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Hipersensibilidade Dentinária O QUE É? ▪ Resposta exacerbada a um estímulo sensorial não nocivo que, quando aplicado à superfície dentinária exposta, gera dor sem provocar alterações patológicas no complexo dentinopulpar; ▪ É uma dor de curta duração, aguda e súbita ▪ Ocorre em resposta a: → Estímulos térmicos: Principalmente ao frio; → Evaporativos: Jatos de ar da tríplice; → Táteis: Escovação e sondagem com instrumentos metálicos; → Alimentação: Doce ou ácidos. ▪ Tem origem multifatorial. POR QUE DÓI? ▪ Teria da hidrodinâmica: → Afirma que qualquer estímulo que atinge a superfície dentinária promove movimentação do fluído presente nos túbulos dentinários em direção a polpa ou em sentido contrário; → E assim ocorre uma deformação mecânica/compressão das terminações odontoblásticas (presentes no interior do túbulo ou na interface polpa/dentina), que é transmitido com sensação dolorosa. QUANDO OCORRERÁ? ▪ Em casos de dentina exposta: → Após perda de esmalte ou cemento (caso de recessão gengival); → Clareamento dental; → Dentes com LCNC após tratamento periodontal, trauma oclusal, hábitos deletérios ou parafunção. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ▪ Realizar uma boa anamnese; ▪ Exame clínico minucioso: → Passar a sonda exploradora em direção M-D na região de dentina exposta; → Estimular com jatos de ar/água sempre um dente antagonista antes de realizar no dente com hipersensibilidade, para que o paciente tenha um padrão de comparação; ▪ Exames complementares. TRATAMENTO: É integrado, devido ao seu caráter multifatorial. 1. Remoção do fator etiológico: ▪ Pacientes que apresentam bruxismo ou apertamento dental: → Confeccionar placa miorelaxante; ▪ Pacientes com contato pré-maturo: → Realizar ajuste oclusal/desgaste seletivo para aliviar o contato naquela região, e posteriormente restaurar. ▪ Pacientes com lesões de erosão: → Orientar sobre o impacto da alimentação ácida. 2. Diminuir a permeabilidade dentinária: ▪ Realizar o vedamento mecânico dos túbulos dentinários; ▪ Pode ser realizado por meio de terapia química (dessensibilizante) ou restauração; EXPOSIÇÃO DENTINÁRIA SEM CAVIDADE (> 1 MM): DESSENSIBILIZANTES: Podem atuar de 3 maneiras. 1. Agentes neurais: ▪ A base de potássio; ▪ Agem sobre a transmissão do impulso nervoso, bloqueando quando ocorre a movimentação do fluido presente no túbulo dentinário. 2. Agentes obliteradores: ▪ A base de oxalato, vernizes ou os fluoretos; ▪ Vedam os túbulos dentinários e reduzem o fluxo do fluido (permeabilidade dentinária); ▪ Depositam partículas na embocadura dos túbulos vedando-os. 3. Agentes mistos: ▪ A base de oxalato de potássio ou nitrato de potássio; ▪ Composição de agentes neurais e obliteradores em um único produto; ▪ Mais indicados; ▪ Protocolo clínico: → Profilaxia; → Lava e seca; → Isolamento relativo; → Aplicação por 10 minutos. DENTIFRÍCIOS: ▪ Apresentam 3 componentes principais: → Agente abrasivo (deve ter seu nível de limite estipulado); → Umectante aquoso; → Agente terapêutico/agente dessensibilizante. VERNIZ FLUORETADO: ▪ São veículos de resina à base de fluoretos, clorexidina e ou/outras composições; ▪ São altamente adesivos à estrutura dentária e criam uma barreira mecânica, selando os túbulos dentinários; ▪ É de fácil aplicação, baixo custo e requerem reaplicação periódica (4 semanas). ▪ Protocolo clínico: → Profilaxia; → Lava e seca; → Isolamento relativo; → Aplicação do verniz. FLUORETOS: ▪ É um dos agentes mais comumente usados no tratamento de HD; ▪ Mecanismo de ação: → Precipitam cristais de fluorapatita que bloquearam a embocadura dos túbulos dentinários abertos, diminuindo assim a permeabilidade dentinária; → Esses cristais se ‘‘soltam’’ com facilidade, não garantindo um resultado estável por muito tempo. ▪ NaF acidulado 2% foi adicionado a fórmula para facilitar a formação dos precipitados. EXPOSIÇÃO DENTINÁRIA > 1 MM: Realizar restauração. ▪ Intuito: → Vedar os túbulos dentinários e consequentemente reduz a hipersensibilidade; → Protege e aumenta a resistência do remanescente dental; → Melhora a autoestima do paciente; → Mantém a saúde periodontal, pois não terá mais acúmulo de biofilme; → Diminui a retenção de alimentos ou placa na lesão; → Diminui o potencial de fratura ou exposição pulpar. ▪ Materiais indicados: → Resinas compostas; → Ionômero de vidro modificados por resina. Microabrasão O QUE É: ▪ Procedimento pelo qual uma fina camada (até 10%) de esmalte superficial é simultaneamente erosionada e abrasionada por um composto especial (ácido + abrasivo), expondo esmalte normal. ▪ Indicações: → Manchas brancas hipocalcificadas superficiais; → Fluorose; → Manchas brancas inativas; → Esmalte com rugosidade acentuada. ▪ Contraindicações: → Manchas brancas ativas; → Manchas hipocalcificadas profundas; → Manchas por tetraciclina (área de acometimento muito grande); → Dentinogênese imperfeita; → Dentes escurecidos por terapia endodôntica. ALTERAÇÃO DE COR DA ESTRUTURA DENTAL: 1. Manchas intrínsecas: ▪ Produzidas pelo próprio organismo; ▪ Podem ser subdivididas em pré-eruptivas e pós-eruptivas; ▪ Pré eruptivas: → Acometem os dentes durante o período de formação do germe dentário; → Exemplo: Fluorose, dentinogênese imperfeita, amelogênese imperfeita e manchas por tetraciclinas. ▪ Pós-eruptivas: Originadas no interior da câmara pulpar; → Associadas a hemorragia (traumas), tratamento endodôntico mal realizado, polpa necrótica, calcificação distrófica (polpa se mineraliza após um trauma) ou envelhecimento. 2. Manchas extrínsecas: ▪ Advém do meio ambiente: → Tabaco; → Alimentação (café, vinho, chá, refrigerante); → Manchas brancas decorrentes da ação da placa bacteriana. LESÃO DE MANCHA BRANCA: ▪ Em um dente hígido, os cristais de hidroxiapatita estão preenchidos por água e com isso a diferença do índice de refração destes é muito pouca. Com isso não causa alteração da translucidez geral; ▪ Já na mancha branca os espaços intercristalinos são aumentados e preenchidos por ar, em vez de água. Isso causará uma diferença maior entre os índices de refração da hidroxiapatita e do ar, gerando uma diferença de difração da luz muito grande em relação a do esmalte. ▪ ICDAS: Sistema de classificação das lesões cariosas. Classifica a progressão desde a mancha branca (vantagem em relação ao CPOD). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ▪ Mancha branca ativa: → Vão se localizar nas regiões em que mais acumula biofilme (terço cervical e proximais); → Coloração branco leitosa (clara), opaca, rugosa, aspecto de giz e fundo amolecido; → Abordagem para remineralizar (ATF). ▪ Mancha branca inativa: → Superfície lisa e brilhosa; → Coloração escurecida sem halo de mancha branca; → Passível de remineralizar de forma pigmentada. ▪ Fluorose: → Acometem um número maior de dentes; → Localizadas em terço incisal; → Superfície lisa e brilhante; → Abordagem para modificar a cor, através de um processo de microabrasão. PROTOCOLO CLÍNICO DE MICROABRASÃO: 1. Isolamento absoluto; 2. Profilaxia + lavagem e secagem; 3. Preparar o composto erosivo e abrasivo: → Ácido fosfórico + pedra pomes (1:1) ou gel abrasivo pré-fabricado. 4. Aplicação da pasta abrasiva: → Pode-se realizar fricção manual (espátula de madeira) ou mecânica (taça de borracha), por 10 segundos em cada dente. 5. Lavagem abundante; 6. Pode -se repetir esse processo até 12 vezes em uma única sessão: → Realizar lavagem abundante após cada aplicação; → Observar por incisal se há um desgaste acentuado (mantê-lo hidratado com águaao realizar a observação). 7. Polimento com disco de feltro e pasta para polimento de resina composta. 8. Aplicação de flúor acidulado 1,23%.
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