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@dayannamax ENDODONTIA - RESUMO DA DAY ANATOMIA DENTAL INTERNA CAVIDADE PULPAR: É a cavidade anatômica contida no interior do dente, circundada por dentina e que aloja a polpa dentária. o Apresenta a mesma forma do dente. o Se divide em Câmara Pulpar (Coroa) e Canal Radicular (Raiz). CANAIS RADICULARES: o Alguns dentes podem ou não apresentar todos os canais radiculares. o O canal Cavo Inter-radicular é mais comum em molares. o 1º Molar Superior: Quarto canal chamado Canal Mésio-palatino, localizado logo abaixo da cúspide Mésio-vestibular. o 1º Molar Inferior: Pode ter um quinto canal chamado de Canal Mésio-Medial. o 2º Molar Inferior: Canal em forma de C @dayannamax TERAPÊUTICA NA ENDODONTIA PULPITE IRREVERSÍVEL: o Ansiedade: Midazolam (7,5mg) ou Alprazolam (0,5mg) dose única 30min antes. o Pós-operatório: Dipirona Sódica (500mg–4/4h) ou Ibuprofeno (200mg– 6/6h) ou Paracetamol (750mg–6/6h). NECROSE SEM ENVOLVIMENTO PERIAPICAL: o Procedimento: Anestesia local + Instrumentação + Irrigação com gel de digluconato de clorexidina 2%. o Pós-operatório: Dipirona (500mg– 4/4h) ou Ibuprofeno (200mg–6/6h) ou Paracetamol (750mg–6/6h) por 48h. NECROSE COM ENVOLVIMENTO PERIAPICAL (DENTE CRESCIDO): o Procedimento: Anestesia local + Instrumentação + Medicação intracanal Pré-operatório: Desametaxona (4mg) ou Betametasona (4mg) 30min antes. o Pós-operatório: Dipirona Sódica (500mg–4/4h) ou Ibuprofeno (200mg– 6/6h) ou Paracetamol (750mg–6/6h). ABSCESSO PERIAPICAL: o Procedimento: Tratamento endodôntico + drenagem do pus. o Ansiedade: Midazolam (7,5mg) ou Alprazolam (0,5mg) dose única 30min antes. o Pós-operatório: Dipirona Sódica (500mg–4/4h) ou Ibuprofeno (200mg– 6/6h) ou Paracetamol (750mg–6/6h). o Tratamento com Antibióticos: Portadores de doenças metabólicas ou imunossuprimidos, sinais locais de disseminação e manifestações de infecção: Abscessos em fase inicial: Dose de Ataque: Amoxicilina 1g ou Claritromicina 500mg Dose de Manutenção: Amoxicilina (500mg–8/8h) ou Claritromicina (250mg–12-12h) por 3 dias. Abscessos em fase avançada: Dose de Ataque: Amoxicilina 1g + Metronidazol 250mg ou Clindamicina 600mg Dose de Manutenção: Amoxicilina (500mg-8/8h) + Metronidazol (250mg- 8/8h) ou Claritromicina (250mg– 12/12h) ou Clindamicina (300mg–8/8h). @dayannamax IRRIGAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES IRRIGAR: Limpar o campo operatório e sistemas de canais pela movimentação e renovação frequente de líquidos em suas superfícies. o O preparo dos canais radiculares é realizado através da instrumentação, complementada pela irrigação e sucção, com soluções anti-sépticas. OBJETIVOS: o Eliminar restos pulpares, sangue e raspas de dentina (Remover a smear layer) o Eliminar flora bacteriana; o Umedecer e lubrificar as paredes facilitando a instrumentação; o Diminuir a tensão superficial das paredes do canal radicular. SOLUÇÃO IRRIGADORA IDEAL: o Estimar o reparo | Dissolver tecidos (lubrificante) o Permeabilidade dentinária o Poder bactericida o Biocompatibilidade (Não irritar, não gerar dor) o Rapidez e substantividade INDICAÇÕES: o Antes da instrumentação: Assepsia e neutralizar parcialmente produtos tóxicos e restos orgânicos, antes de sua remoção mecânica. o Durante a instrumentação: Manter úmidas as paredes do canal, favorecendo a instrumentação. o Após a instrumentação: Remover detritos mecânicos, evitando seu acúmulo. SOLUÇÕES IRRIGADORAS: Hipoclorito de sódio e Clorexidina (Endogel) o Jamais usar as das juntas, pois elas reagem formando a Paracloroanilina (substância carcinogênica). o Ambas possuem mesma potência e eficácia. CLOREXIDINA 2%: 1ml para 5ml de soro fisiológico. Tratamento endodôntico, principamente nos casos de necrose pulpar Dentes com ápice aberto Pacientes alérgicos a hipoclorito de sódio @dayannamax Vantagens: Reduz a formação de smear layer por ser lubrificante e manter as raspas de dentina suspensas durante a instrumentação. Reduz a quantidade de S.mutans, altamente sensíveis (excelente antimicrobiano) Pode ser usada por longos períodos (baixa toxicidade) Não escurece a dentina Biocompatibilidade Liberação gradual, prolongada e em níveis terapêuticos (substantividade) Desvantagens: Não possui ação dissolvente da matéria orgânica Por ser viscosa, atrapalha a visão do endodontista na instrumentação dos canais Não é capaz de dissolver smear layer (porém diminui sua formação) HIPOCLORITO DE SÓDIO: Mais utilizada na Endodontia (mais antiga que a CHX) Vantagens: Excelente bactericida Dissolvente de tecidos (Favorece a instrumentação) Neutraliza parcialmente os produtos tóxicos Desodorizante e clareador Baixa tensão superficial Desidrata e solubiliza as substâncias proteicas Ação rápida Desvantagens: Reações alérgicas Causa danos aos vestuários MEDICAÇÃO ENTRE SESSÕES OBJETIVO: Reduzir o número de microorganismos para níveis mais baixos do que aqueles obtidos por processos mecânicos de instrumentação, impedindo a reinfecção do canal radicular. o A ação dos medicamentos intracanal (MIC) estará condicionada ao veículo utilizado (aquoso, viscoso ou oleoso); concentração; tensão superficial no canal radicular e, a duração entre as sessões durante a terapia endodôntica. @dayannamax PROTOCOLO IDEAL: CA(OH)² P.A + CHX 2% O Hidróxido de Cálcio na formulação da pasta atua como uma barreira física que ficará no canal por mais tempo, prevenindo a reinfecção, interrompendo o nutriente fornecido para as bactérias remanescentes e assim impedindo a recontaminação. Além disso, a Clorexidina acrescenta substantividade para a formulação, devido as capacidade de adsorção e liberação lenta de moléculas ativas para os tecidos dentais. HIDRÓXIDO DE CÁLCIO: Pó branco, alcalino (pH 12,8) Empregado como curativo de demora em necrose pulpar. Tempo de ação: 7 dias Ação antimicrobiana: 15 a 30 dias Viscosidade Solubilidade Radiopacidade (DESVANTAGEM) Veículos para associação: PMCC; Clorexidina; Água destilada; Solução anestésica; Soro fisiológico; Glicerina, Propilenoglicol. Vantagens: Indução da formação de tecido mineralizado Dissolução de remanescentes de tecidos necróticos Biocompatibilidade Controle da intensidade do processo inflamatório (anti-exsudativo) Regressão dos processos de reabsorção radicular Neutraliza pH ácido, alcalinizando a cavidade e impedindo a proliferação bacteriana (antibacteriano) Cicatrização dos tecidos periapicais. CLOREXIDINA GEL 2%: Antibacteriana Pouca duração (7 dias) Baixa toxicidade Não dissolve tecidos Apenas barreira quimica Para canal estreito @dayannamax OTOSPORIN: Líquido Urgência/rápido: Escolha em último caso, quando não há tempo. Tempo de ação: 24h a 72h (tóxico) Corticóide-Antibiótico Seletividade bacteriana TRICESOL FORMALINA: Formolcresol Alto poder microbiano Líquido (aplicado com uma bolinha de algodão) Tóxico | Irritante | Veneno Usado para inflamação e necrose pulpar PARAMONOCLOROFENOL CANFORADO: PMCC “Primo” do Formolcresol Não possui seletividade bacteriana Usado em combinação com o Hidróxido de Cálcio Pouco tempo de ação: 2 dias IODOFÓRMICO: CHX + P.A + Iodofórmico Radiopaco Bacterecida Desinfetante Tempo de ação: 15 dias Iodo: Age extraradicularmente *Mancha os dentes PERSISTÊNCIA BACTERIANA NOS CANAIS RADICULARES Enterococcus faecalis: Bactéria mais encontrada no insucesso dos tratamentos endodônticos. o Resistente aos irrigantes o Sobrevive sem nutrientes o Sobrevive em meio ácido e básico o Diminui a atividade dos irrigantes Tratamento: CHX Gel 2% (químico) + P.A (físico) = PASTA @dayannamax DIAGNÓSTICO EM ENDODONTIA Diagnóstico Endodôntico: É fruto de uma série de informações, advindasdo confronto da queixa principal do paciente com testes clínicos pulpares, perirradiculares, sondagem periodontal e exame radiográfico. o Exige uma abordagem sistemática do paciente, incluindo a anamnese (exame subjetivo), o exame físico (exame objetivo) e os exames complementares. EXAME CLÍNICO DO PACIENTE ENDODÔNTICO: INSPEÇÃO: Deve começar no momento em que ele entra no consultório, pois a simples observação do gestual e da expressão facial podem apresentar informações muito relevantes. o Observar alteração de cor na coroa, estado das restaurações, exposição pulpar, presença de cárie. Observar as demais estruturas bucais (tecidos moles e língua) sua cor e morfologia, averiguarndo a presença de tumefação, fístula etc. o Uso de espelho clínico PALPAÇÃO: Utilizando-se a ponta do dedo indicador e médio, ou também com auxílio do polegar. o Apalpar a região da face, bilateralmente, investigando alterações. o Apalpar a região apical do elemento dentário examinado, verificando se há alguma resposta dolorosa ou presença de alterações patológicas. PERCUSSÃO: Feita com o cabo do espelho, percutindo a coroa do paciente, perpendicularmente à mesma ou no sentido do seu eixo, sempre de forma delicada. o A percussão vertical está associada à inflamação de origem endodôntica, enquanto a dor relacionada com percussão horizontal diz respeito a alterações periodontais. SONDAGEM PERIODONTAL: O dente deve ser verificado nas suas proximais, três regiões por vestibular e por lingual, não se esquecendo de verificar a região da furca. o Caso haja a comprovação de comprometimento endododôntico pelos testes pulpares e também se detecte por sondagem periodontal a presença de bolsa, o tratamento deve ser concomitante na área da Endodontia e Periodontia. @dayannamax MOBILIDADE DENTÁRIA: Emprega-se dois instrumentos metálicos apoiados com firmeza na superfície dentária ou utilizando um instrumento metálico e um dedo. o Aplica-se uma força em uma tentativa de movimentar o elemento dentário em todas as direções. EXAMES COMPLEMENTARES: São rotineiros em Odontologia: exame radiográfico, exames hematológicos, provas bioquímicas do sangue e biópsia. EXPLORAÇÃO CIRÚRGICA: É o último recurso para a elucidação de situações obscuras, lançando mão de um exame invasivo. EM DESUSO o Tentativa de esclarecimento sobre a patologia que acomete o dente ou a região, exemplo: presença de fraturas verticais não visualizadas radiograficamente. TESTES DE VITALIDADE PULPAR: Determina se um elemento dentário deve ou não ter sua polpa preservada. São eles: testes térmicos (frio e calor), teste pulpar elétrico, a anestesia seletiva, o teste de cavidade e a transiluminação. o TESTE PELO FRIO: Usa-se algum artifício para tomar calor do dente, como bastão de gelo, gelo seco ou spray de fluido refrigerante (Endo Ice). o TESTE PELO CALOR: O calor é transferido ao dente através de substância ou instrumento previamente aquecido, como água morna, aquecimento da superfície dental com taça de borracha ou um bastão de guta-percha. o TESTE DA ANESTESIA SELETIVA: Quando o paciente se refere uma dor difusa ou reflexa, não sabendo dizer exatamente qual dente está com dor. Deve- se anestesiar só o dente suspeito de causar a dor (dente álgogeno), sem anestesiar o dente suspeito de refletir a dor (dente sinálgico). Se a dor cessar após a anestesia, sua hipótese diagnóstica será confirmada. o TESTE DE CAVIDADE: Teste invasivo, no qual se estimula o dente suspeito de necrose pulpar, sem anestesiá-lo, utilizando-se uma broca de alta rotação. Contudo, muitas vezes, apenas o jato de ar ou a água são suficientes. o TESTE PULPAR ELÉTRICO: Utiliza-se um aparelho conhecido como Pulp Tester. Tem demonstrado grande eficácia quando coadjuvante do teste pelo frio. o TRANSILUMINAÇÃO: Aplicar um feixe luminoso intenso no dente, para diagnosticar, por translucidez do esmalte e da dentina, alterações presentes. @dayannamax ALTERAÇÕES PULPARES: o POLPA NORMAL: Livre de sinais e sintomas e responderá positivamente aos testes pulpares, reagindo aos estímulos com resposta dolorosa. o PULPITE REVERSÍVEL: Dor ao frio e ao doce, que tenderá a desaparecer poucos segundos após a sua remoção (Sempre provocada, nunca espontânea). o PULPITE IRREVERSÍVEL: Dor aguda ao frio e calor (demorando a cessar), dor espontânea (dor não provocada) e dor irradiada ou reflexa. o NECROSE PULPAR: Sem dor. o DENTE PREVIAMENTE TRATADO: Não responde aos testes térmicos ou elétricos. TRATAMENTO ENDODÔNTICO ACESSO CORONÁRIO: o Zona ou Ponto de Eleição: Definir o local para o início do desgaste. o Direção de Trepanação: Permite acesso ao interior da câmara pulpar. o Forma de Contorno: Permite acesso à entrada e ao interior dos canais radiculares. Ocorre a remoção do teto e interferências com uma ponta ativa. o Forma de Conveniência: Remoção de projeções de dentina. INSTRUMENTAÇÃO: Limpeza, desinfecção e ampliação do canal através do movimento de limagem ou alargamento para que este se torne apto para ser obturado. OBTURAÇÃO: Preenchimento do espaço antes ocupado pela polpa, dentro do canal radicular, com material obturador, reduzindo os riscos de reinfecção. CIMENTOS ENDODÔNTICOS Cimentos à base de OZE: Contém Eugenol (irritante ao tecidos) Cimentos com CA(OH)²: Sealapex, CRCS, Sealer 26, Apexit CIMENTO ENDODÔNTICO IDEAL: o Homogêneo quando manipulado | Radiopaco o Selamento Hermético | Antimicrobiano o Não devem sofrer contração nem causar manchas o Presa lenta | Biocompatibilidade o Insolúvel frente aos fluidos bucais | solúvel aos solventes comuns o Ser reabsorvido, em caso de extravasamento | Estimular a reparação @dayannamax TRAUMATISMOS DENTÁRIOS A faixa etária mais comum varia de 8 a 12 anos, principalmente como resultado de acidentes com bicicletas, skates, em playgrounds ou acidentes esportivos. o Meninos são mais comumente afetados do que meninas. O dente mais vulnerável é o incisivo central superior (80%). AVALIAÇÃO DO PACIENTE: o História do Acidente: Como ocorreu? Onde? Quando? o Avaliação Neurológica o Exame Extra-oral e Intra-oral o Testes Térmicos e Elétricos o Exames Radiográficos FRATURAS CORONÁRIAS: Geralmente ocorrem em dentes anteriores jovens e sem cáries. Isso faz com que a manutenção da vitalidade pulpar seja altamente desejável. o Trincas de Esmalte e Fratura não-complicada: Pouco risco de necrose pulpar. o Fratura Coronária Complicada: Envolvem esmalte, dentina e polpa (0,9- 13%). Se não for tratada imediatamente, sempre irá resultar em necrose pulpar. FRATURAS COROA-RAIZ: São primeiramente tratadas do ponto de vista periodontal para assegurar que seja possível a restauração. Se o dente pode ser mantido do ponto de vista periodontal, a polpa é tratada como para uma fratura de coroa. FRATURAS RADICULARES: Em quase todos os casos o segmento apical permanece vital. Se o segmento coronário perde a vitalidade, ele deve ser tratado como um dente permanente jovem necrosado. O segmento apical vital não deve ser tratado. INJÚRIAS POR LUXAÇÕES: Geralmente resultam em necrose pulpar e também em lesão da camada protetora de cemento. Ex: Concussão, Subluxação, Luxação. REVASCULARIZAÇÃO PULPAR As vantagens da revascularização pulpar se baseiam na possibilidade de um posterior desenvolvimento radicular e do reforço das paredes dentinárias pela deposição de tecido duro, fortalecendo a raiz contra a fratura. @dayannamax O dente jovem tem um ápice aberto (Rizogênese incompleta) e é curto, o que permite o crescimento relativamente rápido de um novo tecido para o interior do espaço pulpar. o Se o canal for efetivamente desinfetado, a matriz na qual o novo tecido poderia crescer for produzida e o acesso coronário for efetivamente selado, a regeneração deverá ocorrer como em um dente imaturo avulsionado. APICIGÊNESE: Terapia de complementação radicularem dentes jovens imaturos que apresentam a polpa com vitalidade e que sofreram exposição pulpar devido traumas, assim como a cáries dentárias e restaurações inadequadas. o O tratamento de escolha é a pulpotomia que consiste na remoção da polpa coronal infectada, mantendo a polpa radicular vital e protegida por material biocompatível (hidróxido de cálcio ou MTA) e a restauração do dente. o MTA é biocompatível, apresenta atividade antibacteriana satisfatória, promove um selamento adequado e é mais estável. APICIFICAÇÃO: Terapia de indução do fechamento do forame apical, por meio da deposição de uma barreira de tecido duro, em nível apical, indicado para dentes jovens imaturos que estão com o tecido pulpar necrosado. o Apenas fecha o canal, não induz crescimento. o Limpeza e descontaminação do canal, com periódicas trocas de uma pasta de CA(OH2) P.A (8x por mês) o MTA (menos tempo), durante um período médio de 9 meses, até a uma barreira calcificada apical, para posterior obturação. RETRATAMENTO ENDODÔNTICO Consiste na remoção do material obturador, a reinstrumentação e reobturação de canais radiculares, com o objetivo de superar as deficiências da terapia endodôntica anterior. CAUSAS DO INSUCESSO ENDODÔNTICO: Presença de lesões perirradiculares. o Quanto ao tempo de proservação, os valores variam de 6 meses a 10 anos. A maioria dos casos cura após 1 a 2 anos, alguns até 4 anos. Se após este período a lesão ainda persistir sem sinais de redução nos últimos controles radiográficos, deve-se considerar o caso como fracasso. o Se ocorre a redução do tamanho da lesão significa que a infecção diminuiu, mas não a níveis suficientes que sejam compatíveis com a reparação completa. @dayannamax INDICAÇÕES: Toda vez que surge um insucesso, há 2 opções: cirurgia parendodôntica ou o retratamento convencional. o Obturação inadequada do canal e presença de lesão perirradicular; o Razões protéticas o Exposição da obturação ao meio bucal por um longo período; o Persistência de sintomas; Desconforto a percussão, palpação, mastigação; o Presença de fístula, edema, mobilidade, rarefações ósseas; o Ausência de reparo ósseo; o Dentes que serão submetidos à cirurgia perirradicular. ETAPAS: Remoção da restauração coronária Remoção de retentores intrarradiculares Remoção do material obturador do canal radicular (esvaziamento): 1. Na porção reta do canal: Gates 2. Após a curvatura: Limas e solventes 3. 1/3 Apical: Limas e soluções irrigadoras Reinstrumentação do canal radicular: Técnica cérvico-apical Medicação intracanal Obturação dos canais SOLVENTES: São substâncias químicas que têm a capacidade de dissolver outra e podem ser classificados em orgânicos e inorgânicos. o A guta-percha pode ser dissolvida com vários solventes orgânicos. Todavia, eles geralmente são tóxicos e o seu emprego deve ser evitado, quando possível. CLOROFÓRMIO (TRICLOMETANO): Líquido pesado, transparente, incolor e com odor característico. Pouco solúvel na água e inteiramente miscível com o álcool. Altera- se pela luz e pelo ar. É muito volátil e tóxico, não sendo biocompatível. apresenta potencial cancerígeno. XILOL (DIMETILFENOL): Líquido límpido, incolor, com cheiro semelhante ao benzeno. É insolúvel na água, porém solúvel no álcool e benzeno. É muito tóxico. Apresenta menor efeito solvente sobre a guta-percha, quando comparado ao clorofórmio. @dayannamax EUCALIPTOL: Líquido incolor e de odor aromático semelhante ao da cânfora. É insolúvel na água e inteiramente miscível com o álcool. É menos irritante que o clorofórmio, e não apresenta potencial cancerígeno. Exibe efeito antibacteriano e propriedades antiinflamatórias, porém é menos efetivo como solvente da guta-percha. CIRURGIA PARENDODÔNTICA É a opção de tratamento quando não se consegue eliminar o agente etiológico do processo inflamatório periapical pelo tratamento endodôntico. o Não é um substituto para o retratamento endodôntico. E sim o último recurso clínico antes da extração de um elemento dental, portanto deve ser utilizado apenas quando tiver uma indicação precisa e inequívoca. INDICAÇÕES: Impossibilidade de acesso aos canais | Fratura Radicular Vertical (FRV) | Impedimentos anatômicos | Presença de Retentores Intrarradiculares volumosos | Acidentes iatrogênicos | Calcificações radiculares | Degraus | Lesões que não responderam ao Retratamento | Presença de Corpos Estranhos. CONTRAINDICAÇÕES: Impossibilidade de acesso | Fraturas longitudinais | Prognóstico Periodontal Duvidoso | Paciente sistemicamente comprometido. PRÉ-OPERATÓRIO: Exame clínico Exame radiográfico e tomográfico Protocolo medicamentoso: Utilização de antibióticos e anti-inflamatórios profilaticamente | Medicação Ansiolítica para pacientes agitados ou ansiosos. 10 minutos antes, o paciente deve realizar um bochecho com solução de Digluconato de Clorexidina a 0,12% por no mínimo 1 minuto. PLANEJAMENTO CIRÚRGICO: Preparação do campo operatório Anestesia Técnica operatória: Apicectomia Radicular (Cortar o ápice) Porque na Apicectomia tem que ser removido somente 3mm do ápice? Porque no ápice há canais delta apicais que acumulam mais microorganismos. @dayannamax TRATAMENTO ENDODÔNTICO – PASSO A PASSO 1. ANESTÉSICO TÓPICO 2. ANESTESIA LOCAL 3. ISOLAMENTO ABSOLUTO 4. PREPARO PRÉVIO: Remover tecido cariado e restaurações. 5. ACESSO (ZONA DE ELEIÇÃO): Broca carbide esférica (somente a cabeça) em alta rotação perpendicularmente ao dente. Incisivos e Caninos: No centro da face lingual, acima do cíngulo. Pré-Molares Superiores: No centro da face oclusal. Pré-Molares Inferiores: Na superfície oclusal sobre a ponte de esmalte. Molares Superiores: Na fosseta central, um pouco para mesial. Molares Inferiores: Na fossa central, um pouco para mesial. 6. DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: Permite acesso ao interior da câmara pulpar. Incisivos e Caninos: Ângulo de 45º em relação ao longo eixo do dente. Pré-Molares: Paralelo ao longo eixo do dente. Molares Superiores: Leve inclinação para a palatina. Molares Inferiores: Leve inclinação para a distal. 7. FORMA DE CONTORNO: Remoção do teto com uma ponta ativa (ponta de lápis) Incisivos: Triangular com base voltada para a incisal Caninos: Losangular ou lanceolada Pré-Molares Superiores: Elíptica Pré-Molares Inferiores: Circular Molares Superiores: Triangular com base voltada para vestibular Molares Inferiores: Trapezoidal com base maior voltada para mesial. 8. DESCOBRIR O COMPRIMENTO DO DENTE (CD): o Com a Lima K (Lima 10) de 25mm, penetrar no canal até o ápice e deixar a borracha (stop) da lima tocando a borda incisal do dente. o Em seguida, colocar Lima K (Lima 10) de 25mm na régua calibradora e encontrar o comprimento do dente. 9. DEFINIR O COMPRIMENTO REAL DE TRABALHO (CRT): o Na régua calibradora, diminuir 1mm do comprimento do dente com a borracha da Lima K (Lima 10) de 25mm. @dayannamax 10. IRRIGAÇÃO DO CANAL: Com uma seringa e agulha, irrigar com Clorexidina (Endogel) e soro fisiológico. 11. ENCONTRAR O TERÇO MÉDIO: Com a Lima 35 penetrar 5mm do ápice. 12. ALARGAMENTO DO CANAL COM AS BROCAS GATES-GLIDDEN: o Em baixa rotação, avançando a cada 1mm o Sequência decrescente – Crown Down (coroa-ápice) o Movimento de bicada (3 vezes para cada uma das 3 Gates) o GATES 5, 4, 3: Incisivos (Canais amplos) o GATES 4, 3, 2: Caninos e pré-molares (Canais médios) o GATES 3, 2, 1: Molares (Canais pequenos) Gates 1 – Lima 50 Gates 2 - Lima 70 Gates 3 – Lima 90 Gates 4 – Lima 110 Gates 5 – Lima 130 13. ENCONTRAR O INSTRUMENTO MEMÓRIA (IM): o A partir da Lima corresponde à última Gates usada, diminuir o tamanho uma vez. (Ex: Se a última foi a Gates 2 – Lima 70, utilizar a Lima 60) o Testar cada Lima em ordem decrescente até encontrar o IM (Testar a 60, 55, 50,45, 40...) colocando o stop de acordo com o tamanho do dente. o Usar o LOCALIZADOR o Sempre irrigando entre as limagens 1ª Série: (15, 20, 25, 30, 35, 40) (branco, amarelo, vermelho, azul, verde, preta) 2ª Série: (45, 50, 55, 60, 70, 80) (branco, amarelo, vermelho, azul, verde, preta) Série Especial: 6, 8, 10 (rosa, cinza, roxa) 14. FAZER O ESCALONAMENTO: “Escada” o Sabendo o IM, aumentar em ordem crescente as Limas reduzindo o stop em ordem decrescente a cada 1mm. o Sempre irrigando entre as limagens o Ex: Se o IM=40 e o CD=20mm (Usar a Lima 45 com stop em 19mm...) @dayannamax 15. EDTA: Com uma seringa, aplicar 0,5ml - limar por 2min - lavar com soro – secar. 16. HIDRÓXIDO DE CÁLCIO + CLOREXIDINA: Misturar os dois dentro da seringa - aplicar no canal - limar e sugar o excesso. 17. COLTOSOL: Colocar uma bolinha de algodão seca e por cima dela uma fina camada de Coltosol – calcar com outra bolinha de algodão. 18. CIV: Misturar até formar uma pasta (2pó/1liq) e cobrir o canal usando o dedo. 19. FAZER O AJUSTE OCLUSAL 20. REMOVER O ISOLAMENTO APÓS 10 DIAS: OBTURAÇÃO 1. Colocar a Guta-Percha principal na régua de acordo com o IM e cortar a ponta 2. Marcar a Guta-Percha principal com a pinça de acordo com o CRT 3. Testar a Guta-Percha no canal e radiografar. 4. SECAR O CANAL: Com cones de papel absorvente 5. Com a Lima 15, introduzir o cimento Endofil previamente manipulado no canal. 6. Penetrar a Guta-Percha principal no canal 7. Penetrar os cones acessórios no canal com ajuda do espaçador 8. Cortar os excessos com uma tesoura 9. Plastificar todo o conjunto com a Max Paden em baixa rotação 10. Remover os excessos a nível de coroa 11. Penetrar com a pinça para checar se está correto e radiografar. TRATAMENTO ENDODÔNTICO – PASSO A PASSO 10. IRRIGAÇÃO DO CANAL: Com uma seringa e agulha, irrigar com Clorexidina (Endogel) e soro fisiológico. 12. ALARGAMENTO DO CANAL COM AS BROCAS GATES-GLIDDEN: o Ex: Se o IM=40 e o CD=20mm (Usar a Lima 45 com stop em 19mm...) 15. EDTA: Com uma seringa, aplicar 0,5ml - limar por 2min - lavar com soro – secar.
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