Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O governo de Juscelino Kubitschek Nas eleições, Juscelino Kubitschek ou JK, do PSD, foi eleito presidente, enquanto João Goulart (Jango) foi eleito vice – na época, a população votava no presidente e no vice separadamente. Ambos eram considerados herdeiros da tradição varguista. Entretanto, JK tinha intenções de abrir o país para o mercado internacional, enquanto Jango era nacionalista economicamente. “50 anos em 5” JK implementou um “Planos de Metas” que estabelecia objetivos a serem alcançados em 5 anos, prevendo investimentos em cinco grandes áreas: 1. Transportes 2. Energia 3. Alimentação e agricultura 4. Educação 5. Indústria de base JK aceitou a entrada de capitais internacionais para financiar a modernização da economia brasileira. Foram oferecidas muitas facilidades aos investidores estrangeiros: redução de impostos, autorização para remessa de lucros ao exterior, concessão de terrenos para a construção de fábricas. O setor automobilístico foi o que mais se destacou: os brasileiros se gabavam de, finalmente, viver num país “civilizado”, que produzia seus próprios automóveis. O crescimento industrial e a consequente geração de empregos empolgaram grande parte da população, promovendo um clima de confiança e otimismo: tinha-se a impressão de que o país, finalmente, encontrara o caminho do progresso. Por isso, esse período ficou conhecido como “os anos dourados”. A área da agricultura também avançou pouco. Isso porque o projeto de modernização do campo, previsto no Plano de Metas, encontrou forte oposição dos latifundiários e “coronéis” e acabou sendo posto de lado. Para um “novo pais”, uma nova capital JK ele fez da construção de Brasília a síntese seu governo. Milhares de trabalhadores, oriundos de várias regiões do país, sobretudo do Nordeste, partiram para o Planalto Central em busca de trabalho nas obras da nova capital. Eles ficaram conhecidos como “candangos”. Embora a construção da cidade tenha gerado empregos, muitas pessoas criticavam o alto custo das obras e a distância da capital em relação aos grandes centros urbanos, argumentando que os políticos estariam apartados do povo, a quem caberia pressioná-los e fiscalizá-los Efeitos do desenvolvimento o Empréstimos: o Emissão de moedas -> Aumento da inflação ANOS DOURADOS E TENSOS JK E JÂNIO anos dourados e tensos jk e janio Conservadores queriam evitar a candidatura de JK. Esse plano foi armado em etapas: 1. Evitar a oficialização da candidatura 2. Campanha de desmoralização 3. Executar um golpe se ele fosse eleito. Isso fez com que JK tivesse que enfrentar conservadores. Assim como Vargas fizera, o governo preocupou-se com a criação de infraestrutura para a expansão da indústria nacional A nos dourados: confiança e otim ism o Monopolização da atenção de JK ao projeto dos automóveis enquanto as necessidades do povo são deixadas de lado. Plano de metas: o Aumento da dívida externa o Dependência do capital internacional o Perda de poder aquisitivo = Greves para pedir aumento dos salários e diminuição dos preços o JK pede “sacrifício” para o bem do Brasil o Desequilíbrios regionais: o Aumento das migrações internas (êxodo e favelas) o Denúncias de corrupção O governo de Jânio Quadros Jânio convenceu o eleitorado de que era um candidato “diferente”, sua proposta era “varrer a corrupção” da máquina do Estado e solucionar a crise econômica. O presidente desenvolveu um estilo próprio de comunicação com as massas. Quando em contato com elas, procurava sempre reforçar suas qualidades de “homem simples”, “do povo”. Apoiado pelos conservadores da UDN, Jânio, de caráter conservador, foi eleito. O eleito para a vice-presidência foi João Goulart, de caráter nacionalista, populista democrático. O resultado das eleições criou uma situação embaraçosa. A UDN, que apoiara Jânio, não tolerava Jango, por ver nele um político próximo demais dos sindicatos. Embora ele fosse latifundiário e pendesse mais para o populismo, os conservadores o consideravam comunista. o governo de Jânio Ao assumir a presidência, Jânio tentou de diferenciar de seus antecessores, mantendo o marketing bastante peculiar. Ex: Cobrava seus ministros e auxiliares por meio de bilhetinhos intencionalmente vazados para a imprensa; fazia visitas-surpresa em repartições públicas para flagrar funcionários relapsos; intervinha nas medidas dos maiôs usados pelas misses nos concursos de beleza e interditou o uso de biquínis nas praias; empregava um português fora de uso. Decepcao Para conter a crise, Jânio congelou os salários (ficaram sem aumento) e restringiu o crédito bancário. Ambas medidas levaram à queda do consumo interno, uma vez que o custo de vida não parava de aumentar. -> Desagrada nacionalista e eleitores. Os nacionalistas ficavam cada vez mais descontentes. Para reconquistar o apoio desse grupo, Jânio afrouxou as relações entre Brasil e EUA e ensaiou uma política externa independente em plena Guerra Fria. Embora praticasse uma política interna conservadora, externamente Jânio fingia simpatizar com as esquerdas: condecorou o líder socialista Che Guevara, adversário declarado dos norte-americanos Essas ações não produziram o efeito esperado: foram consideradas pelos grupos de esquerda puro marketing político e desagradaram aos conservadores de modo irreversível. Tentativa de golpe Em 1961, cada vez mais isolado, Jânio planejou dar um golpe para governar com plenos poderes, sem depender dos partidos. Primeiro, enviou o vice João Goulart à China, que se tornara um país comunista Em seguida, na ausência de Jango, enviou ao Congresso uma carta-renúncia, imaginando que os conservadores pressionariam o Congresso a não aceitá-la, por medo de o vice “comunista” tomar posse. Nesse caso, Jânio seria solicitado a permanecer no cargo e, para atender a esse pedido, exigiria plenos poderes para governar. o JK preferiu o diálogo à repressão, negociando com os grevistas. Essa postura desagradou os conservadores, que exigiam ordem e controle da população o Algumas regiões ficaram apartadas do desenvolvimento industrial. Uma das consequências desse desequilíbrio foi o aumento das migrações internas. Os estados mais industrializados passaram a receber grandes levas de migrantes em busca de melhores oportunidades e condições de vida. o Tudo isso é deixado para Jânio Quadros OBS: Congresso pode derrubar ou manter a presidência no poder. Nesse contexto: Congresso era nacionalista e estava descontente com Jânio Para agradar o Congresso: o Reatar relações diplomáticas e comerciais com países socialistas o Não apoia o bloqueio econômico imposto pelos EUA à Cuba -> Desagrada nacionalistas, pois eles não eram socialistas As previsões de Jânio estavam erradas: o Congresso aceitou a renúncia, e o povo não saiu em socorro do presidente. A crise politica da sucessao Consumada a renúncia de Jânio, os conservadores continuavam se manifestando, dessa vez contra a posse de Jango, acusado de ser comunista e de ameaçar a democracia brasileira. Os grupos nacionalistas, os sindicatos e as entidades populares mais identificadas com a democracia, defendiam a posse do vice- presidente, como deveria ser. Solucao para a crise politica: o Conservadores propuseram a Implantação do Parlamentarismo, pois assim Jango se tornaria um presidente com poderes reduzidos o Quem governaria de fato seria o primeiro- ministro, indicado pelo presidente e aprovado pelo Congresso -> Tancredo Neves o A proposta dos conservadores foi aceita, mas, em 1965, aconteceria um plebiscito para que a população escolhesse entre a manutenção daquele sistema e a volta do presidencialismoo Posse de Goulart Ambas as charges fazem referência à contradição da política externa de Jânio Quadros. A primeira charge mostra Jânio brincando de “bem- me-quer, mal-me-quer”, fazendo alusão ao fato de que, mesmo tendo sido apoiado pelos conservadores da UDN para se eleger, Jânio Quadros, em plena Guerra Fria, adotou uma política externa independente e condecorou Che Guevara, um dos mais importantes símbolos da Revolução Cubana. Dessa forma, a charge mostra que, como Jânio estava em dúvidas, ele valeu-se da brincadeira infantil para que pudesse decidir entre se aliar com um presidente capitalista, nesse caso, Kennedy, ou com um presidente socialista, nesse caso, Fidel Castro; uma vez que ele afrouxou as relações entre EUA e Brasil e não apoiou o bloqueio econômico imposto pelos EUA à Cuba. Já a segunda charge explicita que Jânio estava indeciso quanto à política externa brasileira, uma vez que não sabia se deveria se conciliar com os EUA, representado por JFK, ou com Cuba, representada por Che Guevara. Nesse contexto, a charge satiriza o estrabismo de Jânio, dizendo que este foi causado pelo fato de que ele observava tanto o socialismo em Moscou como o capitalismo nos EUA.
Compartilhar