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Endodontia: Anatomia e Terapêutica

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@dayannamax 
 
ENDODONTIA - RESUMO DA DAY 
ANATOMIA DENTAL INTERNA 
CAVIDADE PULPAR: É a cavidade anatômica contida no interior do dente, 
circundada por dentina e que aloja a polpa dentária. 
o Apresenta a mesma forma do dente. 
o Se divide em Câmara Pulpar (Coroa) e Canal Radicular (Raiz). 
 
CANAIS RADICULARES: 
o Alguns dentes podem ou não apresentar todos os canais radiculares. 
o O canal Cavo Inter-radicular é mais comum em molares. 
o 1º Molar Superior: Quarto canal chamado Canal Mésio-palatino, localizado 
logo abaixo da cúspide Mésio-vestibular. 
o 1º Molar Inferior: Pode ter um quinto canal chamado de Canal Mésio-Medial. 
o 2º Molar Inferior: Canal em forma de C 
 
 
@dayannamax 
 
TERAPÊUTICA NA ENDODONTIA 
 
PULPITE IRREVERSÍVEL: 
o Ansiedade: Midazolam (7,5mg) ou Alprazolam (0,5mg) dose única 30min antes. 
o Pós-operatório: Dipirona Sódica (500mg–4/4h) ou Ibuprofeno (200mg– 6/6h) ou 
Paracetamol (750mg–6/6h). 
NECROSE SEM ENVOLVIMENTO PERIAPICAL: 
o Procedimento: Anestesia local + Instrumentação + Irrigação com gel de 
digluconato de clorexidina 2%. 
o Pós-operatório: Dipirona (500mg– 4/4h) ou Ibuprofeno (200mg–6/6h) ou 
Paracetamol (750mg–6/6h) por 48h. 
NECROSE COM ENVOLVIMENTO PERIAPICAL (DENTE CRESCIDO): 
o Procedimento: Anestesia local + Instrumentação + Medicação intracanal 
Pré-operatório: Desametaxona (4mg) ou Betametasona (4mg) 30min antes. 
o Pós-operatório: Dipirona Sódica (500mg–4/4h) ou Ibuprofeno (200mg– 6/6h) ou 
Paracetamol (750mg–6/6h). 
ABSCESSO PERIAPICAL: 
o Procedimento: Tratamento endodôntico + drenagem do pus. 
o Ansiedade: Midazolam (7,5mg) ou Alprazolam (0,5mg) dose única 30min antes. 
o Pós-operatório: Dipirona Sódica (500mg–4/4h) ou Ibuprofeno (200mg– 6/6h) ou 
Paracetamol (750mg–6/6h). 
o Tratamento com Antibióticos: Portadores de doenças metabólicas ou 
imunossuprimidos, sinais locais de disseminação e manifestações de infecção: 
 
Abscessos em fase inicial: Dose de Ataque: Amoxicilina 1g ou Claritromicina 500mg 
Dose de Manutenção: Amoxicilina (500mg–8/8h) ou Claritromicina (250mg–12-12h) 
por 3 dias. 
Abscessos em fase avançada: Dose de Ataque: Amoxicilina 1g + Metronidazol 
250mg ou Clindamicina 600mg 
Dose de Manutenção: Amoxicilina (500mg-8/8h) + Metronidazol (250mg- 8/8h) ou 
Claritromicina (250mg– 12/12h) ou Clindamicina (300mg–8/8h). 
 
@dayannamax 
 
IRRIGAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES 
IRRIGAR: Limpar o campo operatório e sistemas de canais pela movimentação e 
renovação frequente de líquidos em suas superfícies. 
o O preparo dos canais radiculares é realizado através da instrumentação, 
complementada pela irrigação e sucção, com soluções anti-sépticas. 
OBJETIVOS: 
o Eliminar restos pulpares, sangue e raspas de dentina (Remover a smear layer) 
o Eliminar flora bacteriana; 
o Umedecer e lubrificar as paredes facilitando a instrumentação; 
o Diminuir a tensão superficial das paredes do canal radicular. 
SOLUÇÃO IRRIGADORA IDEAL: 
o Estimar o reparo | Dissolver tecidos (lubrificante) 
o Permeabilidade dentinária 
o Poder bactericida 
o Biocompatibilidade (Não irritar, não gerar dor) 
o Rapidez e substantividade 
INDICAÇÕES: 
o Antes da instrumentação: Assepsia e neutralizar parcialmente produtos tóxicos 
e restos orgânicos, antes de sua remoção mecânica. 
o Durante a instrumentação: Manter úmidas as paredes do canal, favorecendo a 
instrumentação. 
o Após a instrumentação: Remover detritos mecânicos, evitando seu acúmulo. 
SOLUÇÕES IRRIGADORAS: Hipoclorito de sódio e Clorexidina (Endogel) 
o Jamais usar as das juntas, pois elas reagem formando a Paracloroanilina 
(substância carcinogênica). 
o Ambas possuem mesma potência e eficácia. 
CLOREXIDINA 2%: 1ml para 5ml de soro fisiológico. 
 Tratamento endodôntico, principamente nos casos de necrose pulpar 
 Dentes com ápice aberto 
 Pacientes alérgicos a hipoclorito de sódio 
@dayannamax 
 
Vantagens: 
 Reduz a formação de smear layer por ser lubrificante e manter as raspas de 
dentina suspensas durante a instrumentação. 
 Reduz a quantidade de S.mutans, altamente sensíveis (excelente antimicrobiano) 
 Pode ser usada por longos períodos (baixa toxicidade) 
 Não escurece a dentina 
 Biocompatibilidade 
 Liberação gradual, prolongada e em níveis terapêuticos (substantividade) 
Desvantagens: 
 Não possui ação dissolvente da matéria orgânica 
 Por ser viscosa, atrapalha a visão do endodontista na instrumentação dos canais 
 Não é capaz de dissolver smear layer (porém diminui sua formação) 
HIPOCLORITO DE SÓDIO: Mais utilizada na Endodontia (mais antiga que a CHX) 
Vantagens: 
 Excelente bactericida 
 Dissolvente de tecidos (Favorece a instrumentação) 
 Neutraliza parcialmente os produtos tóxicos 
 Desodorizante e clareador 
 Baixa tensão superficial 
 Desidrata e solubiliza as substâncias proteicas 
 Ação rápida 
Desvantagens: 
 Reações alérgicas 
 Causa danos aos vestuários 
MEDICAÇÃO ENTRE SESSÕES 
OBJETIVO: Reduzir o número de microorganismos para níveis mais baixos do que 
aqueles obtidos por processos mecânicos de instrumentação, impedindo a reinfecção do 
canal radicular. 
o A ação dos medicamentos intracanal (MIC) estará condicionada ao veículo 
utilizado (aquoso, viscoso ou oleoso); concentração; tensão superficial no canal 
radicular e, a duração entre as sessões durante a terapia endodôntica. 
@dayannamax 
 
PROTOCOLO IDEAL: 
CA(OH)² P.A + CHX 2% 
O Hidróxido de Cálcio na formulação da pasta atua como uma barreira física que 
ficará no canal por mais tempo, prevenindo a reinfecção, interrompendo o nutriente 
fornecido para as bactérias remanescentes e assim impedindo a recontaminação. Além 
disso, a Clorexidina acrescenta substantividade para a formulação, devido as 
capacidade de adsorção e liberação lenta de moléculas ativas para os tecidos dentais. 
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO: 
 Pó branco, alcalino (pH 12,8) 
 Empregado como curativo de demora em necrose pulpar. 
 Tempo de ação: 7 dias 
 Ação antimicrobiana: 15 a 30 dias 
 Viscosidade 
 Solubilidade 
 Radiopacidade (DESVANTAGEM) 
 Veículos para associação: PMCC; Clorexidina; Água destilada; Solução 
anestésica; Soro fisiológico; Glicerina, Propilenoglicol. 
Vantagens: 
 Indução da formação de tecido mineralizado 
 Dissolução de remanescentes de tecidos necróticos 
 Biocompatibilidade 
 Controle da intensidade do processo inflamatório (anti-exsudativo) 
 Regressão dos processos de reabsorção radicular 
 Neutraliza pH ácido, alcalinizando a cavidade e impedindo a proliferação 
bacteriana (antibacteriano) 
 Cicatrização dos tecidos periapicais. 
CLOREXIDINA GEL 2%: Antibacteriana 
 Pouca duração (7 dias) 
 Baixa toxicidade 
 Não dissolve tecidos 
 Apenas barreira quimica 
 Para canal estreito 
@dayannamax 
 
OTOSPORIN: Líquido 
 Urgência/rápido: Escolha em último caso, quando não há tempo. 
 Tempo de ação: 24h a 72h (tóxico) 
 Corticóide-Antibiótico 
 Seletividade bacteriana 
TRICESOL FORMALINA: Formolcresol 
 Alto poder microbiano 
 Líquido (aplicado com uma bolinha de algodão) 
 Tóxico | Irritante | Veneno 
 Usado para inflamação e necrose pulpar 
PARAMONOCLOROFENOL CANFORADO: PMCC 
 “Primo” do Formolcresol 
 Não possui seletividade bacteriana 
 Usado em combinação com o Hidróxido de Cálcio 
 Pouco tempo de ação: 2 dias 
IODOFÓRMICO: CHX + P.A + Iodofórmico 
 Radiopaco 
 Bacterecida 
 Desinfetante 
 Tempo de ação: 15 dias 
 Iodo: Age extraradicularmente *Mancha os dentes 
PERSISTÊNCIA BACTERIANA NOS CANAIS RADICULARES 
Enterococcus faecalis: Bactéria mais encontrada no insucesso dos tratamentos 
endodônticos. 
o Resistente aos irrigantes 
o Sobrevive sem nutrientes 
o Sobrevive em meio ácido e básico 
o Diminui a atividade dos irrigantes 
Tratamento: CHX Gel 2% (químico) + P.A (físico) = PASTA 
@dayannamax 
 
DIAGNÓSTICO EM ENDODONTIA 
Diagnóstico Endodôntico: É fruto de uma série de informações, advindasdo confronto 
da queixa principal do paciente com testes clínicos pulpares, perirradiculares, sondagem 
periodontal e exame radiográfico. 
o Exige uma abordagem sistemática do paciente, incluindo a anamnese (exame 
subjetivo), o exame físico (exame objetivo) e os exames complementares. 
EXAME CLÍNICO DO PACIENTE ENDODÔNTICO: 
INSPEÇÃO: Deve começar no momento em que ele entra no consultório, pois a 
simples observação do gestual e da expressão facial podem apresentar informações 
muito relevantes. 
o Observar alteração de cor na coroa, estado das restaurações, exposição pulpar, 
presença de cárie. Observar as demais estruturas bucais (tecidos moles e língua) 
sua cor e morfologia, averiguarndo a presença de tumefação, fístula etc. 
o Uso de espelho clínico 
PALPAÇÃO: Utilizando-se a ponta do dedo indicador e médio, ou também com 
auxílio do polegar. 
o Apalpar a região da face, bilateralmente, investigando alterações. 
o Apalpar a região apical do elemento dentário examinado, verificando se há 
alguma resposta dolorosa ou presença de alterações patológicas. 
PERCUSSÃO: Feita com o cabo do espelho, percutindo a coroa do paciente, 
perpendicularmente à mesma ou no sentido do seu eixo, sempre de forma delicada. 
o A percussão vertical está associada à inflamação de origem endodôntica, 
enquanto a dor relacionada com percussão horizontal diz respeito a alterações 
periodontais. 
SONDAGEM PERIODONTAL: O dente deve ser verificado nas suas proximais, três 
regiões por vestibular e por lingual, não se esquecendo de verificar a região da furca. 
o Caso haja a comprovação de comprometimento endododôntico pelos testes 
pulpares e também se detecte por sondagem periodontal a presença de bolsa, o 
tratamento deve ser concomitante na área da Endodontia e Periodontia. 
@dayannamax 
 
MOBILIDADE DENTÁRIA: Emprega-se dois instrumentos metálicos apoiados com 
firmeza na superfície dentária ou utilizando um instrumento metálico e um dedo. 
o Aplica-se uma força em uma tentativa de movimentar o elemento dentário em 
todas as direções. 
EXAMES COMPLEMENTARES: São rotineiros em Odontologia: exame 
radiográfico, exames hematológicos, provas bioquímicas do sangue e biópsia. 
EXPLORAÇÃO CIRÚRGICA: É o último recurso para a elucidação de situações 
obscuras, lançando mão de um exame invasivo. EM DESUSO 
o Tentativa de esclarecimento sobre a patologia que acomete o dente ou a região, 
exemplo: presença de fraturas verticais não visualizadas radiograficamente. 
TESTES DE VITALIDADE PULPAR: Determina se um elemento dentário deve ou 
não ter sua polpa preservada. São eles: testes térmicos (frio e calor), teste pulpar 
elétrico, a anestesia seletiva, o teste de cavidade e a transiluminação. 
o TESTE PELO FRIO: Usa-se algum artifício para tomar calor do dente, como 
bastão de gelo, gelo seco ou spray de fluido refrigerante (Endo Ice). 
o TESTE PELO CALOR: O calor é transferido ao dente através de substância ou 
instrumento previamente aquecido, como água morna, aquecimento da 
superfície dental com taça de borracha ou um bastão de guta-percha. 
o TESTE DA ANESTESIA SELETIVA: Quando o paciente se refere uma dor 
difusa ou reflexa, não sabendo dizer exatamente qual dente está com dor. Deve-
se anestesiar só o dente suspeito de causar a dor (dente álgogeno), sem anestesiar 
o dente suspeito de refletir a dor (dente sinálgico). Se a dor cessar após a 
anestesia, sua hipótese diagnóstica será confirmada. 
o TESTE DE CAVIDADE: Teste invasivo, no qual se estimula o dente suspeito 
de necrose pulpar, sem anestesiá-lo, utilizando-se uma broca de alta rotação. 
Contudo, muitas vezes, apenas o jato de ar ou a água são suficientes. 
o TESTE PULPAR ELÉTRICO: Utiliza-se um aparelho conhecido como Pulp 
Tester. Tem demonstrado grande eficácia quando coadjuvante do teste pelo frio. 
o TRANSILUMINAÇÃO: Aplicar um feixe luminoso intenso no dente, para 
diagnosticar, por translucidez do esmalte e da dentina, alterações presentes. 
@dayannamax 
 
ALTERAÇÕES PULPARES: 
o POLPA NORMAL: Livre de sinais e sintomas e responderá positivamente aos 
testes pulpares, reagindo aos estímulos com resposta dolorosa. 
o PULPITE REVERSÍVEL: Dor ao frio e ao doce, que tenderá a desaparecer 
poucos segundos após a sua remoção (Sempre provocada, nunca espontânea). 
o PULPITE IRREVERSÍVEL: Dor aguda ao frio e calor (demorando a cessar), 
dor espontânea (dor não provocada) e dor irradiada ou reflexa. 
o NECROSE PULPAR: Sem dor. 
o DENTE PREVIAMENTE TRATADO: Não responde aos testes térmicos ou 
elétricos. 
TRATAMENTO ENDODÔNTICO 
ACESSO CORONÁRIO: 
o Zona ou Ponto de Eleição: Definir o local para o início do desgaste. 
o Direção de Trepanação: Permite acesso ao interior da câmara pulpar. 
o Forma de Contorno: Permite acesso à entrada e ao interior dos canais 
radiculares. Ocorre a remoção do teto e interferências com uma ponta ativa. 
o Forma de Conveniência: Remoção de projeções de dentina. 
INSTRUMENTAÇÃO: Limpeza, desinfecção e ampliação do canal através do 
movimento de limagem ou alargamento para que este se torne apto para ser obturado. 
OBTURAÇÃO: Preenchimento do espaço antes ocupado pela polpa, dentro do canal 
radicular, com material obturador, reduzindo os riscos de reinfecção. 
CIMENTOS ENDODÔNTICOS 
Cimentos à base de OZE: Contém Eugenol (irritante ao tecidos) 
Cimentos com CA(OH)²: Sealapex, CRCS, Sealer 26, Apexit 
CIMENTO ENDODÔNTICO IDEAL: 
o Homogêneo quando manipulado | Radiopaco 
o Selamento Hermético | Antimicrobiano 
o Não devem sofrer contração nem causar manchas 
o Presa lenta | Biocompatibilidade 
o Insolúvel frente aos fluidos bucais | solúvel aos solventes comuns 
o Ser reabsorvido, em caso de extravasamento | Estimular a reparação 
@dayannamax 
 
TRAUMATISMOS DENTÁRIOS 
A faixa etária mais comum varia de 8 a 12 anos, principalmente como resultado de 
acidentes com bicicletas, skates, em playgrounds ou acidentes esportivos. 
o Meninos são mais comumente afetados do que meninas. O dente mais 
vulnerável é o incisivo central superior (80%). 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE: 
o História do Acidente: Como ocorreu? Onde? Quando? 
o Avaliação Neurológica 
o Exame Extra-oral e Intra-oral 
o Testes Térmicos e Elétricos 
o Exames Radiográficos 
FRATURAS CORONÁRIAS: Geralmente ocorrem em dentes anteriores jovens e sem 
cáries. Isso faz com que a manutenção da vitalidade pulpar seja altamente desejável. 
o Trincas de Esmalte e Fratura não-complicada: Pouco risco de necrose pulpar. 
o Fratura Coronária Complicada: Envolvem esmalte, dentina e polpa (0,9-
13%). Se não for tratada imediatamente, sempre irá resultar em necrose pulpar. 
FRATURAS COROA-RAIZ: São primeiramente tratadas do ponto de vista 
periodontal para assegurar que seja possível a restauração. Se o dente pode ser mantido 
do ponto de vista periodontal, a polpa é tratada como para uma fratura de coroa. 
FRATURAS RADICULARES: Em quase todos os casos o segmento apical 
permanece vital. Se o segmento coronário perde a vitalidade, ele deve ser tratado como 
um dente permanente jovem necrosado. O segmento apical vital não deve ser tratado. 
INJÚRIAS POR LUXAÇÕES: Geralmente resultam em necrose pulpar e também em 
lesão da camada protetora de cemento. Ex: Concussão, Subluxação, Luxação. 
REVASCULARIZAÇÃO PULPAR 
As vantagens da revascularização pulpar se baseiam na possibilidade de um posterior 
desenvolvimento radicular e do reforço das paredes dentinárias pela deposição de tecido 
duro, fortalecendo a raiz contra a fratura. 
@dayannamax 
 
O dente jovem tem um ápice aberto (Rizogênese incompleta) e é curto, o que permite o 
crescimento relativamente rápido de um novo tecido para o interior do espaço pulpar. 
o Se o canal for efetivamente desinfetado, a matriz na qual o novo tecido poderia 
crescer for produzida e o acesso coronário for efetivamente selado, a 
regeneração deverá ocorrer como em um dente imaturo avulsionado. 
APICIGÊNESE: Terapia de complementação radicularem dentes jovens imaturos 
que apresentam a polpa com vitalidade e que sofreram exposição pulpar devido 
traumas, assim como a cáries dentárias e restaurações inadequadas. 
o O tratamento de escolha é a pulpotomia que consiste na remoção da polpa 
coronal infectada, mantendo a polpa radicular vital e protegida por material 
biocompatível (hidróxido de cálcio ou MTA) e a restauração do dente. 
o MTA é biocompatível, apresenta atividade antibacteriana satisfatória, promove 
um selamento adequado e é mais estável. 
APICIFICAÇÃO: Terapia de indução do fechamento do forame apical, por meio da 
deposição de uma barreira de tecido duro, em nível apical, indicado para dentes jovens 
imaturos que estão com o tecido pulpar necrosado. 
o Apenas fecha o canal, não induz crescimento. 
o Limpeza e descontaminação do canal, com periódicas trocas de uma pasta de 
CA(OH2) P.A (8x por mês) o MTA (menos tempo), durante um período médio 
de 9 meses, até a uma barreira calcificada apical, para posterior obturação. 
RETRATAMENTO ENDODÔNTICO 
Consiste na remoção do material obturador, a reinstrumentação e reobturação de canais 
radiculares, com o objetivo de superar as deficiências da terapia endodôntica anterior. 
CAUSAS DO INSUCESSO ENDODÔNTICO: Presença de lesões perirradiculares. 
o Quanto ao tempo de proservação, os valores variam de 6 meses a 10 anos. A 
maioria dos casos cura após 1 a 2 anos, alguns até 4 anos. Se após este período a 
lesão ainda persistir sem sinais de redução nos últimos controles radiográficos, 
deve-se considerar o caso como fracasso. 
o Se ocorre a redução do tamanho da lesão significa que a infecção diminuiu, mas 
não a níveis suficientes que sejam compatíveis com a reparação completa. 
@dayannamax 
 
INDICAÇÕES: Toda vez que surge um insucesso, há 2 opções: cirurgia 
parendodôntica ou o retratamento convencional. 
o Obturação inadequada do canal e presença de lesão perirradicular; 
o Razões protéticas 
o Exposição da obturação ao meio bucal por um longo período; 
o Persistência de sintomas; Desconforto a percussão, palpação, mastigação; 
o Presença de fístula, edema, mobilidade, rarefações ósseas; 
o Ausência de reparo ósseo; 
o Dentes que serão submetidos à cirurgia perirradicular. 
ETAPAS: 
 Remoção da restauração coronária 
 Remoção de retentores intrarradiculares 
 Remoção do material obturador do canal radicular (esvaziamento): 
1. Na porção reta do canal: Gates 
2. Após a curvatura: Limas e solventes 
3. 1/3 Apical: Limas e soluções irrigadoras 
 Reinstrumentação do canal radicular: Técnica cérvico-apical 
 Medicação intracanal 
 Obturação dos canais 
SOLVENTES: São substâncias químicas que têm a capacidade de dissolver outra e 
podem ser classificados em orgânicos e inorgânicos. 
o A guta-percha pode ser dissolvida com vários solventes orgânicos. Todavia, eles 
geralmente são tóxicos e o seu emprego deve ser evitado, quando possível. 
CLOROFÓRMIO (TRICLOMETANO): Líquido pesado, transparente, incolor e com 
odor característico. Pouco solúvel na água e inteiramente miscível com o álcool. Altera-
se pela luz e pelo ar. É muito volátil e tóxico, não sendo biocompatível. apresenta 
potencial cancerígeno. 
XILOL (DIMETILFENOL): Líquido límpido, incolor, com cheiro semelhante ao 
benzeno. É insolúvel na água, porém solúvel no álcool e benzeno. É muito tóxico. 
Apresenta menor efeito solvente sobre a guta-percha, quando comparado ao 
clorofórmio. 
@dayannamax 
 
EUCALIPTOL: Líquido incolor e de odor aromático semelhante ao da cânfora. É 
insolúvel na água e inteiramente miscível com o álcool. É menos irritante que o 
clorofórmio, e não apresenta potencial cancerígeno. Exibe efeito antibacteriano e 
propriedades antiinflamatórias, porém é menos efetivo como solvente da guta-percha. 
CIRURGIA PARENDODÔNTICA 
É a opção de tratamento quando não se consegue eliminar o agente etiológico do 
processo inflamatório periapical pelo tratamento endodôntico. 
o Não é um substituto para o retratamento endodôntico. E sim o último recurso 
clínico antes da extração de um elemento dental, portanto deve ser utilizado 
apenas quando tiver uma indicação precisa e inequívoca. 
INDICAÇÕES: Impossibilidade de acesso aos canais | Fratura Radicular Vertical 
(FRV) | Impedimentos anatômicos | Presença de Retentores Intrarradiculares volumosos 
| Acidentes iatrogênicos | Calcificações radiculares | Degraus | Lesões que não 
responderam ao Retratamento | Presença de Corpos Estranhos. 
CONTRAINDICAÇÕES: Impossibilidade de acesso | Fraturas longitudinais | 
Prognóstico Periodontal Duvidoso | Paciente sistemicamente comprometido. 
PRÉ-OPERATÓRIO: 
 Exame clínico 
 Exame radiográfico e tomográfico 
 Protocolo medicamentoso: Utilização de antibióticos e anti-inflamatórios 
profilaticamente | Medicação Ansiolítica para pacientes agitados ou ansiosos. 
 10 minutos antes, o paciente deve realizar um bochecho com solução de 
Digluconato de Clorexidina a 0,12% por no mínimo 1 minuto. 
PLANEJAMENTO CIRÚRGICO: 
 Preparação do campo operatório 
 Anestesia 
 Técnica operatória: Apicectomia Radicular (Cortar o ápice) 
Porque na Apicectomia tem que ser removido somente 3mm do ápice? Porque no 
ápice há canais delta apicais que acumulam mais microorganismos. 
@dayannamax 
 
TRATAMENTO ENDODÔNTICO – PASSO A PASSO 
1. ANESTÉSICO TÓPICO 
2. ANESTESIA LOCAL 
3. ISOLAMENTO ABSOLUTO 
4. PREPARO PRÉVIO: Remover tecido cariado e restaurações. 
5. ACESSO (ZONA DE ELEIÇÃO): Broca carbide esférica (somente a cabeça) em 
alta rotação perpendicularmente ao dente. 
 Incisivos e Caninos: No centro da face lingual, acima do cíngulo. 
 Pré-Molares Superiores: No centro da face oclusal. 
 Pré-Molares Inferiores: Na superfície oclusal sobre a ponte de esmalte. 
 Molares Superiores: Na fosseta central, um pouco para mesial. 
 Molares Inferiores: Na fossa central, um pouco para mesial. 
6. DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: Permite acesso ao interior da câmara pulpar. 
 Incisivos e Caninos: Ângulo de 45º em relação ao longo eixo do dente. 
 Pré-Molares: Paralelo ao longo eixo do dente. 
 Molares Superiores: Leve inclinação para a palatina. 
 Molares Inferiores: Leve inclinação para a distal. 
7. FORMA DE CONTORNO: Remoção do teto com uma ponta ativa (ponta de lápis) 
 Incisivos: Triangular com base voltada para a incisal 
 Caninos: Losangular ou lanceolada 
 Pré-Molares Superiores: Elíptica 
 Pré-Molares Inferiores: Circular 
 Molares Superiores: Triangular com base voltada para vestibular 
 Molares Inferiores: Trapezoidal com base maior voltada para mesial. 
8. DESCOBRIR O COMPRIMENTO DO DENTE (CD): 
o Com a Lima K (Lima 10) de 25mm, penetrar no canal até o ápice e 
deixar a borracha (stop) da lima tocando a borda incisal do dente. 
o Em seguida, colocar Lima K (Lima 10) de 25mm na régua calibradora e 
encontrar o comprimento do dente. 
9. DEFINIR O COMPRIMENTO REAL DE TRABALHO (CRT): 
o Na régua calibradora, diminuir 1mm do comprimento do dente com a 
borracha da Lima K (Lima 10) de 25mm. 
@dayannamax 
 
10. IRRIGAÇÃO DO CANAL: Com uma seringa e agulha, irrigar com Clorexidina 
(Endogel) e soro fisiológico. 
11. ENCONTRAR O TERÇO MÉDIO: Com a Lima 35 penetrar 5mm do ápice. 
12. ALARGAMENTO DO CANAL COM AS BROCAS GATES-GLIDDEN: 
o Em baixa rotação, avançando a cada 1mm 
o Sequência decrescente – Crown Down (coroa-ápice) 
o Movimento de bicada (3 vezes para cada uma das 3 Gates) 
o GATES 5, 4, 3: Incisivos (Canais amplos) 
o GATES 4, 3, 2: Caninos e pré-molares (Canais médios) 
o GATES 3, 2, 1: Molares (Canais pequenos) 
Gates 1 – Lima 50 
Gates 2 - Lima 70 
Gates 3 – Lima 90 
Gates 4 – Lima 110 
Gates 5 – Lima 130 
13. ENCONTRAR O INSTRUMENTO MEMÓRIA (IM): 
o A partir da Lima corresponde à última Gates usada, diminuir o tamanho 
uma vez. (Ex: Se a última foi a Gates 2 – Lima 70, utilizar a Lima 60) 
o Testar cada Lima em ordem decrescente até encontrar o IM (Testar a 60, 
55, 50,45, 40...) colocando o stop de acordo com o tamanho do dente. 
o Usar o LOCALIZADOR 
o Sempre irrigando entre as limagens 
1ª Série: (15, 20, 25, 30, 35, 40) (branco, amarelo, vermelho, azul, verde, preta) 
2ª Série: (45, 50, 55, 60, 70, 80) (branco, amarelo, vermelho, azul, verde, preta) 
Série Especial: 6, 8, 10 (rosa, cinza, roxa) 
14. FAZER O ESCALONAMENTO: “Escada” 
o Sabendo o IM, aumentar em ordem crescente as Limas reduzindo o stop 
em ordem decrescente a cada 1mm. 
o Sempre irrigando entre as limagens 
o Ex: Se o IM=40 e o CD=20mm (Usar a Lima 45 com stop em 19mm...) 
@dayannamax 
 
15. EDTA: Com uma seringa, aplicar 0,5ml - limar por 2min - lavar com soro – secar. 
16. HIDRÓXIDO DE CÁLCIO + CLOREXIDINA: Misturar os dois dentro da 
seringa - aplicar no canal - limar e sugar o excesso. 
17. COLTOSOL: Colocar uma bolinha de algodão seca e por cima dela uma fina 
camada de Coltosol – calcar com outra bolinha de algodão. 
18. CIV: Misturar até formar uma pasta (2pó/1liq) e cobrir o canal usando o dedo. 
19. FAZER O AJUSTE OCLUSAL 
20. REMOVER O ISOLAMENTO 
APÓS 10 DIAS: OBTURAÇÃO 
1. Colocar a Guta-Percha principal na régua de acordo com o IM e cortar a ponta 
2. Marcar a Guta-Percha principal com a pinça de acordo com o CRT 
3. Testar a Guta-Percha no canal e radiografar. 
4. SECAR O CANAL: Com cones de papel absorvente 
5. Com a Lima 15, introduzir o cimento Endofil previamente manipulado no canal. 
6. Penetrar a Guta-Percha principal no canal 
7. Penetrar os cones acessórios no canal com ajuda do espaçador 
8. Cortar os excessos com uma tesoura 
9. Plastificar todo o conjunto com a Max Paden em baixa rotação 
10. Remover os excessos a nível de coroa 
11. Penetrar com a pinça para checar se está correto e radiografar. 
	TRATAMENTO ENDODÔNTICO – PASSO A PASSO
	10. IRRIGAÇÃO DO CANAL: Com uma seringa e agulha, irrigar com Clorexidina (Endogel) e soro fisiológico.
	12. ALARGAMENTO DO CANAL COM AS BROCAS GATES-GLIDDEN:
	o Ex: Se o IM=40 e o CD=20mm (Usar a Lima 45 com stop em 19mm...)
	15. EDTA: Com uma seringa, aplicar 0,5ml - limar por 2min - lavar com soro – secar.

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