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Livro Digital - FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1

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28/10/2021 16:13 Livro Digital - FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/fundamentos_da_administracao_financeira/conteudo.html?capitulo=1 1/25
INTRODUÇÃO À
ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Compreender as funções da administração �nanceira, seus conceitos,
características e aplicabilidade.
Conhecer os conceitos e características do mercado �nanceiro.
Apresentar as áreas da administração �nanceira e os agentes que nelas
atuam.
Compreender as modalidades de empresas e suas peculiaridades.
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
CONTEXTUALIZAÇÃO
O mundo das �nanças, tanto pessoais quanto organizacionais, é extremamente
complexo e dinâmico, exigindo muito estudo dos pro�ssionais que atuam nesta
área.
A administração é uma ciência que tem como objetivo o estudo de métodos
usados para administrar, sendo um processo de tomada de decisão sobre
objetivos e utilização de recursos.
Capítulo 1 
28/10/2021 16:13 Livro Digital - FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/fundamentos_da_administracao_financeira/conteudo.html?capitulo=1 2/25
O termo �nanças representa o estudo da circulação do dinheiro entre as pessoas e
empresas ou, ainda, entre os Estados. As �nanças surgem como um ramo da
economia que se dedica a avaliar como são obtidos e geridos os recursos.
Portanto, �nanças está relacionado ao processo de troca (transferência de
dinheiro entre pessoas ou organizações públicas, privadas e do terceiro setor).
Desta forma, podemos dizer que a administração �nanceira é a ciência de
administrar (gerenciar os recursos �nanceiros) de uma pessoa ou organização.
Tem como principais áreas: investimentos, instituições �nanceiras, �nanças
internacionais e �nanças corporativas. No decorrer deste capítulo iremos
caracterizar e contextualizar cada uma dessas áreas individualmente.
CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA
A administração �nanceira pode ser entendida como uma técnica ou ciência para
administrar recursos, ou seja, ela está voltada para a gestão do dinheiro, dos
relacionamentos com as instituições, mercados e instrumentos envolvidos na
transferência de fundos entre pessoas, empresas e governo. A gestão �nanceira
detém a tarefa de gerir o relacionamento de instituições, mercados e instrumentos
envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos
(GITMAN, 2002).
De maneira geral, o conceito de administração �nanceira pode ser de�nido como a
arte ou ciência de gerenciar os recursos �nanceiros de pessoas físicas ou jurídicas,
buscando alcançar a máxima e�ciência nos processos, a �m de obter a
maximização dos retornos do capital investido.
Aqueles que se especializam em �nanças provavelmente devem começar sua
carreira em uma dessas três áreas: (1) mercado de capitais e instituições, que
trabalham com mercados de títulos e instituições �nanceiras; (2) Investimentos,
que se especializam no apoio às decisões tomadas tanto pelos investidores
individuais quanto pelos institucionais durante o processo de escolha de títulos
para suas carteiras de investimentos e (3) administração �nanceira ou �nanças de
empresas, que envolvem decisões dentro de empresas. Dentro destas áreas
existem muitas e variadas oportunidades, porém, para ser bem-sucedido, o
administrador �nanceiro deve conhecer das três áreas.
AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO E DO ADMINISTRADOR
FINANCEIRO
Capítulo 1 
28/10/2021 16:13 Livro Digital - FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/fundamentos_da_administracao_financeira/conteudo.html?capitulo=1 3/25
análise e planejamento �nanceiro: analisar os resultados �nanceiros e
planejar ações necessárias para obter a maximização dos resultados;
boa utilização dos recursos �nanceiros: analisar e negociar a captação dos
recursos �nanceiros necessários, bem como a aplicação dos recursos
�nanceiros disponíveis;
crédito e cobrança: analisar a concessão de crédito aos clientes e administrar
o recebimento dos créditos concedidos;
caixa: efetuar os recebimentos e os pagamentos, controlando o saldo de
caixa;
contas a receber e a pagar: controlar as contas a receber relativas às vendas
a prazo e contas a pagar relativas às compras a prazo, impostos e despesas
operacionais.
As funções típicas da administração �nanceira estão relacionadas às atividades da
organização, que segundo Hoji (2008, p. 7), são: “análise, planejamento e controle
�nanceiro, tomadas de decisões de investimentos e tomadas de decisões de
�nanciamentos”. Todas as atividades da organização, sejam elas operacionais ou
não, envolvem recursos, e, portanto, precisam ser conduzidas para a satisfação
dos objetivos.
Para Spiro (2001), todas as atividades empresariais envolvem recursos e, portanto,
devem ser conduzidas para a obtenção de lucro. As atividades de porte �nanceiro
têm como base de estudo e análise de dados retirados do Balanço Patrimonial,
mas principalmente do �uxo de caixa da empresa, tendo em vista que a partir
desta ferramenta é que se percebe a quantia real disponível no ativo circulante
para �nanciamentos e novas atividades. Para Spiro (2001), as principais funções
típicas do administrador �nanceiro são:
Segundo Gitman (2010, p. 11):
Além do envolvimento constante com análise e o planejamento �nanceiro, as
principais atividades dos administradores �nanceiros são tomar decisões de
investimento e de �nanciamento. As de investimento determinam a combinação e os
tipos dos ativos que a empresa detém. As de �nanciamento determinam a
combinação e os tipos de �nanciamento por ela usados.
Resumidamente, o gestor �nanceiro tem como principais funções analisar,
planejar e controlar os recursos �nanceiros; tomar decisões de investimento;
tomar decisões de �nanciamento e atingir os objetivos e compromissos
estipulados pelas organizações (ASSAF NETO, 2010).
ATIVIDADE DE ESTUDOS:
Capítulo 1 
28/10/2021 16:13 Livro Digital - FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
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Responder
Finanças corporativas;
Investimentos;
Instituições �nanceiras;
Finanças internacionais.
1) Até aqui apresentamos alguns dos principais conceitos da administração
�nanceira. Com base no que foi visto, descreva quais são as principais
ferramentas de gestão que devem ser analisadas e utilizadas como base para
a tomada de decisão pelos gestores �nanceiros.
ÁREAS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Tradicionalmente, os tópicos ou áreas em �nanças são agrupados em quatro áreas
principais: (ROSS; WESTERFIELD; JORDAN, 2010, p. 36).
a) Finanças corporativas
Finanças Corporativas ou Empresariais têm como principal função realizar o
planejamento, controle, orçamento e análise de investimentos e �nanciamentos,
para que as organizações possam gerenciar os riscos das operações e administrar
todas as entradas e saídas em seu �uxo de caixa. Portanto, esse conceito está
associado à realização de transação do capital para criar, desenvolver e,
principalmente, fazer crescer as organizações (LEMES JUNIOR; RIGO; CHEROBIM,
2005).
Capítulo 1 
28/10/2021 16:13 Livro Digital - FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/fundamentos_da_administracao_financeira/conteudo.html?capitulo=1 5/25
Esta área requer muito conhecimento do pro�ssional �nanceiro, pois este toma
decisões vitais no âmbito empresarial, que podem envolver a estrutura de ativos;
estrutura �nanceira (planejamento); controle de gestão; obtenção de resultado de
empresas; órgãos governamentais. Este é o tema principal deste livro e será
discutido mais detalhadamente nos próximos capítulos.
b) Investimentos
A área de investimentos lida com ativos �nanceiros, tais como ações e obrigações.
Entre as obrigações podemos destacar as debêntures, títulos públicos e privados,
derivativos etc.
O pro�ssional �nanceiroque desejar atuar nesta área terá entre suas atividades:
calcular preços desses ativos, determinar os riscos envolvidos e o retorno possível,
bem como, analisar o contexto para de�nição da melhor composição de carteiras
para cada tipo de cliente investidor. Esse pro�ssional pode atuar como operador
de Bolsa de Valores, administrador de carteiras de fundos ou ainda como analista
de títulos.
c) Instituições �nanceiras
Instituições �nanceiras são negócios que, basicamente, lidam primeiramente com
assuntos �nanceiros, bancos, associações de poupança e empréstimo e
seguradoras, são as mais conhecidas. Essas instituições empregam pro�ssionais
para desempenhar uma grande variedade de tarefas relacionadas a �nanças.
Pro�ssionais que atuam nesta área podem ocupar funções relacionadas à área de
empréstimos, seguros, previdência privada, captação de recursos, capitalização
etc.
d) Finanças internacionais
Podemos de�nir �nanças internacionais como uma especialização do que
propriamente uma área, pois requer conhecimento em todas as áreas citadas, sua
atuação envolve aspectos internacionais, correlacionados com �nanças
corporativas, investimentos e instituições �nanceiras, por exemplo, a
administração de carteiras e análise de títulos de companhias de outros países.
Também empresas nacionais com operações no exterior precisam analisar a taxa
de câmbio e risco político, empréstimos internacionais, administração de carteira e
análise de títulos de empresas sediadas em vários países.
GESTOR, ADMINISTRADOR, COTISTA: SAIBA “QUEM É QUEM” NOS FUNDOS
DE INVESTIMENTO
Capítulo 1 
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Todo fundo de investimento possui uma estrutura de�nida, é interessante
que você conheça os seus principais pilares antes de aplicar os seus
recursos. Você já deve ter ouvido falar, por exemplo, no administrador do
fundo, mas sabe exatamente qual é a sua função? E o gestor, você tem ideia
de quais são as atribuições deste pro�ssional? Também há o custodiante,
auditor, entre outros pro�ssionais.
Se você tem dúvidas sobre o papel de cada um na indústria de fundos,
con�ra as de�nições a seguir:
Gestor
Quando você aplica diretamente em algum ativo, ações ou títulos
públicos, por exemplo, é o responsável por administrar a sua própria carteira
de investimentos e tomar as decisões de compra e venda, com objetivo de
conseguir mais rentabilidade.
A grande diferença de aplicar em fundos de investimentos é que você
transfere esta tarefa de decisão para uma terceira pessoa, o gestor do fundo,
que é um pro�ssional habilitado e quali�cado para este tipo de atividade. “O
gestor é responsável pela compra e venda dos ativos do fundo, segundo
objetivos e política de investimento estabelecida no regulamento”, de�ne a
Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de
Capitais).
Isso quer dizer que é ele quem escolhe em quais ativos aquele fundo vai
aplicar, quais os percentuais de alocação do portfólio e o momento de
entrada e saída dos investimentos (também conhecido como zeragem de
posição ou simplesmente stop), sempre dentro das regras de�nidas pelo
regulamento do fundo e de acordo com a sua classi�cação.
Exemplo: se aquele for um fundo de renda �xa, o gestor precisa alocar
pelo menos 80% da carteira em títulos públicos federais. Se for um fundo de
ações, é preciso investir ao menos 67% da carteira em ações à vista ou em
outros valores mobiliários.
Por isso, é importante que, antes de você optar por determinado fundo de
investimento, faça uma pesquisa sobre o gestor daquele fundo, veri�que o
seu currículo e sua experiência no mercado �nanceiro e analise a
rentabilidade passada dos fundos geridos por ele, se possível, em um
período longo de tempo, para conseguir ter uma noção melhor.
O gestor pode ser uma pessoa física ou jurídica e, em ambos os casos,
necessita ter registro na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Administrador
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O administrador é uma empresa que cuida do dia a dia do fundo e
controla os prestadores de serviço - tais como gestor, auditor, custodiante -,
além de acompanhar os �uxos de caixa do fundo e, principalmente,
defender os direitos dos cotistas. “É o responsável pelo funcionamento do
fundo”, de�ne a Anbima.
Além disso, ele é o responsável pela constituição do fundo e também pelo
seu registro na CVM. Também cabe à empresa que administra o fundo
aprovar o seu regulamento e prestar contas aos reguladores e aos cotistas,
seja divulgando o valor da cota diariamente, seja enviando um extrato
mensal aos investidores, entre outras informações.
Auditor
Quando se trata de investimentos e aplicações �nanceiras, todo cuidado é
pouco. A�nal, você não �caria tranquilo em deixar o seu dinheiro nas mãos
de uma empresa pouco con�ável, com uma administração nada
transparente, e que pode estar passando por di�culdades �nanceiras.
Por isso, para garantir mais tranquilidade para os investidores, uma das
exigências para que um fundo possa existir é que ele possua um auditor
independente.
O auditor é uma empresa contratada pelo administrador do fundo e que
tem a responsabilidade de auditar anualmente as contas e documentos
deste fundo - que precisam seguir normas especí�cas estabelecidas pela
CVM, ou seja, o papel do auditor dentro do fundo de investimento é garantir
transparência para o investidor e a segurança de que a administração está
sendo efetuada da maneira correta.
É importante lembrar que a empresa responsável pela auditoria deve
estar autorizada pela CVM para efetuar este tipo de serviço.
Custodiante
Quando você aplica seu dinheiro em um fundo de investimento, não
compra diretamente um ativo, mas, sim, cotas do fundo (o gestor é o que faz
a compra dos ativos).
As suas cotas, por sua vez, têm uma relação direta com os ativos
adquiridos e com a valorização (ou desvalorização) destes papéis. Mas os
papéis adquiridos pelo gestor não �cam guardados na própria asset, mas,
sim, em uma empresa contratada para isso: o custodiante.
Assim, o custodiante é a empresa responsável por guardar os ativos do
fundo. É ela que responde pelos dados e envio de informações dos fundos
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Firmas individuais;
Investidor quali�cado:
Investidor superquali�cado:
para os gestores e administradores.
Além de guardar os ativos do fundo de investimento, o serviço de custódia
engloba a liquidação física e �nanceira dos ativos, quer dizer, a efetivação da
compra e a venda das ações, títulos e demais ativos escolhidos pelo gestor, e
também a administração e informações de eventos associados a esses
ativos.
A empresa custodiante também precisa ser autorizada pela CVM para
poder guardar os ativos pertencentes ao fundo de investimentos.
Cotista
Apesar de o nome não ser tão comum, cotista é aquele que detém cotas
de um fundo de investimento. De maneira simples e direta, é você, o próprio
investidor.
É importante lembrar que não importa se for um pequeno ou grande
investidor, ao aplicar em um fundo, todos têm os mesmos direitos e devem
receber o mesmo tratamento, independentemente de valor aplicado.
Existem alguns tipos diferenciados de cotistas, ou investidores,
classi�cados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Aqueles que possuem investimentos �nanceiros no valor superior a R$
300 mil reais e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de
investidor quali�cado por meio de um termo próprio.
Como no caso dos investidores quali�cados, entretanto, é preciso que
este investidor tenha, no mínimo, R$ 1 milhão disponível para investir.Fonte: Disponível em: <http://www.infomoney.com.br/onde-investir/noticia/2293662/gestor-administrador-
cotista-saiba-quem-quem-nos-fundos-investimento>. Acesso em: 28 jan. 2018.
TIPOS DE EMPRESAS
Examinaremos, a seguir, as três diferentes modalidades legais de organização de
empresas, segundo Ross, Wester�eld e Jordan (2010):
Capítulo 1 
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Sociedade por cotas;
Sociedade por ações.
Sociedade Empresarial Limitada (Ltda.).
Empresa Individual.
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli).
Microempreendedor Indivual (MEI).
a) Firmas individuais
As �rmas individuais são aquelas que, como o próprio termo já revela, são
empresas que pertencem a apenas um indivíduo, ou seja, não possuem sócios.
Nesta modalidade, o patrimônio total do indivíduo “único dono da empresa” pode
ser utilizado para saldar as dívidas da mesma, sendo a responsabilidade ilimitada.
Esta modalidade é muito comum entre pessoas com pequenos estabelecimentos.
A tributação sobre os ganhos ocorre na sua declaração de rendimentos de pessoa
física do proprietário.
b) Sociedades por quotas
Na modalidade de sociedade por cotas, a própria expressão também revela a
situação jurídica da empresa, a qual se caracteriza pela existência de dois ou mais
sócios. Cada sócio tem a sua responsabilidade limitada às cotas que possui de
participação na empresa. A forma de tributação se distingue das �rmas individuais,
e também entre as diferentes atividades industriais, comerciais e de serviços.
c) Sociedades por ações
Sociedade por ações são sociedades comerciais que têm seu capital social dividido
em ações, formadas por acionistas que compram determinada quantidade de
ações ordinárias ou preferenciais de uma organização, limitando a sua
responsabilidade. Os acionistas podem comprar mais ações da mesma
organização ou serem acionistas de outras empresas, negociando suas ações a �m
de maximizar seus resultados. Estas ações são negociadas nas bolsas de valores
com intermediação de corretoras de valores.
ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS NO BRASIL
Examinaremos a seguir as quatro modalidades mais comuns de empresas que
podem ser adotadas no Brasil:
a) Sociedade Empresarial Limitada (Ltda.)
Capítulo 1 
28/10/2021 16:13 Livro Digital - FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
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Esse tipo de empresa é composto por dois ou mais sócios, ambos respondem
�nanceira e administrativamente pela empresa, conforme o capital social que
aplicaram e a cláusula de exercício de administração constante no contrato social.
Porém, os envolvidos não respondem pelas dívidas empresariais, com todos os
seus bens pessoais. Nesse tipo de empresa os patrimônios de pessoa jurídica e
pessoa física são separados. Se a empresa não honrar com o pagamento de um
empréstimo de R$ 200 mil reais, por exemplo, o sócio arcará com apenas o valor
de sua participaçãção, se for de apenas R$ 50 mil reais, ele terá que arcar apenas
com esse valor. Então, se ele tiver um patrimônio pessoal de R$ 100 mil reais, o
valor total de seu patrimônio não será considerado para honrar a dívida, apenas
os R$ 50 mil reais referentes à sua participação social.
b) Empresa individual
Diferente da limitada, na empresa individual o empresário não é sócio, mas
proprietário da mesma. Inclusive, o nome empresarial precisa ser o mesmo do
empresário, podendo apenas escolher um nome fantasia para o empreendimento.
Nas empresas individuais, mesmo que exista um capital social, o empresário
responde por todo o negócio, e seu patrimônio pessoal pode ser tomado para
quitar dívidas abertas. Diferente dos demais tipos de empresa, a individual não
tem contrato social, pois não há sócios, apenas um requerimento de empresário é
formalizado com os dados de empreendedor e empresa.
c) Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli)
A Eireli é formada sempre por apenas um sócio, porém, segue o mesmo modelo
da Limitada. O sócio, nesse caso, toma decisões sozinho, por ser o único envolvido,
e assim como na sociedade limitada, tem seu patrimônio separado daquele da
empresa e responde �nanceiramente por ela até o limite do capital social da
organização, usando na empresa um nome empresarial, não o seu próprio.
d) Microempreendedor Indivual (MEI)
O microempreendedor individual também é um tipo de empresa individual, pela
qual o proprietário tem seu nome como nome do negócio, sendo totalmente
responsável pelo mesmo e respondendo inclusive com seus bens de pessoa física
pelas dívidas da empresa.
Na abertura, o MEI automaticamente é enquadrado no regime de tributação
Simples Nacional, não tendo opção para escolher outro regime tributário. Não
podem faturar mais de R$ 81 mil reais anualmente e caso ultrapassem esse valor,
devem fazer a transição para outro tipo de empresa.
Capítulo 1 
28/10/2021 16:13 Livro Digital - FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/fundamentos_da_administracao_financeira/conteudo.html?capitulo=1 11/25
Mercado monetário;
Mercado de créditos;
Mercado de capitais;
Mercado de câmbio.
O MEI também possui restrição quanto ao número de funcionários, que não pode
passar de um. Se o empreendedor tiver a necessidade de contratar mais
colaboradores, precisará mudar o tipo de empresa para isso.
MERCADO FINANCEIRO
Em uma economia, de um lado existem os que possuem poupanças �nanceiras e,
do outro, os que dela necessitam. A intermediação entre os dois lados ocorre no
mercado �nanceiro. As instituições que intermedeiam as operações captam dos
investidores, depositantes e repassam os recursos aos tomadores, cobrando uma
taxa de intermediação conhecida como spread.   
Um bom exemplo de spread é o bancário, que nada mais é do que a
diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles
cobram ao conceder um empréstimo para uma pessoa física ou jurídica.
Nesse contexto, o termo inglês spread signi�ca margem.
Os investidores podem ser poupadores, por exemplo, pessoas físicas, investidores
pessoa jurídica, exportadores e órgãos governamentais. Os tomadores poderiam
ser empresas que necessitam de recursos, por exemplo, pessoas físicas que
necessitam de �nanciamento de imóvel, importadores que necessitam liquidar
suas obrigações em moeda estrangeira, e o governo, que necessita �nanciar a
dívida pública. O próprio tomador poderia ser um dos investidores (e vice-versa). A
moeda de transferência, por exemplo, poderia ser a moeda nacional, moeda
estrangeira, ou outra unidade monetária.
O mercado �nanceiro pode ser subdividido em quatro mercados especí�cos,
embora muitas vezes ocorra a sobreposição entre eles (HOJI, 2012; ROSS;
WESTERFIELD; JORDAN, 2010; ASSAF NETO, 2010):
a) Mercado monetário
Capítulo 1 
28/10/2021 16:13 Livro Digital - FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/fundamentos_da_administracao_financeira/conteudo.html?capitulo=1 12/25
No mercado monetário são negociadas, basicamente, operações de curto e
curtíssimo prazo.
A política monetária do Governo Federal é executada por meio desse mercado,
com a compra e venda pelo Banco Central de títulos de dívida emitidos pelo
Tesouro Nacional, por exemplo, Letras do Tesouro Nacional (LTN), Letras
Financeiras do Tesouro (LFT) e Notas do Tesouro Nacional (NTN). O Banco Central
não mais emite títulos de dívida, somente os utiliza para exercer a política
monetária.
Quando há necessidade de reduzir a liquidez do mercado �nanceiro, o Banco
Central coloca os títulos à venda, e os agentes econômicos adquirem-nos, pagando
em moeda. Quando há necessidade de aumentar a liquidez do mercado
�nanceiro, o Banco Central resgata os títulos antes do vencimento.
No mercado monetário são negociados também títulos emitidos pelas instituições
privadas,por exemplo, certi�cados de depósito interbancário (CDI), certi�cados de
depósito bancário (CDB) e debêntures.
CDI - CDI signi�ca Certi�cado de Depósito Interbancário. Para simpli�car, é
o nome dos empréstimos que os bancos tomam entre si diariamente para
fechar o caixa no positivo. Sua taxa é usada como referência em diversos
investimentos. Acesse o link a seguir e saiba mais. Disponível em:
<https://www.btgpactualdigital.com>.
CDB - O CDB (Certi�cado de Depósito Bancário) é um título que os bancos
emitem para se capitalizar, ou seja, conseguir dinheiro para �nanciar suas
atividades de crédito. Portanto, ao adquirir um CDB, o investidor está
efetuando uma espécie de empréstimo para a instituição bancária em troca
de uma rentabilidade diária. Existem três tipos principais de CDB: o
pre�xado, o pós-�xado e os que pagam juros mais um índice de in�ação.
Acesse o link a seguir e saiba mais. Disponível em:
<http://www.infomoney.com.br>.
Debêntures - A debênture é um valor mobiliário emitido por sociedades
por ações, representativo de dívida, que assegura a seus detentores o direito
de crédito contra a companhia emissora. Consiste em um instrumento de
captação de recursos no mercado de capitais, que as empresas utilizam para
�nanciar seus projetos. É uma forma também de melhor gerenciar suas
dívidas. Acesse o link a seguir e saiba mais. Disponível em: 
<http://www.portaldoinvestidor.gov.br>.
Capítulo 1 
https://www.btgpactualdigital.com/blog/financas/tudo-sobre-cdi
http://www.infomoney.com.br/cdb
http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/valores_mobiliarios/debenture.html
28/10/2021 16:13 Livro Digital - FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
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Ações;
Debêntures;
Notas promissórias (commercial papers).
b) Mercado de créditos
É no mercado de créditos que as pessoas físicas e jurídicas suprem as
necessidades de caixa de curto e médio prazo (eventualmente podem também
ocorrer operações de curtíssimo e longo prazo). Geralmente, é nesse mercado que
os tomadores de recursos se relacionam com os intermediários �nanceiros
(bancos comerciais e múltiplos, bancos de investimento e sociedades de crédito,
�nanciamento e investimento), que lhes concedem crédito para suprir as
necessidades de capital de giro e as necessidades de �nanciamento de bens e
serviços (HOJI, 2012).
Os recursos �nanceiros negociados nesse mercado originam-se basicamente de
depósitos captados pelas instituições �nanceiras, repasses de linhas de crédito
(o�ciais e externas) e recursos próprios das instituições �nanceiras, por exemplo,
os empréstimos bancários, �nanciamentos ou quando precisamos usar o cheque
especial. Nesse mercado são negociados os recursos de curto, médio e longo
prazo para pessoas e empresas que buscam recursos para capital de giro ou
consumo.
Sendo as operações de crédito mais comuns os empréstimos para capital de giro,
descontos de títulos, conta garantida, assunção de dívidas, adiantamento sobre
contrato de câmbio (ACG), repasse de recursos externos (Antiga Resolução nº
2.770), �nanciamento de importação e �nanciamento de serviços e bens de
consumo duráveis.
c) Mercado de capitais
A �nalidade do mercado de capitais é a de �nanciar as atividades produtivas e o
capital de giro das empresas, por meio de recursos de médio e longo prazo. Os
principais instrumentos de �nanciamento existentes no mercado de capitais
brasileiro são:
Quando você compra um lote de ações na bolsa de valores, está aplicando no
mercado de capitais.
As ações e os títulos de crédito (debêntures e commercial papers) são negociados
no mercado primário e no mercado secundário. No mercado primário, as
empresas emitem as ações e os títulos de crédito e obtêm recursos novos para
suprir suas necessidades de caixa. Posteriormente, esses ativos são
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transacionados no mercado secundário. Diferentemente do mercado de crédito,
no mercado de capitais o crédito é concedido pelos emissores aos próprios
investidores, que adquirem as ações e os títulos de crédito. 
No mercado �nanceiro internacional são emitidos títulos de crédito denominados
bonds (títulos com prazos a partir de 10 anos) e notes (títulos com prazos
inferiores a 10 anos). 
A outra modalidade de �nanciamento bastante comum para empresas brasileiras
é o arrendamento mercantil, mais conhecido como Leasing �nanceiro, que são
operações praticadas pelas sociedades de arrendamento mercantil.
O leasing é uma operação com características legais próprias, não se
constituindo operação de �nanciamento. Nas operações de leasing, o bem é
arrendado ao arrendatário, e pode ser adquirido ou não por ele ao �nal do
contrato. Nas operações de �nanciamento, o bem é sempre adquirido pela
pessoa que contratou o �nanciamento. 
MERCADO PRIMÁRIO X MERCADO SECUNDÁRIO
Uma das principais funções do mercado de capitais é possibilitar que as
companhias ou outros emissores de valores mobiliários, com o intuito de
viabilizar projetos de investimento, captem recursos diretamente do público
investidor em condições mais vantajosas do que as oferecidas pelos
empréstimos e �nanciamentos bancários. Quando as companhias decidem
levantar recursos dessa forma, elas realizam uma nova emissão de valores
mobiliários no mercado.
O mercado primário é aquele em que os valores mobiliários de uma nova
emissão da companhia são negociados diretamente entre a companhia e os
investidores subscritores da emissão, e os recursos são destinados para os
projetos de investimento da empresa ou para o caixa.
Entretanto, alguns desses valores mobiliários, como as ações,
representam frações patrimoniais da companhia, e dessa forma, não são
resgatáveis em data prede�nida. Da mesma forma, outros podem ter prazos
de vencimento muito longo. Essas características, entre outras, poderiam
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Dólar dos Estados Unidos.
Iene do Japão.
Euro da União Europeia.
Libra esterlina da Grã-Bretanha.
Franco da Suíça.
afastar muitos dos investidores do mercado de capitais, caso eles não
tivessem como negociar com terceiros os valores mobiliários subscritos,
di�cultando o processo de emissão das companhias.
O mercado secundário cumpre essa função. É o local em que os
investidores negociam e transferem entre si os valores mobiliários emitidos
pelas companhias. Nesse mercado ocorre apenas a transferência de
propriedade e de recursos entre investidores. A companhia não tem
participação. Portanto, o mercado secundário oferece liquidez aos títulos
emitidos no mercado primário.
Fonte: Disponível em: <http://www.portaldoinvestidor.gov.br>. Acesso em: 28 jan. 2018.
d) Mercado de câmbio
No mercado de câmbio são negociadas moedas internacionais conversíveis, pelas
instituições credenciadas pelo Banco Central. É no mercado de câmbio que se
realiza a troca de moeda de um país pela moeda de outro país.
Quando viajamos para outro país, por exemplo, Estados Unidos, precisamos
comprar dólares para garantir nossas compras e passeios, neste momento, de
forma simplista, estamos atuando no mercado de câmbio.
Algumas das principais moedas estrangeiras negociadas no mercado de câmbio
brasileiro são:
A moeda estrangeira é negociada principalmente pelos agentes econômicos que
mantêm relação de comércio internacional e pelos que captam recursos no
exterior, além das instituições �nanceiras autorizadas a operar com câmbio.
As empresas exportadoras vendem as mercadorias ao mercado exterior e
recebem em moeda estrangeira, e para utilizá-la, precisam convertê-la em moeda
nacional. A conversão para moeda nacional é feita com a venda da moeda
estrangeirapara uma instituição autorizada a negociá-la.
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http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/funcionamento_mercado/mercado_primario.html
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Quando as empresas importadoras precisam pagar as importações, fazem a
operação inversa, ou seja, trocam a moeda nacional pela moeda estrangeira da
importação e a remetem para o exportador estrangeiro (HOJI, 2012).
TIPOS DE INVESTIMENTO 
Conforme podemos perceber, existem no mercado �nanceiro basicamente dois
tipos de investimento, sendo a renda �xa e a renda variável. Tanto a renda �xa
quanto a variável possuem vantagens e desvantagens que precisam ser levadas
em consideração pelos investidores.
Segundo o banco de investimentos BTG Pactual, em nosso país, a renda �xa possui
maior adesão do que a renda variável. Sendo a poupança considerada a campeã
de aplicações, mesmo que muitos especialistas apontem a poupaça como uma
péssima forma de investimento.
Quando falamos em renda �xa, estamos falando de investimentos que oferecem
um cálculo do retorno exato antes da aplicação. Esse tipo de título pode ter
rendimento pre�xado, com um juro anual de�nido, pós-�xado, atrelado a um
indicador como o CDI (Certi�cado de Depósito Interbancário, referência de
rentabilidade), ou híbrido, com um juro �xo mais a variação do IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo), índice que veremos mais detalhadamente a seguir,
considerado a in�ação o�cial do país.
Em contrapartida, o caminho da renda variável é pouco trilhado pelo investidor
pessoa física em nosso país. Neste tipo de investimento, a remuneração ou a
forma de cálculo não é conhecida no momento da aplicação. Os investimentos de
renda variável são, portanto, mais arriscados e recomendados para investidores
mais experientes e que possuem um per�l mais arrojado.
Como exemplos de renda variável, temos as ações, opções e derivativos na bolsa
de valores, fundos de investimento de ações e multimercados etc.
Se compararmos a renda variável com a renda �xa, perceberemos que a variável
acarreta maior volatilidade e maior risco de prejuízo, porém, oferece também
potencial de retornos mais altos.
Para quem está começando, é importante ter cautela e não alocar todas as suas
reservas em renda variável. Inicialmente, procure identi�car o seu per�l de
investidor, saber se esse tipo de investimento faz sentido para você e busque se
informar primeiro. Se for o caso, destine, inicialmente, uma parcela pequena,
como 5% ou 10%, para ações ou fundos (BTG PACTUAL, 2018).
ATIVIDADE DE ESTUDOS:
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A) Analisar os resultados �nanceiros e planejar ações necessárias
para obter a maximização dos resultados.
B) Analisar e negociar a captação dos recursos �nanceiros
necessários, bem como a aplicação dos recursos �nanceiros
disponíveis.
C) Exercer atividades contábeis, como elaboração de
demonstrações contábeis pelo estudo dos elementos que
compõem o patrimônio monetário das empresas.
D) Efetuar os recebimentos e os pagamentos, controlando o saldo
de caixa.
E) Analisar a concessão de crédito aos clientes e administrar o
recebimento dos créditos concedidos.
Responder
1) A administração �nanceira é o conjunto de atividades que administra o
�uxo de recursos �nanceiros das organizações. Utilizando como base de
estudo e análise dados retirados do Balanço Patrimonial e principalmente do
�uxo de caixa, e tendo em vista que a partir destas ferramentas é que se
percebe a quantia real disponível no ativo circulante para �nanciamentos e
novas atividades. As alternativas abaixo se referem às funções típicas do
administrador �nanceiro, exceto:
INFLAÇÃO E TAXA DE JUROS
A in�ação pode ser de�nida como o aumento contínuo e geral no valor dos preços.
Esse aumento generalizado de preços provoca a redução do poder de compra, ou
seja, diminui o poder aquisitivo da moeda, isto signi�ca que com a mesma
quantidade de dinheiro, passa-se a comprar menos quantidade de produtos e
serviços.
Em contrapartida, pode ocorrer a redução generalizada de preços, esse fenômeno
chama-se de�ação (HOJI, 2012). Quando não há aumento nos preços e a in�ação
chega a zero, dizemos que houve uma estabilidade nos preços.
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In�ação de demanda: Pode ser caracterizada pelo excesso de demanda em
um determinado setor da economia. Esse tipo de in�ação ocorre quando há
excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e
serviços na economia, sendo causada pelo crescimento dos meios de
pagamento, não acompanhado pelo crescimento da oferta de bens e
serviços. A in�ação de demanda só pode ocorrer quando a economia estiver
a pleno emprego ou em uma situação de auge do ciclo econômico.   
In�ação de custos: Está associada à alta de preços decorrente da elevação
nos custos de produção das empresas. Conhecida como in�ação de oferta,
acontece por causa da oferta, por exemplo, quando há uma subida dos
custos de produção das empresas e o nível da demanda permanece o
mesmo. Essa situação gera uma retração da oferta e provoca um aumento
dos preços de mercado.
A in�ação inercial: Também é conhecida como in�ação psicológica, está
associada à ideia de que a in�ação presente nada mais é que a repetição da
in�ação passada, não é causada necessariamente por uma mudança na
demanda ou oferta. Em muitos casos, ocorre porque as pessoas acreditam
que a subida dos preços vai permanecer.
A in�ação estrutural: Tem origem na própria estrutura e dinâmica da
economia, sendo causada pela incapacidade de certos setores produtivos em
atender às solicitações da demanda (VIANNA, 2003). Se parece muito com a
in�ação de custos, porém a subida de preço ocorre por uma falta de
e�ciência das infraestruturas envolvidas no processo produtivo.
a) Tipos de in�ação
Existem diversos tipos de in�ação, porém, todos referem-se a um só fenômeno, o
aumento de preços. As diversas expressões ou tipos de in�ação diferem entre si
por alguns aspectos, devido à causa ou em consequência do processo
retroalimentador, ou pelo aspecto dinâmico do fenômeno, ou ainda, pelas
expectativas dos agentes econômicos (VIANNA, 2003). Para esta disciplina iremos
considerar os tipos de in�ação mais comuns, que são:
Se você quiser conhecer mais sobre os tipos de in�ação, existem bons
livros sobre este assunto, por exemplo: VIANNA, Pedro Jorge Ramos.
In�ação. Barueri: Manole, 2003.
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IGP-DI – Índice Geral de Preços – Disponibilidade interna: O IGP-DI é apurado
desde 1947 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e é calculado desde fevereiro
de 1954 com a mesma estrutura de ponderação. O período de coleta de
dados vai do primeiro ao último dia de cada mês, sendo divulgado no �nal da
primeira quinzena do mês seguinte.  Obtido pela média aritmética ponderada
de outros três índices: 60% de IPA (Índice de Preços por Atacado), 30% de IPC
(Índice de Preços ao Consumidor) apurado nas cidades de Rio de Janeiro e
São Paulo, e 10% de INCC (Índice Nacional de Custos da Construção).
IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado: Esse índice tem a mesma
composição e estrutura do IGP-DI, mas o período de coleta de dados vai do
dia 21 de um mês até o dia 20 do mês seguinte. Foi criado em 1989, por
encomenda da Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado
Aberto) e outras instituições do mercado �nanceiro à FGV, para atender à
necessidadedo mercado �nanceiro de acompanhar a evolução e a tendência
do índice de preços em prazo menor.
INPC-IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor da FIBGE: O INPC-IBGE
re�ete a variação de preços da cesta básica das famílias com rendimento
entre um e oito salários-mínimos, em supermercados, feiras, mercearias,
domicílios etc. Esse índice começou a ser calculado a partir de setembro de
1979 pela FIBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística) e
re�ete a variação dos preços pagos pelos consumidores das principais
regiões metropolitanas. Os dados são coletados do primeiro ao último dia de
cada mês, sendo o índice divulgado até o �nal da primeira quinzena do mês
seguinte.
IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo da FIBGE: O IPCA é
um importante índice de preços para a execução da política monetária do
Banco Central do Brasil, pois é utilizado para o acompanhamento dos
objetivos estabelecidos no sistema de metas de in�ação, adotado a partir de
julho de 1999. Esse índice é calculado e divulgado mensalmente pela FIBGE
desde 1980, de forma semelhante ao INPC, e re�ete a variação dos preços
das cestas de consumo das famílias com renda mensal de 1 a 40 salários-
mínimos.   
IPC-FIPE – Índice de Preço ao Consumidor da FIPE: Sendo considerado um dos
índices de preços mais antigos do Brasil, o IPC-FIPE mede o custo de vida da
b) Índices de in�ação 
Os indicadores ou índices de preços possuem o objetivo de mensurar a variação
de preços, com a �nalidade de atender a diversas necessidades. Apresentaremos a
seguir alguns dos principais indicadores de índices econômicos brasileiros,
segundo Hoji (2012):
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família paulistana durante o mês (do primeiro ao último dia de cada mês). A
cesta básica considerada a partir de janeiro de 1994 é de 1 a 20 salários-
mínimos. Originalmente, denominava-se Índice Ponderado de Custo de Vida
da Classe Operária na Cidade de São Paulo e foi apurado no período de 1939
a 1968 pela Prefeitura Municipal de São Paulo. Em 1968, a responsabilidade
da apuração foi transferida para o IPE-USP (Instituto de Pesquisas
Econômicas da Universidade de São Paulo, antecessor da Fipe-USP). Em 1972,
a denominação do índice foi alterada para Índice de Preços ao Consumidor
(Custo de Vida) da Classe de Renda Familiar Modal no Município de São
Paulo.      
ICV-DIEESE – Índice do Custo de Vida do DIEESE: Esse índice é apurado pelo
DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos), com a �nalidade de medir o custo de vida da classe
trabalhadora. A coleta de dados é feita no município de São Paulo, com base
em custo de vida das famílias com rendimento entre 1 e 30 salários-mínimos.
A pesquisa de preços é realizada do primeiro ao último dia de cada mês.
JUROS 
Os juros podem ser compreendidos como a remuneração do capital, ou seja, uma
espécie de aluguel sobre o dinheiro emprestado. O indivíduo que empresta o
dinheiro é um tipo de investidor e passa a ser credor, o indivíduo ou organização
que recebe estes recursos é o tomador ou captador. A taxa seria uma
compensação paga pelo captador do empréstimo para ter o direito de usar o
recurso emprestado até o vencimento do prazo para pagamento. Por outro lado, o
credor recebe uma compensação por não poder usar esse dinheiro até o dia do
pagamento, bem como, por correr o risco de não receber o dinheiro de volta se o
tomador do recurso não cumprir com suas obrigações.
a) Juros comerciais e juros exatos
Quando nos referimos a juros comerciais e juros exatos, estamos basicamente
tratando das taxas de juros, que devem ser expressas em porcentagem e que
podem ser calculadas com base em duas situações. Primeiramente com base em
um ano comercial, composto por 360 dias, neste caso, a taxa semestral será
calculada a um período de 180 dias e a mensal a um período de 30 dias, e assim
por diante.
Por outro lado, temos a possibilidade de realizar este cálculo considerando o ano
civil de 365 dias, e de 366 dias em anos bissextos.
Essas situações ocorrem apenas quando há necessidade de se trabalhar com taxas
de juros apresentadas em dias, pois algumas aplicações executam seus cálculos
Capítulo 1 
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Taxa de juros diária comercial
Taxa de juros diária exata
com base em taxas de juros diárias, mas expressam essas taxas de juros em
termos mensais ou anuais.
Geralmente, as taxas de juros praticadas no mercado �nanceiro utilizam como
base o ano comercial, porém, as partes podem contratar uma taxa de juro
referenciada em período com número de dias diferentes, por exemplo, os títulos
federais foram remunerados no passado com base em ano civil, e hoje são
remunerados com base em ano de 252 dias úteis (HOJI, 2012).
A seguir apresentaremos dois exemplos para que você possa entender como esse
acordo pode in�uenciar a remuneração do capital investido. 
A taxa de juros diária comercial é calculada dividindo-se uma taxa de juros
expressa em ano por 360 dias (a base de cálculo é o ano comercial de 360 dias), se
utilizarmos uma taxa de juros de 100% ao ano teremos o seguinte cálculo:
i = taxa de juros
d = dia
a  = ano
idc = ia/360
idc = 100/360
idc = 0,277777
A taxa de juros diária exata é calculada dividindo-se uma taxa de juros expressa
em ano por 365 dias (a base de cálculo é o ano civil de 365 dias):
i = taxa de juros
d = dia
a  = ano
idc = ia/365
idc = 100/365
idc = 0,273972
b) Taxa de juros �xas e �utuantes
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As taxas de juros �xas são aquelas que não sofrem alteração durante o prazo da
operação �nanceira, seja aplicação ou empréstimo, mesmo quando há mais de um
período de capitalização. 
Já as taxas �utuantes, também conhecidas como taxas variáveis, são as que
sofrem variação a cada período de capitalização, quer dizer que são �xadas novas
taxas a cada período de capitalização com base em alguma taxa referencial de
juros anteriormente combinada. 
c) Juros simples e juros compostos
O sistema de juros simples ou capitalização simples encontra pouca aplicação
prática tão generalizada quanto o critério de capitalização composta, porém a
maioria das taxas de juros praticadas no mercado �nanceiro internacional são
referenciadas pelo critério simples. Os juros simples são calculados sempre com
base no valor do capital inicial, ou seja, sobre o valor aplicado ou captado, sem que
haja a incidência de juros sobre os juros do período anterior.
Para cálculo dos juros simples adotam-se os seguintes símbolos e regras básicas
(ASSAF NETO, 2010):
C = capital inicial, (valor aplicado ou crédito obtido).
I  = taxa (linear) de juros, ou seja, taxa contratada na operação, deve estar
sempre expressa em termos unitários na formulação do cálculo �nanceiro.
J = valor (em $) dos juros de uma operação.
n = número de períodos considerado na operação.
M = montante acumulado da operação, representa a soma do capital inicial
mais os juros calculados durante determinado período.
Fórmula do Montante (M):
M = C + J
Fórmula dos Juros (J):
J = C x I x n
Exemplo: Calcular o montante de um capital de R$ 100.000,00, aplicado durante
seis meses, a uma taxa de juros simples de 2% a.m.
J = 100.000,00 x 0,02 x 6 
J = 12.000,00
M = 100.000,00 + 12.000,00 = 112.000,00.  
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Já no sistema de juros compostos, temos a incidência de juros sobrejuros, ou seja,
os juros produzidos em um período de capitalização e não pagos são
integralizados ao capital constituído no início do período, desta forma, os juros
incidem sobre o capital inicial e sobre os próprios juros.
Da mesma forma, uma aplicação terá seus rendimentos mensais somados ao
capital inicial e os juros do próximo período incidirão sobre o montante dos
períodos anteriores.
Para cálculo dos juros compostos adotam-se as seguintes regras básicas:
J = C [(1 + i) - 1]n 
Sabendo-se que M = C + J, a fórmula do Montante deduzida da fórmula básica dos
juros compostos é:
M = C (1+i) n
Exemplo: Calcular o montante de um capital de R$ 100.000,00, aplicado durante
seis meses, a uma taxa de juros compostos de 2% a.m.
M = 100.000 x (1 = 0,02) = 112.616,24.6  
Importante ressaltar que o valor 0,02 corresponde à taxa de juros na sua forma
decimal. 
INFLAÇÃO E COMO ELA INFLUENCIA NAS TAXAS DE JUROS. ENTENDA
COMO A INFLAÇÃO INFLUENCIA NA VARIAÇÃO DAS TAXAS DE JUROS
A in�ação in�uenciou muito a economia brasileira, principalmente a partir
da década de 80, com a crise do petróleo. O Brasil estava endividado na
época e, com a elevação das taxas de juros internacionais, o país já não
conseguia pagar suas dívidas.
Para controle da in�ação, o governo do período da década de 80 teve a
iniciativa de criar uma nova moeda para que pudesse controlar a in�ação e
estabilizar a economia. De todos os planos criados, o que teve maior sucesso
e é utilizado até hoje é o Plano Real.
A in�ação é uma consequência da desvalorização da moeda e do aumento
dos preços, o que é chamado de in�ação de demanda. Quando muitas
pessoas estão dispostas a pagar um preço pelo produto, os negociantes
aumentam seus preços, o que faz com que a moeda não tenha o mesmo
valor que tinha antes.
Capítulo 1 
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As taxas de juros são uma das melhores estratégias para conter o
aumento da in�ação, pois quanto mais alto for o valor da taxa de juros, as
pessoas irão fazer menos empréstimos e �nanciamentos, logo, com pouco
dinheiro em circulação, é menos provável que os negociantes irão aumentar
seus preços e, como consequência, desvalorizar a moeda.
O aumento da in�ação tem relação direta com as taxas de juros por causa
da valorização dos preços perante o valor da moeda, logo, a in�ação está
ligada ao aumento geral dos preços, e as taxas de juros agem em função da
oferta e demanda de recursos �nanceiros, ou seja, a melhor forma de conter
o rápido aumento dos preços é aumentar as taxas de juros, pois elas tendem
a conter o consumo e as concessões de empréstimos.
As relações entre in�ação e as taxas de juros estão ligadas à moeda, pois a
in�ação aumenta quando há um aumento de preços, e se o preço aumenta
muito em relação ao valor da moeda, esta se desvaloriza, fazendo com que o
dinheiro equivalente para comprar um bem ou serviço hoje não seja
su�ciente amanhã.
Por que a in�ação aumenta? A in�ação pode aumentar por excesso de
demanda. E o que causa este excesso de demanda é o acúmulo de dinheiro
disponível na economia. Logo, para que possa conter o excesso de demanda,
o governo utiliza como estratégia aumentar as taxas de juros, pois, se os
juros estão altos, tende a diminuir o uso de cheques, cartões de crédito e
empréstimos bancários, fazendo assim com que as pessoas reduzam o
consumo e os preços se estabilizem.
Outra opção seria se houvesse uma valorização no valor da moeda, pois
se a moeda estiver muito valorizada, a tendência é que as pessoas importem
mais bens e serviços do que exportem, fazendo assim com que a balança
comercial �que com superávit muito elevado, e tende também a fazer com
que as pessoas consumam muito, gerando novamente a in�ação de
demanda, que teria que ser controlada novamente com o aumento das taxas
de juros.
Fonte: Disponível em: <http://www.administradores.com.br>. Acesso em: 28 jan. 2018.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, conceituamos e caracterizamos a administração �nanceira e suas
principais funções, sendo elas: investimentos, instituições �nanceiras, �nanças
Capítulo 1 
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/inflacao-e-como-ela-influencia-nas-taxas-de-juros/63768/
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Apresentação  Capítulo 2
Conteúdo escrito por:
internacionais e �nanças coorporativas. Esta última área é o tema principal deste
livro, portanto será discutida mais detalhadamente nos próximos capítulos.
O tema �nanças coorporativas ou empresariais requer muito conhecimento do
pro�ssional �nanceiro, pois este toma decisões vitais no âmbito empresarial, que
podem envolver a estrutura de ativos, a estrutura �nanceira ou planejamento e
controle da gestão. Foram conceitualizados os principais tipos de empresa,
apresentando suas características, vantagens e desvantagens.
Percebemos ainda que na economia, de um lado, existem os que possuem
poupanças �nanceiras e, do outro, os que dela necessitam. A intermediação entre
os dois lados ocorre no mercado �nanceiro. Este mercado pode ser subdividido
em quatro mercados especí�cos: mercado monetário; mercado de créditos;
mercado de capitais; mercado de câmbio e, muitas vezes, havendo a sobreposição
entre eles.
Já no �m do capítulo, analisamos os diversos tipos de in�ação, e mesmo que todas
referem-se a um só fenômeno, o aumento de preços, as diversas expressões ou
tipos de in�ação diferem entre si por alguns aspectos, devido à causa ou em
consequência do processo retroalimentador, ou pelo aspecto dinâmico do
fenômeno, ou ainda, pelas expectativas dos agentes econômicos.
Por �m, apresentamos os conceitos de juros comerciais e exatos; �xos e
�utuantes; simples e compostos e o impacto de sua aplicação na remuneração do
capital. 
No próximo capítulo abordaremos temas como a contabilidade e suas
demonstrações �nanceiras, demonstração de resultado do exercício, balanço
patrimonial, demonstrações da mutuação do patrimônio líquido e demonstrações
dos �uxos de caixa. Também serão abordados a análise do capital de giro, índices
de liquidez de atividade, endividamento e rentabilidade.
Todos os direitos reservados © Tiago Pedro Nicchellatti
Valdecir Knuth
Capítulo 1 
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