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Entrevista Enfa. Dra. Dayane de Melo Costa fala sobre o doutorado na Macquirie University, na Austrália Opinião Prof. Dr. Rafael Queiroz de Souza aborda a complexidade do processamento de fresas intramedulares flexíveis Ano V • Nº 18 • Abr-Jun/2018 Tecnologia e humanização no Centro Cirúrgico Com tantas inovações, enfermeiros precisam desenvolver ainda mais a empatia e o carinho pelo paciente. A humanização das relações da equipe é fundamental para o sucesso do tratamento. nesta edição EXPEDIENTE Órgão oficial da Associação Brasileira de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de material e Esterilização (SOBECC Nacional). Comissão de Publicação e Divulgação – Diretora: Dra. Rachel de Carvalho - Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE) • Membros – Dra. Rita Catalina Aquino Caragnato - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Dra. Maria Belén Salazar Posso - Faculdade de Pindamonhangaba (FUBVIC) Equipe Técnica — Coordenação: Sirlene Aparecida Negri Glasenapp • Redação: Andrea Fagundes (MTb 40.376) e Evelina Fyskatoris (MTb 46.219) • Pauta: Enf. Rafael Bianconi • Revisão: Profa. Dra. Rachel de Carvalho • Design Gráfico: Patricia Barboni • Secretaria: Maria Elizabeth Jorgetti e Claudia Martins Stival • Tiragem: 6.000 exemplares • Impressão: Editora Referência Ltda. A SOBECC com Você é uma publicação trimestral da SOBECC Nacional, dirigida a profissionais de Enfermagem do Bloco Operatório, com o ob- jetivo de divulgar informações sobre boas práticas de assistência de Enfermagem. A reprodução parcial ou total de qualquer matéria desta edição só é permitida mediante autorização. Rua Vergueiro 875 • cj. 64 • Liberdade • 01504-001 • São Paulo • SP CNPJ: 67.185.215/0001-03 Fone: (11) 3341-4044 • www.sobecc.org.br CONTATO, DÚVIDAS E SUGESTÕES: sobecc@sobecc.org.br Diretoria da SOBECC — Gestão 2017-2019 Presidente: Giovana Abrahão de Araújo Moriya • Vice-presidente: Marcia Cristina Pereira de Oliveira • Primeira-secretária: Andréa Alfaya Acunã • Segundo secretário: Rafael Bianconi • Primeira- tesoureira: Maria Lucia Leite Ribeiro • Segunda-tesoureira: Ana Lucia Gargione Sant´Anna • Diretora do Conselho Fiscal: Marcia Hitomi Takeiti • Membro do Conselho Fiscal: Liraine Laura Farah • Membro do Conselho Fiscal: Cecília da Silva Ângelo • Diretora da Comissão de Assistência: Simone Garcia Lopes • Membro da Comissão de Assistência: Juliana Rizzo Gnatta • Membro da Diretoria da Comissão de Assistência: Thiago Franco Gonçalves • Diretora da Comissão de Educação: Vanessa de Brito Poveda • Membro da Diretoria de Educação: Debora Cristina Popov • Membro da Comissão de Educação: Wagner Aguiar Junior • Diretora da Comissão de Publicação e Divulgação: Rachel de Carvalho • Membro Comissão de Publicação e Divulgação: Rita Catalina Aquino Caragnato • Membro da Comissão de Publicação e Divulgação Maria Belén Salazar Posso • Diretora de Eventos Regionais: Soraya Palazzo SOBECC com Você 3 Editorial 4 Enfermagem brasileira conquista exterior Agenda 6 Programação de eventos Giro de notícias 8 Destaques da SOBECC Nacional 11o Simpósio Internacional 12 Valores de inscrições, palestrantes confirmados e programação científica completa Especial 22 Tecnologia e humanização podem caminhar juntas Aorn 26 Endoscópios estão frequentemente contaminados Entrevista 28 Enfa. Dra. Dayane de Melo Costa concluiu doutorado na Austrália e tese foi premiada Opinião do Especialista 30 Riscos no processamento de fresas intramedulares flexíveis é tema de artigo do Prof. Dr. Rafael Queiroz de Souza Fora da Profissão 31 No pedal, enfermeira encontrou o equilíbrio entre profissão e vida saudável Bem-Estar 32 Estresse faz parte da vida Resenha 34 No caminho: fragmentos para ser o melhor Giovana Abrahão de Araújo Moriya Presidente SOBECC Nacional Gestão 2017/2019 E stamos muito orgulhosos de nossos pesquisadores que vêm colocando o Brasil em evidência mundo afora. É a certeza de que estamos fazendo um bom trabalho na produção de evidências científicas para melhor atua- ção prática e segura da enfermagem perioperatória. Durante o Congresso anual da AORN, em New Orleans (EUA), o trabalho pioneiro de colegas da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE–USP) recebeu o 1º lugar e, no ano passado, uma Enfermeira Doutora teve sua tese de doutorado premiada na Austrália. São duas histórias, entre muitas outras de sucesso, no campo da pesquisa cien- tífica e em situações diferentes, que inspiram a SOBECC Nacional a incentivar ainda mais o trabalho científico. Confira a seção “Entrevista”, com a Enfa. Dra. Dayane de Melo Costa, que nos conta como conseguiu bolsa de estudos e dá di- cas aos interessados. Também, devido ao fruto de muita pesquisa, o Prof. Dr. Rafael Queiroz de Souza relata, na página “Opinião do Especialista”, sobre os riscos do processamento de fresas intramedulares flexíveis. No final de agosto, parte do que se tem produzido em pesquisas científicas e re- latos de experiência serão apresentados durante o 11º Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de Infecção Relacionado à Assistência à Saúde. Convido você, mais uma vez a se reunir conosco neste evento, que preparamos com mui- to carinho e responsabilidade para que a relevância da ciência no exercício da Enfermagem seja o objeto de transformação. Confira a programação completa, nomes dos palestrantes convidados e valores de inscrição para participação no evento e se programe. Esse é o nosso compromisso, destacar as melhores evi- dências científicas para que na prática possa alcançar os objetivos de melhoria da qualidade da assistência e segurança do paciente. Considerando os avanços tecnológicos na saúde, o que é imprescindível no exercício da assistência, como você avalia a questão da humanização no Centro Cirúrgico? Esse foi o tema da nossa matéria de capa, para a qual diferentes espe- cialistas fazem argumentações. Ser enfermeiro exige muito do físico e do emocional. Muitos colegas buscam vá- rias formas de equilibrar rotina, estresse e vida pessoal, fazendo outras ativida- des fora da profissão. O exemplo desta vez é de uma enfermeira de Cachoeiro do Itapemirim (ES), que descobriu no ciclismo uma forma de superar os obstá- culos do dia a dia. Aproveito para deixar uma reflexão. Quando fazemos o nosso melhor a cada dia, nos superando e evoluindo como seres produtivos e fazendo a diferença, a vida passa a ter um sentido muito mais amplo e feliz. Essa pensamento pode ser melhor des- vendado lendo o Livro No caminho: fragmentos de vida, a nossa dica na “Resenha”.. Boa leitura! Quando fazemos o nosso melhor a cada dia, nos superando e evoluindo como seres produtivos e fazendo a diferença, a vida passa a ter um sentido muito mais amplo e feliz. EDITORIAL Enfermagem brasileira conquista exterior Giovana Abrahão de Araújo Moriya Presidente SOBECC Nacional 4 SOBECC com Você C M Y CM MY CY CMY K 180316 Anúncio Optiline.pdf 1 16/03/2018 14:18:56 Inscrições gratuitas via e-mail: fsao-sac@amcor.com Local: Auditório 3 Horários das apresentações: 9:30 / 10:30 / 11:30 / 14:00 / 15:00 / 16:00 Data: 30/08 Monitores de Limpeza e sua Aplicação Diária na CME * Sorteio de brindes no final das apresentações Data: 22 de setembro de 2018 Local: Mendes Plaza Hotel – Cidade de Santos (SP) Organização e realização: SOBECC Nacional Informações: eventos@sobecc.org.br Inscrições: www.sobecc.org.br I JORNADA CIENTIFICA DA BAIXADA SANTISTA DE BLOCO OPERATÓRIO – SOBECC NACIONAL Data: 4 a 6 de setembro de 2019 Local: Palácio das Convenções do Anhembi São Paulo Organização e realização: SOBECC Nacional Informações: eventos@sobecc.org.br 14º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO Data: 31 deoutubro a 2 e novembro de 2018 Local: Cidade do México – México Informações: http://wfhss.com 19° CONGRESSO MUNDIAL DE ESTERILIZAÇÃO WFHSS Data: 23 de novembro de 2018 Local: UFSC Florianópolis, SC Organização e realização: SOBECC Nacional e membros associados UFSC Florianópolis (SC) Informações: eventos@sobecc.org.br Inscrições: www.sobecc.org.br I JORNADA CIENTIFICA CATARINENSE DE BLOCO OPERATÓRIO DA SOBECC AGENDAAGENDA Data: 29 a 31 de agosto de 2018 Local: Palácio das Convenções do Anhembi São Paulo Informações: eventos@sobecc.org.br Inscrições: www.sobecc.org.br 11º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADO À ASSISTÊNCIA À SAÚDE Data: 20 de outubro de 2018 Local: Centro Universitário São Camilo – Cachoeiro de Itapemirim (ES) Informações: www.sobecc.org.br I JORNADA CIENTÍFICA CAPIXABA DE BLOCO OPERATÓRIO DA SOBECC NACIONAL C M Y CM MY CY CMY K 180316 Anúncio Optiline.pdf 1 16/03/2018 14:18:56 Os associados da SOBECC Nacional e familiares agora po- dem utilizar o atendimento especializado da Estação PSI Clínica de Saúde Mental, com condições de pagamento diferenciadas, que inclui: consultas médicas, sessões de psicoterapia, avaliação neuropsicológica e acompanha- mento terapêutico. A clínica conta com equipe multidis- ciplinar de psicólogos e psiquiatras especialistas nas diver- sas áreas de atuação para a promoção da saúde mental. Para obter a condição diferenciada de pagamento, basta Benefício diferenciado • Acessar cursos e palestras online e curso EAD gratuito; • Obter descontos nas inscrições em cursos que possuem o apoio da SOBECC; • Acessar os vídeos e as aulas no site; • Comprar o manual “Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde” com desconto de 50%; • Ter descontos nas inscrições em congressos, simpósios e cursos de capacitação realizados pela SOBECC Nacional; • Obter convite para o jantar de confraternização do evento com desconto; • Ter vale-desconto para almoço nos grandes eventos (Congresso e Simpósio Internacional da SOBECC). ANUIDADE Confira os valores e continue um associado SOBECC Nacional! CATEGORIA Auxiliares e Técnicos de Enfermagem Enfermeiros PERÍODO 01/07/2018 a 27/12/2018 01/07/2018 a 27/12/2018 VALOR R$ 130,00 R$ 230,00 Já atualizou o cadastro de associado SOBECC Nacional? Vantagens ao associado • Poder fazer parte da diretoria da SOBECC; • Ser membro dos grupos de estudos da SOBECC; • Poder fazer parte das comissões especiais da SOBECC; • Presidir as eleições da SOBECC; • Organizar cursos na sua cidade e estado com o apoio da SOBECC; • Receber gratuitamente, na comodidade de sua casa, a Revista SOBECC Com Você; • Receber gratuitamente, na comodidade de sua casa, a Revista Científica SOBECC; • Publicar resultados de pesquisas (artigos) na revista científica da Associação; Entre no site da Associação (www.sobecc.org.br), atualize o cadastro de associado e efetue o pagamento via PagSeguro. O valor da anuidade de 2018 pode ser parce- lado na opção cartão de crédito. Todas as bandeiras são aceitas. SOBECC com Você 7 20 1 8 apresentar o comprovante de pagamento da anuidade 2018 e um documento com foto. Para mais informações sobre a Estação PSI, acesse www.estacaopsi.com.br ou li- gue (11) 3892-7723. Inscrições gratuitas via e-mail: fsao-sac@amcor.com Local: Auditório 3 Horários das apresentações: 9:30 / 10:30 / 11:30 / 14:00 / 15:00 / 16:00 Data: 30/08 Monitores de Limpeza e sua Aplicação Diária na CME * Sorteio de brindes no final das apresentações Inscrições gratuitas via e-mail: fsao-sac@amcor.com Local: Auditório 3 Horários das apresentações: 9:30 / 10:30 / 11:30 / 14:00 / 15:00 / 16:00 Data: 30/08 Monitores de Limpeza e sua Aplicação Diária na CME * Sorteio de brindes no final das apresentações GIRO DE NOTÍCIAS SOBECC com Você8 Da esq. para dir.: Luiz Carlos Fonseca e Silva, Gisela Bruns, Soraya Palazzo, Kazuko Uchikawa Graziano e Rosemary Bedirian Coelho Curso EAD Com satisfação, a SOBECC Nacional concluiu mais um curso no formato de Ensino a Distância (EAD) I Módulo em Centro de Material e Esterilização e foi um sucesso. A Coordenadora do curso, Ligia Garrido Calicchio, sen- te-se satisfeita pelo interesse dos participantes. A Associação vem inves- tindo e ampliando nesse formato de educação a distância, e já agendou o próximo modulo sobre Bloco Operatório, que será realizado no mês de setembro. Fique atento para o período de inscrições. 1º Encontro de Especialistas em Centro de Material e esterilização A SOBECC Nacional, representada pela diretora de Eventos Regionais, Profa. Ms. Soraya Palazzo, firmou seu apoio para realização do 1° Encontro de Especialistas em Centro de Material e Esterilização no contexto de Novas Tecnologias, realizado dia 17 de maio, em Vitória (ES), pela BIOSCARE. Na oportunidade, Soraya ministrou uma palestra sobre os avanços tecnológicos em CME. Também colaboraram para o enriquecimento científico do evento com palestras, a Profa. Dra. Kazuko Huchikawa Graziano, que abordou sobre a importância da limpeza de produtos para saúde, o Dr. Luiz Carlos Fonseca e Silva, que reforçou a RDC-15 como impor- tante conquista na busca pelas melhores práticas em CME, e a Enfa. Gisela Bruns, que destacou o monitoramento quí- mico e biológico nos processos de esterilização. Inscrições gratuitas via e-mail: fsao-sac@amcor.com Local: Auditório 3 Horários das apresentações: 9:30 / 10:30 / 11:30 / 14:00 / 15:00 / 16:00 Data: 30/08 Monitores de Limpeza e sua Aplicação Diária na CME * Sorteio de brindes no final das apresentações Inscrições gratuitas via e-mail: fsao-sac@amcor.com Local: Auditório 3 Horários das apresentações: 9:30 / 10:30 / 11:30 / 14:00 / 15:00 / 16:00 Data: 30/08 Monitores de Limpeza e sua Aplicação Diária na CME * Sorteio de brindes no final das apresentações Inscrições gratuitas via e-mail: fsao-sac@amcor.com Local: Auditório 3 Horários das apresentações: 9:30 / 10:30 / 11:30 / 14:00 / 15:00 / 16:00 Data: 30/08 Monitores de Limpeza e sua Aplicação Diária na CME * Sorteio de brindes no final das apresentações Inscrições gratuitas via e-mail: fsao-sac@amcor.com Local: Auditório 3 Horários das apresentações: 9:30 / 10:30 / 11:30 / 14:00 / 15:00 / 16:00 Data: 30/08 Monitores de Limpeza e sua Aplicação Diária na CME * Sorteio de brindes no final das apresentações I Oficina de Metodologia de Pesquisa IAHCSMM Annual Conference & Expo 2018 No dia 5 de maio, foi realizada no Hospital do Coração (HCor) a I Oficina de Metodologia de Pesquisa com apoio da Diretoria de Comissão de Assistência da SOBECC Nacional. A oficina teve como objetivo propor aos asso- ciados uma discussão sobre produção de pesquisas cien- tíficas com as especialistas no assunto Profa. Dra. Kazuko Uchikawa Graziano e Dra. Camila Quartim, ambas da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE- USP). Análise metodológica de trabalhos fez parte da ex- periência de quem participou da oficina, que foi idealiza- da a fim de estimular e auxiliar a pesquisa científica entre os enfermeiros perioperatórios. De 29 de abril a 2 de maio, a cidade de Phoenix, no Arizona (EUA), foi sede do IAHCSMM Annual Conference & Expo 2018, um dos principais congressos do país, que reúne enfermeiros do mundo todo para discu- tir sobre melhores práti- cas mundiais e atualiza- ções em processamento, desinfecção de produtos para a saúde, bem como adoção de estratégias de prevenção para controle mais eficaz de infecções no ambiente hospitalar. Representou a SOBECC Nacional neste grande encontro, a diretora do Conselho Fiscal, Ms. Marcia Hitomi Takeiti. Organizadores, palestrantes e monitores comemoram sucesso da I Oficina de Metodologia Científica Daesq. para dir.: Marcia Hitomi Takeiti, Steven Adams e Karen Naus. SOBECC com Você10 7º Simpósio de Esterilização e Controle de Infecção Fórum de Compliance Healthcare 2018 O VII Simpósio de Esterilização e Controle de Infecção da Santa Casa de Porto Alegre, visando ampliar o de- bate acerca da segurança do pacien- te, reuniu, dia 20 de abril, mais de 200 profissionais da região. Na oportunida- de, a primeira Secretária da SOBECC A SOBECC Nacional, representa pela Profa. Dra. Maria Belén Salazar Posso, marcou presença no Fórum de Compliance Healthcare 2018, realizado dia 10 de abril, na sede da KPMG, em São Paulo, levando para discussão o tema “Fortalecimento do ambiente ético de negócios no Brasil nos setores público e privado”. Os painelistas debateram sobre a importância da conduta ética e do compliance no ambiente de negócios do Brasil, principalmente no setor de saúde. A ética e a corrup- ção também tiveram destaque nas discussões, salientando a relevância da transparência nas negociações, a necessidade Da esq. para dir.: Andrea Alfaya Acunã, Heloisa Helena Karmas Hoefel, Carmen Pozzer e Célia Maria Rabaioli Nacional, Andrea Alfaya Acunã, mi- nistrou a palestra: “Processamento Seguro de Órteses e Próteses”, mar- cando a participação da Associação em mais uma importante discussão em prol da qualidade da assistência segura no país. I Jornada Científica de Bloco Operatório do Vale Do Paraiba INFECCON - 5º Congresso Internacional de Prevenção de Infecção A SOBECC Nacional, no pro- pósito de expandir atuação, realizou em Taubaté (SP), dia 14 de abril, a I Jornada Científica de Bloco Operatório do Vale do Paraíba, na Universidade de Taubaté (UNITAU). O evento foi idealizado pela membro da Associação, Profa. Dra. Maria Belén Salazar Posso, uma das percussoras do curso de Enfermagem da universidade, e pela diretora de Eventos Regionais, Soraya Palazzo, com apoio da diretora do Departamento de Enfermagem e Nutrição da UNITAU, Profa. Dra. Teresa Célia de Mattos Moraes dos Santos e da Profa. Dra. Vania Maria de Araújo Giaretta Com apoio da SOBECC Nacional e organizado pela 3M do Brasil, a 5ª edição do Congresso Internacional de Prevenção de Infecção – INFECCON – discutiu, nos dias 10 e 11 de abril, em Foz do Iguaçu (PR), dentro do tema central “Prevenção é respeito à vida; o desafio de reduzir taxas de infecções de sítio cirúrgico dentro das boas práticas de pro- cessamento de produtos para a saúde e de cirurgia segura. Da esq. para dir.: Teresa Célia de Mattos Moraes dos Santos, Vania Maria de Araújo Giaretta, Maria Belén Salazar Posso, Giovana Abrahão de Araújo Moriya, Soraya Palazzo, Simone Garcia Lopes e Andrea Alfaya Acunã. de processos regulatórios de contratação na área da saúde, com incentivos apropriados e aquisição de material pelo pre- ço justo, de mudança na cultura empresarial de saúde e nas atitudes profissionais, tendo o paciente como foco. Administrador do Instituto Ética Saúde (IES), Gláucio Pegurin Libório, falou aos participantes do evento sobre a importân- cia de um ambiente transparente na área hospitalar e desta- cou: “A SOBECC Nacional passa a integrar um grupo sele- to de importantes associações, entidades e empresas líderes GIRO DE NOTÍCIAS SOBECC com Você10 Reforçando parceria com o IES: Maria Belén Salazar Posso e Gláucio Pegurin Libório no segmento de saúde que contribuem cons- tantemente para aprimorar o Instituto Ética Saúde. Os valores da SOBECC, ética, respon- sabilidade e compromisso profissional, vão ao encontro da busca do IES por um ambiente de transparência na área hospitalar. A diversidade traz discussões essenciais para entendermos as necessidades e os princípios específicos de cada segmento, para buscarmos uma conver- gência coletiva”, assinalou Gláucio Libório. De 24 a 28 de março, a comunidade da Enfermagem Perioperatória se reuniu em New Orleans (EUA) para um dos maiores eventos do setor, promovido pela Association of periOperative Registered Nurses (AORN). O evento tor- nou-se o centro mundial das discussões mais importan- tes e das tendências das inovações tecnológicas da área, com foco na qualidade e na segurança do atendimento ao paciente cirúrgico. Com uma comitiva bastante expressiva, o Brasil ganhou ho- lofotes do evento pela participação sempre construtiva e co- laborativa às investigações científicas que aprimoram a atua- ção do enfermeiro perioperatório. Premiação: 1º Lugar Na apresentação dos trabalhos, o Brasil ganhou o 1º. lugar com a pesquisa “Compact steam jet cleaner for medical AORN Global Surgical Conference & Expo 2018 Representantes diretoria da SOBECC Nacional: Vanessa de Brito Poveda, Cecília da Silva Angelo, Giovana Abrahão de Araújo Moriya, Rita Catalina Aquino Caregnato, Rachel de Carvalho e Marcia Cristina de Oliveira Pereira Comitiva brasileira e presidente da SOBECC Nacional comemora resultado da Enfermagem do Brasil. Giovana Araújo de Abrahão Moriya na composição dos presidentes internacionais de Associações, palestrou sobre a importância da SOBECC junto aos enfermeiros brasileiros que atuam na prática perioperatória SOBECC com Você 11 Trabalho premiado: Giovana Abrahão de Araújo Moriya parabeniza Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti devices: validation proposal”, dos autores Jeane Bronzatti, Paulo Laranjeira, Camila Bruna e Kazuko Graziano, da área de Centro de Material e Esterilização. Do Brasil, foram 29 pôste- res apresentados. Além de todas as atividades científicas, a SOBECC participou de palestras e da reunião do board para apresentação dos re- sultados esperados e discussão de tendências e planejamen- to estratégico ao longo do ano. SOBECC com Você12 De 29 a 31 de agosto de 2018, em São Paulo Reconhecido como o evento líder do setor, o Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, promovido pela SOBECC Nacional, reunirá nesta 11ª edição mais de 40 renomados palestrantes nacionais e internacionais, que realizarão um amplo debate visando a atualização do conhecimento científico e prático. Visite o site do evento, conheça todos os palestrantes e faça a sua inscrição: http://sobecc2018.galoa.com.br/br/node/1339 ESTÁ CHEGANDO A HORA O QUE TEREMOS? Pré-Simpósio As oficinas pré-simpósio serão realizadas no dia 28 de agosto. Se ainda não fez a inscrição, garanta já a sua vaga, pois se você deixar para se inscrever no local do evento, poderá não haver mais vagas disponíveis. Junte-se ao maior encontro de Esterilização e Controle de Infecção do Brasil! Não deixe de conhecer os expositores e seus lançamentos. São mais de 60 empresas que apresentarão novos produtos e inovações tecnológicas durante a Exposição. Esse espaço será um ponto de encontro para atualização e networking entre os profissionais. Exposição tecnológica 4 dias de evento com amplo conteúdo científico de qualidade A intensa programação científica do Simpósio Internacional estará dividida em: • Oficinas • Palestras • Talk show • Mesa-redonda • Simpósios-satélites • Apresentação de trabalhos científicos. SOBECC com Você 13 11O SIMPÓSIO Visite o site do evento, conheça todos os palestrantes e faça a sua inscrição: http://sobecc2018.galoa.com.br/br/node/1339 8h30 – 9h Entrega de material 11h30 – 13h30 Almoço Junte-se ao maior encontro de Esterilização e Controle de Infecção do Brasil! 10h – 11h30 AUDITÓRIO 1 Práticas operacionais de testes de funcionalidade: motores, instrumental cirúrgico convencional e de laparoscopia Coordenadora: Simone Batista Neto – São Paulo 10h – 11h30 AUDITÓRIO 4 Montagem de carga e testes de controle de esterilização a vapor saturado sob pressão Coordenadora: Ligia Garrido Calicchio – São Paulo 15h – 16h30 AUDITÓRIO 1 Práticasoperacionais de testes de funcionalidade: motores, instrumental cirúrgico convencional e de laparoscopia Coordenadora: Simone Batista Neto – São Paulo 15h – 16h30 AUDITÓRIO 2 Metas internacionais Segurança do paciente - 6 metas internacionais: o jogo Coordenadora: Jaqueline Maria de Sousa Soares – São Paulo 15h – 16h30 AUDITÓRIO 4 Montagem de carga e testes de controle de esterilização a vapor saturado sob pressão Coordenadora: Ligia Garrido Calicchio – São Paulo 15h – 17h AUDITÓRIO 5 Classificação de instrumentais por família: da legislação à prática Coordenador: Klaus Roth – Alemanha 13h30 – 15h AUDITÓRIO 1 Práticas operacionais de testes de funcionalidade: motores, instrumental cirúrgico convencional e de laparoscopia Coordenadora: Simone Batista Neto – São Paulo 13h30 – 15h AUDITÓRIO 2 Metas internacionais Segurança do paciente – 6 metas internacionais: o jogo Coordenadora: Jaqueline Maria de Sousa Soares – São Paulo 13h30 – 15h AUDITÓRIO 4 Montagem de carga e testes de controle de esterilização a vapor saturado sob pressão Coordenadora: Ligia Garrido Calicchio – São Paulo 13h30 – 15h AUDITÓRIO 8 Dimensionamento de pessoal em CME e CC Coordenadora: Elaine Ferreira Lasaponari – São Paulo 1º Horário 3º Horário2º Horário Não perca a oportunidade de participar e faça a sua inscrição antecipadamente. 10h – 11h30 AUDITÓRIO 2 Metas internacionais Segurança do paciente – 6 metas internacionais: o jogo Coordenadora: Jaqueline Maria de Sousa Soares – São Paulo 10h – 11h30 AUDITÓRIO 8 Dimensionamento de pessoal em CME e CC Coordenadora: Elaine Ferreira Lasaponari – São Paulo SOBECC com Você14 7h – 8h30 Entrega de material e atendimento de novas inscrições 8h30 – 9h15 Solenidade de abertura 9h15 – 9h45 Homenagem dos 25 anos da SOBECC GRANDE PLENÁRIA 9h45 – 10h15 Conferência de abertura: Impactos da Ética e Compliance no setor de saúde Palestrante: Gláucio Pegurin Libório – São Paulo 10h15 – 11h Conferência: A tríade para garantir a competência: conhecimento, habilidade e atitude Conferencista: Paulina Kurcgant – São Paulo 11h – 11h45 Coffee break | Inauguração da Exposição Tecnológica GRANDE PLENÁRIA 11h45 – 12h45 CME externo para o processamento de produtos para saúde Armadilhas a serem evitadas Palestrante: Christine Denis – França Construindo o CME dos sonhos Palestrante: Patrizio Sanchioni – Itália AUDITÓRIO 9 PROGRAMAÇÃO PARALELA 11h45 – 12h45 Mesa de ensino: Formando o futuro profissional em CME Palestrantes: • Soraya Palazzo – São Paulo • Débora Cristina S. Popov – São Paulo • Vanessa de Brito Poveda - São Paulo 12h45 – 14h45 Almoço | Apresentação de Simpósios-satélites (Grande Plenária e Auditórios 1; 2; 4; 8 e 9) GRANDE PLENÁRIA 14h45 – 16h Talk Show: Translação do conhecimento: usando as melhores evidências na prática clínica do CME Tema quente: Existe prazo de validade para o sistema de barreira estéril? Debatedoras: • Kazuko Uchikawa Graziano – São Paulo • Benefran Junior da Silva Bezerra – Brasília • Fabiola Sousa Queiroz – Salvador AUDITÓRIO 4 PROGRAMAÇÃO PARALELA 15h – 16h Mesa-redonda: Limpeza de pinças utilizadas em cirurgia robótica: como garantir a segurança do processo? Palestrantes: • Andrea Alfaya Acunã – São Paulo • Rodrigo Pinheiro – São Paulo 16h – 16h20 Intervalo 16h20 – 19h Apresentação dos temas livres 19h30 Happy Hour SOBECC com Você 15 11O SIMPÓSIO 12h30 – 14h30 Almoço |Apresentação de Simpósios-satélites (Grande Plenária e Auditórios 1; 2; 4; 8 e 9) GRANDE PLENÁRIA 14h30 – 16h15 Mesa de especialistas: Discutindo o processamento de produtos para a saúde controversos Carmen Eulalia Pozzer – Porto Alegre Ana Lucia Gargione Galvão de Sant’Anna – São Paulo Larissa Garms Thiomteo Cavasin – São Paulo Elaine Ferreira Lasaponari – São Paulo AUDITÓRIO 9 PROGRAMAÇÃO PARALELA 14h30 – 15h15 Palestra: Caso confirmado de proteína priônica: há convergências de guidelines Palestrante: Rafael Queiroz de Souza – São Paulo 16h30 – 17h30 Apresentação de Simpósios-satélites (Grande Plenária e Auditórios 1; 2; 4; 8 e 9) 16h30 – 20h30 Horário de visitação à Exposição Tecnológica 20h30 Encerramento GRANDE PLENÁRIA 8h30 – 9h10 Palestra: A prevenção do estresse no trabalho: cuidando do cuidador Palestrante: Júlia Burin – São Paulo 9h10 – 10h Palestra: Necessidade de ciclos estendidos de esterilização para diferentes composições dos materiais, massas ou porte: um novo desafio para a prática assistencial? Palestrante: Kazuko Uchikawa Graziano – São Paulo AUDITÓRIO 9 PROGRAMAÇÃO PARALELA 9h10 – 10h Palestra: Equipamento para pré-limpeza de produtos para saúde utilizando jato de vapor: proposta de validação [Trabalho premiado no Congresso AORN 2018] Palestrantes: • Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti – São Paulo • Paulo Laranjeira – São Paulo 10h – 10h30 Coffee break GRANDE PLENÁRIA 10h30 – 11h30 Palestra: Procedimentos endoscópicos cada vez mais invasivos x micro-organismos multirresistentes: e como realizar o processamento dos equipamentos? Palestrante: Janet M. Prust – USA AUDITÓRIO 4 PROGRAMAÇÃO PARALELA 10h30 – 11h15 Palestra: Indicador biológico: conflito de geração x método de esterilização Palestrante: Ana Tércia Barijan – São Paulo GRANDE PLENÁRIA 11h30 – 12h30 Mesa-redonda: Desafios do processamento de produtos para saúde ortopédicos em sistema de consignação Palestrantes: • Anaclara Ferreira Veiga Tripple – Goiânia • Dayane de Melo Costa – Goiânia AUDITÓRIO 4 PROGRAMAÇÃO PARALELA 11h30 – 12h15 Mesa-redonda: Ferramentas para melhorar o resultado financeiro de sua unidade de negócios: gestão em CME Palestrantes: • Carla Bezerra – São Paulo • Izabel Kazue Damas C. Iamaguti – São Paulo AUDITÓRIO 9 PROGRAMAÇÃO PARALELA 11h30 – 12h15 Palestra: Contextualizando a esterilidade: ausência de micro-organismos viáveis: posso afirmar? Palestrante: Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti – São Paulo SOBECC com Você16 STERIS Local: GRANDE PLENÁRIA Horário: 12h40 – 13h40 Tema: A ciência da esterilização a vapor – verdades e mitos Palestrante: Richard Bancroft (Inglaterra) Tema: A esterilização a vapor como padrão ouro da esterilização no seu CME Palestrante: Profª Dra. Kazuko Uchikawa Graziano Professora titular aposentada do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da EE-USP, consultora ad hoc da CAPES, FAPESP e CNPq e líder do Grupo de Pesquisa “Controle de infecção relacionada a procedimentos assistenciais” do Centro de Material e Esterilização. CNPH Local: AUDITÓRIO 4 Horário: 12h40 – 13h40 Tema: Bloco Cirúrgico e SCIH interagindo para segurança do paciente Palestrante: Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti Enfermeira Mestre, doutoranda da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE-USP), especialista em Gestão em Unidades de Saúde e em Administração Hospitalar, MBA em Gestão e Economia em Saúde, docente do curso de pós-graduação em Centro Cirúrgico do Centro Universitário São Camilo, consultora na área de Centro Cirúrgico. GETINGE Local: GRANDE PLENÁRIA Horário: 16h30 – 17h30 Tema: Gases Não Condensáveis e Qualidade do Vapor – qual o real impacto nos processos de esterilização? Palestrante: Eng. Paulo Roberto Laranjeira Doutorando em Ciências pela EE-USP, MBA em Engenharia da Qualidade pela Poli USP e Coordenador da Comissão de Estudos Brasileiro em Normatização de Esterilização de Produtos para Saúde da ABNT. COSMODERMA Local: AUDITÓRIO 8 Horário: 16h30 – 17h30 Tema: Desmistificando o Ácido Peracético – vias de obtenção, mecanismo de ação, prós e contras da utilização Palestrante: Mário Duarte Pesquisador Químico pelo IQUSP, químico de P&D e Validação Analítica, consultor e auditor interno para Implantações de normatizações do Inmetro e ANVISA e Phago Projetos e Produtos Científicos. CISABRASILE Local: AUDITÓRIO 1 Horário:16h30 – 17h30 Tema: Desvendando detergentes enzimáticos sob a ótica da RDC-55 Palestrante: Raiza Tosta Miranda Química Tecnológica pela UFSC e especialista em desenvolvimento e aplicação de produtos saneantes e em assuntos regulatórios. AGEIS – 3ALBE Local: AUDITÓRIO 9 Horário: 16h30 – 17h30 Tema: Gerenciamento dos resultados da CME e suas relações com as estratégias institucionais. Palestrante: Vinicius Martins Machado Enfermeiro especialista em Gestão de Centro Cirúrgico e Central de Material Esterilizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Grupo Santa Casa BH, coordenador e responsável Técnico pelo Processamento de Produtos para Saúde na CME do Grupo Santa Casa BH e enf. especialista no Centro Cirúrgico do HC-UFMG SOBECC com Você 17 11O SIMPÓSIO GRANDE PLENÁRIA 8h30 – 9h15 Palestra: Como prevenir infecção em sítio cirúrgico: uma incógnita não desvendada Palestrante: Adriana Cristina de Oliveira – Belo Horizonte 9h15 – 10h30 Mesa-redonda: Descoloração e danos em superfície de instrumental cirúrgico Tipos de danos no instrumental cirúrgico Palestrante: Gerhard Kirmse – Alemanha Eventos adversos e formação de biofilme em materiais oxidados: fatos ou mitos? Palestrante: Wagner de Aguiar Júnior – São Paulo AUDITÓRIO 9 PROGRAMAÇÃO PARALELA 9h15 – 10h30 Mesa-redonda: Resíduos de serviços de saúde: práticas sustentáveis em CC e CME Palestrante: Danielly Negrão Guassú Nogueira – Londrina A criatividade no mundo da sustentabilidade: oficina prática Palestrante: Lia Jerônimo Romero – Campinas 10h30 – 11h Coffee break AUDITÓRIO 4 PROGRAMAÇÃO PARALELA 11h – 11h45 Palestra: Impacto do ambiente no controle de Infecção Palestrante: Dirceu Carrara – São Paulo GRANDE PLENÁRIA 11h – 12h30 Talk Show: Processamento de material de uso único ainda resulta em escândalo no Brasil • Adriana Maria da Silva Felix – São Paulo • Claudia Ribeiro Reis – Curitiba • Benefran Junior da Silva Bezerra – Brasília 12h30 – 14h Almoço | Apresentação de Simpósio-satélites (Grande Plenária e Auditórios 1; 2; 4 e 9) GRANDE PLENÁRIA 14h – 15h Vapor saturado sob pressão: achei que sabia tudo – AAMI ST 79:2017 | Novidades da AAMI ST 79:2017 Palestrante: Jenet M. Prust – USA Método de detecção de gases não condensáveis Palestrante: Sandoval Barbosa Rodrigues – Joinville 15h – 16h Mesa-redonda: Cultura de segurança no Bloco Operatório Estratégias para segurança do paciente Palestrante: Thais Galoppini Félix Borro – São Paulo Precaução padrão x contato: qual a diferença em relação à tratamento dos dispositivos no CME Palestrante: Carolina Lopes Ciofi Silva – São Paulo 16h – 17h Conferência de fechamento: Como aquietar seu coração diante de uma relação conflituosa? 17h – 17h10 Premiação dos trabalhos 17h10 – 17h20 Apresentação do trabalho premiado 17h20 Sorteios 17h30 Encerramento do 11º Simpósio | Lançamento do 14º Congresso Brasileiro de Enfermagem em CC, RA E CME ano 2019 21h30 – 2h Jantar em comemoração aos 25 anos SOBECC Nacional (Traje social completo) APOIO SOBECC com Você18 Participação do Simpósio nos três (3) dias ••• Associados Categoria 01/07/2018 a 13/08/2016 Local do evento Auxiliares e Técnicos de Enfermagem R$ 120,00 R$ 150,00 Enfermeiros R$ 350,00 R$ 380,00 ••• Não-associados Categoria 01/07/2018 a 13/08/2016 Local do evento Auxiliares e Técnicos de Enfermagem R$ 280,00 R$ 300,00 Estudantes de graduação Instrumentadores Enfermeiros e outros profissionais R$ 580,00 R$ 640,00 Participação do Simpósio por um (1) dia ••• Associados Categoria 01/07/2018 a 13/08/2016 Local do evento Auxiliares e Técnicosde Enfermagem R$ 50,00 R$ 60,00 Enfermeiros R$ 120,00 R$ 150,00 ••• Não-associados Categoria 01/07/2018 a 13/08/2016 Local do evento Auxiliares e Técnicosde Enfermagem R$ 95,00 R$ 100,00 Estudantes de graduação Instrumentadores R$ 200,00 R$ 220,00 Enfermeiros e outros profissionais Tabela de Valores Oficinas Pré-Simpósio ••• Associados Categoria 01/07/2018 a 13/08/2016 Local do evento Auxiliares e Técnicosde Enfermagem R$ 30,00 R$ 40,00 Enfermeiros R$ 40,00 R$ 50,00 13.8.2018 Último dia para inscrições pelo site. Acompanhe tudo e antecipe sua inscrição. http://sobecc2018.galoa.com.br/br/node/1296 O jantar de comemoração aos 25 anos da SOBECC Nacional será realizado na sexta-feira, 31 de agosto. Os convites poderão ser adquiridos no dia do evento. As informações sobre horário e local da retirada dos convites serão divulgadas posteriormente. Traje social completo Este ano, os associados não terão a entrada para o jantar como cortesia, a fim de evitar a retirada de convites e o não comparecimento ao evento, comprometendo os lugares disponíveis àqueles associados que desejam participar do jantar. Associados R$30,00 Não associados R$60,00 Jantar GALA de 31 de Agosto de 2018 - Sexta-feira 11º SIMPÓSIO NETWORKING COM EXPOSITORES SOBECC com Você20 ESPECIAL Tecnologia e humanização podem caminhar juntas O uso de novas tecnologias nos centros cirúrgicos trouxe grandes benefícios para os pacientes, mas, ao mesmo tempo, aumentou a pressão sobre a equipe de enfermagem e pode levar a uma desumanização no atendimento. A revista SOBECC entrevistou dois enfermeiros e um médico para tentar compreender esse dilema. 22 SOBECC com Você C onvenhamos, a tecnologia é maravilhosa. Ela per- mite diagnósticos mais precisos, maior número de cirurgias de sucesso, menor número de recorrên- cias, altas em menor tempo. E não estamos falando apenas de equipamentos: a gestão também é uma forma de tecnologia, e os hospitais mais mo- dernos têm adotado sistemas de qualidade e acreditação para elevar a eficiência e diminuir os riscos. Ocorre que o ritmo das inovações tecnológicas vem ace- lerando, e de forma assustadora. É como se todo mês ti- véssemos que aprender a lidar com novos equipamentos, SOBECC com Você 23 protocolos e indicadores. Essa necessidade de aprendizado constante pode gerar ansiedade e frustração. O Centro Cirúrgico não está imune a isso, pelo contrário, é onde as inovações costumam aparecer primeiro. No Centro Cirúrgico (CC) cada minuto conta, e buscam-se todos os re- cursos para trazer mais segurança e melhores resultados para o paciente. Os enfermeiros talvez sejam o grupo mais afetado pela tec- nologia: se antigamente era uma profissão onde as mudan- ças demoravam para acontecer, agora esses profissionais são constantemente solicitados a aprender a lidar com novos equipamentos e adaptar-se a novas formas de gestão. Para discutir o impacto da tecnologia no dia-a-dia da Enfermagem, conversamos com profissionais que lidam com a tecnologia no CC, tentando entender como conviver com tantas inovações, não perder a empatia e o carinho pelo pa- ciente, além de manter uma equipe entrosada e amistosa. Equilíbrio entre tecnologia e humanização Para o cirurgião José Francisco Farah, mestre e doutor em ci- rurgia do aparelho digestivo, a humanização no paciente pas- sou por ciclos nas últimas décadas. “Até os anos 1970, o aten- dimento era bastante humanizado”, diz Farah, “e não poderia ser de outra forma, porque dada a escassez de recursos de diagnóstico, o médico tinha de conhecer muito bem seu pa- ciente”. Segundo ele, a anamnese, ausculta, exame visual e toque eram muitas vezes tudo que o médico tinha para che- gar a um diagnóstico. Isso mudou radicalmente a partir da década de 1980, com a chegada de novas tecnologias e um grande desenvolvimen- to das já existentes. Os resultados de exames de diagnóstico por imagem e laboratoriais trouxeram muito mais informação e segurança para os médicos tomarem decisões terapêuticas. Assim, durante muitos anos, imperaram os resultados de exa- mes - muitos médicos agiram como se bastasse ter essas in- formações para se chegar a um diagnóstico. Foi uma fase em que os pacientes se queixavam do atendimento “impessoal”. Seria injustofazer generalizações: nem todos os médicos agi- ram de forma despersonalizada e automática, assim como nem sempre foi errado guiar-se pelos números. “Agora estamos chegando a um equilíbrio”, diz Farah. “A tec- nologia ajuda, mas sua leitura precisa ser individualizada, de acordo com cada paciente”. Os mesmos resultados podem significar coisas diferentes para cada pessoa, e o médico precisa estar atento a isso e ver o paciente como um todo. Assim, vivemos hoje uma maior humanização do atendimen- to. Este é, claramente, um momento em que a individualiza- ção do atendimento ganha força. “A tecnologia não se manifesta apenas na forma de equipa- mentos”, diz Farah, “mas também como sistemas de gestão e protocolos assistenciais”. Segundo ele, o médico precisa ter a sensibilidade de saber se aquela pessoa, numa dada situa- ção, realmente se encaixa num protocolo que pode ter sido criado para outras situações. “Devo me perguntar, ‘se meu pa- ciente tem 99 anos, esse protocolo faz sentido no caso dele?’ Novamente, é a individualização, a humanização do atendi- mento que me ajudam a responder”, diz Farah. É também a humanização que auxilia na decisão de até onde se deve ir em um tratamento, sem ferir a dignidade e a integri- dade da pessoa. “Eu costumo questionar, ‘É isto que esta pes- soa gostaria que fosse feito? ‘”, diz Farah. Para ele, dado o au- mento da população de idosos, será cada vez mais comum ser colocado diante de decisões difíceis, e argumentar com as famílias quanto e até onde ir com tratamentos. Respeito e confiança são essenciais para a equipe Farah chama a atenção para um detalhe importante: a huma- nização das relações da equipe é essencial para o sucesso do tratamento, e isso não se restringe apenas à equipe assisten- cial (embora seja, naturalmente, o preponderante), mas a to- dos os colaboradores de um hospital, sejam da limpeza, la- vanderia, administração ou CC. “O CC é um ponto nevrálgico de tensão, onde há muita an- siedade, pouco tempo, pouco espaço para erros, e onde pre- cisamos dar comandos rápidos e sermos atendidos imedia- tamente”, diz Farah. “Uma equipe só funcionará bem diante de tamanha pressão se as pessoas se conhecerem bem, para poderem confiar umas nas outras e saberem que se respei- tam”. Uma equipe entrosada sabe que durante um procedi- mento pode-se pedir urgência em voz alta, mas quando essa equipe se conhece e se respeita, saberá que é o que o mo- mento exige. Dr. José Francisco Farah ESPECIAL Tecnologia representa oportunidade profissional Se a tecnologia pode representar uma carga extra na rotina dos enfermeiros, ela também é uma oportunidade profissional valiosa: cada vez mais os CC precisam de profissionais treina- dos e especializados. O enfermeiro Rodrigo Pinheiro mudou completamente sua carreira profissional, graças à proximida- de da tecnologia. Pinheiro começou a trabalhar como instrumentador cirúrgi- co, depois como técnico de enfermagem no Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HOC) e, posteriormente, fez graduação em Enfermagem, ainda trabalhando no HOC. Em 2008, o hospi- tal iniciou o processo de aquisição de seu primeiro robô cirúr- gico, e Pinheiro foi convidado a atuar na implementação do equipamento. “Foi mais ou menos assim: me deram um ma- nual com centenas de páginas para estudar, fiz dele o meu li- vro de cabeceira e o li duas vezes”, conta Pinheiro. Na época, só havia dois robôs em hospitais brasileiros, no Einstein e no Sírio Libanês; o do Oswaldo Cruz seria o tercei- ro. Pinheiro participou integralmente da implantação do equi- pamento no Centro Cirúrgico e trabalhou com ele de 2008 a 2010. Depois disso, foi convidado pela empresa H. Strattner, para atuar na implementação de programas robóticos em hospitais de todo o País. Posteriormente, passou a trabalhar como consultor para a Intuitive Surgical, fa- bricante de robôs cirúrgicos, em toda a América Latina. Atualmente, Pinheiro tem sua própria empresa de consulto- ria em robótica para centros cirúrgicos, a Endocompany. Segundo ele, atualmente há 40 robôs em operação no país, e esse número deve continuar crescendo. Implementação de robôs envolve toda a entidade “O que chamamos de programa robótico é todo o proces- so de implementação de um equipamento como esse”, ex- plica Pinheiro, “que inclui treinamento e capacitação, prepa- ração de todos os setores do hospital para trabalhar com o robô, não só o setor assistencial, mas também o gerencial e o comercial”. Segundo Pinheiro, toda a instituição precisa estar integrada para que a implementação do robô tenha sucesso. “Não basta que o corpo clínico peça o equipamento”, diz Pinheiro, “toda a instituição precisa estar envolvida, inclusive enfermeiros, téc- nicos de enfermagem, farmácia, suprimentos, marketing, en- genharia clínica, limpeza, todo mundo”. Um robô no CC gera eficiência, aumenta a precisão das SOBECC com Você24 intervenções, diminui as complicações e torna a recupe- ração mais rápida. É um equipamento que dá ao cirurgião muito mais liberdade de ação e visão tridimensional do campo cirúrgico. Segundo ele, o profissional de enfermagem é essencial para o sucesso da implementação de um robô, porque é ele que tem o conhecimento necessário para coorde- nar, não só a área assistencial, como todo o gerenciamento do setor, o treinamen- to e indicadores. Além disso, o enfermeiro é capaz de fazer tudo isso sem perder de vista o lado humano, e colocar o pacien- te acima de tudo. “Toda tecnologia está voltada para trazer resultados ao pacien- te”, afirma. Prazos e metas aumentam pressão sobre a Enfermagem Os CC são setores que geram muita recei- ta para os hospitais, por isso busca-se ob- ter o máximo de aproveitamento do tem- po disponível. Essa meta de produtividade eleva a expectativa sobre o desempenho das equipes, que tra- balham em uma agenda restrita, de modo que se um pro- cedimento atrasa, causa demoras em todos os seguintes. A enfermeira Soraya Palazzo conhece muito bem esse ambien- te. Ela coordena os cursos de pós-graduação de Enfermagem em Centro Cirúrgico e Oncologia do Centro Universitário São Camilo. É graduada pela USP e tem mestrado também pela USP. Também é Diretora de Eventos Regionais da SOBECC. “Os enfermeiros cuidam de toda a logística do CC”, comenta Soraya, “ou seja, desde o agendamento, até os insumos, pas- sando por receber o paciente, atender o cirurgião e o anes- tesista e muitas outras atividades”. Ela explica que atualmen- te existem indicadores de tempo nos sistemas de gestão dos hospitais. As equipes são treinadas para montar e desmontar Enf. Rodrigo Luiz Pinheiro Considero que hoje a balança entre atendimento humanizado e tecnologia está desequilibrada Profa. Dra. Soraya Palazzo rapidamente os equipamentos em um CC. Segundo Soraya, trabalhar com margens de erro e prazos tão pequenos faz com que, muitas vezes, os enfermeiros pare- çam trabalhar no “automático”, para conseguirem lidar com todas as tarefas. “Considero que hoje a balança entre aten- dimento humanizado e tecnologia está desequilibrada”, diz Soraya, “porque os profissionais não têm condição de dar a atenção que o paciente pede”. Ela lembra que o paciente ci- rúrgico precisa de apoio humano, porque, em geral está em um ambiente desconhecido e com medo. “Em última análise, isso é ruim para a instituição, porque está demonstrado que a falta de humanização no atendimento pode provocar compli- cações”, afirma. A cobrança sobre a Enfermagem aumentou muito com a che- gada de novas tecnologias. “Toda semana recebemos equipa- mentos novos, e o tempo de capacitação é muito curto”, ex- plica Soraya. Ela é a primeira a reconhecer as vantagens que a tecnologia trouxe: “Sou da época do bisturi, e hoje a rotina são cirurgias minimamente invasivas, com taxas de sucesso mais elevadas e recuperação muito mais rápida”. Mas ela alerta que é precisomanter um equilíbrio entre o ser humano e a tecnologia, principalmente dentro do CC. “Eu comparo com o celular”, diz Soraya, “que é muito bom, mas não podemos nos deixar dominar por ele. Da mesma forma, no CC não podemos esquecer que, apesar de toda a tecnolo- gia, há uma pessoa na mesa de cirurgia”. Ela ressalta, ainda, que uma equipe precisa se conhecer e se respeitar. “Profissionais que se conhecem bem, às ve- zes não precisam nem falar, já sabem o que fazer só de se olharem”, afirma. Profa. Dra. Soraya Palazzo A s atuais diretrizes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA e outras entidades permitem a reutilização de endoscópios flexíveis após a limpeza e desinfecção de alto nível (high- -level disinfection - HLD), mas, os instrumentos geralmente permanecem contaminados e podem infectar o próximo pa- ciente, confirmam pesquisas. Cori L. Ofstead, que coordenou um dos estudos, afirma que a pesquisa “mostra que os métodos atuais de processamen- to não foram eficazes, e os endoscópios retiveram fluidos e hospedaram contaminação, inclusive patógenos”. “Este estudo identificou problemas com a eficácia do proces- samento para todos os tipos de endoscópios flexíveis, não apenas os endoscópios gastrointestinais complexos com mecanismos de elevação. Os riscos para os pacientes po- dem ser mais elevados no caso de broncoscópios e endos- cópios de urologia”, diz Ofstead, presidente e diretora exe- cutiva da organização de pesquisa independente Ofstead & Associates, em Saint Paul, Minnesota. “Ficamos surpresos ao descobrir que dois hospitais creden- ciados pela Joint Commission estavam pulando muitas eta- pas do processamento ou realizando-as mal, mas ficamos ainda mais surpresos ao descobrir que o processamento fa- lhava na metade das vezes, mesmo em um hospital que ti- nha muito boas práticas”, afirmou Cori Ofstead à Reuters Health, por email. Conforme publicado no American Journal of Infection Control (AJIC), Ofstead e seus colegas avaliaram as práticas de processamento, secagem e armazenamento de endoscó- pios em três hospitais de múltiplas especialidades. Em cada hospital, os pesquisadores examinaram endoscópios plena- mente processados que foram armazenados por mais de 24 horas e enviaram as amostras para análise aos laboratórios de microbiologia registrados na Food and Drug Administration (FDA) dos EUA e certificados pela International Organization for Standardization. Os autores encontraram um indicador de contaminação or- gânica em 22% dos endoscópios e detectaram crescimen- to microbiano em 71% deles. A equipe de pesquisa também examinou visualmente e fotografou os fluidos retidos e ou- tras irregularidades com uma câmera e instrumentos pro- jetados para examinar canais e portas. Também utilizaram cotonete estéril e indicador químico para testar a presença de água. Eles encontraram fluido em 22 dos 45 endoscópios exami- nados, e a prevalência de umidade variou significativamente de acordo com o local (de 5% para 85%). Nenhum dos méto- dos de secagem eliminou todo o fluido residual ou os pató- genos presentes na água. As práticas de processamento e secagem seguiram as diretri- zes em um caso e foram precárias nos outros dois; endoscó- pios danificados estavam em uso em todos os locais. Mesmo após limpeza, endoscópios são fontes de contaminação OPINIÃO DO ESPECIALSITA Muitos pacientes podem estar sendo submetidos à endoscopia por instrumentos contaminados, segundo indicam dois novos estudos. AORN SOBECC com Você26 AORN Mariah Quick, epidemiologista e gerente de projetos de pes- quisa da Ofstead & Associates, disse à Reuters Health, por e-mail: “É extremamente importante garantir que os endos- cópios estejam completamente secos antes do armaze- namento. Nossa análise estatística encontrou uma relação muito elevada entre os resultados de uma fita indicadora de umidade e inspeções visuais feitas pelo demorado método de examinar minuciosamente cada endoscópio. Isso signi- fica que os centros de processamento podem implementar um protocolo prático e barato para testar endoscópios pro- cessados para garantir que nenhum fluido residual permane- ça dentro deles”. Conforme recomendado pelas diretrizes, “auditorias periódicas devem ser realizadas por especialistas para confirmar a apli- cação de práticas adequadas de processamento. Os médicos devem pedir para ver os relatórios para que possam se sentir confiantes de que quaisquer problemas foram resolvidos”, in- sistiu Ofstead. “Para reduzir o risco, os médicos também de- vem inspecionar visualmente cada endoscópio antes de utili- zá-los, a fim de garantir que está livre de danos e detritos”. “Em última análise, para reduzir o risco do paciente, os médi- cos devem avançar no sentido de utilizar endoscópios este- rilizados”, aconselham os autores. No segundo estudo, publicado na revista Gut, a Dra. Margaret C. Vos do Erasmus do Centro Médico Universitário (University Medical Center) em Rotterdam, Holanda, e seus colegas des- cobriram em 39% de todos os centros holandeses pelo me- nos um duodenoscópio pronto para ser utilizado estava con- taminado com micro-organismos detectáveis. O estudo abrangeu centros que realizam colangiopancreato- grafia retrógrada endoscópica (CPRE), que é usada para diag- nosticar doenças do pâncreas e do fígado. No total, 23 dos 150 duodenoscópios testados deram positivo para microrga- nismos com origem gastrointestinal ou oral, indicando que a desinfecção inadequada deixou material orgânico residual no instrumento, proveniente de pacientes que utilizaram os equipamentos anteriormente. “Esses resultados sugerem que os atuais procedimentos de processamento e controle de processo não são adequados e seguros”, concluem os pesquisadores. Fonte: AORN Tradução: SOBECC Nacional ENTREVISTA Tese de doutorado de brasileira premiada na Austrália mesmo projeto âncora, intitulado: “Processamento de produ- tos para saúde utilizados em cirurgias de implantes ortopédi- cos”, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ao final desse encontro, houve o convite da Dra. Karen para que Lillian e eu realizásse- mos um estágio, sob sua supervisão, na Macquaire Univeristy. O convite foi prontamente aceito e procedemos à solicitação de bolsa para Estágio Sanduíche no Exterior à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a qual foi concedida. A Dra. Karen havia me sugerido a candidatura à modalidade Cotutela junto à Macquarie University, sob sua orientação e coorientação da Dra. Honghua Hu, pois, entre outros benefí- cios, receberia suporte financeiro da universidade para reali- zação dos estudos e para participação em eventos científicos nacionais e internacionais. Após avaliação da documentação e aprovação pela Macquarie Univeristy, foi elaborado um acordo (Joint Doctoral Supervision Agreement – Cotutelle inbound) entre as universidades, a partir dos termos impostos por cada uma delas. Firmado o acordo, procedeu-se à minha matrí- cula na Macquarie Univeristy. Minha permanência naquele SOBECC com Você28 A Dra. em Ciências Biomédicas pela Macquirie University e em Enfermagem pela Universidade Federal de Goiania (UFG), Dayane de Melo Costa, saiu de Goiânia atravessou oceanos e desembarcou em Sidney, na Austrália, em 2015, para fazer doutorado sob a orientação de uma pesquisadora reconhecida mundialmen- te por seus trabalhos sobre biofilmes na área da saúde. Após conclusão, a tese foi selecionada para receber o prêmio “2017 Dean’s Award for Excellence in Higher Degree Research” concedido pela Faculty of Medicine and Health Sciences da Macquarie University. SOBECC: Como foi o processo para estudar em outro país, especificamente, na Austrália? Dayane de Melo Costa: O processo de candidatura ao dou- torado na modalidade Dupla Titulação (Cotutela) iniciou-seem abril de 2014, a partir de uma reunião com a Profa. Dra. Karen Vickery, quando veio ao Brasil, na UFG. Nessa oportu- nidade, a então doutoranda enfermeira Lillian Kelly de Oliveira Lopes e eu apresentamos nossos projetos, derivados de um país foi subsidiada por bolsa concedida pela CAPES e bolsa concedida pela Macquarie University (Cotutelle International Macquarie University Research Excellence Scholarship - iM- QRES). Permaneci em Sydney por dois anos e cinco meses. SOBECC: nos conte sobre sua pesquisa de doutorado. Dayane: A tese de doutorado abordou aspectos relacionados ao processamento de Produtos Para Saúde (PPS), com enfo- que em PPS consignados/comodatados, e limpeza e desin- fecção de superfícies de serviços de saúde, principalmente em unidade de terapia intensiva, intitulada: “Maintaining the patient safety: surgical instruments and environmental surfa- ce care”. A duração do curso na Macquarie University foi de dois anos (2015 - 2017). Após aprovação, em julho de 2017, a tese foi selecionada para recebimento do prêmio “2017 Dean’s Award for Excellence in Higher Degree Research” concedido pela Faculty of Medicine and Health Sciences da Macquarie University. Prêmio que também foi agradiado com o “Certificado de Reconhecimento de Prêmio, emitido pelo Conselho Univeristário da UFG. Já a tese de doutorado aprovada pelo programa de pós-gra- duação em Enfermagem da UFG abordou práticas de risco relacionadas ao processamento de PPS, com enfoque em PPS consignados/comodatados, intitulada: “Avaliação de prá- ticas no processamento de produtos para saúde cirúrgicos ortopédicos adquiridos em sistema de consignação/como- dato”. Nessa pesquisa foram inseridos quatro dos 14 estudos apresentados à Macquarie Univeristy. SOBECC: Como foi a experiência de fazer doutorado em Sidney? Dayane: Ao chegar em Sydney, eu e a Dra. Lillian fomos re- cepcionadas e acolhidas na casa de amigos brasileiros. Esse acolhimento foi crucial para que nosso primeiro mês naque- le país fosse bem mais fácil do que esperávamos. No segun- do mês, alugamos um apartamento próximo ao Campus da universidade e, apesar da saudade dos familiares no Brasil, já estávamos habituadas às rotinas no laboratório e familiariza- das com a língua. A Austrália é um país multicultural e com clima similar ao do Brasil, fatores facilitadores para a nossa rá- pida adaptação. A organização, a infraestrutura e os suportes intectual e financeiro oferecidos pela Macquarie University su- peraram as expectativas e possibilitaram a expansão do proje- to de pesquisa proposto inicialmente por meio da adição de novos objetivos. Isso resultou na inclusão de 14 estudos na tese apresentada àquela universidade. Adicionalmente, possi- bilitou a minha participação em cinco eventos científicos na Austrália e dois internacionais, na Escócia e Bélgica, e visita a um laboratório de pesquisa no País de Gales. SOBECC: Quais os próximos desafios na carreira? Dayane: Após submissão da tese à Macquarie Univeristy, re- tornei ao Brasil em abril de 2017 para escrever e concluir a tese a ser apresentada à UFG (defendida e aprovada em se- tembro de 2017). A CAPES exige que, após a conclusão do curso de doutorado, o bolsista permaneça do Brasil pelo me- nos pelo tempo de duração da bolsa concedida, chamado período de interstício. Submetemos uma proposta ao CNPq de bolsa de pós-doutorado, junto ao programa de pós-gra- duação em Enfermagem da UFG, sob supervisão da Profa. Dra. Anaclara Ferreira Veiga Tipple, com início em julho 2018, que foi concedida. Entretanto, mantemos no planejameto um pós-doutorado na Macquarie University para o futuro. SOBECC: Quais dicas pode dar aos enfermeiros que desejam estudar em outro país? Dayane: Oriento e incentivo os interessados em realizar Estágio Sanduíche no Exterior, o Curso de Doutorado/ Mestrado Pleno ou na modalidade Dupla Titulação (Cotutela), que façam contato e apresentem suas propos- tas a possíveis orientadores no exterior e invistam tempo e dedicação no aprendizado da língua do país de interesse. Na minha opinião, esses são os dois principais requisitos para a concretização desse tipo de intecâmbio. Ressalto, ainda, que o Estágio Sanduíche no Exterior e o Curso de Doutorado na modalidade Dupla Titulação (Cotutela) são excelentes oportunidades para candidatos vinculados a Instituições de Ensino Superior brasileiras, os quais podem solicitar bolsa à CAPES ou ao CNPq. SOBECC: O que significa este prêmio para você e para a Enfermagem brasileira? Dayane: O diploma de Doutora e o certificado do prêmio concedidos pela Macquarie University representam para mim uma conquista, o resultado de uma experiência única e de apredizagem extremamente enriquecedora, tanto no aspec- to profissional, como pessoal. Para a Enfermagem brasileira, acredito que esses certificados representam um avanço na produção de evidências que possam basear a nossa prática quanto à prevenção e ao controle de infecções relacionadas à assistência à saúde e no domínio de técnicas laboratorias de microbiologia, necessários para o desenvolvimento de estu- dos com esse enfoque, bem como representam um “passo a mais” na construção de parceiras internacionais. SOBECC com Você 29 Riscos no processamento de fresas intramedulares flexíveis A complexidade do processamento de fresas intrame- dulares flexíveis tem sido um tema frequentemente debatido nas minhas aulas. Estes produtos, embora considerados “passíveis de processamento”, repre- sentam um grande desafio à limpeza, além de ser uma fon- te de retrabalho no Centro de Material e Esterilização (CME), considerando que muitas vezes a limpeza precisa ser refeita, até que a fresa fique “limpa”. Esta problemática se deve, prin- cipalmente, ao design: uma haste, cuja flexibilidade é conferi- da por duas fitas de aço sobrepostas em forma de espiral, for- mando uma estrutura flexível semelhante a uma mola. Entre as fitas, forma-se um espaço inacessível à limpeza, no qual ocorre acúmulo de sujidade. Em 2016, em um trabalho conjunto da Escola de Enfermagem da USP e do Núcleo de Cultura de Células do Instituto Adolfo Lutz, tive oportunidade de estudar a efetividade de um proce- dimento operacional padrão (POP) para limpeza destes produ- tos em três reutilizações simuladas e também avaliar o alcance da esterilidade e a toxicidade de matéria orgânica residual1. Os resultados foram preocupantes, uma vez que a limpeza não foi efetiva, conforme escrevo adiante. Neste trabalho, as fresas foram contaminadas com Soil Test™, suspensão de Geobacillus stearothermophilus e farinha de osso bovino, visando “simular” o uso na prática assistencial. O POP de limpeza proposto, mesmo combinando métodos manuais e automatizados, falhou e foi possível constatar acú- mulo de sujidade de acordo com o número de reutilizações. Um trabalho semelhante foi desenvolvido pela Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP)2 e demonstrou, além da mes- ma dificuldade de limpeza, o retrabalho proporcionado para “limpar” estes produtos, que chegava a 11 repetições! Adicionalmente, foi reportado o risco relacionado à forma- ção do biofilme pela impossibilidade da limpeza, conforme evidenciado por uma tese defendida na Universidade Federal de Goiás3 em 2016. No quesito esterilidade, a situação foi bastante controversa. Embora com sujidade acumulada, nenhum microrganismo foi recuperado após a incubação das amostras, porém, pes- quisadores da Universidade do Alabama4 observaram falhas na esterilização de brocas canuladas com sujidade retida; portan- to, um risco que ainda permanece a esclarecer. Quanto ao efeito tóxico da sujidade real de uma fresa da prá- tica, foi constatada morte celular após contato da sujidade com culturas de células, reforçando a tese de que um produ- toque não pode ser limpo, não pode ser seguramente reutili- zado. Outro aspecto relacionado à toxicidade trata-se da pos- sível contaminação por endotoxinas. Em 2016, um trabalho desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais5, in- vestigou a presença de endotoxinas no instrumental ortopédi- co e constatou maior risco de contaminação nas fresas de fê- mur, potencialmente relacionado às dificuldades de limpeza. Com base nestes nestas evidências, este produto pode com- prometer a segurança do paciente pela dificuldade de limpe- za, além de aumentar custos e retrabalho. Este assunto deve ser amplamente discutido pelos Comitês de Processamento de Produtos para Saúde, equipes cirúrgicas usuárias, fabrican- tes de produtos e órgãos reguladores, para que o processa- mento deste tipo de fresa seja descontinuado, em razão dos riscos apresentados. Por Rafael Queiroz de Souza* SOBECC com Você30 OPINIÃO DO ESPECIALISTA 1 Souza R et al. Avaliação da segurança do processamento de fresas intramedulares flexíveis para cirurgia ortopédica. Revista SOBECC [Internet]. 2017 Abr 4; [cited 2018 May 30]; 22(1): 17-22. Available from: revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/137 2 Tavares ALG. Avaliação da limpeza da fresa flexível utilizada em cirúrgicas ortopédicas. [Dissertação]. Botucatu: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Medicina de Botucatu; 2017. 3 Lopes LKO. Instrumental ortopédico de conformação complexa: avaliação do processamento, formação de biofilme e suas implicações. [Tese]. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Enfermagem; 2016. 4 Smith K et al. Is retained bone debris in cannulated orthopedic instruments sterile after autoclaving? Am J Infect Control. 2018 Apr 13. pii: S0196-6553(18)30147-0. doi: 10.1016/j.ajic.2018.02.024. [Epub ahead of print]. 5 Goveia VR et al. Endotoxinas em instrumentais cirúrgicos de artroplastia do quadril. Rev. esc. enferm. USP [Internet]. 2016 June [cited 2018 May 30]; 50 (3): 405-410. Available from: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342016000300405&lng=en. Prof. Dr. Rafael Queiroz de Souza é especialista em Enfermagem Cirúrgica pelo Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), em Enfermagem em CC/ RA/CME pelo Centro Universitário São Camilo, pós-doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisador e docente de cursos de graduação e pós-graduação lato e strictu sensu. FORA DA PROFISSÃO P ercorrer cerca de 60 quilômetros em algumas pou- cas horas é parte da rotina da coordenadora de Centro Cirúrgico, Carla Mozer, que também é pro- fessora universitária do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo Espírito Santo. Carla mora em Cachoeiro do Itapemirim (ES) e a rotina de trabalho, segundo a enfermeira, “traz uma carga de estres- se que precisa ser retirada todos os dias. Sempre gostei de praticar atividade física, mas academia nunca me motivou a estar em forma. Já pratiquei natação, kung fu, futsal e, em- bora eu continue na corrida, o ciclismo surgiu como alter- nativa para me manter em movimento ao mesmo tempo em que me revigorava”. Ela conta que iniciou na modalidade mountain bike há dois anos e nunca mais largou. Carla faz treinos de 15 km de cor- ridas de rua durante a semana e cerca de 40 km no pedal nos fins de semana. “Nosso grupo chama-se ‘Superação’ e nosso objetivo é pedalar para relaxar, manter a forma e dar boas risadas. Por meio do ciclismo, viajamos para várias ci- dades, a fim de participar de eventos que nos proporcio- nem fotos com lindas paisagens e boa comida para repor as energias”, conta. “Conhecer cantinhos onde nenhum carro pode chegar tor- na tudo muito mais especial. Todas essas peculiaridades proporcionam um nível de relaxamento mental muito favo- rável à profissão da Enfermagem, pois quando estou peda- lando mantenho minha mente ocupada em apreciar o pas- seio e as paisagens, sentir o vento no rosto, o frio da chuva SOBECC com Você 31 Pedal como estilo de vida Ciclismo proporciona exercício completo para o corpo, ajuda a ter disciplina e constância nos objetivos. e respirar adequadamente para fazer meus músculos terem o melhor desempenho possível. Quando finalizo uma pro- va é a melhor recompensa. Sinto a melhor sensação de de- ver cumprido, ou melhor, de mais uma meta atingida”, des- taca Carla. A ciclista não participa de competições, mas de eventos de ciclismo. Como ela já disse, ciclismo tem a ver com supe- ração. Carla conta que em um evento, um homem com amputação do membro inferior esquerdo, pedalou longa distância levando seu pequeno filho na garupa. “Fiquei sur- preendida que não há limites ou dificuldade para alguém determinado”, afirma. Para quem deseja iniciar no mountain bike, Carla avisa: “é essencial manter uma rotina de treinamento, com interva- los de alto esforço físico, para evoluir a musculatura, prin- cipalmente dos membros inferiores. A modalidade te leva a uma superação constante, porém é muito compensador”. Carla Mozer SOBECC com Você BEM-ESTAR O estresse é um injustiçado. Ouvimos diariamen- te as pessoas se queixando de que “estão es- tressadas” de tanto trabalhar, que alguém teve um esgotamento devido ao estresse, ou que a vida na cidade grande é muito estressante. Mas ninguém diz que tirou férias e ficou estressado com tantas coisas lindas que viu, ou está estressada porque vai a uma festa, ou teve um estresse maravilhoso porque seu neto nasceu. Em outras palavras, costumamos pensar que estresse é algo ruim. Não. Ele é uma reação do organismo a mudan- ças no ambiente, qualquer mudança, tanto as agradáveis quanto as desagradáveis. Estresse: parte da vida Estresse é uma reação natural do organismo a qualquer alteração no ambiente; a continuidade do estresse, essa sim, pode trazer problemas (e muitos) para a pessoa. SOBECC com Você32 Júlia Burin, psicóloga e responsável técnica da Clínica de Saúde Estação PSI, explica que o estresse é uma reação de alerta do organismo, que nos prepara para lidar com o im- previsto, seja bom ou ruim. “O estresse nos prepara para a ação, aumenta a irrigação do cérebro, nos faz racioci- nar mais rapidamente”, explica Júlia Burin, “e isso serve tan- to para situações ruins quanto boas”. Se achamos que es- tamos em perigo, ficamos estressados. Se uma coisa boa acontece, também ficamos estressados. “O problema”, explica Júlia, “é que quando ficamos estres- sados o tempo todo, sem parar, isso tem consequências ruins para o organismo”. Tensão ininterrupta O estresse nos prepara para agir, mas se tentamos ficar “preparados para agir” o tempo todo, isso acaba por es- gotar nossas energias. “As consequên- cias do estresse continuado são físicas e emocionais”, explica Júlia. Dores de cabeça, insônia, pressão alta, excesso ou falta de apetite, irritabilida- de, fobias, urticária, tudo isso pode ser consequência do estresse continua- do. O organismo precisa ter intervalos entre os períodos de estresse, para se recuperar. O que ocorre é que, na correria da vida moderna, entre tan- tos compromissos, tanta ansiedade para realizar as tarefas, as pessoas ficam em um estado de estresse constante, que vai causando distúrbios. As pessoas, muitas vezes, não per- cebem seu estado emocional, mas só os sintomas físicos que aparecem. Segundo Júlia, geralmente é quando o desconforto com esses sintomas fica insuportável que as pessoas percebem que há algo errado. “As pessoas costumam sofrer por muito tempo antes de procurarem ajuda”, diz Júlia, “mas é um so- frimento prolongado e desnecessário”. Prevenção Para evitar que o estresse se acumule e traga danos, pode- -se preveni-lo de maneira simples: • Dormir o suficiente – a falta de sono suficiente e de quali- dade impedem que o organismo se recupere para um novo dia de trabalho; • Alimentar-se bem– separar tempo para as refeições e fa- zer uma alimentação balanceada também ajuda e muito; • Atividade física – é um grande auxílio para diminuir o es- tresse e liberar substâncias que garantem o bem-estar; não se trata de exercício físico pesado, mas uma simples cami- nhada diária pode ser suficiente; • Ter momentos de prazer e relaxamento – brincar com os filhos, bater papo, ver a novela preferi- da, sair com os amigos etc; • Fazer Psicoterapia – um terapeuta é uma ajuda bem-vinda, é alguém que vai dar apoio para você se cuidar. Parecem conselhos óbvios, mas é muito fácil se descuidar para dedicar- -se exclusivamente ao trabalho e aos compromissos. Estressores A psicologia chama de “estressores” os fatores que causam estresse: pode ser um superior exigente, uma dívida, um ambiente ruidoso, ou coisas boas como uma viagem ou um casamento marcado. Segundo Júlia, é preciso tentar administrar esses estressores, e buscar lidar com eles de forma que não causem tanta tensão. “Digamos que eu perceba que dirigir me deixa ten- sa”, exemplifica Júlia, “nesse caso eu poderia adminis- trar essa situação saindo mais cedo de casa, ou indo de transporte público, ou passando a ouvir uma música calma ao volante, são formas de tentar administrar essa tensão ao volante”. Muitas vezes, a pessoa não consegue sair do ciclo de estresse sozinha. “Quando a fonte do estresse é inter- na, como nossos próprios medos e pensamentos”, diz Júlia, “o melhor caminho é fazer psicoterapia, que é como convidar alguém para cuidar de mim, junto comi- go, porque sozinha não estou conseguindo fazer as mu- danças que preciso”. 33 As pessoas, muitas vezes, não percebem seu estado emocional, mas só os sintomas físicos que aparecem SOBECC com Você RESENHA Autora: Maria Julia Paes da Silva Editora: Loyola Páginas: 128 Edição: 2016 O bra curta e de fácil leitura, “No caminho: frag- mentos para ser o melhor” é um livro sobre a valorização da vida, da existência do ser, sob o olhar consciente de que a morte faz com que a vida importe. A autora traz reflexões, a partir de suas histórias pessoais compartilhadas no livro, que a vida pode ser bem vivida quando se assume o compromisso de desenvolver a cons- ciência do caminho que se escolheu, e assumir para si o compromisso de fazer o seu melhor todo dia, para ser a melhor versão de si e evoluir nesse caminho. O livro leva a observações que sugerem ao leitor refletir so- bre a sua vida, partindo de pontos como a volatilidade dos pensamentos e das emoções, da finitude do corpo físico e a importância da própria vontade. Como reflete a autora, “ainda que o fato físico da morte nos destrua, a consciência sobre ela nos salva, pois sua possibilidade transforma a ma- neira como se vive a vida”. Estar vivo é ter a certeza de que um dia estará morto. E en- tre essas duas datas, pode-se fazer o melhor todos os dias, para ser o melhor, afinal é isso que mais importa nesta vida. No caminho: fragmentos para ser o melhor SOBECC com Você34 Desinfecção de alto nível PERASEPTIC® 0,2% A certeza da segurança e eficácia em sua desinfecção de alto nível. Fácil utilização – Solução Pronto Uso É Biodegradável e não deixa resíduos Não tóxico, não irritante, não corrosivo Possui estabilidade de até 40 dias,* mensurado pela fita LabTest APA Substitui o glutaraldeído Compatível com a maioria das matérias primas* PERASEPTIC 0,2% é um desinfetante de alto nível, pronto uso com os melhores níveis de segurança para usuário, materiais médicos e meio ambiente. *consultar catálogo técnico para maiores informações de estabilidade e materiais compatíveis. ATENDE: RDC 63/2011 RDC 35/2010 VANTAGENS DO PERASEPTIC 0,2%: NOVO www.labnews.ind.br | contato@labnews.ind.br Siga-nos em nossas mídias sociais Fábrica Rua Ademar Bombo, 165 Pq. Industrial - Mogi Guaçu - SP Fone comercial: +55 (11) 3274 1186 / +55 (11) 3275 1166
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