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8º PARECER JURÍDICO Foi solicitado um parecer pelos sr. Paulo José da Silva Martins e pela sra. Maria da Silva Martins. Ocorre que Marivalda, genitora da menor Marinete Mirilayne dos Santos registrou o nascimento da mesma perante o Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais da Comarca e Município de Garanhuns-PE, conforme certidão em anexo (doc. 01). Ainda em março de 2021 a genitora fez a entrega da criança à guarda e cuidados do casal Requerente Paulo José da Silva Martins e Maria da Silva Martins, por não se considerar apta para educar a criança e sem condições financeiras e psicológicas para mantê-la junto de si, uma vez que não tem mais trabalho e é mãe de mais de 6 filhos menores. De forma que não somente entregou a criança aos cuidados do casal, como logo manifestou seu consentimento à adoção da criança mais nova pelos requerentes. O casal adotante presta à menor, com dedicação, zelo e afinco, toda a assistência necessária, moral e material, dedicando-lhe o amor e o afeto próprios do exercício da parentalidade, oferecendo-lhe o conforto e a segurança de um lar estável, educação, alimentação adequada e acesso à tratamentos de saúde que se fizeram necessários em virtude da precariedade em que a criança foi recebida, em resumo, provendo a criança de tudo o que é preciso que é preciso para seu pleno desenvolvimento físico e emocional. A mãe biológica do adotando desconhece a filiação biológica paterna da criança e nunca teve nada a obstar à adoção pretendida, reconhecendo o casal adotante, as pessoas capazes de fornecer ao infante a toda assistência à formação da criança, manifestando desde logo seu expresso consentimento com a adoção pretendida. De acordo com caso em análise, verifica-se que a situação se enquadra no tema de : AÇÃO DE ADOÇÃO C/C GUARDA PROVISÓRIA. Cujo sua fundamentação Jurídica: ECA: ARTIGOS 39 AO 52 da Lei 8.069/90 CC: ARTIGOS 1.618, 1.619, 1.620 e 1.629 Por sinal doutrina e a jurisprudência passaram a entender que a regra da indisponibilidade do poder familiar permitiria esta exceção. Sendo assim, com a exteriorização de vontades colhidas em audiência, os pais poderiam despojarse do poder familiar, na forma do art. 166 do ECA. Desta maneira, a natureza jurídica da manifestação de vontade dos pais seria, também, a de um pressuposto lógico para a colocação em família substituta do filho, na modalidade de adoção, conforme o art. 45 do ECA. Destarte, a adoção não pode ser considerada como uma mera causa de extinção do poder familiar, visto que ela é um dos meios através dos quais criase novo vínculo parentesco. Assim, a criança ou adolescente não ficará em nenhum momento sem estar submetida ao poder familiar. Vale ressaltar que quanto às crianças institucionalizadas a realidade é diversa, havendo em alguns casos fragilidade na garantia do conteúdo deste direito. DIREITO DE FAMÍLIA – AÇÃO DE GUARDA – PEDODP DE GUARDA PROVISÓRIA INDEFERIDO – ADOÇÃO DO MENORPOR ESTRANGEIROS – PERDA DO OBJETO – RECCURSO PREJUDICADO (TJ-SC- AI: 128611 SC 2003.012861-1, Relator: Marcus Tulio Sartorato, data de julgamento: 20/02/2004, Terceira Câmara de Direito Civil, Data de Publicação: Agravo de Instrumento n. 2003. 012861-1, de Lages.) É o Parecer. Recife, 05 de Outubro de 2021. Carolaine da Silva Souza OAB/PE 123456
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