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Reparo dos Tecidos CRESCIMENTO CELULAR, FIBROSE e CICATRIZAÇÃO de FERIDAS Reparação A reparação pode ocorrer de dois meios distintos: A) REGENERAÇÃO – quando há uma reposição de um grupo de células destruídas pelo mesmo tipo de célula natural daquele tecido. OBS: o tecido fica exatamente IGUAL ao anterior! B) SUBSTITUIÇÃO – ocorre quando o tecido original é substituído por tecido fibroso (fibroplasia, cicatrização) ** AMBOS OS PROCESSOS REQUEREM CRESCIMENTO CELULAR, DIFERENCIAÇÃO e INTERAÇÃO ENTRE A CÉLULA E A MATRIZ** OBS: a maioria dos processos de inflamação terminam em um mecanismo de reparo por SUBSTITUIÇÃO! E PORQUE A MAIORIA DOS PROCESSOS TERMINA EM SUBSTIUIÇÃO? - porque a cicatrização é feita mediante a deposição de tecido fibroso (colágeno) e para realizar uma reparação por regeneração o tecido a ser colocado deve ser tecido epitelial exatamente igual ao anterior. Só que isso levaria muito mais tempo. Por isso que o “agente selador”, o colágeno, é depositado rapidamente para proteger o organismo de uma possível reinfeção. Regeneração Tecidual A regeneração tecidual também pode ser chamada de RESOLUÇÃO COMPLETA = REPARAÇÃO POR REGENERAÇÃO. A regeneração tecidual é controlada por fatores bioquímicos liberada em resposta a lesão celular, necrose ou trauma mecânico. Como a regeneração tecidual exerce seu controle?? Induz células em repouso a entrar em seu ciclo celular; Equilibra fatores estimulatórios (fator de crescimento dos fibroblastos) e inibitórios (prostaglandinas, leucotrienos, TXA2, HIF1-alfa); Encurta o ciclo celular; Diminui a perda celular; OBS: HIF1-alfa É uma proteína que impede que o processo inflamatório vá para o estado de reparação tecidual. Ou seja, ela é a MAIOR CONTROLADORA desse processo. No entanto, a depender das concentrações, a HIF1-alfa pode ser inibidora ou excitadora do processo inflamatório. Características da Proliferação Celular TIPOS DE CÉLULA: 1) CÉLULAS LÁBEIS (renovam-se sempre): - encontram-se em constante divisão; 2) CÉLULAS ESTÁVEIS (quiescentes) - apresentam rápida proliferação, no entanto, possuem um baixo nível de replicação; 3) CÉLULAS PERMANENTES (“não se dividem”): - são permanentemente removidas no ciclo celular. Uma lesão irreversível nesse tipo de célula induz a uma CICATRIZ; Sinalização Celular AUTÓCRINA – células tem receptores para seus próprios fatores secretados. PARÁCRINA – células respondem a secreção de células vizinhas. ENDÓCRINA – células respondem a fatores (hormônios) produzidos por células distantes. Reparo por Substituição (Cicatrização) FASES DA CICATRIZAÇÃO: 1) FASE INFLAMATÓRIA OU EXUDATIVA: Sua duração é de aproximadamente 48 a 72 horas. Se caracteriza pelo aparecimento dos sinais padrão da inflamação: dor, calor, rubor e edema. Nessa fase os mediadores químicos provocam: vasodilatação, aumento da permeabilidade dos vasos e favorece a quimiotaxia dos leucócitos. 2) FASE PROLIFERATIVA: Sua duração é de aproximadamente 3 a 14 dias. É dividia em 6 fases: REEPITELIZAÇÃO – nas primeiras 24 horas as células basais presentes nas bordas da ferida, proliferam-se e alongam- se e começam a migrar para o outro lado da superfície da ferida até que ocorra a inibição por contato. MIGRAÇÃO DOS FIBROBLASTOS – os fibroblastos surgem na ferida no terceiro dia e atingem o pico em 7 dias. As células circunvizinhas indiferenciadas podem se transformar em fibroblastos por ativação de mediadores. FORMAÇÃO DE TECIDO DE GRANULAÇÃO – ocorre aproximadamente 4 dias após a lesão, a ferida é então invadida por tecido e granulação contento: fibroblastos, células inflamatórias, capilares neoformados envoltos de colágeno, fibronectina e ácido hialurônico. ANGIOGÊNESE – torna-se ativo a partir do segundo dia. Os níveis elevados de ácido lático, o pH ácido e a diminuição da tensão de O2 no ambiente da ferida influenciam a angiogênese. SÍNTESE PROTEICA – surge cerca de 5 dias após a lesão. Predomina a síntese de deposição de proteína. OBS: a síntese de colágeno é afetada por características do paciente e da ferida. CONTRAÇÃO DA FERIDA – inicia-se de 4 a 5 dias após a lesão e continua por cerca de 2 semanas ou mais em feridas crônicas. A taxa de contração depende do local da ferida e da forma. A contração é caracterizada pela predominância de miofibroblastos na periferia na ferida. 3) FASE DE REMODELAGEM: Dura de 7 dias até 1 ano. A remodelagem da cicatriz começa a predominar a partir de 21 dias após a lesão; Ocorre equilíbrio entre a taxa de síntese e a degradação de colágeno, Esse processo é controlado por mediadores presentes na lesão. **a remodelagem é ESSENCIAL para a formação de uma cicatriz resistente. FASES DA CICATRIZAÇÃO Reparo por Tecido Conjuntivo 1) Depende a destruição tecidual; 2) O reparo pode não ser efetuado exclusivamente através de células parenquitomatosas; 3) Pode ocorrer tentativas de reparo tecidual através da substituição das células parenquimatosas COMPONENTES: Formação de novos vasos (angiogênese); Migração de proliferação de fibroblastos; Deposição de material extracelular; Remodelagem, que consiste na maturação e organização do tecido fibroso; Cicatrização de Feridas 1) Primeira Intensão ou Cicatrização Primária: Processo através do qual uma ferida limpa é imediatamente reaproximada ou quando a ferida superficial limpa é imediatamente suturada. Fatores que interferem na cicatrização: Quantidade de tecido necrótico; Presença de espaço morto; Suturas muito apertadas; Infecções; 2) Segunda Intenção ou Cicatrização Secundária: É uma ferida aberta que se fecha pela formação de um tecido de granulação. Feridas agudas que se cicatrizam sem a aposição das bordas. Exemplo desse tipo de ferida: biópsias cutâneas, queimaduras profundas, feridas infectadas mantidas abertas, 3) Terceira Intenção ou Fechamento Primário: Processo no qual uma ferida é temporariamente mantida aberta, sendo fechada mais tarde. Exemplo: traqueostomia. Feridas Crônicas Estão incluídas nesse tipo de feridas: Feridas traumáticas e induzidas cirurgicamente, infectadas ou com comprometimento vascular; Abrange ulceras de pele, diabéticas, venosas, arteriais e as ulceras de pressão; Fatores que Interferem na Cicatrização NUTRIENTES – má nutrição especialmente em idosos; HIPÓXIA – encontrada em pacientes anêmicos, em choque, com sepse, nefropatas e diabéticos. Feridas infectadas, com hematoma e suturas sob tensão. DIABETES – neuropatia sensorial, baixa imunidade e distúrbios metabólicos. INFECÇÃO – contaminação da ferida por bactérias acarreta em infecção clínica e retardo na cicatrização. DROGAS – corticoesteróides. ESTRESSE. HORMÔNIOS. FATORES DE CRESCIMENTO. Quelóide Espessamento localizado na pele, devido a um deposito excessivo de colágeno que se forma em cicatrizes na pele. É a deposição de colágeno de forma desregulada – SENDO UM PROCESSO CRÔNICO. Predisposição genética: humanos – negros.
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