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Revista SOBECC Out- Dez- 2017

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Prévia do material em texto

Editorial 4
Bem-vinda, nova presidente!
Agenda 6
Programação de eventos
Revista SOBECC 6
Artigos publicados na edição de setembro de 2017
Giro de notícias 7
Destaques da SOBECC Nacional
Especial 11
13º Congresso Brasileiro de Enfermagem
Entrevista 20
Profissional desenvolve instrumento 
personalizado para enfermeiros avaliarem 
riscos de complicações no pós-operatório
AORN 24
Lesão por Pressão: uma abordagem 
prática para a segurança do paciente
Fora da profissão 26
Acrobacia aérea em tecido: 
mais do que uma atividade física 
Bem-Estar 28
Para a saúde do coração, vinho
Resenha 30
Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica 
e Processamento de Produtos para a Saúde
nesta edição
ERRATA
Edição nº 15 (jul/ago/set 2017), p. 7
Na nota com título II Simpósio em CME do Vale do São Francisco. Ao contrário do que foi publicado, o simpósio foi organizado 
pela enfermeira do Hospital Unimed de Juazeiro, Larissa Moreira, tendo a participação das enfermeiras da Secretaria de Saúde 
do Estado da Bahia (SESAB), Tangra Carvalho, do Hospital Universitário de Petrolina, Vanicleide Sá, e da ex-vice-presidente da 
SOBECC Nacional, Ligia Garrido Caliccio. Na foto, a legenda correta é a seguinte: Da esq. para direita. Tangra Carvalho, Larissa 
Moreira, Vanicleide Sá e Lígia Garrido.
EXPEDIENTE
Diretoria da SOBECC — Gestão 2017-2019
Presidente: Giovana Abrahão de Araújo Moriya • 
Vice-presidente: Marcia Cristina Pereira de Oliveira • 
Primeira-secretária: Andréa Alfaya Acunã • Segundo-
secretário: Rafael Bianconi • Primeira-tesoureira: Maria 
Lucia Leite Ribeiro • Segunda-tesoureira: Ana Lucia 
Gargione Sant´Anna • Diretora do Conselho Fiscal: 
Marcia Hitomi Takeiti • Membro do Conselho Fiscal: 
Liraine Laura Farah • Membro do Conselho Fiscal: Cecília 
da Silva Ângelo • Diretora da Comissão de Assistência: 
Simone Garcia Lopes • Membro da Comissão de 
Assistência: Juliana Rizzo Gnatta • Membro da Diretoria 
da Comissão de Assistência: Thiago Franco Gonçalves 
• Diretora da Comissão de Educação: Vanessa de Brito 
Poveda • Membro da Diretoria de Educação: Debora 
Cristina Popov • Membro da Comissão de Educação: 
Wagner Aguiar Junior • Diretora da Comissão de 
Publicação e Divulgação: Rachel de Carvalho • 
Membro Comissão de Publicação e Divulgação: Rita 
Catalina Aquino Caragnato • Membro da Comissão de 
Publicação e Divulgação Maria Belén Salazar Posso • 
Diretora de Eventos Regionais: Soraya Palazzo
Órgão oficial da Associação Brasileira de Enfermagem em Centro 
Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de material e Esterilização 
(SOBECC Nacional).
Comissão de Publicação e Divulgação – Diretora: Dra. Rachel de Carvalho 
- Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE) • 
Membros – Dra. Rita Catalina Aquino Caragnato - Universidade Federal 
de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Dra. Maria Belén 
Salazar Posso - Faculdade de Pindamonhangaba (FUBVIC)
Equipe Técnica — Coordenação: Sirlene Aparecida Negri Glasenapp • 
Redação: Andrea Fagundes (MTb 40.376) e Evelina Fyskatoris (MTb 
46.219) • Pauta: Enf. Rafael Bianconi • Revisão: Profa. Dra. Rachel de 
Carvalho • Projeto Gráfico e Produção Gráfica: Ivan Goersch • Secretaria: 
Maria Elizabeth Jorgetti e Claudia Martins Stival • Tiragem: 6.000 
exemplares • Impressão: Cillpress Gráfica e Editora
A SOBECC com Você é uma publicação trimestral da SOBECC Nacional, 
dirigida a profissionais de Enfermagem do Bloco Operatório, com o 
objetivo de divulgar informações sobre boas práticas de assistência de 
Enfermagem. A reprodução parcial ou total de qualquer matéria desta 
edição só é permitida mediante autorização.
Rua Vergueiro 875 • cj. 64 • Liberdade • 01504-001 • São Paulo • SP 
CNPJ: 67.185.215/0001-03
Fone: (11) 3341-4044 • www.sobecc.org.br
CONTATO, DÚVIDAS E SUGESTÕES: sobecc@sobecc.org.br
SOBECC com Você 3
Giovana Abrahão de 
Araújo Moriya
Presidente SOBECC Nacional 
Gestão 2017/2019
Novo ciclo!
Este é meu primeiro editorial como presidente da SOBECC 
Nacional. Sinto-me muitíssimo honrada por terem me conferido 
a importante missão de estar à frente da SOBECC Nacional, conti-
nuando o legado de 33 anos da Associação, na gestão 2017-2019. 
Os desafios para 2018 continuam. A Enfermagem está em cons-
tante evolução. Mas, estamos com você, auxiliando a alcançar a 
excelência da prática clínica e o empoderamento do enfermeiro, 
seguindo o nosso compromisso ético-profissional de prestar assis-
tência à saúde de qualidade e de respeito ao ser humano. 
Foram muitas conquistas da SOBECC Nacional ao longo dessas 
três décadas. Uma das mais valiosas para a Enfermagem é a obra 
“Diretrizes Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de 
Produtos para a Saúde”, antes denominada “Práticas da SOBECC”, que 
contém orientações baseadas em evidências científicas para a melhor 
assistência de Enfermagem. A nova edição foi lançada em setembro, 
durante o 13º Congresso Brasileiro de Enfermagem. Sobre o evento, 
a revista traz uma matéria especial e também a resenha das Diretrizes.
Com a evolução da Enfermagem se faz necessária a produção 
de conhecimento cientifico. Foi com esse objetivo, que a Mestre 
Mariangela Belmonte Ribeiro desenvolveu um novo instrumento 
para avaliar riscos e complicações de pacientes no pós-operatório, 
otimizando a atuação do enfermeiro. Leia mais na seção “Entrevista” 
sobre a sua dissertação de mestrado.
A Association periOperative Registered Nurses (AORN) publicou um 
dado alarmante sobre lesões por pressão e que merece atenção. 
Veja na seção “AORN”.
O começo de novo ano traz várias motivações. Se tem nos planos 
iniciar alguma prática de atividade física, já pensou em tecido acro-
bático? Além de proporcionar benefícios para o corpo, a modalida-
de pode ser aplicada como técnica pedagógica para retratar assun-
tos de saúde. Confira a história da enfermeira Gabriela Spagnol em 
“Fora da Profissão”.
Para você, consumir vinho é apenas socialmente? Uma pesquisa re-
cente aponta que consumir 200 ml (ou 1 taça) de vinho branco ou 
tinto diariamente faz bem à saúde do coração, ajudando na preven-
ção da aterosclerose. Saiba mais sobre o estudo em “Bem-Estar”.
Aproveitando este espaço, desejamos um 2018 próspero, com mui-
tos motivos para sorrir e ser feliz, e que a vida seja bem vivida como 
você deseja.
Boa leitura e Feliz Ano Novo!
Giovana Abrahão de Araújo Moriya
Presidente SOBECC Nacional
Sinto-me 
muitíssimo 
honrada por 
terem me 
conferido a 
importante 
missão de 
estar à frente 
da SOBECC 
Nacional.
EDITORIAL
SOBECC com Você4
Data: 31 de outubro a 2 e novembro de 2018 
Local: Cidade do México – México
Informações: http://wfhss.com
19° CONGRESSO MUNDIAL 
DE ESTERILIZAÇÃO WFHSS
Data: 3 e 4 de fevereiro de 2018 
Local: Ircad América Latina – Barretos, SP
Informações: www.ircadamericalatina.com.br
CURSO DE INSTRUMENTAÇÃO 
CIRÚRGICA MINIMAMENTE INVASIVA
Data: 28 de abril de 2018
Local: Univers. de Taubaté (UNITAU) – Taubaté, SP
Informações: www.sobecc.org.br
I JORNADA CIENTIFICA DE BLOCO 
OPERATÓRIO DO VALE DO PARAÍBA
Data: 6 e 7 de julho de 2018
Local: Auditório Hospital São Paulo – Teresina, PI
Informações: www.sobecc.org.br
I JORNADA CIENTÍFICA DO NORDESTE 
DE BLOCO OPERATÓRIO
Data: 24 a 28 de março de 2018
Local: Ernest N. Morial Convention Center 
New Orleans, EUA 
Informações: http://events.jspargo.com/
AORN18/Public/enter.aspx
AORN GLOBAL SURGICAL 
CONFERENCE & EXPO 2018
11º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE 
ESTERILIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO 
RELACIONADO À ASSISTÊNCIA À SAÚDE 
Data: 29 a 31 de agosto de 2018
Local: Palácio das Convenções do Anhembi 
São Paulo, SP
Inscrições: www.sobecc.org.br 
AGENDA
REVISTA SOBECC
Artigos online
Confira os artigos científicos que estão na edição de dezembro da Revista SOBECC.
Para acessar os artigos, digite no seu navegador 
www.sobecc.org.br, clique na aba Publicações > 
Revista SOBECC-SEER/OJS. Faça o seu cadastro se 
ainda não tiver), com login esenha, e acesse todos os 
artigos científicos publicados.
• Desenvolvimento e avaliação de ambiente virtual 
de aprendizagem para capacitação em hiperter-
mia maligna
• Conhecimento dos profissionais de Enfermagem 
de centro cirúrgico sobre hipotermia em pacientes 
cirúrgicos oncológicos
• Cirurgia abdominal de alta complexidade – crité-
rios de definição e escolha dos equipamentos pela 
equipe multiprofissional
• Atitudes dos enfermeiros de CC diante da sistematiza-
ção da assistência de enfermagem perioperatória
• Avaliação da efetividade da intervenção com ma-
terial educativo em pacientes cirúrgicos: revisão 
integrativa literatura
• Complicações na sala de recuperação anestési-
ca, avaliação dos fatores de riscos e intervenções: 
revisão integrativa
• Cancelamento de cirurgias: uma revisão integrativa 
da literatura
• Competências relacionadas à segurança do paciente: 
uma revisão integrativa
SOBECC com Você6
http://events.jspargo.com/AORN18/Public/enter.aspx
http://events.jspargo.com/AORN18/Public/enter.aspx
No mês de dezembro, a convite do Instituto Ética 
Saúde, a SOBECC Nacional se tornou asso-
ciada e membro do Conselho Consultivo. 
A Associação contribui-
rá com as atividades, por 
meio de aconselhamento do 
Conselho de Administração 
e do Conselho de Ética, difu-
são das atividades do Instituto e 
colaboração com as iniciativas da entidade. 
O Instituto Ética Saúde visa o fortalecimento 
de um ambiente de negócios ético e 
transparente na comercialização de 
produtos para saúde (PPS), con-
gregando empresas, institui-
ções e pessoas físicas, com 
a proposta e o compromis-
so de criar, voluntariamen-
te, regras para a prevenção 
de corrupção no setor da saú-
de. Para saber mais sobre o instituto, 
acesse: www.eticasaude.org.br.
Instituto Ética Saúde
Da esq. para dir.: Giovana A. A. Moriya e Ana Maria Miranda 
Conale 2017
A presidente da SOBECC Nacional, Giovana 
Abrahão de Araújo Moriya, marcou presença no 
2º Congresso Nacional de Limpeza e Esterilização 
– CONALE 2017, promovido pelo Núcleo de 
Assessoria, Capacitação e Especialização em CME 
(NasceCME), participando da sessão de encerra-
mento das atividades do evento. O congresso foi 
realizado de 27 a 30 de novembro e no dia 1º de de-
zembro, em formato totalmente online e gratuito. 
A presidente parabenizou a iniciativa e agradeceu o 
convite e a oportunidade de inserir a SOBECC em 
importante evento.
Avaliação do 13º Congresso 
Brasileiro de Enfermagem
Visando sempre a excelência da programação técnico-
-científica dos eventos, a SOBECC Nacional tradicio-
nalmente pede para que os participantes respondam 
um questionário para medir, principalmente, a qualida-
de do conteúdo apresentado, a satisfação com os pa-
lestrantes convidados e a carga horária. Dos 2.000 con-
gressistas que estiveram no 13º Congresso Brasileiro 
de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação 
Anestésica e Centro de Material e Esterilização, entre os 
dias 12 e 15 de setembro, em São Paulo, SP, 82% avalia-
ram como excelente a grade científica; 56% classifica-
ram como muito bom o desempenho dos palestrantes; 
47% avaliaram como ótima a programação paralela; e 
83% consideraram a carga horária boa.
SOBECC com Você8
Comissão organizadora: da esq. para dir.: Nadja da Silva Ferreira, Maria de 
Fátima Alves, Maria de Fátima F. da Silva, Solange Queiroga Serrano, Carmen 
Silvia Arraes de A. Valença e Maria da Penha Carlos de Sá
Encontro norte-nordeste em Centro Cirúrgico 
e Centro de Material e Esterilização
III Treinamento Latino-americano em 
excelência na segurança do paciente
Enfermeiros, técnicos e estudantes de 
Enfermagem se reuniram entre os dias 
15 e 17 de novembro em Recife, PE, 
para participar do Encontro norte-nor-
deste em Centro Cirúrgico e Centro 
de Material e Esterilização, que contou 
com o apoio da SOBECC Nacional. 
Com tema central “Tecnologia, 
Competência e Segurança: Desafios 
para as boas práticas da Enfermagem 
Perioperatória”, a ampla programação 
do evento foi dividida em conferências, 
palestras, mesas-redondas, simpósios-
-satélites e feira tecnológica, para ex-
posição das novidades para a área.
Organizado pela SOBECC Nacional para 
os profissionais de vendas da 3M da 
América Latina, o III Treinamento Latino-
americano em excelência na segurança 
do paciente, realizado na capital paulis-
ta de 20 a 24 de novembro, contou com 
programação teórica e prática, que in-
cluiu como metodologia de ensino a si-
mulação realística, para melhor fixação 
do conteúdo. Com cenário específi-
co para as necessidades dos participan-
tes, a simulação ocorreu no Instituto de 
Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio 
Libanês (IEP). Complementando o treina-
mento, foi realizada uma visita técnica ao 
Centro Cirúrgico e Centro de Material e 
Esterilização do Hospital Santa Catarina.
GIRO DE NOTÍCIAS
SOBECC com Você 9
GIRO DE NOTÍCIAS
18º Congresso Mundial de 
Esterilização do WFHSS
De 4 a 7 de outubro, a cidade de Bonn, na Alemanha, 
foi sede do 18º Congresso Mundial de Esterilização 
promovido pelo World Federation for Hospital 
Sterilisation Sciences (WFHSS), reunindo cerca de 
1900 congressistas de vários países. A comitiva brasi-
leira contou com a participação de 68 profissionais. 
Participaram do congresso a presidente e a direto-
ra do Conselho Fiscal da SOBECC Nacional, Giovana 
Abrahão de Araújo Moriya e Marcia Hitomi Takeiti, 
respectivamente, projetando a Associação no cená-
rio mundial das melhores práticas de esterilização. 
Na oportunidade, a palestrante brasileira, Heloísa 
Helena Karnas Hoefel, compartilhou conhecimentos 
destacando o Brasil entre os países com renomados 
especialistas. Um dos grandes momentos do evento foi 
a premiação dos trabalhos apresentados, no formato 
Pôster. Dos 59 trabalhos que concorreram, 19 eram de 
autores brasileiros. Entre os vencedores, o Pôster com 
o tema “Utensílios sanitários para uso seguro: compa-
ração entre métodos de limpeza e desinfecção”, das 
autoras Carmen Eulalia Pozzer, Marcia Arsego, Ivana 
Gottardo Rocha, Angélica Peres do Amaral, Heloisa 
Helena Karnas Hoefel, Rita Catalina Aquino Caregnato, 
de Porto Alegre, RS, ganhou em 2º lugar.
1. Da esq. para dir.: Andrea Alfaya Acunã, Marcia Hitomi Takeiti, Mara Lucia Leite Ribeiro e Giovana Abrahão de Araújo Moriya 
2. Comissão de premiação entrega prêmio 2º Lugar – Pôster às autoras brasileiras Heloísa Helena K. Hoefel e Carmen Eulalia Pozzer 
3. Comitiva brasileira com 68 integrantes
1
3
2
SOBECC com Você10
ESPECIAL
Ética, competência e responsabilidade: 
atitudes indispensáveis ao enfermeiro
13º Congresso Brasileiro 
de Enfermagem
Durante quatro dias, profissionais de Enfermagem de 
todo o país participaram do 13º Congresso Brasileiro 
de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação 
Anestésica e Centro de Material e Esterilização, reali-
zado no Palácio das Convenções do Anhembi, em São 
Paulo, entre os dias 12 e 15 de setembro. A SOBECC 
Nacional trouxe para discussão este ano conceitos in-
dispensáveis à boa prática dos enfermeiros sob o tema 
central “Preceitos norteadores da prática perioperató-
ria: Ética, Competência e Responsabilidade”, que foi 
tratado em sua extensa programação científica. 
O primeiro dia de evento é sempre marcado pela 
cerimônia de abertura. Para abrir os diálogos 
entre debatedores e congressistas, a palestra musical 
“Sinfonia da saúde: cuidando de quem cuida”, com o 
maestro João Antônio Theodoro Nogueira, foi uma 
atração que propôs reflexão aos profissionais, fazen-
do analogia do trabalho em equipe com o ritmo or-
questrado dos músicos. A principal mensagem é que 
em todas as profissões há desafios e obstáculos no 
dia a dia, que devem ser superados em prol de um 
objetivo comum, o resultado.
Para dar as boas-vindas aos participantes, subiram 
ao palco a especialista em Prática Perioperatória do 
Departamento de Enfermagemda Association of 
periOperative Registered Nurses (AORN), Mary C. Fearon, 
SOBECC com Você 11
o enfermeiro Mestre, representando a Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Diogo 
Penha Soares, a representante da Associação Paulista 
de Epidemiologia e Controle de Infecção Relacionada 
à Assistência à Saúde (APECIH), Dra. Adriana Maria 
Silva Felix, a presidente do Conselho Regional de 
Enfermagem do Estado de São Paulo (Coren-SP), 
Dra. Fabíola de Campos Braga Mottozinho, e a pre-
sidente da SOBECC Nacional, gestão 2015-2017, 
Marcia Hitomi Takeiti.
Ao atualizar os congressistas que o Brasil soma mais 
de dois milhões de profissionais de Enfermagem, sen-
do no Estado de São Paulo mais de 500 mil enfermei-
ros, Fabíola destacou que a classe precisa sentir orgu-
lho da profissão e ser mais participativa nos debates. 
Refletindo sobre a palestra musical, Fabiola questionou 
a plateia: “Como está a relação de valorização da profis-
são? Esses músicos mostraram que também enfrentam 
adversidades no dia a dia, têm pouco reconhecimento, 
mas trabalham em prol daquilo que acreditam. É isso. 
Precisamos ter orgulho de sermos enfermeiros”. Sobre 
o trabalho no dia a dia, ela ressaltou: “Reconheçamos o 
colega ao lado, reconheçamos nossas competências, 
responsabilidades e, sobretudo, nosso comprometi-
mento com todo o ser humano, seja ele o assistido ou 
o profissional da equipe de saúde”.
Marcia Takeiti, em seu discurso, lembrou os 33 anos 
de fundação da Associação, completados no dia 4 de 
setembro, contando um pouco da história que retra-
ta o pioneirismo de enfermeiros que tiveram a preocu-
pação em promover conhecimento técnico-científico 
para prover maior qualidade na assistência à saúde. 
Em 4 de setembro, a SOBECC completou 33 anos. Foi 
constituída em 1991 pelo pioneirismo de enfermeiros 
que se preocuparam em promover discussões acer-
ca da enfermagem, desenvolver e divulgar pesquisas 
do bloco operatório. “A Enfermagem exerce papel vi-
tal para a qualidade da saúde em geral. À medida que 
o nível de conhecimento da Enfermagem aumenta, 
melhor é a assistência. Apesar de esperado esse re-
sultado, atingir o nível de excelência profissional e de 
atendimento assistencial exige grande esforço das ins-
tituições de saúde, para que a Enfermagem seja capa-
citada, bem como para construir uma cultura que seja 
focada na segurança do paciente”, assinalou.
Dra. Fabíola de Campos Braga Mottozinho, presidente do COREN-SP
SOBECC com Você12
ESPECIAL
Empoderamento profissional
Principais debates
A palestra “Empoderamento profissional: aproveite 
os obstáculos e dê um salto na sua carreira", apre-
sentada pela especialista dos EUA e representan-
te da AORN, Mary C. Fearon, abriu a grade científi-
ca. Ela comentou que o enfermeiro perioperatório 
exerce todos os dias impacto nas pessoas, salvan-
do vidas ou chorando com a família. “Como enfer-
meiros, sabemos que nossos cuidados protegem os 
pacientes de danos potenciais. Por isso, precisamos 
trabalhar o nosso melhor com uma equipe altamen-
te confiável, porque somos a voz, os olhos e os ou-
vidos dos pacientes quando estão mais vulneráveis. 
Nosso dever é garantir a segurança do paciente. Para 
isso, devemos ser implacáveis na busca da excelên-
cia profissional. Uma falha pode ser catastrófica para 
o paciente”, ressaltou Mary.
A especialista comparou o líder de Enfermagem com 
o maestro de uma orquestra. “Sugerimos que os pro-
fissionais de saúde trabalhem harmoniosamente, 
usando as notas e os tempos certos para prestar a as-
sistência ao paciente durante sua jornada no hospital”, 
disse a palestrante.
Quanto ao cuidado com o paciente, Mary falou: “Nós 
devemos nos preocupar com os pacientes tão profun-
damente quanto queremos bem os familiares, quem 
amamos, para devolvê-lo à família”, disse.
Para a especialista, todos os dias os profissionais devem 
iniciar seu trabalho fazendo o melhor. “Enfermeiros 
devem ser destemidos na busca do perfeccionismo. 
Não deixe o medo influenciar o seu poder em exigir 
a segurança do paciente. Os enfermeiros periopera-
tórios são os líderes da equipe cirúrgica, que inspira-
ram, instruem e influenciam o ambiente, estimulando 
os colegas a prover os cuidados seguros”, assinalou.
Ela citou um caso descrito no livro “The Checklist 
Manifesto”, do médico americano Atul Gawande, um 
grande especialista conhecido pela sua competência 
em reduzir erros, aumentar a segurança do paciente 
e melhorar a eficiência dos procedimentos cirúrgicos. 
“No The Checklist Manifesto, Gawande descreve muitos 
cenários em que erros de comunicação e erro humano 
contribuíram para resultados desastrosos aos pacien-
tes. Ao ler o livro, percebi que estive em muitas situa-
ções semelhantes às que ele descreve. O Dr. Gawande 
conta uma situação em que a Lista de Verificação de 
Cirurgia Segura salvou uma vida. Ele estava em um pro-
cedimento para retirada de um tumor adrenal. Uma ci-
rurgia difícil. Com muitos procedimentos realizados, o 
doutor estava confiante em fazer a cirurgia sem com-
plicações. Cada membro da equipe cirúrgica se apre-
sentou, o Dr. Gawande leu o roteiro da lista de verifica-
ção e afirmou que esperava perda de sangue mínima. 
SOBECC com Você 13
O enfermeiro líder, na certeza de que o tumor pres-
sionava a veia cava e que poderia haver perda de san-
gue considerável, afirmou ter verificado com o banco 
de sangue a reserva de quatro bolsas para o pacien-
te. Na cirurgia houve sangramento de perfusão e o pa-
ciente perdeu um grande volume de sangue em cerca 
de 60 segundos. Teve uma parada cardíaca. A equipe 
controlou o sangramento e realizou a massagem car-
díaca. O Dr. Gawande afirmou, então, que a Lista de 
Verificação de Cirurgia Segura ajudou a salvar a vida do 
paciente, com a prevenção do enfermeiro quanto ao 
uso das bolsas de sangue antes da cirurgia, assim como 
as possíveis intervenções. Uma vez que todos seguiram 
o processo de cirurgia segura, a equipe conseguiu tra-
balhar mais efetivamente na situação de emergência”, 
contou Mary à plateia. 
Ela ressaltou: “Não podemos confiar em nossa me-
mória e precisamos fornecer dados consistentes. 
Fiquei feliz que o médico reconheceu a importância 
da Lista de Verificação de Cirurgia Segura utilizada 
há anos pelos enfermeiros. Ele admitiu que trabalhou 
várias vezes com outras equipes que não realizavam 
esse processo. Somos seres humanos e, portanto, 
suscetíveis a erros”.
A palestrante destacou a teoria do Queijo Suíço, 
proposta em 1990 por James Reason, quando es-
tudou o erro humano, como aliada na segurança 
do paciente. “Erros geralmente não estão relacio-
nados à falha técnica, falta de habilidade ou treina-
mento. Mas, sim, a falhas no processo, no trabalho 
em equipe ou nas condições que levam os profis-
sionais a cometerem erros”, disse Mary. 
Mary apontou, ainda, que falhas de comunicação fo-
ram a principal causa de 65% dos eventos sentine-
las em um levantamento da Joint Commission, entre 
2004 e 2012. “A evidência mostra que não é suficiente 
ter habilidades técnicas. Competências não técnicas, 
como consciência situacional, tomada de decisão, li-
derança, comunicação e trabalho em equipe são 
componentes críticos para execução de cuidados se-
guros. Vale ressaltar que a comunicação efetiva entre 
os membros da equipe é importante para entender o 
plano cirúrgico de cada paciente”, disse a palestrante.
Sobre isso, Mary afirmou: “Criar ferramentas para aju-
dar a equipe a se comunicar de forma mais precisa di-
minui o risco de erros”. Segundo a palestrante, uma 
nova Diretriz de Comunicação da AORN recomen-
da que uma equipe multidisciplinar determine como, 
quando, onde, quem e o que será comunicado em 
cada transferência verbal de informações do paciente. 
Essa Diretriz de Comunicação será publicada no início 
de 2018 e fornecerá orientação baseada em evidên-
cias para responder aessas perguntas.
Mary concluiu: “Trabalhar em um time em que todos 
estão em sincronia total é como uma composição mu-
sical maravilhosamente orquestrada. O enfermeiro líder 
é como o maestro, que coordena os demais membros 
dentro do Centro Cirúrgico. Cada membro precisa en-
tender o seu papel e sua responsabilidade para alcan-
çar um resultado cirúrgico seguro. Construir uma rela-
ção de respeito e confiança entre os membros melhora 
a coordenação das atividades em equipe. Isso é o que 
chamo de equipe de alta confiabilidade”. 
De acordo com a especialista, a segurança vem com 
um compromisso contínuo e vontade de mudar. O 
comprometimento em implantar uma cultura de se-
gurança do paciente nas atividades perioperatórias 
certamente reduzirá o risco de eventos adversos. 
“Você tem o poder de garantir a segurança do pacien-
te”, finalizou Mary aos congressistas.
SOBECC com Você14
ESPECIAL
Comunicação assertiva 
em situações de conflito
A palestrante, Profa. Dra. Maria Júlia Paes da Silva, ini-
ciou a apresentação categórica: “Conviver com as pes-
soas é o maior desafio de relacionamento”. Se você pa-
rar para pensar, é um desafio em todos os níveis, seja 
com a família, os amigos ou os colegas de trabalho. 
Maria Júlia comentou: “Somos pessoas que gostamos 
de coisas diferentes do outro. Cada uma é diferente da 
outra, o que se torna muito desafiador quando se trata 
de trabalho em equipe. A realidade é que ninguém ama 
todo mundo, o que prevalece na relação de convivên-
cia é o respeito. Somando a isso, outros fatores indivi-
duais devem ser considerados no desafio de conviver 
em equipe, como o momento de vida e as próprias ca-
racterísticas da personalidade das pessoas”.
Na opinião da palestrante: “Para estar em uma equipe, 
é preciso compreender a necessidade de trabalhar e 
conviver com pessoas diferentes, que têm habilidades 
diferentes e que todas são importantes dentro do am-
biente profissional. Caso os colegas tivessem as mes-
mas habilidades que as suas, por que essa equipe pre-
cisaria de você? Tão simples e difícil assim”, afirmou.
Maria Júlia reiterou que o trabalho em equipe não 
é uma atividade para o profissional realizar sozinho: 
“Não pode haver competição. Não se trata de ga-
nhar ou perder pessoalmente. Ou ganham todos ou 
perdem todos, porque estão juntos no mesmo time, 
lembrando que dados e fatos valem mais que juízos, 
opiniões ou suposições”.
Segundo ela: “Pessoas que vivem em ambiente fecha-
do estão mais propensas à quantidade de estímulos 
recebidos, muitos de competição. Enfermagem não 
se faz sozinha em qualquer contexto. O ato de cuidar 
é a vida, que é maior do que qualquer um de nós. 
Somos uma expressão da vida”.
Em relação à comunicação com a equipe, Maria Júlia 
explanou sobre as situações de conflitos. “É impor-
tante entender que uma pessoa não é só razão, ela 
também é emoção. Em uma comunicação conflitan-
te, o que prevalece é a emoção, geralmente, partin-
do para um diálogo defensivo”. 
Existem as chamadas barreiras não intencionais, 
como, por exemplo, não ouvir o colega, ou já pen-
sar no que vai falar sem escutar a pessoa, explicar 
algo que não foi entendido e estar em uma conversa, 
mas com a mente em outro lugar. São desafios diá-
rios que precisam ser treinados periodicamente para 
melhorar a comunicação em equipe. “Essas barreiras 
ocorrem porque, quando interagimos, não somos só 
informação. Existem estímulos e percepções diferen-
tes, por exemplo”, disse a palestrante.
SOBECC com Você 15
Ela levantou algumas questões: “Quando você está 
na equipe, tem treinado ouvir? Ou ouve já pensando 
no que vai responder, criando argumentos de defe-
sa? Quando fala ou explica algo e pergunta se a pes-
soa entendeu, ela diz que não, você aceita ou não, 
porque entende que acabou de se comunicar?”.
Para essas questões, Maria Júlia comentou: “Quando 
você acaba de se comunicar e a pessoa não enten-
deu, ela não está te vendo, não está te ouvindo. Está 
com o pensamento em outro lugar. É preciso com-
preender que isso é humano e lembrar que não é 
pessoal. A maioria das pessoas não pratica mais a es-
cuta. Lembre-se que em todo lugar existem pessoas 
difíceis. Mas, tenha em mente que a responsabilidade 
da comunicação é sua. Relacionar, comunicar, en-
volve informações e sentimentos”.
De acordo com a palestrante, treinar a concentração 
e a escuta em ambiente com barulho é outro exercí-
cio que deve ser praticado periodicamente. “Em um 
Centro Cirúrgico barulhento, você pode achar que 
escutou algo e concordar com o que não entendeu. 
Isso compromete o trabalho e a segurança do pa-
ciente. O barulho causa perda de foco”, disse.
Segundo Maria Júlia: “Não há vítima na sala de opera-
ção. Cada um deve entender que é responsável pela 
forma como envia a mensagem”. Para melhor asser-
tividade da comunicação no trabalho, ela destacou: 
“Há pessoas diferentes, difíceis e que não se pode 
controlar. Por isso, tenha cuidado com as generaliza-
ções. Temos a tendência de não achar uma pessoa 
legal por um comportamento que discordamos. Se 
generalizarmos isso, perdemos a razão. Sem dúvida, 
esse colega tem outras facetas boas. É preciso ser 
sensível, ele trabalha com você no seu time. Quando 
alguém disser que não entendeu, seja humilde e re-
pita. Ajude. Tente ouvir. Deixe a mensagem clara para 
a pessoa. Em um diálogo, evite gestos de distração, 
como falar ao mesmo tempo no celular. Algumas 
pessoas perdem o fluxo do raciocínio e outras têm a 
percepção que é uma absoluta desatenção. Também 
não interrompa o colega que está falando. De novo, 
ouça. Se o momento não for o melhor, diga isso. Em 
uma comunicação, foque sempre no ponto da men-
sagem, seja objetivo”.
“Existe um código humano de que na comunicação 
as pessoas querem ser olhadas, terem atenção. Se 
isso não ocorre, a pessoa sem sente desvalorizada. 
O contato visual é muito importante na mensagem”, 
apontou Maria Julia. 
Em situações que você não concordar com o cole-
ga, a dica da palestrante: “Não é preciso concordar 
para ouvir. A melhor forma de entender o que está 
sendo falado é sempre ouvindo. Ouvir não significa 
concordar. E quando discordar, não desqualifique as 
pessoas. Discorde com argumentos, apontando ou-
tros aspectos, lembrando que não se deve levar para 
o lado pessoal. Uma equipe saudável busca entendi-
mento, não culpados”, disse.
Diálogo em equipe: o contato visual é muito importante na mensagem
SOBECC com Você16
Mais de 2.000 congressistas circularam na 
Exposição Tecnológica, que apresentou pro-
dutos e lançamentos da indústria da saúde 
para os enfermeiros. 
A atleta transplantada do coração, Patrícia Fonseca, emo-
cionou a plateia contando a sua incrível história. Ela espe-
rou 30 anos pelo coração, e as várias vezes que esteve hos-
pitalizada, os enfermeiros faziam toda a diferença no seu dia. 
“Os Enfermeiros fazem a diferença para o paciente”, disse.
ESPECIAL
Além dos 14 temas apresentados para debates na 
Grande Plenária, em formato de palestras e talk-
-shows, o congresso contou com 23 sessões de 
simpósio-satélite e, ainda, com uma programa-
ção paralela, com oficinas e outras palestras. 
Durante o tradicional coquetel de boas-vindas, 
a SOBECC Nacional anunciou o lançamento das 
Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica 
e Processamento de Produtos para a Saúde, que 
foi sucesso de vendas durante o evento. 
No último dia, a diretoria da SOBECC Nacional recebeu para a festa de confraternização enfermei-
ros, expositores e convidados, para comemorem o encerramento do 13º Congresso Brasileiro de 
Enfermagem. Todos vestiram as suas fantasias mais criativas e se divertiram, fechando o evento com 
grande animação. Veja galeria de fotos da festa (p. 19).
SOBECC com Você 17
Aconteceu
SOBECC com Você18
Premiação dos trabalhos
A SOBECC Nacional recebeu 286 resumos que 
foram avaliados pela Comissão de Temas Livres.No último dia do evento, concorreram ao Prêmio 
de 1º, 2º e 3º lugares e o de Menção Honrosa 193 
trabalhos na categoria e-Pôster. Veja os trabalhos 
vencedores.
E-pôsteres premiados
1º lugar 
Goma de mascar mentolada no manejo do 
desconforto da sede pré-operatória
Código do trabalho: 2184
Autoras: Aline Korki Arrabal Garcia e Lígia Fahl Fonseca
Instituição: Universidade Estadual de Londrina (UEL)
2º lugar 
Utensílios sanitários para uso seguro: 
comparação entre métodos de limpeza 
e desinfecção
Código do trabalho: 2191
Autores: Carmen Eulália Pozzer, Célia Rabaioli, Taylor 
Moura, Heloisa Helena Karnas Hoefel, Luzia Fernandes 
Milão e Rita Catalina Aquino Caregnato 
Instituições: Irmandade Santa Casa de Misericórdia de 
Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
(UFRGS) e Universidade Federal de Ciências da Saúde de 
Porto Alegre (UFCSPA)
Apresentação e-Pôster 
Banho pré-operatório na prevenção de infecção 
cirúrgica: revisão sistemática e metanálise
Código do trabalho: 2262
Autoras: Lucia Maciel de Castro Franco, Glaucia 
Fernandes Cota, Tatiana Saraiva Pinto e Flávia Falci Ercole
Instituições: Escola de Enfermagem da Universidade 
Federal de Minas Gerais (UFMG) e Centro de Pesquisas 
René Rachou - Fundação Oswaldo Cruz (MG)
Menção honrosa3º lugar 
Padronização das intervenções de Enfermagem 
no Centro Cirúrgico de um hospital escola
Código do trabalho: 2456
Autoras: Rayanne Azevedo de Farias Araújo, Camila 
Cunha de Macedo, Valeska Galdino da Silva, Tainah Neri 
Correia Campos, Quenia Camille Soares Martins
Instituição: Hospital Universitário Ana Bezerra, Santa 
Cruz (RN)
Leonel Alves do Nascimento, ladeado por Marcia Hitomi Takeiti, 
Giovana Abrahão de Araújo Moriya e Simone Garcia Lopes, 
recebe prêmio representando autoras
ESPECIAL
SOBECC com Você 19
Festa de Confraternização
Instrumento personalizado para 
enfermeiros de SRPA
Modelo foi elaborado para avaliar riscos de complicações no pós-
operatório, com fácil classificação e indicação das intervenções
Segundo as Diretrizes Práticas em Enfermagem Cirúrgica 
e Processamento de Produtos para a Saúde, da SOBECC 
Nacional, “Autores destacam a importância de prevenir as 
ocorrências de complicações em Sala de Recuperação 
Pós-Anestésica (SRPA), muitas das quais podem ser evita-
das pela detecção precoce de sinais e sintomas com uma 
monitorização adequada. Para avaliar as condições dos 
pacientes com foco na prevenção de possíveis complica-
ções no pós-operatório imediato, é recomendado realizar 
o exame físico no paciente no momento da sua admis-
são na SRPA”. Ao longo de sua atuação como enfermei-
ra de SRPA, na qual recebia pacientes que necessitavam 
cada vez mais de cuidados de alta complexidade, a enfer-
meira Mestre Mariangela Belmonte Ribeiro, ficou motiva-
da em construir uma nova escala para avaliar os riscos de 
complicações na SRPA, com propostas de intervenções de 
Enfermagem, e que esse instrumento fosse de fácil utiliza-
ção e mais eficaz para a equipe de enfermeiros, sendo essa 
a investigação da sua dissertação de mestrado em 2015.
SOBECC: Por que desenvolver um novo 
instrumento de avaliação de riscos e 
complicações na SRPA?
Mariangela Belmonte Ribeiro: É responsabilidade dos 
enfermeiros de SRPA receber os pacientes e conhecer o 
seu histórico e, assim, traçar um plano de cuidado. Para 
isso, alguns instrumentos de avaliação são disponíveis, 
como as escalas para a avaliação da dor e a escala de 
Aldrete e Kroulik, que menciona parâmetros fisiológicos 
relacionados com escores, por índices pré-estabelecidos 
SOBECC com Você20
ENTREVISTA
Escalas estão voltadas ao modelo biomédico e não há 
nenhuma específica que atenda as necessidades dos 
cuidados de Enfermagem.
para avaliar a evolução de alta do paciente, segundo: ati-
vidade, respiração, circulação, consciência e saturação, 
sendo as mais utilizadas. No entanto, todas essas escalas 
estão voltadas ao modelo biomédico e não há nenhuma 
específica que atenda as necessidades dos cuidados de 
Enfermagem. Atuando por anos na SRPA, observei a es-
cassez de trabalhos publicados referentes à área, com 
enfoque na segurança do paciente. Avaliei, então, que 
existe uma lacuna em relação à existência de um instru-
mento mais aperfeiçoado para a Enfermagem avaliar os 
riscos de complicações desenvolvidas nos pacientes, no 
pós-operatório imediato.
SOBECC: Como chegou ao 
desenvolvimento do novo instrumento?
Mariangela: Para propor um novo instrumento para 
avaliar riscos de complicações com sugestões de inter-
venções de Enfermagem foi realizada uma revisão in-
tegrativa na literatura, a fim de identificar as principais 
complicações na SRPA. De acordo com o levantamen-
to feito, as principais complicações na SRPA encontra-
das foram: pulmonares, respiratórias e cardiovasculares, 
somando a dor. Reuni e sintetizei resultados baseados 
em evidências científicas. Os levantamentos bibliográfi-
cos foram feitos em periódicos internacionais e nacio-
nais, publicados entre 2004 e 2014. Exclui artigos que 
não apresentavam resumo ou que não foram disponibili-
zados na íntegra, e também pesquisas de complicações 
com crianças. Revisei e coletei dados, os mais relevantes 
descritos em cada artigo, relacionados às complicações 
e seus riscos. Esses dados foram submetidos à avalia-
ção e aplicação de análises estatísticas, servindo de base 
para formulação de um questionário. Foram encontra-
das 14 complicações possíveis de acontecer e os fatores 
de risco referentes a cada uma delas.
SOBECC: Quais são as 14 complicações 
encontradas?
Mariangela: As complicações mais frequentes encontra-
das nos estudos são: hipotermia, hipoxemia, edema pul-
monar, apneia, tremores, náuseas e vômitos, retenção 
urinária, alterações do ritmo cardíaco, hipertensão arterial 
sistêmica, hipotensão, obstrução e depressão respiratória, 
sangramento, dor e posicionamento cirúrgico. Os riscos 
identificados em cada complicação foram transformados 
em perguntas simples, para respostas sim ou não. A soma 
das respostas positivas, valendo um ponto cada, foram 
somadas e classificadas para a complicação em: baixo, 
médio e alto risco. Com base nisso, foi elaborada a escala 
de cores para cada complicação e as intervenções sugeri-
das baseadas nas “Práticas Recomendadas da SOBECC e 
em NOC NIC em NANDA” (ver ilustração na p. 20). 
SOBECC: Como avalia o novo instrumento?
Mariangela: O novo instrumento ainda não está em 
uso. O próximo passo será a sua validação. Acredito que 
será uma potente ferramenta para o enfermeiro de SRPA 
identificar os riscos e as complicações precocemente e 
mais assertivamente, podendo iniciar as intervenções de 
Enfermagem de forma mais segura. 
Mariangela Belmonte Ribeiro 
é mestre em Enfermagem 
pelo Centro Universitário 
São Camilo, especialista 
em Centro Cirúrgico e 
Recuperação Anestésica 
pela Universidade de São 
Paulo (USP) e atua no CME do Hospital Moriah.
SOBECC com Você 21
Lesão por Pressão:
uma abordagem prática para 
a segurança do paciente
Todos os anos, 2,5 milhões de pacientes desenvolvem uma 
lesão por pressão e, como resultado, 60 mil morrem
Todos os anos, 2,5 milhões de pacientes desenvolvem 
uma lesão por pressão e, como resultado, 60 mil des-
ses pacientes morrem.
“Estes números são impressionantes”, observa Lisa 
Spruce, diretora da AORN em prática perioperatória 
baseada em evidências. "Queremos garantir que es-
tamos fazendo todo o possível para atingir o maior 
número de enfermeiros perioperatórios, com as reco-
mendações baseadas em evidências que moldamos 
para reduzir o risco de lesões por pressão, entre ou-
tras práticas perioperatórias de alto risco que podem 
prejudicar os pacientes.
Este objetivo levou a AORN a lançar uma série de 
workshops presenciais para implementação das 
Diretrizes, fornecendo uma abordagem atual para en-
tender as práticas baseadas em evidências, tendo comofoco a preocupação sobre segurança específica, trata-
da nas Diretrizes da AORN para Prática Perioperatória, 
como a recente obra atualizada da AORN “Orientação 
sobre o Posicionamento do Paciente”, que contem-
pla práticas que podem reduzir o risco de lesões por 
pressão. De acordo com Spruce, "compreender a prá-
tica baseada em evidências por meio da aprendiza-
gem prática é um método eficaz para ajudar os enfer-
meiros a manter o conhecimento". 
Ela promoveu esse método, em colaboração com 
os autores, nos workshops de implementação das 
Diretrizes da AORN, que foram realizados em novem-
bro por todos os EUA.
Cada workshop abordou um dos seis tópicos identifica-
dos pelos membros da AORN, que apresentavam as prá-
ticas mais difíceis. Esses tópicos incluíram:
• Prevenção de hipotermia;
• Selantes de tecido e agentes hemostáticos;
• Processamento de endoscópios flexíveis;
• Prevenção de lesões por pressão;
• Prevenção de itens cirúrgicos retidos;
• Antissepia cutânea.
Os workshops também promoveram tempo para 
network entre os profissionais, para troca de conheci-
mentos sobre as estratégias que estão sendo aplicadas, 
e com os representantes da indústria, para aprendizado 
sobre as tecnologias do mercado, abordando as reco-
mendações das diretrizes.
“Foi como uma mini Expo”, diz. “Para os enfermeiros que 
estavam enfrentando desafios com uma prática específi-
ca, esses workshops ofereceram a oportunidade de apri-
morar os conhecimentos e os recursos necessários para 
implementação da segurança na prática.
SOBECC com Você22
AORN
Exemplos de abordagens nos workshops para a 
implementação das Diretrizes: 
• Um teste simplificado para um item cirúrgico 
retido com a equipe perioperatória e um júri 
representado pelos participantes, para entender o 
que falha na prática recomendada, resultando no 
item cirúrgico retido.
• Diálogo com um autor das Diretrizes para entender 
como a evidência foi selecionada e avaliada 
para elaborar uma recomendação de prática e 
para aprender mais sobre o conjunto atual de 
evidências que abordam o tópico específico de 
segurança perioperatória.
• Colaboração em equipe entre grupos de 
participantes para tratar de um erro de segurança 
comum, com base nas recomendações de uma 
diretriz específica da AORN.
• Impressão e implementação de recursos on-line 
com os participantes de uma pasta de trabalho 
como um meio de retomar a implementação das 
diretrizes, de forma mais efetiva em suas próprias 
configurações de prática.
• Exposição prática às tecnologias cirúrgicas que 
suportam as diretrizes da AORN no tratamento 
de problemas de segurança, como aplicação de 
identificação por radiofrequência para reduzir o risco 
de um item cirúrgico retido.
"Nosso objetivo final com os workshops e com as 
recomendações baseadas em evidências que explo-
ramos é compartilhar soluções significativas para os 
desafios de segurança que os enfermeiros periope-
ratórios enfrentam". 
"Os pacientes confiam no sistema de saúde e na 
equipe perioperatória para que não sejam feridos 
durante o atendimento cirúrgico. Nesse sentido, os 
workshops de implementação das Diretrizes forne-
ceram o conhecimento e a compreensão necessá-
ria para apoiar os enfermeiros perioperatórios na 
condução dos cuidados de segurança do paciente, 
alcançando o melhor resultado possível”.
 Prevenção de lesões por pressão 
nos hospitais: estamos prontos para 
essa mudança?
RECURSOS ADICIONAIS
Cada workshop de implementação das Diretrizes teve 
a duração de um dia, das 7h às 16h. Os participantes 
também receberam uma subscrição de 12 meses para 
acesso às Diretrizes da AORN: Prática Perioperatória e 
Orientações Essenciais. 
Acesse as ferramentas de implementação on-line da 
AORN, elaboradas para ajudar você e sua organização a 
traduzirem evidência em prática™. 
Como o cuidado com lesão por pressão é complexo, 
os esforços para melhorar sua prevenção requerem 
uma abordagem do sistema que envolva mudanças 
organizacionais. Trazer mudanças de qualquer tipo é 
difícil. É ainda mais difícil quando envolve múltiplas 
Você sabia?
Número afetado: 2,5 milhões de pacientes 
por ano.
Custo: lesões por pressão custam US$ 9,1 a 
US$ 11,6 bilhões por ano nos EUA. O cus-
to do atendimento ao paciente individual 
varia de US$ 20.900 a 151.700 por lesão. 
A Medicare estimou em 2007 que cada lesão 
por pressão adicionou US$ 43.180 em cus-
tos para uma internação hospitalar.
Ações: Mais de 17 mil ações judiciais estão 
relacionadas a lesões por pressão anual-
mente. É a segunda reivindicação mais co-
mum após morte injusta e maior do que 
quedas ou sofrimento emocional.
Dor: lesões de pressão podem estar asso-
ciadas a dor severa.
Morte: a cada ano, cerca de 60 mil pacientes 
morrem como resultado direto de uma lesão 
por pressão.
SOBECC com Você 23
modificações simultâneas no fluxo de trabalho, co-
municação e tomada de decisão, conforme neces-
sário, em uma iniciativa de prevenção de lesão por 
pressão. A falta de avaliação da sua instituição para a 
mudança em vários níveis, pode levar a dificuldades 
imprevisíveis na implementação, ou mesmo à falha 
completa do esforço. Cada uma das perguntas abai-
xo ajudará você e a sua instituição a explorar e iden-
tificar imediatamente as etapas de ação para melho-
ria, se necessário.
• Os membros da instituição entendem por que a 
mudança é necessária?
• Existe urgência para mudar?
• A liderança administrativa sênior apoia a iniciativa?
• Quem se apropriará desse esforço?
• Quais recursos são necessários?
• E se não estiverem prontos?
 Os membros organizacionais entendem 
por que a mudança é necessária?
A prontidão requer, tanto a capacidade de fazer 
mudanças (por exemplo, saber o que é o novo pro-
tocolo de prevenção e como usá-lo), quanto a mo-
tivação para fazer a mudança. Essa motivação pode 
ser ajudada por fatores externos, como os mandatos 
federais ou estaduais. Mas, é mais provável que seja 
forte e duradouro se basear em uma compreensão 
clara das preocupações por trás da mudança plane-
jada em todos os níveis da organização.
Existem muitas razões potenciais para implemen-
tar um programa de prevenção de lesão por pres-
são. Embora ofereçamos motivos gerais e estatísticas 
na caixa abaixo, motivos ou casos locais podem ser 
mais tangíveis e atraentes. Por exemplo:
• Sua instituição experimentou um aumento 
significativo ou aumento nas taxas de lesão 
por pressão?
• Sua instituição está respondendo a mudanças?
• Houve algum evento adverso notável que tenha 
sido relacionado a lesão por pressão?
• A instituição foi alvo de uma ação legal relacionada 
à lesão por pressão?
• Os membros da equipe têm experiência pessoal 
com um familiar afetado por uma lesão de pressão?
AORN
FONTE 
AORN
DATA DA PUBLICAÇÃO 
18 de outubro de 2017
TRADUÇÃO 
SOBECC Nacional
SOBECC com Você24
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
171031 Anúncio Opticare.pdf 1 14/11/2017 14:10:46
É também utilizada como técnica pedagógica para tratar temas 
de saúde, por meio de expressão artística 
Acrobacia aérea em 
tecido: mais do que 
uma atividade física 
Originalmente do mundo circense, o tecido acrobá-
tico é uma modalidade que vem conquistando aque-
les que procuram por uma atividade física alternati-
va. Foi em 2009, quando cursava Enfermagem na 
Universidade de Campinas (Unicamp), que a enfer-
meira e doutoranda em Neurociências pelo Programa 
de Fisiopatologia Médica da Faculdade de Ciências 
Médicas da Unicamp, Gabriela Spagnol, teve o primei-
ro contato com o circo.
“Fiz ballet clássico e contemporâneo na infância e 
adolescência. Durante o ensino médio, a escola que 
frequentei incentivava a elaboração de espetáculos 
pelos alunos como ferramenta pedagógica para tratar 
temas de relevância, estimulando a reflexão. Na uni-
versidade, senti a necessidade de praticar exercício fí-
sico aliado à expressão corporal. Então, iniciei a prá-tica de tecido acrobático na Faculdade de Educação 
Física, atendendo o que eu buscava, mesclar arte, 
dança e exercício”, conta.
Em setembro de 2012, Gabriela foi fazer intercâmbio 
em Londres pelo Programa Ciência sem Fronteiras, 
para o curso de Health Services Management, na 
University of East London. Nesse período, ela estudou 
sobre Lean Healthcare e gestão em saúde. “Essa linha 
de pesquisa foi muito importante para compreender 
sobre trabalho em grupo, interdisciplinaridade, análise 
e resolução de problemas”, diz.
Em Londres, Gabriela continuou praticando atividades 
acrobáticas. Depois de participar de uma conferência 
no King's College, que abordava a Medicina Narrativa 
com o uso da arte para o ensino na saúde, Gabriela se 
sentiu motivada em aliar sua prática circense à criação 
de espetáculos como estratégia para expressar os es-
tudos de saúde.
“Nesse evento surgiu o interesse em utilizar a expres-
são artística para retratar temas da área da saúde. 
Existe uma linha de investigação, cada vez mais aceita 
na academia, conhecida como Investigação Baseada 
em Arte (Arts Based Knowledge Translation - ABKT), 
muito aplicada no Canadá, que traz a arte como meio 
de expressar, ou traduzir, resultados de pesquisa, com 
o objetivo de difundir e disseminar os trabalhos da 
academia para diversos públicos”, explica.
De volta ao Brasil, Gabriela colocou em prática a sua 
ideia com a produção do espetáculo “À Luz”, com a 
construção de uma dança aérea, retratando o sofri-
mento humano nos conflitos, a dor e a perda, inspira-
do nos milhares de soldados que morreram na guer-
ra da Criméia por falta de cuidados adequados nos 
hospitais. Ela descreve: “No espetáculo, a esperança 
surge com a chegada da dama da lâmpada, a enfer-
meira Florence Nightingale, representada com a cena 
da luz vinda das alturas, trazendo o cuidado”. O es-
petáculo foi apresentado em 2015, no 67º Congresso 
Brasileiro de Enfermagem, realizado no Anhembi, na 
capital paulista. No ano seguinte, “À Luz” foi exibido 
na Semana Brasileira de Enfermagem e no Festival de 
Artes, ambos na Unicamp.
SOBECC com Você26
1, 2. Espetáculo À Luz - lâmpada da Florence no tecido 
3. Espetáculo Nós - Cena hospital
Gabriela faz parte do Grupo de Inovação e 
Gestão em Saúde (GIGS) da Faculdade de 
Ciências Médicas e do Grupo de Estudos em 
Educação e Práticas de Enfermagem e Saúde 
(GEPEPES) da Faculdade de Enfermagem da 
Unicamp. Desde 2013, integra a diretoria da 
ONG ASPE (Assistência à Saúde do Paciente com 
Epilepsia), fundada em 2002 para executar o 
projeto demonstrativo da OMS “Epilepsia Fora 
das Sombras”, a diretoria da Epibrasil (Federação 
Brasileira de Epilepsia), ONG que reúne associa-
ções e movimentos de pessoas com epilepsia 
do Brasil, e a diretoria da Associação Brasileira 
de Enfermagem – Seção São Paulo (ABEn-SP) – 
Regional Campinas.
Outros espetáculos com a mesma finalidade foram 
produzidos, como o “Perspectiva”, criado a partir das 
narrativas de pessoas com epilepsia, embasado na 
pesquisa “Dialogando com as emoções” que, segun-
do Gabriela, “acompanha a construção de um diálo-
go entre duas personagens que buscam estabelecer 
uma relação em meio a um universo de medos e inse-
guranças”. Outro é o “Nós”, cujo enfoque é trabalhar 
a interdisciplinaridade com os graduandos dos cursos 
de saúde da Unicamp. De acordo com Gabriela, “as 
pesquisas têm demonstrado o potencial da arte em 
promover a interdisciplinaridade, permitindo a cons-
trução coletiva e a tradução de mensagens de manei-
ra a provocar experiências e vivências”.
FORA DA PROFISSÃO
1
3
2
SOBECC com Você 27
Para a saúde do coração, 
vinho!
Sim, isso mesmo. O consumo consciente de vinho 
faz bem à saúde do coração. Se você gosta da bebi-
da, a ciência comprova bons motivos para incluí-la re-
gularmente na sua dieta. No passado, estudos desco-
briram que os consumidores de vinho têm corações 
mais saudáveis. Desde os anos 1990, uma série de es-
tudos experimentais foram publicados, apontando os 
benefícios. Os antioxidantes, flavonoides e polifenóis 
contidos no vinho tinto foram tidos como benéficos 
em várias doenças.
Uma pesquisa mais recente realizada na República 
Tcheca, liderada pelo Prof. Dr. em Cardiologia Milos 
Taborsky, intitulada Red or White consumption ef-
fect on atherosclerosis in healthy individuals (In Vino 
Veritas study)¹, uma das primeiras a rastrear os efeitos 
do vinho, sugere que a bebida tem efeito protetor so-
bre a aterosclerose, condição em que ocorre o acú-
mulo de placas de gordura, colesterol e outras subs-
tâncias nas paredes das artérias, causando obstrução 
do fluxo sanguíneo.
Publicado neste ano, esse estudo comparou os efei-
tos a longo prazo de vinhos tintos e brancos na ate-
rosclerose com 157 indivíduos saudáveis para consu-
mo da bebida, dividindo-os em dois grupos: os que 
bebiam vinho branco e os que consumiam vinho tin-
to. Mulheres com peso corporal inferior a 70kg, con-
sumiram 0,2 litros por dia, mulheres com mais de 70 
kg e homens consumiram 0,3 litros por dia. No final 
do estudo, não foi encontrado aumento do coleste-
rol HDL nos dois grupos. Porém, aos 12 meses, houve 
redução do colesterol LDL (associado à progressão da 
aterosclerose) em ambos os grupos. Os níveis base de 
colesterol total, glicemia em jejum, testes de função 
hepática e níveis de marcadores inflamatórios, como 
a proteína C-reativa, entre outros relevantes para ate-
rosclerose, também não foram afetados pelo consu-
mo regular de vinho em ambos os grupos.
Uma observação importante apontada pelo cardiolo-
gista do Departamento de Clínica Médica, Dr. Ronaldo 
Rabello, é sobre o mito de que vinho tinto é mais be-
néfico que o branco. Contudo, ele adverte: “A propos-
ta do efeito protetor do vinho deve ser bem considera-
da. O consumo deve ser consciente e moderado. Vale 
alertar que beber acima dos que os estudos apontam, 
gera efeitos adversos, como alcoolismo, hipertensão 
arterial, arritmia, entre outros”.
O Dr. Rabello ressalta que outros estudos têm mostra-
do que o consumo de álcool superior a 20g (1 taça) 
por dia é responsável pelo aumento na incidência de 
hipertensão arterial, sendo essa uma das patologias 
mais frequentes na população em geral e um dos fa-
tores de risco para aterosclerose. A dica é aquela má-
xima: beba com moderação, sempre!
Pesquisa revela que vinho tinto ou branco promove mesmo benefício
SOBECC com Você28
BEM-ESTAR
Os melhores vinhos do Ano de 2017
A Associação de Jornalistas e Escritores de Vinhos e Licores (World Association 
of Writers and Journalists of Wines and Spirits - WAWWJ) publicou a sua lis-
ta dos 150 melhores vinhos do mundo deste ano, tendo em 5º lugar um bra-
sileiro: o espumante Casa Perini Moscatel, produzido pela vinícola Perini, que 
também levou o 1º lugar na categoria Espumantes, e, segundo o site Wine 
Brasil – Boutique dos Vinhos, custa menos de R$ 50,00.
Uma excelente opção para os brindes de Ano Novo. Saúde!
Para conferir a lista completa dos 150 melhores vinhos do mundo, acesse: 
http://www.wawwj.com/2017/_SP/ran_year.php
Referência:
1. M.Taborsky, P. Ostadal, T. Adam, O. Moravec, V. Gloger, A. Schee, T. Skala. Red or 
White wine consumption effect on atherosclerosis in healthy individuals (In Vino Veritas 
study). Bratislava Medical Journal. 2017.
Disponível em: http://www.elis.sk/index.php?page=shop.product_
details&flypage=flypage.tpl&product_id=5222&category_id=135&option=com_
virtuemart&vmcchk=1&Itemid=1 
e https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22428764
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RESENHA
Diretrizes de Práticas em Enfermagem 
Cirúrgica e Processamento de Produtos 
para a Saúde
Lançada este ano pela Associação Brasileira de 
Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação 
Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC 
Nacional), com o título “Diretrizes de Práticas em 
Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos 
para a Saúde”, 7ª edição, a obra é o aperfeiçoamento 
da consagrada “Práticas Recomendadas da SOBECC”. 
A obra foi revisada integralmente por um grupo de es-
pecialistas, que atuam, tanto em serviços de saúde, 
quanto na docência em universidades de diversos esta-
dos do Brasil. Durante o ano de 2016, esse grupo iden-
tificou as questões clínicas de maior relevância para a 
área, desenvolvendo um minucioso trabalho de atuali-
zação baseado em evidências científicas encontradas 
na literatura. A partir da qualidade dessa evidência cien-
tífica avaliada, o grupo de especialistas das Diretrizes 
elaborou as recomendações para a prática, utilizando 
como inspiração a metodologia da American College 
of Cardiology (ACC) e da American Heart Association 
(AHA), em que as evidências são sumarizadas em três 
níveis (A, B e C) e, a partir da avaliação da qualidade 
da literatura produzida, foram traçadas as recomenda-
ções, de classe I a III, retratando a segurança com que 
determinada intervenção pode ser realizada.
Com 487 páginas e redigida em Português, as 
“Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e 
Processamento de Produtos para a Saúde” está divi-
dida em três grandes partes, subdividas em capítu-
los, que estão estruturados em tópicos, para facilitar 
a consulta. A Parte I, intitulada Centro de Material e 
Esterilização (CME), traz as práticas recomendadas em 
sete capítulos. A Parte II aborda as questões do Centro 
Cirúrgico (CC) em 11 capítulos. Finalizando, a Parte III, 
Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), descreve 
as recomendações em 10 capítulos. 
Toda a obra contém ilustrações, tabelas e quadros, 
para exemplificar alguns assuntos descritos e cada 
capítulo traz, ainda, os tópicos de Considerações finais 
e Referências, objetivando a ampliação da pesquisa pelo 
leitor sobre a prática em Enfermagem Perioperatória.
Desta forma, as “Diretrizes de Práticas em Enfermagem 
Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde” 
é uma obra de grande valor, não apenas para os en-
fermeiros, como também para os estudantes de 
Enfermagem e outros profissionais da saúde que quei-
ram aprofundar seus conhecimentos, por trazer à luz 
da profissão um manual compilado e completo, de fá-
cil pesquisa e entendimento, para lidar com os pacien-
tes nos períodos pré, trans e pós-operatório, e para 
atuar com a excelência necessária no CME. Assim, a 
obra se propõe ser uma importante ferramenta, cola-
borando para a segurança do paciente e para a quali-
dade da assistência à saúde.
Diretrizes de Práticas 
em Enfermagem Cirúrgica 
e Processamento de 
Produtos para a Saúde 
Centro de Material e Esterilização | Centro Cirúrgico | Recuperação Pós-anestésica
7ª edição
2017
7ª edição
2017
Esta obra representa uma parte da missão da Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação 
Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC Nacional), com a certeza de que contribuímos para a evolução 
da Enfermagem brasileira, especialmente nos setores de Centro de Material e Esterilização (CME), Centro Cirúrgico (CC) 
e Recuperação Pós-Anestésica (RPA).
 
Para esta 7ª edição, as nossas práticas recomendadas foram totalmente reformuladas, revisadas e atualizadas, alterando 
também o seu título, com o intuito de se adequar às inovações exigidas pela profissão em consonância com as atuais 
diretrizes da área.
 
Os autores, revisores e coordenadores desta edição, cuidadosamente escolhidos com base científica e em sua 
expertise, juntamente com a diretoria da SOBECC Nacional, dedicaram-se para desenvolver uma obra abrangente e 
com credibilidade, a fim de que suas recomendações sejam compreendidas por todos os profissionais dos setores 
envolvidos, os quais são os responsáveis soberanos pela assistência segura e livre de danos aos pacientes.
 
As diretrizes inerentes à nossa realidade cultural foram consolidadas a partir da prática baseada em evidências. Com 
ousadia, foram incorporadas clássicas recomendações internacionais, com muita crítica e responsabilidade, conferidas 
por estudos rigorosamente conduzidos pelos pesquisadores brasileiros.
 
Destinado aos profissionais atuantes na Enfermagem Perioperatória, que engloba o CC e a RPA, e no CME, esta obra 
concretiza-se como instrumento indispensável aos enfermeiros, estudantes de graduação e pós-graduação e outros 
profissionais interessados que almejam aprofundar e atualizar conhecimentos específicos nessas áreas.
 
Ao publicar esta edição, o nosso sentimento é de orgulho, vitória e dever cumprido, com a certeza de que é uma 
enriquecedora colaboração para capacitação da Enfermagem em CC, RPA e CME. 
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Enfa. Mestre Marcia Hitomi Takeiti
Presidente da SOBECC Nacional
Gestão 2015-2017
Enfa. Drª Giovana Abrahão de Araújo Moriya 
Coordenadora-geral das Diretrizes de Práticas 2017
Diretora da Comissão de Educação da SOBECC Nacional
Gestão 2015-2017
Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica 
e Processamento de Produtos para a Saúde 
Capa Sobecc.indd Todas as páginas 02/08/17 17:06
Coordenação geral: Enfa Dra Giovana 
Abrahão de Araújo Moriya
Revisora técnica: Profa Dra Rachel de Carvalho
Editora: Manole
Edição: 7a
Ano de publicação: 2017
Nº de páginas: 487
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