Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Hemofilias As manifestações clínicas da hemofilia A e B são indistinguíveis. A maior parte dos pacientes com hemofilia A (70%) possui a forma grave, com uma atividade do fator VIII menor do que 1% do normal. Os 30% restantes dividem-se entre as formas moderada (atividade entre 1-5%) e leve (entre 5-30%). Na hemofilia B, a forma grave responde por 20-45% dos casos. Manifestações clínicas Hemofilias HEMARTROSE Monoartrite de grandes articulações. A articulação mais frequentemente acometida é o joelho, seguida do cotovelo, tornozelo e quadril. Esta hemorragia é proveniente dos capilares subsinoviais e provoca edema e dor intensa. A articulação encontra-se inflamada, semifletida, com eritema e apresenta difícil mobilização. Os sangramentos recorrentes e mal controlados podem levar ao espessamento da sinóvia e dano à cartilagem articular. Estes eventos, somados à subluxações que ocorrem com a deambulação, podem ocasionar anquilose e deformidade articular permanente A ressonância magnética é o exame de eleição para avaliar com precisão tais alterações Geralmente, a reposição do fator de coagulação e o repouso articular ajudam a reabsorção do sangue na cavidade. A punção do espaço articular não deve ser realizada pelo risco de infecções (a não ser em caso de dúvida diagnóstica). Hemofilias Outras manifestações incluem hematomas intramusculares hematomas retroperitoneais hematomas do psoas sangramento gastrointestinal e geniturinário hemorragia intracraniana (10% dos pacientes, mortalidade de 30%) hematoma orofaríngeo pseudotumores Manifestações clínicas Hemofilias A realização de exames pode surgir em duas situações: ou por existência de um caso de hemofilia, particularmente se o pai tem hemofilia ou se a mãe é portadora, ou pela presença de sinais e sintomas na criança que façam suspeitar da doença. Quando se trata de hemofilia grave o diagnóstico acaba por ser mais simples, uma vez que os sinais surgem, habitualmente, numa fase mais precoce. Os sinais mais frequentes são a presença de hematomas, sangramentos excessivos na sequência de procedimentos simples como por exemplo, a vacinação. Hemofilia leve ou moderada: o diagnóstico pode ser mais tardio, já que os sinais e sintomas são mais discretos. Nestes casos, podem ocorrer sangramentos anormais na sequência de um trauma ou de uma cirurgia, que façam suspeitar de um distúrbio hemorrágico. Nas mulheres, as menstruações com fluxo sanguíneo abundante e prolongado também podem ser motivo de suspeita de distúrbio hemorrágico. Diagnóstico Hemofilias Laboratório da hemofilia (seja A ou B) revela apenas um distúrbio da via intrínseca da coagulação, ou seja, um PTTa alargado, na ausência de outras alterações nas provas hemostáticas. O Tempo de Coagulação (TC) também pode se alterar, porém este teste é muito menos fidedigno do que o PTTa. O diagnóstico é confirmado pelo ensaio específico para os fatores VIII e IX, para diferenciar a hemofilia A da hemofilia B, cuja terapêutica é bem diferente. Diagnóstico Crioprecipitado de fator VIII plasmático ou de fator VIII recombinante Tratamento hemofilia B Tratamento hemofilia A Crioprecipitado de fator IX plasmático ou de fator IX recombinante Hemofilias Profilaxia primária Tratamento de reposição administrado de maneira periódica e ininterrupta a longo prazo, após ocorrência da primeira hemartrose e antes dos 3 anos de idade Iniciar com 1 dose semanal, que pode ser escalonada a 2 ou 3 doses semanais na dependência da ocorrência de hemorragias com a dose atual População-alvo: somente pacientes com hemofilia grave Profilaxia secundária Curta duração: reposição administrado de maneira intermitente por tempo determinado, em geral, de 3 a 12 meses, para tratamento de sangramentos frequentes e complicações População-alvo: todos os pacientes com hemofilia, todas as formas Longa duração: reposição administrado de maneira periódica e ininterrupta a longo prazo (> 45 semanas por ano), iniciada após duas ou mais hemartroses ou após os dois anos de idade. População-alvo: somente para pacientes com hemofilia grave Tratamento profilático Hemofilias Profilaxia terciária Tratamento regular e contínuo iniciado após o começo de doença articular documentada por exame físico ou plano radiográfico das articulações afetadas Objetivo de impedir efeitos clínicos da artropatia e prevenir outras complicações A prática de esportes fortalece os músculos e articulações permitindo assim, prevenir hemorragias. Tratamento profilático Tratamento complementar
Compartilhar