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Revista SOBECC Jul-Set 2020

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Prévia do material em texto

Entrevista Opinião do especialista
Especialistas falam sobre os pontos mais 
relevantes referentes a como manter o paciente 
seguro e garantir a proteção do profissional de 
anestesia em plena pandemia.
Empoderamento no RA. Cada vez mais se torna 
imprescindível uma atuação empoderada da 
Enfermagem na SRPA. 
Iniciativas para promoção da segurança e da 
qualidade da assistência ao paciente
Ano VII • Nº 3 • Jul - Set/2020
Segurança do 
paciente no Bloco 
Operatório
Editorial 4
Pare! Precisa ser seguro!
Agenda 5
Programação de eventos.
Giro de Notícias 8
Destaques da SOBECC.
Especial 22
Segurança do paciente no Bloco Operatório: 
iniciativas para promoção da segurança e da 
qualidade da assistência ao paciente.
Entrevista 28
Segurança do paciente e do profissional em 
anestesia frente à COVID-19. Entrevistamos 
especialistas sobre os pontos mais relevantes 
referentes a como manter o paciente seguro e 
garantir a proteção do profissional de anestesia 
em plena pandemia.
nesta edição
Diretoria da SOBECC — Gestão 2019-2021
Presidente: Giovana Abrahão de Araújo Moriya *Vice-presidente: 
Marcia Cristina Pereira de Oliveira *Primeiro-secretário: Rafael 
Bianconi *segunda-secretária: Liraine Laura Farah *Primeira-te-
soureira: Cecília da Silva Ângelo *Segunda-tesoureira: Maria Lucia 
Leite Ribeiro *Diretora do Conselho Fiscal: Andréa Alfaya Acunã 
*Membro do Conselho Fiscal: Thiago Franco Gonçalves *Membro 
do Conselho Fiscal: Fernanda Torquato Salles Bucione *Diretora da 
Comissão de Assistência: Simone Garcia Lopes * Membro da Comis-
são de Assistência: Juliana Rizzo Gnatta *Membro da Comissão de 
Assistência: Ana Lucia Gargione Sant´Anna *Diretora da Comissão 
de Educação: Vanessa de Brito Poveda *Membro da Comissão de 
Educação: Debora Cristina Popov *Membro da Comissão de Educa-
ção: Marcia Hitomi Takeiti * Diretora da Comissão de Publicação e 
Divulgação: Rachel de Carvalho *Membro da Comissão de Publi-
cação e Divulgação: Rita Catalina Aquino Caregnato *Membro da 
Comissão de Publicação e Divulgação: Maria Belén Salazar Posso 
*Diretora de Eventos Regionais: Soraya Palazzo. 
Órgão oficial da Associação Brasileira de Enfermagem em Centro Ci-
rúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização 
(SOBECC).
Comissão de Publicação e Divulgação – Diretora: Dra. Rachel de Carva-
lho – Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), 
São Paulo *Membros: Dra. Rita Catalina Aquino Caragnato – Universi-
dade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Dra. Maria 
Belén Salazar Posso – Faculdade de Pindamonhangaba (FUBVIC).
Equipe Técnica — Coordenação: Sirlene Aparecida Negri Glasenapp e 
Simone Batista Neto • Redação: Luciano Milici • Revisão: Profa. Dra. 
Rachel de Carvalho • Projeto Gráfico: Ages Comunicação Integrada • 
Secretaria: Maria Elizabeth Jorgetti e Claudia Martins Stival • Tiragem: 
6.000 exemplares • Impressão: Editora Cartago Editorial.
A SOBECC com Você é uma publicação trimestral da SOBECC, dirigida 
a profissionais de Enfermagem do Bloco Operatório, com o objetivo de 
divulgar informações sobre boas práticas de assistência de Enferma-
gem. A reprodução parcial ou total de qualquer matéria desta edição 
só é permitida mediante autorização. 
Rua Vergueiro 875 • Conj. 64 • Liberdade • 01504-001 • São Paulo • SP 
CNPJ: 67.185.215/0001-03 
Fone: (11) 3341-4044 • www.sobecc.org.br
CONTATO, DÚVIDAS E SUGESTÕES: sobecc@sobecc.org.br
EXPEDIENTE
SOBECC com Você 3
Opinião do especialista 35
Empoderamento na RA. Cada vez mais se tor-
na imprescindível uma atuação empoderada 
da Enfermagem na SRPA. Somente assim, há 
autonomia com motivação e reconhecimen-
to, além da essencial troca de informações 
entre membros da equipe.
Fora da profissão 37
A Enfermeira Coach. Lembre todos os dias 
qual foi sua motivação para escolha da Enfer-
magem como profissão.
Bem-estar 40
Quarentena: Vamos nos mexer? Atividades 
práticas que envolvem o corpo e a mente 
ao mesmo tempo protegem o cérebro e 
necessitam apenas de uma hora por dia de 
dedicação.
Resenha 42
Manual de libras para Ciências: A Célula e o 
Corpo Humano.
EDITORIAL
SOBECC com Você
EDITORIAL
Pare! Precisa ser seguro!
O Bloco Operatório é considerado um ambiente com cenários de grandes ris-
cos pelo alto nível tecnológico e pelas especificidades de funções que exigem o 
desenvolvimento de práticas complexas. Por esse motivo, é um local favorável a 
momentos de conflitos, estresse, tensões emocionais e relacionais, resultando 
na alta prevalência de erros e incidentes indesejados ao paciente ou às pessoas 
envolvidas durante a assistência no bloco operatório.
Nesta edição, abordaremos a Segurança do paciente no Bloco Operatório, tema 
que tem assumido grande relevância nos últimos tempos em âmbito nacional e 
internacional. Importância essa comprovada pela intensa preocupação com ini-
ciativas para promoção da segurança e da qualidade na assistência envolvendo, 
desde a alta direção das instituições, até os colaboradores da linha de frente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem tratado o tema como prioridade, le-
vando o debate para instituições e profissionais da área da saúde, com o intuito de 
promover a assistência ao paciente de maneira segura e com qualidade, objetivando 
evitar / mitigar a ocorrência de eventos adversos durante o procedimento cirúrgico.
Em 2009, a OMS criou, com adesão do Mistério da Saúde (MS), a Campanha 
“Cirurgias Seguras Salvam Vidas”, que inclui o checklist de cirurgia segura, com 
base na metodologia dos três passos: SIGN IN, TIME OUT e SIGN OUT. O obje-
tivo é melhorar a segurança do cuidado cirúrgico em todo o mundo, definindo 
padrões que podem ser aplicados em todos os países membros da OMS.
Em quase 12 anos desde o lançamento do protocolo, a adesão em nosso País 
ainda não é absoluta e a prática não está consolidada. Infelizmente, essa rea-
lidade é resultado do desconhecimento e da falta de comprometimento de 
profissionais que interpretam a prática como algo burocrático e desnecessário, 
dificultando o cumprimento de etapas de segurança críticas e imprescindíveis.
No dia 17/09, data em que comemoramos o dia Mundial da Segurança do 
Paciente, a SOBECC realiza a campanha “PARE: PRECISA SER SEGURO!”, que 
segue por todo o mês. A programação está imperdível e pode ser acessada nas 
mídias sociais oficiais da SOBECC. Há grande envolvimento da diretoria e de 
convidados especiais em conteúdos educativos, lives e webinars que têm como 
objetivo sensibilizar profissionais para aderirem ao checklist de cirurgia segura e 
à realização das boas práticas recomendadas, oferecendo a máxima segurança 
possível ao paciente.
Portanto, se envolva e participe da nossa campanha para alcançarmos o objeti-
vo, afinal #SomosTodosSobecc.
Nesta edição, você encontrará o Especial “Segurança do paciente no bloco 
operatório“, além da Entrevista com grandes nomes da área de anestesia para 
falarmos sobre “Segurança do paciente e do profissional em anestesia frente 
à COVID-19”. No Opinião de Especialista, conversamos com Débora Popov a 
respeito do “Empoderamento na RA”; na seção de Bem-Estar, falaremos sobre 
atividades simples, mas muito importantes para realizarmos na quarentena e no 
Fora da Profissão, conheceremos Regiane Faria Machado, a Enfermeira Coach.
Boa leitura!
Giovana Abrahão de Araújo Moriya
Presidente SOBECC
Giovana Abrahão de 
Araújo Moriya
Presidente SOBECC 
Gestão 2019/2022
O objetivo é 
melhorar a 
segurança do 
cuidado cirúrgico 
em todo o mundo
4
AGENDA
12º SIMPÓSIO SOBECC 2020 100% ONLINE E 
GRATUITO
Início: de 11 a 14 de novembro de 2020
Local: Evento Online
Inscrições pelo site: www.sobecc.org.br
12º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO 
E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 
RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE 
15º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM EM 
CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA 
E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
Data: de 30 de agosto a 03 de setembro de 2021
Local: Paláciodas Convenções do Anhembi - São Paulo
Informações: www.sobecc.org.br
GLOBAL SURGICAL CONFERENCE AORN & 
EXPO 2021
Data: de 7 a 11 de agosto de 2021
Local: Orlando - Flórida - EUA
Informações: www.aorn.org/surgicalexpo/
information-and-schedule
IAHCSMM ANNUAL CONFERENCE & EXPO
Data: de 02 a 05 de maio de 2021
Local: Columbus Convention Center - Columbus - 
Ohio - EUA
Informações: https://10times.com/iahcsmm-
annual-conferenceinformation-and-
schedule
SOBECC com Você 5SOBECC com Você
Revista Científica SOBECC
Editorial: 
Gestão do Bloco Cirúrgico em tempos de Pandemia: de onde partimos e onde queremos chegar.
Pauta Revista (Julho / Setebro 2020)
Artigos originais:
• Protocolo de cirurgia segura: proposição de solução para execução a partir do 
Design Thinking;
• Cultura de segurança do paciente: percepções e atitudes dos trabalhadores do 
bloco cirúrgico;
• Medição da qualidade em centro cirúrgico: quais indicadores utilizamos?
• Resíduos de serviços de saúde: perfil e análise de custos em um centro cirúrgico;
• Disposição afetiva para o cuidado na recuperação: o cotidiano da equipe de 
enfermagem.
Relato de experiência:
• Centro Cirúrgico: recomendações para o atendimento de pacientes com 
suspeita ou portadores de COVID-19.
Artigos de revisão:
• O trabalho do enfermeiro no centro de material e esterilização: uma revisão 
integrativa;
• Causas institucionais para cancelamento de cirurgias eletivas.
Anuidade SOBECC
AFILIADOS: profissionais que atuam nas áreas relacionadas 
à SOBECC e representantes comerciais das empresas da 
área de saúde.
ESTRANGEIROS: enfermeiros, técnicos e auxiliares de en-
fermagem de outros países que comprovem atuação nas 
áreas relacionas à SOBECC.
São associados da SOBECC os profissionais que realizarem 
a quitação do pagamento da anuidade do ano vigente.
20 
20
ANUIDADE
CATEGORIA PROFISSIONAL 
(BRASILEIROS/ESTRANGEIROS)
2º LOTE 
VALORES
3º LOTE 
VALORES
01/05/2020 
a 
31/10/2020
01/11/2020 
a 
28/12/2020
Estudantes do curso técnico de enfermagem
R$ 160,00 R$ 170,00
Auxiliares e técnico de enfermagem
Instrumentadores cirúrgicos
Estudantes de graduação em enfermagem
CATEGORIA PROFISSIONAL 
(BRASILEIROS/ESTRANGEIROS)
2º LOTE 3º LOTE
01/05/2020 
a 
31/10/2020
01/11/2020 
a 
28/12/2020
Enfermeiros
R$ 280,00 R$ 300,00
Outros Profissionais Afiliados
SOBECC com Você6
Garanta as condições especiais para se associar, com a 
possibilidade do parcelamento da anuidade em 3 vezes no 
cartão de crédito sem juros. ASSOCIE-SE JÁ para garantir 
a sua vaga no evento! 
Venha fazer parte da SOBECC!
#unidosonlinesomostodossobecc
A SOBECC prorrogou o prazo para se associar 
com menor valor da anuidade até o dia 31/10 
para que TODOS participem do 12º Simpósio 
SOBECC 100% Online e gratuito, pois não ha-
verá outra modalidade de inscrição, APENAS 
PARA ASSOCIADOS.
SOBECC com Você 7
CURSOS
Curso de Gestão em OPME
Este curso tem como objetivo atender as demandas na for-
mação de profissionais aptos a desenvolver atividades rela-
cionadas às Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME). 
Desenvolver as competências necessárias à realização de 
atividades relacionadas à gestão de OPME.
O curso será organizado e coordenado pela SOBECC, com 
Professores, Doutores e Especialistas, com larga expertise 
na área.
Curso de Boas Práticas para 
Representantes Comerciais
A SOBECC já esta com a grade completa para o Curso de 
Boas Práticas para Representante Comerciais que atuam 
nas áreas de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e 
Centro de Material e Esterilização. 
O objetivo da SOBECC é preparar tecnicamente os represen-
tantes comerciais em áreas restritas como Bloco Cirúrgico, 
para que possam realizar suas atividades com segurança, sem 
colocar em risco pacientes e profissionais envolvidos.
SOBECC apresenta 
novos cursos 
importantes para 2021
Fique atento! Em breve divulgaremos as datas para inscrições.
SOBECC com Você8
GIRO DE NOTÍCIAS
Wania Regina 
Mollo Baia
2020 Ano marcado por campanhas 
importantes para SOBECC
Webinar com Wania 
Regina Mollo Baia
Campanha #TimeOutSalvaVidas reforça o 
protocolo do checklist de cirurgia segura
A ação que leva a hashtag #TimeOutSalvaVidas tem como 
objetivo compartilhar experiências da prática, discussões 
cientificas e metodologias de implantação e aplicação do 
protocolo, considerando a vivência dos profissionais con-
vidados para contribuir com as discussões. 
O Enfermeiro Rafael Bianconi, que atua no Bloco Cirúrgico 
do Hospital Israelista Albert Einstein e é membro da direto-
ria da SOBECC, atua como o porta voz da campanha pela 
Associação, compartilhando seu conhecimento, didática 
e realizando interfaces com os convidados e expertos da 
prática assistencial, que abordam o tema do checklist de 
cirurgia segura.
Para verificar os conteúdos publica-
dos, basta buscar pela hashtag #Ti-
meOutSalvaVidas nas redes sociais. 
As lives podem ser acessadas no IgTV 
do perfil oficial da SOBECC no Insta-
gram @sobeccnacional.
Desde março, a SOBECC compartilha conteúdos educa-
tivos, realiza lives e promove discussões sobre a impor-
tância do checklist de cirurgia segura para a segurança 
do paciente no Bloco Operatório. A campanha reforça o 
protocolo criado há 12 anos pela Organização Mundial da 
Saúde, com adesão do Ministério da Saúde aqui no Brasil.
“Vivenciando o empoderamento da enfermagem e 
a implantação do modelo gerencial com a cultura 
organizacional”, foi o tema debatido entre a Dire-
tora do Conselho Fiscal da SOBECC, Andrea Alfaya 
Acuña e a Dra Wania Regina Mollo Baia, Diretora 
Assistencial do Hospital Sírio Libanês. O bate papo 
foi realizado ao vivo via plataforma de webinar, dis-
ponível também no canal do Youtube da SOBECC.
ACESSE
Entrevista em vídeo 
com REBRAENSP
Além das lives, a SOBECC realizou uma entrevista 
em vídeo com Antônio José de Lima Júnior, coor-
denador do Conselho Nacional da Rede Brasileira 
de Enfermagem e Segurança do Paciente - RE-
BRAENSP, para abordar a pauta sobre cultura de 
segurança do paciente. Na entrevista, foram discu-
tidos alguns aspectos de processos, protocolos e 
implantação, considerando 
o cenário nacional. Você 
confere esse vídeo em nosso 
canal oficial no Youtube: ht-
tps://www.youtube.com/c/
sobeccnacional. 
ASSISTA
SOBECC com Você 9SOBECC com Você 9
GIRO DE NOTÍCIAS
Agenda 2020
Unidade de Recuperação 
Pós-Anestésica: conceitos 
e atualizações para a 
prática segura
O calendário de ações digitais da SOBECC se-
gue com diversas atividades até o final do ano. 
Para acompanhar as novidades, convidamos 
todos a seguirem nossos canais digitais.
Temos em nossa programação de 2020 mais 
lives e entrevistas sobre:
• Assuntos relacionados ao checklist de 
cirurgia segura
• Discussões sobre o empoderamento 
da enfermagem e a campanha Nursing 
Now no Brasil
• Conteúdos sobre a campanha SRPA 
Segura
E muito mais! Acesse agora mesmo os canais 
digitais da SOBECC
Foi realizado no período de 29 de junho a 27 de julho de 
2020 o curso EAD com tema UNIDADE DE RECUPERAÇÃO 
PÓS-ANESTÉSICA: CONCEITOS E ATUALIZAÇÕES PARA 
PRÁTICA SEGURA. O curso foi coordenado pela professora 
convidada pela SOBECC, Profa. Dra. Cassiane de Santana 
Lemos, Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade 
Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).
SOBECC promove campanha que 
favorece o reconhecimento e o 
empoderamento da enfermagem
A SOBECC, alinhada aos propósitos de capacitação profis-
sional, educação continuada e empoderamento dos pro-
fissionais da Enfermagem, fortalece as ações da 
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) 
e da Organização Mundial da Saúde (OMS), 
que escolheram 2020 para celebrar o ano in-
ternacional de profissionais de enfermagem e 
parteiras. Além disso, a campanha Nursing Now, 
que objetiva valorizar a contribuição dos profis-
sionais de enfermagem na garantia e ampliação 
do acesso à saúde da população, foi prorrogada 
e seguirá até junho de 2021. A iniciativa também 
conta com a adesão da SOBECC, como objetivo 
de disseminar o conhecimento e o reconhecimento dos 
profissionais da área.
ACESSE
A celebração acontece quando vivemos um cenário mui-
to delicado e com grande atuação, esforço e dedicação 
dos profissionais da Enfermagem e da saúde em 
geral, devido ao enfrentamento do novo coro-
navírus.
As ações da SOBECC em apoio a estes movimen-
tos ocorrem nos canais digitais da Associação, 
com base em geração de conteúdo relevante, 
lives, entrevistas e artigos da área, fortalecendo 
a Enfermagem para o reconhecimento e a va-
lorização da sua prática profissional. Você pode 
conferir todas as lives e materiais em nosso Ins-
tagram @sobeccnacional.
Webinar com Maria 
Clara Padoveze
“A retomada das cirurgias eletivas na pandemia 
da COVID-19”, foi o tema do bate papo entre a 
presidente da SOBECC, Dra. Giovana Abrahão de 
Araújo Moriya e a Profa. Dra. Maria Clara Padoveze, 
Professora Associada do Departamento de Enfer-
magem em Saúde Coletiva, Escola de Enfermagem, 
Universidade de São Paulo (USP). O bate papo foi 
realizado ao vivo via plataforma de webinar, com 
vários questionamentos, 
de como retomar as 
cirurgias eletivas diante 
da situação de pandemia 
que estamos vivenciando 
neste momento. Vídeo 
disponível no canal do 
Youtube da SOBECC.
Maria Clara Padoveze
SOBECC com Você10
GIRO DE NOTÍCIAS
Logotipo da SOBECC confeccionado com sucata de instrumentais cirúrgicos.
Área social da nova sede da SOBECC.
Sonho realizado
É com grande alegria que chegamos ao 
final desta grande conquista, tarefa as-
sumida com muito empenho e muitas 
horas de dedicação. No dia 10 de julho, 
inauguramos a nova sede e, em respeito 
ao distanciamento social, apenas alguns 
membros da diretoria puderam estar pre-
sentes. Outros optaram pela presença por 
meio de videoconferência. 
Toda diretoria se sente realizada em inaugu-
rar uma ampla área de 300m², com infraes-
trutura equipada e moderna. A mudança 
nasceu da necessidade de um espaço maior 
para atendimento a todos os profissionais e 
parceiros envolvidos no bloco operatório. 
Com uma estrutura composta por auditó-
rios, centro de simulação para realização de 
cursos e treinamento de habilidade técnicas, 
a nova sede está inteiramente dedicada ao 
aperfeiçoamento com excelência na pres-
tação de serviço e assistência, no âmbito 
regional, nacional e internacional.
Na área social da nova sede, encontramos 
um grande painel com o nome da associa-
ção e 19 pássaros que simbolizam todos os 
membros da diretoria e que foram confec-
cionados em sucatas de instrumentais ci-
rúrgicos. A inspiração veio do artesão Lucio 
Bittencourt que, com sua sensibilidade, de-
SOBECC com Você 11
GIRO DE NOTÍCIAS
Galeria. Edições das Práticas da SOBECC.
Área reservada para associados.
senvolveu o projeto de uma linha de obras de arte com exclusividade para a SOBECC. O artista também assina outras obras 
que decoram os ambientes da nova sede. Com apoio nas doações das sucatas dos Hospitais Albert Einstein, Sírio Libanês e 
Beneficência Portuguesa, além das empresas Quinelato e Cirar, foi possível realizar o projeto.
Há uma galeria com várias imagens 
que contemplam a evolução da Enfer-
magem Perioperatória, iniciando com 
a nossa percursora Florence Nighin-
gale até a sala de operação altamente 
tecnológica. Também, visualizamos a 
progressão das edições das Práticas 
Recomendadas e a Edição das Di-
retrizes de Práticas em Enfermagem 
Cirúrgica e Processamento de Produ-
tos para Saúde, lançadas pela nossa 
associação, desde 2000 até 2017. 
Área do associado
Carga de sucata de instrumental cirúrgico. Claudia Martins Stival e Simone Batista Neto.
Foi planejada uma área reservada 
para associados realizarem consultas 
científicas do nosso acervo digital 
com maior tranquilidade.
Empenho e muita dedicação
Nossos agradecimentos pelo empe-
nho e dedicação da Simone e da Clau-
dia, que não só foram responsáveis por 
todo o recolhimento dos instrumentais 
nas instituições da cidade de São Pau-
lo, como também viajaram muitos qui-
lometros para retirar instrumentos no 
interior do estado de São Paulo. Foram 
responsáveis por toda separação e or-
ganização das caixas enviadas até Mogi 
das Cruzes, onde se localiza o ateliê do 
artesão Lucio Bittencourt.
SOBECC com Você12
GIRO DE NOTÍCIAS
A associação conta com infraestrutura 
completa para eventos, cursos, simula-
ção realística, demonstração de produ-
tos e treinamento em equipamentos
Conheça mais sobre a nova sede da SOBECC e as 
oportunidades que este espaço pode oferecer
Em breve, a SOBECC disponibilizará online um material 
interativo e completo com a descrição do portfólio de pro-
dutos e serviços oferecidos pela Associação. No entanto, 
você pode conferir por aqui alguns destaques sobre o que 
a SOBECC pode oferecer para os profissionais da Enfer-
magem Perioperatória, instituições de ensino, hospitais e 
empresas que desejam realizar treinamentos.
Localizada na Alameda Santos, região da Avenida Paulista, 
em São Paulo, a nova sede oferece infraestrutura completa 
para acolher o associado, não-sócio e instituições que quei-
ram usar as dependências da SOBECC para promover cur-
sos, treinamentos com simulação realística e até eventos.
Auditório.
Auditório
Moderno e com espaço para receber eventos com capa-
cidade de até 60 pessoas, confortavelmente acomodadas, 
o auditório da SOBECC conta com infraestrutura capaz de 
se moldar para conduzir até 2 eventos simultâneos, já que 
possui uma divisória retrátil que pode dividir o espaço em 2 
ambientes isolados.
O auditório conta, ainda, com projetores multimídia, ca-
bine de tradução simultânea, Internet Wi-Fi, sistema de 
audio, espaço para convivência entre os participantes, 
coffee break, copa para apoio do serviços de buffet, além 
de servicos de vallet para os participantes.
Fachada da nova sede da SOBECC.
SOBECC com Você 13
GIRO DE NOTÍCIAS
O Centro de Simulação SOBECC
No centro de Simulação há toda uma infraestru-
tura adequada contendo vestiário, lavabo, uma 
sala de centro cirúrgico e o centro de material e 
esterilização, que recriam um bloco operatório 
de um hospital, com a possibilidade de criar ce-
nários e realizar técnicas que replicam as situa-
ções e os desafios vividos no dia a dia hospitalar, 
para que os profissionais realizem procedimen-
tos na prática e adquiram habilidades para o seu 
desenvolvimento profissional.
Os espaços estão montados com equipamen-
tos reais de alta tecnologia e, dessa forma, 
preparados para receber treinamentos com 
aulas de simulação, gravação de cursos e es-
tágios para estudantes que precisam treinar a 
prática cirúrgica. 
O Centro de Simulação é completo, oferecendo uma sala 
de operação, lavabo para realização de técnica de esco-
vação e centro de material e esterilização. A estrutura 
apresenta diversas possibilidades de treinamento com exe-
cução das boas práticas nos métodos de limpeza manual 
e automatizado nas montagens de cargas, bem como no 
processo de esterilização. O centro de simulação também 
é ideal, para a prática da assistência segura de posiciona-
mento cirúrgica, intubação de via aérea difícil, emergên-
cias cirúrgicas e outras situações que ocorrem no dia a dia.
Sala cirúrgica.
Área de preparo e esterilização do CME. Vestiário e área do lavabo.
Área de recepção e descontaminação do CME
SOBECC com Você14
GIRO DE NOTÍCIAS
Área de administração e atendimento da SOBECC.
Infraestrutura para cursos e eventos 
Hospitais, universidades e instituições de ensino ou até de 
outras áreas podem contar com o espaço da SOBECC para a 
realização de cursos, eventos, lançamento de produtos, livros, 
aulas e reuniões. Seja qual for a necessidade, a nova sede da 
SOBECC oferece a estrutura necessária para realizar o evento.
Área de administração
Temos um espaço amplo e aconchegante para atender os 
nossos clientes nos eventos e vendas de produtos personali-
zados da SOBECC.
SOBECC com Você 15
GIRO DE NOTÍCIAS
Espaço reservado para a Presidente e a Diretoria. Espaçoreservado para a Presidente e a Diretoria. 
Área dos toaletes com acessibilidade. Área dos toaletes com acessibilidade.
Treinamento e aulas práticas ofereci-
das pela SOBECC
Membros da nossa diretoria são expertos em diversas áreas 
do Bloco Operatório, seja na experiência prática ou aca-
dêmica. Por isso, a SOBECC também oferece treinamento 
e atualização científica para profissionais da área, com 
palestras e treinamentos conduzidos por profissionais do 
nosso membro diretivo.
Visita monitorada
Em breve, por meio de agendamento prévio, a SOBECC 
abrirá as portas da nova sede para conhecimento e visita 
técnica ao Centro de Simulação Realística e toda área.
Educação continuada
A SOBECC tem como propósito fomentar as boas práticas 
em Centro Cirúrgico e, por isso, oferece, para sócios e 
não-sócios, cursos de educação à distância e eventos com 
temáticas relacionadas à área de Bloco Operatório.
Palestras e aulas presenciais ou online
Quer oferecer um curso para seu público ou formatar 
um conteúdo de infoproduto para trabalhar nos canais 
digitais? A SOBECC oferece estrutura completa para gra-
vações de aulas e realização de palestras, seja de forma 
presencial ou online.
SOBECC com Você16
12º SIMPÓSIO
Se você enviou trabalhos para 12º Simpósio fique atento às datas!
1. Resultado da seleção: divulgação da forma de aceite (formato e-Pôster ou oral) prevista para 19 de outubro de 
2020, no site da SOBECC. 
2. Envio dos trabalhos aprovados na versão final para divulgação (PowerPoint): até 26 de outubro de 2020. 
ATENÇÃO: O não envio até esta data implica em desclassificação automática.
Divulgação e apresentação dos trabalhos
Haverá apenas o formato e-Pôster, com a finalidade de divulgar informações científicas e a troca de experiências entre 
profissionais. A apresentação do e-Pôster em sala virtual (Oral) se dará APENAS para os trabalhos indicados pela Comissão 
de Avaliação.
Como preparar a apresentação em formato eletrônico
Todos os trabalhos serão enviados em formato digital e estarão disponíveis na sala virtual durante o Simpósio online. O 
Power Point deverá ser a configuração PPT na Horizontal (Paisagem).
Estará disponível um Modelo de apresentação em Power Point na divulgação do aceite, prevista para 31 de outubro de 
2020, no site da SOBECC.
O modelo poderá sofrer alterações de design do slide (preenchimento gradual, textura, imagem ou permanecer sólido), 
conforme preferência do autor.
Corpo do e-Pôster: deve ser autoexplicativo, de preferência com o mínimo possível de texto e o máximo de ilustrações 
(figuras, diagramas e tabelas).
O e-Pôster enviado pelos autores deverá conter os quatro slides, conforme recomendado no site da SOBECC. 
A Comissão Organizadora se reserva o direito de alterar a forma dos pôsteres enviados para que os mesmos se adequem 
as necessidades de configuração. 
Certificados e anais
1. Somente será emitido o certificado aos trabalhos que tenham sido submetidos no prazo determinado. 
2. Para cada trabalho apresentado será emitido um certificado com o nome de todos os participantes, que será 
enviado ao término do evento no e-mail do autor que realizou a submissão. 
3. O não cumprimento das normas inviabilizará a emissão do certificado e publicação do trabalho nos Anais do evento.
Premiação 
Serão premiados dois trabalhos dentre os selecionados e apresentados na sala virtual – Oral. 
Para a seleção dos trabalhos, serão considerados:
• Relevância e impacto da pesquisa;
• Objetivos claros;
• Qualidade da Metodologia empregada;
• Originalidade da pesquisa.
Coordenação de Temas Livres 
12º Simpósio de Esterilização e Controle de Infecção 
Relacionada à Assistência à Saúde SOBECC 2020
SOBECC com Você 17
12º SIMPÓSIO
A diretoria da SOBECC não poderia 
deixar passar 2020 sem o nosso 
encontro anual, devido à Pandemia.
Mesmo que não possamos nos abraçar e nem bater aquele papo descon-
traído pessoalmente, faremos o 12º Simpósio de Esterilização de forma 
on-line, com o propósito de compartilhar conhecimentos, atualizações e 
avaliar as mais recentes novidades da nossa área.
A SOBECC prorrogou o prazo para se associar com menor valor da anuidade até o dia 31/10, para que todos participem 
do evento, pois não haverá outra modalidade de inscrição, APENAS ASSOCIADOS Você ainda pode parcelar o valor da 
anuidade em 3 vezes no cartão de crédito sem juros. Confira na o valor da anuidade e associe-se. 
SOBECC com Você18
12º SIMPÓSIO
11 de novembro de 2020
Cursos Pré-Simpósio
Programação Científica
HORÁRIO
HORÁRIO
HORÁRIO
HORÁRIO
HORÁRIO
9h – 11h
9h – 11h
11h - 13h
11h - 13h
17h - 17h20
20h20
20h30
13h
17h20 - 18h
18h - 18h40
18h40 - 19h30
19h30 - 20h20
OFICINA
OFICINA
OFICINA
OFICINA
TEMAS
MONITORES
MONITORES
MONITORES
PALESTRANTES
PALESTRANTES
SALA 1
SALA 2
SALA 1
SALA 2
SALA 4
Mitos e realidades das propriedades do aço inoxidável: são todos 
iguais?
Hands-On: Como realizar a limpeza dos materiais utilizados em 
procedimentos robóticos?
Quais são as alternativas para combater as dificuldades na limpeza 
dos endoscópios flexíveis?
Gestão de OPME no CME é possível!
Cerimônia de Abertura
Sorteios
Encerramento
Encerramento
Chrystina Barros – Rio de Janeiro (RJ)
Kazuko Uchikawa Graziano - São Paulo (SP)
Margarete Kavetski – Curitiba (PR)
Larissa G. Thimoteo Cavassin – São Paulo (SP)
Palestra Magna: 2020! O ano mundial da enfermagem: eixo de 
sustentação da assistência em cuidar
Palestra: Evolução da enfermagem em CME: uma era de descobertas 
Palestra: A inteligência artificial como ferramenta de gestão para CME 
Palestra: Gestão e controle do ambiente: todas as superfícies “tocadas” 
estão contaminadas?
Rafael Bianconi - São Paulo (SP) 
Debora Moura Miranda Goulart – Goiás (GO) 
Wagner de Aguiar Junior – São Paulo (SP)
Cecilia da Silva Ângelo – São Paulo (SP) 
Elaine Regina de Souza Bueno - Barretos (SP)
Fernanda Torquato Salles Bucione – São 
Paulo (SP)
Juliana Dibai – Belo Horizonte (MG) 
Vinicius Muniz Peres Bezerra - São Paulo (SP) 
Idalina Brasil Rocha da Silva - São Paulo (SP) 
Andrea Alfaya Acuña - São Paulo (SP) 
Coordenador: Leandro Lopes Muranda - São 
Paulo (SP)
SOBECC com Você 19
12º SIMPÓSIO
12 de novembro de 2020
Apresentação Simpósio-satélite
Programação Científica
HORÁRIO
HORÁRIO
HORÁRIO
14h - 16h
14h - 16h
17h - 17h45
17h45 - 18h45
19h30 - 20h40
20h40
20h50
18h45 - 19h30
OFICINA
OFICINA
TEMAS
MONITORES
MONITORES
PALESTRANTES
SALA 1
SALA 2
SALA 4
Mitos e realidades das propriedades do aço inoxidável: são todos 
iguais?
Hands-On: Como realizar a limpeza dos materiais utilizados em 
procedimentos robóticos?
Palestra: Atuação em projetos arquitetônicos em CME Simone Garcia Lopes - São Paulo (SP)
Larissa G. Thimoteo Cavassin – São Paulo (SP) 
Daniele Aparecida Araujo Stuchi – São Paulo (SP) 
Leandro Lopes Miranda – São Paulo (SP)
Ana Tércia Barijan – São Paulo (SP) 
Raquel de Souza Garcia - Porto Alegre (RS)
Izabel Kazue Damas Crisol Iamaguti – São 
Paulo (SP)
Mesa Redonda: Discutindo com especialistas situações adversas em CME
Mesa Redonda: Diferentes métodos de esterilização físico-químicos: 
eficácias comprovadas?
Sorteios
Encerramento
Palestra: Compêndio de indicadores: a busca contínua por melhores 
resultados no CME
Rafael Bianconi – São Paulo (SP) 
Debora Moura Miranda Goulart – Goiás (GO) 
Wagner de Aguiar Junior – São Paulo (SP)
Cecilia da Silva Ângelo – São Paulo (SP) 
Elaine Regina de Souza Bueno - Barretos (SP)
10h - 11h
14h - 15h
10h - 11h
15h - 16h
10h - 11h
16h - 17h
Sala 1 
Sala 3 – 1º Horário
Sala 2
Sala 3– 2º Horário
Sala 3
Salas 1, 2 e 3 – 3º Horário
HORÁRIO
HORÁRIO
SIMPÓSIO-SATÉLITE
SIMPÓSIO-SATÉLITE
MÓDULO COMERCIAL - SALAS 1, 2 E 3
MÓDULO COMERCIAL
Reapresentação dos cursos pré-sompósio
Apresentação sImpósio-satélite
SOBECC com Você20
12º SIMPÓSIO
13 de novembro de 2020
Apresentação Simpósio-satélite
HORÁRIO
HORÁRIO
10h - 11h
10h - 11h
10h - 11h
17h15 - 18h
18h - 19h
20h
20h1519h - 20h
SIMPÓSIO-SATÉLITE
TEMAS PALESTRANTES
MÓDULO COMERCIAL - SALAS 1, 2 E 3
SALA 4
Sala 2 
Sala 1 
Reapresentação dos cursos pré-sompósio
Sala 3 
Palestra: Ações da Anvisa frente à pandemia histórica de 2020 Magda Machado de Miranda Costa – 
Brasília (DF)
Gonzalo Vecina Neto – São Paulo (SP)
Apresentação dos trabalhos orais
Sorteios
Encerramento
Palestra: Defender o SUS é defender um país melhor para viver...
HORÁRIO
HORÁRIO
14h - 16h
14h - 16h
OFICINA
OFICINA
MONITORES
MONITORES
SALA 1
SALA 2
Quais as alternativas para combater as dificuldades na limpeza dos 
endoscópios flexíveis?
Gestão de OPME no CME é possível!
Fernanda Torquato Salles Bucione – São 
Paulo (SP)
Juliana Dibai – Belo Horizonte (MG) 
Vinicius Muniz Peres Bezerra - São Paulo (SP) 
Idalina Brasil Rocha da Silva - São Paulo (SP) 
Andrea Alfaya Acuña - São Paulo (SP) 
Coordenador: Leandro Lopes Muranda - São 
Paulo (SP)
14h - 15h
15h - 16h
16h - 17h
Sala 3 – 1º Horário
Sala 3– 2º Horário
Salas 1, 2 e 3 – 3º Horário
HORÁRIO SIMPÓSIO-SATÉLITE
MÓDULO COMERCIAL - SALAS 1, 2 E 3
Apresentação sImpósio-satélite
Programação Científica
SOBECC com Você 21
14 de novembro de 2020
Programação Científica
HORÁRIO
9h - 9h45
9h45 - 10h30
11h30 - 12h15
12h15 - 13h
13h
13h15
10h30 - 11h30
TEMAS PALESTRANTES
SALA 4
Palestra: Desafios na limpeza dos PPS: conhecidos pouco explora-
dos, cada vez mais utilizados 
Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti 
– São Paulo (SP)
A confirmar
Daniela Silva Santos Schneider - Porto Alegre (RS) 
Andrea Alfaya Acuña – São Paulo (SP)
Cristina Fast - Canadá (CA)
Palestra: Cases de sucesso: redução de custos com materiais não 
reembolsáveis no Bloco Operatório
Palestra: O encantamento na trajetória de Enfermagem Perioperatória: da 
graduação à expertise.
Palestra: Trabalho com alegria: um convite para repensar o seu 
modelo de gestão
Sorteios
Encerramento
Mesa Redonda: Experiências internacionais: qual o aprendizado que a 
Pandemia trouxe?
12º SIMPÓSIO
Expositores:
Organização e realização: Apoio:
SOBECC com Você22
ESPECIAL
Segurança do 
paciente no Bloco 
Operatório
“Não há como negar que hospitais são 
locais perigosos e que representam ris-
cos a todos os ocupantes de suas insta-
lações” Dr. José Valverde
SOBECC com Você 23
O dia 17 de setembro é considerado o Dia Mundial de Se-
gurança do Paciente. Criado pela Organização Mundial da 
Saúde (OMS) e seu objetivo é alertar para a importância 
da assistência com segurança. A data é uma convocação 
para gestores, profissionais de saúde, pacientes, cuidado-
res e familiares entregarem-se fielmente à missão de lutar 
pela segurança do paciente. Foi durante a 72ª Assembleia 
Mundial da Saúde em 2019, cujo tema foi “Segurança do 
Paciente: uma prioridade global de saúde”, que a data foi 
definitivamente consolidada.
Nosso País trabalha com base no Programa Nacional de 
Segurança do Paciente (PNSP), que foi criado para ampliar 
o cuidado com pacientes e profissionais. Foi levado em 
conta que a Segurança do Paciente é um dos seis atri-
butos da qualidade do cuidado e tem adquirido grande 
importância para todo o ecossistema. Assim, por meio da 
Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, o Governo 
Federal passou a articular políticas de saúde, promover a 
integração e a soma de esforços para a melhoria constante 
da qualidade dos serviços e a segurança dos cuidados no 
sistema de saúde.
A OMS estima que milhões de pacientes são prejudicados 
por cuidados não seguros em todo o mundo, o que leva a 
mais de 2,6 milhões de óbitos anuais em países de baixa e 
média renda. Tais mortes poderiam ser evitadas. O impacto 
pessoal, social e econômico do dano ao paciente leva a 
perdas de trilhões de dólares no mundo.
José de Lima Valverde Filho é médico, professor, palestrante 
internacional no tema Qualidade e Segurança em Saúde e 
Cirurgia Segura. Além disso, Valverde também integra o 
Joint Commission International (JCI), é Coordenador de 
Acreditação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) 
tendo lecionado no Brasil e em Portugal. Conversamos com 
ele sobre Segurança do Paciente no Bloco Operatório.
SOBECC COM VOCÊ: Como garantir ou, pelo me-
nos, perseguir o objetivo da segurança e da qualida-
de em saúde?
José Valverde: Há exemplos remotos de como a qua-
lidade e a segurança proporcionam desfechos signifi-
cativamente melhores nos cuidados em saúde, como 
evidenciaram, apenas para citar dois ícones da qualidade 
em saúde: Florence Nightingale e Ernest Amory Codman, 
tendo a primeira, em dezembro de 1846, que em resposta 
à morte de um mendigo numa enfermaria em Londres, e 
que acabou evoluindo para escândalo público, se tornou 
a principal defensora de melhorias no tratamento médico 
e o segundo que pode ser considerado o precursor dos 
processos atuais de acreditação de organizações de saúde, 
em 1914, com seu método de avaliação dos cirurgiões do 
Massachusetts General Hospital. O plano de avaliação do 
Dr Codman foi recusado e, como se não bastasse houve 
uma retaliação contra o autor, a quem foi retirado o seu 
privilégio no Hospital. Inconformado, criou seu próprio 
hospital, que chamou End Result Hospital, que em tradu-
ção livre seria Hospital de Resultados Finais e mostrou à 
sociedade, transparentemente, que de 337 pacientes que 
tiveram alta entre 1911 e 1916, havia 123 “erros” e que a 
causa raiz desses erros era a qualificação profissional. Ape-
sar desses e de vários outros trabalhos que mostram como 
qualidade e segurança são importantes apesar, felizmente, 
de progressos, há resistência em se considerar que exclu-
sivamente a qualidade e a habilidade dos profissionais da 
saúde seja o fator único para desfechos favoráveis. Dados 
demonstram números assustadores, como o número de 
mortes no Brasil, por ano, relacionados a eventos adver-
sos, algo em torno de 300 mil, o que daria cerca de 830 
óbitos por dia. Não nos parece que isso seja suficiente para 
que qualidade e segurança sejam incluídos nas grades de 
nossas faculdades, de modo alertar os jovens, o mais pre-
cocemente possível, sobre a importância desses aspectos. 
Lembro de uma apresentação que fiz há alguns anos sobre 
Cirurgia Segura, para um grupo de professores, em uma 
universidade e um dos seniores antes que eu começasse 
a explanação me alertou dizendo o seguinte: “doutor, me 
desculpe, mas Cirurgia Segura significa uma coisa só...bom 
cirurgião”.
Resultados e ações do programa nacional de segu-
rança do paciente
• Criação de 3780 Núcleos de Segurança do Pacien-
te no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de 
Saúde (CNES)
• Mais de 5 mil profissionais especializados em Segu-
rança do Paciente no SUS
• Mais de 255 hospitais em projetos do MS de me-
lhoria de Segurança do Paciente
• 6650 alunos cursando EAD de Segurança do Paciente
• Construção da Agenda Global - Desafio Global e 
Dia Mundial
• Atualização de currículos dos profissionais da saúde 
com a inclusão do tema “Segurança do Paciente”
• Redução de desperdício R$ 149 milhões
• Redução de danos: mais de 978 vidas salvas e 
2.888 infecções evitadas
ESPECIAL
SOBECC com Você24
ESPECIAL
Saiba como contribuir para a segurança do paciente:
1. Se você ou um ente querido é um paciente, 
envolva-se ativamente em seus cuidados;
2. Comunique aos profissionais em caso de sen-
tir-se mal após o uso de medicamentos;
3. Informe aos profissionais em caso de alergias;
4. Evite quedas: peça ajuda se sentir mal-estar;
5. Faça perguntas para estar ciente sobre sua 
condição de saúde e tratamento;
6. Visitas e acompanhantes também devem lavar 
as mãos antes de tocar no paciente;
7. Confirme sempre o nome do paciente antes 
de cada procedimento;
8. Lave as mãos antes e depois de tocar o paciente;
9. Profissional de saúde, envolva os pacientes como 
parceiros sob seus cuidados. Encoraje as notifi-
cações sem culpas e aprenda com os erros;
10. Gestor, invista na segurança do paciente e 
faça dela a sua prioridade.
listas e médicos de família capazes de resolver,de maneira 
eficiente, grande parte das situações”, explica o médico, 
exemplificando com outra questão fundamental; a criação 
de um prontuário único de saúde do cidadão que evitaria 
uma série de desperdícios e de problemas oriundos do uso 
repetitivo e desnecessário de procedimentos.
O Brasil também acerta. Existem progressos em qualidade 
e segurança, como a determinação pela ANVISA da criação 
e implantação de Núcleos de Segurança dos Pacientes, nas 
organizações de saúde. A incorporação gradativa de ou-
tros profissionais às equipes também é positiva. “O enge-
nheiro clínico e o farmacêutico clínico, por exemplo, são 
essenciais. Este último, inclusive, com papel significante na 
conciliação medicamentosa”.
SOBECC COM VOCÊ: Quais os maiores pontos de 
atenção para garantir a segurança do paciente?
José Valverde: Entendo que as lideranças devem de-
monstrar às equipes determinação clara e objetiva de que 
se preocupam com qualidade e segurança. Incluir qualidade 
e segurança como valores da organização de saúde, traz à 
tona que a instituição trabalhará nessa direção. Isso feito di-
ria que medir, medir, medir e implantar melhorias, por meio 
da análise de indicadores obtidos por dados confiáveis é o 
sustentáculo para garantir a segurança do paciente. Vejo um 
outro ponto que é a transparência. Pacientes e familiares 
devem ser honestamente informados de eventuais falhas 
que lhes tenham ocasionado danos. A participação efetiva 
de pacientes e familiares nas decisões sobre cuidados é 
também importante. Para as equipes de saúde, pacientes 
familiares e cuidadores, a educação customizada e conti-
nuada sobre qualidade e segurança é outro pilar.
SOBECC COM VOCÊ: Como o profissional de En-
fermagem pode integrar e somar na busca constante 
pela segurança?
José Valverde: Na minha experiência como educador 
e avaliador para acreditação, a Enfermagem é essencial 
e o grupo mais envolvido com qualidade da segurança 
dos cuidados. Sem Enfermagem não se faz acreditação 
ou qualquer outro processo para a melhoria da qualidade 
e segurança dos cuidados em saúde. A avaliação inicial 
e continuada dos pacientes pela Enfermagem identifica 
barreiras aos cuidados e riscos individuais. A participação 
da Enfermagem nos planos de cuidados confere a integra-
lidade das ações das equipes multiprofissionais. Estando a 
maior parte do tempo com os pacientes do que qualquer 
outro profissional, o Enfermeiro tem papel chave na obser-
vação e na notificação de eventos adversos.
Além da formação escolar, para se perseguir o objetivo da 
segurança e da qualidade em saúde, uma série de medidas 
precisam ser implantadas a partir dos gestores: avaliação 
contínua dos desfechos, comparando suas instituições 
com outras, com a literatura e entre seus profissionais, 
como fez Codman; premiar desfechos e não volume; 
manter um escritório da qualidade ativo e que colete da-
dos confiáveis para indicadores de estrutura, processo e 
resultado; procurar avaliações externas, como para acredi-
tação e, sobretudo, não valorizar a “cultura da culpa” e sim 
a da segurança, estimulando notificações de quase falhas, 
eventos adversos e eventos sentinela, analisando, com 
profundidade, esses eventos e definindo com as equipes 
planos de melhorias.
Para Valverde, o Brasil está errando na formação dos pro-
fissionais da saúde, tanto em suas habilidades, quanto na 
conscientização sobre qualidade e segurança dos cuida-
dos. O número de escolas médicas, segundo ele, é incom-
patível com a disponibilização de professores qualificados 
e a oferta de locais aptos ao bom treinamento. Também há 
a questão do modelo remuneratório, o fee-for-service, ou 
seja, o pagamento por volume e não por valor agregado. 
O modelo atual estumula o uso desnecessário de proce-
dimentos e tecnologias. As fontes pagadores públicas ou 
privadas não estimulam a qualidade e a segurança, mas 
premiam os desfechos favoráveis. “Há a procura de parce-
rias por um preço. Além disso, a formação não controlada 
de especialistas que se sobrepõe à necessidade de genera-
SOBECC com Você 25
Acreditação
Acreditação hospitalar é um sistema de avaliação e certi-
ficação de qualidade de serviços de saúde conferido por 
meio de um processo voluntário e periódico. É um proces-
so no qual instituições prestadoras de serviços na área de 
saúde verificam o cumprimento dos requisitos criados para 
aperfeiçoar a segurança e a qualidade no cuidado. 
SOBECC COM VOCÊ: Por favor, nos fale mais sobre a 
Acreditação e o trabalho da JCI no Brasil e no mundo?
José Valverde: A Joint Commission International (JCI) é a 
maior organização mundial de acreditação de organizações 
de saúde no mundo, com mais de mil organizações acredi-
tadas. A missão da JCI é melhorar a segurança e a qualidade 
do cuidado na comunidade internacional, por meio da pres-
tação de serviços de educação, publicações, consultoria e 
avaliação. No Brasil, o primeiro hospital a ser acreditado foi 
o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, que no ano 2000 
obteve sua primeira acreditação e, desde então, tem sido 
reacreditado a cada três anos. A JCI confere acreditação a 
organizações de saúde hospitalares e centros médicos aca-
dêmicos, ambulatórios, atenção domiciliar, cuidados conti-
nuados e transporte médico, além de certificar programas 
clínicos de organizações já acreditadas. 
Valverde explica que “Atualmente 63 organizações de 
saúde estão acreditadas pela JCI no Brasil. Os padrões da 
JCI são de responsabilidade de uma força-tarefa interna-
cional, da qual me orgulho de ter participado e, portanto, 
os padrões são internacionais. Quando um conceito é 
abordado pelos padrões da JCI e pelas leis ou regulamen-
tos de uma autoridade nacional ou local, a JCI exige que 
uma organização siga o que estabelece a exigência mais 
alta ou mais rigorosa”. 
Um exemplo dado pelo médico é que a JCI exige que as 
organizações usem dois identificadores de pacientes em 
uma variedade de processos. Se o padrão nacional requer 
o uso de três identificadores, o hospital deve, portanto, 
usar três identificadores para atender à norma nacional, 
que é mais rigorosa do que o padrão da JCI. No entanto, 
se essa mesma norma nacional permitir o uso do núme-
ro de leito como identificador - prática que a JCI proíbe 
explicitamente -, a organização está proibida de fazê-lo. 
Uma instituição para ser acreditada tem que atender às 
regras de acreditação e manter conformidade durante 
os ciclos de acreditação. Para uma organização de saúde 
ser acreditada existem requisitos, entre os quais: permitir 
avaliações no local de padrões e conformidade com as 
políticas, ou verificação de questões relacionadas à qua-
lidade e à segurança, relatórios ou sanções da autoridade 
reguladora, a critério da JCI; permitir que a JCI solicite (da 
organização ou de agência externa) e revise original ou có-
pia autenticada dos resultados e dos relatórios de avaliação 
externos de agências publicamente reconhecidas; que a 
organização selecione e utilize medidas como parte de seu 
sistema de monitoramento de melhoria de qualidade; que 
qualquer membro individual da equipe da organização (clí-
nico ou administrativo) possa relatar preocupações sobre 
a segurança do paciente e a qualidade dos cuidados à JCI, 
sem ação de retaliação; e que a organização notifique o 
público que atende sobre como entrar em contato com 
a administração do hospital e a JCI, para relatar questões 
sobre a segurança do paciente e a qualidade dos cuidados. 
Os padrões para acreditação hospitalar da JCI são didati-
camente divididos entre padrões centrados nos pacientes 
(Metas Internacionais de Segurança do Paciente, Acesso 
e Continuidade dos Cuidados, Cuidados Centrados no 
Paciente, Avaliação do Paciente, Cuidados ao Paciente, 
Anestesia e Cuidado Cirúrgico e Gerenciamento e Uso de 
Medicamentos) e padrões centrados na gestão (Melhoria da 
Qualidade e Segurança do Paciente, Prevenção e Controle 
da Infecção, Governo, Liderança e Direção, Gerenciamento 
e Segurança dasInstalações, Educação e Qualificação dos 
Profissionais e Gerenciamento da Informação). Para Centros 
Médicos Acadêmicos, por exemplo, Hospitais Universitários 
existem padrões exclusivos (Educação Médica Profissional 
e Programas de Pesquisa em Sujeitos Humanos). Existem 
regras de decisão para acreditação e uma delas. Para hos-
pitais, é a comparação entre o hospital avaliado e a média 
de não conformidades e conformidades parciais obtidas por 
outras organizações, em determinado período.
SOBECC COM VOCÊ: Quais são os maiores pontos 
de atenção para uma instituição ser acreditada?
José Valverde: Os fatores críticos para lograr acreditação 
podem ser resumidos ao seguinte: entender acreditação 
como um meio para a qualidade e não um fim, por si só; 
motivação de todas as equipes, há necessidade da absoluta 
compreensão de que o processo de acreditação, longe de 
ser uma “burocracia extra”, traz benefícios a todos, ou seja, 
pacientes e profissionais da saúde; determinação clara, ní-
tida, objetiva das lideranças, o alcance da acreditação deve 
estar dento do planejamento estratégico da organização 
e é preciso que todos saibam disso; enfrentamento de 
resistências, que uma vez vencidas consolidam os novos 
processos; a adesão de profissionais terceirizados coope-
rativados ou com outros vínculos ao processo pode ser 
um desafio, pela diferença da governabilidade entre esses 
e os funcionários da organização; igualmente importante 
é compreender todo o processo como investimento, com 
retorno, ou seja, credibilidade, diminuição de riscos jurídi-
ESPECIAL
SOBECC com Você26
ESPECIAL
cos e financeiros, entre outros; a implantação da cultura 
da segurança e do comportamento seguro são condições 
sine qua non, substituindo a cultura da culpa, porém res-
ponsabilizando as pessoas por seus atos e, finalmente, a 
manutenção do “ciclo da qualidade” (avaliar, medir, im-
plantar melhorias, reavaliar...).
SOBECC COM VOCÊ: Existe alguma métrica refe-
rente à ocorrência de incidentes em instituições 
acreditadas e não acreditadas?
Temas do programa nacional de segurança do paciente:
Identificação do paciente
Muitas pessoas têm nomes iguais ou parecidos. To-
dos os pacientes devem receber pulseiras ou crachás 
de identificação com seu nome completo e mais 
alguma informação da pessoal.
Cirurgia Segura
Há procedimentos que os cirurgiões e a equipe reali-
zam antes da cirurgia para diminuir os riscos. O local 
da cirurgia deve estar adequadamente marcado.
Comunicação Efetiva
Tanto os profissionais quanto os pacientes precisam 
entender o que está sendo comunicado, desde a 
informação sobre um exame até o tratamento rea-
lizado.
Higienização das Mãos
As bactérias transmitidas pelas mãos são uma das 
principais causas de complicações e infecções hos-
pitalares. Os profissionais envolvidos precisam lavar 
as mãos sempre que necessário.
Prevenção de Quedas
As quedas são acidentes que podem causar diversos 
danos para o paciente.
Segurança no uso de medicamentos
Todos os pacientes vão receber medicações durante 
a internação. A equipe precisa estar ciente do uso de 
medicamentos prévios, constantes e até alergias.
Prevenção de lesões por pressão
Essas são lesões que podem acontecer em pacientes 
que se movimentam pouco ou estão acamados. Elas 
ocorrem em locais onde as proeminências ósseas 
ficam em contato próximo à pele.
José Valverde: Sim, publicação do SINDH RIO/ FAROL 
de 2010 a 2013 mostra a diferença significante entre a 
ocorrência de infecções do trato urinário associadas ao 
uso de cateter vesical de demora, de pneumonia associada 
à ventilação mecânica e de lesões de pele entre institui-
ções acreditadas e não acreditadas. Dados apresentados 
pela EPIMED SOLUTIONS, de 2014, referentes ao SAPS 3 LA 
ajustado que significam, se maior que 1 (um), mortalidade 
maior que à prevista e se menor do que um, mortalidade 
inferior a prevista, tiveram os seguintes resultados: hospi-
tais sem acreditação = 1,25; acreditados = 0,75 e acredita-
dos pela JCI = 0,56.
SOBECC COM VOCÊ: O que influi mais na imple-
mentação de protocolos de segurança: tecnologia 
ou cultura? Como atuar corretamente em ambos 
os aspectos?
José Valverde: Não se implanta protocolos de cima para 
baixo. Devem ser consensuados e avaliados quanto à ade-
são e à efetividade. Tecnologia bem indicada é extrema-
mente favorável para resultados adequados. Há necessida-
de de se convencer profissionais de saúde, especialmente, 
médicos, de que protocolos não engessam suas atividades 
ou ferem suas autonomias. Para isso, devem fazer parte da 
elaboração de protocolos e linhas de cuidado.
SOBECC COM VOCÊ: A segurança do paciente está 
sendo observada corretamente ou ainda estamos 
longe do ideal? Por quê?
José Valverde: Não acredito que estejamos em um pata-
mar ideal. Processos de qualidade ainda são incipientes nas 
nossas organizações de saúde. Em torno de 4% apenas de 
nossos hospitais são acreditados e muitos ainda em níveis 
inferiores, em metodologias que estratificam a acreditação 
por níveis. A adesão a determinações de órgão reguladores, 
como a existência de Núcleos de Segurança do Paciente, 
Comissão de Revisão de Prontuários, Comissão de Óbitos 
etc, comumente está ausente. Indicadores de desfecho 
não são o foco de muitas organizações. Quando não se 
mede, nada se sabe. Não raro, gestores desconhecem o 
índice e a consequência de eventos adversos em suas or-
ganizações; esses eventos ficam embaixo do tapete.
Fatores de risco, observância da segurança 
Um dos momentos mais críticos e sujeito a graves eventos 
adversos é o da transferência de cuidados, isto é, quando 
uma instituição, setor ou profissional delega os cuidados a 
outra instituição, setor ou profissional. Há necessidade de um 
processo seguro nestas situações, capaz de transferir todas as 
informações possíveis de diminuírem os riscos ao paciente.
SOBECC com Você 27
Perguntado sobre os maiores fatores de risco e as formas 
de corrigi-los, Valverde é enfático: “Não há como negar 
que hospitais são locais perigosos e que representam 
riscos a todos os ocupantes de suas instalações. Para os 
pacientes, apresento uma lista de causas de eventos sen-
tinela, por ocorrência, publicadas pela The Joint Commis-
sion, como quedas; retenção não intencional de um corpo 
estranho; cirurgia no local errado; não esclarecidas; even-
tos imprevistos, como asfixia, queimaduras, sufocamento, 
afogamento ou paciente irresponsivo; suicídio; atraso no 
tratamento; por produtos ou dispositivos; eventos crimi-
nosos e erros de medicação”, explica, ressaltando que a 
gestão de riscos assistenciais e não assistenciais, incluindo 
uma verificação proativa do risco, é importante ferramenta 
para mitigar a ocorrências dessas situações.
SOBECC COM VOCÊ: Qual é sua percepção refe-
rente aos protocolos de segurança e a COVID-19?
José Valverde: Tratando-se de uma pandemia, o que se 
espera das organizações de saúde, em especial dos hos-
pitais, é que tenham colocado em prática planos de ação, 
previamente elaborados e testados de enfrentamento de 
situações de emergência, que trazem um fluxo inesperado 
de pacientes, em situações graves e que alteram toda a 
dinâmica assistencial. Durante pandemias, como ebola e 
outras, o risco para todos os ocupantes das instalações au-
menta, em especial para os profissionais da saúde. Alguns 
fizeram isso. A mídia, no entanto, publicou que alguns hos-
pitais não dispunham de planos de contingência, incluindo 
dispositivos de proteção individual para seus profissionais.
A paciente não-segura e a diferença 
entre os hospitais
José Valverde conclui, contando, com exclusividade para a 
SOBECC COM VOCÊ, uma experiência interessante sobre 
segurança do paciente e acreditação:
“Durante uma avaliação para acreditação internacional em 
que eu fazia parte da equipe da JCI, fui encarregado de en-
trevistar pacientes e familiares de pacientes que já tinham 
saído do hospital. Trouxeram suas experiências e uma das 
mais tocantes foi a de uma pacienteque teve mielite trans-
versa e comparou o hospital no qual esteve inicialmente 
internada e o hospital para qual foi transferida (o que 
estava sendo avaliado). Suas colocações eram centradas 
em diferenças entre a humanização e a centralização dos 
cuidados. Ela relatou, entre outras coisas, que algo que a 
fez sentir-se incluída como pessoa foi o fato de, anterior-
mente, a visita médica ser rápida e o médico se manter em 
pé. Já no hospital em avaliação, sentiu-se abrigada, aco-
lhida e considerada. Também narrou que ficou marcada 
por ter ouvido do médico do primeiro hospital, sem meias 
palavras, sem tato ou sem maior aprofundamento, de que 
ela provavelmente nunca mais andaria. Felizmente, não foi 
o que ocorreu”.
Médico, professor e palestrante, formado pela Uni-
versidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Fez sua 
formação em Clínica Médica no Hospital Universitário 
Pedro Ernesto da UERJ. Praticou Medicina Clínica 
durante 28 anos no Hospital Semic Botafogo, no qual 
foi Diretor Médico e como médico concursado do 
Hospital dos Servidores do Estado do RJ, no Serviço 
de Emergência. Foi Gerente Médico da Pronep Lar, In-
ternação Domiciliar. Desde 2008 dedica-se à melhoria 
da qualidade e segurança dos cuidados em saúde, por 
meio de atividades no Consórcio Brasileiro De Acredi-
tação – CBA, até janeiro de 2020, organismo associado 
a Joint Commisiion International- JCI. Responsável 
pela elaboração de Manuais próprios do CBA, sendo 
autor dos Manuais para Acreditação de Operadoras 
de Planos de Saúde, Cirurgia Segura e Organizações 
Sociais de Saúde.
José de Lima Valverde Filho
ESPECIAL
SOBECC com Você28
ENTREVISTA
Entrevistamos especialistas sobre os pontos mais relevantes re-
ferentes a como manter o paciente seguro e garantir a proteção 
do profissional de anestesia em plena Pandemia.
Segurança do paciente e do 
profissional em anestesia frente à 
COVID-19
SOBECC com Você 29
P
andemia: todos os ambientes do hospital higie-
nizados e com grande oferta de álcool em gel. 
Profissionais munidos corretamente com EPI, dis-
tanciamento social e informação onipresente, mas, 
como está a Recuperação Anestésica (RA)? Quais são os 
cuidados tomados pelo profissional de anestesia e com o 
paciente em relação à COVID-19? A SOBECC COM VOCÊ 
conversou com especialistas que explicaram a respeito de 
suas atuações nesse novo cenário global.
Os entrevistados foram Enis Donizetti Silva – médico espe-
cialista em anestesiologia e co-responsável pela Sociedade 
Brasileira de Anestesiologia do Hospital Sírio Libanês; Cas-
siane de Santana Lemos - enfermeira, doutora em ciên-
cias e docente de Enfermagem e Wagner de Aguiar Júnior 
– enfermeiro, especialista em Enfermagem e mestre em 
Ciências da Saúde.
SOBECC COM VOCÊ: Como você recebeu o início 
da pandemia? Estávamos preparados?
Enis Donizetti Silva: Desde quando a doença começou 
na China e começou a ter evidências de que poderia ser 
uma doença como a SARs e outras gripes, deu uma certa 
preocupação, mas no início ainda não tínhamos a sen-
sação de que se alastraria dessa forma. Por isso, eu creio 
que não nos preparamos desde o começo. Refiro-me a 
quem está na linha de frente. A OMS, a gestão no Brasil, 
o Ministério da Saúde, a ANVISA e as Secretarias já tinham 
informações do cenário, mas nós, como profissionais da 
saúde, não tínhamos uma ideia muito clara. Por isso, não 
foi possível nos prepararmos adequadamente no primeiro 
momento.
Cassiane de Santana Lemos: O início da pandemia foi 
um momento de instabilidade para a área da saúde, con-
tudo, delineou-se como uma condição já prevista por pes-
quisadores, diante das fragilidades presentes no sistema de 
saúde e as desigualdades de acesso à saúde vivenciadas 
pela população brasileira. Os principais fatores de vulnera-
bilidade na assistência foram relacionados aos déficits de 
estrutura física e humana nas instituições de saúde.
Wagner de Aguiar Júnior: As primeiras notícias que 
eu recebi sobre o novo coronavírus (SARS-CoV-2), pro-
venientes da cidade de Wuhan, na China, foram por meio 
dos jornais e revistas, no final de 2019. Lembro-me que, no 
começo do ano de 2020, estávamos muito preocupados 
com esta doença que estava matando muitas pessoas na 
Ásia e na Europa e que, provavelmente, chegaria ao Brasil 
depois do Carnaval. Hoje, tenho a certeza de que estar 
vinculado à SOBECC mudou a minha vida e a dos meus 
companheiros de trabalho, pois, graças às nossas reuniões, 
conseguimos estudar e implementar medidas de segurança 
contra a COVID-19, que já estavam sendo adotadas com 
sucesso pelos Enfermeiros dos países onde o SARS-CoV-2, 
chegou primeiro. Tenho um imenso carinho e gratidão por 
todos os profissionais que fazem parte da SOBECC e que, 
na época, foram decisivos para análise das boas práticas 
adotadas em diversos países, que nos ajudaram a enfrentar 
esta pandemia aqui no Brasil. Quando os primeiros casos 
chegaram em São Paulo, tanto eu quanto os meus colegas 
de profissão, estávamos muito assustados, temerosos pela 
vida dos membros da equipe pertencentes ao “grupo de ris-
co” e com muito medo de contaminar os nossos familiares. 
Todavia, graças às reuniões e aos guidelines publicados pela 
SOBECC, tínhamos um norte a seguir, o que foi fundamen-
tal para garantir a nossa segurança e a dos nossos pacientes.
A SOBECC COM VOCÊ: O que mudou radicalmente 
na rotina e estrutura?
Enis Donizetti Silva: Do ponto de vista de cuidado e do 
uso dos EPI, já é rotina no Centro Cirúrgico brasileiro, mas 
não tanto como em países europeus. Eu me lembro de que 
no meu primeiro estágio no Centro Cirúrgico na Inglaterra, 
em 1993/1994, no serviço que mais fazia transplante de fí-
gado na época não tinha a rotina ou o padrão de o aneste-
sista usar máscara. Nos hospitais na Alemanha já era total-
mente diferente. Havia a preocupação de cobrir o rosto e 
o pescoço com balaclava. A máscara era obrigatória desde 
o momento da troca de roupa. Você colocava a máscara 
em um local e a roupa em outro. Um ano antes, em Pitts-
burg, me espantei porque era permitido sair com a roupa 
do Centro Cirúrgico, ir para a rua se alimentar e retornar. 
Algumas pessoas que se hospedavam próximo já chega-
vam ao hospital paramentados, vindos de seu hotel. Aqui, o 
uso correto de EPI já fazia parte do nosso cotidiano, mas o 
que mudou de maneira intensa foi a questão de utilizar EPI 
melhores e um pouco mais consistentes. Por exemplo, a 
máscara N95, agora, é de uso diário. A intubação comple-
tamente paramentado por conta do Coronavírus também 
não mudou, mas o que vai mudar muito é a questão da 
constante higienização e de todos se cobrando, o que é 
ENTREVISTA
SOBECC com Você30
ENTREVISTA
extremamente positivo. Antes, usávamos o vídeo larin-
goscópio para um caso ou outro. Agora, com a COVID, 
a intubação é mais rápida, não ventila muito, libera muito 
aerossol e isso está demonstrando maior assertividade e, 
principalmente, menor estresse ao paciente. A avaliação 
dos doentes e a continuidade do cuidado também está 
melhorando. A telemedicina, como estratégia de avaliação 
pré-operatória, foi intensificada. Estamos avaliando mais 
os doentes antes da cirurgia e realizando a consulta pré-a-
nestésica, o que é muito legal.
Cassiane de Santana Lemos: O longo período de qua-
rentena reduziu, de forma significativa, o fluxo de atendi-
mento no centro cirúrgico, o que exigiu dos profissionais 
flexibilidade para se adaptar às novas rotinas e perfis de 
pacientes, como o deslocamento para a atuação em uni-
dades de terapia intensiva ou execução de procedimentos 
cirúrgicos, com um volume importante de equipamentos 
de proteção individual.
Wagner de Aguiar Júnior: Na estrutura do centro 
cirúrgico, a rotina mudou completamente com a imple-
mentação das precauções, das salas COVID, de encarar 
o plantão com temor pela nossa segurança, dos demais 
membros da equipe, dos pacientes e dos nossos fami-
liares.O longo período de quarentena reduziu, de forma 
significativa, o fluxo de atendimento no centro cirúrgico, 
o que exigiu dos profissionais flexibilidade para se adap-
tarem às novas rotinas e perfis de pacientes, como o des-
locamento para atuação em unidades de terapia intensiva 
ou execução de procedimentos cirúrgicos com um volu-
me importante de EPI. A higienização rigorosa das mãos, 
as técnicas de precaução por contato e aerossóis eram 
levadas rigorosamente ao extremo. O temor fazia parte 
do nosso cotidiano... não podíamos parar... não podíamos 
errar...não podíamos desistir...pois sabíamos, mais do que 
nunca, que o nosso trabalho seria decisivo para salvar 
vidas. Creio que, na vida pessoal, o distanciamento social 
foi o mais impactante. De repente, não podíamos mais 
abraçar e beijar nossos amigos e familiares, nossa rotina 
mudou completamente; tivemos que nos reinventar.
SOBECC COM VOCÊ: E o que se manteve?
Enis Donizetti Silva: A questão da via aérea, como citei, 
se manterá. Sem UTI, as unidades de recuperação pós 
anestésica podem ser uma grande unidade de recupera-
ção pós-operatória. O centro cirúrgico e a sala pós-ope-
ração passaram a ser usados como cuidado intensivo e 
isso foi um ganho importante. Principalmente por causa 
das drogas usadas em anestesia, melhoramos o despertar 
e a manutenção de uma hemodinâmica mais estável no 
polo operatório, que faz com que a sala de recuperação 
pós-anestésica possa ser usada como uma unidade inter-
mediária ou até terapia intensiva. 
Cassiane de Santana Lemos: Devido o centro cirúrgico 
ser uma área que exige planejamento e uso constante de 
paramentação, mesmo com a instabilidade e as incertezas 
geradas durante a pandemia, os profissionais de centro 
cirúrgico mantiveram os fluxos preconizados, tais como o 
planejamento de insumos e materiais, medidas de controle 
de infecção e a busca constante em manter a segurança 
das intervenções cirúrgicas, reduzindo danos ao paciente 
durante o período perioperatório.
Wagner de Aguiar Júnior: O espírito de união e de co-
letividade não diminuiu com o avanço da pandemia; mui-
tos perderam amigos, colegas e familiares este ano. Nunca 
estivemos mais unidos enquanto sociedade, enquanto 
Enfermagem. No centro cirúrgico, creio que a importância 
do profissional, das medidas de proteção individual, das 
precauções, dos protocolos assistenciais adotados contra 
a COVID-19, isso se manterá por muito mais tempo.
SOBECC COM VOCÊ: O que está sendo feito para 
garantir a segurança do paciente?
Enis Donizetti Silva: Na questão das vias aéreas e li-
beração de aerossóis, estamos tomando maior cuidado, 
usando EPI, realizando higienização. Lavagem muito mais 
frequente, o consumo de soluções aumentou muito. 
Estamos tendo muito mais cuidado com o acesso vas-
cular. O cuidado com itens negligenciados, por exemplo, 
documentação das seringas de anestesia. Isso não era 
rotina, agora, tudo foi intensificado e organizado. Notei 
o aumento do consumo de rótulos. Isso é essencial, pois 
40% dos eventos adversos em anestesia estão relaciona-
dos ao uso de drogas: dose errada, paciente errado ou 
droga errada. O importante é seguir todos os protocolos. 
Desde o início da pandemia, noto que todos estão muito 
mais atentos ao Time Out. Isso tem que se manter, por-
que tivemos um ganho. 
Cassiane de Santana Lemos: Protocolos assistenciais 
foram criados nas instituições de saúde, instâncias gover-
SOBECC com Você 31
namentais, sociedades e órgãos de classe, com a definição 
de fluxos de atendimento do paciente nas unidades de 
internação e no centro cirúrgico, além da implantação de 
fluxo de triagem para testagem de pacientes submetidos a 
cirurgias eletivas, permitindo, desta maneira, uma cirurgia 
segura, além do planejamento adequado de EPI para os 
profissionais.
Wagner de Aguiar Júnior: Durante todo o período 
perioperatório, estão sendo mantidas medidas de segu-
rança que envolvem, desde a testagem dos pacientes, 
para detecção de SARS-CoV-2, até a manutenção do dis-
tanciamento social nas unidades de internação e o uso de 
máscaras cirúrgicas, pelos pacientes e por toda a equipe 
multiprofissional. As medidas de higiene e limpeza hospi-
talares, que sempre foram rigorosas, foram intensificadas. 
Todas estas ações contribuem para garantir tanto a segu-
rança dos pacientes, quanto dos profissionais de saúde.
OBECC COM VOCÊ: E a segurança do profissional 
em anestesia? Está havendo esse cuidado? Como?
Enis Donizetti Silva: Eu acredito que a primeira premis-
sa é: A doença é contagiosa e usas secreções como via. 
Por isso, os anestesistas sempre estão usando máscara no 
Centro Cirúrgico. É uma enorme proteção. Em muitos lu-
gares, considerando em termos de País, o Brasil teve menos 
adoecimento de profissionais em relação à China, Itália e 
Espanha. Passamos a cuidar mais disso. O reconhecimento 
dos equipamentos pelos profissionais aumentou muito. Os 
cuidados com manipulação de itens relacionados a isola-
mento também cresceram. Tenho certeza de que estamos 
ganhando muito com isso. Passamos a ter uma estratégia 
a favor do cuidado, o que é essencial.
Cassiane de Santana Lemos: Com uma série de 
estudos e análises acerca do meio de propagação do 
vírus SARS-CoV2, a literatura mostrou a possibilidade de 
transmissão na forma de aerossóis que podem ser pro-
duzidos durante o procedimento anestésico, como no 
processo de intubação ou aspiração traqueal, ventilação 
não invasiva, ventilação manual antes da intubação, 
broncoscopias e extubação. Desta forma, foi preconi-
zado pelo Ministério da Saúde a todos profissionais en-
volvidos na assistência o uso de máscaras com eficácia 
mínima na filtração de 95% de partículas (tipoN95, N99, 
N100, PFF2 ou PFF3), gorro, avental de manga longa, 
óculos de proteção e luvas de procedimento.
Wagner de Aguiar Júnior: Durante a indução anes-
tésica, tanto o anestesiologista quanto o profissional de 
enfermagem que o auxilia dentro da sala cirúrgica, tiveram 
que aderir a protocolos de segurança mais rígidos, que 
englobam tanto os equipamentos de proteção individual 
(faceshield, óculos de proteção, máscara N95 e avental im-
permeável), quanto a adaptações à técnica de intubação, 
por meio do pinçamento do tubo endotraqueal e uso do 
filtro HEPA, por exemplo. Além disso, após a saída do pa-
ciente, além da limpeza terminal da sala cirúrgica, também 
procedemos ao descarte de toda a cal sodada, efetuando 
a limpeza rigorosa do canister.
SOBECC COM VOCÊ: O que mudará para sempre na 
profissão após a pandemia?
Enis Donizetti Silva: Tem um tema que gosto de falar, 
que é a questão econômico-financeira. Ficou claro e evi-
dente nos últimos 5 meses que os principais movimentos 
não são para procedimentos eletivos. Ficou entendido que 
financeiramente é essencial que o profissional tenha outros 
locais de atuação para pagar as suas contas. Diferente de 
outros profissionais, tivemos a vantagem de adaptar nossa 
especialidade para cuidar desses pacientes nas UTI e uni-
dades intermediárias, nos grupos de resposta rápida, nos 
grupos de via aérea. Serão ganhos que serão incorporados. 
Na questão médica, ficou evidente que, em muitos lugares, 
faltaram intensivistas. Precisamos formar mais intensivistas 
e mais médicos com capacitação para paciente crítico e de 
alto risco. Não aumentar as vagas de médicos nas UTI, mas 
sim, capacitá-los ainda mais: clínicos, cirurgiões, aneste-
sisas, radiologistas e outros para aprenderem a cuidar de 
pacientes de alto risco. Isso será incorporado. 
Cassiane de Santana Lemos: A percepção dos pro-
fissionais quanto aos problemas de saúde pública sofreu 
transformações em diferentes aspectos, visto que inde-
pendente do local de atuação, os profissionais evidencia-
ram que as fragilidades do sistema de saúde acumuladas 
em anos de negligência e falta de investimentos podem 
acometer a sociedade, com diferentes impactos,mas com 
danos significativos a toda população.
Wagner de Aguiar Júnior: A adesão aos protocolos de 
segurança institucionais. Antes, por exemplo, fazíamos 
campanha para higienizar as mãos, hoje, percebo que 
tanto esta, quando as demais medidas de precauções 
ENTREVISTA
SOBECC com Você32
ENTREVISTA
padrão, estão internalizadas nos profissionais. Ninguém 
mais será o mesmo. Esta pandemia mostrou para a so-
ciedade a importância do profissional de Enfermagem e 
a necessidade da valorização de nossa profissão. Não dá 
mais para aceitar profissionais em burnout, por excesso 
de trabalho, a fim de garantir uma melhor remuneração. 
Acredito no crescimento e na melhoria das condições de 
trabalho para todos nós.
SOBECC COM VOCÊ: Que conselhos daria aos Pro-
fissionais de Enfermagem, no geral, e aos profissionais 
de anestesia que estão na linha de frente desta luta?
Enis Donizetti Silva: O primeiro conselho é permanecer 
no estímulo e ajuda para que todos usem EPI. Não pode-
mos depender da imunidade de rebanho ou da vacina. 
Vamos transmitir aos nossos familiares e leigos que esses 
pormenores são essenciais e fundamentais. A maior efi-
cácia e eficiência está na higienização, no uso de máscara 
e no distanciamento social. Inclusive, na higienização do 
ambiente onde você está. Vamos respeitar a doença. Ela 
apresenta alta mortalidade. Temos de prosseguir porque 
a taxa de letalidade é alta e nossa preocupação deve ser 
constante. Vamos proteger a nós mesmos e ao próximo. A 
solidariedade e a empatia serão incorporados. Não pode-
mos perder isso. Toque o paciente. Mesmo de luva, mesmo 
com ele protegido. Deixe que ele sinta nossa ternura, nos-
so toque humano.
Cassiane de Santana Lemos: Os profissionais de En-
fermagem de centro cirúrgico devem buscar atualizações 
constantes para assistência com qualidade e segurança, 
dentro dos preceitos legais da profissão, obtendo, desta 
forma, liderança e protagonismo na atuação diária.
Wagner de Aguiar Júnior: Que não se deixem abater 
pelo cansaço. Muitos estão sobrecarregados, sem férias, 
sozinhos, em distanciamento social, longe de seus familia-
res. Estamos todos juntos neste barco. Nosso trabalho faz 
toda a diferença. Vamos vencer esta batalha juntos!
SOBECC COM VOCÊ: Há algum caso para relatar re-
ferente à COVID-19?
Enis Donizetti Silva: Um caso emocionante e elucidativo 
que eu tenho: durante a pandemia, acompanhei muitas 
pessoas que me ligavam e pediam ajuda e, a partir daí, eu 
passava a monitorá-las. Compraram oxímetro, termôme-
tro e até estetoscópio. Passei a acompanhar à distância. 
Mostravam para mim a auscultação online para eu ouvir 
sons do pulmão. Teve um caso de um paciente que ficou 
com medo de ser internado. Estávamos preocupados por-
que o quadro dele parecia estar começando a ficar grave. 
A saturação começou a cair de 97/98% foi para 90% em 
dois dias. Convencido, ele foi ao hospital, mas não quis se 
internar. Eu o aconselhei a ser internado, recomendei e 
avisei sobre as dificuldades, mas principalmente os benefí-
cios. Logo, ele sairia da UTI e iria para um quarto e sua filha 
– também da área da saúde – poderia visitá-lo. Ele não 
aceitou e foi para casa. Foi num final de uma manhã. Ele já 
estava toda a madrugada no hospital. Uma ou duas horas 
depois, a filha me contatou que ele tinha piorado. Cha-
mamos o SAMU, mas, mesmo com a urgência, ele acabou 
falecendo em casa. Pacientes faleceram em casa por uma 
simples decisão, uma falta de cuidado. Fique em casa, mas 
em caso de piora, vá para o hospital. Quatro ou seis horas 
são suficientes para a piora e muitos morreram em casa. 
Um tempo depois, a esposa dele adoeceu e convencida, 
foi ao hospital e, em pouco tempo, se curou e está muito 
bem. Tivemos que lidar muitas vezes com essas situações.
Cassiane de Santana Lemos: Diante da pandemia, as au-
las na graduação de enfermagem foram suspensas, limitan-
do as atividades práticas dos alunos em ambiente hospitalar. 
Enquanto docente de enfermagem, eu e colegas da disci-
plina tivemos que inovar para permitir a vivência dos alunos 
em atividades práticas e estimular o raciocínio clínico. Nos 
colocamos como atores em aulas práticas filmadas, para 
promover a reflexão da vivência em estágio, englobando 
simulações de entrevistas, resolução de situações-proble-
ma nas quais o aluno definia a conduta adequada para o 
paciente, e execução de procedimentos técnicos. Foram 
períodos intensos de muita discussão, elaboração de con-
teúdos e desenvolvimento da criatividade. Mas a maior con-
quista foi o reconhecimento dos alunos ao final do semestre 
do esforço dispensando pelos professores para a produção 
de conhecimento que refletisse a prática.
Wagner de Aguiar Júnior: Uma grande amiga, enfermei-
ra, que trabalhava comigo no bloco operatório começou 
com sintomas gripais fortes. Rapidamente a levamos até o 
“gripário”, onde ela realizou o teste para detecção do SAR-
S-CoV-2. Na época, o resultado demorava 72 horas para 
ser liberado. Neste período, ela ficou isolada em casa, com 
SOBECC com Você 33
SOBECC COM VOCÊ: Há algo que gostaria de dizer 
que não foi abordado ou perguntado, mas que julga 
importante citar?
Enis Donizetti Silva: A gestão de crise: é importante 
ressaltar que temos hoje dezenas de hospitais acreditados 
pelo País. O hospital acreditado tem como item de exi-
gência a questão do plano de contingência/catástrofe/
crise. Vimos muitos serviços e hospitais naufragando. Pre-
cisamos de planos mais palpáveis, que sejam de verdade, 
que possam ser implantados realisticamente. As pessoas 
precisam saber o papel e os planos precisam ser mais sim-
ples e assertivos. Não podemos ficar à mercê do estado. 
Precisamos de uma gestão de crise federal. Não foi o que 
ocorreu. Na cabeceira da mesa deveria estar o Ministério 
da Saúde, com os secretários de saúde em uma reunião 
aberta e televisionada, onde mostraríamos a importância 
e tudo o que está ocorrendo em todos os estados, onde 
estão as criticidades. Precisávamos sentir a presença e a 
segurança do Estado. Faltou. Foi ruim e mostrou descaso 
com a pandemia. O descaso, eu creio, é com as pessoas. 
É triste que um governo não tenha enorme preocupação 
diuturna e completa com a sua população. Outra ques-
tão é o desarranjo, econômico e financeiro. Essa é a mais 
grave crise sanitaria que a humanidade passou. Mesmo 
comparando com a gripe espanhola, pois naquela época, 
95% dos lares do mundo não tinham condições sanitárias. 
Na situação de hoje, em 72 horas, o vírus estava com o 
DNA sequenciado. Já temos dezenas de vacinas sendo 
testadas. O desenvolvimento da humanidade foi grande 
e evidenciou as desigualdades. Mais de 70% dos óbitos 
foram de negros, pardos e periféricos Ficou escancarada 
a desigualdade, ainda que o SUS trabalhe bem, o custo foi 
alto. Temos de ter noção de custo e efetividade. Durante 
anos, teremos uma crise fiscal decorrente da pandemia por 
tudo o que foi deixado para trás: os empregos, o dinheiro 
que não foi investido na saúde. A crise sanitária, econômica 
e financeira perdurará por anos. Nosso papel é fazer uma 
boa escolha. Amparar em algoritmos e protocolos. Temos 
que mudar a nossa arrogância de desacreditar em proto-
colos para, assim, ajudar mais pessoas. Não deixar de ter 
em mente a empatia, do se preocupar com o próximo, de 
estar realmente ao lado, não só de boca. A subida da bolsa 
não justifica, pois 80% está na mão de menos de 1% da 
população. O comércio não está funcionando, os que ga-
nham menos de 5 salários não estão conseguindo. A bolsa 
subir não significa salvação de nada. Um dado americano 
medo de ter contaminado seus familiares, com medo de 
morrer. Foi muito angustiante, tanto para ela, quanto para 
todos nós, que acompanhávamos seu estado de saúde. O 
quadro respiratório dela foi forte, ela tinha comorbidades, 
pertencia ao grupo de risco. Mas, felizmente, o resultado 
do teste deu negativo,

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