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Patologias do Sistema Reprodutor Feminino

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PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Clinicamente, as doenças do SRF vão ser
caracterizadas por leucorreia, leucoplasia, dor,
prurido-eritema e vesículas-úlceras. O diagnóstico pode ser
feito de modo especular, por exames citológicos (papanicolau),
colposcopia (biópsia), hematológico, imagem ou laparoscopia.
VULVA
❖ Vulvovaginites
● Herpes Simples
Causada pelo vírus HSV-1 e 2, com duração de 1-2
semanas. Caracterizado por infecções recorrentes, com
tropismo pelo sistema nervoso, e transmissão vertical.
O diagnóstico é clínico e pode ser feito por cultura,
PCR ou sorologia.
● Tricomoníase
Doença causada pelo protozoário Trichomonas
vaginalis. Caracterizada por secreção característica, coloração
amarelada, espumosa e de odor fétido. O parasito é a grande,
podendo ser visualizado no exame citológico. O pH da vagina
aumenta e �ca mais básico.
● Candidíase
Causada pelos fungos Candida albicans, C. glabrata ou
C. tropicalis. Gera um prurido signi�cativo, com pH mais ácido
e visualização das hifas no exame citológico.
● Clamídias
Doença bacteriana causada pela Chlamydia
trachomatis, uma bactéria intracelular. Paciente sente dor,
ardor, formigamento, a área �ca eritematosa. No exame
citológico pode ser visto alguns PMN e a bactéria no interior
das células escamosas. Também pode ser feito exames
sorológicos para anticorpos.
➔ Ciclo infeccioso
Na forma de corpúsculos elementares (infecciosa), a
bactéria infecta a célula e depois se transforma na forma
reticular, que é a forma proliferativa, se multiplicando e
depois saindo da célula na forma elementar para infectar
outras células.
● Condiloma acuminado
Doença causada pelos vírus HPV 6 e 11 que não
apresentam potencial neoplásico. O vírus infecta as áreas mais
basais do epitélio estrati�cado pavimentoso da vulva, e a
medida que vai se proliferando vai atingindo as células dos
outros estratos. É caracterizada por aspecto de verrugas
isolados ou múltiplos. Tem um pouco de secreção, mas é mais
caracterizada pela leucoplasia.
➔ Morfologia
Proliferação exacerbada do epitélio estrati�cado
pavimentoso formando vesículas, com hiperqueratose, atipia
celular e vacuolização perinuclear (coilocitose).
● Neoplasia da vulva
Não é muito comum, mas pode acontecer. É chamado
de NIV, Neoplasia Intraepitelial Vulvar pré-maligna. Causada
pelos vírus HPV 16 e 18. Vai ser caracterizada por
hiperqueratose, atipia nuclear de células escamosas e aumento
das mitoses. Apresenta aspecto verrugoso e placas brancas e
pigmentadas.
● Carcinoma de células escamosas
É uma Hiperplasia de Células Escamosas, um NIV
diferenciado maligno. Apresenta um nível mais indiferenciado
com células atípicas e ilhas de células neoplásicas.
COLO DO ÚTERO
Apresenta uma zona de transição, onde o epitélio
colunar simples passa a ser estrati�cado devido a ação
hormonal. Essa região é mais suscetível a infecções e
neoplasias.
● Cervicite aguda ou crônica
Processos in�amatórios que acometem o cérvice. Pode
ser causada por vários agentes, como Trichomonas, Chlamydia,
Candida, Gardnere�a e Herpes vírus.
➔ Patogenia
A presença desses microrganismos baixa o pH do colo uterino,
e como já é uma área metaplásica, ocorre hiperplasia das
células escamosas com obliteração das glândulas, o que resulta
em acúmulo de secreções glandulares formando cistos de
naboth.
➔ Morfologia
Morfologicamente se tem uma metaplasia escamosa,
com edema de submucosa e in�ltrado in�amatorio de PMN
(agudo). Ou então um in�ltrado in�amatório mononuclear com
tecido de granulação (crônica).
➔ Diagnóstico
Citologia, colposcopia e biópsia.
➔ Tratamento
Cauterização ou uso de antibióticos, dependendo do
agente etiológico.
● Neoplasias cervicais
Causada pelo HPV, vírus papiloma humano. Está
relacionada com alguns fatores de risco, como vários parceiros
sexuais, grande número de gestações, contraceptivos orais,
nicotina, infecções genitais e infecção por HPV tipo 16, 18 e 45.
➔ Patogenia
As proteínas E6 causam degradação da p53, e E7
degradação de RB. Com isso, aumenta o tempo de vida celular e
inibe a apoptose, resultando em câncer cervical.
➔ Lesões pré-cancerígenas
- NIC: Neoplasias Intra Epitelial Cervical
- NIC I: Coilocitóticas → tem apenas displasias;
- NIC II: Progressivo → mais cel. atípicas/relação
núcleo-citoplasma se perde;
- NIC III: Difuso - Carcinoma in situ
- LIEB: Baixo grau
- LIEA: Alto grau
➔ Câncer invasivo
Pode ocorrer através de carcinomas de células
escamosas ou adenocarcinomas.
➔ Tratamento
Vacina para HPV.
CORPO DO ÚTERO
● Endometriose
Presença do tecido endometrial (glândulas ou
estroma) em locais fora do útero. Adenomiose é quando as
glândulas e estroma endometrial estão no miométrio.
Clinicamente é caracterizada por sangramentos, dor
pélvica e infertilidade.
➔ Patogenia
Não se tem uma causa certa, mas se especula os
processos que podem estar envolvidos. Um deles é a frequente
implantação/regurgitação do conteúdo sanguíneo da
menstruação para as trompas. Também acredita-se que o
epitélio pode sofrer metaplasia para o tecido endometrial.
Além disso, pode ocorrer disseminação dos tecidos
endometriais por via linfática para outras áreas. Ainda, foi
observado fatores genéticos relacionados a enzima aromatase
e microambiente in�amatório em pacientes com endometriose.
➔ Morfologia
Observa-se nódulos vermelhos azulado, com
hemorragia, áreas �brosas e hemossiderina.
➔ Tratamento
Cirurgia laparoscópica e uso de AINES e analgésicos.
● Neoplasias Intra-epitelial Endometrial
São neoplasias intra-epitelial endometrial
caracterizada por aumento da relação glândula/estroma, com
anormalidades no crescimento das células do epitélio glandular
(hiperplasia endometrial). Pode ser classi�cada em simples
(típicas) e complexas (atípicas).
➔ Patogenia
Com a inibição do gene supressor PTEN, as células
tornam-se mais sensíveis a ação do estrógeno e sofrem
hiperplasia endometrial. Alguns fatores de risco estão
relacionados a alta de estrógeno, como mulheres na
menopausa, ovários policísticos e terapia estrogênica.
● Carcinoma endometrial
Neoplasia caracterizada por ser mais comum no SRF,
principalmente na menopausa, com aumento de estrógeno. A
teoria da reposição hormonal aponta que pode ser um fator
para o desenvolvimento do carcinoma. Ainda, a inativação do
PTEN.
A incidência é maior em pacientes obesos e diabéticos,
hipertensos, inférteis, e de 55-66 anos.
➔ Morfologia
Tumor poliplóide localizado ou difuso, com
disseminação para o miométrio: áreas peri uterinas, linfonodos
regionais e metástase pulmonar, hepática e óssea.
- G1: adenocarcinomas bem diferenciados
- G2: adenocarcinomas moderadamente sólidos
- G3: carcinomas serosos
● Leiomiomas
É um tumor benigno que afeta o miométrio, com
aspecto cinza-esbranquiçado, �rmes e arredondados. Causado
por anormalidades cromossômicas simples, com feixes
espiralados de �bras musculares lisas. Pode ser submucosos,
subseroso ou intramurais.
● Leiomiossarcomas
É um tumor maligno que afeta o miométrio, causado
pela deleção de vários cromossomos. Caracterizado por altos
níveis de atipia nuclear, índice mitótico, e células epitelióides.
Presença de necrose e hemorragia, com metástase para
pulmão, ossos e cérebro.
OVÁRIOS
● Síndrome do Ovário Policístico
Ovário com vários cistos. Paciente vai ser
caracterizado com hiperandrogenismo, disfunção menstrual,
anovulação, obesidade.
➔ Patogenia
Paciente não ovula, ocorre alta de estrógeno com
alteração do GnRH e alta de LH e baixa de FSH.

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