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SUS aula 1

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (PARTE 1) 
Autor:Flávia Barbosa
VOLTANDO NO TEMPO... 
 Estado autoritário, controlador, centralizador 
 Sistema de Saúde 
· Fragmentado 
· Restrição do acesso 
· Ausência de participação da sociedade nas políticas públicas 
 
 SUS: ‘Política de Estado’ edificada por forças sociais 
· Reforma Sanitária Brasileira o Concepção ampliada do conceito de SAÚDE, além de ser entendida como direito inalienável 
· 8ª Conferência Nacional de Saúde e Constituição Federal de 88 incorporam a proposta de criação do SUS 
 
 Constituição Federal de 1988: um novo ideário reformador para construção de um novo Sistema de Saúde 
· Garantia de acesso universal; 
· Novo conceito de saúde definido como direito; 
· Serviços de saúde reestruturados de modo a priorizar ações de caráter coletivo e preventivo em detrimento das ações de cunho individual e curativo, até então predominantes. 
 
 POR QUE SISTEMA ÚNICO? 
· Segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo federal, estadual e municipal; 
· O SUS não é um serviço ou uma instituição, mas um sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e ações que interagem para um fim comum; 
· Esses elementos integrantes do sistema referem-se ao mesmo tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. 
 
 Déc. 90: marco na história da saúde no Brasil. 
1990 - Lei 8.080 
· Instituiu o SUS, com comando único em cada esfera de governo; 
· Municípios como executores das ações e serviços de saúde, com cooperação técnica e financeira dos Estados e da União. 
 
· LEI FEDERAL 8.080/90 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. 
Art. 2º → “A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 
§1º - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na reformulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.” 
SUS: Conjunto de ações e serviços de saúde prestado por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais e, em caráter complementar, a iniciativa privada poderá integrar-se ao Sistema (BRASIL, 1990). 
 SUS: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES 
PRINCÍPIOS 
Base de conformação do Sistema de Saúde e se constituem valores que orientam as ações e as políticas de saúde do país. 
· UNIVERSALIDADE 
· “A saúde é direito de todos e dever do Estado” (Art. 196, CF 88); o Universalização: ampliar a cobertura das ações e serviços e torná-los acessíveis à população, eliminando barreiras econômicas e socioculturais entre a população e os serviços (TEIXEIRA; SOUZA; PAIM, 2014); 
· Barreiras econômicas: municípios de baixo desenvolvimento econômico ou população que não dispõe de meios para ter acesso aos serviços; 
· Barreiras socioculturais: comunicação entre profissionais de saúde e usuários. 
 
· EQUIDADE 
· Investimento onde há maior iniquidade, para o alcance da igualdade de oportunidades e garantia de condições de vida e saúde mais iguais; o A luta pela equidade deve ser bidirecional (TEIXEIRA; SOUZA; PAIM, 2014): 
· Reorientação do fluxo de investimento dos serviços de saúde; 
· Reorientação das ações no nível local, considerando as carências e o perfil epidemiológico da população. 
 
· INTEGRALIDADE 
o Unidades com recursos e profissionais capacitados para a produção das ações de saúde que envolvam: (TEIXEIRA; SOUZA; PAIM, 2014) 
· Promoção da saúde 
· Ações de Vigilância para o controle de riscos 
· Detecção precoce de doenças 
· Diagnóstico, tratamento e reabilitação 
 
DIRETRIZES 
Estratégias para atingir os objetivos do sistema; 
Diretrizes políticas, organizativas e operacionais que apontam como deve ser construído o SUS. 
· DESCENTRALIZAÇÃO 
· O SUS deve se organizar a partir da descentralização, com direção única em cada esfera de governo (Art. 198, CF 88); o Distribuição do poder político, responsabilidades e recursos entre as esferas. 
 
· REGIONALIZAÇÃO 
· Serviços organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos em área geográfica delimitada e com definição da população a ser atendida; 
· Capacidade em oferecer a uma determinada população todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade; 
· Quanto mais próximo o sistema tiver da população, maior será a capacidade em identificar as necessidades de saúde. 
 
· HIERARQUIZAÇÃO 
· Organização da rede de serviços de acordo com o grau de densidade tecnológica, compreendendo o Sistema de Referência e Contrarreferência. 
· PARTICIPAÇÃO SOCIAL 
· Marco histórico da RSB e 8ª CNS e bandeira de luta; 
· A participação popular se dá por meio dos Conselhos e Conferências de Saúde (BRASIL, 1990); 
· Os Conselhos devem atuar na formulação das políticas públicas e exercer o controle social (BRASIL, 2012); 
· As Conferências devem avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a formulação de políticas (BRASIL, 1990). 
 LEI FEDERAL 8.142/90 
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. 
Cada esfera de governo deve contar com instâncias colegiadas com participação da comunidade: 
· Conselhos de Saúde 
· Conferências de Saúde 
 
 Conselhos de Saúde 
· Possuem caráter permanente e deliberativo; 
· Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros; 
· Composição paritária: usuários (50%), profissionais de saúde (25%) e representantes do governo, prestadores de serviço (25%). 
 
 Conferência de Saúde 
· Reúne-se a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais; 
· Avalia a situação de saúde e propõe diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes; 
· Composição também paritária; 
· Conferências Nacionais são precedidas das Estaduais e estas das Municipais. 
 
 RESPONSABILIDADES DOS ENTES 
União 
· A gestão federal da saúde é realizada por meio do Ministério da Saúde; 
· Principal financiador da rede pública de saúde; 
· Formula políticas nacionais de saúde, mas não realiza as ações; 
· Planeja, elabora normas, avalia e utiliza instrumentos para o controle do SUS. 
 
Estados e Distrito Federal 
· Os estados possuem secretarias específicas para a gestão de saúde; 
· Aplica recursos próprios e os repassados pela União, inclusive para os municípios; 
· Além de ser um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais de saúde, o Estado formula suas próprias políticas de saúde; 
· Coordena e planeja o SUS em nível estadual, respeitando a normatização federal. 
 
Municípios 
· Responsáveis pela execução das ações e serviços de saúde no âmbito do seu território; 
· Aplica recursos próprios e os repassados pela União e pelo estado; 
· Formula suas próprias políticas de saúde e também é um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais e estaduais de saúde; 
· Coordena e planeja o SUS em nível municipal, respeitando a normatização federal;  Pode estabelecer parcerias com outros municípios para garantir o atendimento pleno de sua população, para procedimentos de complexidade que estejam acima daqueles que pode oferecer. 
 COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO 
Quando por insuficiência do setor público, for necessário a contratação de serviços privados: 
· A celebração de contrato conforme as normas de direito público (interesse público prevalecendo sobre o particular); 
· A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS; 
· A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa do SUS, em termos de posição definida narede regionalizada e hierarquizada dos serviços. 
 
QUEM É USUÁRIO DO SUS? 
 
COMO O SUS É PERCEBIDO PELA MAIORIA DA POPULAÇÃO? 
· Multiplicidade de experiências negativas vivenciadas pelos usuários que sofre com a insuficiência de recursos, falta de coordenação ou má qualidade dos serviços prestados em muitos municípios; 
· A forma como esses problemas são absorvidos pelos meios de comunicação, reforça o senso comum que tende a desvalorizar o que é público, entendido como “inferior” e para “pobres”. 
 
 REFERÊNCIAS 
· BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. 
· _______. Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 set. 1990a. Seção 1. 
· _______. Lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e 
dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 dez. 1990b. Seção 1. 
· VASCONCELOS, C. M.; PASCHE, D. F. O SUS em perspectiva. In: CAMPOS, G. W. S. e col. (Orgs.). Tratado de Saúde Coletiva, 2ª ed. São Paulo: Hucitec, 2012. 
· TEIXEIRA, C. Os princípios do sistema único de saúde. Texto de apoio elaborado para subsidiar o debate nas Conferências Municipal e Estadual de Saúde. Salvador, Bahia, 2011. 
· TEIXEIRA, C. F.; SOUZA, L. E. P. F.; PAIM, J. S. Sistema Único de Saúde (SUS): a difícil construção de um sistema universal na sociedade brasileira. In: PAIM, J. S.; ALMEIDA-FILHO, N. (orgs.). Saúde Coletiva: teoria e prática. 1. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2014, p.121-137.

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