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Legislação Extravagante- professor aryes barros

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LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE PARA CONCURSOS 
Módulo 4 | – Prof. Ayres Barros 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson) 
1 
 
OS: 0007/3/21-Gil 
CONCURSO: PF / PRF – INTENSIVÃO – TEORIA RESUMIDA 
 
ASSUNTO: DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS – DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
 
 INTRODUÇÃO 
1 – Divisão 
Dos Juizados Especiais Cíveis (art. 1º ao Art. 59) e Juizado 
Especial Criminal (art. 60 ao Art. 97) 
 
2 – Base Constitucional – CF/88 
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os 
Estados criarão: 
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou 
togados e leigos, competentes para a conciliação, o 
julgamento e a execução de causas cíveis de menor 
complexidade e infrações penais de menor potencial 
ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, 
permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o 
julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro 
grau; 
 
3 – Objetivo 
A criação do Juizado Especial criminal tem os seguintes 
objetivos: 
1. Maior celeridade e informalidade no que diz respeito à 
prestação jurisdicional, especialmente nos crimes de 
menor complexidade, de menor gravidade. 
2. Evitar a prescrição desses crimes de menor 
complexidade, que, por vezes, acabava ocorrendo. 
3. Revitalizar a figura da vítima, que, por vezes, era 
bastante esquecida, especialmente sobre a reparação 
do dano. 
4. Estimular a solução consensual dos processos penais. 
5. Reparar o dano sofrido pela vítima. 
6. Aplicação de penas alternativa à Pena Privativa de 
liberdade, como multa e pena restritiva de direitos. 
7. Evitar o quanto possível a instauração de processo. 
 
4 – Aplicabilidade – Infrações penais de menor potencial 
ofensivo (IMPO) 
De acordo com o art. 61, consideram-se infrações penais de 
menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as 
contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena 
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com 
multa.(Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006) 
 
5 – Medidas despenalizadoras 
As medidas despenalizadoras buscam evitar o processo ou 
suspender seu prosseguimento, bem como, ao mesmo 
tempo, reparar o dado de forma consensual. São elas: 
5.1. Composição dos Danos Civis (Art. 74) 
 
5.2. Transação Penal (art. 76) 
 
5.3. Representação nos crimes de lesões corporais leves e 
culposas - (Art. 88) – 
 
5.4. Suspensão condicional do processo (Art. 89) 
 
6 – Instituto descarceirizador 
O JECRIM, além de prever vários institutos 
despenalizadores, previu também um Instituto 
descarceirizador no art. 69 – TCO. 
 
7 – FASES DO JECRIM – 
7.1. Fase Preliminar – Pré-Processual – 
7.1.1. Realização do TCO (Art. 69); 
7.1.2. Não representação nos crime de Leão Corporal 
Leve e Culposa (art. 89) 
7.1.3. Composição dos Danos Civis (art.74) 
7.1.4. Transação Penal (Art. 76) 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE PARA CONCURSOS 
Módulo 4 | – Prof. Ayres Barros 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson) 
2 
 
OS: 0007/3/21-Gil 
7.2. Fase Processual 
7.2.1. Suspensão Condicional do Processo (art. 89) – 
 
8 – DA COMPETÊNCIA – (Art. 63) 
Teoria da Atividade - Apesar de divergência doutrinária, 
prevalece o entendimento de que o art. 63 adotou a teoria 
da atividade para determinar a competência, uma vez que 
foi utilizada a expressão “praticada a infração penal”. 
 
 
 
COMPETÊNCIA 
JECRIM CPP CP 
Teoria da 
atividade 
(ou da ação) 
Teoria do 
resultado 
(ou do evento) 
Teoria da 
ubiquidade (ou 
mista) 
Lugar do crime 
é aquele em 
que foi 
praticada a 
conduta - ação 
ou omissão 
Para essa teoria 
não importa o local 
da prática da 
conduta, mas sim, 
o lugar onde se 
produziu ou 
deveria ter se 
produzido o 
resultado do crime 
Lugar do crime é 
tanto aquele em 
que se produziu (ou 
deveria ter se 
produzido) o 
resultado, bem 
como onde foi 
praticada a ação ou 
omissão. 
 
 DA CITAÇÃO – (Art. 66) 
Conceito de citação – É a comunicação oficial ao acusado 
de que contra ele existe uma denúncia ou queixa. Em outras 
palavras, é a comunicação ao acusado do recebimento da 
peça acusatória pelo juiz. Assim, uma vez comunicado, ele é 
convidado a comparecer e se defender. Assim, visando 
efetivar o contraditório, ele deverá ser ouvido. Em suma, 
uma vez citado, ele poderá exercer seu direito 
constitucional ao contraditório e ampla defesa. Vale 
destacar que a falta de citação importa em nulidade 
absoluta dos atos posteriores (art. 564, III, CPP). 
Destaca-se que, conforme entendimento do STF, uma vez 
não respeitado esse direito, poderá o prejudicado arguir a 
qualquer tempo, mesmo após o trânsito em julgado. (STF, 
1ª Turma, HC 92.569/MS, J. 11.03.2008) 
 
8.1. Acusado não encontrado - Art. 66, Parágrafo único – 
CPP – Art. 538. Nas infrações penais de menor potencial 
ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao 
juízo comum as peças existentes para a adoção de outro 
procedimento, observar-se-á o procedimento sumário 
previsto neste Capítulo. 
9 – TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA – TCO 
(art. 69) – 
O termo circunstanciado de ocorrência (TCO) é relatório 
sumário de uma infração de menor potencial ofensivo que 
visa formar a opinião do delito (opinio delicti), que conterá: 
1. Fato ilícito ocorrido com seus dados básicos; 
2. Identificação das partes envolvidas; 
3. Indicação de provas; 
4. Rol de testemunhas (caso existam). 
 
10 – Possibilidade de Instauração de Inquérito Policial – 
 Caso complexo – é possível que a IMPO praticada 
envolva fatos complexos e, nesse caso, é possível 
sim a instauração de IP para apurar melhor o fato. 
 
10.1. Art. 60, parágrafo único - Flagrante nas infrações de 
menor potencial ofensivo – 
 Recusa por parte do autor do fato de ser 
encaminhado ao juizado ou assumir o 
compromisso de a ele comparecer – Nesse caso, a 
autoridade policial lavrará o Auto de prisão em 
flagrante. No entanto, não significa que ficará 
obrigatoriamente preso, pois é possível a 
concessão de liberdade provisória mediante fiança 
perante a autoridade policial. 
 
11 – Composição dos Danos Civis (Art. 74) 
Conceito – A composição dos danos civis é um instituto 
despenalizador de caráter civil. Trata-se de uma conciliação, 
um acordo, realizado entre o autor do fato e a vítima, 
objetivando a reparação dos danos causados à vítima. 
11.1. Ações penais e seus efeitos – 
 Ação Penal Privada - Uma vez homologado o 
acordo, a vítima estará renunciando seu direito de 
queixa, tendo como consequência a extinção da 
punibilidade, conforme previsão no art. 107, V, CP. 
Princípio da indivisibilidade - Realizada a 
composição dos danos, a renúncia ao exercício do 
direito de queixa, em relação a um dos autores do 
crime, a todos se estenderá (art. 48 e 49 do CPP). 
 Ação penal pública condicionada - Uma vez 
homologado o acordo, a vítima estará renunciando 
seu direito de representação, tendo como 
consequência a extinção da punibilidade. 
 Ação penal pública incondicionada - Ao contrário 
dos efeitos previstos para ação penal privada e 
pública condicionada (extinção da punibilidade), 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE PARA CONCURSOS 
Módulo 4 | – Prof. Ayres Barros 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson) 
3 
 
OS: 0007/3/21-Gil 
aqui não acarretará nenhum efeito. Servirá apenas 
para antecipar o valorda indenização 
 
11.2. Não cumprimento do acordo por parte do autor – 
Crimes de Ação Penal Privada e Pública Condicionada 
Mesmo que o autor do fato não cumpra sua parte do 
acordo, a vítima não tem direito de representação 
novamente, uma vez que a punibilidade foi extinta. Cabe a 
vítima a possibilidade de executar o título judicial no juízo 
cível. 
 
12 – TRANSAÇÃO PENAL (ART. 76) 
Conceito – Transação Penal é um acordo realizado entre o 
Membro do Ministério Público (nos casos de crimes de ação 
penal pública) ou querelante (nos crimes de ação penal 
privada) e o autor do fato criminoso. Nesse acordo, a 
proposta consiste em aplicação imediata de pena restritiva 
de direitos ou multas, em troca do não oferecimento da 
denúncia e início da instrução processual. Vale destacar que 
o instituto da transação penal tem previsão constitucional, 
art. 98, inciso I. 
 
12.1. Concurso de crimes 
Em se tratando, por exemplo, de concurso material, no qual 
se aplica o sistema do cumulo material, deverá ser 
observada se a soma das penas ultrapassa 2 anos. Caso 
ultrapasse os dois anos, não se aplicará o procedimento do 
JECRIM, e sim do juizado comum. Nesse mesmo sentido, 
STJ, 3ª Seção, CC 79.022/RS, Dje 08/05/2008. 
 
Concurso material de crimes – Em se tratando de concurso 
material de crimes, a pena considerada para fins de fixação 
da competência do Juizado Especial Criminal será o 
resultado da soma das penas máximas cominadas aos 
delitos. Isso porque todas as infrações cuja pena máxima 
não exceda a dois anos, inclusive as de rito especial, 
passaram a integrar o rol dos delitos de menor potencial 
ofensivo, de competência dos Juizados Especiais. Havendo 
concurso material de crimes, a pena a ser considerada para 
a fixação de competência é o resultado da soma das penas 
máximas cominadas aos delitos. Nesse sentido, é a 
jurisprudência do STJ 
 
“Pacificou-se neste Sodalício o entendimento de que para 
efeito de fixação da competência dos Juizados Especiais, 
deve ser levado em conta o somatório das penas máximas 
cominadas aos delitos no caso de concurso material de 
crimes, caso em que, ultrapassado o limite de 2 (dois) anos, 
encaminha-se o feito para a Justiça Comum. (HC 
314.854/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, 
julgado em 07/05/2015). 
 
É pacífica a jurisprudência do STJ de que, no caso de 
concurso de crimes, a pena considerada para fins de fixação 
da competência do Juizado Especial Criminal será o 
resultado da soma, no caso de concurso material, ou a 
exasperação, na hipótese de concurso formal ou crime 
continuado, das penas máximas cominadas aos delitos. 
Assim, se desse somatório resultar uma pena superior a 02 
anos, fica afastada a competência do Juizado (HC 
143.500/PE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Quinta 
Turma, julgado em 31/05/2011). 
 
12.2. Ação Penal Pública condicionada e Privada 
Vale destacar que se tiver ocorrido a composição dos danos 
civis nos crimes de Ação Penal Pública condicionada e 
Privada não há que se falar em transação penal, uma vez 
que homologado o acordo de composição civis dos danos 
acarretará a extinção da punibilidade, conforme previsto 
no art. 74, parágrafo único. Porém, caso se trate de Ação 
Penal Pública incondicionada, é perfeitamente possível a 
oferecimento da transação penal, pois nesse caso não 
ocorre a extinção da punibilidade. 
 
12.3. Transações Penais e Ação Penal – Cabimento 
 Ação Penal Pública Condicionada e 
Incondicionada – De acordo com o Art. 76, é 
possível nesses casos. 
 Ação Penal Privada – STJ: "(...) A jurisprudência 
dos Tribunais Superiores admite a aplicação da 
transação penal às ações penais privadas. Nesse 
caso, a legitimidade para formular a proposta é 
do ofendido, e o silêncio do querelante não 
constitui óbice ao prosseguimento da ação penal." 
(STJ, RHC 102.381/BA, Rel. Ministro FELIX FISCHER, 
QUINTA TURMA, julgado em 09/10/2018, DJe 
17/10/2018) 
 
12.4. Direito Subjetivo do autor do fato 
STJ: "(...) Embora admitida a possibilidade de transação 
penal em ação penal privada, este não é um direito 
subjetivo do querelado, competindo ao querelante a sua 
propositura.” (AgRg no REsp 1356229/PR, Rel. Ministra 
ALDERITA RAMOS DE OLIVEIRA (DESEMBARGADORA 
CONVOCADA DO TJ/PE), SEXTA TURMA, julgado em 
19/03/2013, DJe 26/03/2013) 
 
 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE PARA CONCURSOS 
Módulo 4 | – Prof. Ayres Barros 
 
 
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CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson) 
4 
 
OS: 0007/3/21-Gil 
STJ. (...) Segundo decidido pela corte especial, a transação 
penal, nos termos da Lei 9.099/95 não é direito subjetivo 
do réu e sua aplicação à ação penal privada, embora 
admitida, não impede o prosseguimento da persecução 
penal, em caso de inércia do querelante. (HC 147.251/BA, 
Re l. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 
06.09.2012). 
 
12.5. Impossibilidade de concessão de ofício pelo Juiz 
O Juiz não poderá de ofício oferecer a proposta de 
transação penal, uma vez que esse direito cabe ao titular da 
ação penal, seja pública ou privada. Incorrendo nesse ato, 
haverá violação ao art. 129, I, CF. 
 
12.6. Recusa Injustificada do MP em oferecer a Transação 
Penal no crimes de Ação Penal Pública 
Nesse caso, aplica-se de o entendimento do art. 28 do CPP, 
bem como a súmula 696 do STF. Vejamos: 
CPP - Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés 
de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do 
inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, 
o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões 
invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de 
informação ao procurador-geral, e este oferecerá a 
denúncia, designará outro órgão do Ministério Público 
para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, 
ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 
STF - Súmula 696 - Reunidos os pressupostos legais 
permissivos da suspensão condicional do processo, mas 
se recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, 
dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, 
aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de 
Processo Penal. 
 
12.7. Imprescindibilidade de concordância do Ministério 
Público quanto a suspensão condicional do processo e 
quanto a transação penal 
STF: “A jurisprudência desta Suprema Corte é pacífica no 
sentido de que não cabe ao Poder Judiciário conceder os 
benefícios da Lei 9.099/1995 à revelia do titular da ação 
penal. A esse respeito, a Súmula 696 deste Supremo 
Tribunal Federal: "Reunidos os pressupostos legais 
permissivos da suspensão condicional do processo, mas se 
recusando o Promotor de Justiça a propô-la, o Juiz, 
dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, 
aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo 
Penal". 
 
Como a manifestação nos presentes autos provém do 
próprio Procurador-Geral da República, ainda que esta 
Colenda Turma dela dissentisse, a negativa deveria 
prevalecer, porquanto a Constituição Federal conferiu a 
titularidade da ação penal ao Ministério Público, à qual 
intimamente ligada a possibilidade de propor a suspensão 
condicional do processo e a transação. [Inq 3.438, rel. 
min. Rosa Weber, 1ª T, j. 11-11-2014, DJE 27 de 10-2-2015.] 
 
12.8. Recusa – Ação penal privada – A legitimidade para o 
oferecimento da proposta de transação penal é do 
querelante, de acordo com o STJ. Cabe a ele decidir. O Juiz, 
na fase preliminar (antes do processo) deverá questionar ao 
querelante (ofendido) ou seu representante legal sobre a 
aceitação da proposta de transação penal. No caso de 
recusa do ofendido, nada poderá ser feito, devendo a ação 
penal prosseguir normalmente. 
 
12.9. ART. 76, §3º e §4º - Da aceitação da proposta 
 
12.10. Não aceitação da proposta 
Caso o autor do fato não aceite a proposta firmada no 
acordo,o MP ou o ofendido deverão oferecer a peça 
acusatória oralmente e assim prosseguir o feito. 
 
12.11. Concurso de agentes 
Havendo concurso de pessoas e sendo feito o acordo de 
transação penal apenas com um dos agentes, o acordo não 
se estenderá aos demais. 
 
12.12. Divergência entre autor do fato e o defensor 
Havendo divergência de aceitação, a vontade do autor do 
fato deverá prevalecer. Essa interpretação tem como 
fundamento o art. 76, §4º. 
 
12.13. DESCUMPRIMENTO INJUSTIFICADO DE TRANSAÇÃO 
PENAL – 
Súmula Vinculante 35 – A homologação da transação penal 
prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa 
julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se 
a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a 
continuidade da persecução penal mediante oferecimento 
de denúncia ou requisição de inquérito policial. 
 
12.14. Prescrição na Transação Penal – A aceitação, pelo 
acusado, da proposta de transação penal formulada pelo 
Ministério Público não é causa suspensiva ou interruptiva 
da fluência da prescrição. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7709011
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE PARA CONCURSOS 
Módulo 4 | – Prof. Ayres Barros 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson) 
5 
 
OS: 0007/3/21-Gil 
 Cuidado – A aceitação, pelo acusado, da proposta de 
suspensão condicional do processo formulada pelo 
Ministério Público obsta a fluência prescricional durante o 
prazo da suspensão. Suspensão Condicional do Processo -
 suspende a prescrição. (art. 89, §6º, Lei 9099/95). 
 
13 – DO PROCEDIMENTO SUMARIÍSSIMO (art. 77 ao 
Art. 83) 
 
13.1. Dos tipos de procedimentos 
De acordo com o art. 394 do CPP, o procedimento será 
comum ou especial. O procedimento comum será 
ordinário, sumário ou sumaríssimo. Será aplicado o 
procedimento ordinário quando tiver por objeto crime cuja 
sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) 
anos de pena privativa de liberdade. Já o sumário, quando 
tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja 
inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; Já 
o sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial 
ofensivo, na forma da lei. 
 
13.2. Art. 77, caput – Procedimento sumaríssimo 
O procedimento sumaríssimo trata da fase processual, que 
tem início após frustradas a Composição dos danos civis 
(art. 74) e a transação penal (art. 76). Desse modo, não foi 
possível o acordo dos danos civis e nem a imposição de 
pena de multa ou restritiva de direito, ou seja, não houve 
aplicação de pena. 
 
14 – SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (art. 89) – 
14.1. Conceito 
Trata-se de um instituto despenalizador, por meio do qual o 
Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a 
suspensão do processo ao juiz, que poderá suspender o 
processo por um prazo de 2 a 4 anos, desde que o réu 
preencha os requisitos e aceite o cumprimento de certas 
condições impostas. Vale destacar que não há 
reconhecimento de culpa por parte do acusado. Assim, uma 
vez revogada a suspensão do processo, o processo retorna 
ao seu curso normal. 
 
No momento do oferecimento da denúncia, o MP oferece a 
proposta de suspensão condicional do processo, se o 
acusado preencher os requisitos do art. 89 do JECRIM e art. 
77 do Código Penal. 
 
14.2. REQUISITOS 
Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou 
inferior a um ano, abrangidas ou não pela Lei 9.099 de 
1995 Concurso de crimes (sistema de cúmulo material) – 
Se houver concurso material ou concurso formal impróprio, 
deverão ser somadas as penas. Assim, se somadas as penas 
e estas ultrapassarem o patamar de 1 ano, não caberá o 
benefício. 
 
Existência de inquéritos policiais 
A existência de inquéritos policiais em curso não é 
circunstância idônea a obstar o oferecimento de proposta 
de suspensão condicional do processo. Inteligência do art. 
89 da Lei 9.099/95. 2. Recurso provido. (RHC 79.751/SP, Rel. 
Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, 
julgado em 18/04/2017, DJe 26/04/2017) 
 
14.3. Concurso de crimes (sistema de exasperação da 
pena) 
Se houver concurso formal próprio ou continuidade delitiva, 
aplica-se a pena mais grave aumentada de 1/6. Nesse caso, 
ultrapassando o patamar de 1 ano, não caberá o benefício. 
 
Nesse sentido, temos as seguintes súmulas - 
STF - Súmula - 723 - Não se admite a suspensão condicional 
do processo por crime continuado, se a soma da pena 
mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de 
um sexto for superior a um ano. 
 
Súmula 243/STJ - O benefício da suspensão do processo 
não é aplicável em relação às infrações penais cometidas 
em concurso material, concurso formal ou continuidade 
delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo 
somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o 
limite de um (1) ano. 
 
14.4. Pena alternativa de multa ou restritiva de direitos 
O art. 88 do JECRIM é claro ao dispor que é cabível a 
suspensão condicional do processo nos crimes em que a 
pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, 
abrangidas ou não pela Lei 9.099 de 1995. Porém, a 
jurisprudência dos tribunais superiores admite tal benefício 
mesmo que a pena mínima seja superior a 1 ano, 
especificamente nos casos em que há multa ou pena 
restritiva de direitos alternativamente à Privação de 
liberdade. 
Exemplo: Art. 7º da Lei 8.137/90. 
 
EMENTA: AÇÃO PENAL. Crime contra relações de consumo. 
Pena. Previsão alternativa de multa. Suspensão condicional 
do processo. Admissibilidade. Recusa de proposta pelo 
Ministério Público. Constrangimento ilegal caracterizado. 
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OS: 0007/3/21-Gil 
HC concedido para que o MP examine os demais 
requisitos da medida. Interpretação do art. 89 da Lei nº 
9.099/95. Quando para o crime seja prevista, 
alternativamente, pena de multa, que é menos gravosa do 
que qualquer pena privativa de liberdade ou restritiva de 
direito, tem-se por satisfeito um dos requisitos legais para 
suspensão condicional do processo. (HC 83926, Relator(a): 
Min. CEZAR PELUSO, Segunda Turma, julgado em 
07/08/2007, DJe-101 DIVULG 13-09-2007 PUBLIC 14-09-
2007 DJ 14-09-2007 PP-00085 EMENT VOL-02289-02 PP-
00307 RTJ VOL-00204-02 PP-00737 RT v. 97, n. 867, 2008, p. 
525- 528 REVJMG v. 58, n. 181, 2007, p. 553-556) 
 
O STJ possui enunciado da Jurisprudência em Tese (edição 
96) com a seguinte redação: é cabível a suspensão 
condicional do processo e a transação penal aos delitos que 
preveem pena de multa alternativamente à privativa de 
liberdade, ainda que o preceito secundário da norma legal 
comine pena mínima superior a 01 ano. 
 
14.5. Lei Maria da Penha – Súmula 536 do STJ 
A suspensão condicional do processo e a transação penal 
não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei 
Maria da Penha. 
 
14.6. Cabimento da Suspensão Condicional do Processo 
em crimes de ação penal de iniciativa privada 
Cabimento - Da forma como consta previsto no texto 
expresso no art. 89, a conclusão que temos é que a 
suspensão condicional do processo somente é cabível nos 
crimes de ação penal pública incondicionada, uma vez que 
ressalta que o MP poderá propor a suspensão condicional 
do processo. No entanto, o texto não poderá ser 
interpretado dessa maneira,uma vez que não há 
razoabilidade para restringir aos crimes de ação penal 
pública e negar aos de iniciativa privada. Vale dizer que, 
caso queira, o ofendido pode escolher inclusive pela não 
punição, provocando a extinção da punibilidade através da 
decadência, renúncia, perdão ou perempção. Desta forma, 
se pode escolher pela não punição, é razoável que ele opte 
por uma solução consensual para o conflito. 
 
Nesse sentido, STJ: (...) O Superior Tribunal de Justiça, em 
remansosos julgados considera crível o sursis processual 
(art. 89 da Lei nº 9.099/95) nas ações penais privadas, 
cabendo sua propositura ao titular da queixa-crime. (STJ, 
HC 187.090/MG, Rel. Ministro ADILSON VIEIRA MACABU 
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RJ), QUINTA 
TURMA, julgado em 01/03/2011, DJe 21/03/2011) 
 
Nesse sentido, STJ: “A jurisprudência desta Corte Federal 
Superior é firme no sentido de que cabe o sursis 
processual também para os crimes de ação penal privada” 
(STJ. 6ª Turma. HC 18.590/MG, rel. Min. Hamilton 
Carvalhido, DJU 04.12.2001). 
 
ENUNCIADO 112 (Substitui o Enunciado 90) – Na ação 
penal de iniciativa privada, cabem transação penal e a 
suspensão condicional do processo, mediante proposta do 
Ministério Público (XXVII Encontro – Palmas/TO). 
 
Legitimidade para oferecer a proposta – A iniciativa para o 
oferecimento da proposta é do querelante. 
Recusa do MP em oferecer a proposta de Suspensão 
Condicional do Processo – Caso o MP se recuse a fazer a 
proposta, e o juiz verifique que o acusado preenche os 
requisitos, deverá ser aplicado o art. 28 do CPP. Vejamos: 
 
CPP - Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de 
apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do 
inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o 
juiz, no caso de considerar improcedentes as razões 
invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de 
informação ao procurador-geral, e este oferecerá a 
denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para 
oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual 
só então estará o juiz obrigado a atender. 
 
Nesse sentido, inclusive é o teor da súmula 696 do STF – 
STF - Súmula 696 - Reunidos os pressupostos legais 
permissivos da suspensão condicional do processo, mas se 
recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, 
dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, 
aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo 
Penal. 
 
Recusa do querelante (ofendido) em oferecer a proposta 
de Suspensão Condicional do Processo – Caso o querelante 
se recuse a fazer a proposta, e o juiz não poderá conceder 
de ofício e nem será admitida a proposta pelo MP. Nesse 
caso, seguirá normalmente o processo, se assim quiser o 
ofendido. 
 
JECRIM e LEIS ESPECIAIS – 
1 – ESTATUTO DO IDOSO 
De acordo com o art. 94 do Estatuto do Idoso, aos crimes 
previstos na Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade 
não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento 
previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, 
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subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código 
Penal e do Código de Processo Penal. Nesse caso, o artigo 
94 do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03) determina a 
aplicação dos procedimentos relativos aos Juizados 
Especiais aos crimes cometidos contra idosos, cuja pena 
máxima não ultrapasse quatro anos. O entendimento do 
STF é de que o dispositivo legal deve ser interpretado em 
favor do seu específico destinatário – o próprio idoso – e 
não de quem lhe viole os direitos. Com isso, os infratores 
não poderão ter acesso a benefícios despenalizadores de 
direito material, como conciliação, transação penal, 
composição civil de danos ou conversão da pena. Somente 
se aplicam as normas estritamente processuais para que o 
processo termine mais rapidamente, em benefício do 
idoso. 
 
2 – ACUSADOS COM FORO POR PRERROGATIVA DE 
FUNÇÃO - 
Conforme Renato Brasileiro, “por mais que a infração seja 
considerada de menor potencial ofensivo, subsiste a 
competência do respectivo Tribunal para o processo e 
julgamento do feito, o que, no entanto, não inibe a 
incidência dos institutos despenalizadores trazidos pela Lei 
9.099/95, desde que preenchidos os pressupostos legais.” 
(Renato Brasileiro de Lima, Legislação Criminal Especial 
Comentada, 6ª Edição, Editora JusPodivm, pag. 394 e 395) 
 
3 – CRIMES ELEITORAIS 
Conforme entendimento do TSE, as infrações penais 
definidas no CE obedecem ao disposto nos seus arts. 355 e 
seguintes e o seu disposto é especial. Nesse caso, não se 
submetem a apuração e julgamento do JECRIM. Porém, via 
de regra, admite-se a aplicação dos institutos 
despenalizadores previstos no JECRIM. Em suma, não se 
admite o procedimento, porém admite os institutos. 
(Renato Brasileiro de Lima, Legislação Criminal Especial 
Comentada, 6ª Edição, Editora JusPodivm, pag. 395) 
 
4 – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A 
MULHER – 
Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar 
contra a mulher são inaplicáveis as normas tutelares 
despenalizadoras da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e 
Criminais. Assim, como a Lei 9.099/95 prevê quatro 
institutos despenalizadores: transação penal (art. 76), 
conciliação civil (art. 74), representação para os crimes de 
lesão leve e culposa (art. 88) e a suspensao condicional do 
processo (art. 89), todos esses, não serão aplicados. 
 
Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar 
contra a mulher não se aplica a Lei dos Juizados Especiais 
(Lei n.
anos. STF. Plenário. ADI 4424/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 
9/2/2012. 
 
5 – Art. 291 CTB - LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 
1997 
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes 
togados ou togados e leigos, tem competência para a 
conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais 
de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de 
conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313, 
de 2006) 
 
Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo 
comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das 
regras de conexão e continência, observar-se-ão os 
institutos da transação penal e da composição dos danos 
civis. (Incluído pela Lei nº 11.313, de 2006) 
 
6 – LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS – LEI Nº 9.605, DE 12 DE 
FEVEREIRO DE 1998. 
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial 
ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena 
restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 
9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá ser 
formulada desde que tenha havido a prévia composição do 
dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo 
em caso de comprovada impossibilidade. 
 
Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de 
setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de menor 
potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes 
modificações: 
I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o 
§ 5° do artigo referido no caput, dependerá de laudo de 
constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a 
impossibilidade prevista no inciso I do § 1° do mesmo 
artigo; 
 
II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não 
ter sido completa a reparação, o prazo de suspensão do 
processo será prorrogado, até o período máximo previsto 
no artigo referido no caput, acrescido de mais um ano, com 
suspensão do prazo da prescrição; 
 
III - no período de prorrogação, não se aplicarão as 
condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo 
mencionado no caput; 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11313.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11313.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11313.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9099.htm#art76
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9099.htm#art76
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9099.htm#art89
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IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura 
de novo laudo de constatação de reparação do dano 
ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser 
novamente prorrogado o período de suspensão, até o 
máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o 
disposto no inciso III; 
 
V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração 
de extinção de punibilidade dependerá de laudo de 
constatação que comprove ter o acusado tomado as 
providências necessárias à reparação integral do dano. 
 
 
LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995. 
(Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá 
outras providência) 
 
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial 
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais 
e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 
2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada 
pela Lei nº 11.313, de 2006) 
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á 
pelos critérios da oralidade, informalidade, economia 
processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, 
a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de 
pena não privativa de liberdade. 
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á 
pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, 
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que 
possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a 
aplicação de pena não privativa de liberdade. (Redação 
dada pela Lei nº 13.603, de 2018) 
Seção I 
Da Competência e dos Atos Processuais 
Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo 
lugar em que foi praticada a infração penal. 
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão 
realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da 
semana, conforme dispuserem as normas de organização 
judiciária. 
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que 
preencherem as finalidades para as quais foram realizados, 
atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei. 
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha 
havido prejuízo. 
§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas 
poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de 
comunicação. 
§ 3º Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos 
havidos por essenciais. Os atos realizados em audiência de 
instrução e julgamento poderão ser gravados em fita 
magnética ou equivalente. 
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, 
sempre que possível, ou por mandado. 
Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, 
o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum 
para adoção do procedimento previsto em lei. 
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com 
aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa 
jurídica ou firma individual, mediante entrega ao 
encarregado da recepção, que será obrigatoriamente 
identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça, 
independentemente de mandado ou carta precatória, ou 
ainda por qualquer meio idôneo de comunicação. 
Parágrafo único. Dos atos praticados em audiência 
considerar-se-ão desde logo cientes as partes, os 
interessados e defensores. 
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do mandado 
de citação do acusado, constará a necessidade de seu 
comparecimento acompanhado de advogado, com a 
advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado 
defensor público. 
Seção II 
Da Fase Preliminar 
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da 
ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará 
imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, 
providenciando-se as requisições dos exames periciais 
necessários. 
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do 
termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou 
assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá 
prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de 
violência doméstica, o juiz poderá determinar, como 
medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou 
local de convivência com a vítima. (Redação dada pela Lei 
nº 10.455, de 13.5.2002)) 
Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e não 
sendo possível a realização imediata da audiência 
preliminar, será designada data próxima, da qual ambos 
sairão cientes. 
Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos 
envolvidos, a Secretaria providenciará sua intimação e, se 
for o caso, a do responsável civil, na forma dos arts. 67 e 68 
desta Lei. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11313.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11313.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13603.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13603.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10455.htm
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Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante 
do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se 
possível, o responsável civil, acompanhados por seus 
advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da 
composição dos danos e da aceitação da proposta de 
aplicação imediata de pena não privativa de liberdade. 
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por 
conciliador sob sua orientação. 
Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares da Justiça, 
recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre 
bacharéis em Direito, excluídos os que exerçam funções na 
administração da Justiça Criminal. 
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a 
escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença 
irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo 
civil competente. 
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa 
privada ou de ação penal pública condicionada à 
representação, o acordo homologado acarreta a renúncia 
ao direito de queixa ou representação. 
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada 
imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o 
direito de representação verbal, que será reduzida a termo. 
Parágrafo único. O não oferecimento da representação na 
audiência preliminar não implica decadência do direito, que 
poderá ser exercido no prazo previsto em lei. 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de 
ação penal pública incondicionada, não sendo caso de 
arquivamento, o Ministério Público poderá propor a 
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, 
a ser especificada na proposta. 
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, 
o Juiz poderá reduzi-la até a metade. 
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: 
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de 
crime, à pena privativa de liberdade, por sentença 
definitiva; 
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo 
de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa,nos termos deste artigo; 
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do agente, bem como os motivos e as 
circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da 
medida. 
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu 
defensor, será submetida à apreciação do Juiz. 
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo 
autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos 
ou multa, que não importará em reincidência, sendo 
registrada apenas para impedir novamente o mesmo 
benefício no prazo de cinco anos. 
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a 
apelação referida no art. 82 desta Lei. 
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo 
não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo 
para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá 
efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível 
no juízo cível. 
Seção III 
Do Procedimento Sumariíssimo 
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não 
houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, 
ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta 
Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, 
denúncia oral, se não houver necessidade de diligências 
imprescindíveis. 
§ 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada 
com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta 
Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do 
exame do corpo de delito quando a materialidade do crime 
estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. 
§ 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não 
permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público 
poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças 
existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. 
§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser 
oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a 
complexidade e as circunstâncias do caso determinam a 
adoção das providências previstas no parágrafo único do 
art. 66 desta Lei. 
Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a 
termo, entregando-se cópia ao acusado, que com ela ficará 
citado e imediatamente cientificado da designação de dia e 
hora para a audiência de instrução e julgamento, da qual 
também tomarão ciência o Ministério Público, o ofendido, o 
responsável civil e seus advogados. 
§ 1º Se o acusado não estiver presente, será citado na 
forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da 
audiência de instrução e julgamento, devendo a ela trazer 
suas testemunhas ou apresentar requerimento para 
intimação, no mínimo cinco dias antes de sua realização. 
§ 2º Não estando presentes o ofendido e o responsável 
civil, serão intimados nos termos do art. 67 desta Lei para 
comparecerem à audiência de instrução e julgamento. 
§ 3º As testemunhas arroladas serão intimadas na forma 
prevista no art. 67 desta Lei. 
Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de 
instrução e julgamento, se na fase preliminar não tiver 
havido possibilidade de tentativa de conciliação e de 
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oferecimento de proposta pelo Ministério Público, 
proceder-se-á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei. 
Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando o Juiz, 
quando imprescindível, a condução coercitiva de quem 
deva comparecer. 
Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor 
para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou 
não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão 
ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, 
interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-
se imediatamente aos debates orais e à prolação da 
sentença. 
§ 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de 
instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as 
que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. 
§ 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, 
assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo 
dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença. 
§ 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os 
elementos de convicção do Juiz. 
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da 
sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por 
turma composta de três Juízes em exercício no primeiro 
grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. 
§ 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, 
contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, 
pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual 
constarão as razões e o pedido do recorrente. 
§ 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta 
escrita no prazo de dez dias. 
§ 3º As partes poderão requerer a transcrição da gravação 
da fita magnética a que alude o § 3º do art. 65 desta Lei. 
§ 4º As partes serão intimadas da data da sessão de 
julgamento pela imprensa. 
§ 5º Se a sentença for confirmada pelos próprios 
fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão. 
Art. 83. Caberão embargos de declaração quando, em 
sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição, 
omissão ou dúvida. 
Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em 
sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou 
omissão. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 
2015) (Vigência) 
§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito 
ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência 
da decisão. 
§ 2º Quando opostos contra sentença, os embargos de 
declaração suspenderão o prazo para o recurso. 
§ 2
o
 Os embargos de declaração interrompem o prazo para 
a interposição de recurso. (Redação dada pela Lei nº 
13.105, de 2015) (Vigência) 
§ 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício. 
Seção IV 
Da Execução 
Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, seu 
cumprimento far-se-á mediante pagamento na Secretaria 
do Juizado. 
Parágrafo único. Efetuado o pagamento, o Juiz declarará 
extinta a punibilidade, determinando que a condenação não 
fique constando dos registros criminais, exceto para fins de 
requisição judicial. 
Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, será feita a 
conversão em pena privativa da liberdade, ou restritiva de 
direitos, nos termos previstos em lei. 
Art. 86. A execução das penas privativas de liberdade e 
restritivas de direitos, ou de multa cumulada com estas, 
será processada perante o órgão competente, nos termos 
da lei. 
Seção V 
Das Despesas Processuais 
Art. 87. Nos casos de homologação do acordo civil e 
aplicação de pena restritiva de direitos ou multa (arts. 74 e 
76, § 4º), as despesas processuais serão reduzidas, 
conforme dispuser lei estadual. 
Seção VI 
Disposições Finais 
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação 
especial, dependerá de representação a ação penal relativa 
aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas. 
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for 
igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o 
Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a 
suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o 
acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido 
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos 
que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 
do Código Penal). 
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na 
presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá 
suspender o processo, submetendo o acusado a período de 
prova, sob as seguintes condições: 
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; 
II - proibição de freqüentar determinados lugares; 
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside,sem 
autorização do Juiz; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#1066
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#1066
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#1066
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#1066
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art77
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE PARA CONCURSOS 
Módulo 4 | – Prof. Ayres Barros 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson) 
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OS: 0007/3/21-Gil 
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, 
mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 
§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica 
subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à 
situação pessoal do acusado. 
§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o 
beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não 
efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. 
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a 
ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou 
descumprir qualquer outra condição imposta. 
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará 
extinta a punibilidade. 
§ 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão 
do processo. 
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste 
artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos. 
Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam aos 
processos penais cuja instrução já estiver iniciada. (Vide 
ADIN nº 1.719-9) 
Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no 
âmbito da Justiça Militar. (Artigo incluído pela Lei nº 9.839, 
de 27.9.1999) 
Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir 
representação para a propositura da ação penal pública, o 
ofendido ou seu representante legal será intimado para 
oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadência. 
Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposições dos 
Códigos Penal e de Processo Penal, no que não forem 
incompatíveis com esta Lei. 
Capítulo IV 
Disposições Finais Comuns 
Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema de Juizados 
Especiais Cíveis e Criminais, sua organização, composição e 
competência. 
Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser prestados, e as 
audiências realizadas fora da sede da Comarca, em bairros 
ou cidades a ela pertencentes, ocupando instalações de 
prédios públicos, de acordo com audiências previamente 
anunciadas. 
Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios criarão e 
instalarão os Juizados Especiais no prazo de seis meses, a 
contar da vigência desta Lei. 
Parágrafo único. No prazo de 6 (seis) meses, contado da 
publicação desta Lei, serão criados e instalados os Juizados 
Especiais Itinerantes, que deverão dirimir, prioritariamente, 
os conflitos existentes nas áreas rurais ou nos locais de 
menor concentração populacional.(Redação dada pela Lei 
nº 12.726, de 2012) 
Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de sessenta dias 
após a sua publicação. 
Art. 97. Ficam revogadas a Lei nº 4.611, de 2 de abril de 
1965 e a Lei nº 7.244, de 7 de novembro de 1984. 
 
QUESTÕES 
 
01. (CESPE - 2019 - TJ-BA) A competência do juizado 
especial criminal será determinada pelo domicílio do 
autor da infração penal. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
02. (CESPE - 2019 - TJ-BA) Se, em audiência preliminar no 
juizado especial criminal, não houver a composição 
dos danos civis, o ofendido poderá exercer o direito de 
representação verbal. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
03. (CESPE - 2019 - TJ-BA) Em se tratando dos crimes de 
ação penal pública incondicionada, nos juizados 
especiais criminais, vigora o princípio 
dadiscricionariedade regrada. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
04. (CESPE - 2019 - TJ-BA) De acordo com a Lei n.º 
9.099/1995 e o posicionamento doutrinário 
dominante, a citação do autor de delito pelos juizados 
especiais criminais poderá ser feita por edital. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
05. (CESPE / CEBRASPE - 2020 - MPE-CE) Consoante 
entendimento do STJ, a existência de inquérito policial 
em curso não basta para impedir a proposição de 
suspensão condicional do processo. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
06. (CESPE - 2020 - MPE-CE) Em ação penal privada, 
pedido de suspensão condicional do processo não é 
cabível, assim como a transação penal, porque tanto 
esse pedido quanto a transação penal são exclusivos 
de ações penais públicas. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
07. (CESPE - 2020 - MPE-CE) Em ação penal privada, 
pedido de suspensão condicional do processo é 
cabível, desde que oferecido pelo Ministério Público, 
por ser um direito público subjetivo do acusado. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
08. (CESPE - 2020 - MPE-CE) Em ação penal privada, 
pedido de suspensão condicional do processo é 
cabível, desde que oferecido pelo ofendido. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=1719&processo=1719
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=1719&processo=1719
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9839.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9839.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12726.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12726.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L4611.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L4611.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1980-1988/L7244.htm
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE PARA CONCURSOS 
Módulo 4 | – Prof. Ayres Barros 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson) 
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OS: 0007/3/21-Gil 
09. (CESPE - 2020 - TJ-PA) Luís foi denunciado pela prática 
de crime de menor potencial ofensivo em um juizado 
especial criminal de Belém – PA, mas não foi 
encontrado para ser citado pessoalmente. Nessa 
situação hipotética, será determinada a citação por 
edital, com prazo de cinco dias. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
10. (CESPE - 2020 - TJ-PA) Luís foi denunciado pela prática 
de crime de menor potencial ofensivo em um juizado 
especial criminal de Belém – PA, mas não foi 
encontrado para ser citado pessoalmente. Nessa 
situação hipotética será nomeado defensor dativo 
para representar Luís na audiência de conciliação. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
11. (CESPE - 2020 - TJ-PA) Luís foi denunciado pela prática 
de crime de menor potencial ofensivo em um juizado 
especial criminal de Belém – PA, mas não foi 
encontrado para ser citado pessoalmente. Nessa 
situação hipotética o processo ficará suspenso até que 
Luís seja encontrado. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
12. (CESPE - 2020 - TJ-PA) Luís foi denunciado pela prática 
de crime de menor potencial ofensivo em um juizado 
especial criminal de Belém – PA, mas não foi 
encontrado para ser citado pessoalmente. Nessa 
situação hipotética o processo será encaminhado ao 
juízo comum. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 
C C C E C E 
07 08 09 10 11 12 
E C E E E C 
 
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