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Resenha Critica - Instrumentação Médico Hospitalar III

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA BIOMÉDICA COM 
ÊNFASE EM ENGENHARIA CLÍNICA 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
Mike Ferreira Nascimento 
 
 
 
Trabalho da disciplina Instrumentação Médico Hospitalar III 
 Tutor: Prof. (a) Mirna Miguel Passos Godoy 
 
 
Brasília-DF 
2021 
http://portal.estacio.br/
 
 
 
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ANÁLISE DOS CUSTOS DO PROCEDIMENTO PET-TC COM F-FDG NA 
PERSPECTIVA DO SUS PROVEDOR: ESTUDO EM UMA UNIDADE PÚBLICA DE 
SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, BRASIL 
 
 
Referências: 
CAETANO, R; SCHLUCKEBIER, L. F; BASTOS, C. R. G; SILVA, R. M; CARNEIRO, 
M. P; SILVA, J. W. E; BIZ, A. N. Análise dos custos do procedimento pet-tc com f-fdg 
Na Perspectiva Do Sus Provedor: Estudo Em Uma Unidade Pública De Saúde Do 
Rio De Janeiro, Brasil. Custos do procedimento pet-tc com f-fdg na perspectiva do 
sus provedor. Rio de Janeiro, Fevereiro de 2014. 
 
 
Introdução 
 
 A tomografia de emissão de pósitrons (positron-emission tomography – PET) 
é uma tecnologia da área de medicina nuclear, complexa, de alto custo, que tem 
sido proposta, de forma adicional às técnicas de imagem anatômica, em diversas 
aplicações oncológicas. Com poucos equipamentos instalados na rede publica de 
saúde, estes procedimentos não fazem parte das tabelas de reembolso do Sistema 
Único de Saúde (SUS). Avaliações econômicas dessa tecnologia vêm sendo 
demandadas pelo Ministério da Saúde, com vistas a orientar suas decisões 
relacionadas à incorporação do procedimento ao sistema público de saúde. Para 
realização de estudos de custo-efetividade de base local e na perspectiva do SUS, 
estimativas dos custos das intervenções são essenciais. 
 Os custos da tecnologia representam o valor de todos os recursos utilizados 
na sua produção e distribuição, como tempo, espaço físico, recursos humanos, bens 
de capital e materiais de consumo. 
 Métodos de estimativa de custos baseados em atividade vêm sendo 
amplamente utilizados nas estimativas de custeio de serviços públicos, em particular 
 
 
 
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em áreas como serviços laboratoriais e de diagnóstico por imagens ou de cuidados 
intensivos. Seu princípio básico contempla uma análise orientada pelas atividades 
do processo de produção geradoras dos custos, com realização de inventário 
detalhado dos recursos consumidos, sua qualificação e valoração. 
 
 
Desenvolvimento 
 
 O PET é um exame de imagem que avalia o metabolismo das estruturas 
analisadas, mais especialmente osso, músculo, cérebro, pulmão e fígado, entre 
outros órgãos, atualmente, a maioria dos PET´s são feitos em aparelhos 
sincronizados com tomógrafos computadorizados que permitem combinar as 
imagens metabólicas com as anatômicas, obtidas respectivamente pelas duas 
técnicas – daí a sigla PET-TC (do inglês PET-CT, Positron Emission Tomography – 
Computed Tomography), em Oncologia, a grande indicação do PET-TC é para a 
detecção de tumores e suas metástases. 
 O exame é realizado após administração intravenosa de um material 
radioativo (radiofármaco ou radiotraçador) que se acumula na área do corpo a ser 
examinada. Nesse local ocorre emissão de raios gama que podem ser colhidos por 
um detector de radiações (tomografia por emissão de pósitrons), acoplado a um 
computador que forma as imagens. 
 O paciente recebe uma injeção intravenosa de glicose marcada com um 
composto radioativo que se distribui pelo corpo todo, mas que se concentra em 
maiores quantidades nos tecidos tumorais, porque os tumores malignos apresentam 
metabolismo mais acelerado e consomem mais glicose que os tecidos normais. O 
contador de cintilações acoplado à tomografia colhe as imagens, que aparecerão 
como manchas ou regiões de brilho mais intenso nas áreas em que houver lesões 
tumorais. 
 O exame não apenas detecta a presença de tumores, mas é capaz de medir 
a intensidade luminosa que aparece nas imagens. Por meio da análise dessa 
 
 
 
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intensidade, temos noção da atividade metabólica tumoral: quanto maior, mais 
intenso é o brilho. 
 Assim, por exemplo, um paciente com metástases pulmonares e hepáticas 
que é submetido à quimioterapia e posteriormente realiza o PET-TC cujas imagens 
das lesões apresentam menor intensidade luminosa provavelmente está 
respondendo ao tratamento, mesmo que o tamanho das lesões não tenha diminuído 
de forma significativa. PET-TC é um exame especialmente útil nos casos em que há 
suspeita de metástases que não aparecem em outros exames de imagem, além de 
auxiliar no diagnóstico diferencial entre nódulos benignos e malignos. 
 Por identificar mudanças que ocorrem no metabolismo das células, as 
imagens podem mostrar lesões pequenas que não aparecem em outros exames de 
imagem, como o PET é realizado em conjunto com a tomografia computadorizada, 
fornece mais detalhes do que cada um dos exames feitos isoladamente. O exame 
permite diferenciar nódulos benignos, que não captam o radiotraçador, daqueles que 
o fazem intensamente. 
 Como todo exame radiológico as doses de radiação emitidas pelo 
radiotraçador administrado são pequenas e muito seguras. Radiotraçadores têm 
sido utilizados em medicina por mais de cinco décadas, sem efeitos adversos em 
curto ou longo prazo. Raramente ocorrem reações alérgicas passageiras. 
 O valor por dose do radiofármaco comprado do IEN foi R$ 834,77, acrescidos 
de custos de transporte de R$ 129,00, informações obtidas de notas fiscais e 
contratos de transporte disponíveis na Radiofarmácia e setor de Contratos e 
Convênios. Consumo dos demais insumos variáveis foi valorado de acordo com os 
dados da última compra, obtidos junto à Divisão de Suprimentos ou no portal de 
compras do Governo Federal. 
 Esta tecnologia exigi um serviço bem avançado e sem falar no custo para 
manter o mesmo, uma grande dificuldade para nosso país onde os equipamento 
ultrapassam sua vida útil conforme preconizado por seus fabricantes. 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão 
 
 Este trabalho permitiu estimar um valor de referência a ser utilizado em 
avaliações de custo-efetividade e a exploração de um conjunto de elementos que 
podem impactar no custo do exame nas instituições públicas de saúde. Outros 
estudos, contudo, se fazem necessários com vistas a ultrapassar algumas das 
limitações apontadas. 
 Como bem detalhado em parágrafos do referido artigo, o custo atual para este 
equipamento é bastante elevado, todos os anos as tecnologia estão sendo 
aprimoradas com infinitas tecnologias, mais sem dúvidas a saúde da população, dos 
pacientes oncológicos não chega aos pés deste valor onde nossos impostos são os 
responsáveis pelo financiamento destas e de outras tecnologias requisitadas, e 
ressalto ainda que em cada unidade hospitalar com uma determinado nível de 
atendimento, referência em alguma especialidades deveriam obrigatoriamente 
possui esta tecnologia, pois, o câncer aumenta e nossa tecnologia publica estabiliza.

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