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ATIVIDADE AVALIATIVA PROCESSO CONHECIMENTO II - A1 2021-2-1

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PROCESSO DE CONHECIMENTO II
ATIVIDADE AVALIATIVA PARA A1 - 2021-2
CASOS
CASO 01: GUGU é um profissional especializado e ajuizou ação contra o CONSELHO REGIONAL autarquia que fiscaliza a sua atividade profissional no Estado do RIO DE JANEIRO, visando suspender os pagamentos das anuidades devidas ao Conselho Regional do RJ, dos anos de 2020 e 2021, em virtude da pandemia da COVID 19, que proporcionou diversas dificuldades para que os profissionais prestassem seus serviços e auferissem renda para o próprio sustento.
O CONSELHO FEDERAL, autarquia responsável por disciplinar e coordenar a atuação dos Conselhos Estaduais, requereu o seu ingresso no processo, afirmando que, embora os recursos advindos dos pagamentos das anuidades constituíssem patrimônio exclusivo dos Conselhos Regionais, se a demanda fosse julgada procedente, estabeleceria orientação judicial apta a estimular outros profissionais, nos diversos Estados da Federação, a buscarem a mesma solução, o que poderia interferir no equilíbrio econômico dos Conselhos Regionais, prejudicando a atividade de fiscalização por eles exercidas e que é disciplinada pelo Conselho Federal.
O ingresso do Conselho Federal no processo foi deferido pelo juiz.
Proferida a sentença de procedência, o Conselho Regional manifestou-se no sentido de que não iria recorrer, porém o Conselho Federal apresentou apelação postulando a reforma da sentença.
Considerando o acima narrado:
a) O juiz agiu corretamente ao deferir o pedido de assistência formulado pelo CFC?
Sim. O Conselho Federal se enquadra como pessoa jurídica de direito público, nos termos do art. 5º, parágrafo único, da Lei 9469/97 c/c com art. 41 do Código Civil, exercendo intervenção anômala bem como assistência nos termos do art. 119 do CPC e, portanto, poderá intervir independente da demonstração de interesse jurídico nas causas cuja decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos, de natureza econômica por força do art. 5º, parágrafo único, da lei supracitada.
b) Na perspectiva de que o ingresso do Conselho Federal no processo seja cabível, a apelação apresentada pelo Conselho Federal deveria ter prosseguimento?
Sim. Ainda de acordo com art. 5º, parágrafo único, da Lei 9469/97, as pessoas jurídicas de direito público poderão intervir e recorrer.
CASO 02: Um Estado da Federação concedeu isenção de tributos para que uma específica empresa multinacional farmacêutica fosse instalada em seu território. 
Dois anos depois da instalação e funcionamento da multinacional, o Ministério Público ajuizou ação, visando fosse declarada a invalidade da isenção conferida.
A Associação das Distribuidoras de Medicamentos do mencionado Estado requereu o seu ingresso no processo, como amicus curiae, alegando que se a isenção fosse declarada inválida, os produtos vendidos pela empresa farmacêutica teriam os seus preços majorados e, portanto, as Distribuidoras filiadas à Associação, que compram tais medicamento para revender, teriam significativo prejuízo. 
A intervenção foi indeferida.
A Associação das Distribuidoras de Medicamentos interpôs recurso da decisão que não admitiu o seu ingresso no feito.
O juiz agiu corretamente ao indeferir o requerimento de ingresso da Associação no processo? 
O Tribunal deve acolher o recurso da Associação?
Sim, o juiz agiu corretamente ao indeferir o requerimento de ingresso da Associação como “amicus curiae”, pois para figurar nesta modalidade não pode haver interesse jurídico, o que faria o ingresso como assistente necessário, e nem interesse patrimonial.
Não, a decisão de aceite ou não do amicus curiae é irrecorrível, nos termos do art. 138, § 1º, do CPC, onde elucida que não se admite interposição de recursos para a modalidade.

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