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Entrevista Opinião do especialista Entrevistamos a Professora Doutora Danielly Negrão para entendermos mais sobre os Resíduos no Bloco Operatório. Checklist cirúrgico: o uso do checklist pode evitar/mitigar eventos adversos durante o procedimento cirúrgico. Estudos sobre a hipotermia perioperatória revelam informações importantes a respeito desse mal, que pode ser evitado. Ano VI • Nº 4 • Out - Dez/2019 Riscos, prevenção perioperatória e cuidados com a Hipotermia Editorial 4 Final de ano: Hora de agradecer e recordar! Agenda 5 Programação de eventos. Giro de Notícias 10 Destaques da SOBECC Nacional. Especial 18 Riscos, prevenção e cuidados com a hipotermia perioperatória. Entrevista 21 Resíduos no Bloco Operatório: Entrevistamos a Professora Doutora Danielly Negrão para entendermos mais sobre os assunto. Opinião do especialista 23 Falamos com as especialistas Adriana Cristina de Oliveira e Claudia Sarmento Gama sobre a importância do Checklist cirúrgico. nesta edição Diretoria da SOBECC — Gestão 2019-2021 Presidente: Giovana Abrahão de Araújo Moriya *Vice-presidente: Marcia Cristina Pereira de Oliveira *Primeiro-secretário: Rafael Bianconi *segunda-secretária: Liraine Laura Farah *Primeira-te- soureira: Cecília da Silva Ângelo *Segunda-tesoureira: Maria Lucia Leite Ribeiro *Diretora do Conselho Fiscal: Andréa Alfaya Acunã * Membro do Conselho Fiscal: Thiago Franco Gonçalves *Membro do Conselho Fiscal: Fernanda Torquato Salles Bucione *Diretora da Comissão de Assistência: Simone Garcia Lopes * Membro da Comis- são de Assistência: Juliana Rizzo Gnatta *Membro da Comissão de Assistência: Ana Lucia Gargione Sant´Anna *Diretora da Comissão de Educação: Vanessa de Brito Poveda *Membro da Comissão de Educação: Debora Cristina Popov *Membro da Comissão de Educa- ção: Marcia Hitomi Takeiti * Diretora da Comissão de Publicação e Divulgação: Rachel de Carvalho *Membro da Comissão de Publi- cação e Divulgação: Rita Catalina Aquino Caragnato *Membro da Comissão de Publicação e Divulgação: Maria Belén Salazar Posso *Diretora de Eventos Regionais: Soraya Palazzo. Órgão oficial da Associação Brasileira de Enfermagem em Centro Ci- rúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC Nacional). Comissão de Publicação e Divulgação – Diretora: Dra. Rachel de Carva- lho – Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), São Paulo *Membros: Dra. Rita Catalina Aquino Caragnato – Universi- dade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Dra. Maria Belén Salazar Posso – Faculdade de Pindamonhangaba (FUBVIC). Equipe Técnica — Coordenação: Sirlene Aparecida Negri Glasenapp e Simone Batista Neto • Redação: Luciano Milici • Revisão: Profa. Dra. Rachel de Carvalho • Projeto Gráfico: Ages Comunicação Integrada • Secretaria: Maria Elizabeth Jorgetti e Claudia Martins Stival • Tiragem: 6.000 exemplares • Impressão: Editora Cartago Editorial. A SOBECC com Você é uma publicação trimestral da SOBECC Nacio- nal, dirigida a profissionais de Enfermagem do Bloco Operatório, com o objetivo de divulgar informações sobre boas práticas de assistência de Enfermagem. A reprodução parcial ou total de qualquer matéria desta edição só é permitida mediante autorização. Rua Vergueiro 875 • Conj. 64 • Liberdade • 01504-001 • São Paulo • SP CNPJ: 67.185.215/0001-03 Fone: (11) 3341-4044 • www.sobecc.org.br CONTATO, DÚVIDAS E SUGESTÕES: sobecc@sobecc.org.br EXPEDIENTE SOBECC com Você 3 AORN 26 Garantia da passagem de plantão eficaz do paciente no contexto perioperatório. Fora da profissão 29 Aromaterapia: a potência da natureza no cui- dado da saúde integral do indivíduo, segundo a enfermeira Kátia Calegaro. Bem-estar 32 Natal: Seu bem-estar é o bem-estar de todos. Resenha 34 Guia Prático de Enfermagem em Cirurgia Robótica. EDITORIAL SOBECC com Você EDITORIAL Final de ano: tempo de agradecer e recordar! Iniciamos o ano de 2019 confiantes na dedicação para o fortalecimento da En- fermagem Perioperatória no nosso Brasil e nas oportunidades que se apresen- tariam. Nosso objetivo maior era promover ainda mais as Boas Práticas, apro- veitando e criando, possibilidades de aproximação e aprendizado. Com grande alegria, atingimos os nossos objetivos e este foi um ano de muitas vitórias! Foi um ano marcante, de intenso trabalho com as participações nas representa- ções da diretoria da SOBECC Nacional nos eventos internacionais da AORN Glo- bal Surgical Conference & Expo, ocorrido em abril, em Nashville, no Tennessee (EUA); a IAHCSMM Annual Conference & Expo, evento oficial da International Association of Healthcare Central Service Material Management, ocorrido no final de abril e início de maio em Anaheim, na Califórnia (EUA); o 10º Congreso Panamericano de Esterilización, realizado na cidade de Buenos Aires, Argentina; a criação da Federação Latino Americana de Esterilização Hospitalar (FELACEH) da qual a Prof. Maria Belén Salazar Posso, representante da diretoria da SOBECC Nacional, faz parte da diretoria como Vogal de Acreditação e a 10ª edição do Congresso Mundial de Esterilização, ocorrido na Holanda na cidade de Haia, realizado pelo World Federation for Hospital Sterilisation Sciences (WFHSS), no qual tive o prazer de participar da Assembleia Geral com representantes de todo o mundo, estreitando laços de amizade e cooperação, além de abrir importan- tes caminhos para a área do conhecimento científico. Nos eventos nacionais, pelo nosso imenso País, chegamos a 3 regiões das 5 existentes, com 4 eventos itinerantes com intensa participação do público local e das regiões circunvizinhas, resultando em grande sucesso e agendamento de próximos eventos. Destaco o crescimento da nossa revista científica pela conquista da classificação B2 na Qualis Capes. Também, as iniciativas de EAD em Atualizações em Centro Cirúrgico, Robótica, Centro de Material e Esterilização, além do curso prepara- tório para obtenção do Título de Especialista que tem sido uma estratégia de ensino de sucesso para também alcançar os profissionais associados ou não das mais variadas partes do País, que não têm a oportunidade de comparecer a um curso presencial. Um grande e inesquecível destaque deste ano foi o 14º Congresso Brasileiro de Enfermagem em CC, RA e CME, com o tema do “Empoderamento do Enfer- meiro Perioperatório: competências que salvam vidas”, que não foi escolhido por acaso, pois se trata de uma temática de valorização dos profissionais que a SOBECC sempre buscou e continuará buscando. No evento, foi lançada a Cam- panha com o tema “Hoje a minha atitude foi a sua segurança”, na qual tivemos a oportunidade de conhecer vários depoimentos dos nossos profissionais de diferentes realidades que atuam na área. Este evento superou as expectativas e consolidou, mais uma vez, a Associação em âmbito nacional. Esse é um momento de união maior. Junte-se a nós! Vamos fortalecer cada vez mais a Enfermagem Perioperatória e reafirmar nosso compromisso de salvar vidas e garantir um atendimento seguro para o paciente com atitudes e habili- dades técnicas sempre em busca dos melhores resultados na saúde. Nesta última edição de 2019, você vai conhecer um pouco mais sobre os riscos, a prevenção e os cuidados com a hipotermia perioperatória; lerá uma mara- vilhosa entrevista com a Enfermeira Danielly Negrão sobre resíduos no bloco operatório; na Opinião de Especialista, a Enfermeira Adriana Cristina de Oliveira detalha o checklist cirúrgico; na matéria especial da AORN, como passar o plan- tão de maneira eficaz no centro cirúrgico e, por fim, conhecerá um pouco mais sobre o Natal na sessão do Bem-Estar! Desejamos muita Paz, Saúde e Felicidade no ano que se inicia. Um próspero e maravilhoso 2020! Giovana Abrahão de Araújo Moriya Presidente SOBECC Nacional Giovana Abrahão de Araújo Moriya Presidente SOBECC Nacional Gestão 2019/2021 Esse é um momento de união maior. Junte-se a nós! 4 Eventosregionais da SOBECC Nacional AGENDA AORN GLOBAL SURGICAL CONFERENCE & EXPO Data: de 28 de março a 1º de abril de 2020 Local: Anheim - Califórnia, EUA Informações: www.aorn.org/surgicalexpo PÓS GRADUAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM DOR DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO EM PARCERIA COM A SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDO DA DOR (SBED) Data: previsão 17 de abril de 2020 Local: Campus Ipiranga Informações: https://bit.ly/2R0USOu II JORNADA CIENTÍFICA DE BLOCO OPERATÓRIO CARIOCA DA SOBECC NACIONAL Data: 21 de março de 2020 Local: Novo Hotel - Botafogo - RJ Informações: www.sobecc.org.br I JORNADA CIENTÍFICA EM BLOCO OPERATÓRIO VITÓRIA - ESPIRITO SANTO Data: 25 de abril de 2020 Local: Hotel Senac Ilha do Boi - Vitoria - ES Informações: www.sobecc.org.br I JORNADA CIENTIFICA EM BLOCO OPERATÓRIO SOBECC NACIONAL DE MANAUS Data: 12 de setembro de 2020 Local: a definir Informações: www.sobecc.org.br 21º EDIÇÃO CONGRESSO MUNDIAL DE ESTERILIZAÇÃO WFHSS Data: de 25 a 28 de novembro de 2020 Local: Hong Kong - China Informações: www.wfhss.com ESPECIALIZAÇÃO EM ABORDAGENS ONCOLÓGICAS NA AREA DA SAÚDE Inscrições: até 06 de janeiro de 2020 Data de início: 13 de janeiro de 2020 Modalidade: On-line Informações: www.saocamilo-sp.br/pos-graduacao IAHCSMM ANNUAL CONFERENCE & EXPO Data: de 25 a 28 de abril de 2020 Local: Chicago, Illinois - EUA Informações: www.iahcsmm.org/events/annual- -conference-expo.html 12º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR RELACIONADO À ASSISTÊNCIA À SAÚDE Data: de 25 a 28 de agosto de 2020 Local: Palácio das Convenções do Anhembi - São Paulo Informações: www.sobecc.org.br 3º CONDEPE – CONGRESSO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM Data: de 22 a 23 de abril de 2020 Local: Transamerica Expo Center - São Paulo Informações: www.condepe.com.br PÓS GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM CC, RA E CME - CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO – SÃO PAULO Campus Pompéia Data: previsão 03 de abril de 2020 Campus Ipiranga Data: 07 de abril de 2020 Informações: https://bit.ly/34Ep2Lr II JORNADA CIENTÍFICA NORTE/NORDESTE DE PRÁTICAS EM ENFERMAGEM CIRÚRGICA E PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE Data: 23 de maio de 2020 Local: Hotel Mercury Rio Vermelho - Salvador - BA Informações: www.sobecc.org.br III JORNADA CIENTÍFICA DE BLOCO OPERATÓRIO DO INTERIOR PAULISTA DA SOBECC NACIONAL - CIDADE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Data: 18 de julho de 2020 Local: a definir Informações: www.sobecc.org.br I JORNADA CIENTÍFICA EM BLOCO OPERATÓRIO CENTRO-OESTE DA SOBECC NACIONAL - CIDADE DE CUIABÁ, MATO GROSSO Data: 24 de outubro de 2020 Local: a definir Informações: www.sobecc.org.br II JORNADA CIENTÍFICA DE BLOCO OPERATÓRIO DA SOBECC NACIONAL - SANTA CATARINA Data: 07 de novembro de 2020 Local: a definir Informações: www.sobecc.org.br I JORNADA CIENTÍFICA EM BLOCO OPERATÓRIO MINEIRA DA SOBECC NACIONAL - BELO HORIZONTE Data: 26 de setembro de 2020 Local: a definir Informações: www.sobecc.org.br SOBECC com Você 5 Anuidade SOBECC Nacional: o que muda para 2020 AFILIADOS são os profissionais que atuam nas área rela- cionadas à SOBECC Nacional, representantes comerciais das empresas da área de saúde. ESTRANGEIROS são os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem de outros países que comprovarem a atuação nas áreas relacionadas à SOBECC Nacional. São associados da SOBECC Nacional o profissional que realizar a quitação do pagamento da anuidade do ano corresponde. 20 20 ANUIDADE CATEGORIA PROFISSIONAL (BRASILEIROS/ESTRANGEIROS) VALORES 1º PERÍODO DE VENCIMENTO VALORES 2º PERÍODO DE VENCIMENTO Estudantes do curso técnico de enfermagem R$ 145,00 02/01/2020 a 30/06/2020 R$ 165,00 01/07/2020 a 28/12/2020 Auxiliares e técnico de enfermagem Instrumentador cirúrgico Estudantes de graduação em enfermagem CATEGORIA PROFISSIONAL (BRASILEIROS/ESTRANGEIROS) VALORES 1º PERÍODO DE VENCIMENTO VALORES 2º PERÍODO DE VENCIMENTO Enfermeiros R$ 260,00 02/01/2020 a 30/06/2020 R$ 300,00 01/07/2020 a 28/12/2020Profissionais Afiliados SOBECC com Você6 SOBECC NACIONAL: Rua Vergueiro 875, Bairro Liberdade • São Paulo • SP • CEP. 01504-001 • tel. (11) 3341-4044 • www.sobecc.org.br ASSOCIADOS • Integrar a Diretoria da SOBECC Nacional. • Organizar cursos e eventos na sua cidade, com o apoio da Associação. Presidir eleições da SOBECC e/ou compor comissões da Associação. PUBLICAÇÕES VIDEOAULAS REVISTAS DESCONTOS GRATUIDADE CONFRATERNIZAÇÃO SORTEIOS Desconto de 50% na compra do convite jantar de confraternização nas edições do congresso e simpósio internacional realizado pela SOBECC Nacional. EAD promovidos pela SOBECC Nacional. CONHEÇA AS VANTAGENS DE SER UM ASSOCIADO DA SOBECC NACIONAL Acesso aos de videoaulas no site da SOBECC Nacional. Receber trimestralmente as revistas na sua casa: Revista SOBECC com Você e . Curso EAD preparatório de especialista da SOBECC Nacional. • Em inscrições de congressos e simpósios internacionais. • Em cursos, jornadas e cursos EAD, realizados pela SOBECC Nacional. • Descontos em todos os eventos que a SOBECC Nacional apoiar. AINDA NÃO É ASSOCIADO? APROVEITE TODOS OS BENEFÍCIOS E PARCELE A SUA ANUIDADE EM ATÉ TRÊS VEZES SEM JUROS NO CARTÃO DE CRÉDITO! Se tornar membro dos grupos de estudos da SOBECC Nacional. ` j v `j jv `v `jv h _bkbcf`flp=ab=pb=^ppl`f^alJîOKéÇÑ===N===OTLMSLOMNV===NNWMR Associados podem publicar os resultados de pesquisas na íntegra para o inglês, sem nenhum ônus. ` j v `j jv `v `jv h _bkbcf`flp=ab=pb=^ppl`f^alJîOKéÇÑ===N===MOLMTLOMNV===MVWRV Conheça cada benefício e não perca mais tempo. Entre para o time “SOMOS TODOS SOBECC”! ` j v `j jv `v `jv h _bkbcf`flp=ab=pb=^ppl`f^alJîPKéÇÑ===N===MOLNOLOMNV===NNWPUWOP Em 2020, você que ainda não é sócio, a SOBECC Nacional convida todos os profissionais brasileiros ou estrangeiros, que atuam em Bloco Operatório, e também estudantes, a fazerem parte da Associação. Confira os valores abaixo para fazer a sua adesão. Venha fazer parte da SOBECC Nacional! SOBECC NACIONAL: Rua Vergueiro 875, Bairro Liberdade • São Paulo • SP • CEP. 01504-001 • tel. (11) 3341-4044 • www.sobecc.org.br ASSOCIADOS • Integrar a Diretoria da SOBECC Nacional. • Organizar cursos e eventos na sua cidade, com o apoio da Associação. Presidir eleições da SOBECC e/ou compor comissões da Associação. PUBLICAÇÕES VIDEOAULAS REVISTAS DESCONTOS GRATUIDADE CONFRATERNIZAÇÃO SORTEIOS Desconto de 50% na compra do convite jantar de confraternização nas edições do congresso e simpósio internacional realizado pela SOBECC Nacional. EAD promovidos pela SOBECC Nacional. CONHEÇA AS VANTAGENS DE SER UM ASSOCIADO DA SOBECC NACIONAL Acesso aos de videoaulas no site da SOBECC Nacional. Receber trimestralmente as revistas na sua casa: Revista SOBECC com Você e . Curso EAD preparatório de especialista da SOBECC Nacional. • Em inscrições de congressos e simpósios internacionais. • Em cursos, jornadas e cursos EAD, realizados pela SOBECC Nacional. • Descontos em todos os eventos que a SOBECC Nacional apoiar. AINDA NÃO É ASSOCIADO? APROVEITE TODOS OS BENEFÍCIOS E PARCELE A SUA ANUIDADE EM ATÉ TRÊS VEZES SEM JUROS NO CARTÃO DE CRÉDITO! Se tornar membro dos grupos de estudos da SOBECC Nacional. ` j v `j jv `v `jv h _bkbcf`flp=ab=pb=^ppl`f^alJîOKéÇÑ===N===OTLMSLOMNV===NNWMR Associados podem publicar os resultados de pesquisas na íntegra para o inglês, sem nenhum ônus. ` j v `j jv `v `jv h _bkbcf`flp=ab=pb=^ppl`f^alJîOKéÇÑ===N===MOLMTLOMNV===MVWRV Conheça cada benefício e não perca mais tempo. Entre para o time “SOMOS TODOS SOBECC”! ` j v `j jv `v `jv h _bkbcf`flp=ab=pb=^ppl`f^alJîPKéÇÑ===N===MOLNOLOMNV===NNWPUWOP Revista Científica SOBECC Nacional Editorial: Integralidade da assistência ao paciente cirúrgico: articulação entre o hospital e a atenção básica Pauta Revista Nº 4 (Outubro/ Dezembro 2019) Artigos originais: • Avaliação dos fatores que causam suspensão cirúrgica hospitalar; • Adesão ao checklist de cirurgia segura: análise das cirurgias pediátricas; • Diagnósticos de enfermagem no transoperatório: mapeamento cruzado; • Validação de instrumento para registro da sistematização da assistência de enfermagem perioperatória; • Incidência de infecção de sítio cirúrgico em hospital dia: coorte de 74.213 pacientes monitorados; • Indicadores gerenciais do mapa cirúrgico de um hospital universitário; • Perfil das complicações associadas à circulação extracorpórea no pós-operatório imediato de revascularização do miocárdio; • Conhecimento de acadêmicos de enfermagem sobre os cuidados do enfermeiro ao paciente em recuperação anestésica. C M Y CM MY CY CMY K 191112 Anúncio Sobecc.pdf 1 14/11/2019 10:22:07 SOBECC com Você10 II Jornada Científica do Interior Paulista SOBECC NACIONAL – Ribeirão Preto SOBECC fechou 2019 com chave de ouro realizando a última jornada no ano na cidade de Ribeirão Preto, a II Jornada Científica do Interior Paulista SOBECC Nacional. O evento reuniu 240 profissionais de toda região. Agrade- cemos a comissão científica local pelo empenho para a realização desta jornada, os participantes e patrocinadores que estiveram presentes. A palestra de abertura trouxe a experiência de “Aumentar a produtividade com baixo cus- to: desafio para os gestores de Bloco Operatório”, tivemos a abordagem do tema “Avaliação da manutenção da este- rilidade de materiais úmidos/molhados após a esterilização por vapor e seu armazenamento”. Outra palestra muito importante foi sobre o “Risco de Infecção relacionado ao processamento de produtos para a Saúde: o dilema do prazo de validade do produto esterilizado”. Para fechar a II Jornada tivemos a palestra “Intercorrências anestésicas, hipotermia não planejada e delirium pós-operatório: como Da esquerda para direita Wagner de Aguiar Junior, Isabel Kazue Damas Crisol Iamaguti, Giovana Abrahão de Araújo Moriya, Marcia Cristina de Oliveira Pereira, Cecilia Ângelo da Silva, Juliana Pereira Machado, Jaqueline Lopes Gouveia, Priscila Buck Oliveira Ruiz, Adriano Roberto Martins e Soraya Palazzo. Entidades presentes ÉTICA SAUDE SUMMIT ABIIS, CBDL, SOBECC, SBHCI. GIRO DE NOTÍCIAS Ética Saúde SUMMIT - Instituto Ética Saúde O Ética Saúde Summit 2019, realizado em parceria com a FGVethics, reuniu mais de 200 convidados e 25 deba- tedores. Na palestra de abertura, a secretária de Transparência e Preven- ção da Corrupção da Controladoria Geral da União (CGU), Claudia Taya, destacou como principais desafios no combate à corrupção no Brasil “a mudança real da cultura empresarial, o efetivo comprometimento da alta direção, programas de integridade adaptados aos riscos da empresa e inseridos em sua estrutura de gover- nança”. Campanha de Sensibilização No final do evento, o Instituto Ética Saúde, em parceria com o Instituto Não Aceito Corrupção (INAC), lançou a campanha Ética não é moda, ética é saúde! “Os objetivos são difundir e fortalecer as ações conduzidas pelo IES para a prevenção e o combate aos desvios de conduta na saúde e sensi- bilizar a sociedade sobre a cultura ética no segmento e, assim, consolidar um ambiente de boas práticas, onde o maior beneficiado será o próprio indivíduo. Todos nós, como cidadãos, ao evitarmos pequenas práticas que encarecem o sistema, estaremos disseminando a Ética e ajudando a transformar o Sistema de Saúde no Brasil”, destacou o presidente do Conselho de Administração do Instituto Ética Saúde, Gláucio Pegurin Libório. identificar?”, apresentada brilhantemente pela palestrante Rhyane Ferreira de Souza Vieira. SOBECC com Você 11 Anaclara Ferreira Veiga Tipple Comitiva Brasileira GIRO DE NOTÍCIAS Legenda: Anaclara Ferreira Veiga Tipple Foi realizado entre 31 de outubro e 2 de novembro, na cidade de Haia na Ho- landa, a 20º edição do Congresso Mundial de Esterilização, organizado pelo comitê científico da WFHSS. O congresso reuniu 1800 participantes vindos de 75 países em busca de atualização na área de esterilização. Foram abordados temas como “Processamento de Endoscópios contaminados - se preocupar, ignorar ou combater?”, “O estado do reprocessamento do en- doscópio - uma perspectiva americana”, “O uso de solos de teste e dispositivos substitutos para validar a descontaminação de endoscópios e instrumentos cirúrgicos”, “Regulamento de Dispositivos Médicos - onde estamos, o que po- demos esperar”, “Práticas de validação de lavadoras em todo o mundo”, “O valor do serviço em Centro de Material de Esterilização”, “Medindo o desempenho do Centro de Material de Esterilização - qual é o bom desempenho e quais KPIs podemos usar para medir” e “O impacto positivo das mídias sociais na aprendi- zagem e no crescimento profissional na comuni- dade global de proces- samento estéril”. Foram apresentados 78 E-pôs- teres, 17 deles brasileiros. Sendo nove E-pôsteres de instituições da cidade de São Paulo (SP), quatro de Goiânia (GO), dois de instituições de Porto Alegre (RS) e dois de ins- tituições de Belém (PA). 20ª Edição do Congresso Mundial de Esterilização WFHSS - Holanda Representando a Faculdade de En- fermagem (FEN) e o Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) da Universidade Federal de Goiás (UFG) no 20º WFHSS Congresso Mundial de Esterilização - Haia/Ho- landa, a Professora Anaclara Ferreira Veiga Tipple teve seu trabalho reco- nhecido como 3º melhor E- Pôster. Tema do trabalho da professora foi “MICROBIOLOGICAL ANALYSIS OF HOSES OF WASHER-DISINFECTORS USED FOR PROCESSING GASTROIN- TESTINAL ENDOSCOPES IN USE IN CLINICAL PRACTICE.” Rachel de Carvalho e Giovana Abrahão de Araújo Moriya SOBECC com Você12 X Simpósio de Enfermagem do Sabará Hospital Infantil No dia 29 de outubro, foi realizado X Simpósio de Enfermagem do Sabará Hospital Infantil, que teve como tema central “Estratégias de valoriza- ção da Enfermagem pediátrica frente à excelência do cuidar”. Soraya Pa- lazzo, Diretora de Eventos Regionais da SOBECC Nacional, participou do evento apresentando o tema “O Empoderamento da Enfermagem no Posicionamento Cirúrgico”. Magda Budzinski, Gerente Enfermagem Sabará Hospital Infantil, apresentou a palestra “Programa de Valorização da Enfermagem”. Renata Pietro Pe- reira Viana, Presidente do Coren-SP, apresentou a palestra “O movimento Coren na filosofia Nursing Now”. Por fim, no decorrer do evento, foram abordados temas como: “Atitudes que garantem a segurança do pa- ciente cirúrgico”, “Humanização: estratégias não farmacológicas de diminuição da ansiedade em pacien- tes cirúrgicos pediátricos”. Da esquerda para direita Soraya Palazzo SOBECC Nacional, Magda Budzinski Gerente de Enfermagem Hospital Sabará Infantil e Renata Pietro Pereira Viana, Presidente do Coren-SP. GIRO DE NOTÍCIAS Em 26 de outubro de 2019, a SOBECC Nacional em conjun- to com o Laboratório MSD, realizou o III Fórum de Enfer- meiros e Farmacêuticos no Hotel Gran Estanplaza Berrini na Cidade de São Paulo. Foram abordados temas importantes como: “Jornada do paciente cirúrgico: papel da equipe multidisciplinar”, apresentado pelo Dr. Enis Donizeti da Silva. Qualidade e segurança do paciente. Protocolo de BNM e revisão| indicadores de qualidade. Foi abordado também “O Perfil do profissional do novo milenium: formação x evolução”, pela Enfa. Profa. Dra. Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti. “O cuidado Humanizado na RPA: corpo, alma e coração”, apresentado pela Profa. Dra. Debora Cristina Po- pov, membro da SOBECC Nacional. A mesa de discussão “O que podemos mudar na minha rotina amanhã”, foi o tema apresentado pela Enfa. Mestre Fernanda Toquatro Sallas Bucione, também membro da SOBECC Nacional. Fórum de enfermeiros e farmaceuticos - MSD Debora Cristina Popov SOBECC com Você 13 Evandro Watanabe, Claudia Moraes, Juliana Gnatta, Cecilia Ângelo, MarciaH. Takeiti, Vanessa B. Poveda, Kazuko U. Graziano, Camila Bruna, Rosa Aires, Maíra Ribeiro, Rosely Figueiredo, Monica Taminato e Jeane A. Gonzalez Bronzatti. No dia 15 de outubro, foi realizado no Anfiteatro da Escola de Enfermagem da USP, o evento “Produção acadêmica da enfermagem em debate: processa- mento de produtos para saúde & pre- venção de infecção relacionada à assis- tência à saúde”, promovido pelo Grupo de pesquisa Políticas Públicas, Epide- miologia e Tecnologias em Prevenção de Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (PETIRAS), sob coordenação da Profª Dra. Kazuko Uchikawa Graziano e da Profª Dra. Maria Clara Padoveze. O evento reuniu um grupo de experti- ses no assunto para debater as produ- ções científicas publicadas por grupos de pesquisa nacionais que estudam a temática de processamento de produ- tos para saúde e prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde. A Profª Drª Kazuko Uchikawa Gra- ziano e a Drª Maíra Ribeiro Marques apresentaram aspectos relevantes sobre o processamento seguro de endoscópios e materiais. A Drª Cristiane Schmitt (HAOC) e a Drª Camila Sarmento Gama (UFMG) I Simpósio - Petiras - EE-USP V Congresso Internacional de Enfermagem Cidade de Cusco GIRO DE NOTÍCIAS Comissão organizadora V Congresso Internacional de Enfermagem Cidade de Cusco trouxeram publicações científicas so- bre o tema “Foco na implementação de medidas de prevenção de Infec- ções de Sítio Cirúrgico”. A Profª Drª Adriana Maria da S. Félix (Santa Casa de São Paulo) e Profª Drª Rosely Moralez de Figueiredo (UFSCAR) abordaram a temática sobre “Precau- ções específicas para evitar a transmis- são de microrganismos em serviços de saúde: evidências e desafios”. Por fim, o evento foi encerrado com um debate sobre um olhar criterioso Nas novas perspectivas de descon- taminação do ambiente, suscitado pelas apresentações da Profa. Dra. Kazuko e do Prof. Dr. Evandro Wata- nabe (FORP-USP). De 10 a 12 de outubro, a SOBECC apoiou o V Congresso Internacional de Enfermagem, realizado na cidade de Cusco, no Peru. O tema, focado em “Tendências Atuais das Especialidades e Saúde Pública”, levou à reflexão sobre a importância da profissão de enfermagem no cenário atual, definida e sentida por muitos como perturbadora na Amé- rica Latina. Nesse contexto, o Congresso promoveu uma revisão crítica das chaves que determinaram, nos últimos anos, a constante evolução e condição no desempenho profissional da enfermagem e, portanto, sua essência, va- lores e contribuição. Para isso, o encontro contou com 550 participantes da América Latina e Espanha, entre Enfermei- ros e estudantes de enfermagem, além de palestrantes de destaque da Espanha, Brasil, Chile e Peru. A SOBECC esteve presente com palestras ministradas pela Presidente, Profa. Dra. Giovana Abrahão Moriya de Araújo, a Profa. Dra. Maria Belém Salazar Posso e Profa. Ms. Soraya Palazzo, membros da Diretoria, além de representantes da Sociedade Brasi- leira de Estudos de Dor (SBED): Dr. Irimar de Paula Posso, Prof. Dr. Henrique Moriya da Escola Politécnica da USP e Enfa. Especialista Vera Lucia Aquino do Departamento de Transplante de Órgãos do Hospital Sírio Libanês (SP). SOBECC com Você14 Avaliação do 14º Congresso Brasileiro de Enfermagem em CC, RA e CME Avaliação das oficinas e simulações realizadas no 14º Congresso A comissão científica do 14º congresso publica as avaliações do evento, considerando todos os itens. A avaliação de- monstra que foram atingidas uma porcentagens acima de 90% de ótimo. As avalições das oficinas foram pautadas na necessidade da abordagem do tema e a sua aplicação na prática do dia a dia dos participantes. GIRO DE NOTÍCIAS Avaliação da temática do 14º Congresso Relevância do tema Oficina Hands-on: Excelente curso - Orientadores bem preparados Programação científica Aplicabilidade no cotidiano SOBECC com Você 15 GIRO DE NOTÍCIAS Relevância do tema Relevância do tema Oficina Eletrocirurgia Segura: Excelente oficina - Ótimos palestrantes Oficina Spetaklo Considerações dos participantes: • Parabéns! (citado mais de dez vezes); • O tema foi ótimo! (citado diversas vezes); • Enriquecedora a oportunidade de visibilidade do tema abordado; • Excelente palestra, domínio de conteúdo e técnica com dinâmica e maestria (citado 7 vezes); • Conteúdo sensacional, de maneira leve e esclarecedora. Experiência inesquecível; • Aplicarei, com certeza, o que foi exposto. Aplicabilidade no cotidiano Aplicabilidade no cotidiano SOBECC com Você16 GIRO DE NOTÍCIAS Relevância do tema Relevância do tema Oficina: Como garantir a eficiência Oficina: As diversas facetas da Cirurgia Robótica Considerações dos participantes: • Professores com grande conhecimento; • Ótima oficina; • Excelente aula e apresentação. Considerações dos participantes: • Ótimos profissionais, palestrantes e monitores excelentes • Excelente oficina Aplicabilidade no cotidiano Aplicabilidade no cotidiano SOBECC com Você 17 GIRO DE NOTÍCIAS Relevância do tema Confira nossos indicadores: Oficina: Time Out Considerações dos participantes: • Amei a didática e as discussões; • Ótima abordagem sobre o tema; • Oficina dinâmica e interativa; • Foi ótimo poder aprender e conversar com outros profissionais a respeito da situação do checklist nos centros cirúrgicos; • Ótimo esse tipo de oficina, renova as energias, troca experiências e surgem ideias. Parabéns!; • Foi muito rica a fase de ideação em relação a metodologia que foi aplicada; • Em pouco tempo tivemos um ótimo debate; • Ótimo tema, a dinâmica e a interação com os outros profissionais; • Excelente! Aplicabilidade no cotidiano SOBECC com Você18 ESPECIAL Riscos, prevenção perioperatória e cuidados com a Hipotermia A Enfermeira Praf. Vanessa Poveda vem realizando estudos sobre a hipotermia perioperatória e, agora, nos revela infor- mações importantes a respeito desse mal que pode e deve ser evitado. H á um inimigo frio nos corredores do centro ci- rúrgico. Desapercebido e pouco temido, atinge parte dos pacientes e pode trazer consequências nefastas para todo o sistema de saúde e institui- ções. Seu nome: hipotermia perioperatória. Pouco se fala sobre as causas, alcance e riscos da hipoter- mia, além disso, quase não há informação relevante sobre o papel do profissional de enfermagem nos cuidados e na prevenção desse mal. Conversamos com a Enfermeira Vanessa Poveda, mestrada, doutorada e pós-doutorada em Enfermagem Cirúrgica, professora livre-docente na Universidade de São Paulo, coordenadora do Programa de Pós-graduação do curso de Enfermagem em Saúde do Adulto (PROESA) e atuante na Escola de Enfermagem da USP em atividades de ensino, pesquisa e extensão. Vanessa realizou estudos sobre hipotermia desde seu doutorado, defendido em 2008 e tem mais de uma dezena de estudos publicados sobre questões relacionadas à baixa tempera- tura do paciente cirúrgico. A hipotermia perioperatória se caracteriza pela queda da temperatura corporal abaixo dos 36º C, segundo a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) 2018- 2020. “Essa queda pode gerar comprometimentos impor- tantes na saúde do paciente cirúrgico e comprometer sua recuperação pós-operatória”, explica Poveda. A causa da SOBECC com Você18 hipotermia é multifatorial. São muitos os aspectos que contribuem e se somam para que ela ocorra, entre eles, estão os aspectos relacionados ao próprio paciente como idade, sexo, índice de massa corporal (IMC) e doenças pré- -existentes. Além destes aspectos, as situações inerentes ao perioperatório também contribuem para formação do quadro, como o efeito dos anestésicos na termorregulação, a diminuição do metabolismo do paciente e a exposição às baixas temperaturas ambientas no próprio Centro Cirúrgico. “O tipo de procedimento cirúrgico, em especial aqueles com exposição de cavidades torácica ou abdominal, o uso de soluções frias e a exposição de grande área de peletambém podem ser responsáveis pela hiportermia”, ressalta, Poveda, destacando que a ocorrência da hipotermia relaciona-se ao aumento do tempo de estadia na sala de recuperação pós-anestésica, bem como o período de hospitalização. A hipotermia desencadeia uma série de complicações como alteração no metabolismo de fármacos; compro- metimento da cicatrização; variações nos níveis séricos de potássio; vasoconstrição periférica e redução da tensão de oxigênio subcutâneo; inibição das reações enzimáticas da cascata de coagulação e anormalidades da coagulação e da função plaquetária, que contribuem para o aumento do sangramento intraoperatório e a necessidade de trans- fusão no pós-operatório, complicações cardíacas como SOBECC com Você 19SOBECC com Você 19 ESPECIAL instituição de saúde e, por este motivo, podem onerar as instituições e os planos de saúde”, alerta a Enfermeira. O papel do profissional de enfermagem no combate à hipotermia Como o profissional de enfermagem pode contribuir? Para Vanessa Poveda, o Enfermeiro precisa reconhecer e as- sumir seu papel fundamental na prevenção da hipotermia perioperatória, aproriando-se do conhecimento científico que fundamentará suas ações, desenvolvendo protocolos institucionais e atuando na prevenção do tratamento, uma vez que é o membro de ligação entre todas as etapas da experiência cirúrgica do paciente. A única categoria profissional que está presente em todo o perioperatório e é capaz de determinar os fatores de risco individuais apresentados pelo paciente, quais são as melhores medidas preventivas e formas ideais de acom- panhamento do paciente é a Enfermagem. “O enfermeiro pode reduzir ou até prevenir a gravidade da hipotermia perioperatória, reduzindo a morbidade associada e au- mentando a satisfação do paciente em relação ao cuidado recebido”, destaca Poveda. A Enfermeira explica que, durante muito tempo, a hipoter- mia foi considerada uma ocorrência natural e esperada de qualquer cirurgia, mas que, desde a década de 1990, um considerável crescimento da produção científica interna- arritmias e isquemia, além de favorecer o desenvolvimento de infecção do sítio cirúrgico e o aparecimento de lesões por pressão. “Isso tudo sem citar o desconforto do paciente relacionado à sensação de frio e à ocorrência de calafrios pós-operatórios”, sinaliza a Enfermeira. Vanessa Poveda também destaca os prejuízos relaciona- dos à hipotermia: “A instituição de saúde que não previne a hipotermia será impactada por prejuízos econômicos relacionados ao tratamento das complicações descritas an- teriormente, que geram aumento do período de assistência médica e de enfermagem e extensão do período de hos- pitalização e da chance de readmissão hospitalar. Ademais, destaca-se a diminuição da satisfação do paciente com o período pós-operatório imediato, motivada pela sensação de frio e dor causada pelos calafrios pós-operatórios.” É possível previnir “Prevenção é a chave para o sucesso”, diz, animadamen- te, Poveda. Segundo ela, são necessárias ações em todo período perioperatório, que se iniciam pela avaliação pré-operatória do enfermeiro sobre fatores de risco e da temperatura corpórea do paciente, detectando a ne- cessidade ou não de instituir medidas de manutenção da temperatura corporal, como, por exemplo, a instalação de métodos ativos de aquecimento cutâneo, ou seja, disposi- tivos que forneçam calor ao paciente, de maneira que o paciente só seja transferido para a sala e a cirurgia somente tenha seu início quando o paciente estiver normotérmico, ou seja, com temperatura igual ou superior a 36º C. Já no intraoperatório, pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos com duração superior a 60 minutos precisam da instalação de equipamentos de aquecimento ativo cutâ- neo, infusão e irrigação de líquidos aquecidos, bem como monitoração constante da temperatura. Estes cuidados mostram a indispensável necessidade de trabalho em equipe, estabelecimento de protocolos ins- titucionais e monitoramento contínuo, além de assegurar o registro no prontuário do paciente de todas as infor- mações referentes ao planejamento, implementação de intervenções e resultados obtidos. A evidência científica produzida até o momento demonstra que o paciente precisa receber calor para conseguir man- ter a temperatura corporal durante a cirurgia. Isso ocorre pela aplicação de métodos ativos de aquecimento cutâneo e, para que seja possível aferir o sucesso das intervenções, faz-se necessário aferir a temperatura do paciente com termômetros capazes de fornecer estimativas confiáveis, como aqueles que refletem a temperatura central do orga- nismo. “A prevenção bem-sucedida da hipotermia envolve a utilização de equipamentos e dispositivos adquiridos pela PASSIVOS ATIVOS Depende do calor corporal do paciente. Não depende do calor do paciente. Coloca-se uma ou mais barreiras que im- pedem a perda térmica para o ambiente. Transmite calor por fonte externa. Utiliza lençóis de algodão, luvas, gorros, entre outros acessó- rios. Utiliza colchão de água aquecida, sistema de ar forçado aquecido ou manta térmica; calor radiante com lâmpadas, entre outros acessórios. SOBECC com Você20 cional sobre o tema vem demonstrando que não há nada de natural ou inevitável quando se trata de hipotermia. No Brasil, o assunto vem sendo discutido em pesquisas desde o ano 2000. Atualmente, há maior preocupação na conscientização dos profissionais de saúde a respeito dos malefícios ocasionados. A prevenção da hipotermia já está presente como medida essencial em diversos guias de boas práticas médicas e de enfermagem. Estudos e pesquisas A SOBECC com VOCÊ fez uma breve entrevista com a Profa. Dra. Vanessa Poveda a respeito de seus estudos sobre hipotermia. SOBECC com Você: A Sra realizou algum estudo ou pes- quisa referente ao tema? Vanessa Poveda: Tenho realizado estudos sobre a temática hipotermia ou manutenção da normotermia perioperatória e controle de temperatura desde meu doutorado, defen- dido em 2008. Atualmente, tenho mais de uma dezena de estudos publicados sobre questões relacionadas à tempe- ratura do paciente cirúrgico. SOBECC com Você: Como foi a elaboração e a metodologia? Vanessa Poveda: As pesquisas são motivadas por neces- sidades percebidas na prática clínica e envolvem estudos observacionais ou experimentais, voltados a diferentes perspectivas da problemática, incluindo estudos que ava- liam fatores de risco, complicações e aspectos voltados à segurança de intervenções instituídas. SOBECC com Você: Como foi a recepção das suas pesquisas? Vanessa Poveda: Quando eu comecei a investigar sobre o assunto, apesar de já haver produção internacional sobre a temática, a produção nacional ainda era bastante tímida e a maior parte dos serviços ou mesmo os enfermeiros não tinham clareza quanto à necessidade da prevenção e o que a hipotermia poderia causar ao paciente. Atualmente, per- cebo maior conscientização e interesse sobre a temática, o que vem de encontro ao que se sabe sobre a lacuna SOBECC com Você20 ESPECIAL Graduação em Enfermagem, mestrado e doutorado em Enfermagem Fundamental pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, pós-doutorado e Livre docência pela Universidade de São Paulo. Professora associada do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Pau- lo. Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem na Saúde do Adulto (PROESA) da Escola de Enfermagem da USP. Líder do grupo de pesquisa cadastrado no CNPq “Tecnologias e intervenções na saúde do adulto, com enfoque no paciente cirúrgi- co”. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Médico-Cirúr- gica, atuando, principalmente, nos seguintes temas: infecção relacionada à assistência à saúde e Enfermagem Perioperatória. Vanessa de Brito Poveda existente entre a produção científica bem sucedida, sua divulgação ea efetiva alteração da prática clínica, que se estima, ocorra entre 17 e 23 anos após a publicação dos achados relevantes. SOBECC com Você: Quais foram, sucintamente, as conclusões das pesquisas realizadas? Vanessa Poveda: Como o perfil da assistência foi sendo alterado ao longo do tempo e com a construção de co- nhecimento sobre a temática podemos observar uma dis- tinta mudança de comportamento, por meio da análise das pesquisas que realizei, desde não haver a implementação de medidas efetivas para a prevenção da hipotermia, o que tornava o evento extremamente frequente, até a mudança da prática, com maior preocupação e alteração de com- portamento sobre o assunto, manutenção mais satisfatória da temperatura dos pacientes e consequente redução de complicações importantes, além do desenvolvimento de novos recursos tecnológicos que colaboram com os pro- fissionais no oferecimento de uma assistência mais efetiva. SOBECC com Você: Quais detalhes importantes sobre a pesquisa você poderia ressaltar? Vanessa Poveda: Acredito ser importante destacar a atua- lização das diretrizes de práticas em Enfermagem cirúrgica e processamento de produtos para a saúde, desenvolvida por profissionais selecionados pela SOBECC e publicada em 2017, que trouxeram a ampliação e a inclusão de novos capí- tulos, voltados à orientação da prática clínica do enfermeiro perioperatório. Entre os diversos capítulos, foi introduzido um que aborda as estratégias de prevenção de hipotermia perioperatória, orientando e auxiliando o enfermeiro em sua assistência e que está alinhado às recomendações de organizações internacionais de enfermeiros perioperató- rios como a Association of periOperative Registered Nurses (AORN) e a American Society of Perinaesthesia Nurses (AS- PAN), entre outras associações relevantes. Acredita-se que, com estudos como os da Profa. Dra. Vanessa Poveda e a adoção das práticas recomendadas, a hipotermia perioperatória vá, gradativamente, sendo con- trolada e combatida nos centros cirúrgicos. SOBECC com Você 21 um assunto essencial para todo profissional de Enfermagem. Entrevistamos a Professora Doutora Danielly Negrão para en- tendermos mais sobre os Resíduos no Bloco Operatório. Resíduos no Bloco Operatório: SOBECC com Você: O que são os resíduos do bloco operatório? Danielly Negrão: Os resíduos do bloco operatório são as sobras de tudo que consumimos para prestar assistência ao paciente cirúrgico. São itens que entram em sala como materiais hospitalares, insumos, medicações, soluções e, após serem descartados, tornam-se os Resíduos de Ser- viços de Saúde (RSS). Os resíduos têm uma relação direta com desperdício de materiais nos hospitais. SOBECC com Você: Há algum tipo de classificação des- tes resíduos e com qual frequência eles aparecem? Danielly Negrão: A classificação é feita pela Resolução Dire- toria Colegiada - RDC n° 222, de 2018, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) da seguinte forma: Grupo A: Infectante Grupo B: Químico Grupo C: Radioativo Grupo D: Comum Reciclável e Não-reciclável Grupo E: Pérfuro-cortante Segundo os dados do meu doutorado, uma cirurgia de duas horas de duração gera, em média, 3,72 kg de resí- duos. Quanto maior a complexidade e a duração da cirur- gia, maior a geração de resíduos. Outros estudos sugerem taxas ainda maiores, como 5,5Kg de resíduos por cirurgia. Como pode ser observado, nem todos os resíduos são perigosos, mas eles devem ser separados ainda dentro de sala de cirurgia, para podermos ter outras possibilidades de gerenciamento, como reaproveitar ou reciclar. Isso en- volve um processo de consciência individual de cada pro- fissional e uma decisão de fazer o adequado e não o mais rápido ou mais cômodo naquele momento. Como ocorre em nossas próprias casas, todos temos a possibilidade de coleta seletiva, mas não separamos adequadamente o lixo. Alguns materiais estão até estéreis, sendo uma possibili- dade real de reciclagem de papel e plástico na sala ope- ratória. Cerca de 45% dos materiais podem ser reciclados ou ter sua vida útil estendida. A seleção das embalagens cirúrgicas também é muito importante. Comumente, utilizamos mantas de tecido- ENTREVISTA SOBECC com Você22 ENTREVISTA Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Mestrado em Meio Ambiente e Sustentabilidade. Doutorado pela Escola de Enfermagem da USP em Gerenciamento em Enfermagem, com linha de pesquisa em gestão de custos na saúde. Atua na área de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Susten- tabilidade e Gestão de Custos. Pós Doutorado em Gestão de Custos pelo Programa de Pós graduação stricto sensu em Enfermagem da UEL. Docente do Departamento de Enfermagem da UEL na área de Enfermagem Perioperatória e Programa de Pós Graduação Stricto sensu em Enfermagem. Danielly Negrão Guassú Nogueira -não-tecido, denominadas de spunbond – meltblown – spunbond (SMS), que são fabricadas de polipropileno. Porém, as pequenas cooperativas não têm tecnologia para processar esse material e nem interesse comercial, o que transforma esse material em um rejeito. O papel grau cirúrgico apresenta uma cera e um polímero plástico di- ferenciado, que têm características que podem dificultar o recebimento nas pequenas cooperativas do Brasil. SOBECC com Você: Quais são os impactos destes resíduos no centro cirúrgico e no ambiente hospitalar como um todo? Danielly Negrão: Quando bem gerenciados, eles não oferecem riscos aos trabalhadores, porém, quando a separação correta não ocorre, pode gerar uma série de danos ao meio ambiente e aos trabalhadores da saúde. Acidentes com pérfurocortantes e contato com produtos químicos podem ocorrer, não só com profissionais da saúde, como também com trabalhadores das coopera- tivas de reciclagem, que podem entrar em contato com materiais contaminados com sangue, secreção e outros fluídos corporais. SOBECC com Você: Existe algum protocolo de pre- venção? Qual? Danielly Negrão: No Brasil, todo o gerenciamento de re- síduos nos serviços de saúde é regulado pela Resolução Diretoria Colegiada-RDC n° 222, de 2018, da Agência Na- cional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que, recentemen- te, passou por atualização. Temos, também, um manual internacional da Organização Mundial de Saúde, que traz as práticas globais nesta área. SOBECC com Você: Qual área do Bloco Cirúrgico apre- senta maior risco? Danielly Negrão: 60% dos resíduos do bloco operatório são gerados nas Salas cirúrgicas, isso nos direciona a pen- sar que as estratégias de minimização de resíduos e ações educativas para o gerenciamento devem estar voltadas para a sala de cirurgia, onde tudo acontece. SOBECC com Você: Quais são as etapas de gerencia- mento dos RSS hospitalares? Danielly Negrão: Decisão de usar, Classificação, Segre- gação, Acondicionamento, Identificação, Transporte, Armazenamento, Transporte Externo e Disposição Final. SOBECC com Você: Como o profissional de Enferma- gem, por si só, pode contribuir? Danielly Negrão: Avançamos muito nos últimos anos, temos uma boa legislação que está alinhada com as prá- ticas globais. O nosso maior desafio é gerar menos resí- duos de serviços de saúde e a enfermagem tem um papel central neste processo, como maior usuária de materiais e, ainda, como gestora de recursos materiais. Somos nós que decidimos o que comprar, o que padronizar, o que e quanto deve ser utilizado. Para isso, será necessário rever processos, utilizar ferramentas gerenciais baseada no pensamento enxuto, como metodologia Lean, Just-in- -time, Ágile, que têm foco na otimização de resultados e eliminação de desperdícios. Outro desafio é gerenciar melhor os resíduos químicos, que nas salas operatórias são produtos como formol, sa- niantes e algumas sobras de medicamentos que são des- cartados nas caixas de pérfurocortante, quando o correto seria no coletor químico. SOBECC com Você: Há algum ponto ou consideração importante que gostaria de cometar? Danielly Negrão:Sim. Atualmente o enfermeiro deve qualificar sua tomada de decisão e incorporar novos elementos baseados nos aspectos econômicos, sociais e ambientais. Temos um papel importante de pressionar a indústria para projetar produtos com matéria-prima sus- tentável, que possam ser reciclados e ainda ter princípios de compra baseados neste conceito. Melhorar a logística reversa é outro desafio. Devemos propor projetos inova- dores, com parceria com os fornecedores, a comunidade local e envolvimento social. SOBECC com Você 23 OPINIÃO DO ESPECIALISTA SOBECC com Você 23 Checklist cirúrgico Por Adriana Cristina de Oliveira e Camila Sarmento Gama O checklist de cirurgia segura, proposto no manual “Ci- rurgias Seguras Salvam Vidas”, da Organização Mundial da Saúde (OMS), lançado em Genebra, na Suíça, como parte do segundo Desafio Global para a segurança do pacien- te, é uma ferramenta de verificação que visa melhorar a qualidade do cuidado prestado e garantir a segurança do paciente cirúrgico. As motivações para o desenvolvimento dessa ferramenta foram provocadas pelas altas taxas de Eventos Adversos (EA) passíveis de prevenção em cirurgias no mundo todo. A preocupação com a segurança máxi- ma em procedimentos cirúrgicos instigou a busca por ações capazes de minimizar ou até erradicar as possíveis falhas. A ideia, propriamente dita, do uso de um checklist foi inspirada na aviação, um segmento que – como a área cirúrgica – lida com alto risco, requer atenção e segurança em todos os processos e que emprega listas de verificação para garantir o cumprimento de passos imprescindíveis para o sucesso e a segurança(1,2). Tanto a aviação quanto a cirurgia lidam com tecnologia de ponta, profissionais especializados, risco e imprevisibilida- de. Assim, inferiu-se que os pacientes cirúrgicos também se beneficiariam muito desse mecanismo, devido à grande propensão à falha humana a que estão sujeitos. Muito além de promover a segurança nas salas operatórias, o checklist também pressupõe uma contribuição constante na me- lhoria da comunicação e na interação entre os profissionais envolvidos no processo, sendo a falha de comunicação e a memória as causas-raiz de muitos EA cirúrgicos(3,4). O desenvolvimento do checklist reuniu especialistas de todo mundo, que trabalharam a partir de uma ampla revi- são da literatura incorporando ao documento importantes evidências cientificas. Sua viabilidade, validade, confiabili- dade e a relação custo-benefício, por meio das interven- ções contidas no manual, foram testadas em cada uma das seis regiões da Organização Mundial de Saúde (OMS), a fim de se obter informações locais sobre os recursos requeri- dos para cumprir as recomendações. Os resultados obtidos em sua validação apontaram que, como esperado, os benefícios do uso do checklistpo- dem ser evidenciados, prioritariamente, por meio de sua finalidade de evitar/mitigar EA durante o procedimento cirúrgico, seja por interrupções e distrações ou falhas na comunicação entre a equipe multiprofissional, que podem contribuir para tal situação. Além disso, a sua indicação de uso propõe a simplicidade e a aplicabilidade, ou seja, que suas variáveis podem e devem ser definidas de acordo com as necessidades de cada serviço. De acordo com estudos, as complicações cirúrgicas aco- metem entre 3% e 16% dos pacientes e a mortalidade ocor- re entre 0,4% e 0,8%, podendo chegar entre 5% e 10% em países em desenvolvimento(5,6,7). Essas complicações po- dem ser decorrentes de EA, que são potenciais incidentes que ocorrem durante a assistência nos estabelecimentos de saúde. Cerca de metade desses EA são considerados evitáveis. Esses e outros dados confirmam que o checklist cirúrgico é um instrumento capaz de tranquilizar o pa- ciente quanto ao cumprimento de etapas críticas mínimas de segurança necessárias por parte da equipe de saúde, além de – sob o ponto de vista do profissional de centro cirúrgico – minimizar a ocorrência de falhas humanas decorrentes da comunicação deficiente, negligência ou esquecimento. SOBECC com Você24 SOBECC com Você24 OPINIÃO DO ESPECIALISTA Enfermeira, Mestre, Doutora pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas (UFMG). Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da UFMG. Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Infecção Relacionada ao Cuidar em Saúde (NEPIRCS/CNPq). En- fermeira do Programa Saúde na Escola da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Camila Sarmento Gama ETAPA ATIVIDADE Entrada / Sign in Período anterior à indução anestésica Pausa Cirúrgica / Timeout Período após a indução e antes da incisão cirúrgica Saída / Sign out Período durante ou imediatamente após o fechamento da ferida operatória, mas anterior à remoção do paciente Ainda assim, com todos estes inquestionáveis benefícios, infelizmente, a adesão ao checklist ainda não é absoluta e depende da realidade de cada instituição e país. No Brasil, a prática do checklist ainda não está consolidada e tem sido alvo de críticas por parte de profissionais que desco- nhecem a real finalidade, considerando-o apenas mais um instrumento burocrático. Há necessidade preeminente de capacitar os profissionais no âmbito nacional para o uso do checklist na prática diária de todos os procedimentos ope- ratórios. Também é fundamental que todos os profissionais envolvidos possam propor variáveis a serem consideradas, de acordo com a realidade de sua instituição, enriquecendo o checklist e tornando rotineiras as auditorias de processo, a mensuração de indicadores de resultado e a inclusão do tema em grades curriculares de ensino da graduação de enfermeiros, médicos e técnicos. Etapas do checklist cirúrgico O checklist é dividido em três etapas, destacadas no Qua- dro a seguir. Cada etapa é minuciosa e compreende itens essenciais a serem avaliados, documentando o que antes estava rele- gado à memória humana. O cumprimento dessas etapas é fundamental e a retirada de itens não é incentivada pela OMS. Recomenda-se a adaptação e o acréscimo de outros elementos, de acordo com a realidade de cada instituição ou localidade, contemplando as especificidades e particu- laridades(8). Referências 1 Helmreich RL. On error management: lessons from aviation. The BMJ 2000; 320(7237):781–5. 2 Pugel AE, Simianu VV, Flum DR, Patchen Dellinger E. Use of the surgical safety checklist to improve communication and reduce complications. Journ In- fection Public Health 2015; 8(3):219-25. DOI: 10.1016/j. jiph.2015.01.001. 3 The Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO). The Joint Commission guide to improving staff communication. 2nd ed. Oakbrook Terrace, Illinois: Joint Commission Resources; 2009. [cited 2019 Nov 8]. Available at: http://www.jcrinc. com/assets/1/14/GISC09_Sample_Pages1.pdf 4 McDowell DS, McComb SA. Safety Checklist brie- fings: a systematic review of the literature. AORN J 2014 [cited 2019 Nov 8]; 99(1):125-37. DOI: 10.1016/j. aorn.2013.11.015. 5 Anderson DJ. Surgical site infections. Infectious Disea- se Clinics of North America 2011; 25(1):135–53. DOI: 10.1016/j.idc.2010.11.004. Quadro: Etapas do checklist cirúrgico SOBECC com Você 25 OPINIÃO DO ESPECIALISTA SOBECC com Você 25 6 Gawande AA, Thomas EJ, Zinner MJ, Brennan TA. The incidence and nature of surgical adverse events in Co- lorado and Utah in 1992. Surgery 1999; 126(1):66-75. DOI: 10.1067/msy.1999.98664. 7 Kable AK, Gibberd RW, Spigelman AD. Adverse events in surgical patients in Australia. Int Journ Quality Health Care 2002; 14(4);269-76. 8 World Health Organization (WHO). Conceptual fra- mework for the international classification for patient safety: final technical report. WHO, 2009. [cited 2019 Nov 12]. version 1,1. Available at: http://www.who.int/ patientsafety/taxonomy/icps_full_report.pdf Enfermeira, Mestre, Doutora e Pós-doutora pelaNew York University Estados Unidos. Professora Titular da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas (UFMG). Orientadora em nível de Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação da EE/ UFMG. Líder do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Infecção Relacionada ao Cuidar em Saúde (NEPIRCS/CNPq). Adriana Cristina de Oliveira SOBECC com Você26 AORN Garantir a passagem de plantão eficaz do paciente no contexto perioperatório Por Lisa Croke A s passagens de plantão ocorridas no atendimento ao paciente no ambiente perioperatório reque- rem comunicação ideal eficaz entre os membros da equipe. De acordo com Ashley Brown, BSN, RN, CNOR, Enfermeira de perioperatório, uma qualidade efetiva, continuidade da assistência e segurança do atendi- mento ao paciente devem ser mantidas em todos os locais de atendimento. “Os pacientes se beneficiam das passa- gens de plantão, pois o atendimento é individualizado e to- SOBECC com Você 27 AORN dos os membros da equipe são informados e capacitados para prestar o melhor atendimento”, diz. “Os funcionários se beneficiam ao receber as informações dos pacientes, o que lhes permite trabalhar por eles”. Embora os princípios-chave para a passagem de plantão sejam os mesmos em todas as etapas, cada departa- mento tem sua própria composição de equipe, métodos de comunicação, políticas e desafios. As passagens de plantão no ambiente perioperatório podem ser particu- larmente complexas porque envolvem pessoal em vários departamentos, pacientes que normalmente não podem participar do processo e uma grande quantidade de in- formações; o ambiente pode ser barulhento e caótico; e a equipe geralmente presta assistência ao paciente simultaneamente. Brown diz que outras complexidades podem incluir questões de gerenciamento de tempo e variações nas rotinas dos funcionários. “No cenário perioperatório, a otimização do tempo é extremamente priorizada e os funcionários podem se sentir apressados”, afirma. “Por exemplo, os enfermeiros pré-operatórios já podem admitir o próximo paciente enquanto tentam entregar o primeiro ao enfermeiro da sala de cirurgia. As enfermeiras do andar podem concluir tarefas de final de turno enquanto tentam gerenciar pacientes agendados para o primeiro procedimento do dia. Apesar da importância de passagens de plantão efetivas, as falhas no processo continuam sendo um problema comum. Os erros podem incluir falta de foco ou estrutu- ra e transmissão de informações em excesso, imprecisas, incompletas ou mal interpretadas, o que pode resultar em resultados negativos para o paciente. As evidências sugerem que a padronização do processo de trans- ferência pode aumentar a precisão das informações, aprimorar a comunicação entre o pessoal e melhorar a segurança do paciente. Recomendações A AORN recomenda que as organizações de assistência à saúde montem uma equipe interdisciplinar para estabele- cer e implementar o processo de transferência em todas as fases e locais do atendimento ao paciente no periope- ratório. De acordo com Mary C. Fearon, MSN, RN, CNOR, diretora de linha de serviços para neurociências da Eastsi- de Health Alliance em Bellevue, Washington, essa equipe é valiosa por criar um processo que tem significado para todos. “Você precisa reunir um grupo interdisciplinar para criar adesão ao processo”, reforça. O processo deve ser individualizado para a população de pacientes e o nível de acuidade, e cada membro da equipe deve receber responsabilidades. O pessoal responsável pela transferência deve alertar o pessoal receptor sobre as necessidades de transferência e possíveis equipamentos, e tarefas urgentes devem ser concluídas antes de comu- nicar as informações do paciente. Apenas uma pessoa deve falar por vez, com a conversa limitada a informações específicas do paciente e incorporando documentação de suporte, como resultados de exames. Distrações e in- terrupções devem ser minimizadas, sendo necessário ter tempo suficiente para compartilhar preocupações e fazer perguntas. Questionar e confirmar o que você ouviu é um componente essencial para tornar a entrega mais eficaz”, diz Fearon. “Não é apenas ouvir e falar nas informações; trata-se de validá-las e verificá-las para ajudar a garantir que todos entendam e estejam na mesma sintonia. ” Para comunicação de entrega, a AORN recomenda o uso do método de read-back, além de ferramentas, listas de verificação ou protocolos padronizados de entrega. “O uso de listas de verificação e outras ferramentas permite que os enfermeiros cubram os pontos principais para um atendimento eficiente e seguro ao paciente”, disse Brown. “Aqueles que são incorporados ao prontuário eletrônico da saúde são particularmente úteis, porque as informa- ções são alimentadas por várias disciplinas.” Exemplos de ferramentas existentes incluem o SBAR, que é uma ferra- menta que estrutura a comunicação para reduzir chances de erros e omissões durante a passagem de plantão (ou seja, situação, histórico, avaliação, recomendação), pro- cedimento SWTTCH (procedimento cirúrgico, pacote úmido instrumentais, tecidos, contagens, você tem algu- ma pergunta) e SURPASS ( sistema cirúrgico de segurança do paciente). “Essas listas de verificação e ferramentas devem ser relevantes para toda a equipe e todos devem sentir que as informações são pertinentes e úteis para a população de pacientes”, diz Fearon. “As equipes podem precisar adaptar as opções existentes para atender às suas necessidades; por exemplo, se você apenas tiver casos de neurocirurgia, poderá adicionar perguntas sobre se o paciente tem um estimulador cerebral profundo e, se houver, se o gerador foi desligado”. SOBECC com Você28 AORN Fonte AORN JOURNAL Julho de 2019 | Vol. 110, Nº 1 A Comissão Conjunta indica que os líderes da organização de assistência à saúde devam fazer com que as passagens de plantão efetivas sejam uma prioridade e uma expectati- va de todo o pessoal, fornecendo apoio adequado, tempo e recursos orçamentários, inclusive para treinamento. Esse treinamento, que pode incluir feedback em tempo real, si- mulação e aprendizado independente, deve ser padroniza- do em todo o pessoal envolvido nas passagens de plantão, e os campeões selecionados devem fornecer reforço e incentivo positivos. Segundo Fearon, a educação continuada é crucial para criar e manter o sucesso de um processo de passagem de plan- tão altamente confiável. “Você precisa garantir que todos te- nham sido treinados e conheçam as expectativas”, disse ela. “Você também deve garantir que o treinamento continue para todas as novas pessoas que participarem deste proces- so.” “É importante fornecer feedback para que os membros da equipe saibam se suas passagens de plantão são boas ou se, por exemplo, estão perdendo um componente-chave”, disse ela. Quando as pessoas são responsabilizadas, elas se envolvem mais no processo de entrega.” Ferramentas de entrega Em um centro de saúde, uma equipe interdisciplinar foi montada para desenvolver uma ferramenta formal para a entrega da unidade de anestesia para pós-anestesia. A ferramenta, destinada a orientar as remessas, mas não para ser escrita ou permanentemente registrada no prontuário eletrônico do paciente, foi disponibilizada como cartões de identificação, anexos aos computadores da unidade e folhas de anotações. Antes do uso da ferramenta, um dos cinco itens rastreados (procedimento, alergias, entrada e saída, antieméticos, sondas e cateteres) foi omitido entre 17 a 23% do tempo, em comparação com 0 a 11% do tem- po após a implementação da ferramenta. O número de relatórios completos também aumentou de 13 para 82% após a implementação. Um centro de cirurgia ambulatorial implementou uma ferramenta de passagem de plantão padronizado, que acompanhou os pacientes durante toda a estadia após identificar a ocorrênciade omissões de informações (por exemplo, alergias do paciente) durante a entrega do pa- ciente que resultou em erros de medicação e descargas inadequadas. A ferramenta começou com a enfermeira no pré-operatório e foi preenchida com o prestador de cuidados subsequente a cada entrega. Do pessoal pesqui- sado, quase 90% acreditava que a ferramenta melhorava a comunicação entre os membros da equipe e permitia que eles apresentassem um relatório mais completo. Mais de 90% indicaram que consideram o processo de entrega mais eficiente após a implementação da ferramenta. Outro hospital desenvolveu um sistema eletrônico padro- nizado de passagem de plantão para auxiliar na transfe- rência verbal entre o departamento de emergência, re- cuperação pós-anestésica, unidade de terapia intensiva e outras unidades de internação. O sistema incluía uma lista de verificação que incorporava automaticamente a maioria das informações do prontuário eletrônico para reduzir a entrada de dados, com caixas de seleção e avisos usados quando possível. O sistema reduziu o tempo de passagem de plantão em 48,6%, de 10,5 para 5,4 minutos. A satisfação, identificada pelas pesquisas de pessoal, aumentou de 69,4 para 79% e a percepção de completude da comunicação aumentou de 67,2 para 81,6%. Conclusão Passagens de plantão eficazes são essenciais para um atendimento seguro do paciente, mas podem ser particu- larmente complexas no ambiente perioperatório. Uma va- riedade de ferramentas, listas de verificação e protocolos, que podem ser adaptados à população de pacientes e à equipe cirúrgica, estão disponíveis para ajudar a estruturar as passagens de plantão. Essas ferramentas padronizadas podem ser incorporadas à prática de várias maneiras, como cartões de lembrete impressos, listas de verificação que permanecem com o paciente ou sistemas de registros eletrônicos de saúde. SOBECC com Você 29 FORA DA PROFISSÃO Aromas que curam E m 2013, a Mestre em Enfermagem Kátia Calegaro buscava ansiosa- mente por um tratamento efetivo para as dores decorrentes da endo- metriose. Foi quando uma Enfermeira obstétrica que utiliza os óleos essenciais em partos naturais lhe apresentou algo que mudaria por completo a vida da carioca de, então, 36 anos: a Aromaterapia. “Desde então, passei a estudar e a fazer cursos de formação para aprender mais sobre essa prática que melhora os problemas de saúde usando óleos essenciais”, explica Kátia que hoje, com 42 anos, tem 4 especializações, atua como fiscal no Co- ren-RJ e como aromaterapeuta na Casa Chloris, além de ministrar palestras. Usada por mais de 5 mil anos, a Aromaterapia aparece citada nos escritos do filósofo Dioscórides no ano 100 d.C., mas Hipócrates já recomendava banhos aromáticos para o bem-estar e a saúde há mais de 2.500 anos. Os sacerdo- tes egípcios, durante suas cerimônias e rituais, utilizavam óleos aromáticos como agentes antissépticos. A partir do início do século XIX, pesquisadores Fonte: arquivo pessoal de Kátia Calegaro SOBECC com Você30 FORA DA PROFISSÃO Fonte: arquivo pessoal de Kátia Calegaro Fonte: arquivo pessoal de Kátia Calegaro passaram a publicar seus estudos sobre extratos botânicos nos mais renomados jornais de medicina, en- tão, professores alemães e franceses adotaram a Aromaterapia para com- bater doenças como tuberculose e infecções. Já na Primeira Guerra Mundial, soldados europeus que retornavam para casa foram tratados com óleos de Aromaterapia para diminuir a ansiedade, controlar a depressão e curar feridas. No Brasil, a Aromaterapia chegou em 1930. Para Kátia Calegaro, a Aromaterapia é a potência da natureza no cuidado da saúde integral do indivíduo. “A Aromaterapia representa a possi- bilidade de cuidar do corpo físico, mente e emocional de forma natural e efetiva, com pouquíssimas restri- ções e efeitos colaterais”, conta a Enfermeira, enfatizando a mudança na qualidade de vida das pessoas tratadas pela Aromaterapia. Calegaro explica que o grande de- safio da prática é a manipulação da parte química e botânica das plantas de onde são extraí- dos os óleos essenciais e, mesmo ela que já era adepta da naturopatia e das plantas medicinais antes de conhecer a Aromaterapia, percebeu os fortes efeitos potenciais dos óleos 100% puros. “Compreendi que a terapia integrativa e complementar poderia ser usada desde o tratamento de simples feridas até o combate da ansiedade e da depres- são”, reforça. Kátia Calegaro segue praticando e estudando a Aromatera- pia. Para ela, é impossível parar de se aprofundar no tema e deixar de conhecer novos óleos essenciais, novas sinergias – misturas de óleos - e propriedades. Segundo a Enfermeira, à medida em que novos resultados de pesquisas científicas são divulgados na comunidade, os aromaterapeutas passam a estudar e a ajustar seus protocolos de ação, usos predo- minantes e efetivos de seus óleos e sinergias. A rotina dentro da Aromaterapia para Kátia é intensa e pessoal. “Uso difusor pessoal no pescoço com sinergia de SOBECC com Você 31 que não costuma trabalhar medicina natural. A Aromate- rapia, explica, é indicada para a maioria das pessoas, des- de crianças até idosos, passando, inclusive, por pessoas com câncer e gestantes. Ainda assim, em alguns casos, a prática não é recomendada, como para recém-nascidos. Kátia, que além de dedicada aromaterapeuta, também é escritora de livros de ficção e poesia, os quais publica sob pseudônimo, recomenda aos interessados em uma carreira na prática da Aromaterapia que realizem cursos de formação e capacitação, filiando-se a associações e acompanhando as evidências científicas publicadas. “Na verdade, para qualquer sonho paralelo à profissão, eu recomendo que a pessoa faça acontecer! Estude e man- tenha o conhecimento atualizado sempre! Conhecimento é poder em toda e qualquer área. Sonhos existem para se- rem realizados!”, aconselha, empolgada, informando que tem planos próximos de se filiar à Federação Internacional de Aromaterapeutas para se capacitar mais a cada dia. FORA DA PROFISSÃO Tem 42 anos, nasceu e reside no Rio de Janeiro. É mestre em Enfermagem pela UERJ. Tem quatro especializações e formou-se pela UNIRIO. É fiscal no Coren-RJ, palestrante e aromaterapeuta na Casa Chloris. Atuou como Enfermeira de Pesquisa Clínica em Centro de Pesquisa Clínica Oncológi- ca, hospitais de emergência e como professora em programas de graduação e pós-graduação em universidades privadas. Kátia Maria dos Santos Calegaro Fonte: arquivo pessoal de Kátia Calegaro Fonte: arquivo pessoal de Kátia Calegaro óleos essenciais direcionados à ale- gria e ao bem-estar. Carrego meu kit de sobrevivência com óleos essen- ciais de lavanda, hortelã-pimenta e melaleuca na bolsa”, explica, afirman- do que estuda pelo menos duas vezes por semana, a partir do levantamento de publicações e vídeo-aulas, além de manter ativo um difusor ultrassônico em casa para toda e qualquer situa- ção, inclusive na recepção de visitas. A bruxinha dos óleos essenciais Os colegas de trabalho de Kátia a veem como um guru na prática da Aromaterapia, principalmente quan- do os resultados acontecem. Pedem indicações, respeitam e se interes- sam pelos milagres dos óleos essen- ciais. “Realizo uma consulta inicial para entender todos os aspectos biopsicossociais da pessoa, assim, a experiência que adquiri com a con- sulta de enfermagem, a observação e a escuta sensível são extremamente válidas”, conta. Assim que define um cenário com o paciente, Kátia testa óleos personalizados e prescreve óleos essenciais preparando sinergias para quaisquer tipos de situação. Para Kátia, as práticas da Aromaterapia e da Enfermagem se intercambiam harmonicamente. Os conhecimentos práticos de fisiologia, patologia, farmacologia e bioquími- ca vindos da Enfermagem somam-se ao amplo leque de tratamentos da Aromaterapiacom seus óleos essenciais que permitem tratamentos com muita autonomia e o mínimo de efeitos colaterais. SUS, indicações e contraindicações À partir de 2018, o Ministério da Saúde incluiu a prática da Aromaterapia no SUS. Para Kátia Calegaro, essa é prova do entendimento da efetividade da prática em um País SOBECC com Você32 Natal: seu bem-estar é o bem-estar de todos C ristãos de todas as igrejas e denominações comemo- ram o nascimento de seu salvador, Jesus Cristo. É a época mais importante da cristan- dade, pois representa o momento da chegada do Messias ao nosso mundo. Logo no início da Era Cristã, os antigos comemoravam o Natal em datas diferentes, afinal, não se sabia – com exatidão – a data de nascimento do Naza- reno. Ainda que a Bíblia não cite exatamente a data do nascimento de Cristo, o Evangelho de Lucas atesta que houve um grande recenseamento imposto pelo Imperador César Augusto. Sabe-se que os invernos ri- gorosos na região de Israel nos meses de novembro a fevereiro não seriam adequados para esse tipo de ati- vidade, portanto, acredita-se que Jesus tenha nascido entre março e outubro. Astrólogos apontam que foi nesse período em que o Sol saiu da constelação Virgo, o que representaria também o Rei dos Reis nascendo de uma virgem. A escolha da data ocorreu no ano 354, no século IV, quando o Papa Julio I, em concordância com o Imperador Constantino, oficializou o dia 25 de dezembro como dia de Natal, aproveitando a mais popular festa pagã da época, a Natalis Solis Invicti (Nascimento do Sol Invencível), último dia das co- memorações da Saturnália. BEM-ESTAR SOBECC com Você32 SOBECC com Você 33 BEM-ESTAR A partir daí, as comemorações do Natal passaram a durar 12 dias, para simbolizar a peregrinação dos três reis magos até o local da manjedoura. Hoje, ainda que se comemore apenas um dia, as pessoas costumam montar suas árvores pelo menos 12 dias antes do Natal. A data é tão essencial para o ocidente que a contagem dos anos foi reiniciada após o nascimento de Jesus. da árvore de Natal. No hemisfério norte, a tradição diz que o Papai Noel trará os presentes pela chaminé. Isso, porque o Bispo Nicolau costumava, também, deixar seus presen- tes nas chaminés das casas. Os comerciantes, nesta data em todo o mundo, costumam alavancar consideravelmente suas vendas, graças à tradi- ção de dar presentes. É uma data importante para a família, mas que também reflete positivamente no varejo. Os nomes do Papai Noel Quer saber como chamar o bom velhinho em cada país? É só decorar a lista abaixo: Alemanha: Weihnachtsmann Argentina, Colômbia, Paraguai e Uruguai: Papá Noel Espanha: Papá Noel Chile: Viejito Pascuero Dinamarca: Julemanden EUA: Santa Claus França: Père Noël Itália: Babbo Natale Holanda: Kerstman Portugal: Pai Natal Inglaterra: Father Christmas Suécia: Jultomte Rússia: Ded Moroz Os mais importantes presentes de Natal Podemos gastar nossas economias do ano todo nos mais caros, raros e espetaculares presentes, mas o Natal só deixa de ser uma data comercial e passa a manifestar seu verdadeiro significado quando há união e sincero desejo de paz entre as pessoas. É o momento de se reconciliar com colegas, amigos, parentes e, principalmente, com nós mesmos. Perdoar a si mesmo é o maior presente de Natal que uma pessoa pode se dar. Amar incondicionalmente também. Quando entregamos nosso coração com total transparência ao próximo, principalmente àqueles mais necessitados, por meio de ações de caridade, vivenciamos e comemoramos, verdadeiramente, o sentido real do nas- cimento de Jesus Cristo. A equipe da Revista SOBECC com Você deseja a todos os leitores um maravilhoso e abençoado Natal! Símbolos do Natal Árvores de Natal: existem várias teorias a respeito da criação da árvore de Natal. Uma versão atribui à similaridade triangular entre a árvore e a Santíssima Trindade, outra conta que Martinho Lutero viu um pinheiro enfeitado com neve e inspirou-se para re- petir a imagem em seu lar usando velas e guirlandas. Presépio: a pequena e bela representação do cená- rio do nascimento de Jesus, com manjedoura, reis Magos e os animais começou com São Francisco de Assis, no século XIII. Papai Noel: o bispo turco Nicolau, um homem de grande coração, ajudava os pobres deixando saqui- nhos com moedas nos lares. Após sua morte, foi canonizado pela Igreja Católica como São Nicolau. Inicialmente, sua roupa era marrom ou verde escu- ra, mas graças ao cartunista alemão Thomas Nast (em 1886) e a uma famosa marca de refrigerantes (em 1931), essa popular figura natalina passou a ser representada de vermelho e branco com gorro e um grosso cinto preto. Estrela de Belém: representa a estrela guia que le- vou os Reis Magos até a manjedoura. Velas de Natal: simbolizam Jesus, a Luz do Mundo. Costumes Natalinos Tradicionalmente, as famílias costumam fazer uma festa na véspera de Natal, quando todos se reúnem e trocam presentes. São consumidas bebidas e comidas típicas e cantadas algumas canções tradicionais, como “Noite Feliz” de Franz Gruber. Algumas crianças ganham os presentes na véspera, outras encontram seus esperados regalos no dia seguinte aos pés SOBECC com Você 33 SOBECC com Você34 Guia Prático de Enfermagem em Cirurgia Robótica A Cirurgia Robótica tem sido foco na atualidade. Obser- va-se um aumento desta tecnologia na área da saúde, sendo um grande desafio para os profissionais de Enfer- magem e exigindo uma equipe extremamente treinada, comprometida, capacitada, em completo controle da tecnologia e afinada como uma orquestra, pois durante o ato operatório tudo tem de acontecer de forma sincroni- zada e harmoniosa. RESENHA Estamos vivendo uma revolução na área da saúde, nestes últimos anos, com os avanços tecnológicos: Inteligência Artificial, Internet, Telemedicina e Cirurgia Robótica são alguns exemplos. Guia prático de Enfermagem em Cirurgia Robótica Autor: Ana Lúcia Silvia Mirancos e Andrea Vieira Martins Editora: Editora dos Editores O papel do Enfermeiro na cirurgia robótica é dinâmico e inclui inúmeras responsabilidades, tais como: garantia de instrumentais disponíveis, organização da equipe e segu- rança do paciente. Com a participação do enfermeiro de forma dinâmica e eficaz, os problemas do dia a dia como, por exemplo, no equipamento ou com os instrumentos do sistema robótico, podem ser resolvidos mais rapidamente e com mais precisão, trazendo melhorias e também suces- so para o programa na instituição. E, neste sentido, este livro vem de encontro às necessi- dades de uma área que cresce de forma exponencial no nosso meio e no mundo, permitindo a democratização do conhecimento em torno de momentos tão importantes como o ato operatório em si. Preparar a sala cirúrgica, cuidar dos instrumentos, garantir as etapas de controle da esterilização, manter o acesso se- guro e um posicionamento perfeito que evite as lesões de pressão são itens tão importantes que sem eles a cirurgia não pode ser realizada com segurança. E, pensando neste processo, o livro Guia Prático de En- fermagem em Cirurgia Robótica apresenta, de maneira didática e padronizada, informações que permitirão ao leitor se familiarizar com todas as etapas e ter tranquilidade no desempenho de cada uma delas, garantindo, assim, uma cirurgia robótica segura. A obra também apresenta um índice de fácil acesso para consultas de maneira rápida. SOBECC com Você 35 SOBECC com Você36 Como escolher seu Detergente enzimático? Siga este passo a passo e tenha um ótimo detergente em sua CME Busque a legislação Remoção de Sujidades Atenda seu processo Certifique-se que ele é seguro para o usuário, instrumentais, equipamentos e ambiente Deve atender a RDC55. Removem 100% da matéria orgânica. Alta concentração de Tensoativos. Fórmula ideal para enzimas. Não corrosivo, nem irritante. Biodegradável. Manual e automatizado. Não espumante. Escolha o detergente da linha Neozime
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