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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA CURSO DE TECNÓLOGO EM LOGÍSTICA MONICA REGINA RIBEIRO DE MELO ALVES FERREIRA MATRÍCULA: 20184301103 AVA2 – IMPORTAÇÃO DE INSUMOS FARMACÊUTICOS LOGÍSTICA INTERNACIONAL PROFESSORA FABRÍCIA DE MATOS LEMOS Rio de Janeiro – Junho/2021 SUMÁRIO 1 – PROPOSTA…………….…………………………................................3 2 – IMPORTAÇÃO DE INSUMOS FARMACÊUTICOS……....................4 3 – REFERÊNCIAS .................................................................................6 2 PROPOSTA Na unidade “Planejamento Logístico Internacional”, estudamos os custos e riscos das cargas no trânsito internacional, o transporte internacional, com forte influência sobre aspectos de tempo e custo, bem como a armazenagem e os transbordos de carga. Na unidade “Logística Aduaneira”, foi descrito o processo de liberação das mercadorias no procedimento fiscal conhecido como despacho aduaneiro. Além disso, foram abordados alguns regimes aduaneiros especiais e modelos de armazenagem alfandegada, que, em ambos os casos, desoneram operações internacionais. Como profissional de logística, apto a planejar e controlar projetos logísticos internacionais, você deverá: 1. Escolher algum tipo de produto, comentando aspectos de custo e risco e eleger o modal de transporte a ser utilizado, informando o terminal de origem, no exterior, e o de destino, no Brasil. 2. Enquadrar a importação em algum regime aduaneiro especial e destinar a mercadoria a algum modelo de armazenagem alfandegada. 3 IMPORTAÇÃO DE INSUMOS FARMACÊUTICOS Produto – Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) Modal de Transporte – Aéreo Terminal de Origem – Aeroporto Internacional de Pequim Terminal de Destino – Aeroporto de Guarulhos/SP A falta de matéria-prima para a produção de medicamentos e vacinas no Brasil, torna o país extremamente dependente da importação nesse segmento, a maior parte procedente da China que é um de seus maiores exportadores, com algo em torno de 9,2% da totalidade de suas importações na área farmacêutica. O IFA é um insumo fundamental para a produção de medicamentos e vacinas, e para que o Brasil importe esse insumo é necessário que o mesmo seja aprovado pela ANVISA, além disso para que seja exportado pela China, é necessária a autorização pelas autoridades chinesas. Os custos e o risco são de responsabilidade do embarcador, onde todos os custos inerentes da operação, desde o transporte, transbordos ou acidentes de qualquer tipo são assumidos em sua integralidade, até a entrega ao consignatário. Desta forma o transporte aéreo é o mais eficaz, pois devido as especificidades e valor da carga, o transporte deve ser o mais rápido possível, que da China para o Brasil leva entre 7 à 15 dias com algumas paradas e transferência da carga, assim como o armazenamento que deve ser em contêiner refrigerado para manutenção das propriedades do insumo farmacêutico. Para esse tipo de importação, é correto que o enquadramento seja no regime especial RECOF (Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Aduaneiro Informatizado), que permite à empresa beneficiária importar ou adquirir no mercado interno, com suspensão do pagamento de tributos federais e, em alguns casos estaduais, mercadorias a serem submetidas a industrialização de produtos destinados à exportação ou ao mercado interno. Parte da mercadoria admitida nesse regime poderá ser despachada para consumo, exportada, reexportada ou destruída sob controle aduaneiro, no estado em que foi importada ou depois de submetida a processo de industrialização. O prazo de suspensão do pagamento dos tributos incidentes na importação é de um ano, prorrogável por mais um ano. Em casos justificados, o prazo poderá ser prorrogado por período não superior a cinco anos no total. A partir do desembaraço aduaneiro, a empresa beneficiária responderá pela custódia e guarda das mercadorias, na condição de fiel depositária. Por se tratar de produto altamente perecível e dependente de refrigeração, o despacho aduaneiro pode ser realizado antecipadamente, ou seja, o registro no SISCOMEX é realizado antes da chegada da carga importada. Esse tipo de carga entra no canal verde de conferência, onde o desembaraço é automático, dispensados o exame documental e a verificação física da mercadoria, podendo ser objeto de verificação física ou documental no caso de serem 4 detectados indícios de alguma irregularidade na importação pelo AFRFB (Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil). O modelo de armazenagem alfandegada utilizado é o Entreposto Industrial, que é uma área permanentemente alfandegada dentro das instalações do importador, previamente autorizada pela Receita Federal. Assim, a mercadoria ficará estocada em área própria, com suspensão temporária de tributos, mesmo sem ainda terem sido nacionalizadas (se for o caso). O lote de carga importada pode ser nacionalizado parceladamente, ocorrendo assim, o pagamento parcelado dos tributos conforme forem liberados. Após sua industrialização, o produto acabado deverá ser destinado ao mercado externo, ou parte dele para consumo. 5 REFERÊNCIAS: FIOCRUZ. Importação Passo a Passo. 2021 Disponível em: https://www.dirad.fiocruz.br/?q=node/143. Acesso em: 07 Jun. 2021. Fazcomex. O que é o RECOF. 2021 Disponível em: https://www.fazcomex.com.br/blog/recof-o-que-e. Acesso em: 07 Jun. 2021. Fazcomex. Etapas do Processo Aduaneiro de Importação. 2021 Disponível em: https://www.fazcomex.com.br/blog/etapas-despacho-aduaneiro. Acesso em: 07 Jun. 2021 Unidades 03 e 04 da Matéria. 5