Buscar

Cicatrização dos Tecidos Moles

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Cicatrização dos 
tecidos moles
Helen Aparecida Pereira da Silva
Processo de cicatrização
Processo dinâmico que tem como consequência a restauração da continuidade anatômica 
do tecido por meio de um processo biológico sequenciado.
A regeneração e o reparo são dois tipos de cicatrização que ocorrem ao mesmo tempo, com 
predominância do reparo.
Regeneração – produção de tecido novo, igual ao tecido normal em termos estruturais e 
funcionais, é considerado a resposta ideal de cicatrização da ferida;
Reparo – substituição ou restauração de células danificadas ou perdidas e das matrizes 
extracelulares por novas células e matrizes, tem como resultado principal a formação de 
uma cicatriz;
É divido em quatro fases sucessivas, a fase de coagulação, fase aguda ou inflamatória, 
seguida de um tempo variável de regeneração miofibrilar (fase proliferativa ou de 
fibroplasia) e por último a fase de maturação, remodelação e formação de tecido.
Você sabe todas as 
fases da 
cicatrização?
Começaremos explicando a fase I – fase de 
coagulação.
I -Fase de 
Coagulação
5 minutos após a lesão ou 
até 48 horas
Quando ocorre lesão, os componentes celulares e plasmáticos passam 
para o meio interno da ferida, o sangue e a linfa causam edema e os 
componentes celulares vasculares (plaquetas, células vermelhas e 
outras células transportadas através do sangue) morrem. O edema 
junto ao vaso espasmo levam a anóxia (lesão secundaria por hipóxia) 
decorrente da êxtase do sangue fora dos vasos. O sangue se torna 
sólido, e por vários passos, o coagulo se forma. 
Coagulação
A coagulação é iniciada quando o plasma interage com os 
componentes do tecido, os constituintes do plasma entram nos 
espaços intersticiais. A combinação de plaquetas e outros 
residuos celulares formam um tampão hemostatico chamado 
de coagulo, e esse age como uma “cola” com baixa força tensiva 
para manter as margens da ferida juntas e a lesão localizada. 
Coagulação
Na pele, o coagulo se mantem macio, 
semelhante a um gel e atua como uma 
barreira contra corpos estranhos, agentes 
infecciosos e perda transcutânea de agua, 
limita a hemorragia local e prove para a 
ferida sua única fonte de força tensiva. Com 
o tempo o gel se torna tecido granuloso e 
finalmente colágeno denso acelular (tecido 
cicatricial).
Mediadores da inflamação
O tecido lesionado libera quimioatratores que 
atraem aminas vasoativas e mediadores que 
aumentam a permeabilidade vascular em até 10 
vezes o normal, permitindo a entrada de mais 
produtos do plasma para a lesão. Esses 
mediadores (plaquetas, leucócitos e mastócitos) 
vem do plasma e das células lesadas, criando a 
resposta inflamatória dos tecidos moles, 
eritema (vermelhidão), calor, edema ou inchaço, 
dor ou hipersensibilidade, espasmo muscular e 
por fim, disfunção.
Sinais de inflamação e inicio da cicatrização
Como resultado de um aumento na vasodilatação e 
permeabilidade vascular, há exsudato nos espaços 
extracelulares e vazamento de liquido no tecido lesionado. O 
aumento de pressão no tecido e o aumento da sensibilidade dos 
nociceptores a substancias químicas resulta em dor. 
Acredita-se que a bradicinina, a histamina e as 
prostaglandinas sensibilizem os receptores de dor, tornando 
seu limiar mais baixo e sendo facilmente excitáveis. 
Simultaneamente os quimioatratores atraem os neutrófilos, que 
traz leucócitos e outros macrófagos. O coagulo, as plaquetas e os 
mediadores vasoativos formam uma matriz temporária ou a 
substancia morfa para que a cicatrização se inicie.
Edema ou efusão no inicio do processo de 
cicatrização indicam que a lesão pode 
necessitar de cuidados extras. O edema 
ocasionado por infecção aparece mais 
tarde, sendo uma combinação da ação 
bacteriana direta e das células brancas do 
sangue tentando conter as bactérias 
durante a fase inflamatória.
O processo de coagulação pode ser 
acelerado por meio do PRICE.
II – Fase Inflamatória
Quando começa a cicatrização
Fase inflamatória
1. A inflamação é o primeiro estagio na recuperação de uma lesão, ela não é uma resposta negativa, 
mas sim uma parte necessária da cascata de cicatrização. 
2. Com a lesão muito fatores da área lesada são ativados, vários dos fatores quimiotáticos são 
induzidos pelo fator de Hageman (XIIa), enzima do sangue. Esse processo é chamado de 
quimiotaxia e é essencial para o processo inflamatório.
3. A bradicinina (vasodilatador) produzida pelas enzimas do plasma é ativada na ferida, aumentando 
a permeabilidade vascular, além disso ela desencadeia a liberação de prostaglandinas.
4. A função das prostaglandinas dentro do tecido danificado incluem vasodilatação, aumento da 
permeabilidade vascular, dor e febre. As que atuam nessa fase é a prostaglandina E (PGE1) e PGE2. 
A PGE1 aumenta a permeabilidade vascular e a PGE2 atrai os leucócitos. 
Células brancas do sangue
Os leucócitos são células brancas do sangue atraídas para a 
ferida pela resposta inflamatória e pelas aminas vasoativas 
liberadas pelas células danificadas.
As células brancas mais comuns são os linfócitos, 
monócitos (macrófagos) e granulócitos (neutrófilos, 
basófilos e eosinófilos), esses agem como fagócitos 
limpando a ferida dos tecidos mortos e removendo as 
proteínas toxicas na lesão celular e nas reações alérgicas. 
Leucócitos
Os leucócitos entram na lesão a partir da vasodilatação associada com inflamação 
que liberam enzimas que aceleram a decomposição das células lesionadas e 
do tecido lesionado fora das células por meio de degradação.
Macrófagos e granulócitos
Desbridam a área lesionada de tecido necrótico, resíduos e materiais estranhos nas 
primeiras 24 horas e continuam agindo entre 2 a 5 dias. Ainda são importantes 
para a modulação da inflamação, por meio das citocinas e quimiocinas
Neutrófilos, macrófagos e 
leucócitos
Limpam o local da ferida por meio de fagocitose, destruindo e degradando 
bactérias, matriz desnaturada e células danificadas.
Fase inflamatória
1. A medida em que a ferida é limpa, há mudança da fase inflamatória para a proliferativa, que entram 
em ação os fibroblastos (reparo) e células especializadas como os mioblastos e tenoblastos
(regeneração).
2. Simultaneamente a degradação do coagulo, ocorre a troca da matriz temporária por uma matriz 
extracelular denominada tecido de granulação. 
3. O tecido de granulação é composto por capilares, miofibroblatos, macrófagos, matriz de fibrina, 
células endoteliais e uma matriz nutritiva, é de coloração vermelha e feito de uma massa granular 
de TC que preenche a ferida durante o período de cicatrização.
4. Brotos capilares são produzidos pelas células endoteliais (angiogênese) no tecido granuloso, no 
final da fase inflamatória as prostaglandinas podem iniciar o reparo como continuar a cascata 
inflamatória.
5. A mudança para a fase proliferativa não é abrupta, e ação inflamatória pode avançar para a 
próxima fase.
6. Quando o processo inflamatório não acaba, instala-se cronicidade, com inflamação e resistência ao 
tratamento.
7. Se não há cuidado apropriado nessa fase, a cronicidade pode gerar um ciclo vicioso e não progride 
para o reparo.
8. Na cicatrização normal, tanto o reparo como a regeneração começam ocorrer com restauração de 
tecido e formação de cicatriz, a dor desaparece, a força, resistência a fadiga e ADM são restauradas.
Fase de 
proliferação
III
Fim do processo 
inflamatório, inicio do 
reparo e regeneração
Proliferação/fibroplasia
No inicio dessa fase, há uma corrida entre o reparo e a 
regeneração. 
O reparo faz a substituição do tecido original por 
tecido cicatricial e começa com um esforço 
emergencial para restaurar a integridade 
mecânica, algum grau de proteção e 
funcionalidade limitada. 
A regeneração é a substituição do tecido danificado 
pelo mesmo tipo de tecido, que irá fazer a mesma 
função do tecido original. 
Apesar de estar ocorrendo simultaneamente, o reparo termina primeiro, pois tem apoio da 
inflamação, de modo que a formação do tecidocicatricial ultrapassa a regeneração do tecido 
original. O período de formação da cicatriz é chamado de fibroplasia e geralmente dura de 4 a 6 
semanas, podendo se estender. 
Capilares 
A baixa tensão de O2 pela falta de suprimento sanguíneo leva a criação de brotos 
capilares , a medida que há essa formação, a ferida faz a cicatrização por si 
própria, aerobiamente devido ao aumento do suprimento sanguíneo que leva a 
emissão de O2 e aumento de nutrientes essenciais para a regeneração do 
tecido.
Fibroblastos
Os fibroblastos se acumulam na ferida medida que os capilares crescem, a função 
deles é sintetizar uma matriz extracelular com fibras proteicas de colágeno, 
resistentes a cargas tensivas, elastina (proteoglicanos – proteínas fibrosas 
resistentes a compressão), glicosaminoglicanos e líquido.
Os fibroblastos também produzem fibras de colágeno, principalmente do tipo 
III, depositadas aleatoriamente, fazendo com que a maior taxa de acumulo de 
colágeno ocorra entre 7 e 14 dias.
Colágeno e força tensiva 
A medida que ocorre a síntese de colágeno, a força 
tensiva do tecido aumenta. O colágeno III forma 
ligações cruzadas e estabiliza a ferida, aos poucos 
o tipo III é substituído pelo tipo I, um dos principais 
presentes na cicatriz
Dependendo do tecido, diferentes tipos de colágenos 
são depositados e alinhados em feixes, 
estabelecendo ligações cruzadas e aumentando a 
estabilidade.
Mobilização e movimento controlado no tempo certo 
levarão a uma cicatriz menor, melhor organização 
estrutural e melhor crescimento capilar.
Caraterizada pela diminuição dos 
fibroblastos e aumento da força tensiva do 
tecido.
IV – Fase de maturação
IV – Fase de remodelamento
1. A extensão da cicatriz depende do local da lesão, tecido ou órgão lesionado, natureza da lesão, 
direção da ruptura/incisão, etnia do paciente, fatores genéticos, os cuidados e o tratamento da ferida 
e do tecido danificado e presença/ausência de complicações.
2. Quando o colágeno é depositado em excesso ele pode dar origem a dois tipos de cicatriz patológicas: 
cicatriz hipertrófica e cicatriz com queloide.
3. A cicatriz hipertrófica consiste em uma cicatriz normal com tecido cicatricial em excesso, a 
cicatriz aparenta estar distendida, embora continue dentro das margens da ferida. O queloide se 
apresenta como um tecido que cresce demais, denso, fibroso, que se alastra além das margens da 
ferida e pode crescer progressivamente.
4. A cicatriz normal é altamente vascularizada, possui grande densidade de células mesenquimais e 
uma camada epidérmica espessa.
5. A maturação da cicatriz é um processo longo que se estende por 1 ano ou até mais, a parti do 
momento da lesão.
6. Após 12 meses o tecido já possui cerca de 70 a 80% da força tensiva original.
Células no remodelamento
O colágeno torna-se denso e a vascularidade da cicatriz 
é diminuída, os capilares são descartados e o novo 
tecido perde a sensibilidade.
Ao mesmo tempo, os miofibroblastos fazem a contração 
da ferida, que pode ser de 40 a 80%, diminuindo o 
seu tamanho.
Mais colágeno do tipo I é depositado, aumentando o 
número de ligações cruzadas e da força tensiva do 
tecido, demonstrando um remodelamento em 
resposta a tensão.
Cicatrização
Na fase final, o novo tecido é remodelado até que uma 
estrutura permanente seja formada, restaurando a área 
com sua estrutura original (tendões) e as vezes 
substituindo a original por uma cicatriz (reparo).
A maioria dos tecidos moles cicatrizam pelo processo de 
reparo, usando o tecido cicatricial para substituir 
estruturas lesadas.
Referências 
Bibliográficas 
MAGEE, J. David; ZACHAZEWSKI, E. James.; QUILLEN, S. 
William. Pratica da reabilitação musculoesqueléticas: 
princípios e fundamentos científicos. São Paulo: Manole, 2013.

Continue navegando