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Curso de feridas e curativos

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Curso de feridas e curativos
Professor:
Centro de Educação e 
Capacitação Profissional - CECP
@cecpcursos cecpcursos@gmail.com (84) 9 8717-6414 
99213-0139
Curso de feridas e curativos
I MÓDULO
Anatomia e fisiologia da 
pele;
Feridas;
Fisiologia da cicatrização;
Tipos de cicatrização.
II MÓDULO
Avaliação e 
caracterização das 
feridas;
Curativos;
Curativo ideal.
III MÓDULO
Tratamento de feridas;
Limpeza;
Desbridamento;
Controle de exsudato;
Coberturas;
Termos técnicos
 Agentes nocivos - são aqueles que podem trazer danos à saúde ou à 
integridade física.
 Angiogênese - crescimento de novos vasos sanguíneos.
 Antissepsia - conjunto de meios destinados a afastar ou destruir os 
germes patogênicos e impedir infecção.
 Aponeuroses - membrana que protege os músculos.
 Área lesada – área da lesão.
 Assepsia - ausência completa de germes patogênicos ou causadores 
de doenças.
 Avascular - Sem vasos, sem sangue.
 Colonização – presença de microrganismos em replicação mas sem 
resposta imunitária do hospedeiro.
Termos técnicos
 Contaminação - presença de microrganismos na superfície da ferida sem
replicação.
 Consistência mucoide - semelhante ao muco. Secreção viscosa.
 Desinfecção - utilização de substâncias para evitar a contaminação por
microrganismo.
 Endógenas -que se forma ou se produz no interior do corpo.
 Eritema - vermelhidão na pele.
 Excreção - eliminação para o exterior do organismo de secreções ou de
produtos residuais pelos canais excretores ou pelas vias naturais.
 Exógena -que é devido a causas externas. Que é produzido no exterior.
 Fáscia - faixa de tecido conjuntivo que envolve o músculo.
 Fluido extravascular - fluido que se localiza no exterior das célula.
Termos técnicos
 Hemostasia - interrupção de uma hemorragia por meios mecânicos, físicos ou
químicos.
 Infecção - presença de microrganismos em replicação e com invasão de tecidos
viáveis, provocando resposta do hospedeiro.
 Intumescido – tecido inchado, enrijecido.
 Modelos anatômicos - são planos hipotéticos usados para dividir o corpo humano de
forma a descrever a localização de estruturas ou a direção dos movimentos.
 Órgãos cavitários - que está situado numa cavidade.
 Pele perilesional – localizada ao redor de uma lesão.
 Rubor - vermelhidão de causa inflamatória da pele.
 Sero-hematomas - líquido com o aspecto e composição semelhante ao plasma.
Termos técnicos
 Tecido caloso - camadas espessas de pele onde ocorre atrito repetitivo.
 Tecido friável – tecido frágil, passível de sofrer fragmentação, esfacelamento,
podendo sangrar de forma espontânea ou com simples manipulação
 Tecido desvitalizado -tecido orgânico privado de vida; Tecido morto.
Curso de feridas e curativos
I MÓDULO
Anatomia e fisiologia da 
pele;
Feridas;
Fisiologia da cicatrização;
Tipos de cicatrização.
Anatomia e fisiologia da pele
O tegumento ou pele cobre a 
superfície do corpo 
protegendo-o das influências 
ambientais danosas;
É o maior órgão do corpo;
Primeira barreira de 
proteção.
Anatomia e fisiologia da pele
Consiste nas seguintes 
camadas:
Epiderme- camada externa;
Derme- camada interna;
Abaixo, localiza-se o Tecido 
Subcutâneo ou Hipoderme.
Anatomia e fisiologia da pele
➢Epiderme:
Camada fina;
Avascular;
Composta por três diferentes 
linhagens celulares: 
Os queratinócitos queratina
Os melanócitos melanina
As células de Langerhans
proteção contra patógenos.
Anatomia e fisiologia da pele
➢Derme
Possui uma rede de vasos 
sanguíneos (veias e 
artérias);
Nervos e terminações 
nervosas;
Glândulas sudoríparas e 
sebáceas.
Anatomia e fisiologia da pele
➢Hipoderme:
Composta por células 
adiposas;
Auxilia a isolar o corpo das 
variações extremas do meio 
ambiente e fixa a pele às 
estruturas subjacentes.
Anatomia e fisiologia da pele
➢Funções:
Proteção contra agentes nocivos químicos, físicos ou 
biológicos e contra a perda excessiva de água;
Regulação do calor através das glândulas sudoríparas 
e vasos sanguíneos;
Síntese de vitamina D;
Anatomia e fisiologia da pele
➢Funções:
Percepção sensorial (tato, calor, pressão e dor);
Excreção de íons;
Possibilita a identificação de pessoas, 
características faciais e cor da pele. 
Feridas
Qualquer lesão que provoque a 
descontinuidade do tecido 
corpóreo, impedindo suas funções 
básicas, podendo ser intencional 
(cirúrgica) ou acidental (trauma).
Feridas
Podem atingir desde a epiderme 
até estruturas mais profundas 
como fáscia, músculos, 
aponeuroses e órgãos cavitários. 
Fisiologia da cicatrização
A cicatrização da ferida pode ser definida 
como o processo fisiológico através do 
qual o organismo restaura e restabelece 
os tecidos lesionados. 
Fisiologia da cicatrização
A cicatrização tem como finalidade mobilizar as 
diferentes células do organismo do portador da 
lesão com funções destinadas ao combate à 
infecção, à limpeza da ferida e à sua reparação. 
Fases da cicatrização
Fase inflamatória
Duração: 1 a 4 dias
Características:
Presença de secreção (exsudato);
Edema (inchaço); Vermelhidão; Dor.
Nessa fase ocorre a liberação de 
mediadores químicos e a ativação do 
sistema de coagulação sanguínea.
Fases da cicatrização
Fase proliferativa
Duração: 5 a 20 dias
Características:
Formação do tecido de granulação.
As células se proliferam, resultando em 
rica vascularização e infiltração de 
macrófagos. Somados esses processos 
formam o tecido de granulação, parte 
essencial da cicatrização da pele. 
Fases da cicatrização
Fase de reparo
Duração: Pode durar meses
Características: O tom da nova pele 
passa de vermelho escuro para rosa 
claro.
O tecido formado na fase anterior é 
remodelado para aumentar a 
resistência. As fibras são realinhadas 
para melhorar o aspecto da cicatriz.
Classificação de feridas de acordo com o processo de 
cicatrização
➢Agudas
Decorrentes de cirurgias ou traumas, 
que respondem rapidamente ao 
tratamento e em geral cicatrizam sem 
complicações (lacerações, lesões por 
esmagamento, queimaduras);
Classificação de feridas de acordo com o processo de 
cicatrização
➢Crônicas
Cicatrização lenta, de longa duração, 
que apresentaram complicações no 
processo e sequência ordenada da 
reparação tecidual, podendo ser 
recorrentes (lesões por pressão, 
feridas neoplásicas, ulcera venosa e 
arterial).
Tipos de cicatrização
O processo de cicatrização de uma ferida 
pode ocorrer de três formas: 
Por primeira intenção;
Por segunda intenção;
Por terceira intenção.
Tipos de cicatrização
Cicatrização por primeira intenção:
Quando é possível fazer a junção 
dos bordos da lesão por meio de 
suturas ou qualquer outro tipo de 
aproximação;
Ex.: feridas cirúrgicas
Tipos de cicatrização
Cicatrização por segunda intenção:
Feridas com perdas extensas de 
tecido e grandes superfícies ou 
ferimentos infeccionados, onde 
não é possível fazer a junção das 
bordas.
Ex.: lesão por pressão, 
feridas traumáticas 
extensas
Tipos de cicatrização
Cicatrização por terceira intenção:
Ocorre quando há fatores que 
retardam o processo de 
cicatrização por primeira intenção 
e há necessidade de deixar a lesão 
aberta para drenagem ou para 
tratar uma infecção, sendo 
posteriormente suturadas.
Ex.: feridas cirúrgicas 
infeccionadas 
Curso de feridas e curativos
II MÓDULO
Avaliação e caracterização 
das feridas;
Curativos;
Curativo ideal;
Tipos de curativos.
Avaliação e classificação das feridas
A avaliação da ferida deve contemplar os 
seguintes aspectos:
1. Etiologia;
2. Localização;
3. Dimensões;
4. Exsudato;
5. Odor; 
6. Dor;
7. Tipo de tecido/leito da 
ferida;
8. Bordas da ferida e pele 
peri-lesional;
9. Sinais de colonização 
crítica/infeção;
10. Grau de contaminação.
Avaliação e classificação das feridas
1.Etiologia
Lesões cirúrgicas: 
-Produzidas por um 
instrumento cortante;
-Limpas;
-Com bordas ajustáveis;
-Passíveisde 
reconstrução.
Avaliação e classificação 
das feridas
1.Etiologia
Lesões traumáticas:
Provocadas 
acidentalmente por 
diversos agentes:
Mecânicos;
Químicos (por cosméticos, 
iodo, ácido sulfúrico);
Físicos (frio, calor, 
radiação).
Lacerantes:
Produzidas por rasgo 
tecidual que resulta 
em pequena abertura 
da pele. Possuem 
margens irregulares e 
com mais de um 
ângulo; 
Perfurantes: 
Produzidas por 
objetos que levam 
a pequenas 
aberturas na pele 
(faca, punhal, 
canivete). Há um 
predomínio da 
profundidade 
sobre o 
comprimento; 
Contusas: 
Produzidas por objeto 
rombo (martelo, 
marreta, cassetete) e 
caracterizadas por 
traumatismo das 
partes moles, 
hemorragia e edema. 
Lesão contusa
Lesão laceranteLesão perfurante
Lesão química por ácido sulfúrico
Lesão física por sólido aquecido
Avaliação e classificação 
das feridas
1.Etiologia
Lesões ulcerativas: 
Formadas pela morte e 
expulsão do tecido, resultantes 
de traumatismo ou doenças 
relacionadas com o impedimento 
do suprimento sanguíneo, 
podendo ser decorrentes de 
pressão, alterações vasculares 
e complicações do Diabetes 
Mellitus. 
Pé diabético
Lesão por pressão na região sacral
Avaliação e classificação 
das feridas
2.Localização
A localização de uma ferida pode ser 
um indicador da sua etiologia. 
Caracteristicamente existem feridas 
que se desenvolvem frequentemente 
em determinados locais anatômicos 
(lesões por pressão).
Lesão por pressão na região do 
calcâneo 
A localização da ferida deve basear-
se em modelos anatômicos e descrita 
com linguagem classificada e exata.
Ferida cirúrgica na região 
anterolateral do pescoço
Avaliação e classificação das feridas
3.Dimensão
A caracterização de uma ferida de 
acordo com as suas dimensões deve 
abordar: comprimento, largura e 
profundidade, esses aspectos 
fornecem de maneira objetiva os 
parâmetros que indicam a evolução 
cicatricial.
Avaliação e classificação 
das feridas
3.Dimensão
A medição do comprimento e da 
largura pode ser realizada 
através da utilização da régua 
em centímetros, localizando-a 
da maior extensão na vertical e 
maior extensão na horizontal, 
sempre mantendo a régua em 
ângulo reto.O registro da largura e do 
comprimento da área da ferida 
é medida em cm2, onde se 
multiplica a maior largura pelo 
maior comprimento. O 
comprimento é a medida no 
sentido vertical, e a largura 
consiste na medida horizontal.
Avaliação e classificação 
das feridas
3.Dimensão
Para a mensuração da profundidade 
é indicado inserir uma seringa de 
insulina estéril, sem agulha, no 
ponto mais fundo da ferida ou uma 
pinça estéril, efetuando-se uma 
marca na seringa ou pinça no nível 
da margem da ferida, para 
posteriormente ser comparada à 
régua.
Avaliação e classificação das feridas
4.Exsudato
Fluido extravascular resultante do 
processo inflamatório contendo uma 
variada concentração de células. 
O exsudato deve ser caracterizado quanto 
à sua cor, quantidade e consistência.
Avaliação e classificação 
das feridas
4.Exsudato
Cor:
Seroso (cor clara);
Sanguinolento 
(vermelho);
Serossanguinolento
(varia de vermelho claro 
para rosa);
Purulento (amarelo, 
marrom ou verde) . 
Avaliação e classificação das feridas
4.Exsudato
Quantidade:
Pouco;
Moderado;
Abundante.
Consistência:
Fluido;
Espesso;
Purulento.
Avaliação e classificação das feridas
5.Odor
A presença de odor poderá ser indicativa 
do seu estado de colonização ou infeção.
O odor classifica-se como 
presente ou ausente.
Avaliação e classificação das feridas
6.Dor
A dor será avaliada em escala 
numérica, sendo 0 a ausência 
de dor e 10 a pior dor
sentida e referenciado pelo 
paciente.
O controle da dor deve ser 
considerado como elemento 
primordial no tratamento de
feridas, pois interfere 
diretamente na adesão ao 
tratamento.
Avaliação e classificação das feridas
7.Tipo de tecido/leito da ferida
O leito de uma lesão e o tipo de 
tecido presente, são geralmente 
indicativos da fase da 
cicatrização, bem como evolução e 
eficácia do tratamento quando já 
instituído.
Avaliação e classificação das feridas
7.Tipo de tecido/leito da ferida
Tecido viável: 
Tecido formado no processo de cicatrização, 
com objetivo de reconstituição da área 
lesada, apresentando tecido vermelho vivo 
(tecido de granulação) característico de 
tecido conjuntivo altamente vascularizado.
Avaliação e classificação das feridas
7.Tipo de tecido/leito da ferida
Tecido viável: 
Granulação:
Tecido avermelhado
umedecido e firme, 
indicativo de boa 
evolução do processo 
cicatricial.
Avaliação e classificação das feridas
7.Tipo de tecido/leito da ferida
Tecido viável: 
Epitelização:
Tecido de cor rosada, 
indicativo de 
encerramento da ferida, 
geralmente surge a 
partir das margens. 
Avaliação e classificação das feridas
7.Tipo de tecido/leito da ferida
Tecido inviável:
Tecido desvitalizado (morto), 
geralmente composto por 
necrose ou esfacelo, 
relacionado aos diferentes 
níveis de morte tecidual. 
Avaliação e classificação das feridas
7.Tipo de tecido/leito da ferida
Tecido inviável:
Necrose:
Geralmente de cor preta, 
indicativo de desvitalização
e que pode ter
consistência dura (necrose 
seca/escara) ou mole 
(necrose úmida).
Avaliação e classificação das feridas
7.Tipo de tecido/leito da ferida
Tecido inviável:
Esfacelo:
Tecido necrosado de 
consistência delgada, 
mucoide de coloração 
amarela ou acastanhada, 
podendo estar aderida ao 
leito e margens da ferida ou 
frouxamente ligada ao leito.
Avaliação e classificação das feridas
8.Bordas da ferida
As condições das bordas da ferida e 
pele peri-lesional são importantes 
para o seu processo de cicatrização. 
Uma pele circundante íntegra 
favorece a epitelização e 
encerramento da ferida, bem como 
peles com alterações prejudicam o 
processo cicatricial.
Avaliação e classificação das feridas
8.Bordas da ferida
Principais alterações:
Maceração: 
Resultado de umidade 
excessiva (exsudato) nas 
superfícies epiteliais, 
conferindo ao tecido 
perilesional aspecto 
esbranquiçado e intumescido.
Avaliação e classificação das feridas
8.Bordas da ferida
Principais alterações:
Inflamação: 
Sinais evidentes de 
dor, calor e rubor na 
pele adjacente à 
ferida;
Avaliação e classificação das feridas
8.Bordas da ferida
Principais alterações:
Hiperqueratose: 
Espessamento excessivo da 
pele com formação de tecido 
caloso, causado por atrito 
frequente. Este espessamento 
contribui diretamente no 
aumento do leito da lesão se 
não removido.
Avaliação e classificação das feridas
9. Sinais de infecção
As feridas estão naturalmente 
colonizadas, mas estados de colonização 
crítica e infecção atrasam, estagnam ou 
impedem o processo de cicatrização, 
podendo ter consequências sistêmicas 
graves se não controlados.
Avaliação e classificação das feridas
9. Sinais de infecção
Estados de colonização crítica e infecção 
podem apresentar os seguintes sinais:
Aumento da quantidade de exsudado e 
alterações das suas características;
Odor;
Dor;
Alterações de coloração do tipo de 
tecido / leito da ferida;
Tecido de granulação friável;
Eritema, rubor, aumento da 
temperatura local;
Atraso / estagnação do processo 
de cicatrização.
Avaliação e classificação das feridas
10. Grau de contaminação
Limpas ou assépticas:
Não apresentam sinais de 
infecção e feitas em 
condições assépticas. 
Probabilidade de infecção é 
baixa, em torno de 1 a 5 %.
Exemplo: feridas 
produzidas em ambiente 
cirúrgico; 
Avaliação e classificação das feridas
10. Grau de contaminação
Limpa contaminada:
Tecidos colonizados por flora 
bacteriana pouco numerosa, 
sem processo infeccioso.
Exemplo: acidente doméstico, 
situações cirúrgicas em que 
houve contato com o sistema 
gastrointestinal, respiratório 
ou genitourinário.
Avaliação e classificação das feridas
10. Grau de contaminação
Contaminada:Tecidos colonizados por flora 
bacteriana considerável, mas 
não virulenta.
Exemplo: feridas cirúrgicas 
em que há quebra na assepsia 
ou quando ultrapassa o limite 
de tempo; feridas traumáticas 
com mais de 6 horas. 
Avaliação e classificação das feridas
10. Grau de contaminação
Infectada:
Potencialmente colonizadas 
por detritos ou 
microrganismos, evidencia 
sinais de infecção como 
tecido desvitalizado, 
exsudação purulenta e odor 
característico.
Curativos
O curativo é o tratamento clínico mais 
frequentemente utilizado para o 
tratamento de feridas 
O curativo é a proteção da lesão contra a ação 
de agentes externos físicos, mecânicos ou 
biológicos. Compreende o processo de limpeza e 
aplicação de uma cobertura estéril em uma 
ferida, quando necessário, com a finalidade de 
promover a rápida cicatrização e prevenir a 
contaminação e infecção. 
Curativos
Finalidades:
✓ Remover corpos estranhos; 
✓ Reaproximar bordas separadas; 
✓ Proteger a ferida contra contaminação e infecções;
✓ Promover hemostasia; 
✓ Fazer desbridamento mecânico, enzimático ou 
autolítico, se necessário; 
Curativos
Finalidades:
✓ Absorver secreções; 
✓ Manter a umidade da superfície da lesão; 
✓ Fornecer isolamento térmico; 
✓ Promover a cicatrização da lesão, limitar a 
movimentação dos tecidos em torno da lesão;
Curativos
Finalidades:
✓ Diminuir a intensidade da dor, além do conforto 
psicológico proporcionado, pois impede o paciente 
do contato visual com a lesão; 
✓ Preencher espaços mortos e evitar a formação de 
sero-hematomas; 
✓ Favorecer a aplicação de medicação tópica. 
Curativos
Curativo ideal
➢ Limpar a ferida;
➢ Proteger a ferida de traumatismo mecânico;
➢ Manter o meio úmido;
➢ Prevenir contaminação exógena;
➢ Absorver secreções;
➢ Imobilizar o membro afetado;
Curativos
Curativo ideal
➢ Promover o conforto físico e psicológico do paciente;
➢ Realizar o desbridamento da ferida, quando 
necessário;
➢ Promover isolamento térmico;
➢ Permitir a troca gasosa;
➢ Permitir sua remoção sem causar traumas na ferida e 
pele ao redor. 
Curativos
Tipos de curativos
Curativo Simples: 
Realizado por meio da 
oclusão com gaze estéril 
no local do ferimento, 
mantendo-a seca e limpa, 
fixando somente nas 
bordas. Neste curativo 
não pode haver drenagem 
de secreções. 
Curativos
Tipos de curativos
Curativo Oclusivo: 
Cobertura total da lesão 
com gaze estéril, 
evitando o contato com o 
meio externo, a fixação 
deve ser total. 
Geralmente apresentam 
drenagem de secreções. 
Curativos
Tipos de curativos
Curativo Aberto: 
Realizar a limpeza da 
lesão mantendo-a exposta 
ao meio externo.
Ex.: Feridas cirúrgicas 
após 24h, escoriações, 
queimaduras de 1° grau.
Curativos
Tipos de curativos
Curativo Compressivo: 
Promove a hemostasia 
no local do ferimento, 
evitando a hemorragia. 
Se possível envolver o 
local com atadura.
Curativos
Material para a realização 
do curativo
➢ Equipamentos de Proteção 
Individual- EPI:
✓ Jaleco;
✓ Luva de procedimento/estéril;
✓ Máscara;
✓ Gorro;
✓ Óculos. 
Curativos
Material para a realização 
do curativo
➢ Soro Fisiológico 0,9%; 
➢ Gaze estéril;
➢ Luvas de procedimento;
➢ Luvas estéreis; 
Curativos
Material para a realização 
do curativo
➢ Micropore ou esparadrapo;
➢ Ataduras, se indicado;
➢ Tesoura ou lâmina de 
bisturi; 
➢ Agulha 40 x 12 mm;
➢ Cobertura adequada
Curativos
Etapas do procedimento:
1. Lavar as mãos antes e após cada curativo, mesmo que 
seja em um mesmo paciente, ou realizar antissepsia com 
álcool gel; 
2. Utilizar Gorro e máscaras; 
3. Verificar data de esterilização nos pacotes utilizados 
para o curativo; 
4. Separar material e cobertura a ser utilizada; 
Curativos
5.Apoiar material sobre a mesa auxiliar ou carrinho de 
curativo. O mesmo deve sofrer desinfecção após cada 
uso; 
6.Expor a ferida o mínimo de tempo para não baixar 
temperatura; 
Etapas do procedimento:
Curativos
7.Se as gazes estiverem aderidas na ferida, 
umedecê-las antes de retirá-las; 
8. Usar luvas de procedimentos em todos os 
curativos, quando utilizar pacotes de curativos 
(pinças, bisturi, tesoura estéreis); 
Etapas do procedimento:
Curativos
9. Utilizar luvas estéreis em curativos de 
cavidades ou quando houver necessidade de 
contato direto com a ferida ou com o material que 
irá entrar em contato com a ferida, utilizar 
técnica mantendo uma luva estéril e outra não 
estéril para manuseio do material; 
Etapas do procedimento:
Curativos
10.Se houver mais de uma ferida, iniciar pela menos 
contaminada; 
11. Quando for trocar vários curativos no mesmo 
paciente, deve iniciar pelos de incisão limpa e fechada, 
seguindo-se de ferida aberta não infectada, drenos e 
por último as colostomia e fístulas em geral; 
Etapas do procedimento:
Curativos
12. Lavar a ferida com Soro fisiológico em jato; 
13. Limpar pele ao redor e secar; 
14. Avaliar características da ferida e exsudato; 
15. Escolher a cobertura (enfermeiro) e/ou seguir 
a prescrição; 
16. Fixar curativo com micropore ou atadura; 
Etapas do procedimento:
Curso de feridas e curativos
III MÓDULO
Tratamento de feridas;
Limpeza;
Desbridamento;
Controle de exsudato;
Coberturas.
Tratamento de feridas
A escolha da terapia adequada para o 
tratamento de feridas consiste em um processo 
sequencial com fatores intimamente 
interligados. Para que o tratamento de uma lesão 
ocorra de maneira efetiva, devem-se seguir as 
técnicas corretas do procedimento, após a 
avaliação da lesão. 
Tratamento de feridas
LIMPEZA:
Ato de tirar sujidades.
A limpeza das feridas é a remoção do tecido
necrótico, da matéria estranha, do excesso de 
exsudato, dos resíduos de agentes tópicos e
dos microrganismos existentes nas feridas 
objetivando a promoção e preservação do tecido
de granulação.
Tratamento de feridas
LIMPEZA:
A técnica de limpeza ideal para a ferida 
é aquela que respeita o tecido de
granulação, preserva o potencial de 
recuperação, minimiza o risco de trauma 
e/ou infecção.
Tratamento de feridas
LIMPEZA:
O método de limpeza do leito 
da ferida mais eficaz é a 
irrigação com pressão com 
jatos de soro fisiológico a
0,9% morno (em torno de 
37ºC). As soluções de limpeza 
frias podem retardar o normal 
processo de cicatrização até 4 
horas.
Tratamento de feridas
LIMPEZA:
Minimizar traumas:
- Não esfregar ferida 
granulada;
- Não usar sabão ou 
antisséptico para 
limpar a ferida;
- Limpar através da 
irrigação com soro.
Retirar partículas:
-Fragmentos de gazes;
- Fios de cabelos, 
entre outros;
- Esses fragmentos 
prolongam a fase 
inflamatória da 
cicatrização.
Tratamento de feridas
DESBRIDAMENTO:
É o conjunto de mecanismos 
fisiológicos ou externos dirigidos à
remoção de tecidos necróticos 
presentes na ferida.
Médico ou enfermeiro.
Tratamento de feridas
DESBRIDAMENTO:
A presença de tecido desvitalizado/necrosado no leito 
da ferida constitui uma barreira
mecânica ao processo de cicatrização, pois favorece o 
crescimento bacteriano, aumentando o risco
de infeção, e mascara as reais dimensões da ferida e 
sua consequente avaliação.
Médico ou enfermeiro.
Tratamento de feridas
DESBRIDAMENTO:
Autolítico:
Auto degradação do tecido 
necrótico pela ação de 
enzimas endógenas por meio 
de um ambiente úmido. Trata-
se de um método seletivo e
indolor. É indicado o uso de 
coberturas que retenham a 
umidade no leito da lesão.
Principais tipos:
Tratamento de feridas
DESBRIDAMENTO:
Desbridamento enzimático:
Aplicação local de enzimas 
exógenas (por exemplo, 
colagenase) que degradam a 
fibrina e o colágeno, promovendo 
a separação do tecido necrótico. 
A pele perilesional deve ser 
protegida com produto barreira 
dado o risco de maceração.
Principais tipos:
Tratamento de feridas
DESBRIDAMENTO:
Desbridamento mecânico:
Remoção do tecido 
desvitalizado do leito da 
ferida com o uso da força 
física. Pode ser usada 
fricção com gaze,irrigação 
com jato de soro e curativo
úmido seco.
Principais tipos:
Tratamento de feridas
DESBRIDAMENTO:
Desbridamento
instrumental:
Remoção do tecido inviável 
com uso de lâmina de bisturi, 
pinças e tesoura. E ́ um 
método rápido, seletivo e que 
pode ser associado a outros 
tipos de desbridamento
(enzimático ou autolítico).
Principais tipos:
Tratamento de feridas
DESBRIDAMENTO:
Desbridamento cirúrgico:
Remoção completa do 
tecido necrótico, realizado 
em contexto de bloco 
operatório sob anestesia.
Principais tipos:
Tratamento de feridas
CONTROLE DE EXSUDATO:
O excesso de exsudado tem um impacto 
negativo no processo de cicatrização, pois está 
demonstrado que feridas extremamente 
exsudativas cicatrizam mais lentamente 
quando comparadas com as que apresentam 
menos exsudatos.
Tratamento de feridas
CONTROLE DE EXSUDATO:
A complicação mais frequente do excesso de 
exsudato é a maceração da pele perilesional,
que pode culminar com um aumento do 
tamanho da ferida.
Deve-se reduzir ao mínimo o contato do 
exsudato com a pele perilesional utilizando 
coberturas com elevada capacidade de 
absorver o exsudato.
Coberturas
A cobertura de uma ferida compreende todo 
material, substância ou produto que se aplica 
sobre a lesão como finalização do curativo, 
com a finalidade de cobrir, proteger, manter o 
meio úmido, desbridar e promover a 
cicatrização.
Ácido Graxo Essencial (AGE):
Loção oleosa a base de ácidos 
graxos essenciais (AGE) e 
vitaminas que revitaliza a pele. 
Possui ação hidratante e 
mantém o equilíbrio hídrico
Principais tipos de coberturas:
Benefícios Indicações Contraindicações Frequência 
de troca
Técnica de uso
-Mantém o meio 
úmido; 
-Promove 
angiogênese; 
-Acelera o 
processo de 
granulação 
tecidual; 
-Auxilia o 
desbridamento 
autolítico; 
-Pode ser usado 
em qualquer fase 
de cicatrização. 
-Prevenção de 
Lesão Por 
Pressão; 
-Feridas com 
tecido de 
granulação. 
-Pode ocorrer 
hipersensibilidade; 
- Feridas com necrose 
e /ou infecção 
-Trocar no 
máximo a 
cada 24 h ou 
sempre que o 
curativo 
secundário 
estiver 
saturado. 
1 - Realizar a 
limpeza do leito da 
lesão com S.F. 
0,9%; 
2 - Remover 
sujidades e 
exsudato, se 
necessário; 
3 - Aplicar fina 
camada de AGE 
sobre o leito da 
lesão e ocluir com 
gaze não 
aderente; 
4 - Realizar 
cobertura 
secundária.
Alginato de Cálcio: 
Curativo altamente absorvente
composto de alginato de cálcio 
e carboximetilcelulose sódica. 
No contato com o exsudato da 
ferida, o curativo se torna um gel 
macio e coeso, promovendo a 
otimização do meio úmido. 
Apresentação em placa ou fita. 
Pode estar associado ao sódio 
e/ou à prata
Benefícios Indicações Contraindicações Frequência de 
troca
Técnica de uso
-Absorve 
grande 
quantidade 
de exsudato;
-Auxilia no 
desbridamen
to autolítico; 
-Promove 
hemostasia 
em lesões 
sangrantes.
-Feridas 
exsudativas 
moderadas a 
altas; 
-Feridas com ou 
sem 
sangramentos;
-Áreas 
doadoras de 
enxerto;
-Feridas 
cavitárias em 
geral; 
-Desbridamento 
de pequenas 
áreas de 
necrose de 
liquefação.
-Não utilizar em 
feridas secas ou com 
pouco exsudato; 
-Prevenção de Lesão 
Por Pressão;
-Grandes 
queimados. 
- Não utilizar sobre 
ossos e tendões. 
-Feridas 
infectadas: no 
máximo a cada 
24 h. 
-Feridas limpas 
com 
sangramento: a 
cada 48h ou 
quando 
saturado; 
-Em outras 
situações deverá 
ser considerada 
a saturação do 
curativo 
secundário e 
aderência da 
cobertura no 
leito da ferida.
1- Realizar a limpeza 
do leito da lesão 
com S.F. 0,9%; 
2- Secar suavemente 
a pele ao redor da 
lesão;
3- Remover 
sujidades, exsudato e 
tecido desvitalizados, 
se necessário;
4- Cortar placa ou 
fita do tamanho 
exato do leito da 
ferida com tesoura 
estéril.
5- Ocluir com uma 
cobertura 
secundária 
absorvente estéril;
Carvão Ativado:
O carvão tem efeito 
desodorizante porque adsorve à 
superfície as moléculas 
responsáveis pelo mau odor. 
Quando associado à prata está 
indicado para feridas infetadas 
pelo efeito antimicrobiano da 
prata. Em associação com 
alginatos são úteis em feridas 
exsudativas pelo seu poder de 
absorção.
Benefícios Indicações Contraindicações Frequência 
de troca
Técnica de uso
-Absorção; 
-Controla o 
odor;
- Reduz flora 
bacteriana 
pela ação 
da prata.
-Feridas 
infectadas 
com ou sem 
odor; 
-Feridas 
profundas 
com 
exsudação 
moderadas à 
abundante.
-Feridas limpas; 
-Queimaduras; 
-Feridas pouco 
exsudativas, 
hemorrágicas ou 
com necrose de 
coagulação/escara.
-A saturação do 
tecido de 
carvão ativado 
acontece, em 
média, em 3 a 4 
dias, podendo 
ficar no leito até 
7 dias.
-Estabelecer 
necessidade de 
troca do 
curativo 
secundário 
conforme 
avaliação do 
profissional que 
acompanha o 
curativo.
1- Realizar a limpeza do 
leito da lesão com S.F. 
0,9%; 
2-Aplique a cobertura 
diretamente no leito da 
ferida, modelando para 
que suas propriedades 
absorventes sejam 
eficazes
3-Não pode ser 
recortado em hipótese 
alguma, apenas 
modelado ou dobrado;
4-Dependendo do nível 
de exsudato, pode ser 
colocado um curativo
secundário absorvente 
sobre ele.
Colagenase:
A colagenase é uma enzima 
exógena com funções 
reconhecidas no 
desbridamento enzimático
de tecido necrosado.
Atua por destruição da fibrina, 
colágeno e elastina, 
separando o tecido necrótico 
do tecido viável.
Apresenta-se sob forma de 
pomada.
Benefícios Indicações Contraindicações Frequência 
de troca
Técnica de uso
-Mantém o 
meio úmido; 
-Promove o 
desbridamento 
enzimático 
suave.
-Feridas com 
tecido 
desvitalizado.
-Pacientes sensíveis às 
enzimas da fórmula;
-Tecido de 
granulação.
-A cada 24 
horas.
1- Realizar a limpeza 
do leito da lesão com 
S.F. 0,9%; 
2-Aplicar a pomada 
sobre o tecido 
desvitalizado evitando 
o contato com o 
tecido de 
granulação.
3. Aplicar gaze úmida 
com SF 0,9% ou AGE 
sobre a colagenase. 
- Necessário proteger 
a pele ao redor da 
ferida. 
Hidrocolóide:
Consiste de uma película (filme)
semipermeável de poliuretano 
(permite a respiração celular), 
contendo um componente 
absorvente e formador de gel.
Em contato com o exsudato da 
ferida, é formado um gel, de 
cor e odor característicos, que 
promove o desbridamento 
autolítico. Possuem uma baixa 
a moderada capacidade de 
absorção do exsudado.
Benefícios Indicações Contraindicações Frequência 
de troca
Técnica de uso
- Mantém o 
meio úmido; 
-Promove 
desbridamento 
autolítico;
- Reduz o risco 
de infecção, 
pois atua 
como barreira 
térmica, 
microbiana e 
mecânica; 
-Reduz atrito.
-Prevenção 
ou tratamento 
de LPP não 
infectadas;
-Feridas 
abertas e 
planas com 
pouca a 
moderada 
exsudação; 
-Feridas muito 
exsudativas; 
-Feridas infectadas; 
-Feridas cavitárias; 
-Região sacral em 
caso de 
incontinência fecal e 
urinária; 
-Indivíduos sensíveis 
aos componentes do 
produto. 
Trocar no 
máximo a 
cada 7 dias, 
sempre que 
houver 
saturação da 
cobertura ou 
quando o 
curativo 
descolar.
1- Higienize a ferida 
com solução 
fisiológica ou qualquer 
outro produto indicado 
para limpeza de 
feridas;
2- Secar a pele ao 
redor da ferida;
3- Coloque o curativo 
sobre a ferida 
modelando e fixando-
o, excedendo em pelo 
menos 2 cm das 
bordas;
4- Pressione levemente 
o curativo com as 
mãos para garantir 
uma maior 
durabilidade; 
Hidrofibra:
Composto de 
carboximetilcelulose sódica. 
Tem a função de inativar as
bactérias retiradas do leito da 
ferida e retidas dentro da fibra 
do curativo, promovendo uma 
barreira antimicrobiana que 
protege o leito da ferida.
Apresentação em placa ou fita. 
Pode estar associado à prata. 
Benefícios Indicações Contraindicações Frequência 
de troca
Técnica de uso
-Mantém o 
meio úmido; 
-Favorece o 
desbridamentoautolítico;
-Absorve 
grande 
quantidade de 
exsudato; 
-Reduz a dor e 
o trauma no 
momento da 
troca;
-Feridas com 
moderada a 
grande 
quantidade 
de exsudato;
-Feridas 
infectadas ou 
com risco de 
infecção;
-Úlceras 
vasculares, 
diabéticas e 
LPP; 
-Queimaduras 
de espessura 
parcial (2ª 
grau);
-Feridas secas; 
-Sensibilidade aos 
componentes do 
produto.
-Feridas limpas: 
até 7 dias; 
-Feridas 
infectadas: no 
máximo 3 dias; 
-Com prata: 
remover 
somente por 
vazamento, 
sangramento 
excessivo, dor 
ou em no 
máximo 7 dias. 
1- Higienize a ferida 
com solução fisiológica 
ou qualquer outro 
produto indicado para 
limpeza de feridas;
2- Aplique a cobertura 
de forma que a borda 
do curativo ultrapasse 
a borda da ferida em 
pelo menos 1 a 2 cm 
em todos os lados. 
Pode ser recortado. 
3- Ocluir a cobertura 
secundária apropriada 
e observar nível de 
exsudação.
-Não deve ser 
associado com 
produtos à base de 
óleo. 
Hidrogel:
Compostos essencialmente 
por água (70% a 90%) e 
outros sistemas cristalinos de
polissacarídeos e polímeros 
sintéticos, com capacidade 
de doação de umidade, 
promove absorção de 
exsudato e realiza
o desbridamento seletivo.
Pode estar associado ao 
Alginato.
Benefícios Indicações Contraindicações Frequência 
de troca
Técnica de uso
-Mantém o 
meio úmido; 
-Promove o 
desbridament
o autolítico.
-Feridas secas 
ou pouco 
exsudativas;
-Tecidos 
desvitalizados 
em feridas 
abertas; 
-Áreas 
doadoras de 
pele; 
-Queimaduras 
de 1º e 2º 
graus; 
Desbridamento 
leve de 
esfacelo e de 
necrose de 
coagulação 
(escara).
-Feridas com 
exsudato em média 
ou grande 
quantidade; 
-Pele íntegra;
-Queimaduras de 
terceiro grau; 
- Sensibilidade aos 
componentes do 
produto.
-Troca em até 
48 horas. 
-Feridas 
infectadas: no 
máximo a cada 
24 horas. 
1- Higienize a ferida 
com solução 
fisiológica ou qualquer 
outro produto 
indicado para limpeza 
de feridas;
2- Aplique o Hidrogel
diretamente no leito 
da ferida;
3- Coloque um 
curativo de cobertura 
secundário sobre a 
ferida;
Papaína:
Composta de enzimas 
proteolíticas do látex do 
mamão papaia. Promove a 
dissociação das moléculas 
de proteína (desbridamento
químico). Possui ação 
antiinflamatória, bactericida 
e bacteriostático. 
Benefícios Indicações Contraindicações Frequência 
de troca
Técnica de uso
-Promove 
desbridamento 
químico/
enzimático; 
-Bactericida e 
bacteriostático
. 
-Lesões com 
presença de 
granulação 
(concentração 
2%); 
-Necrose de 
liquefação/ 
esfacelo (4-6%) 
-Necrose de 
coagulação/es
cara (8-10%); 
- Feridas secas 
ou exsudativas; 
-Planas e/ou 
cavitárias; 
-Feridas 
infectadas. 
-Sensibilidade aos 
componentes do 
produto; 
-Pacientes alérgicos 
à látex não devem 
utilizar a papaína. 
-Troca a cada
24 horas, antes 
se o curativo 
secundário 
estiver 
saturado. 
1- Realizar a limpeza 
do leito da lesão com 
S.F. 0,9%; 
2-Aplicar a papaína 
sobre o leito da ferida.
3. Aplicar gaze úmida 
com SF 0,9% ou AGE 
sobre a papaína. 
Sulfadiazina de Prata 1%: 
Creme dermatológico. É 
um agente antimicrobiano 
tópico na terapia de 
queimaduras, feridas
cirúrgicas, úlceras e 
escaras infectadas.
Benefícios Indicações Contraindicações Frequência 
de troca
Técnica de uso
-Valido por 24 
meses. 
-Fácil 
aplicação. 
-Feridas com 
grande 
potencial de 
infecção e 
risco de 
evolução para 
infecção 
generalizada; 
-Queimaduras; 
-Úlceras de 
perna, escaras 
de decúbito;
-Feridas 
cirúrgicas.
-Uso por gestantes no 
final da gestação, 
em crianças 
prematuras e recém-
natos nos dois 
primeiros meses de 
vida; 
-Pacientes alérgicos 
às sulfas e aos 
demais 
componentes da 
formulação. 
-Feridas secas 
ou pouco 
exsudativas: 
troca em até 
24 horas. 
-Feridas de 
muito 
exsudato: 
troca até 12h. 
1- Realizar a limpeza 
do leito da lesão com 
S.F. 0,9%; 
2-Aplicar a 
Sulfadiazina sobre o 
leito da ferida.
3. Aplicar gaze úmida 
com SF 0,9% ou AGE 
sobre a Sulfadiazina, 
se necessário. 
Filme transparente:
Consiste de um filme delgado 
com adesivo hipoalergênico 
resistente à água. O curativo 
é estéril, transparente e 
permeável ao oxigênio e ao 
vapor úmido. O curativo 
intacto é impermeável a 
líquidos e bactérias.
Benefícios Indicações Contraindicações Frequência 
de troca
Técnica de uso
-Forma uma 
camada 
protetora da 
pele; 
-Age como 
barreira à 
contaminação 
da ferida; 
-É 
impermeável a 
água e outros 
agentes;
-Adapta-se aos 
contornos do 
corpo; 
-Permite 
visualização 
direta da 
ferida. 
-Prevenção de 
LPP;
-Proteção de 
pele íntegra e 
escoriações; 
- Curativo de 
acessos 
vasculares; 
- Curativo de 
ferida 
operatória não 
complicada
-Pacientes com 
sudorese 
aumentadas; 
-Feridas com muito 
exsudato; 
-Feridas infectadas; 
- Em casos de 
hipersensibilidade. 
Trocar no 
máximo a 
cada 7 dias 
e/ou quando 
necessário. 
1- Verificar se a pele 
está limpa, livre de 
resíduos, e seca.
2- Retirar o papel 
impresso deixando 
exposta a superfície 
adesivas.
3- Posicionar o 
curativo sobre o local 
da lesão.
4- Remover a moldura 
de papel ao mesmo 
tempo em fixa as 
bordas do curativos. 
Fixe novamente todo 
o curativo com as 
pontas dos dedos 
através de 
movimentos de centro 
para as bordas.
Biatain Ag :
Curativo não adesivo, em 
espuma de poliuretano, 
impregnado com íons de 
prata. Quando em contato 
com exsudato, a estrutura de 
espuma se adapta 
intimamente ao leito da ferida, 
mesmo sob compressão, 
liberando continuamente íons 
de prata no leito da lesão 
proporcionando um efeito 
antimicrobiano.
Benefícios Indicações Contraindicações Frequência 
de troca
Técnica de uso
-Prolongada 
liberação de 
prata 
proporcionando 
um efeito 
antimicrobiano 
contínuo.
-Úlceras de 
perna/pé 
diabético;
-Lesões por 
pressão;
-Queimaduras 
de segundo 
grau;
-Áreas 
doadoras de 
enxerto de 
pele;
-Lesões 
altamente 
exsudativas e 
potencialmente 
contaminadas.
-Feridas secas ou 
pouco exsudativa;
-Feridas cavitárias;
-Controle 
sangramento 
intenso.
Trocar sempre 
que saturado 
ou a cada 7 
dias. 
1- Higienize a ferida 
com solução 
fisiológica ou 
qualquer outro
produto indicado 
para limpeza de 
feridas;
2- Secar a pele ao 
redor da ferida;
3- Coloque o 
curativo sobre a 
ferida;
4- Se necessário 
aplique um curativo 
secundário;
Referências:
 UNIMED. Manual de Prevenção e tratamento de lesões de pele. Disponível em: 
http://www.unimed.coop.br/portalunimed/flipbook/federacao_pr/manual_prevencao
_tratamento_de_lesoes_pele/files/assets/common/downloads/publication.pdf. 
 RIBEIRO, G. R. T. Atlas de Curativos baseado nas Coberturas padronizadas no Hospital 
Anchieta. Revisão Nº 03, set. 2017. Disponível em: 
http://portal.hospitalanchieta.com.br/docs/Atlas%20de%20Curativos%20baseado
%20nas%20Coberturas%20padronizadas%20no%20Hospital%20Anchieta.pdf
 AFONSO, C, et al. Prevenção e tratamento de feridas - da evidência à prática. Care for 
Wounds, 1. ed. nov. 2014. Disponível em: 
http://www.care4wounds.com/ebook/flipviewerxpress.html
 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Protocolo de Prevenção e Tratamento de Feridas. 
Presidente Prudente, mar. 2018. Disponível em: 
http://www.saudepp.sp.gov.br/farmacia/documentos/protocoloferidas.pdf
 VIÉGAS, M. C. et al. Procedimento Operacional Padrão: coberturas para feridas. 
EBSERH, set. 2018. Disponível em: 
http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132789/1132848/POP+8.2_COBERTURAS+P
ARA+FERIDAS.pdf/8fcd67a5-2f5c-4a84-9a87-36afdc21d725

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