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Editorial 4 Bem-vinda, nova presidente! Agenda 6 Programação de eventos Revista SOBECC 6 Artigos publicados na edição de setembro de 2017 Giro de notícias 7 Destaques da SOBECC Nacional Especial 11 13º Congresso Brasileiro de Enfermagem Entrevista 20 Profissional desenvolve instrumento personalizado para enfermeiros avaliarem riscos de complicações no pós-operatório AORN 24 Lesão por Pressão: uma abordagem prática para a segurança do paciente Fora da profissão 26 Acrobacia aérea em tecido: mais do que uma atividade física Bem-Estar 28 Para a saúde do coração, vinho Resenha 30 Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde nesta edição ERRATA Edição nº 15 (jul/ago/set 2017), p. 7 Na nota com título II Simpósio em CME do Vale do São Francisco. Ao contrário do que foi publicado, o simpósio foi organizado pela enfermeira do Hospital Unimed de Juazeiro, Larissa Moreira, tendo a participação das enfermeiras da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), Tangra Carvalho, do Hospital Universitário de Petrolina, Vanicleide Sá, e da ex-vice-presidente da SOBECC Nacional, Ligia Garrido Caliccio. Na foto, a legenda correta é a seguinte: Da esq. para direita. Tangra Carvalho, Larissa Moreira, Vanicleide Sá e Lígia Garrido. EXPEDIENTE Diretoria da SOBECC — Gestão 2017-2019 Presidente: Giovana Abrahão de Araújo Moriya • Vice-presidente: Marcia Cristina Pereira de Oliveira • Primeira-secretária: Andréa Alfaya Acunã • Segundo- secretário: Rafael Bianconi • Primeira-tesoureira: Maria Lucia Leite Ribeiro • Segunda-tesoureira: Ana Lucia Gargione Sant´Anna • Diretora do Conselho Fiscal: Marcia Hitomi Takeiti • Membro do Conselho Fiscal: Liraine Laura Farah • Membro do Conselho Fiscal: Cecília da Silva Ângelo • Diretora da Comissão de Assistência: Simone Garcia Lopes • Membro da Comissão de Assistência: Juliana Rizzo Gnatta • Membro da Diretoria da Comissão de Assistência: Thiago Franco Gonçalves • Diretora da Comissão de Educação: Vanessa de Brito Poveda • Membro da Diretoria de Educação: Debora Cristina Popov • Membro da Comissão de Educação: Wagner Aguiar Junior • Diretora da Comissão de Publicação e Divulgação: Rachel de Carvalho • Membro Comissão de Publicação e Divulgação: Rita Catalina Aquino Caragnato • Membro da Comissão de Publicação e Divulgação Maria Belén Salazar Posso • Diretora de Eventos Regionais: Soraya Palazzo Órgão oficial da Associação Brasileira de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de material e Esterilização (SOBECC Nacional). Comissão de Publicação e Divulgação – Diretora: Dra. Rachel de Carvalho - Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE) • Membros – Dra. Rita Catalina Aquino Caragnato - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Dra. Maria Belén Salazar Posso - Faculdade de Pindamonhangaba (FUBVIC) Equipe Técnica — Coordenação: Sirlene Aparecida Negri Glasenapp • Redação: Andrea Fagundes (MTb 40.376) e Evelina Fyskatoris (MTb 46.219) • Pauta: Enf. Rafael Bianconi • Revisão: Profa. Dra. Rachel de Carvalho • Projeto Gráfico e Produção Gráfica: Ivan Goersch • Secretaria: Maria Elizabeth Jorgetti e Claudia Martins Stival • Tiragem: 6.000 exemplares • Impressão: Cillpress Gráfica e Editora A SOBECC com Você é uma publicação trimestral da SOBECC Nacional, dirigida a profissionais de Enfermagem do Bloco Operatório, com o objetivo de divulgar informações sobre boas práticas de assistência de Enfermagem. A reprodução parcial ou total de qualquer matéria desta edição só é permitida mediante autorização. Rua Vergueiro 875 • cj. 64 • Liberdade • 01504-001 • São Paulo • SP CNPJ: 67.185.215/0001-03 Fone: (11) 3341-4044 • www.sobecc.org.br CONTATO, DÚVIDAS E SUGESTÕES: sobecc@sobecc.org.br SOBECC com Você 3 Giovana Abrahão de Araújo Moriya Presidente SOBECC Nacional Gestão 2017/2019 Novo ciclo! Este é meu primeiro editorial como presidente da SOBECC Nacional. Sinto-me muitíssimo honrada por terem me conferido a importante missão de estar à frente da SOBECC Nacional, conti- nuando o legado de 33 anos da Associação, na gestão 2017-2019. Os desafios para 2018 continuam. A Enfermagem está em cons- tante evolução. Mas, estamos com você, auxiliando a alcançar a excelência da prática clínica e o empoderamento do enfermeiro, seguindo o nosso compromisso ético-profissional de prestar assis- tência à saúde de qualidade e de respeito ao ser humano. Foram muitas conquistas da SOBECC Nacional ao longo dessas três décadas. Uma das mais valiosas para a Enfermagem é a obra “Diretrizes Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde”, antes denominada “Práticas da SOBECC”, que contém orientações baseadas em evidências científicas para a melhor assistência de Enfermagem. A nova edição foi lançada em setembro, durante o 13º Congresso Brasileiro de Enfermagem. Sobre o evento, a revista traz uma matéria especial e também a resenha das Diretrizes. Com a evolução da Enfermagem se faz necessária a produção de conhecimento cientifico. Foi com esse objetivo, que a Mestre Mariangela Belmonte Ribeiro desenvolveu um novo instrumento para avaliar riscos e complicações de pacientes no pós-operatório, otimizando a atuação do enfermeiro. Leia mais na seção “Entrevista” sobre a sua dissertação de mestrado. A Association periOperative Registered Nurses (AORN) publicou um dado alarmante sobre lesões por pressão e que merece atenção. Veja na seção “AORN”. O começo de novo ano traz várias motivações. Se tem nos planos iniciar alguma prática de atividade física, já pensou em tecido acro- bático? Além de proporcionar benefícios para o corpo, a modalida- de pode ser aplicada como técnica pedagógica para retratar assun- tos de saúde. Confira a história da enfermeira Gabriela Spagnol em “Fora da Profissão”. Para você, consumir vinho é apenas socialmente? Uma pesquisa re- cente aponta que consumir 200 ml (ou 1 taça) de vinho branco ou tinto diariamente faz bem à saúde do coração, ajudando na preven- ção da aterosclerose. Saiba mais sobre o estudo em “Bem-Estar”. Aproveitando este espaço, desejamos um 2018 próspero, com mui- tos motivos para sorrir e ser feliz, e que a vida seja bem vivida como você deseja. Boa leitura e Feliz Ano Novo! Giovana Abrahão de Araújo Moriya Presidente SOBECC Nacional Sinto-me muitíssimo honrada por terem me conferido a importante missão de estar à frente da SOBECC Nacional. EDITORIAL SOBECC com Você4 Data: 31 de outubro a 2 e novembro de 2018 Local: Cidade do México – México Informações: http://wfhss.com 19° CONGRESSO MUNDIAL DE ESTERILIZAÇÃO WFHSS Data: 3 e 4 de fevereiro de 2018 Local: Ircad América Latina – Barretos, SP Informações: www.ircadamericalatina.com.br CURSO DE INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA MINIMAMENTE INVASIVA Data: 28 de abril de 2018 Local: Univers. de Taubaté (UNITAU) – Taubaté, SP Informações: www.sobecc.org.br I JORNADA CIENTIFICA DE BLOCO OPERATÓRIO DO VALE DO PARAÍBA Data: 6 e 7 de julho de 2018 Local: Auditório Hospital São Paulo – Teresina, PI Informações: www.sobecc.org.br I JORNADA CIENTÍFICA DO NORDESTE DE BLOCO OPERATÓRIO Data: 24 a 28 de março de 2018 Local: Ernest N. Morial Convention Center New Orleans, EUA Informações: http://events.jspargo.com/ AORN18/Public/enter.aspx AORN GLOBAL SURGICAL CONFERENCE & EXPO 2018 11º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADO À ASSISTÊNCIA À SAÚDE Data: 29 a 31 de agosto de 2018 Local: Palácio das Convenções do Anhembi São Paulo, SP Inscrições: www.sobecc.org.br AGENDA REVISTA SOBECC Artigos online Confira os artigos científicos que estão na edição de dezembro da Revista SOBECC. Para acessar os artigos, digite no seu navegador www.sobecc.org.br, clique na aba Publicações > Revista SOBECC-SEER/OJS. Faça o seu cadastro se ainda não tiver), com login esenha, e acesse todos os artigos científicos publicados. • Desenvolvimento e avaliação de ambiente virtual de aprendizagem para capacitação em hiperter- mia maligna • Conhecimento dos profissionais de Enfermagem de centro cirúrgico sobre hipotermia em pacientes cirúrgicos oncológicos • Cirurgia abdominal de alta complexidade – crité- rios de definição e escolha dos equipamentos pela equipe multiprofissional • Atitudes dos enfermeiros de CC diante da sistematiza- ção da assistência de enfermagem perioperatória • Avaliação da efetividade da intervenção com ma- terial educativo em pacientes cirúrgicos: revisão integrativa literatura • Complicações na sala de recuperação anestési- ca, avaliação dos fatores de riscos e intervenções: revisão integrativa • Cancelamento de cirurgias: uma revisão integrativa da literatura • Competências relacionadas à segurança do paciente: uma revisão integrativa SOBECC com Você6 http://events.jspargo.com/AORN18/Public/enter.aspx http://events.jspargo.com/AORN18/Public/enter.aspx No mês de dezembro, a convite do Instituto Ética Saúde, a SOBECC Nacional se tornou asso- ciada e membro do Conselho Consultivo. A Associação contribui- rá com as atividades, por meio de aconselhamento do Conselho de Administração e do Conselho de Ética, difu- são das atividades do Instituto e colaboração com as iniciativas da entidade. O Instituto Ética Saúde visa o fortalecimento de um ambiente de negócios ético e transparente na comercialização de produtos para saúde (PPS), con- gregando empresas, institui- ções e pessoas físicas, com a proposta e o compromis- so de criar, voluntariamen- te, regras para a prevenção de corrupção no setor da saú- de. Para saber mais sobre o instituto, acesse: www.eticasaude.org.br. Instituto Ética Saúde Da esq. para dir.: Giovana A. A. Moriya e Ana Maria Miranda Conale 2017 A presidente da SOBECC Nacional, Giovana Abrahão de Araújo Moriya, marcou presença no 2º Congresso Nacional de Limpeza e Esterilização – CONALE 2017, promovido pelo Núcleo de Assessoria, Capacitação e Especialização em CME (NasceCME), participando da sessão de encerra- mento das atividades do evento. O congresso foi realizado de 27 a 30 de novembro e no dia 1º de de- zembro, em formato totalmente online e gratuito. A presidente parabenizou a iniciativa e agradeceu o convite e a oportunidade de inserir a SOBECC em importante evento. Avaliação do 13º Congresso Brasileiro de Enfermagem Visando sempre a excelência da programação técnico- -científica dos eventos, a SOBECC Nacional tradicio- nalmente pede para que os participantes respondam um questionário para medir, principalmente, a qualida- de do conteúdo apresentado, a satisfação com os pa- lestrantes convidados e a carga horária. Dos 2.000 con- gressistas que estiveram no 13º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização, entre os dias 12 e 15 de setembro, em São Paulo, SP, 82% avalia- ram como excelente a grade científica; 56% classifica- ram como muito bom o desempenho dos palestrantes; 47% avaliaram como ótima a programação paralela; e 83% consideraram a carga horária boa. SOBECC com Você8 Comissão organizadora: da esq. para dir.: Nadja da Silva Ferreira, Maria de Fátima Alves, Maria de Fátima F. da Silva, Solange Queiroga Serrano, Carmen Silvia Arraes de A. Valença e Maria da Penha Carlos de Sá Encontro norte-nordeste em Centro Cirúrgico e Centro de Material e Esterilização III Treinamento Latino-americano em excelência na segurança do paciente Enfermeiros, técnicos e estudantes de Enfermagem se reuniram entre os dias 15 e 17 de novembro em Recife, PE, para participar do Encontro norte-nor- deste em Centro Cirúrgico e Centro de Material e Esterilização, que contou com o apoio da SOBECC Nacional. Com tema central “Tecnologia, Competência e Segurança: Desafios para as boas práticas da Enfermagem Perioperatória”, a ampla programação do evento foi dividida em conferências, palestras, mesas-redondas, simpósios- -satélites e feira tecnológica, para ex- posição das novidades para a área. Organizado pela SOBECC Nacional para os profissionais de vendas da 3M da América Latina, o III Treinamento Latino- americano em excelência na segurança do paciente, realizado na capital paulis- ta de 20 a 24 de novembro, contou com programação teórica e prática, que in- cluiu como metodologia de ensino a si- mulação realística, para melhor fixação do conteúdo. Com cenário específi- co para as necessidades dos participan- tes, a simulação ocorreu no Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês (IEP). Complementando o treina- mento, foi realizada uma visita técnica ao Centro Cirúrgico e Centro de Material e Esterilização do Hospital Santa Catarina. GIRO DE NOTÍCIAS SOBECC com Você 9 GIRO DE NOTÍCIAS 18º Congresso Mundial de Esterilização do WFHSS De 4 a 7 de outubro, a cidade de Bonn, na Alemanha, foi sede do 18º Congresso Mundial de Esterilização promovido pelo World Federation for Hospital Sterilisation Sciences (WFHSS), reunindo cerca de 1900 congressistas de vários países. A comitiva brasi- leira contou com a participação de 68 profissionais. Participaram do congresso a presidente e a direto- ra do Conselho Fiscal da SOBECC Nacional, Giovana Abrahão de Araújo Moriya e Marcia Hitomi Takeiti, respectivamente, projetando a Associação no cená- rio mundial das melhores práticas de esterilização. Na oportunidade, a palestrante brasileira, Heloísa Helena Karnas Hoefel, compartilhou conhecimentos destacando o Brasil entre os países com renomados especialistas. Um dos grandes momentos do evento foi a premiação dos trabalhos apresentados, no formato Pôster. Dos 59 trabalhos que concorreram, 19 eram de autores brasileiros. Entre os vencedores, o Pôster com o tema “Utensílios sanitários para uso seguro: compa- ração entre métodos de limpeza e desinfecção”, das autoras Carmen Eulalia Pozzer, Marcia Arsego, Ivana Gottardo Rocha, Angélica Peres do Amaral, Heloisa Helena Karnas Hoefel, Rita Catalina Aquino Caregnato, de Porto Alegre, RS, ganhou em 2º lugar. 1. Da esq. para dir.: Andrea Alfaya Acunã, Marcia Hitomi Takeiti, Mara Lucia Leite Ribeiro e Giovana Abrahão de Araújo Moriya 2. Comissão de premiação entrega prêmio 2º Lugar – Pôster às autoras brasileiras Heloísa Helena K. Hoefel e Carmen Eulalia Pozzer 3. Comitiva brasileira com 68 integrantes 1 3 2 SOBECC com Você10 ESPECIAL Ética, competência e responsabilidade: atitudes indispensáveis ao enfermeiro 13º Congresso Brasileiro de Enfermagem Durante quatro dias, profissionais de Enfermagem de todo o país participaram do 13º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização, reali- zado no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, entre os dias 12 e 15 de setembro. A SOBECC Nacional trouxe para discussão este ano conceitos in- dispensáveis à boa prática dos enfermeiros sob o tema central “Preceitos norteadores da prática perioperató- ria: Ética, Competência e Responsabilidade”, que foi tratado em sua extensa programação científica. O primeiro dia de evento é sempre marcado pela cerimônia de abertura. Para abrir os diálogos entre debatedores e congressistas, a palestra musical “Sinfonia da saúde: cuidando de quem cuida”, com o maestro João Antônio Theodoro Nogueira, foi uma atração que propôs reflexão aos profissionais, fazen- do analogia do trabalho em equipe com o ritmo or- questrado dos músicos. A principal mensagem é que em todas as profissões há desafios e obstáculos no dia a dia, que devem ser superados em prol de um objetivo comum, o resultado. Para dar as boas-vindas aos participantes, subiram ao palco a especialista em Prática Perioperatória do Departamento de Enfermagemda Association of periOperative Registered Nurses (AORN), Mary C. Fearon, SOBECC com Você 11 o enfermeiro Mestre, representando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Diogo Penha Soares, a representante da Associação Paulista de Epidemiologia e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (APECIH), Dra. Adriana Maria Silva Felix, a presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (Coren-SP), Dra. Fabíola de Campos Braga Mottozinho, e a pre- sidente da SOBECC Nacional, gestão 2015-2017, Marcia Hitomi Takeiti. Ao atualizar os congressistas que o Brasil soma mais de dois milhões de profissionais de Enfermagem, sen- do no Estado de São Paulo mais de 500 mil enfermei- ros, Fabíola destacou que a classe precisa sentir orgu- lho da profissão e ser mais participativa nos debates. Refletindo sobre a palestra musical, Fabiola questionou a plateia: “Como está a relação de valorização da profis- são? Esses músicos mostraram que também enfrentam adversidades no dia a dia, têm pouco reconhecimento, mas trabalham em prol daquilo que acreditam. É isso. Precisamos ter orgulho de sermos enfermeiros”. Sobre o trabalho no dia a dia, ela ressaltou: “Reconheçamos o colega ao lado, reconheçamos nossas competências, responsabilidades e, sobretudo, nosso comprometi- mento com todo o ser humano, seja ele o assistido ou o profissional da equipe de saúde”. Marcia Takeiti, em seu discurso, lembrou os 33 anos de fundação da Associação, completados no dia 4 de setembro, contando um pouco da história que retra- ta o pioneirismo de enfermeiros que tiveram a preocu- pação em promover conhecimento técnico-científico para prover maior qualidade na assistência à saúde. Em 4 de setembro, a SOBECC completou 33 anos. Foi constituída em 1991 pelo pioneirismo de enfermeiros que se preocuparam em promover discussões acer- ca da enfermagem, desenvolver e divulgar pesquisas do bloco operatório. “A Enfermagem exerce papel vi- tal para a qualidade da saúde em geral. À medida que o nível de conhecimento da Enfermagem aumenta, melhor é a assistência. Apesar de esperado esse re- sultado, atingir o nível de excelência profissional e de atendimento assistencial exige grande esforço das ins- tituições de saúde, para que a Enfermagem seja capa- citada, bem como para construir uma cultura que seja focada na segurança do paciente”, assinalou. Dra. Fabíola de Campos Braga Mottozinho, presidente do COREN-SP SOBECC com Você12 ESPECIAL Empoderamento profissional Principais debates A palestra “Empoderamento profissional: aproveite os obstáculos e dê um salto na sua carreira", apre- sentada pela especialista dos EUA e representan- te da AORN, Mary C. Fearon, abriu a grade científi- ca. Ela comentou que o enfermeiro perioperatório exerce todos os dias impacto nas pessoas, salvan- do vidas ou chorando com a família. “Como enfer- meiros, sabemos que nossos cuidados protegem os pacientes de danos potenciais. Por isso, precisamos trabalhar o nosso melhor com uma equipe altamen- te confiável, porque somos a voz, os olhos e os ou- vidos dos pacientes quando estão mais vulneráveis. Nosso dever é garantir a segurança do paciente. Para isso, devemos ser implacáveis na busca da excelên- cia profissional. Uma falha pode ser catastrófica para o paciente”, ressaltou Mary. A especialista comparou o líder de Enfermagem com o maestro de uma orquestra. “Sugerimos que os pro- fissionais de saúde trabalhem harmoniosamente, usando as notas e os tempos certos para prestar a as- sistência ao paciente durante sua jornada no hospital”, disse a palestrante. Quanto ao cuidado com o paciente, Mary falou: “Nós devemos nos preocupar com os pacientes tão profun- damente quanto queremos bem os familiares, quem amamos, para devolvê-lo à família”, disse. Para a especialista, todos os dias os profissionais devem iniciar seu trabalho fazendo o melhor. “Enfermeiros devem ser destemidos na busca do perfeccionismo. Não deixe o medo influenciar o seu poder em exigir a segurança do paciente. Os enfermeiros periopera- tórios são os líderes da equipe cirúrgica, que inspira- ram, instruem e influenciam o ambiente, estimulando os colegas a prover os cuidados seguros”, assinalou. Ela citou um caso descrito no livro “The Checklist Manifesto”, do médico americano Atul Gawande, um grande especialista conhecido pela sua competência em reduzir erros, aumentar a segurança do paciente e melhorar a eficiência dos procedimentos cirúrgicos. “No The Checklist Manifesto, Gawande descreve muitos cenários em que erros de comunicação e erro humano contribuíram para resultados desastrosos aos pacien- tes. Ao ler o livro, percebi que estive em muitas situa- ções semelhantes às que ele descreve. O Dr. Gawande conta uma situação em que a Lista de Verificação de Cirurgia Segura salvou uma vida. Ele estava em um pro- cedimento para retirada de um tumor adrenal. Uma ci- rurgia difícil. Com muitos procedimentos realizados, o doutor estava confiante em fazer a cirurgia sem com- plicações. Cada membro da equipe cirúrgica se apre- sentou, o Dr. Gawande leu o roteiro da lista de verifica- ção e afirmou que esperava perda de sangue mínima. SOBECC com Você 13 O enfermeiro líder, na certeza de que o tumor pres- sionava a veia cava e que poderia haver perda de san- gue considerável, afirmou ter verificado com o banco de sangue a reserva de quatro bolsas para o pacien- te. Na cirurgia houve sangramento de perfusão e o pa- ciente perdeu um grande volume de sangue em cerca de 60 segundos. Teve uma parada cardíaca. A equipe controlou o sangramento e realizou a massagem car- díaca. O Dr. Gawande afirmou, então, que a Lista de Verificação de Cirurgia Segura ajudou a salvar a vida do paciente, com a prevenção do enfermeiro quanto ao uso das bolsas de sangue antes da cirurgia, assim como as possíveis intervenções. Uma vez que todos seguiram o processo de cirurgia segura, a equipe conseguiu tra- balhar mais efetivamente na situação de emergência”, contou Mary à plateia. Ela ressaltou: “Não podemos confiar em nossa me- mória e precisamos fornecer dados consistentes. Fiquei feliz que o médico reconheceu a importância da Lista de Verificação de Cirurgia Segura utilizada há anos pelos enfermeiros. Ele admitiu que trabalhou várias vezes com outras equipes que não realizavam esse processo. Somos seres humanos e, portanto, suscetíveis a erros”. A palestrante destacou a teoria do Queijo Suíço, proposta em 1990 por James Reason, quando es- tudou o erro humano, como aliada na segurança do paciente. “Erros geralmente não estão relacio- nados à falha técnica, falta de habilidade ou treina- mento. Mas, sim, a falhas no processo, no trabalho em equipe ou nas condições que levam os profis- sionais a cometerem erros”, disse Mary. Mary apontou, ainda, que falhas de comunicação fo- ram a principal causa de 65% dos eventos sentine- las em um levantamento da Joint Commission, entre 2004 e 2012. “A evidência mostra que não é suficiente ter habilidades técnicas. Competências não técnicas, como consciência situacional, tomada de decisão, li- derança, comunicação e trabalho em equipe são componentes críticos para execução de cuidados se- guros. Vale ressaltar que a comunicação efetiva entre os membros da equipe é importante para entender o plano cirúrgico de cada paciente”, disse a palestrante. Sobre isso, Mary afirmou: “Criar ferramentas para aju- dar a equipe a se comunicar de forma mais precisa di- minui o risco de erros”. Segundo a palestrante, uma nova Diretriz de Comunicação da AORN recomen- da que uma equipe multidisciplinar determine como, quando, onde, quem e o que será comunicado em cada transferência verbal de informações do paciente. Essa Diretriz de Comunicação será publicada no início de 2018 e fornecerá orientação baseada em evidên- cias para responder aessas perguntas. Mary concluiu: “Trabalhar em um time em que todos estão em sincronia total é como uma composição mu- sical maravilhosamente orquestrada. O enfermeiro líder é como o maestro, que coordena os demais membros dentro do Centro Cirúrgico. Cada membro precisa en- tender o seu papel e sua responsabilidade para alcan- çar um resultado cirúrgico seguro. Construir uma rela- ção de respeito e confiança entre os membros melhora a coordenação das atividades em equipe. Isso é o que chamo de equipe de alta confiabilidade”. De acordo com a especialista, a segurança vem com um compromisso contínuo e vontade de mudar. O comprometimento em implantar uma cultura de se- gurança do paciente nas atividades perioperatórias certamente reduzirá o risco de eventos adversos. “Você tem o poder de garantir a segurança do pacien- te”, finalizou Mary aos congressistas. SOBECC com Você14 ESPECIAL Comunicação assertiva em situações de conflito A palestrante, Profa. Dra. Maria Júlia Paes da Silva, ini- ciou a apresentação categórica: “Conviver com as pes- soas é o maior desafio de relacionamento”. Se você pa- rar para pensar, é um desafio em todos os níveis, seja com a família, os amigos ou os colegas de trabalho. Maria Júlia comentou: “Somos pessoas que gostamos de coisas diferentes do outro. Cada uma é diferente da outra, o que se torna muito desafiador quando se trata de trabalho em equipe. A realidade é que ninguém ama todo mundo, o que prevalece na relação de convivên- cia é o respeito. Somando a isso, outros fatores indivi- duais devem ser considerados no desafio de conviver em equipe, como o momento de vida e as próprias ca- racterísticas da personalidade das pessoas”. Na opinião da palestrante: “Para estar em uma equipe, é preciso compreender a necessidade de trabalhar e conviver com pessoas diferentes, que têm habilidades diferentes e que todas são importantes dentro do am- biente profissional. Caso os colegas tivessem as mes- mas habilidades que as suas, por que essa equipe pre- cisaria de você? Tão simples e difícil assim”, afirmou. Maria Júlia reiterou que o trabalho em equipe não é uma atividade para o profissional realizar sozinho: “Não pode haver competição. Não se trata de ga- nhar ou perder pessoalmente. Ou ganham todos ou perdem todos, porque estão juntos no mesmo time, lembrando que dados e fatos valem mais que juízos, opiniões ou suposições”. Segundo ela: “Pessoas que vivem em ambiente fecha- do estão mais propensas à quantidade de estímulos recebidos, muitos de competição. Enfermagem não se faz sozinha em qualquer contexto. O ato de cuidar é a vida, que é maior do que qualquer um de nós. Somos uma expressão da vida”. Em relação à comunicação com a equipe, Maria Júlia explanou sobre as situações de conflitos. “É impor- tante entender que uma pessoa não é só razão, ela também é emoção. Em uma comunicação conflitan- te, o que prevalece é a emoção, geralmente, partin- do para um diálogo defensivo”. Existem as chamadas barreiras não intencionais, como, por exemplo, não ouvir o colega, ou já pen- sar no que vai falar sem escutar a pessoa, explicar algo que não foi entendido e estar em uma conversa, mas com a mente em outro lugar. São desafios diá- rios que precisam ser treinados periodicamente para melhorar a comunicação em equipe. “Essas barreiras ocorrem porque, quando interagimos, não somos só informação. Existem estímulos e percepções diferen- tes, por exemplo”, disse a palestrante. SOBECC com Você 15 Ela levantou algumas questões: “Quando você está na equipe, tem treinado ouvir? Ou ouve já pensando no que vai responder, criando argumentos de defe- sa? Quando fala ou explica algo e pergunta se a pes- soa entendeu, ela diz que não, você aceita ou não, porque entende que acabou de se comunicar?”. Para essas questões, Maria Júlia comentou: “Quando você acaba de se comunicar e a pessoa não enten- deu, ela não está te vendo, não está te ouvindo. Está com o pensamento em outro lugar. É preciso com- preender que isso é humano e lembrar que não é pessoal. A maioria das pessoas não pratica mais a es- cuta. Lembre-se que em todo lugar existem pessoas difíceis. Mas, tenha em mente que a responsabilidade da comunicação é sua. Relacionar, comunicar, en- volve informações e sentimentos”. De acordo com a palestrante, treinar a concentração e a escuta em ambiente com barulho é outro exercí- cio que deve ser praticado periodicamente. “Em um Centro Cirúrgico barulhento, você pode achar que escutou algo e concordar com o que não entendeu. Isso compromete o trabalho e a segurança do pa- ciente. O barulho causa perda de foco”, disse. Segundo Maria Júlia: “Não há vítima na sala de opera- ção. Cada um deve entender que é responsável pela forma como envia a mensagem”. Para melhor asser- tividade da comunicação no trabalho, ela destacou: “Há pessoas diferentes, difíceis e que não se pode controlar. Por isso, tenha cuidado com as generaliza- ções. Temos a tendência de não achar uma pessoa legal por um comportamento que discordamos. Se generalizarmos isso, perdemos a razão. Sem dúvida, esse colega tem outras facetas boas. É preciso ser sensível, ele trabalha com você no seu time. Quando alguém disser que não entendeu, seja humilde e re- pita. Ajude. Tente ouvir. Deixe a mensagem clara para a pessoa. Em um diálogo, evite gestos de distração, como falar ao mesmo tempo no celular. Algumas pessoas perdem o fluxo do raciocínio e outras têm a percepção que é uma absoluta desatenção. Também não interrompa o colega que está falando. De novo, ouça. Se o momento não for o melhor, diga isso. Em uma comunicação, foque sempre no ponto da men- sagem, seja objetivo”. “Existe um código humano de que na comunicação as pessoas querem ser olhadas, terem atenção. Se isso não ocorre, a pessoa sem sente desvalorizada. O contato visual é muito importante na mensagem”, apontou Maria Julia. Em situações que você não concordar com o cole- ga, a dica da palestrante: “Não é preciso concordar para ouvir. A melhor forma de entender o que está sendo falado é sempre ouvindo. Ouvir não significa concordar. E quando discordar, não desqualifique as pessoas. Discorde com argumentos, apontando ou- tros aspectos, lembrando que não se deve levar para o lado pessoal. Uma equipe saudável busca entendi- mento, não culpados”, disse. Diálogo em equipe: o contato visual é muito importante na mensagem SOBECC com Você16 Mais de 2.000 congressistas circularam na Exposição Tecnológica, que apresentou pro- dutos e lançamentos da indústria da saúde para os enfermeiros. A atleta transplantada do coração, Patrícia Fonseca, emo- cionou a plateia contando a sua incrível história. Ela espe- rou 30 anos pelo coração, e as várias vezes que esteve hos- pitalizada, os enfermeiros faziam toda a diferença no seu dia. “Os Enfermeiros fazem a diferença para o paciente”, disse. ESPECIAL Além dos 14 temas apresentados para debates na Grande Plenária, em formato de palestras e talk- -shows, o congresso contou com 23 sessões de simpósio-satélite e, ainda, com uma programa- ção paralela, com oficinas e outras palestras. Durante o tradicional coquetel de boas-vindas, a SOBECC Nacional anunciou o lançamento das Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde, que foi sucesso de vendas durante o evento. No último dia, a diretoria da SOBECC Nacional recebeu para a festa de confraternização enfermei- ros, expositores e convidados, para comemorem o encerramento do 13º Congresso Brasileiro de Enfermagem. Todos vestiram as suas fantasias mais criativas e se divertiram, fechando o evento com grande animação. Veja galeria de fotos da festa (p. 19). SOBECC com Você 17 Aconteceu SOBECC com Você18 Premiação dos trabalhos A SOBECC Nacional recebeu 286 resumos que foram avaliados pela Comissão de Temas Livres.No último dia do evento, concorreram ao Prêmio de 1º, 2º e 3º lugares e o de Menção Honrosa 193 trabalhos na categoria e-Pôster. Veja os trabalhos vencedores. E-pôsteres premiados 1º lugar Goma de mascar mentolada no manejo do desconforto da sede pré-operatória Código do trabalho: 2184 Autoras: Aline Korki Arrabal Garcia e Lígia Fahl Fonseca Instituição: Universidade Estadual de Londrina (UEL) 2º lugar Utensílios sanitários para uso seguro: comparação entre métodos de limpeza e desinfecção Código do trabalho: 2191 Autores: Carmen Eulália Pozzer, Célia Rabaioli, Taylor Moura, Heloisa Helena Karnas Hoefel, Luzia Fernandes Milão e Rita Catalina Aquino Caregnato Instituições: Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) Apresentação e-Pôster Banho pré-operatório na prevenção de infecção cirúrgica: revisão sistemática e metanálise Código do trabalho: 2262 Autoras: Lucia Maciel de Castro Franco, Glaucia Fernandes Cota, Tatiana Saraiva Pinto e Flávia Falci Ercole Instituições: Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Centro de Pesquisas René Rachou - Fundação Oswaldo Cruz (MG) Menção honrosa3º lugar Padronização das intervenções de Enfermagem no Centro Cirúrgico de um hospital escola Código do trabalho: 2456 Autoras: Rayanne Azevedo de Farias Araújo, Camila Cunha de Macedo, Valeska Galdino da Silva, Tainah Neri Correia Campos, Quenia Camille Soares Martins Instituição: Hospital Universitário Ana Bezerra, Santa Cruz (RN) Leonel Alves do Nascimento, ladeado por Marcia Hitomi Takeiti, Giovana Abrahão de Araújo Moriya e Simone Garcia Lopes, recebe prêmio representando autoras ESPECIAL SOBECC com Você 19 Festa de Confraternização Instrumento personalizado para enfermeiros de SRPA Modelo foi elaborado para avaliar riscos de complicações no pós- operatório, com fácil classificação e indicação das intervenções Segundo as Diretrizes Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde, da SOBECC Nacional, “Autores destacam a importância de prevenir as ocorrências de complicações em Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), muitas das quais podem ser evita- das pela detecção precoce de sinais e sintomas com uma monitorização adequada. Para avaliar as condições dos pacientes com foco na prevenção de possíveis complica- ções no pós-operatório imediato, é recomendado realizar o exame físico no paciente no momento da sua admis- são na SRPA”. Ao longo de sua atuação como enfermei- ra de SRPA, na qual recebia pacientes que necessitavam cada vez mais de cuidados de alta complexidade, a enfer- meira Mestre Mariangela Belmonte Ribeiro, ficou motiva- da em construir uma nova escala para avaliar os riscos de complicações na SRPA, com propostas de intervenções de Enfermagem, e que esse instrumento fosse de fácil utiliza- ção e mais eficaz para a equipe de enfermeiros, sendo essa a investigação da sua dissertação de mestrado em 2015. SOBECC: Por que desenvolver um novo instrumento de avaliação de riscos e complicações na SRPA? Mariangela Belmonte Ribeiro: É responsabilidade dos enfermeiros de SRPA receber os pacientes e conhecer o seu histórico e, assim, traçar um plano de cuidado. Para isso, alguns instrumentos de avaliação são disponíveis, como as escalas para a avaliação da dor e a escala de Aldrete e Kroulik, que menciona parâmetros fisiológicos relacionados com escores, por índices pré-estabelecidos SOBECC com Você20 ENTREVISTA Escalas estão voltadas ao modelo biomédico e não há nenhuma específica que atenda as necessidades dos cuidados de Enfermagem. para avaliar a evolução de alta do paciente, segundo: ati- vidade, respiração, circulação, consciência e saturação, sendo as mais utilizadas. No entanto, todas essas escalas estão voltadas ao modelo biomédico e não há nenhuma específica que atenda as necessidades dos cuidados de Enfermagem. Atuando por anos na SRPA, observei a es- cassez de trabalhos publicados referentes à área, com enfoque na segurança do paciente. Avaliei, então, que existe uma lacuna em relação à existência de um instru- mento mais aperfeiçoado para a Enfermagem avaliar os riscos de complicações desenvolvidas nos pacientes, no pós-operatório imediato. SOBECC: Como chegou ao desenvolvimento do novo instrumento? Mariangela: Para propor um novo instrumento para avaliar riscos de complicações com sugestões de inter- venções de Enfermagem foi realizada uma revisão in- tegrativa na literatura, a fim de identificar as principais complicações na SRPA. De acordo com o levantamen- to feito, as principais complicações na SRPA encontra- das foram: pulmonares, respiratórias e cardiovasculares, somando a dor. Reuni e sintetizei resultados baseados em evidências científicas. Os levantamentos bibliográfi- cos foram feitos em periódicos internacionais e nacio- nais, publicados entre 2004 e 2014. Exclui artigos que não apresentavam resumo ou que não foram disponibili- zados na íntegra, e também pesquisas de complicações com crianças. Revisei e coletei dados, os mais relevantes descritos em cada artigo, relacionados às complicações e seus riscos. Esses dados foram submetidos à avalia- ção e aplicação de análises estatísticas, servindo de base para formulação de um questionário. Foram encontra- das 14 complicações possíveis de acontecer e os fatores de risco referentes a cada uma delas. SOBECC: Quais são as 14 complicações encontradas? Mariangela: As complicações mais frequentes encontra- das nos estudos são: hipotermia, hipoxemia, edema pul- monar, apneia, tremores, náuseas e vômitos, retenção urinária, alterações do ritmo cardíaco, hipertensão arterial sistêmica, hipotensão, obstrução e depressão respiratória, sangramento, dor e posicionamento cirúrgico. Os riscos identificados em cada complicação foram transformados em perguntas simples, para respostas sim ou não. A soma das respostas positivas, valendo um ponto cada, foram somadas e classificadas para a complicação em: baixo, médio e alto risco. Com base nisso, foi elaborada a escala de cores para cada complicação e as intervenções sugeri- das baseadas nas “Práticas Recomendadas da SOBECC e em NOC NIC em NANDA” (ver ilustração na p. 20). SOBECC: Como avalia o novo instrumento? Mariangela: O novo instrumento ainda não está em uso. O próximo passo será a sua validação. Acredito que será uma potente ferramenta para o enfermeiro de SRPA identificar os riscos e as complicações precocemente e mais assertivamente, podendo iniciar as intervenções de Enfermagem de forma mais segura. Mariangela Belmonte Ribeiro é mestre em Enfermagem pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em Centro Cirúrgico e Recuperação Anestésica pela Universidade de São Paulo (USP) e atua no CME do Hospital Moriah. SOBECC com Você 21 Lesão por Pressão: uma abordagem prática para a segurança do paciente Todos os anos, 2,5 milhões de pacientes desenvolvem uma lesão por pressão e, como resultado, 60 mil morrem Todos os anos, 2,5 milhões de pacientes desenvolvem uma lesão por pressão e, como resultado, 60 mil des- ses pacientes morrem. “Estes números são impressionantes”, observa Lisa Spruce, diretora da AORN em prática perioperatória baseada em evidências. "Queremos garantir que es- tamos fazendo todo o possível para atingir o maior número de enfermeiros perioperatórios, com as reco- mendações baseadas em evidências que moldamos para reduzir o risco de lesões por pressão, entre ou- tras práticas perioperatórias de alto risco que podem prejudicar os pacientes. Este objetivo levou a AORN a lançar uma série de workshops presenciais para implementação das Diretrizes, fornecendo uma abordagem atual para en- tender as práticas baseadas em evidências, tendo comofoco a preocupação sobre segurança específica, trata- da nas Diretrizes da AORN para Prática Perioperatória, como a recente obra atualizada da AORN “Orientação sobre o Posicionamento do Paciente”, que contem- pla práticas que podem reduzir o risco de lesões por pressão. De acordo com Spruce, "compreender a prá- tica baseada em evidências por meio da aprendiza- gem prática é um método eficaz para ajudar os enfer- meiros a manter o conhecimento". Ela promoveu esse método, em colaboração com os autores, nos workshops de implementação das Diretrizes da AORN, que foram realizados em novem- bro por todos os EUA. Cada workshop abordou um dos seis tópicos identifica- dos pelos membros da AORN, que apresentavam as prá- ticas mais difíceis. Esses tópicos incluíram: • Prevenção de hipotermia; • Selantes de tecido e agentes hemostáticos; • Processamento de endoscópios flexíveis; • Prevenção de lesões por pressão; • Prevenção de itens cirúrgicos retidos; • Antissepia cutânea. Os workshops também promoveram tempo para network entre os profissionais, para troca de conheci- mentos sobre as estratégias que estão sendo aplicadas, e com os representantes da indústria, para aprendizado sobre as tecnologias do mercado, abordando as reco- mendações das diretrizes. “Foi como uma mini Expo”, diz. “Para os enfermeiros que estavam enfrentando desafios com uma prática específi- ca, esses workshops ofereceram a oportunidade de apri- morar os conhecimentos e os recursos necessários para implementação da segurança na prática. SOBECC com Você22 AORN Exemplos de abordagens nos workshops para a implementação das Diretrizes: • Um teste simplificado para um item cirúrgico retido com a equipe perioperatória e um júri representado pelos participantes, para entender o que falha na prática recomendada, resultando no item cirúrgico retido. • Diálogo com um autor das Diretrizes para entender como a evidência foi selecionada e avaliada para elaborar uma recomendação de prática e para aprender mais sobre o conjunto atual de evidências que abordam o tópico específico de segurança perioperatória. • Colaboração em equipe entre grupos de participantes para tratar de um erro de segurança comum, com base nas recomendações de uma diretriz específica da AORN. • Impressão e implementação de recursos on-line com os participantes de uma pasta de trabalho como um meio de retomar a implementação das diretrizes, de forma mais efetiva em suas próprias configurações de prática. • Exposição prática às tecnologias cirúrgicas que suportam as diretrizes da AORN no tratamento de problemas de segurança, como aplicação de identificação por radiofrequência para reduzir o risco de um item cirúrgico retido. "Nosso objetivo final com os workshops e com as recomendações baseadas em evidências que explo- ramos é compartilhar soluções significativas para os desafios de segurança que os enfermeiros periope- ratórios enfrentam". "Os pacientes confiam no sistema de saúde e na equipe perioperatória para que não sejam feridos durante o atendimento cirúrgico. Nesse sentido, os workshops de implementação das Diretrizes forne- ceram o conhecimento e a compreensão necessá- ria para apoiar os enfermeiros perioperatórios na condução dos cuidados de segurança do paciente, alcançando o melhor resultado possível”. Prevenção de lesões por pressão nos hospitais: estamos prontos para essa mudança? RECURSOS ADICIONAIS Cada workshop de implementação das Diretrizes teve a duração de um dia, das 7h às 16h. Os participantes também receberam uma subscrição de 12 meses para acesso às Diretrizes da AORN: Prática Perioperatória e Orientações Essenciais. Acesse as ferramentas de implementação on-line da AORN, elaboradas para ajudar você e sua organização a traduzirem evidência em prática™. Como o cuidado com lesão por pressão é complexo, os esforços para melhorar sua prevenção requerem uma abordagem do sistema que envolva mudanças organizacionais. Trazer mudanças de qualquer tipo é difícil. É ainda mais difícil quando envolve múltiplas Você sabia? Número afetado: 2,5 milhões de pacientes por ano. Custo: lesões por pressão custam US$ 9,1 a US$ 11,6 bilhões por ano nos EUA. O cus- to do atendimento ao paciente individual varia de US$ 20.900 a 151.700 por lesão. A Medicare estimou em 2007 que cada lesão por pressão adicionou US$ 43.180 em cus- tos para uma internação hospitalar. Ações: Mais de 17 mil ações judiciais estão relacionadas a lesões por pressão anual- mente. É a segunda reivindicação mais co- mum após morte injusta e maior do que quedas ou sofrimento emocional. Dor: lesões de pressão podem estar asso- ciadas a dor severa. Morte: a cada ano, cerca de 60 mil pacientes morrem como resultado direto de uma lesão por pressão. SOBECC com Você 23 modificações simultâneas no fluxo de trabalho, co- municação e tomada de decisão, conforme neces- sário, em uma iniciativa de prevenção de lesão por pressão. A falta de avaliação da sua instituição para a mudança em vários níveis, pode levar a dificuldades imprevisíveis na implementação, ou mesmo à falha completa do esforço. Cada uma das perguntas abai- xo ajudará você e a sua instituição a explorar e iden- tificar imediatamente as etapas de ação para melho- ria, se necessário. • Os membros da instituição entendem por que a mudança é necessária? • Existe urgência para mudar? • A liderança administrativa sênior apoia a iniciativa? • Quem se apropriará desse esforço? • Quais recursos são necessários? • E se não estiverem prontos? Os membros organizacionais entendem por que a mudança é necessária? A prontidão requer, tanto a capacidade de fazer mudanças (por exemplo, saber o que é o novo pro- tocolo de prevenção e como usá-lo), quanto a mo- tivação para fazer a mudança. Essa motivação pode ser ajudada por fatores externos, como os mandatos federais ou estaduais. Mas, é mais provável que seja forte e duradouro se basear em uma compreensão clara das preocupações por trás da mudança plane- jada em todos os níveis da organização. Existem muitas razões potenciais para implemen- tar um programa de prevenção de lesão por pres- são. Embora ofereçamos motivos gerais e estatísticas na caixa abaixo, motivos ou casos locais podem ser mais tangíveis e atraentes. Por exemplo: • Sua instituição experimentou um aumento significativo ou aumento nas taxas de lesão por pressão? • Sua instituição está respondendo a mudanças? • Houve algum evento adverso notável que tenha sido relacionado a lesão por pressão? • A instituição foi alvo de uma ação legal relacionada à lesão por pressão? • Os membros da equipe têm experiência pessoal com um familiar afetado por uma lesão de pressão? AORN FONTE AORN DATA DA PUBLICAÇÃO 18 de outubro de 2017 TRADUÇÃO SOBECC Nacional SOBECC com Você24 C M Y CM MY CY CMY K 171031 Anúncio Opticare.pdf 1 14/11/2017 14:10:46 É também utilizada como técnica pedagógica para tratar temas de saúde, por meio de expressão artística Acrobacia aérea em tecido: mais do que uma atividade física Originalmente do mundo circense, o tecido acrobá- tico é uma modalidade que vem conquistando aque- les que procuram por uma atividade física alternati- va. Foi em 2009, quando cursava Enfermagem na Universidade de Campinas (Unicamp), que a enfer- meira e doutoranda em Neurociências pelo Programa de Fisiopatologia Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Gabriela Spagnol, teve o primei- ro contato com o circo. “Fiz ballet clássico e contemporâneo na infância e adolescência. Durante o ensino médio, a escola que frequentei incentivava a elaboração de espetáculos pelos alunos como ferramenta pedagógica para tratar temas de relevância, estimulando a reflexão. Na uni- versidade, senti a necessidade de praticar exercício fí- sico aliado à expressão corporal. Então, iniciei a prá-tica de tecido acrobático na Faculdade de Educação Física, atendendo o que eu buscava, mesclar arte, dança e exercício”, conta. Em setembro de 2012, Gabriela foi fazer intercâmbio em Londres pelo Programa Ciência sem Fronteiras, para o curso de Health Services Management, na University of East London. Nesse período, ela estudou sobre Lean Healthcare e gestão em saúde. “Essa linha de pesquisa foi muito importante para compreender sobre trabalho em grupo, interdisciplinaridade, análise e resolução de problemas”, diz. Em Londres, Gabriela continuou praticando atividades acrobáticas. Depois de participar de uma conferência no King's College, que abordava a Medicina Narrativa com o uso da arte para o ensino na saúde, Gabriela se sentiu motivada em aliar sua prática circense à criação de espetáculos como estratégia para expressar os es- tudos de saúde. “Nesse evento surgiu o interesse em utilizar a expres- são artística para retratar temas da área da saúde. Existe uma linha de investigação, cada vez mais aceita na academia, conhecida como Investigação Baseada em Arte (Arts Based Knowledge Translation - ABKT), muito aplicada no Canadá, que traz a arte como meio de expressar, ou traduzir, resultados de pesquisa, com o objetivo de difundir e disseminar os trabalhos da academia para diversos públicos”, explica. De volta ao Brasil, Gabriela colocou em prática a sua ideia com a produção do espetáculo “À Luz”, com a construção de uma dança aérea, retratando o sofri- mento humano nos conflitos, a dor e a perda, inspira- do nos milhares de soldados que morreram na guer- ra da Criméia por falta de cuidados adequados nos hospitais. Ela descreve: “No espetáculo, a esperança surge com a chegada da dama da lâmpada, a enfer- meira Florence Nightingale, representada com a cena da luz vinda das alturas, trazendo o cuidado”. O es- petáculo foi apresentado em 2015, no 67º Congresso Brasileiro de Enfermagem, realizado no Anhembi, na capital paulista. No ano seguinte, “À Luz” foi exibido na Semana Brasileira de Enfermagem e no Festival de Artes, ambos na Unicamp. SOBECC com Você26 1, 2. Espetáculo À Luz - lâmpada da Florence no tecido 3. Espetáculo Nós - Cena hospital Gabriela faz parte do Grupo de Inovação e Gestão em Saúde (GIGS) da Faculdade de Ciências Médicas e do Grupo de Estudos em Educação e Práticas de Enfermagem e Saúde (GEPEPES) da Faculdade de Enfermagem da Unicamp. Desde 2013, integra a diretoria da ONG ASPE (Assistência à Saúde do Paciente com Epilepsia), fundada em 2002 para executar o projeto demonstrativo da OMS “Epilepsia Fora das Sombras”, a diretoria da Epibrasil (Federação Brasileira de Epilepsia), ONG que reúne associa- ções e movimentos de pessoas com epilepsia do Brasil, e a diretoria da Associação Brasileira de Enfermagem – Seção São Paulo (ABEn-SP) – Regional Campinas. Outros espetáculos com a mesma finalidade foram produzidos, como o “Perspectiva”, criado a partir das narrativas de pessoas com epilepsia, embasado na pesquisa “Dialogando com as emoções” que, segun- do Gabriela, “acompanha a construção de um diálo- go entre duas personagens que buscam estabelecer uma relação em meio a um universo de medos e inse- guranças”. Outro é o “Nós”, cujo enfoque é trabalhar a interdisciplinaridade com os graduandos dos cursos de saúde da Unicamp. De acordo com Gabriela, “as pesquisas têm demonstrado o potencial da arte em promover a interdisciplinaridade, permitindo a cons- trução coletiva e a tradução de mensagens de manei- ra a provocar experiências e vivências”. FORA DA PROFISSÃO 1 3 2 SOBECC com Você 27 Para a saúde do coração, vinho! Sim, isso mesmo. O consumo consciente de vinho faz bem à saúde do coração. Se você gosta da bebi- da, a ciência comprova bons motivos para incluí-la re- gularmente na sua dieta. No passado, estudos desco- briram que os consumidores de vinho têm corações mais saudáveis. Desde os anos 1990, uma série de es- tudos experimentais foram publicados, apontando os benefícios. Os antioxidantes, flavonoides e polifenóis contidos no vinho tinto foram tidos como benéficos em várias doenças. Uma pesquisa mais recente realizada na República Tcheca, liderada pelo Prof. Dr. em Cardiologia Milos Taborsky, intitulada Red or White consumption ef- fect on atherosclerosis in healthy individuals (In Vino Veritas study)¹, uma das primeiras a rastrear os efeitos do vinho, sugere que a bebida tem efeito protetor so- bre a aterosclerose, condição em que ocorre o acú- mulo de placas de gordura, colesterol e outras subs- tâncias nas paredes das artérias, causando obstrução do fluxo sanguíneo. Publicado neste ano, esse estudo comparou os efei- tos a longo prazo de vinhos tintos e brancos na ate- rosclerose com 157 indivíduos saudáveis para consu- mo da bebida, dividindo-os em dois grupos: os que bebiam vinho branco e os que consumiam vinho tin- to. Mulheres com peso corporal inferior a 70kg, con- sumiram 0,2 litros por dia, mulheres com mais de 70 kg e homens consumiram 0,3 litros por dia. No final do estudo, não foi encontrado aumento do coleste- rol HDL nos dois grupos. Porém, aos 12 meses, houve redução do colesterol LDL (associado à progressão da aterosclerose) em ambos os grupos. Os níveis base de colesterol total, glicemia em jejum, testes de função hepática e níveis de marcadores inflamatórios, como a proteína C-reativa, entre outros relevantes para ate- rosclerose, também não foram afetados pelo consu- mo regular de vinho em ambos os grupos. Uma observação importante apontada pelo cardiolo- gista do Departamento de Clínica Médica, Dr. Ronaldo Rabello, é sobre o mito de que vinho tinto é mais be- néfico que o branco. Contudo, ele adverte: “A propos- ta do efeito protetor do vinho deve ser bem considera- da. O consumo deve ser consciente e moderado. Vale alertar que beber acima dos que os estudos apontam, gera efeitos adversos, como alcoolismo, hipertensão arterial, arritmia, entre outros”. O Dr. Rabello ressalta que outros estudos têm mostra- do que o consumo de álcool superior a 20g (1 taça) por dia é responsável pelo aumento na incidência de hipertensão arterial, sendo essa uma das patologias mais frequentes na população em geral e um dos fa- tores de risco para aterosclerose. A dica é aquela má- xima: beba com moderação, sempre! Pesquisa revela que vinho tinto ou branco promove mesmo benefício SOBECC com Você28 BEM-ESTAR Os melhores vinhos do Ano de 2017 A Associação de Jornalistas e Escritores de Vinhos e Licores (World Association of Writers and Journalists of Wines and Spirits - WAWWJ) publicou a sua lis- ta dos 150 melhores vinhos do mundo deste ano, tendo em 5º lugar um bra- sileiro: o espumante Casa Perini Moscatel, produzido pela vinícola Perini, que também levou o 1º lugar na categoria Espumantes, e, segundo o site Wine Brasil – Boutique dos Vinhos, custa menos de R$ 50,00. Uma excelente opção para os brindes de Ano Novo. Saúde! Para conferir a lista completa dos 150 melhores vinhos do mundo, acesse: http://www.wawwj.com/2017/_SP/ran_year.php Referência: 1. M.Taborsky, P. Ostadal, T. Adam, O. Moravec, V. Gloger, A. Schee, T. Skala. Red or White wine consumption effect on atherosclerosis in healthy individuals (In Vino Veritas study). Bratislava Medical Journal. 2017. Disponível em: http://www.elis.sk/index.php?page=shop.product_ details&flypage=flypage.tpl&product_id=5222&category_id=135&option=com_ virtuemart&vmcchk=1&Itemid=1 e https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22428764 SOBECC com Você 29 http://www.elis.sk/index.php?page=shop.product_details&flypage=flypage.tpl&product_id=5222&category_id=135&option=com_virtuemart&vmcchk=1&Itemid=1 http://www.elis.sk/index.php?page=shop.product_details&flypage=flypage.tpl&product_id=5222&category_id=135&option=com_virtuemart&vmcchk=1&Itemid=1 http://www.elis.sk/index.php?page=shop.product_details&flypage=flypage.tpl&product_id=5222&category_id=135&option=com_virtuemart&vmcchk=1&Itemid=1https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22428764 O novo sistema de 24 minutos será compatível com o sistema atual 3M ™ Attest ™ VH2O2 de 4 horas. www.3m.com.br/3M/pt_BR/hospitalar Pendente aprovação do FDA (510k) - DISPONÍVEL EM BREVE Indicadores Biológicos para Peróxido de Hidrogênio Vaporizado com Resultados em apenas 24 Minutos. Attest Soluções em esterilização ™ VH2O2 resultados em apenas 24 MINUTOS RESENHA Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde Lançada este ano pela Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC Nacional), com o título “Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde”, 7ª edição, a obra é o aperfeiçoamento da consagrada “Práticas Recomendadas da SOBECC”. A obra foi revisada integralmente por um grupo de es- pecialistas, que atuam, tanto em serviços de saúde, quanto na docência em universidades de diversos esta- dos do Brasil. Durante o ano de 2016, esse grupo iden- tificou as questões clínicas de maior relevância para a área, desenvolvendo um minucioso trabalho de atuali- zação baseado em evidências científicas encontradas na literatura. A partir da qualidade dessa evidência cien- tífica avaliada, o grupo de especialistas das Diretrizes elaborou as recomendações para a prática, utilizando como inspiração a metodologia da American College of Cardiology (ACC) e da American Heart Association (AHA), em que as evidências são sumarizadas em três níveis (A, B e C) e, a partir da avaliação da qualidade da literatura produzida, foram traçadas as recomenda- ções, de classe I a III, retratando a segurança com que determinada intervenção pode ser realizada. Com 487 páginas e redigida em Português, as “Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde” está divi- dida em três grandes partes, subdividas em capítu- los, que estão estruturados em tópicos, para facilitar a consulta. A Parte I, intitulada Centro de Material e Esterilização (CME), traz as práticas recomendadas em sete capítulos. A Parte II aborda as questões do Centro Cirúrgico (CC) em 11 capítulos. Finalizando, a Parte III, Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), descreve as recomendações em 10 capítulos. Toda a obra contém ilustrações, tabelas e quadros, para exemplificar alguns assuntos descritos e cada capítulo traz, ainda, os tópicos de Considerações finais e Referências, objetivando a ampliação da pesquisa pelo leitor sobre a prática em Enfermagem Perioperatória. Desta forma, as “Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde” é uma obra de grande valor, não apenas para os en- fermeiros, como também para os estudantes de Enfermagem e outros profissionais da saúde que quei- ram aprofundar seus conhecimentos, por trazer à luz da profissão um manual compilado e completo, de fá- cil pesquisa e entendimento, para lidar com os pacien- tes nos períodos pré, trans e pós-operatório, e para atuar com a excelência necessária no CME. Assim, a obra se propõe ser uma importante ferramenta, cola- borando para a segurança do paciente e para a quali- dade da assistência à saúde. Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde Centro de Material e Esterilização | Centro Cirúrgico | Recuperação Pós-anestésica 7ª edição 2017 7ª edição 2017 Esta obra representa uma parte da missão da Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC Nacional), com a certeza de que contribuímos para a evolução da Enfermagem brasileira, especialmente nos setores de Centro de Material e Esterilização (CME), Centro Cirúrgico (CC) e Recuperação Pós-Anestésica (RPA). Para esta 7ª edição, as nossas práticas recomendadas foram totalmente reformuladas, revisadas e atualizadas, alterando também o seu título, com o intuito de se adequar às inovações exigidas pela profissão em consonância com as atuais diretrizes da área. Os autores, revisores e coordenadores desta edição, cuidadosamente escolhidos com base científica e em sua expertise, juntamente com a diretoria da SOBECC Nacional, dedicaram-se para desenvolver uma obra abrangente e com credibilidade, a fim de que suas recomendações sejam compreendidas por todos os profissionais dos setores envolvidos, os quais são os responsáveis soberanos pela assistência segura e livre de danos aos pacientes. As diretrizes inerentes à nossa realidade cultural foram consolidadas a partir da prática baseada em evidências. Com ousadia, foram incorporadas clássicas recomendações internacionais, com muita crítica e responsabilidade, conferidas por estudos rigorosamente conduzidos pelos pesquisadores brasileiros. Destinado aos profissionais atuantes na Enfermagem Perioperatória, que engloba o CC e a RPA, e no CME, esta obra concretiza-se como instrumento indispensável aos enfermeiros, estudantes de graduação e pós-graduação e outros profissionais interessados que almejam aprofundar e atualizar conhecimentos específicos nessas áreas. Ao publicar esta edição, o nosso sentimento é de orgulho, vitória e dever cumprido, com a certeza de que é uma enriquecedora colaboração para capacitação da Enfermagem em CC, RPA e CME. Di re tri ze s d e P rá tic as em En fe rm ag em C irú rg ica e Pr oc es sa m en to d e Pr od ut os p ar a a Sa úd e Enfa. Mestre Marcia Hitomi Takeiti Presidente da SOBECC Nacional Gestão 2015-2017 Enfa. Drª Giovana Abrahão de Araújo Moriya Coordenadora-geral das Diretrizes de Práticas 2017 Diretora da Comissão de Educação da SOBECC Nacional Gestão 2015-2017 Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde Capa Sobecc.indd Todas as páginas 02/08/17 17:06 Coordenação geral: Enfa Dra Giovana Abrahão de Araújo Moriya Revisora técnica: Profa Dra Rachel de Carvalho Editora: Manole Edição: 7a Ano de publicação: 2017 Nº de páginas: 487 SOBECC com Você30 O novo sistema de 24 minutos será compatível com o sistema atual 3M ™ Attest ™ VH2O2 de 4 horas. www.3m.com.br/3M/pt_BR/hospitalar Pendente aprovação do FDA (510k) - DISPONÍVEL EM BREVE Indicadores Biológicos para Peróxido de Hidrogênio Vaporizado com Resultados em apenas 24 Minutos. Attest Soluções em esterilização ™ VH2O2 resultados em apenas 24 MINUTOS Nova geração de Lavadoras Automatizadas e Autoclaves. O equilíbrio perfeito entre Produtividade, Desempenho e Economia. 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