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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
ALUNO: VINICIUS BERLIER LIMA SANTOS 
MATRICULA: 20181103760
PETIÇÃO INICIAL
Mariana Morais procura seu escritório e relata o seguinte:
A cliente é consumidora dos serviços de fornecimento de energia elétrica prestados pela concessionária ANEL Energia S/A, desde dezembro de 2018, no município de Cabo Frio/RJ. Seu histórico de pagamentos junto à fornecedora é impecável: as faturas são pagas dentro do vencimento, por meio de débito em sua conta corrente.
No entanto, sem qualquer aviso, Mariana foi surpreendida pelo corte do fornecimento de energia elétrica em 03/03/2021.
Ao entrar em contato com a fornecedora por telefone, fora informada que o serviço foi interrompido pela falta de pagamento da fatura vencida de janeiro de 2021. Sabedora que tal fato não procede, enviou e-mail à ouvidoria da fornecedora, anexando prova do adimplemento das obrigações dos últimos nove meses.
Diante da negativa da fornecedora em reativar o serviço essencial, elabore a peça processual cabível.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE CABO FRIO
MARIANA MORAIS, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do documento de identidade nº00000 expedido por DETRAN, inscrita no CPF sob o nº 0000000-00, residente na Logradouro, nº00, Cabo Frio – RJ, CEP 00000-000, e-mail petiçãoincial@gmail.com, por seu advogado, com escritório na Rua A, nº00, Centro Cabo Frio - RJ, onde recebe intimações, vem diante deste Juízo propor
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA,
Em face de ANEL Energia S/A, sociedade empresária, inscrita no CNPJ sob o nº00000000000000, com sede na Logradouro, nº00, Cidade Cabo Frio – RJ, CEP.123456-020, e-mail anelenergia@gmail.com, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I – DOS FATOS
	Autora é cliente da Ré desde dezembro de 2018 e vem pagando suas faturas pontualmente, por meio de débito automático em sua conta corrente, como comprava documento em anexo.
	Em que pese seu histórico de adimplemento, a Autora foi surpreendida pelo corte de energia elétrica promovido por preposta da Ré em 03/03/2020. No mesmo dia, a Autora efetuou contato telefônico com a Ré, para saber o motivo do corte injustificado. Nesta ocasião, o preposto da Ré informou que o fornecimento fora interrompido devido a inadimplemento da fatura vencida em janeiro de 2021.
	Ato contínuo, a Autora enviou e-mail à Ré, com prova do pagamento das últimas 6 (seis) faturas, fato que elide qualquer pretensão de corte de energia. A despeito de todo o esforço da Autora, a Ré nega-se a restabelecer o serviço essencial.
II - FUNDAMENTOS 
	Decerto, a Autora demonstra de forma inequívoca que está adimplente com as obrigações assumidas junto à Ré. No entanto, mesmo diante de suporte probatório robusto, a Ré recusa-se de forma injusta a restabelecer o serviço de energia elétrica.
	Para que o corte de energia seja justificável, é necessário o preenchimento de dois requisitos: I) prova do inadimplemento e; II) aviso prévio, com antecedência mínima de 15 dias, conforme dispõe Art. 173 da Resolução 414/2011 da ANEEL. Vejamos:
Art. 173. Para a notificação de suspensão do fornecimento à unidade consumidora, prevista na seção III deste Capítulo, a distribuidora deve observar as seguintes condições:
 I – A notificação seja escrita, específica e com entrega comprovada ou, alternativamente, impressa em destaque na fatura, com antecedência mínima de: (...)
 a) 15 (quinze) dias, nos casos de inadimplemento.
	No caso em tela, não houve inadimplemento, nem sequer aviso prévio de corte. Portanto, a conduta da Ré agride frontalmente o marco regulatório do setor de energia.
	Assim, resta clara a ilegalidade da conduta da Ré, tendo em vista que interrompeu serviço essencial previsto no Art. 10 da Lei de Greve, o que atenta contra a dignidade da Autora.
	No mesmo sentido, o corte injustificado de serviço essencial é vedado pelo Código de Defesa do Consumidor:
 Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
        Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código.
	Desta maneira, a Autora tem o direito de ter o serviço restabelecido e os danos reparados.
III – ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
	Pelo o exposto acima, não há dúvidas que a Autora faz jus à Tutela Antecipada, por preencher os requisitos do Art. 300, CPC.
	A probabilidade do direito da Autora é demonstrada pelas fartas provas de pagamento de seus débitos, conforme documentos anexos. Noutra mão, há o perigo de dano prolongado, pois se trata de relação de trato continuado. Ademais, a Autora vem sendo injustamente privada de serviço essencial.
	Por fim, a Autora requer a concessão da tutela antecipada, para compelir a Ré a restabelecer o fornecimento energia elétrica, no prazo de 24 horas, sob pena de multa diária a ser fixada por este MM Juízo.
IV – PEDIDOS
	Diante de todo o exposto, a Autora informa ter interesse na Audiência de Conciliação e requer:
a) a concessão da tutela antecipada, para compelir a Ré a restabelecer o fornecimento energia elétrica, no prazo de 24 horas, sob pena de multa diária a ser fixada por este MM Juízo;
b) a intimação da Ré para comparecer à Audiência de Conciliação, sob pena dos efeitos da revelia;
c) a condenação da Ré na obrigação de fazer, consistente no restabelecimento do serviço essencial;
d) a produção de todos os meios de prova, principalmente de prova documental;
e) a condenação da Ré aos ônus da sucumbência, em caso de recurso.
V – VALOR DA CAUSA
	Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais)
Termos em que aguarda o deferimento.
Cabo Frio, 08 de março de 2021.
___________________________________________________
JOSÉ DOS SANTOS 
OAB/RJ nº000000

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