Allan Poe é outro escritor a construir 
personagens que utilizam exaustivamente a lógica 
matemática como instrumento para a resolução dos 
enigmas propostos. 
 Explorar as relações entre literatura e matemática é 
resgatar o romantismo grego da possibilidade do 
encontro de todas as ciências. É fazer uma viagem 
pelo mundo das letras e dos números, da literatura 
comparada e das ficções e romances de diversos 
autores que beberam (e continuarão bebendo) de 
diversas e potenciais fontes científicas, poéticas e 
matemáticas. 
 
<http://tinyurl.com/h9z7jot > Acesso em: 17.08.2016. 
Adaptado. 
 
 
TEOREMA MILITAR 
LISTA 5 – ARTIGOS E NUMERAIS 
PROF. MARCOS SIQUEIRA 
 
 
5. (Fatec 2017) No trecho “correspondentes a 
sistemas de pensamento e linguagens”, a palavra 
destacada é 
a) um artigo definido feminino que concorda com o 
substantivo sistemas. 
b) um pronome possessivo referente ao substantivo 
pensamento. 
c) uma conjugação no presente do indicativo para o 
verbo haver. 
d) uma preposição regida pelo adjetivo 
correspondentes. 
e) um adjetivo para destacar o advérbio linguagens. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Cineclube em SP realiza feira de trocas 
mensalmente 
 
1No último domingo (7), a associação 
Cineclube Socioambiental Crisantempo, localizada na 
Vila Madalena, bairro da zona oeste de São Paulo, 
realizou uma feira em que os moradores puderam 
trocar objetos entre si. 2A iniciativa busca incentivar o 
consumo 3consciente e levar para o espaço o conceito 
de economia solidária. 
4A feira de trocas acontece uma vez por mês, 
sempre aos domingos. O grupo aconselha levar livros, 
roupas, CDs, DVDs, aparelhos eletrônicos, brinquedos, 
objetos de decoração, objetos em geral que estejam 
em bom estado. 
Segundo os organizadores, o objetivo é 
“promover um espaço de reflexão sobre o consumo, 
trocar diversos tipos de objetos, saberes e sabores”. 
Por isso, também podem ser levados alimentos e 
plantas, além de “serviços e saberes”. Tudo para a 
troca de ideias e divulgação de utilidades. 
O evento funciona da seguinte maneira: 5cada 
um coloca seus bens num local e utiliza uma etiqueta 
com seu nome. Após a organização dos espaços 
pessoais, os participantes circulam para conhecer os 
espaços dos outros e 6num determinado momento (ao 
tocar do sino) começam as trocas. 
7O espaço também promove o desapego 
através da doação. Há uma área destinada apenas 
para doar objetos às instituições que necessitam. Para 
finalizar, acontece um lanche 8compartilhado com 
alimentos levados pelos próprios participantes. 9Uma 
10experiência colaborativa agradável, que questiona o 
11individualismo imposto nas grandes cidades. 
 
Fonte: http://cicIovivo.com.br/noticia/cinecIube-em-
sp-realiza-feira-de-trocas-mensaImente/. Acesso em 
03/10/2016. 
 
 
 
 
 
 
6. (G1 - cp2 2017) “No último domingo (7), a 
associação Cineclube Socioambiental Crisantempo, 
localizada na Vila Madalena, bairro da zona oeste de 
São Paulo, realizou uma feira em que os moradores 
puderam trocar objetos entre si.” (referência 1) 
 
“A feira de trocas acontece uma vez por mês, sempre 
aos domingos.” (referência 7) 
 
Em relação aos artigos sublinhados nas duas 
passagens do texto, pode-se dizer que 
 
a) na primeira, usou-se o artigo definido para 
apresentar um elemento, e depois se usou o 
indefinido para retomar esse elemento. 
b) na primeira, usou-se o artigo indefinido para 
apresentar um elemento, e depois se usou o 
definido para retomar esse elemento. 
c) nas duas passagens. usou-se o artigo indefinido 
para não determinar o elemento sobre o qual se 
está falando. 
d) Nas duas passagens, usou-se o artigo definido para 
retomar a um elemento citado anteriormente. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
 
 
 
TEOREMA MILITAR 
LISTA 5 – ARTIGOS E NUMERAIS 
PROF. MARCOS SIQUEIRA 
 
 
7. (G1 - cps 2017) As palavras “sete”, “fome” e 
“colabore”, em destaque no cartaz, podem ser 
classificadas, correta e respectivamente, nas classes 
gramaticais 
a) artigo, substantivo e adjetivo. 
b) artigo, adjetivo e substantivo. 
c) numeral, preposição e verbo. 
d) numeral, advérbio e conjunção. 
e) numeral, substantivo e verbo. 
 
8. (G1 - cps 2016) Leia um trecho do poema de Cora 
Coralina. 
 
Se temos de esperar, 
que seja para colher a semente boa 
que lancamos hoje no solo da vida. (...) 
<http://tinyurl.com/pts55ky> Acesso em: 20.08.2015. 
 
 
A palavra destacada, nesse fragmento, 
morfologicamente, classifica-se como um 
 
a) artigo definido, pois determina o substantivo. 
b) artigo indefinido, pois indetermina o substantivo. 
c) advérbio, pois atribui uma circunstancia ao verbo. 
d) pronome pessoal, pois designa a pessoa do 
discurso. 
e) pronome relativo, pois refere-se a um termo 
anterior. 
 
9. (Espcex (Aman) 2016) Assinale a única opção em 
que a palavra “a” é artigo. 
 
a) Hoje, ele veio a falar comigo. 
b) Essa caneta não é a que te emprestei. 
c) Convenci-a com poucas palavras. 
d) Obrigou-me a arcar com mais despesas. 
e) Marquei-te a fronte, mísero poeta. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o excerto da crônica “Mineirinho” de Clarice 
Lispector (1925-1977), publicada na revista Senhor em 
1962, para responder à(s) questão(ões). 
 
 
É, suponho que é em mim, como um dos 
representantes de nós, que devo procurar por que está 
doendo a morte de um 1facínora. E por que é que mais 
me adianta contar os treze tiros que mataram 
2Mineirinho do que os seus crimes. Perguntei a minha 
cozinheira o que pensava sobre o assunto. Vi no seu 
rosto a pequena convulsão de um conflito, o mal-estar 
de não entender o que se sente, o de precisar trair 
sensações contraditórias por não saber como 
harmonizá-las. Fatos irredutíveis, mas revolta 
irredutível também, a violenta compaixão da revolta. 
Sentir-se dividido na própria perplexidade diante de 
não poder esquecer que Mineirinho era perigoso e já 
matara demais; e no entanto nós o queríamos vivo. A 
cozinheira se fechou um pouco, vendo-me talvez como 
a justiça que se vinga. Com alguma raiva de mim, que 
estava mexendo na sua alma, respondeu fria: “O que 
eu sinto não serve para se dizer. Quem não sabe que 
Mineirinho era criminoso? Mas tenho certeza de que 
ele se salvou e já entrou no céu”. Respondi-lhe que 
“mais do que muita gente que não matou”. 
Por quê? No entanto a primeira lei, a que 
protege corpo e vida insubstituíveis, é a de que não 
matarás. Ela é a minha maior garantia: assim não me 
matam, porque eu não quero morrer, e assim não me 
deixam matar, porque ter matado será a escuridão 
para mim. 
Esta é a lei. Mas há alguma coisa que, se me 
faz ouvir o primeiro e o segundo tiro com um alívio de 
segurança, no terceiro me deixa alerta, no quarto 
desassossegada, o quinto e o sexto me cobrem de 
vergonha, o sétimo e o oitavo eu ouço com o coração 
batendo de horror, no nono e no décimo minha boca 
está trêmula, no décimo primeiro digo em espanto o 
nome de Deus, no décimo segundo chamo meu irmão. 
O décimo terceiro tiro me assassina — porque eu sou 
o outro. Porque eu quero ser o outro. 
Essa justiça que vela meu sono, eu a repudio, 
humilhada por precisar dela. Enquanto isso durmo e 
falsamente me salvo. Nós, os sonsos essenciais. Para 
que minha casa funcione, exijo de mim como primeiro 
dever que eu seja sonsa, que eu não exerça a minha 
revolta e o meu amor, guardados. Se eu não for 
sonsa, minha casa estremece. Eu devo ter esquecido 
que embaixo da casa está o terreno, o chão onde nova 
casa poderia ser erguida. Enquanto isso dormimos e 
falsamente nos salvamos. Até que treze tiros nosacordam, e com horror digo tarde demais – vinte e 
oito anos depois que Mineirinho nasceu – que ao 
homem acuado, que a esse não nos matem. Porque 
sei que ele é o meu erro. E de uma vida inteira, por 
Deus, o que se salva às vezes é apenas o erro, e eu 
sei que não nos salvaremos enquanto nosso erro não 
nos for precioso. Meu erro é o meu espelho, onde vejo 
o que em silêncio eu fiz de um homem. Meu erro é o 
modo como vi a vida se abrir na sua carne e me 
espantei, e vi a matéria de vida, placenta e sangue, a 
lama viva. Em Mineirinho se rebentou o meu modo de 
viver. 
 
(Clarice Lispector. Para não esquecer, 1999.) 
 
 
1facínora: diz-se de ou indivíduo que executa um crime 
com crueldade ou perversidade acentuada. 
2Mineirinho: apelido pelo qual era conhecido o 
criminoso carioca José Miranda Rosa. Acuado pela 
polícia, acabou crivado de balas e seu corpo foi 
encontrado à margem da Estrada Grajaú-Jacarepaguá, 
no Rio de Janeiro. 
TEOREMA MILITAR 
LISTA 5 – ARTIGOS E NUMERAIS 
PROF. MARCOS SIQUEIRA 
 
 
 
10. (Unifesp 2016) Em “Perguntei a minha cozinheira 
o que pensava sobre o assunto” (1º parágrafo), o 
termo em destaque constitui 
a) um pronome. 
b) uma conjunção. 
c) um advérbio. 
d) um artigo. 
e) uma preposição. 
 Explosão 
 
Três estudantes morreram nesta quarta-feira em uma 
explosão em um laboratório na Universidade Jiaotong 
de Pequim. O acidente provocou um incêndio e os 
bombeiros demoraram quase uma hora e meia para 
controlar o fogo. As autoridades locais anunciaram 
uma investigação para esclarecer as causas do 
acidente. 
Fonte: AFP (com adaptações) 
 
11- Com base no texto 'Explosão', leia as afirmativas a 
seguir: 
 
I. O vocábulo "Pequim" é um substantivo. II. O 
vocábulo "Três" é um pronome. Marque a alternativa 
CORRETA: 
A) As duas afirmativas são verdadeiras. 
B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
D) As duas afirmativas são falsas 
 
12- Na oração “O sol brilhava muito forte.”, a palavra 
“o” é classificada como: 
 
A) Verbo. 
B) Numeral. 
C) Adjetivo. 
D) Artigo. 
 
13- Marque a alternativa correta em relação à 
classificação das palavras sublinhadas, na ordem em 
que aparecem na frase: 
“Morreu de causas naturais aos 87 anos, na 
semana passada. Mas não foi indiferente ao 
tormento”. 
 A) artigo, numeral, adjetivo, advérbio. 
B) preposição, numeral, substantivo, advérbio. 
C) conjunção, numeral, adjetivo, preposição. 
D) preposição, numeral, adjetivo, conjunção. 
E) preposição, numeral, adjetivo, advérbio. 
 
 
14- 
 
1. A quadragésima quinta Feira do Livro foi um 
sucesso. (45ª) 
2. Pela milésima vez ele acenou positivamente. 
(1000ª) 
3. Há uma década que não o vejo. (10 anos) 
 
Os numerais entre parênteses 
foram corretamente grafados, conforme apresentados 
em destaque, em 
 
A) 1 e 2, apenas. 
B) 2 e 3, apenas. 
C) 1 e 3, apenas. 
D) 1, 2 e 3. 
 
15- 
 
“Os convidados já comeram meio bolo.” 
 
O termo em destaque é um numeral 
 
A) ordinal. 
B) cardinal. 
C) fracionário. 
D) multiplicativo. 
 
GABARITO 
 
Resposta da questão 1: 
 [D] 
 
Apenas o item II é incorreto, pois a situação de 
próclise do pronome no verso “mas não o querem ver” 
decorre da atração por palavra negativa e não por 
característica do português falado no Brasil. Assim, é 
correta a opção [D]. 
 
Resposta da questão 2: 
 [E] 
 
No Evento I, o uso do artigo definido “o” torna o 
“cheiro” um substantivo determinado, definido. Já no 
Evento II, o uso do artigo indefinido “um” gera uma 
indeterminação, indefinição para o substantivo 
“cheiro”. 
 
Resposta da questão 3: 
 [A] 
 
O primeiro “a” é uma preposição que rege o verbo 
“falar”: quem fala, fala algo a alguém. 
O segundo “a” é também uma preposição que rege o 
verbo “aludir”: quem alude, alude a algo. 
TEOREMA MILITAR 
LISTA 5 – ARTIGOS E NUMERAIS 
PROF. MARCOS SIQUEIRA 
 
Já “as” é um artigo definido, determinando o 
substantivo “sílabas” que o sucede. 
 
Resposta da questão 4: 
 [C] 
 
É correta a opção [C], pois, na primeira ocorrência, o 
termo “a” exerce função morfológica de artigo definido 
por designar um substantivo (“virtude”) e na segunda, 
preposição, exigida pela regência do verbo “chegar”. 
 
Resposta da questão 5: 
 [D] 
 
A análise do período completo – “Letras e números 
costumam ser vistos como símbolos opostos, 
correspondentes a sistemas de pensamento e 
linguagens completamente diferentes e, muitas vezes, 
incomunicáveis” – indica que “correspondentes” é um 
adjetivo relacionado ao substantivo “símbolos”; além 
disso, sua regência exige o emprego da preposição 
“a”. 
 
Resposta da questão 6: 
 [B] 
 
Os artigos indefinidos são “uma”, “umas”, “um”, “uns” 
e os definidos são “a”, “as”, “o” e “os”. Assim, na 
primeira passagem, usou-se o artigo indefinido “uma” 
para apresentar um elemento, e depois se usou o 
definido “a” para retomar esse elemento. 
 
Resposta da questão 7: 
 [E] 
 
“Sete” é uma palavra que representa um número, 
sendo classificada como numeral. 
“Fome” é um substantivo que dá nome ao estado de 
carência alimentar. 
“Colabore” é um verbo no modo imperativo, que está 
conjugado na 3a pessoa do singular. 
 
Resposta da questão 8: 
 [E] 
 
O termo “que” está retomando a expressão “semente 
boa” do verso anterior. Assim, o verso “que lançamos 
hoje no solo da vida” pode ser substituído por 
“Lançamos a semente boa hoje no solo da vida”. 
Essa função de retomar/referir-se a um termo anterior 
é cumprida pelo pronome relativo, como expresso em 
[E]. 
 
Resposta da questão 9: 
 [E] 
 
Nas opções [A], [B], [C] e [D], a palavra “a” assume 
função morfológica de preposição, pronome 
demonstrativo, pronome pessoal oblíquo e preposição, 
respectivamente. Apenas em [E], por se encontrar 
ligada ao substantivo “fronte”, adquire função de 
artigo. 
 
Resposta da questão 10: 
 [E] 
 
O termo “a” desempenha função morfológica de 
preposição, pois inicia o objeto indireto da oração 
principal do período. Assim, é correta a opção [E]. 
 
11-B 
12-D 
13-E 
14-D 
15-C

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