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Sistema Digestivo Glândulas Anexas

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Sistema Digestivo: Glândulas Anexas (salivares, pâncreas, fígado, vesícula biliar)
G. salivares: Secreção: Saliva (secreção aquosa hipotônica)
Função: Umidificar; lubrificar a mucosa; iniciar a digestão de lipídeos/carboidratos; carrear IgA, lisozima, lactoferrina; manutenção de pH, etc.
Composição: água, glicoproteínas, muco, enzimas (amilase, lisozima, lactoferrina), anticorpos (IgA), íons inorgânicos. 
Controle: SNS e SNP
Glândula parótida: é uma glândula acinosa composta, sendo que sua porção secretora é composta por células serosas de núcleo basal, contendo grânulos de secreção ricos em proteínas e elevada atividade amilase, peroxidase e lisozima, que inicia a digestão dos carboidratos na boca. Apresenta ducto intercalado para sua secreção. O seu tecido conjuntivo possui muitos plasmócitos e linfócitos, esses plasmócitos liberam suas IgA’s junto da saliva, configurando uma defesa imunológica da cavidade oral.
Glândula Submandibular: a glândula submandibular é túbulo-acinosa composta, com a porção secretora constituída de células mucosas e serosas (glândula mista). Entretanto, as células serosas predominam, sendo responsáveis por uma fraca atividade da amilase presente nesta glândula. Já as células que formam as semiluas secretam a enzima lisozima (hidrolisa a parede celular de bactérias). Células mucosas secretam mucinas glicosiladas (muco). Apresenta ducto estriado para sua secreção. 
Glândula Sublingual: também é túbulo-acinosa composta formada por células serosas e mucosas, mas são as mucosas que predominam, e as serosas constituem as semiluas serosas na extremidade de túbulos mucosos. As células que formam a semilua secretam lisozima. Apresenta ducto estriado e intercalado para sua secreção. As células mucosas têm núcleo basal e grânulos de secreção e secretam mucina (proteção). 
Os ductos das G. salivares podem ser de 3 tipos: 
-Ductos intercalares: Em secções transversais apresentam-se menores que as porções secretoras e são revestidos por epitélio cúbico simples.
-Ductos estriados: Em secção transversal são do mesmo tamanho ou maiores que as porções secretoras e possuem um epitélio cilíndrico simples que os reveste internamente. O citoplasma destas células é intensamente acidófilo, contrastando com seus núcleos que são basófilos.
-Ductos excretores: Frequentemente situado no estroma interlobular, acompanhado por vasos sanguíneos calibrosos. Constitui-se por um epitélio cilíndrico pseudoestratificado que delimita um amplo lúmen excretor.
Pâncreas: glândula anfícrina (exócrina e endócrina): a parte exócrina está disposta em glândulas acinosas que secretam enzimas e compõem o suco pancreático, enquanto a parte endócrina está disposta em cordões celulares e secretam hormônios como o glucagon e a insulina.
-P. exócrino: células acinares: são piramidais com grânulos de zimogênio (pré-enzima) no polo apical e REG na base. O ducto intercalar penetra parcialmente no ácino. Essas células “ductais” são conhecidas como células centroacinares (menores e citop. + claro) que secretam água e ións (bicarbonato, principalmente, para manutenção do pH).
Secreções: Líquido alcalino rico em enzimas e proenzimas; pH alto: íons bicarbonato; enzimas: degradação de proteínas, carboidratos, lipídeos e ác. Nucléicos (ex: tripsinogênio, quimiotripsinogênio, carboxipeptidase, ribonuclease, desoxirribonuclease, triacilglicerol lipase, fosfolipase, elastase, amilase, enteroquinase).
Células enteroendócrinas da mucosa intestinal produzem os hormônios secretina e colecistoquinina, os quais controlam a secreção pancreática exócrina. O nervo vago aumenta a secreção pancreática. A presença de ácido no lúmen intestinal estimula a secreção de secretina (hormônio que promove uma secreção aquosa, pobre em enzimas e rica em bicarbonato). Essa secreção, produzida pelas células dos ductos intercalares, serve para neutralizar a acidez do quimo, para que as enzimas pancreáticas possam atuar em pH neutro. A presença de ácidos graxos de cadeia longa, ácido gástrico e alguns aminoácidos no lúmen intestinal estimulam a liberação de colecistoquinina, a qual promove uma secreção abundante e rica em enzimas e atua na extrusão dos grânulos de zimogênio (degranulação). A ação integrada da secretina e colecistoquinina provê uma secreção abundante de suco pancreático alcalino, rico em enzimas.
Fígado: Funções: destruição das hemácias; síntese e secreção da bile; síntese de proteínas plasmáticas; síntese de lipoproteínas plasmáticas; detoxificação de drogas; detoxificação dos produtos metabólicos.
Sua irrigação provém da veia porta (80%) que traz nutrientes do corpo e da artéria hepática (20%) que oxigena o órgão. O fígado também recebe eferências do sistema linfático. 
O fígado é envolvido por uma cápsula de TC denominada (cápsula de Glisson). É dividido em lobo direito e esquerdo pelo ligamento falciforme. Microscopicamente, o fígado apresenta lóbulos poliédricos que são massas poligonais do parênquima hepático. Esses lóbulos são formados por: hepatócitos + sinusóides (cél. endoteliais + cél. Kupffer - macrófagos do fígado) + fibras reticulares + espaço de Disse + espaço porta (contendo a tríade portal, vasos linfáticos e TC). 
O sistema sanguíneo intra-hepático é composto por sangue proveniente da artéria hepática e da veia porta. A veia porta, ao adentrar o fígado, se ramifica e envia pequenas vênulas portais (interlobulares) aos espaços porta. As vênulas portais ramificam-se em vênulas distribuidoras, que correm ao redor da periferia do lóbulo. Das vênulas distribuidoras, pequenas vênulas desembocam nos capilares sinusóides.
Os sinusóides correm radialmente, convergindo para o centro do lóbulo para formar a veia central ou veia centrolobular. À medida que a veia central progride ao longo do lóbulo, ela recebe mais sinusóides, aumentando de tamanho. Ao final, ela deixa o lóbulo em sua base fundido-se com a veia sublobular. As veias sublobulares gradualmente convergem e se fundem, formando duas ou mais veias hepáticas que desembocam na veia cava inferior. O sistema porta contém sangue proveniente do pâncreas, baço e intestino.
A artéria hepática ramifica-se repetidamente e forma as arteríolas interlobulares, localizadas nos espaços porta. Algumas dessas arteríolas irrigam o espaço porta, outras desembocam diretamente nos sinusóides, promovendo uma mistura de sangue arterial e venoso portal nesses capilares. A principal função do sistema arterial é suprir os hepatócitos com uma quantidade adequada de oxigênio. O sangue flui da periferia para o centro do lóbulo hepático.
Resumo: 
· Sistema portal-venoso: Veia porta > vênulas portais (interlobulares) > vênulas distribuidoras > sinusóides > veia central (centrolobular) > veia sublobular > veias hepáticas > veia cava inferior.
· Sistema arterial: Artéria hepática > arteríolas interlobulares > sinusoides > veia central (centrolobular) > veia sublobular > veias hepáticas > veia cava inferior.
Os hepatócitos: são células poliédricas. A superfície de cada hepatócito está em contato com a parede do capilar sinusóide, através do espaço de Disse, e com a superfície de outros hepatócitos. Os hepatócitos se ligam por junções GAP e junções de oclusão e possuem lâmina basal descontínua composta por fibras reticulares. O espaço de Disse favorece a ocorrência de trocas moleculares rápidas de compostos como lipoproteínas, albumina e fibrinogênio. 
Sempre que dois hepatócitos se encontram, eles delimitam um espaço tubular entre si conhecido como canalículo biliar por onde é transportada a bile. A bile flui no sentido contrário do sangue, do centro do lóbulo para a periferia, onde os canalículos desembocam em dúctulos biliares (canais de Hering) que formam os ductos biliares, que, por sua vez, terminam no espaço porta. Eles geralmente se fundem formando os ductos hepáticos direito e esquerdo, que se juntam e formam o ducto hepático comum, que juntamente com o ducto cístico da vesícula, forma o ducto colédoco, que deixa o fígado e desemboca no duodeno. Os ductos hepático, cístico e biliar são revestidospor uma camada mucosa com epitélio colunar simples, com a lâmina própria circundada por uma fina camada de músculo liso que se espessa próxima ao duodeno e, na porção intramural, forma o esfíncter de Oddi, que regula o fluxo de bile na porção final do ducto colédoco. 
Resumo: Transporte da bile: canalículo biliar > dúctulos biliares (canais de Hering) > ductos biliares > ductos hepáticos direito e esquerdo > ducto hepático comum + ducto cístico da vesícula > ducto colédoco > duodeno. 
A vesícula biliar é um órgão oco, aderido à superfície inferior do fígado, cuja função é armazenar bile, concentrá-la através da absorção de água e secretá-la no trato digestório. A contração da musculatura lisa da vesícula é induzida pelo hormônio colecistoquina, que é produzida pelas células enteroendócrinas do intestino delgado, e sua secreção é estimulada pela presença de nutrientes no intestino delgado. A parede consiste em uma camada mucosa composta de epitélio colunar simples e lâmina própria, uma camada de músculo liso, uma camada de tecido conjuntivo perimuscular e uma membrana serosa.
 A bile secretada pelo fígado é composta por água, eletrólitos, ácidos biliares, fosfolipídeos, colesterol e bilurrubina.
O hepatócito possui um ou dois núcleos e alguns núcleos são poliplóides. Possui abundante RER e REL. Os RER formam agregados que se dispersão no citoplasma (corpos basofílicos), onde diversas proteínas como a albumina, a protrombina, o fibrinogênio e lipoproteínas são sintetizadas. As proteínas sintetizadas pelo fígado são importantes pois atuam em processos essenciais como a regulação da pressão osmótica e coagulação sanguínea. O REL é responsável pelos processos de oxidação, metilação e conjugação requeridos para a inativação ou detoxificação de várias substâncias antes de sua excreção pelo organismo. Um dos principais processos que ocorre no REL é o metabolismo da bilirrubina.
 Metabolismo da bilirrubina: A bilirrubina é um pigmento verde-amarelado, insolúvel em água, é o produto tóxico da degradação da hemoglobina. Quando hemácias não funcionantes são destruídas por macrófagos do baço e pelas células de Kupffer do fígado, a bilirrubina é liberada no sangue se liga à albumina plasmática. Sob esta forma, denominada bilirrubina livre, ela é endocitada pelos hepatócitos. A enzima glicuronil-transferase, localizada no REL do hepatócito catalisa a conjugação da bilirrubina com o glicuronídio (gluconarato) levando à formação do glicuronídio (gluconarato) de bilirrubina (bilirrubina conjugada), hidrossolúvel. Uma parte do glicuronídio de bilirrubina é liberada no sangue, mas a maior parte é excretada pelos canalículos biliares e levada para o canal alimentar e eliminada com as fezes. A falha no metabolismo e excreção da bile gera a icterícia, que pode ter causas distintas, como câncer, erros inatos do metabolismo, incapacidade de endocitose pelos hepatócitos, etc. 
Ácidos biliares: são ácidos esteroides encontrados predominantemente na bile e são fundamentais para a emulsificação de gorduras no trato intestinal. Cerca de 90% dos ácidos biliares são captados pelo epitélio intestinal e transportados para o fígado. Os 10% restantes são sintetizados no fígado pela conjugação do ácido cólico com os aminoácidos glicina e taurina. Esse processo ocorre no retículo endoplasmático liso (REL).
O hepatócito contém glicogênio, e sua quantidade varia de acordo com um ritmo circadiano e depende do estado nutricional da pessoa. Ele é um depósito de glicose, sendo mobilizado quando a glicose sanguínea cai muito (hipoglicemia). Assim, os hepatócitos contribuem para manter a glicemia estável, sendo umas das principais fontes de energia para a utilização pelo organismo. Os hepatócitos participam ainda da oxidação de ácidos graxos em excesso, quebra de peróxido de hidrogênio, quebras de purinas em excesso, com consequente formação de ácido úrico e participação na síntese de colesterol, de ácidos biliares e de alguns lipídeos utilizados na síntese de mielina.
Além dos hepatócitos, o fígado possui outras células em sua composição:
As células de Kupffer, que se localizam dentro dos capilares sinusoides e são cerca de 15% das células hepáticas. Atuam como macrófagos do fígado e fagocitam eritrócitos, bactérias e digere hemoglobina.
As células de Ito, que se localizam no espaço perisinusoidal (espaço de Disse) e são armazenadoras de lipídios. Contém inclusões lipídicas ricas em vitamina A. Tem a função de captar, armazenar e liberar retinóides, sintetizar e secretar várias proteínas da matriz extracelular e proteoglicanos, secreção de fatores de crescimento e citocinas e regular o diâmetro do lúmen sinusoidal em resposta a diferentes fatores reguladores.

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