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3a prova – cinética/superfície (parte2 – Mecanismos de reações complexas) Professora: Hállen Daniel R. Calado Reações elementares Leis de velocidade � Maior parte das reações ocorre em mais de uma etapa e cada etapa é representada por uma reação elementar, que envolve um pequeno número de moléculas ou íons. � Molecularidade: nº de moléculas que colidem e reagem em uma reação elementar � reações unimoleculares: ciclopropano ⇒ propano � reações bimoleculares: par de moléculas, átomos ou grupo de átomos colidem para formarem produtos. BrHBrBrH +→+ 2 Lei de velocidade � Para reação unimolecular (ou seja, de 1ª ordem em relação ao reagente): � Para uma reação bimolecular (de 2ª ordem em relação ao reagente): PA→ [ ] [ ]Ak dt Ad −= PBA →+ [ ] [ ][ ]BAk dt Ad −= Cinética Química � Exemplo: � Acredita-se que o mecanismo seja uma única etapa elementar � Este mecanismo e compatível com a Lei de velocidade observada experimentalmente: ( ) ( ) ( ) ( ) −− +→+ alcalcalcalc ICHOCHCHOCHCHICH 323233 −− +→+ ICHOCHCHOCHCHICH 323233 [ ][ ]−= OCHCHICHk 233ν Cinética Química � Nota importante: � Se a reação é um processo elementar bimolecular ⇒ apresenta uma cinética de 2ª ordem � Se a cinética for de 2ª ordem ⇒ o mecanismo da reação pode ser complexo. Reações elementares consecutivas � Em algumas reações, passa-se pela formação de um intermediário, I � Ex.: mecanismo observado no decaimento radioactivo do urânio: . PIA ba kk →→ PuNpU dias 23935.2239min35.2239 → → � A decomposição unimolecular de A é dada por � (forma-se I a mas que se decompõe em B a ) � A velocidade global de formação de I é Reações elementares consecutivas [ ] [ ]Ak dt Ad a−= [ ]Aka=ν [ ]Ikb=ν [ ] [ ] [ ]IkAk dt Id ba −= Reações elementares consecutivas � P é formado pela decomposição unimolecular de I, onde � Se no início só houver A: [ ] [ ]Ik dt Pd b= [ ] [ ] tkaeAA −= 0 [ ] [ ] [ ] tkab aeAkIkdt Id − =+ 0 Reações elementares consecutivas � Pondo : � como [ ] 00 =I ( )[ ]0Aeekk k I tktk ab a ba −− − − = [ ] [ ] [ ] [ ]0APIA =++ [ ] [ ]01 Akk ekekP ab tk b tk a ab − − += −− Reações elementares consecutivas � Resultados indicam que a concentração de I passa por um máximo e que a concentração de P cresce e tende a [ ]0A Reações elementares consecutivas � Suponhamos que ⇒ quando se forma I, este passa imediatamente a P. Como e , vem então que , pelo que a formação de P só depende da menor constante, e a etapa designamos por etapa determinante da velocidade, o qual é normalmente a etapa mais lenta e controla a velocidade global da reação. ab kk 〉〉 tktk ab ee −− 〈〈 bab kkk ≈− [ ] ( )[ ]01 AP tke a−−≈ IA→ [ ] [ ]01 Akk ekekP ab tk b tk a ab − − += −− Reações elementares consecutivas 1ª etapa determinante 2ª etapa determinante Há uma etapa lenta, mas ela não é determinante, pois há um caminho rápido que a evita. Reações elementares consecutivas Perfil de reação para um mecanismo em que a 1ª etapa é a determinante da velocidade. Aproximação do estado estacionário Reações complexas: é necessário fazer aproximações � Aproximação do estado estacionário: após um intervalo de tempo inicial, período de indução, no qual a [I] aumenta a partir do zero, as velocidades de variações das concentrações de todos os intermediários I são muito pequenas durante a maior parte do tempo de avanço da reação: [ ] 0≈ dt Id Reações complexas Esta aproximação simplifica muito a discussão dos esquemas de reação!! Reações complexas � mecanismo das reações de 1ª ordem consecutivas : [ ] [ ] ⇒≈− 0IkAk ba [ ] [ ]Ak k I b a ≈ Para que seja consistente... [ ] [ ] [ ]IkAk dt Id ba −= [ ] 0≈ dt Id Reações complexas 1<< b a k k Embora [A] dependa do tempo, a dependência de [I] com o tempo é desprezível. [ ] [ ] [ ]AkIk dt Pd ab ≈≈ [ ] [ ] ( )[ ]∫ −− −== t kattk a AedteAkP a 0 00 1 [ ] [ ]A k k I b a ≈ [ ] [ ] tkaeAA −= 0 Pré-equilíbrios � Mecanismo complexo, uma vez que I atinge um equilíbrio com A e B: A + B ⇆ PI bk→ IBA ak→+ BAI ak +→ ' Reação direta Reação inversa Pré-equilíbrios PI bk→IBA a k →+ BAI ak +→ ' baa kkk 〉〉', [ ] [ ][ ]BA IK = a a k kK ' = Ocorre quando: Mas não quando: ab kk '〉〉 Há equilíbrio logo: Pré-equilíbrio � uma vez que kb é muito lento para afetar o equilíbrio � obtém-se assim uma lei de velocidade de 2ª ordem: [ ] [ ] [ ][ ]BAKkIk dt Pd bb == [ ] [ ][ ]BAk dt Pd = a ba b k kkKkk ' == Onde: Reações unimoleculares � Algumas reações apresentam uma cinética de 1ª ordem em fase gasosa, como: 2363 CHCHCHHCciclo =→− [ ]63HCciclok −=ν � Para haver reação, tem de haver colisões entre moléculas. Colisões = bimoleculares→ ??? Reações de 1ª ordem Reações em fase gasosa: “unimoleculares” ou seja, se são reações que envolvem etapa unimolecular elementar. Esquema do Mecanismo de Lindemann- Hinshelwoold Mecanismo de Lindemann � ativação devido a choques: � desativação devido a choques: AAAA +→+ * [ ] [ ]2* Ak dt Ad a= AAAA +→+* [ ] [ ][ ]** ' AAk dt Ad a−= Mecanismo de Lindemann � passo unimolecular: � Se o passo determinante da velocidade for o passo unimolecular, então a cinética global é de 1ª ordem, e aplicando a aproximação do estado estacionário: PA →* [ ] [ ]** Akdt Ad b−= Mecanismo de Lindemann [ ] [ ] [ ][ ] [ ] 0' **2* ≈−−= AkAAkAk dt Ad baa [ ] [ ][ ]Akk AkA ab a ' 2 * + = [ ] [ ] [ ][ ]Akk AkkAk dt Pd ab ba b ' 2 * + == Mecanismo de Lindemann [ ][ ] [ ]**' AkAAk ba 〉〉 [ ] ba kAk 〉〉' [ ] [ ]Ak dt Pd = a ba k kkk ' = Mecanismo de Lindemann � mecanismo provado: se a concentração de A diminuir (ou seja, a sua pressão parcial), então a cinética passa a ser de 2ª ordem � Razão física para a mudança de ordem: A pressões reduzidas, o passo determinante da velocidade passa a ser a formação bimolecular de A* [ ] [ ]2Ak dt Pd a≈ [ ] ba kAk 〈〈' Mecanismo de Lindemann � se representarmos em função de , obtém-se uma reta na faixa de baixas pressões [ ] [ ]Ak dt Pd = [ ] [ ]Akk Akkk ab ba '+ = [ ]Akkk k k aba a 1'1 += k 1 [ ]A 1 Lei completa da velocidade: Constante de velocidade efetiva: Teste da teoria Afastamento da linearidade, previsto com base no mecanismo. � Uma reação composta terá o comportamento de Arrhenius, mesmo que cada etapa do seu mecanismo exiba este comportamento diante da tempeartura? Analisando o limite de alta pressão do mecanismo de Lindemann-Hinshelwood, e se cada constante de velocidade tiver um comportamento arrheniano vemos que A energia de ativação de uma reação composta A energia de ativação de uma reação composta ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ){ } a RT aEabEaaEa ba RT aEa a RT bEa b RT aEa a a ba A eAA eA eAeA k kkk ' ' ' ' ' −+ − − −− = == A energia de ativação de uma reação composta � para uma reação composta, temos ( ) ( ) ( )'aabaaaa EEEE −+= � Se , então a Ea é positiva e a velocidade aumenta com a temperatura � se , então a Ea é negativa e a velocidade diminui com a temperatura ( ) ( ) ( )'aabaaa EEE 〈+ A energia de ativação de uma reação composta ( ) ( ) ( )'aabaaa EEE 〉+ A energia de ativação de uma reação composta
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