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Contexto histórico do atletismo

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DESCRIÇÃO
A construção histórica do atletismo da Antiguidade à Contemporaneidade e suas relações com
os aspectos culturais, sociais, políticos e com a Educação Física, bem como questões relativas
a atletismo escolar, iniciação esportiva, esporte de rendimento e lazer no Brasil, além de sua
importância como esporte de massa.
PROPÓSITO
Reconhecer a história do atletismo abrangendo os aspectos culturais, sociais e políticos que
influenciaram sua criação e evolução é fundamental para o entendimento de como os
movimentos básicos, marchar, correr, saltar e lançar foram utilizados como exercícios físicos de
culto ao corpo e de preparação física para guerra, tornando-se a modalidade base de muitos
esportes terrestres.
PREPARAÇÃO
Para melhor compreensão do tema, você pode acessar o site do Comitê Olímpico Brasileiro,
clicando em Movimento Olímpico.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os fundamentos históricos, o surgimento e a evolução do atletismo
MÓDULO 2
Reconhecer o significado da modalidade como esporte democrático e de massa e seus
múltiplos espaços de atuação
MÓDULO 3
Distinguir o esporte olímpico do paralímpico quanto às regras básicas de organização e
funcionamento
INTRODUÇÃO
Vamos compreender como os movimentos naturais de correr, saltar e lançar foram praticados
por diferentes civilizações ao longo da Antiguidade Clássica, cujo objetivo era competir
medindo a força, a velocidade e a habilidade. Inspirado nas práticas de sobrevivência, de
guerra e na mitologia (principalmente a grega), é na Grécia que o atletismo surge como esporte
organizado na disputa dos Jogos Pan-helênicos (Jogos Olímpicos, Jogos Píticos, Jogos Nemus
e Jogos Ístimicos). Desses quatro jogos, os Jogos Olímpicos eram realizados em Olímpia, em
homenagem a Zeus e deram origem aos 1º Jogos Olímpicos da Antiguidade (JOA), que teve
início oficialmente em 776 a.C. e término em 394 d.C.
Nesse período, o atletismo era praticado de forma competitiva e tinha como objetivo ser o mais
rápido, o que salta mais distante e o mais forte (Citius, Altius e Fortius). Após o término dos
JOA, o atletismo passou por um período de esquecimento que se estendeu por toda a Idade
Média, marcada por muitas guerras. O ressurgimento do atletismo acontece na Era Moderna,
no final do século XIX, na Inglaterra. O esporte ressurge com importância na educação de
crianças e jovens, promovendo a disciplina, aprimorando as qualidades morais e físicas sendo
introduzido nas escolas inglesas.
O atletismo contemporâneo é composto por diversas disputas atléticas que poderão ser
individuais ou por equipes. São aproximadamente 50 provas oficiais que podem ser
classificadas em provas de pista, provas de campo, provas combinadas, o pedestrianismo
(corridas de rua, como a maratona), corridas de cross country, corridas em montanha, trail
running, ultramaratona e marcha atlética e ao longo de essa evolução moderna muitos atletas
se destacaram por suas performances maravilhosas.
MÓDULO 1
 Identificar os fundamentos históricos, o surgimento e a evolução do atletismo
A HISTÓRIA E A EVOLUÇÃO MUNDIAL
Vamos agora viajar um pouco no tempo e conhecer a história do atletismo ao longo dos seus
28 séculos de existência.
O atletismo praticamente nasceu com o homem. Afinal, o mais antigo dos nossos ancestrais,
para sobreviver, precisava andar e correr longas distâncias, saltar obstáculos e lançar paus,
pedras e objetos diferentes. Posteriormente, esses movimentos naturais foram organizados
para a preparação física dos soldados que participavam das guerras. Diante do cenário da
sobrevivência e da preparação física para a guerra, eis que surgem as primeiras disputas
atléticas da modalidade terrestre, que se tornou a mais tradicional dos Jogos Olímpicos
(MATTHIESEN, 2017).
 
Fonte: Shutterstock.com
Disputado individualmente ou por equipes, a base do atletismo é formada pelos movimentos
básicos, como marchar, correr, saltar, arremessar e lançar. Sua prática organizada teve
início na Grécia Clássica e na sua versão moderna, a modalidade possui mais de 50 provas
oficiais, que podem ser classificadas em:
PROVAS DE PISTA
PROVAS DE CAMPO
PROVAS COMBINADAS
PEDESTRIANISMO (CORRIDAS DE RUA, COMO A
MARATONA)
CORRIDAS DE CROSS COUNTRY
CORRIDAS EM 
MONTANHA
MARCHA ATLÉTICA
ULTRAMARATONA
TRAIL RUNNING 
(CORRIDA EM TRILHA).
CROSS COUNTRY
Corrida em campos de grama ou bosque que podem incluir trechos de caminhos de
cascalho, estradas e colinas.
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Os locais de prática são: ar livre (outdoor) - pista de atletismo, ruas, trilhas em montanha,
campos apropriados e em recinto fechado (indoor) – pista de atletismo. O atletismo é
regulamentado pela World Athletics, antiga Associação Internacional das Federações de
Atletismo (IAAF) e universalmente aceita por todos os países.
ATLETISMO
A palavra Atletismo (português e espanhol), Athlétisme (francês) e Athletism e athleticism
(inglês) surgiram ao longo do XIX e derivam da palavra grega Athlon, que significa
combate (MATTHIESEN, 2017).
Podemos dividir a história do atletismo em três períodos:
O primeiro inicia com o surgimento dos Jogos Olímpicos da Antiguidade, na Grécia, em 776 a.
C. e termina no ano de 394 d. C.
O segundo se estende por toda a Idade Média e Moderna. Nessa época, as competições
foram proibidas e todo o treinamento físico era privilégio dos militares que precisavam se
preparar fisicamente para as diversas guerras. Deve-se destacar o esforço ao longo desse
período, principalmente, da Inglaterra, em resgatar as disputas atléticas de corrida, salto,
arremesso e lançamento, mas sem muito sucesso.
O terceiro se inicia com a criação dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896, e vai até os
dias atuais.
PRIMEIRO PERÍODO: 776 A. C. ATÉ 393 D. C.
Os movimentos naturais correr, saltar e lançar foram praticados por diferentes civilizações ao
longo da Antiguidade Clássica, cujo objetivo principal era competir, medindo a força, a
velocidade e a habilidade. Inspirados nas práticas de sobrevivência, de guerra e na mitologia
(principalmente a grega), esses movimentos naturais surgem na Grécia como esporte
organizado, na disputa dos Jogos Pan-helênico (Jogos Olímpicos, Jogos Píticos, Jogos
Nemeus e Jogos Ístimicos). Desses quatro jogos, os Jogos Olímpicos, que eram realizados
javascript:void(0)
em Olímpia, em homenagem a Zeus, deram origem aos Jogos Olímpicos da Antiguidade
(JOA).
 
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 1 – Provas de atletismo na antiguidade.
O primeiro registro de disputa de uma corrida chamada stadium foi em 776 a. C. Seu percurso
tinha a forma de letra U, com 211 X 23m. A corrida era disputada em um percurso de 192,27 m,
distância que os gregos diziam equivaler a 600 pés de Hércules, herói mitológico cujas
façanhas estariam ligadas à própria origem dos jogos. O vencedor foi Coroebus, da cidade
Élida, considerado o primeiro campeão olímpico.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 2 – Local de realização das corridas stadium, diaulos e dolichos
Novas provas foram surgindo ao longo da organização do evento que, na época, acontecia a
cada 4 anos. Em 724 a. C., uma outra corrida foi criada, com um percurso de ida e volta no
Stadium, foi denominada diaulos e tinha aproximadamente 400 m. Quatro anos depois,
realizou-se a primeira corrida de fundo, chamada dolichos, que consistia em 12 voltas
completas no stadium, atingindo uma distância de aproximadamente 4800 m. Ao longo da
realização dos Jogos Olímpicos, o dolichos sofria variações nas distâncias entre 7,18 e 24
voltas. Nos Jogos Olímpicos de 708 a. C., mais uma prova foi inserida no programa, desta vez
uma disputa combinada, chamada pentathlo. Composta pelo stadium, dískos (lançamento do
disco), akón (lançamento do dardo), pédema (salto em distância) e luta (pancrácio). Seu
primeiro vencedor chamava-se Lâmpis, da cidade de Lacônia.
 
Fonte: Shutterstock.com
 
Fonte: International Olympic Academy.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 3 – Provas de atletismona antiguidade.
A criação do pentathlo vai dar origem a três disputas atléticas muito conhecidas até os dias
atuais: o salto em distância, o lançamento do disco e o lançamento do dardo. A prova do
lançamento do disco (dískos) vai se tornar um dos símbolos dos jogos olímpicos, com uma
escultura grega chamada diskóbolus de Myron. A estátua captura um corpo simétrico em um
momento de equilíbrio, ritmo e harmonia (CLARK, 2010). O programa dos jogos olímpicos
manteve-se praticamente o mesmo por toda a Antiguidade. Contudo, o Império Romano
assimilou a cultura grega e deu continuidade aos jogos olímpicos, mas o espírito competitivo
deu lugar ao recreativo e foi perdendo sua essência. Em 394 d. C., o imperador Teodósio
encerra os Jogos.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 4 – O diskóbolus.
SEGUNDO PERÍODO: IDADE MÉDIA E MODERNA
Ao longo das Idades Média e Moderna, os movimentos de correr, saltar, arremessar e lançar
eram utilizados como exercícios físicos para a preparação física militar. Nesse período, na
Inglaterra, existiam pequenos e discretos registros de disputas atléticas de corridas, saltos e
arremesso/lançamento. A insistência dos ingleses em realizarem atividades esportivas ao ar
livre vai lhes render o mérito de resgatar o atletismo que estava completamente esquecido. O
grande movimento realizado pelos Educadores Vitorianos, nas escolas inglesas, cuja principal
figura é Thomas Arnold, é a inserção de diferentes esportes nas escolas, dentre eles o
atletismo.
Com muitas escolas e universidades, dentre elas, Winchester, Cambridge e Westminster,
adotando o atletismo como prática regular, foi só uma questão de tempo para as primeiras
competições esportivas serem realizadas ao longo do século XIX. Dessa forma, o atletismo se
oficializa na Inglaterra e se expande para outros países da Europa e Estados Unidos da
América.
Os educadores vitorianos começaram as primeiras competições com um programa composto
de provas clássicas criadas pelos gregos para os Jogos Olímpicos da Antiguidade, como as
corridas rápidas e longas, o salto em distância, o lançamento do dardo e o lançamento do
disco. Mas, não satisfeitos, foram criando provas ao longo do século XIX, tais como: a corrida
sobre barreias, o salto triplo, o arremesso do peso, dentre outras. Foi uma questão de tempo
para o atletismo ser praticado em grandes nações.
TERCEIRO PERÍODO
O início da terceira fase da evolução do atletismo foi marcada por dois momentos importantes.
O primeiro é a criação do Comitê Olímpico Internacional (COI), em 1894, em um Congresso em
Sorbonne, com a participação de 14 países. Esse comitê, liderado pelo francês Pierre de
Cobertin, tinha o objetivo de restituir os Jogos Olímpicos realizados na antiga Grécia e realizá-
lo a cada 4 anos.
O segundo é a realização dos primeiro Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896, em Atenas,
Grécia.
VALE LEMBRAR QUE SÓ ERA PERMITIDA A
PARTICIPAÇÃO MASCULINA, 
SEGUINDO OS MOLDES DOS ANTIGOS JOGOS.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 5 – Estádio Panathinaiko em Atenas, Grécia
O Estádio Panathinaiko que, na Antiguidade, já foi palco dos Jogos Panathenaic em
homenagem a deusa grega Atena, foi o escolhido para sediar os primeiros Jogos Olímpicos da
Era Moderna. É o único estádio olímpico no mundo construído inteiramente de mármore branco
e em forma de U.
 
Fonte: Olympic.org
 Figura 6 – Largada dos 100m rasos em Atenas, 1896.
O programa olímpico do atletismo foi composto por várias provas modernas, como os 100 m
rasos, maratona, arremesso do peso, mas também pelas provas da antiguidade.
Nesses primeiros Jogos Olímpicos, destaca-se uma prova que se tornou símbolo de sacrifício,
a Maratona, inspirada na história do soldado grego Fidípedes (Pheidippídes), que, durante a
Batalha de Maratona, deslocou-se por uma distância de aproximadamente 40 km, para levar
uma mensagem militar até Atenas, morrendo de exaustão. O grego Spiridon Louis (Louís
Spýros) foi o vencedor da primeira Maratona Olímpica.
 
Fonte: Olympic.org
 Figura 7 – Spiridon Louis.
Com a popularização do atletismo, em 1912, é criada a Federação Internacional de Atletismo
Amador (IAAF), cujos atletas filiados não tinham permissão de receber nenhum tipo de
remuneração e não podiam ter treinadores. Contudo, a partir de 1982, algumas mudanças no
regulamento foram realizadas e, dessa forma, os atletas passam a receber algum tipo de
remuneração, mas a retirada do nome “amador” só aconteceu em 2001. Em 2016, a IAAF
realiza mais uma mudança, passando a se chamar World Athletics. Essa entidade é quem
controla todas as provas internacionais masculinas e femininas, de pista, campo, rua,
montanha e cross country em todo o mundo, inclusive o programa olímpico.
ATLETISMO FEMININO
As mulheres sofreram muita resistência para participar de competições esportivas, inclusive, de
atletismo. A cultura de que as mulheres eram frágeis e que sua principal função era cuidar do
lar e dos filhos, só gerava insatisfação entre as atletas da época, uma vez que já participavam
de várias disputas atléticas em seus países, mas nada comovia a IAAF. Como não havia
competições internacionais, a IAAF deixa a cargo das confederações dos países a
regulamentação do atletismo feminino.
Diante de tanto descontentamento, as atletas criaram, em 1921, a Federation Sportive
Féminine Internacionale (Federação Esportiva Feminina Internacional), em Paris, com o
objetivo de promover, a cada quatro anos, seu próprio torneio de atletismo entre dois Jogos
Olímpicos Modernos. Foram realizadas quatros competições Paris (1922), Gotemburgo
(1926), Praga (1930) e Londres (1934). Durante a competição de 1922, a Bélgica apresentou
proposta para que a IAAF também regulamentasse o atletismo feminino, porém foi recusada.
De tanto pressionar, as mulheres conseguem junto ao Comitê Olímpico Internacional incluir
provas femininas no programa olímpico de atletismo, em 1928, em Amsterdam, com algumas
disputas, tais como: 100 m rasos, 800 m, 4 x 100 m, salto em altura e lançamento do disco. A
prova dos 800 m gerou polêmica em torno da capacidade feminina de correr distâncias
maiores.
A alemã Lina Radke fez uma linda performance, mas o que ficou na memória dos
preconceituosos da época foi a forma como as outras atletas chegaram exaustas se jogando
ao chão. O fato é que muitas atletas que participaram dos 800 m não tinham muita experiência
nessa prova, que é uma das mais difíceis do atletismo.
As atletas foram muito criticadas pela cena que protagonizaram e os organizadores dos jogos
decidem que deveriam excluir qualquer distância acima dos 200 m. Assim, as atletas ficaram
subjugadas por um longo tempo.
 EXEMPLO
Os 800 m, por exemplo, só retornaram aos jogos olímpicos, em 1960, em Roma, com a vitória
da soviética Lyudmila Lysenko, que quebrou o recorde de Lina Radke, com um tempo 12 s
mais rápido. Outro exemplo de total preconceito é a prova da Maratona, que só foi permitida
às mulheres nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984. O que se presenciou ao longo
século XX é que a igualdade caminhou lentamente, em comparação ao espírito olímpico que
se propagou em maior velocidade. Deve-se destacar que as atletas foram incansáveis em
conseguir seu espaço e, enfim, a partir de 1936, a IAAF passou a regulamentar o atletismo
feminino.
A HISTÓRIA E A EVOLUÇÃO BRASILEIRA
O atletismo chega ao Brasil, no final do século XIX, trazido por imigrantes europeus ingleses e
alemães, radicados no Brasil. Esses imigrantes foram responsáveis por criar diversos clubes
que se dedicaram à ginástica, aos jogos com bola e às disputas de corrida.
Em todos esses clubes, o atletismo foi praticado de forma empírica e descontínua, não
obedecendo regras que já eram utilizadas na Inglaterra. Em 1907, o livro intitulado Sports
Athléticos, de autoria de Ern. Weber, foi publicado pela H. Garnier, Livreiro Editor, no Rio de
Janeiro e impresso em Paris, em 1907. Este foi o primeiro livro de regras oficiais para diversos
jogose esportes, inclusive o atletismo, publicado no Brasil. Alguns anos depois, em São Paulo,
essas regras já eram observadas em torneios regularmente disputados em diversos clubes e
colégios.
Em 1914, o jornal O Estado de São Paulo patrocinava o Campeonato do Atleta Completo,
conjunto de 12 provas para cada concorrente. Essa competição - espécie de dodecatlo - teve
lugar no Clube Espéria e o campeão foi dinamarquês Islovard Rasmussem, cabendo ao
brasileiro Amadeu Saraiva o segundo lugar. Em 1914, a Confederação Brasileira de Desporto
(CBD) se filiou à IAAF.
A partir de 1918, com a corrida de 24 km pelas ruas de São Paulo, também patrocinada pelo
jornal O Estado de São Paulo e denominada Estadinho, o atletismo ganha novo interesse. Três
anos depois, são publicadas as primeiras regras internacionais, seguidas por todos os clubes
brasileiros e o Club Atlético Paulistano inaugura o primeiro estádio de atletismo no Brasil. Na
mesma época, iniciam-se as disputas interestaduais Rio-São Paulo e uma série de torneios
com atletas argentinos e uruguaios.
Em 1924, o Brasil participa pela primeira vez de uma Olímpiada, em Paris.
Em 1925, é organizado o primeiro Campeonato Brasileiro de Atletismo que atualmente se
chama Troféu Brasil de Atletismo.
Em 1932, em Los Angeles, Estados Unidos, os atletas Lúcio de Castro, sexto no salto com
vara e Clovis Rapozo, oitavo no salto em distância, tornaram-se os primeiros finalistas em
Jogos Olímpicos.
Em 1936, em Berlim, Alemanha, o atleta Sylvio de Magalhães Padilha ficou em quinto lugar na
prova dos 400 m sobre barreiras nos Jogos Olímpicos.
Em 1937, foi disputado pela primeira vez no Brasil, o Campeonato Sul-Americano de Atletismo.
A equipe brasileira vence, pela primeira vez, o título por equipes.
Em 1952, em Helsinque, Finlândia, dois atletas brasileiros se destacaram. José Telles da
Conceição ganha a primeira medalha olímpica de salto em altura (bronze) e, três dias depois,
Adhemar Ferreira da Silva conquistou a primeira medalha de ouro olímpica, no salto triplo.
Em 1956, em Melbourne, Austrália, Adhemar Ferreira da Silva se consagra bicampeão
olímpico no salto triplo e lança uma tradição na prova que renderá mais quatro medalhas
olímpicas com Nelson Prudêncio (prata e bronze) e João Carlos de Oliveira (duas de bronze).
Até 2021, são 17 medalhas olímpicas conquistadas, sendo 5 de ouro, 3 de prata e 9 de bronze.
O atletismo brasileiro tenta acompanhar de perto o mundial nas participações olímpicas, pan-
americanas, sul-americanas, dentre outras. Contudo, ainda é um esporte de pouca
popularidade, esbarrando em muitos obstáculos para se ter uma equipe brasileira de relevo no
plano internacional. Alguns desses obstáculos são: a falta de campos e pistas adequados,
especialmente, no interior; o pouco preparo dos técnicos; o regime imposto ao atleta, em geral,
amador sem condições de se dedicar em tempo integral aos exercícios; a falta de orientação
nas escolas e universidades, onde nascem os grandes campeões de outros países; o reduzido
apoio financeiro dos órgãos oficiais; a cobertura relativamente fria que a imprensa dá às
competições amadoras e à própria estrutura socioeconômica do país, que impossibilita a
formação de bons atletas e, em consequência disso, a falta de interesse do público pelo
esporte.
 SAIBA MAIS
Em âmbito nacional quem regulamenta o atletismo e organiza competições é a Confederação
Brasileira de Atletismo (CBAt), fundada em 1977. Em âmbito estadual, são as Federações
Estaduais de Atletismo.
 A HISTÓRIA DO ATLETISMO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O ATLETISMO PASSOU POR UMA GRANDE EVOLUÇÃO AO LONGO DA
SUA CONSTITUIÇÃO. AS PRIMEIRAS DISPUTAS ATLÉTICAS SURGIRAM
NA GRÉCIA CLÁSSICA COM A CRIAÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS DA
ANTIGUIDADE. ASSINALE A ALTERNATIVA EM QUE TODAS AS PROVAS
SÃO ANTIGAS.
A) Lançamento do dardo, salto em distância e maratona
B) Corrida de velocidade, lançamento do disco e salto em distância
C) Corrida de velocidade, lançamento do martelo e salto em altura
D) Salto em altura, salto em distância e lançamento do disco
E) Maratona, lançamento do martelo e lançamento do dardo
2. AS MULHERES SOFRERAM MUITA DISCRIMINAÇÃO QUANTO SUA
PARTICIPAÇÃO NO ATLETISMO, MAS NÃO DESISTIRAM E DEPOIS DE
MUITOS DESAFIOS FOI DADA A PERMISSÃO DO COMITÊ OLÍMPICO
INTERNACIONAL PARA PARTICIPAREM DOS JOGOS OLÍMPICOS DE
1928, EM AMSTERDAM. DISPUTARAM OS 100 M RASOS, OS 800 M, OS
4X100 M, O SALTO EM ALTURA E O LANÇAMENTO DE DISCO. CONTUDO,
UMA DESSAS PROVAS PROVOCOU UMA GRANDE POLÊMICA,
REFORÇANDO O PRECONCEITO DA ÉPOCA DE QUE AS MULHERES
NÃO TINHAM CONDIÇÕES DE CORRER DISTÂNCIAS MAIORES QUE
200M. QUE PROVA FOI ESSA:
A) Lançamento do disco
B) Maratona
C) 100 m rasos
D) Salto em altura
E) 800 m rasos
GABARITO
1. O atletismo passou por uma grande evolução ao longo da sua constituição. As
primeiras disputas atléticas surgiram na Grécia Clássica com a criação dos Jogos
Olímpicos da Antiguidade. Assinale a alternativa em que todas as provas são antigas.
A alternativa "B " está correta.
 
As disputas como salto em altura, maratona, lançamento do martelo são provas modernas que
foram criadas ao longo do século XIX.
2. As mulheres sofreram muita discriminação quanto sua participação no atletismo, mas
não desistiram e depois de muitos desafios foi dada a permissão do Comitê Olímpico
Internacional para participarem dos Jogos Olímpicos de 1928, em Amsterdam.
Disputaram os 100 m rasos, os 800 m, os 4x100 m, o salto em altura e o lançamento de
disco. Contudo, uma dessas provas provocou uma grande polêmica, reforçando o
preconceito da época de que as mulheres não tinham condições de correr distâncias
maiores que 200m. Que prova foi essa:
A alternativa "E " está correta.
 
A prova de 800 m provocou muita polêmica, pois muitas atletas não estavam acostumadas a
realizar essa distância e terminaram exaustas e se jogando no chão.
MÓDULO 2
 Reconhecer o significado da modalidade como esporte democrático e de massa e
seus múltiplos espaços de atuação
O ATLETISMO COMO ESPORTE DE MASSA
Agora, vamos entender por que o atletismo é considerado um esporte de massa, completo e
democrático que está em grande expansão no cenário esportivo e vem se tornando um grande
campo de trabalho para o profissional de Educação Física.
O atletismo é considerado o fundamento de todos os demais esportes, sendo também
chamado de esporte base. Contudo, é importante desvincular o atletismo do conceito de ser
somente o mais rápido, o mais resistente, o mais forte e o que salta mais distante. Faz-se
necessário participar da formação de indivíduos capazes de aprender as possibilidades da
cultura corporal, reconhecendo o atletismo como uma prática social-cultural rica de expressões.
Estimulando sua prática como esporte de base na formação motora de crianças e jovens e
como esporte de massa.
Por ter sua base constituída pelos movimentos básicos: marchar, correr, saltar e lançar, é uma
atividade física fácil de ser praticada por diferentes faixas etárias, assim como em locais
variados. Sua prática está ligada às capacidades físicas de força, resistência, velocidade,
equilíbrio, flexibilidade, coordenação, dentre outras, contribuindo para um melhor
funcionamento do corpo humano.
 SAIBA MAIS
Em nenhum outro esporte ressalta-se tanto as capacidades físicas. O tempo e a distância são
pontos de referência para a classificação do atleta em cada prova. Desse modo, ele não se
empenha apenas em se sobrepor a outros atletas, mas também em quebrar marcas ou
recordes nacionais, continentais, olímpicos e mundiais. O atletismo é um dos principais
esportes que compõem o moderno programa oficial dos Jogos Olímpicos.
Para Kirsch, Koch e Oro (1984):
O ATLETISMO É UM DOS ESPORTES MAIS
ACESSÍVEIS PARA A INICIAÇÃO ESPORTIVA TANTO
DE CRIANÇAS QUANTO DE JOVENS PORQUE
OFERECE A QUALQUER UM A CHANCE DE
DESCOBRIR, PELO MENOS, UM TIPO DE APTIDÃO
ESPORTIVA EM QUE PODERÁ GARANTIR SEU
DESENVOLVIMENTO FUTURO, COMO ESPORTISTA
PRATICANTE.SEGUNDO, PORQUE AS DESTREZAS
ATLÉTICAS SÃO APENAS MOVIMENTOS NATURAIS
APERFEIÇOADOS OU MODIFICADOS, PORTANTO,
RELATIVAMENTE FÁCEIS DE APRENDER. TERCEIRO,
PORQUE A PRÁTICA DO ATLETISMO NÃO FICA
IMPEDIDA PELA CARÊNCIA GERAL DE
INFRAESTRUTURA ESPORTIVA, DEVIDO A SUA
MULTIPLICIDADE DE FORMAS E A SUA
VERSATILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO POR
INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS ADAPTADOS (P. 8).
Praticar o atletismo vai permitir que os indivíduos adquiram uma grande riqueza motriz,
desenvolvendo as capacidades coordenativas que vão possibilitar realizar movimentos com
precisão e economia; e as qualidades físicas que vão proporcionar segurança na execução do
movimento e garantirão um “automatismo” do gesto motor. Uma prova bem selecionada para
todas as faixas etárias garantirá o bom funcionamento e o desenvolvimento do corpo humano.
Os exercícios atléticos e as competições de atletismo contribuem para o desenvolvimento
mental do ser humano, uma vez que ao longo do treinamento e das competições, os atletas
vão conhecer e desenvolver metodologias, atitudes, destrezas e qualidades que se destacam.
Esses conhecimentos são importantes para a vida produtiva e social do atleta (SCHMOLISKY,
1982).
 SAIBA MAIS
Para que os indivíduos possam ter um bom desempenho na modalidade atletismo, se faz
necessário que as capacidades físicas (velocidade, flexibilidade, resistência, força,
coordenação, equilíbrio e agilidade), as habilidades motoras (correr, saltar e lançar) e os
elementos da psicomotricidade (lateralidade, percepção espacial, espaço-temporal etc.) sejam
estimulados através do aprendizado de múltiplas atividades (COICEIRO, 2006).
Segundo Frómeta e Takahashi (2004), a preparação física para o atletismo deve ser
multilateral, principalmente, na iniciação, voltada para o desenvolvimento das capacidades
condicionantes, coordenativas e de flexibilidade e das habilidades naturais próprias das
características fisiológicas das crianças. A multilateralidade possibilita ao iniciante aumentar
seu número de hábitos motores, o que vai desencadear o aumento de suas possibilidades.
A APRENDIZAGEM DOS CONTEÚDOS ABORDADOS
NO ATLETISMO TORNA-SE MAIS PRAZEROSA A
PARTIR DA APLICAÇÃO DE JOGOS E BRINCADEIRAS,
SENDO O LÚDICO O ELEMENTO ESSENCIAL PARA
PROPORCIONAR ESSA SATISFAÇÃO. PARA QUE
ESSE PROCESSO OCORRA, É NECESSÁRIO QUE
HAJA PLANEJAMENTO POR PARTE DO
PROFISSIONAL RESPONSÁVEL PELAS TURMAS,
ONDE ENVOLVA NOVAS METODOLOGIAS E MÉTODOS
NA ELABORAÇÃO DE SUAS AULAS (MATTHIESEN,
2017; KUNZ, 2013).
Coiceiro (2006) complementa que os objetivos do atletismo continuam os mesmos desde sua
criação, pois os movimentos básicos permaneceram componentes da modalidade. Contudo,
esses movimentos devem ser aplicados de forma mais descontraída e alegre, a fim de torná-
los mais atraentes às crianças, jovens, adultos e idosos. Dessa forma, é possível agregar
muitos adeptos à prática de uma das modalidades mais democráticas que existe e que
consegue congregar milhares de pessoas.
ENTÃO, VOCÊ CONSEGUIU ENTENDER POR QUE O
ATLETISMO É CONSIDERADO 
UM ESPORTE DE MASSA E DEMOCRÁTICO? O QUE
ISSO SIGNIFICA?
Significa que as diversas disputas atléticas que compõem a modalidade permitem encontrar
uma prova que mais se adapte às características físicas de cada indivíduo e sua faixa etária,
assim como pode ser praticada em diferentes espaços físicos e por várias pessoas. Nenhuma
outra atividade física oferece tantas opções de escolha para seus praticantes que podem ser
de criança a idosos.
 
Fonte: Shutterstock.com
 
Fonte: Shutterstock.com
 
Fonte: Shutterstock.com
 
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 10 – O atletismo praticado por indivíduos de diversas idades.
OS ESPAÇOS PARA A PRÁTICA DO
ATLETISMO
Vamos falar dos espaços para a prática do atletismo: a clássica pista, uma quadra esportiva,
um campo de futebol, as ruas da cidade, as trilhas na montanha, os campos gramados, dentre
outros. Esse crescimento que o atletismo está protagonizando nas últimas décadas vem se
tornando um cenário propício para o mercado de trabalho do profissional de Educação Física.
Um exemplo é o trabalho de preparação física para os praticantes de corridas de rua, trail
running (corrida em trilha), corrida na montanha e ultramaratona.
 
Fonte: Shutterstock.com
Figura 11 – Pista de atletismo.
 
Fonte: Shutterstock.com
Figura 12 – Corrida de rua.
 
Fonte: Shutterstock.com
Figura 13 – Corrida em trilha (trail running).
 
Fonte: Shutterstock.com
Figura 14 – Corrida na montanha.
 OS ESPAÇOS PARA A PRÁTICA DO
ATLETISMO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O ATLETISMO É UMA MODALIDADE CUJA PRÁTICA ESTÁ
RELACIONADA ÀS CAPACIDADES FÍSICAS, DEMOCRÁTICA E DE FÁCIL
EXECUÇÃO POR DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS. SOBRE AS
CARACTERÍSTICAS DO ATLETISMO, ASSINALE A ALTERNATIVA
CORRETA.
A) Sua prática está ligada às capacidades físicas resistência, velocidade, equilíbrio,
flexibilidade, força e coordenação.
B) Sua prática é mais indicada para crianças e adolescentes.
C) Tem sua base motora constituída pelos movimentos básicos: correr, rastejar, saltar e lançar.
D) Sua prática está ligada às capacidades físicas de corrida, velocidade, flexibilidade, força.
E) Sua base motora constituída somente pelo movimento básico correr.
2. ABORDAMOS UM PONTO ESSENCIAL PARA QUE A PRÁTICA DO
ATLETISMO SEJA UM ESPORTE PARA TODOS E DEMOCRÁTICO. PARA
ISSO, FAZ-SE NECESSÁRIO QUE O CORRER, O SALTAR E O
ARREMESSAR/LANÇAR SEJA PRATICADO DE FORMA PRAZEROSA,
SENDO O LÚDICO ELEMENTO ESSENCIAL PARA PROPORCIONAR ESSA
SATISFAÇÃO. ASSINALE A OPÇÃO QUE MELHOR REPRESENTE AS
ATIVIDADES INDICADAS PARA QUE O ATLETISMO SEJA PRATICADO DE
FORMA PRAZEROSA.
A) Com um treino de velocidade na pista de atletismo.
B) Através do treinamento intervalado.
C) Através da vivência de jogos e brincadeiras.
D) Através de estafetas e contestes, estimulando a competição.
E) Através do treino de pliometria para melhorar a força.
GABARITO
1. O atletismo é uma modalidade cuja prática está relacionada às capacidades físicas,
democrática e de fácil execução por diferentes faixas etárias. Sobre as características do
atletismo, assinale a alternativa correta.
A alternativa "A " está correta.
 
O atletismo é considerado o fundamento de todos os demais esportes, sendo, por isso,
também chamado de esporte base. Sua prática está ligada às capacidades físicas de
resistência, velocidade, equilíbrio, flexibilidade, força e coordenação. Indicado para todas as
faixas etárias e de fácil execução.
2. Abordamos um ponto essencial para que a prática do atletismo seja um esporte para
todos e democrático. Para isso, faz-se necessário que o correr, o saltar e o
arremessar/lançar seja praticado de forma prazerosa, sendo o lúdico elemento essencial
para proporcionar essa satisfação. Assinale a opção que melhor represente as
atividades indicadas para que o atletismo seja praticado de forma prazerosa.
A alternativa "C " está correta.
 
Promover a vivência de brincadeira, jogos, piques, estafetas e contestes sem estimular a
competição, ou seja, estimulando a vivência motora, desvinculando a prática de ser o mais
rápido, o mais forte, o mais resistente.
MÓDULO 3
 Distinguir o esporte olímpico do paralímpico quanto às regras básicas de
organização e funcionamento
O ATLETISMO NA ATUALIDADE
Agora, você será apresentado ao formato que o atletismo se encontra hoje no cenário
esportivo, como esporte olímpico e paralímpico. Conheceremos algumas regras básicas de
organização e funcionamento, além de apontarmos os grandes ídolos internacionais e
nacionais.
O formato moderno do atletismo remonta a meados do século XIX, na Inglaterra, que foi a
responsável por resgatar o esporte do modelo grego e criar provas. O cenário contemporâneo
é composto por aproximadamente 50 provas oficiais que se subdividem em pequenos grupos
denominados: provas de pista, provas de campo, provas combinadas, provas de rua, cross
country, trail running, corridas em montanha e a ultramaratona. Não sendo possível realizartodas essas provas nos Jogos Olímpicos, o destaque é o Track and Field, composto por 24
provas masculinas, 23 femininas e 1 prova mista.
 
Fonte: EnsineMe.
 Figura 15 – Fluxograma do atletismo contemporâneo e olímpico.
O atletismo contemporâneo tornou-se uma modalidade esportiva com o maior número de
disputas possíveis. Nos quadros 1, 2, 3 e 4 é possível observar algumas dessas provas oficiais,
sendo que, em destaque amarelo, estão as olímpicas. As provas oficiais do atletismo são as
World Athletics (antiga IAAF) que reconhece recordes mundiais. É importante salientar que a
modalidade está em plena expansão, basta observar a inclusão das provas de ultramaratona e
o trail running na programação de provas oficiais.
Masculino Feminino
Corridas
Rasas
100 m, 200 m, 400 m, 600 m,
800 m, 1000 m, 1500 m, 1
milha, 2000 m, 3000 m, 5000
m, 10.000 m, 20.000 m, 1
hora, 25.000 m, 30.000 m
100 m, 200 m, 400 m, 600 m,
800 m, 1000 m, 1500 m, 1
milha, 2000 m, 3000 m, 5000
m, 10.000 m, 20.000 m, 1
hora, 25.000 m, 30.000 m
Corridas sobre
Barreiras
110 m, 400 m 100 m, 400 m
Corrida com
Obstáculos
2000 m, 3000 m 2000 m, 3000 m
Revezamentos
4x100 m, 4X200 m, 4x400 m,
4x2x2 400 m, 4x800 m e
4x1500 m
4x100 m, 4x200 m, 4x400 m,
4x2x2 400 m, 4x800 m e
4x1500 m
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 Quadro 1 - Provas de Pistas Oficiais (corridas). Fonte: EnsineMe.
Essas provas de pista possuem muitas regras de organização e funcionamento, das quais
destacaremos:
PISTA DE ATLETISMO
CATEGORIAS
BLOCO DE PARTIDA
PARTIDA
SAÍDA FALSA
RAIAS
BALIZAMENTO
ESCALONAMENTO
OBSTRUÇÃO
CHEGADA
CRONOMETRAGEM
EMPATE
ABANDONO DA PISTA
MARCAS
MEDIÇÃO DA VELOCIDADE DO VENTO
PISTA DE ATLETISMO
O comprimento de uma pista oficial deve ser de 400 m. Ela consistirá de duas retas paralelas e
duas curvas com raios iguais. Com 8/9 raias, na largura de 1,22 m.
 
Fonte: Wikimedia Commons.
 Figura 16 - Pista oficial de atletismo.
CATEGORIAS
As categorias e respectivas faixas etárias da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) são
as relacionadas a seguir, atendendo às determinações previstas nas Normas e Regras da
World Athletics:
a) Categoria Sub-14: 
Atletas com 12 e 13 anos em 31 de dezembro do ano da competição
b) Categoria Sub-16: 
Atletas com 14 e 15 anos em 31 de dezembro do ano da competição
c) Categoria Sub-18: 
Atletas com 16 e 17 anos em 31 de dezembro do ano da competição
d) Categoria Sub-20: 
Atletas com 18 e 19 anos em 31 de dezembro do ano da competição
e) Categoria Sub-23: 
Atletas com 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22 anos em 31 de dezembro do ano da competição
f) Categoria de Adultos: 
Atletas a partir de 16 anos em diante em 31 de dezembro do ano da competição
g) Categoria de Masters: 
Atletas a partir de 35 anos em diante (idade a ser considerada no dia da competição)
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
BLOCO DE PARTIDA
Os blocos de partida devem ser usados para todas as corridas até e inclusive 400 m (incluindo
a primeira etapa dos revezamentos 4x200 m, Medley e 4x400 m) e não devem ser usados para
nenhuma outra corrida.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 17 - Bloco de partida.
SAÍDA
Deverá ser marcada por uma linha branca de 5 cm de largura, da qual o atleta deverá se
posicionar atrás. Todas as corridas serão iniciadas pelo tiro da pistola eletrônica do árbitro de
partida ou aparelho de partida aprovado.
 
Fonte: Shutterstock.com
LARGADA DE TODAS AS DISPUTAS ATÉ E INCLUSIVE
OS 400 M
Figura 18 – Saída baixa.
 
Fonte: Shutterstock.com
LARGADA DOS 800 M EM DIANTE
Figura 19 – Saída alta.
A saída baixa também é conhecida como saída de bloco, pois é obrigatório o uso do bloco de
partida. Ela precisa seguir três comandos: suas marcas, prontos e o disparo da pistola
eletrônica.
 
Fonte: Shutterstock.com
1º comando 
“suas marcas”
 
Fonte: Shutterstock.com
2º comando 
“prontos”
 
Fonte: Shutterstock.com
3º comando 
“disparo da pistola”
 Figura 20 - Comandos de saída baixa.
Já a saída alta precisa obedecer a dois comandos: suas marcas e o disparo da pistola
eletrônica.
1º COMANDO
“suas marcas”
 
Fonte: Shutterstock.com
2º COMANDO
“disparo da pistola”
 
Fonte: Shutterstock.com
SAÍDA FALSA
Acontece quando o atleta, após assumir uma posição total e final, iniciar seu movimento antes
do tiro de partida. Outras situações: quando o atleta falha em cumprir os comandos “suas
marcas” ou “prontos” após o tempo apropriado. Ou mesmo, após o comando “suas marcas”
perturbar outros atletas.
REGRAS 16.6
QUANDO UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE SAÍDAS
CERTIFICADO PELA WORLD ATHLETICS ESTIVER EM
USO, O ÁRBITRO DE PARTIDA E/OU UM
CONFIRMADOR DE PARTIDA DESIGNADO DEVEM
USAR FONES DE OUVIDO PARA OUVIR CLARAMENTE
O SINAL ACÚSTICO EMITIDO QUANDO O SISTEMA
INDICAR UMA POSSÍVEL SAÍDA FALSA (OU SEJA,
QUANDO O TEMPO DE REAÇÃO FOR MENOR QUE
0,100 SEGUNDOS). ASSIM QUE O ÁRBITRO DE
PARTIDA E/OU UM CONFIRMADOR DE PARTIDA
DESIGNADO OUVIR O SINAL ACÚSTICO E SE A ARMA
FOR DISPARADA, A SAÍDA DEVE SER ANULADA E O
ÁRBITRO DE PARTIDA DEVE EXAMINAR
IMEDIATAMENTE OS TEMPOS DE REAÇÃO E OUTRAS
INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS NO SISTEMA DE
INFORMAÇÃO DE SAÍDAS A FIM DE CONFIRMAR,
QUAL(IS) ATLETA(S) É(SÃO) RESPONSÁVEL(EIS)
PELA SAÍDA FALSA, SE HOUVER (CBAT, 2020, P. 84-
85).
RAIAS
Local determinado para os atletas realizarem a corrida e a marcha atlética. Estarão
relacionadas ao tipo de prova que será disputada.
BALIZAMENTO TOTAL
O atleta deverá permanecer na raia que lhe foi determinada do início ao fim do percurso.
Ex.: 100 m, 200 m e 400 m (rasos), 100 m, 110 m e 400 m sobre barreiras, 4x100 m.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 22 – Atletas em suas raias.
BALIZAMENTO PARCIAL
O atleta deverá iniciar o percurso cada um na raia que lhe foi determinada e depois ir para a
raia que achar melhor (raia livre).
Ex.: 800 m, 4x400 m
BALIZAMENTO LIVRE
Não há uma raia determinada para realizar o percurso. O atleta deverá correr onde se sentir
mais confortável.
Ex.: 1500 m, 5 km, 10 km, marcha atlética.
ESCALONAMENTO
É o posicionamento dos atletas dentro da pista um à frente do outro, cada um em sua raia. De
forma que todos corram a mesma distância. Nas provas com balizamento total, a diferença de
uma raia para outra, em uma prova de 400 m, é de 7,22 metros, para compensar as provas
que utilizam curvas.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 23 – Escalonamento.
INVASÃO DE RAIA
Conforme determinado pelo balizamento total e parcial, o atleta não poderá sair da sua raia e
passar para a raia ao lado, ou mesmo para fora da pista.
REGRA 17.3 EM TODAS AS CORRIDAS:
17.3.1 EM RAIAS, CADA ATLETA DEVE MANTER-SE NA
RAIA QUE LHE FOI DESTINADA DO INÍCIO AO FIM.
ISSO TAMBÉM SE APLICA A QUALQUER PARTE DE
UMA CORRIDA REALIZADA EM RAIAS (CBAT, 2020, P.
87).
OBSTRUÇÃO
Qualquer competidor, corredor ou marchador que empurrar ou obstruir outro atleta, de modo a
impedir sua progressão, estará passível de desqualificação. O árbitro terá autoridade para
ordenar que nova prova seja realizada novamente, excluindo qualquer atleta desqualificado.
CHEGADA
A chegada de uma corrida deve ser marcada por uma linha branca de 5 cm de largura. O atleta
deve ser classificado na ordem quando o tronco atinja o plano vertical que passa pela borda
mais próxima da linha de chegada.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 24 – Chegada.
CRONOMETRAGEM
São reconhecidos três métodos:
Manual.
Elétrico e totalmente automático obtido por um sistema foto finish.
Cronometragem fornecida por um Sistema de Transponder (Chip) somente para competições
de acordo com as Regras 54 (corridas não realizadas completamente em estádio).
FOTO FINISH
O Sistema deve registrar a chegada através de uma câmera posicionada no prolongamento da
linha de chegada produzindo uma combinação de imagens. Em Jogos Olímpicos, a
combinação de imagens deve ser composta de pelo menos 1000 imagens/seg. Para outras
competições,esta combinação de imagens deve ser composta de 100 imagens/seg. Em cada
caso, a imagem deve ser sincronizada com uma escala de tempo uniformemente marcada em
0.01 segundos.
O Sistema deve ser disparado automaticamente pelo sinal do árbitro de partida.
 
Fonte: Shutterstock.com
FIGURA 25
Cronometragem manual.
 
Fonte: Shutterstock.com
FIGURA 26
Câmera de foto finish.
 
Fonte: Tristantech/ Wikimedia commons
FIGURA 27
Sistema de transponder.
EMPATE
REGRA 21.
21.1 SE OS ÁRBITROS OU O ÁRBITRO DE PHOTO
FINISH NÃO PUDEREM DETERMINAR A ORDEM DOS
ATLETAS EM QUALQUER COLOCAÇÃO, DE ACORDO
COM AS REGRAS 18.2, 19.17, 19.21 OU 19.24 DAS
REGRAS TÉCNICAS (CONFORME APLICÁVEL), SERÁ
DETERMINADO QUE HOUVE UM EMPATE E O EMPATE
DEVE PERMANECER.
Ao determinar se houve um empate entre atletas, em diferentes séries, para uma posição no
ranking ou para uma posição de qualificação em uma fase subsequente, baseada em tempo, o
árbitro chefe de foto finish deverá considerar os tempos reais obtidos pelos participantes em
1/1000 de um segundo. Se, desse modo que houve empate, os atletas estiverem empatados
para uma posição mais alta do ranking, será feito o desempate através de sorteio.
ABANDONO DA PISTA
Um atleta não poderá continuar na prova após abandonar voluntariamente a pista.
MARCAS NA PISTA
Os atletas não podem fazer marcas ou colocar objetos sobre ou ao longo da pista para auxiliá-
los. Exceto os atletas do revezamento.
MEDIÇÃO DA VELOCIDADE DO VENTO
Será realizada em provas 100 m rasos, 200 m rasos, 100 m com barreiras e 110 m com
barreiras. O registro do anemômetro se fará em metros por segundo, não podendo exceder 2
m/s.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 28 - Anemômetro para medida de velocidade do vento.
Masculino Feminino
Saltos
Em Altura, com Vara, em
Distância e Triplo
Em Altura, com Vara, em
Distância e Triplo
Arremesso do Peso do Peso
Lançamentos
do Disco, do Dardo e do
Martelo
do Disco, do Dardo e do
Martelo
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 Quadro 2 - Provas de Campo Olímpicas. Fonte: EnsineMe.
De acordo com a organização e o funcionamento, podemos classificar as provas de campo em:
saltos, arremesso e lançamentos (MATTHIESEN, 2017).
 
Fonte: EnsineMe.
 Figura 29 – Fluxograma. Classificação Provas de Campo.
CONDIÇÕES GERAIS DAS PROVAS DE
CAMPO: 
REGRA 180 (CBAT, 2020, P. 114-121)
ÁREA DE COMPETIÇÃO
- Cada prova tem a sua área específica de competição.
- Nessa área será realizado o aquecimento, que acontecerá antes da competição.
- Os atletas podem colocar marcas (definitivas ou temporárias) ao longo da área de
competição, desde que fornecidas pela organização ou aprovadas por esta. Não será permitido
o uso de materiais ou substâncias que deixem marcas permanentes.
ORDEM DE TENTATIVAS
- Os atletas deverão competir em ordem determinada por sorteio (seja para qualificação ou
para a final).
- Em todas as provas de campo, exceto para o salto em altura e salto com vara, onde houver
mais de oito atletas, cada um deverá ter três tentativas e os oito atletas com os melhores
resultados válidos devem ter mais três tentativas adicionais. A ordem desses oito atletas para
as rodadas subsequentes de mais três tentativas deve ser na ordem de classificação inversa à
registrada, após as primeiras três rodadas de tentativas, a menos que os regulamentos
aplicáveis determinem o contrário.
- Para as provas de saltos verticais serão permitidas 3 tentativas consecutivas;
CONCLUSÃO DAS TENTATIVAS
- O árbitro não deve levantar uma bandeira branca para indicar uma tentativa válida até que a
tentativa esteja completa. O árbitro pode reconsiderar uma decisão se ele acredita que
levantou a bandeira incorreta.
PROVAS DE QUALIFICAÇÃO
- Será realizada quando número de atletas for muito grande para permitir que a competição
seja conduzida satisfatoriamente em uma única fase (final).
- Dividir em grupos com as mesmas condições. Realizar ao mesmo tempo, ou imediatamente
após o grupo anterior ter terminado.
- Cada atleta terá direito a 3 tentativas.
- Atingir a marca estabelecida pela competição.
- Uma vez que o atleta conseguiu o índice para qualificação, não poderá mais participar
daquela competição de qualificação.
- Nível Olímpico e Mundial: 12 atletas na final.
TEMPO PERMITIDO PARA TENTATIVAS
- O árbitro responsável indicará ao atleta que tudo está pronto para o início da tentativa e o
período permitido para essa tentativa começará naquele momento.
- Se o tempo permitido acabar no momento em que o atleta iniciou sua tentativa, esta não pode
ser anulada.
- Durante muitos anos, o tempo de realização das tentativas, de uma forma geral, foi de 1
minuto, contudo a Regra 2020 faz uma alteração como podemos ver no quadro 3. Vale
destacar que, se a organização da competição quiser continuar aplicando 1 minuto de tempo
de realização da tentativa será permitido.
Número de atletas
competindo
Salto em
altura
Salto com
vara
Saltos
horizontais 
Arremesso de
peso 
Lançamentos
Mais que 3 1 min 1 min 1 min
2 ou 3 1,5 min 2 min 1 min
1 3 min 5 min -
Tentativas consecutivas 2 min 3 min 2 min
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 Quadro 3 - Tempo permitido nas tentativas. Fonte: CABt, 2020.
Provas individuais de salto em altura, salto com vara e outros com mais do que 3 atletas (ou
para a primeira tentativa de cada atleta) 1 min / 1 min / 1 min; 2 ou 3 atletas 1,5 min / 2 min / 1
min; 1 atleta 3 min / 5 min – tentativas consecutivas 2 min / 3 min / 2 min.
SUBSTITUIÇÃO DE TENTATIVAS
- Se, por qualquer motivo além de seu controle, um atleta for prejudicado em uma tentativa e
não for possível continuar, ou a tentativa não puder ser registrada corretamente, o árbitro geral
terá a autoridade para lhe atribuir uma tentativa substituta ou para restabelecer o tempo parcial
ou totalmente.
AUSÊNCIA DURANTE A COMPETIÇÃO
- É permitido, mas acompanhado do árbitro.
MUDANÇA DO LOCAL DA COMPETIÇÃO
- É permitido após o término de uma rodada.
RESULTADO
- A cada atleta será creditado o melhor de seus resultados.
EMPATES
- Nas provas de campo, exceto para o salto em altura e salto com vara, o segundo melhor
resultado dos atletas empatados decidirá o empate. Se necessário, o terceiro melhor e assim
por diante. Se o empate permanecer, segundo a Regra 180.22, isso determinará o empate.
Outras provas do atletismo:
Masculino Feminino
Decatlo Heptatlo
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 Quadro 4 - Provas Combinadas. Fonte: EnsineMe.
Masculino Feminino
Corrida
5 km, 10 km, 15 km, 10 milhas, 20
km, Meia Maratona, 25 km, 30 km,
Maratona, 50 km, 100 km, 24
horas.
5 km, 10 km, 15 km, 10 milhas,
20km, Meia Maratona, 25 km, 30
km, Maratona, 50 km, 100 km, 24
horas.
Marcha
Atlética
5 km, 10 km, 20 km, 30 km, 35 km,
50 km.
5 km, 10 km, 20 km, 30 km, 35
km, 50 km.
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 Quadro 5 - Provas de Rua.
ATLETISMO PARALÍMPICO
A modalidade atletismo faz parte dos Jogos Paralímpicos desde a primeira edição, realizada na
cidade de Roma, na Itália, em 1960. As disputas atléticas paralímpicas, realizadas pelos atletas
com deficiência, são as mesmas do atletismo Olímpico, com algumas adaptações. O Brasil
participa desde a primeira edição, contudo, a primeira medalha só foi conquistada em 1984.
VOCÊ SABE QUAIS SÃO ESSAS DEFICIÊNCIAS?
As deficiências podem ser físicas, visuais e intelectuais. Contudo, existe uma classificação,
para a qual, no início, dava-se mais importância à avaliação médica. Com o crescimento do
movimento paralímpico, a classificação funcional passou a ser mais valorizada na avaliação da
performance dos atletas. Com essa mudança, por exemplo, um amputado pode competir com
um paraplégico. A deficiência visual é a única em que permanece a avaliação médica.
Vale destacar que a classificação funcional precisa ser específica paracada esporte, uma vez
que uma determinada deficiência pode influenciar a performance em um esporte específico e
em outro não. Os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência
constatado pela classificação funcional. Os que disputam provas de pista (velocidade, meio
fundo, fundo e saltos) e de rua (maratona), levam a letra T (track - pista) em sua classe (CPB,
2021).
T11 a T13 - Deficiências visuais
T20 - Deficiências intelectuais
T31 a T38 - Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para andantes)
T40 e T41 - Anões
T42 a T44 - Deficiência nos membros inferiores
T45 a T47 - Deficiência nos membros superiores
T51 a T54 - Competem em cadeiras de rodas
T61 a T64 - Amputados de membros inferiores com prótese
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 
Fonte: Shutterstock.com
FIGURA 30
Classe T43.
 
Fonte: Shutterstock.com
FIGURA 31
Classe T47.
 
Fonte: Shutterstock.com
FIGURA 32
Classe T53.
 
Fonte: Shutterstock.com
FIGURA 33
Classe T11.
 
Fonte: Shutterstock.com
FIGURA 34
T 42 (Salto em altura).
 
Fonte: Shutterstock.com
FIGURA 35
T 42 (Salto em distância).
Já os atletas que fazem provas de campo (arremessos, lançamentos) são identificados 
com a letra F (field - campo) na classificação (CPB, 2021).
F11 a F13 
Deficiências visuais.
F20 
Deficiências intelectuais.
F31 a F38 
Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para andantes).
F40 e F41 
Anões
F42 a F46 
Amputados ou deficiência nos membros superiores ou inferiores 
(F42 a F44 para membros inferiores e F45 a F46 para membros superiores).
F51 a F57 
Competem em cadeiras de rodas (sequelas de poliomielite, lesões medulares,
amputações).
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Fonte: Shutterstock.com
FIGURA 36
F53 (Arremesso do peso).
 
Fonte: Shutterstock.com
FIGURA 37
F41 (arremesso do peso).
 
Fonte: Shutterstock.com
FIGURA 38
F11 (Lançamento do disco).
 
Fonte: Shutterstock.com
FIGURA 39
F31, 32, 51 (Arremesso do bastão).
Para os atletas com deficiência visual, as regras de utilização de atletas-guia e de apoio variam
de acordo com a classe funcional. Nas provas de 5.000 m, de 10.000 m e na maratona, os
atletas das classes T11 e T12 podem ser auxiliados por até dois atletas-guia durante o
percurso (a troca é feita durante a disputa). No caso de pódio, o atleta-guia que terminar a
prova recebe medalha, o outro, não. Há, também, situações específicas em que um guia, que
não estava inscrito inicialmente em determinada prova, tenha de correr. Neste cenário, ele não
recebe medalha caso suba ao pódio (CPB, 2021).
ATLETA-GUIA E APOIO
T11 
Corre ao lado do atleta-guia e usa o cordão de ligação. No salto em distância, é auxiliado
por um apoio.
T12 
Atleta-guia e apoio, no salto, são opcionais.
T13 
Não pode usar atleta-guia e nem ser auxiliado por um apoio no salto.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
OLIMPISMO - FILOSOFIA OLÍMPICA DE VIDA
Herdada dos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga, a filosofia utiliza o esporte como instrumento
para a promoção da paz, da união e do respeito por regras e adversários. As diferenças
culturais, étnicas e religiosas são de grande importância nesta forma de pensar baseada na
combinação entre esporte, cultura e meio ambiente.
O objetivo é contribuir na construção de um mundo melhor, sem qualquer tipo de discriminação
e assegurar a prática esportiva como um direito de todos. A educação, a integração cultural e a
busca pela excelência através do esporte são ideais a serem alcançados. O Olimpismo tem
como princípios a amizade, a compreensão mútua, a igualdade, a solidariedade e o fair play
(jogo limpo). Mais que uma filosofia esportiva, o Olimpismo é uma filosofia de vida. A ideia é
que a prática destes valores ultrapasse as fronteiras das arenas esportivas e influencie a vida
de todos (COB, 2021).
PRINCIPAIS ÍDOLOS OLÍMPICOS AO
LONGO DA HISTÓRIA
Neste momento, vamos identificar os atletas que marcaram a história das Olimpíadas.
Consideremos que o início dos Jogos Olímpicos da Era Moderna foi em 1896. Estamos em
2021 e já se vão XXXII jogos, dos quais três foram cancelados por causa das duas Grandes
Guerras (1916 – Berlim; 1940 – Tóquio; 1944 – Londres) e os de 2020, em Tokyo, Japão, foram
transferidos para 2021, devido à pandemia do novo coronavírus – COVID19. O fato é que são
inúmeros os heróis, ídolos e mitos que marcaram os Jogos com suas participações fantásticas
ao longo desses 124 anos de história. Poderíamos ficar horas para contar com todo o prazer os
detalhes de cada conquista. Mas, seremos breves, pois, precisaremos ver os nossos heróis
brasileiros e esses sim conheceremos um por um. Para melhor entendimento, organizamos os
atletas de acordo com suas provas disputadas e na ordem cronológica dos Jogos Olímpicos.
 
Fonte: Wikimedia commons.
PAVO NURMI - ANTUÉRPIA (1920), PARIS (1924) E
AMSTERDAM (1928)
Também conhecido como Finlandês Voador, é o maior ganhador de medalhas olímpicas do
atletismo com 12 medalhas, sendo 9 de ouro e 3 de prata. É considerado um dos maiores
corredores de meio fundo e fundo de todos os tempos. Dominava as provas de 1.500 m até
10.000 m. Em 2012, foi imortalizado no Hall da Fama do Atletismo.
 
Fonte: Olympic.org
JESSE OWENS - BERLIM, 1936
O americano Owens foi o primeiro atleta a conquistar quatro medalhas de ouro em uma mesma
Olimpíada. As provas foram 100 m e 200 m rasos, o salto em distância e o revezamento 4x100
m.
 
Fonte: Olympic.org
EMIL ZÁTOPEK - LONDRES (1948) E HELSINQUE
(1952)
O atleta Tcheco era também conhecido como locomotiva humana. Além das 5 medalhas
olímpicas, seu maior feito é único até hoje: ter vencido, na mesma olimpíada, as provas dos
5.000 m, 10.000 m e a Maratona. Ao longo de sua carreira, acumulou 20 quebras de recordes
mundiais. Foi imortalizado no Hall da Fama do Atletismo, em 2012.
 
Fonte: Olympic.org
ALFRED ADOLF OERTER JR. - MELBOURNE (1956),
ROMA (1960) TÓQUIO (1964) MÉXICO (1968)
O americano é simplesmente tetracampeão mundial no lançamento do disco. Em 2012, foi
imortalizado no Hall da Fama do atletismo, criado no mesmo ano como parte das celebrações
pelo centenário da IAAF.
 
Fonte: Olympic.org
ABEBE BIKILA - ROMA (1960) E TÓQUIO (1964)
Pioneiro da longa distância na Etiópia. Bikila sagrou-se bicampeão olímpico na Maratona,
sendo que, em Roma, em 1960, percorreu toda a prova descalço.
 
Fonte: Olympic.org
DICK FOSBURY - MÉXICO (1968)
O atleta americano só tem uma medalha olímpica, mas foi o responsável por revolucionar a
prova do salto em altura, trazendo um novo estilo que passou a ser utilizado até os dias de
hoje. O estilo tem seu nome, Salto Fosbury ou Fosbury Flop.
 
Fonte: Wikimedia commons.
CARL LEWIS - LOS ANGELES (1984), SEUL (1988),
BARCELONA (1992), ATLANTA (1996)
O americano Carl Lewis tem uma trajetória impecável. É o um dos poucos atletas tetra
campeão olímpico, de um total de 10 medalhas conquistadas, sendo 9 ouros e 1 prata.
Dominou as provas de 100 m, 200 m, revezamento 4 x 100 m e salto em distância por anos.
Dentre os vários prêmios, foi eleito pelo COI o atleta do século (XX).
 
Fonte: Shutterstock.com
FLORENCE GRIFFITH-JOYNER - LOS ANGELES (1984),
SEUL (1988)
A americana obteve 5 medalhas olímpicas, sendo 3 ouros e 2 pratas. Detém dois recordes
excepcionais, um nos 100 m rasos (10:49) e o outro nos 200 m (21:34), sendo este também
recorde olímpico. A atleta chamava a atenção pelo seu jeito extravagante de ser e pelo corpo
muito musculoso. Existe muita polêmica em torno dos seus resultados. A atleta faleceu muito
jovem aos 39 anos.
 
Fonte: Shutterstock.com
HAILE GEBRSELASSIE - ATLANTA (1996) E SYDNEY
(2000)
O Etíope Gebrselassie é bicampeão olímpico e tetracampeão mundial na prova dos 10.000 m.
Em uma carreira vencedora 27 recordes mundiais entre distâncias 3.000 m e maratona.Também conhecido como Imperador, é o sucesso de Abebe Bikila.
 
Fonte: Shutterstock.com
KENENISA BEKELE - ATENAS (2004) E PEQUIM (2008)
Mais um corredor etíope que se consagra. Com quatro medalhas olímpicas, sendo 3 ouros e 1
prata, nas provas de 5.000 m e 10.000 m. O atleta permanece na ativa, mas, se dedicando à
maratona, prova que já foi recordista mundial. Até recentemente, era o atual recordista mundial
das provas de 5.000 m e 10.000 m.
 
Fonte: Shutterstock.com
USAIN BOLT - PEQUIM (2008), LONDRES (2012) E RIO
DE JANEIRO (2016)
O jamaicano é um dos maiores medalhistas olímpicos de todos os tempos no atletismo, com 8
medalhas de ouro no total, nas provas de 100 m, 200 m e revezamento 4x100 m. Eram 9
medalhas, mas perderam o ouro, do revezamento 4x100 m, em 2018, por ter dois atletas
flagrados no doping.
 
Fonte: Wikimedia commons.
ELUID KIPCHOGE - ATENAS (2004), PEQUIM (2008) E
RIO DE JANEIRO (2016)
Com três medalhas olímpicas, o queniano Kipchoge é ao atual recordista mundial da maratona.
Participou de dois eventos que foram planejados para ele baixar o tempo de 2 horas, da
maratona. Em 2017, na Itália, o sub-2:00 não foi possível com o atleta marcando 2:00:25, mas,
em 2019, na Áustria, Ineos 1:59 Challenge, ele conseguiu e correu para 1:59:40. Ambos os
tempos seriam homologados recordes mundiais, mas não foi possível pelas condições que
envolveram a prova como coelhos se revezando, luzes indicando o ritmo, o tênis Nike Vaporfly,
dentre outras.
OS BRASILEIROS QUE SE TORNARAM
ÍCONES OLÍMPICOS
Vamos conhecer agora, um pouco dos nossos heróis olímpicos. O atletismo brasileiro, desde
sua primeira medalha olímpica, em 1952 até os dias atuais, possui 17 medalhas no total, sendo
5 de ouro, 3 de prata e 9 de bronze.
A primeira participação masculina do atletismo em Jogos Olímpicos foi em 1928, nos Jogos
Olímpicos de Amsterdam e foi bem discreta. Já quatro anos depois, conseguimos chegar as
primeiras finais. Foi nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, 1932, que participaram os atletas
Lúcio de Castro, sexto no salto com vara e Clovis Rapozo, oitavo no salto em distância.
 
Fonte: Wikimedia commons.
Aída dos Santos
No feminino, a primeira participação feminina expressiva foi da nossa querida Aída dos Santos,
nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964. Detalhe, era a única mulher da delegação brasileira
inteira. Aída não ganhou nenhuma medalha em Jogos Olímpicos, mas sua história de vida é
linda e premiada em todo o mundo.
Vamos conhecer esses medalhistas dos quais os brasileiros tanto se orgulham.
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Fonte: Wikimedia commons.
JOSÉ TELLES DA CONCEIÇÃO
Medalha de bronze no salto em altura, em 1952, nos Jogos Olímpicos de Helsinque.
 
Fonte: Wikimedia commons.
NELSON PRUDÊNCIO
Medalha de prata no salto triplo dos Jogos Olímpicos da México, em 1968. E bronze, na
mesma prova, nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.
 
Fonte: Wikimedia commons.
ADHEMAR FERREIRA DA SILVA
Medalha de ouro no salto triplo em duas Olimpíadas seguidas, Helsinque, em 1952 e
Melbourne, em 1956. Um dos poucos atletas brasileiros imortalizado no Hall da Fama do
Atletismo, em 2012.
 
Fonte: Wikimedia commons.
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA, MAIS CONHECIDO
COMO JOÃO DO PULO
Medalha de bronze no salto triplo dos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976 e nos Jogos
Olímpicos de Moscou, em 1980.
 
Fonte: Olympic.org
JOAQUIM CRUZ
Medalha de ouro nos 800 metros, em 1984, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles,
estabelecendo novo recorde olímpico. Medalha de prata, em 1988, nos Jogos Olímpicos de
Seul. Atualmente, nosso herói é técnico da seleção americana paralímpica de atletismo.
 
Fonte: Wikimedia commons.
ROBSON CAETANO
Medalha de bronze nos 200m, em 1988, nos Jogos Olímpicos de Seul e bronze no
revezamento 4x100m, em 1996, nos Jogos Olímpicos de Atlanta.
 
Fonte: Wikimedia commons.
VANDERLEI CORDEIRO DE LIMA
Medalha de Bronze, em 2004, nos Jogos Olímpicos de Atenas. Essa medalha foi conquistada
por Vanderlei Cordeiro após muito sacrifício. O atleta liderava a prova da Maratona, mas, por
volta do quilômetro 35, foi atacado por Cornelius Horan, ex-padre irlandês, que o jogou fora da
pista e no chão. Um espectador foi quem ajudou Vanderlei se reerguer e retornar para corrida
ainda em primeiro. No entanto, até o atleta se recuperar do susto, até o término da prova, dois
atletas o ultrapassaram. Pela sua bravura, Vanderlei foi o segundo atleta a receber a medalha
Pierre de Coubertin, concedida pelo COI para atletas que valorizam a competição olímpica
mais do que a vitória..
 
Fonte: Shutterstock.com
MAURREN MAGGI
Medalha de Ouro, em 2008, nos Jogos Olímpicos de Pequim.
 
Fonte: Shutterstock.com
THIAGO BRAZ DA SILVA
Medalha de ouro, em 2016, nos Jogos Olímpicos do Rio.
NO REVEZAMENTO, TEMOS:

Revezamento 4x100, bronze, Atlanta, em 1996
Robson Caetano 
André Domingos 
Edson Luciano 
Arnaldo Oliveira

Revezamento 4x100, prata, Sydney, em 2000
André Domingos 
Vicente Lenilson 
Claudinei Quirino 
Edson Luciano 

Revezamento 4x100 masculino, bronze, Pequim, em 2008
José Carlos Moreira 
Vicente Lenilson 
Bruno Lins 
Sandro Viana
Importante você saber que essa medalha de bronze foi confirmada, em 2018, quando o COI
informou à CBAt. A equipe da Jamaica que obtivera o primeiro lugar foi desclassificada por um
atleta testar positivo. O Brasil que havia ficado em quarto lugar, subiu para o terceiro.

Revezamento 4x100 feminino, bronze, Pequim, em 2008
Thaíssa Barbosa Presti 
Rosemar Coelho Neto 
Rosângela Santos 
Lucimar Moura 
Essa medalha conquistada pelas meninas do Brasil foi confirmada em 2017, quando COI
informou à CBAt. A equipe da Rússia foi desclassificada por uma atleta testar positivo. O Brasil
que havia ficado em quarto lugar, subiu para o terceiro.
 ESPORTE OLÍMPICO X PARALÍMPICO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O ATLETISMO OLÍMPICO É COMPOSTO POR VÁRIAS DISPUTAS
ATLÉTICAS DE MARCHA ATLÉTICA, CORRIDAS, SALTOS, ARREMESSO
E LANÇAMENTO. ASSINALE A ALTERNATIVA EM QUE TODAS AS
PROVAS SÃO OLÍMPICAS:
A) Provas de pista, provas de campo, provas combinadas e provas de rua.
B) Provas de campo, cross country, provas combinadas e provas de rua.
C) Provas de pista, ultramaratona, provas de campo e provas combinadas.
D) Provas de pista, provas de campo, cross country e provas de rua.
E) Provas de campo, ultramaratona, provas combinadas e provas de rua.
2. SOBRE A ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS PROVAS DE
CORRIDA OBSERVAMOS QUE ELAS PRECISAM SER ORGANIZADAS
NAS RAIAS DA PISTA DE ATLETISMO, DE FORMA QUE TODOS OS
ATLETAS PERCORRAM A MESMA DISTÂNCIA. INDIQUE ABAIXO AS
PROVAS DE PISTA QUE SE ORGANIZAM COM BALIZAMENTO TOTAL,
BALIZAMENTO PARCIAL E BALIZAMENTO LIVRE RESPECTIVAMENTE.
A) Corrida de velocidade – Corrida de meio fundo – Corrida de 1500 m
B) Corrida de 400 m – Corrida de revezamento 4x400 m - Corrida de 800 m
C) Corrida de velocidade – Corrida de 1500 m – Corrida de fundo
D) Corrida de 100 m – Corrida de meio fundo – Corrida de 1500 m
E) Corrida sobre barreiras – Revezamento 4x400 m – corrida de fundo
GABARITO
1. O atletismo olímpico é composto por várias disputas atléticas de marcha atlética,
corridas, saltos, arremesso e lançamento. Assinale a alternativa em que todas as provas
são olímpicas:
A alternativa "A " está correta.
 
O atletismo olímpico é composto por 24 provas olímpicas masculinas, 23 femininas e uma
mista, que se organização como provas de pista, provas de campo, provas combinadas, provas
de rua (Marcha atlética e a Maratona).
2. Sobre a organização e funcionamento das provas de corrida observamos que elas
precisam ser organizadas nas raias da pista de atletismo, de forma que todos os atletas
percorram a mesma distância. Indique abaixo as provas de pista que se organizam com
balizamento total, balizamento parcial e balizamento livre respectivamente.
A alternativa "E " está correta.
 
O balizamento é uma regra que estabelece a organização dos atletas, durantea realização de
suas respectivas corridas, nas raias da pista de atletismo. As provas rápidas, denominadas
corridas de velocidade, são disputadas em toda sua extensão nas respectivas raias
(BALIZAMENTO TOTAL) determinadas pela arbitragem, não sendo permitido aos atletas
saírem das mesmas. O BALIZAMENTO PARCIAL é específico para duas provas olímpicas,
4x400 m e 800 m, essas disputas serão realizadas em raia, apenas por uma distância que é
determinada pela regra e, após essa distância, os atletas correrão em raia livre. Nas provas
disputadas em BALIZAMENTO LIVRE, é permitido aos atletas percorrerem as distâncias das
corridas em raia livre, da largada até a chegada.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos que o atletismo tem sua origem na necessidade de o homem correr, saltar e lançar para
sua sobrevivência. Observamos, também, que os movimentos básicos naturais foram utilizados
para a preparação física dos soldados para guerra.
Como prática esportiva organizada, o atletismo vai viver dois grandes momentos: o primeiro,
quando da criação dos primeiros Jogos Olímpicos da Antiguidade, em 776 a. C. e o segundo,
com a criação dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896. Vale destacar que foi a partir
desta data que se iniciou a evolução esportiva em todo o mundo, com diversos estudos sobre
os diferentes treinamentos, periodização deles, aperfeiçoamento das técnicas, melhoria do
material de que é feito o piso da pista de atletismo, vestimenta, calçados, alimentação e
hidratação.
Com o seu formato moderno, a modalidade está em expansão e hoje são aproximadamente 50
provas oficiais, das quais as mais recentes no calendário oficial são corridas na montanha,
ultramaratona, trail running e revezamento misto 2x2x400 m, que já será olímpico em Tóquio.
Após sua consolidação, o atletismo vai protagonizar grandes espetáculos de performance
humanas.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CBAt. Confederação Brasileira de Atletismo. Regras de competição e regras técnicas. In: CBAt,
2020.
CLARK, K. The Nude: a study in ideal form. Nova edição. Londres: The Folio Society, 2010, p.
134–135.
COB. Comitê Olímpico Brasileiro. Movimento Olímpico – Olimpismo. Consultado em meio
eletrônico em: 28 jan. 2020.
COICEIRO, G. A. 1000 exercícios e jogos para o atletismo. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.
CPB. Comitê Paralímpico Brasileiro. Modalidades – Atletismo. Consultado em meio eletrônico
em: 28 jan. 2020.
FRÓMETA, E. R.; TAKAHASHI, K. Guia metodológico de exercícios em atletismo: formação,
técnica e treinamento. Porto Alegre: Artmed, 2004.
KIRSCH, A.; KOCH, K.; ORO, U. Antologia do atletismo: metodologia para iniciação em
escolas e clubes. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984.
KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 5. ed. Ijuí: Unijuí, 2013.
MATTHIESEN, S. Q. Educação Física no Ensino Superior – Atletismo: teoria e prática. São
Paulo: Guanabara Koogan, 2017.
SCHMOLISKY, G. Atletismo. 1. ed. Lisboa: Estampa, 1982.
EXPLORE+
Para aprofundar seus conhecimentos sobre os conteúdos abordados:
Veja:
O vídeo Grécia Antiga: Os Jogos Antigos Olímpia.
O vídeo intitulado Regras do Jogo Atletismo.
Men's 800 m Final – Word Athletics Championships Doha, de 2019, para que você possa
entender melhor o momento que o balizamento termina e se inicia o livre.
Final 5000 m 2ª série – Troféu Brasil Caixa de Atletismo, de 2020, na TVNSports, para
melhor compreensão do que é o balizamento livre.
O site da CBAt, em Documentos Oficiais, pistas oficiais, para um melhor entendimento de
todas as medidas da pista de atletismo.
Leia:
O Cap. 1, p. 17 a 43, do livro Aspectos Pedagógicos do Atletismo.
O Cap. 2, p. 63 a 74, do livro Aspectos Pedagógicos do Atletismo.
O livro de regras oficiais de competições da IAAF 2020. Edição especial para o Brasil.
CONTEUDISTA
Geovana Alves Coiceiro Cantuaria
 CURRÍCULO LATTES
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