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Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br BIBLIOTECA PARA O CURSO DE PSICOMOTRICIDADE: TEORIAS E PRÁTICAS Selecionamos para você uma série de artigos, livros e endereços na Internet onde poderão ser realizadas consultas e encontradas as referências necessárias para a realização de seus trabalhos científicos, bem como, uma lista de sugestões de temas para futuras pesquisas na área. Primeiramente, relacionamos sites de primeira ordem, como: www.scielo.br www.anped.org.br www.dominiopublico.gov.br SUGESTÕES DE TEMAS 1. PSICOMOTRICIDADE E RETROGÊNESE: considerações sobre o envelhecimento e a doença de Alzheimer 2. GERONTOPSICOMOTRICIDADE: uma abordagem ao conceito da retrogênese psicomotora 3. PSICOMOTRICIDADE: filogênese, ontogênese e retrogênese 4. RETROGÊNESE - um processo a ser verificado 5. APRENDENDO A ENVELHECER - à luz da psicomotricidade 6. DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES MOTORES: a marcha 7. SAÚDE, BEM-ESTAR E ENVELHECIMENTO 8. O DESENVOLVIMENTO MOTOR, A MATURAÇÃO DAS ÁREAS CORTICAIS E A ATENÇÃO NA APRENDIZAGEM MOTORA 9. MOVIMENTO HUMANO EM UMA PERSPECTIVA PSICOSSOMÁTICA 10. PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL: prática clínica e escolar 11. ALÉM DA FRONTEIRA DESGASTADA: o significado do movimento 12. PSICOMOTRICIDADE: histórico e desenvolvimento, conceitos e definições, intervenção profissional e outros aspectos Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 2 13. PSICOMOTRICIDADE: corpo, ação e emoção 14. CONTRIBUIÇÕES DA MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DA CRIANÇA EM IDADE PRÉ-ESCOLAR 15. CONCEITO DE CIÊNCIA DA MOTRICIDADE HUMANA 16. ANOTAÇÕES EM SALA DE AULA NA DISCIPLINA ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO DA MOTRICIDADE HUMANA 17. PARA UMA EPISTEMOLOGIA DA MOTRICIDADE HUMANA 18. PSICOMOTRICIDADE: educação e reeducação – níveis maternal e infantil 19. MANUAL DE OBSEVAÇÃO PSICOMOTORA: significação psiconeurológica dos fatores psicomotores 20. PSICOMOTRICIDADE: filogênese, ontogênese e retrogênese 21. O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR: do nascimento aos 6 anos 22. PSICOMOTRICIDADE: teoria e prática 23. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR FUNDAMENTADO NA PRÁTICA DA CAPOEIRA E BASEADO NA EXPERIÊNCIA E VIVÊNCIA DE UM MESTRE DA CAPOEIRAGEM GRADUADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 24. TEORIA E PRÁTICA DA METODOLOGIA DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 25. PSICOMOTRICIDADE: jogos infantis 26. PSICOMOTRICIDADE: educação e reeducação num enfoque psicopedagógico 27. MOTRICIDADE HUMANA: o paradigma emergente 28. COMO APLICAR A PSICOMOTRICIDADE 29. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E APRENDIZAGEM 30. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR 31. EDUCAÇÃO PSICOMOTORA 32. INCAPACIDADE MOTORA 33. PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 34. PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL: a teoria de uma prática 35. PSICOMOTRICIDADE: corpo ação e emoção Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 3 36. PSICOMOTRICIDADE: perspectivas multidisciplinares 37. PSICOPEDAGOGIA E PSICOMOTRICIDADE 38. TEORIA E PRÁTICA EM PSICOMOTRICIDADE 39. PSICOMOTRICIDADE PARA DEFICIENTES 40. PSICOMOTRICIDADE VOLTADA PARA CRIANÇA PORTADORA DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 41. O RESGATE DA PSICOMOTRICIDADE FUNCIONAL ATRAVÉS DE ATIVIDADES 42. FORMAÇÃO DOCENTE E PSICOMOTRICIDADE EM TEMPOS DE ESCOLA INCLUSIVA 43. A EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA RELAÇÃO COM A PSICOMOTRICIDADE 44. A PSICOMOTRICIDADE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 45. A PSICOMOTRICIDADE UTILIZANDO A TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS 46. A PSICOMOTRICIDADE COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 47. UM OLHAR PARA A CRIANÇA – psicomotricidade relacional 48. as razões do corpo: psicomotricidade e disgrafia 49. PSICOMOTRICIDADE, EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO SOCIAL 50. A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 51. PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL, DESPERTANDO O DESEJO DE APRENDER 52. PSICOMOTRICIDADE: corpo, ação e emoção 53. PROFISSIONAIS DA PSICOMOTRICIDADE 54. PSICOMOTRICIDADE NA TERCEIRA IDADE 55. PSICOMOTRICIDADE: história, desenvolvimento, conceitos, definições 56. MUSICOTERAPIA E PSICOMOTRICIDADE: uma aliança possível 57. PSICOMOTRICIDADE E A GERONTOLOGIA: uma proposta de atuação 58. PSICOMOTRICIDADE COM BAKHTIN, VYGOTSKY E PAULO FREIRE: etapas do recorte na educação infantil Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 4 59. PSICOMOTRICIDADE: a coordenação viso-motora e dinâmica 60. MANUAL DA CRIANÇA INFRADOTADA – método de avaliação e exercitarão gradual básica 61. PSICOMOTRICIDADE COM BASE NO PENSAMENTO COMPLEXO 62. A PSICOMOTRICIDADE, UM CONCEITO DE MATURAÇÃO, DE PRÁTICAS, UM SISTEMA DE ATITUDES 63. A PRÁTICA PSICOMOTORA - reeducação e terapia Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 5 ARTIGOS PARA LEITURA, ANÁLISE E UTILIZAÇÃO COMO FONTE OU REFERENCIA Revista de Psiquiatria Clínica versão ISSN 0101-6083 Rev. psiquiatr. clín. vol.37 no.3 São Paulo 2010 doi: 10.1590/S0101-60832010000300007 REVISÃO DA LITERATURA PSICOMOTRICIDADE E RETROGÊNESE: considerações sobre o envelhecimento e a doença de Alzheimer Sheila de Melo Borges I ; Ivan Aprahamian II ; Márcia Radanovic III ; Orestes Vicente Forlenza IV I Fisioterapeuta, mestre em Gerontologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) II Médico geriatra, mestre em Gerontologia pela Unicamp III Médica neurologista, doutora em Neurologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) IV Médico psiquiatra, professor colaborador do Departamento de Psiquiatria da FMUSP RESUMO CONTEXTO: A teoria da retrogênese refere-se às mudanças nas habilidades psicomotoras que ocorrem de forma inversa à aquisição do desenvolvimento motor normal. Tais mudanças ocorrem ao longo do processo de envelhecimento e também são ilustradas por mudanças degenerativas ocorridas na doença de Alzheimer (DA). OBJETIVOS: Revisar o conceito de retrogênese no envelhecimento e na DA e discutir os artigos publicados sobre o assunto nos últimos 10 anos. MÉTODOS: Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados PubMed (MEDLINE), Lilacs, Cochrane e Sci SciELO com as palavras-chave "retrogenesis" (retrogênese), "elderly" (idoso) e "Alzheimer's disease" (doença de Alzheimer). RESULTADOS: A busca bibliográfica resultou em seis artigos, dois dos quais publicados nos primeiros meses de 2009, sendo realizadas análise descritiva e interpretação crítica deles. Foi possível observar que o estudo da retrogênese na velhice tem sido feito fundamentalmente com base na DA, principalmente por meio de revisões bibliográficas e explorações teóricas. Esses trabalhos correlacionam manifestações observadas na DA com determinadas alterações fisiológicas, seguindo o sentido oposto ao do desenvolvimento normal do ser humano. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 6 CONCLUSÃO: A partir da revisão realizada, destacou-se o modelo da retrogênese funcional que ilustraas alterações involutivas que ocorrem em pacientes acometidos em pacientes com DA. Modelos experimentais utilizando-se de técnicas de ressonância magnética com medidas de anisotropia, identificando alterações de substância branca, têm sido apresentados para testar as hipóteses teóricas da retrogênese. Palavras-chave: Retrogênese, idoso, demência, doença de Alzheimer. Introdução A evolução humana pode ser estudada do ponto de vista da filogênese, ontogênese e retrogênese1. A filogênese é o estudo da evolução das espécies, desde os seus primórdios. Aplica-se a evolução dos peixes em répteis, possibilitando a conquista do meio terrestre, seguindo-se mais tardiamente da evolução dos mamíferos, inicialmente quadrúpedes e transformando-se em bípedes, o que possibilitou a libertação dos membros superiores para a manipulação de objetos e para modificação de seu meio. Desenvolveu-se, assim, um cérebro cada vez mais plástico que proporcionou as capacidades de raciocínio, linguagem e introspecção. A ontogênese, por sua vez, refere-se à evolução humana. Principalmente nos primeiros anos de vida, seria uma recapitulação rápida da filogênese, ocorrendo o seu aprimoramento ao longo da infância até a adolescência1. O desenvolvimento humano é um processo contínuo, iniciado na concepção, seguido de transformações sequencializadas até a morte, de tal forma que cada estágio apresenta um determinado nível de maturidade2. A retrogênese, por sua vez, refere-se à involução humana1. A evolução, no seu todo filogenético e ontogenético, envolve uma passagem dos centros inferiores (medula espinhal), mais organizados nas fases iniciais do desenvolvimento, aos centros superiores (córtex cerebral), que vão se organizando ao longo da vida. É um processo que ocorre do mais simples ao mais complexo; do mais reflexo ao mais automático; do mais automático ao mais voluntário, pressupondo uma organização vertical ascendente1. A evolução humana contém uma reorganização do nascimento à morte, desde criança, passando pelo adulto até o idoso2. No idoso, todas as manifestações regressivas do comportamento, quer Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 7 sejam motoras, perceptivas, cognitivas ou socioemocionais, vão dar-se no sentido inverso ao da ontogênese, ou seja, do córtex à medula, do mais complexo ao mais simples, do mais voluntário ao mais automático. Essa involução, geneticamente programada, pressupõe uma desorganização vertical descendente1. Contudo, não se deve esquecer que existem idosos que vivenciam um envelhecimento sem doenças ou incapacidades, com alto funcionamento físico e cognitivo e com envolvimento ativo na sociedade, ajustando-se a um modelo de envelhecimento bem-sucedido3. Do ponto de vista do idoso acometido pela doença de Alzheimer (DA), essa caracterização inversa à ontogênese se faz presente com frequência. Existem diversas teorias sobre o envelhecimento, mas a "teoria do soma" tem grande aceitação quando tenta explicar esse processo por meio de danos somáticos não reparados geneticamente, evoluindo para perda de função e declínio progressivo da homeostase4. O início da velhice pode ser o ápice do desenvolvimento humano, pelo maior potencial de experiência, inteligência, cooperação social e conhecimento filosófico. Porém, nessa fase da vida encerra-se o processo de seleção natural da espécie, dada a ausência de mecanismos poligenéticos protetores e reparadores, presentes até então5. O desenvolvimento é um processo contínuo, de uma imaturidade característica; o ser humano caminha para uma maturidade, vencendo vários obstáculos e integrando várias aquisições que são essenciais para lidar com as realidades existentes, culminando posteriormente num declínio na velhice. A evolução, portanto, caminha para uma involução pré-programada para se desintegrar1 em ritmo variável de acordo com a constituição genética, bem como pelo fenótipo, influenciado pelo meio em que cada indivíduo se insere6. A retrogênese pode ser definida, então, como o processo no qual ocorre um mecanismo inverso ao da aquisição do desenvolvimento normal1,2,7-11. O conceito da retrogênese foi abordado por Ajuriaguerra8,11 e Tissor11 na década de 1960, sendo esses os primeiros pesquisadores a formular uma abordagem empírica Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 8 para o estudo da retrogênese. Segundo eles, o declínio de certas capacidades na demência mostrava-se reverso aos estágios do desenvolvimento de Piaget8,11. Com relação à marcha, do ponto de vista ontogenético, a criança começa a dar os primeiros passos por volta dos 12 meses, até adquirir um padrão maduro de marcha e conseguir deslocar-se e caminhar de forma perfeitamente autônoma. Com o envelhecimento, e, sobretudo nas idades avançadas, do ponto de vista da retrogênese, essa marcha sofreria uma "involução", assumindo novamente um padrão de marcha com algumas características iniciais do desenvolvimento12. As repercussões funcionais dessas alterações involutivas estão associadas ao aumento do desequilíbrio e do número de quedas13,14. Porém, nem todas as alterações involutivas da senescência são devidas a modificações do sistema nervoso central; o exemplo mais clássico é a presbiacusia. Há questionamentos em relação às alterações da marcha, à incontinência urinária e à influência do sistema nervoso periférico. Muitas das alterações de marcha do idoso têm relação com alterações primárias em motoneurônios, controle neuromuscular e alterações musculoesqueléticas, bem como das aferências sensoriais (no caso da marcha, a questão do sistema vestibular, mas até déficits cognitivos, pode se relacionar com isso, pela falta de input). O mesmo acontece para a incontinência urinária. O tipo de marcha "do idoso" que tem correlação com degeneração do SNC e que ilustra a retrogênese é a marcha tipo parkinsoniana, que não faz parte do desenvolvimento da criança e que, até que se prove o contrário, é patológica. Portanto, a marcha, o equilíbrio, a memória e a atenção, por exemplo, são processos que envolvem mais de uma via neuronal, tanto periférica quanto central. Por outro lado, existem comprometimentos isolados com grande prejuízo global, mas envolvendo um sistema único. Não se considera esse último grupo como fisiológico. Todos os exemplos são patológicos. As alterações da marcha do idoso envolvem propriocepção, visão, força motora, músculo, coordenação, mas também volição, sensibilidade, atenção. A involução da marcha no idoso engloba outras alterações fisiológicas do envelhecimento, e não somente o sistema motor. Assim, o modelo patológico acaba sendo mais adequado para estudar as alterações da marcha. No idoso, podem ser observadas variações nesse padrão de marcha, refletindo melhor ou pior adaptação ao envelhecimento, ou mesmo alterações involutivas Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 9 inerentes ao processo da retrogênese. Entre 1,8% e 44% dos idosos podem apresentar bradicinesia, tremores de extremidades e rigidez, sem receber necessariamente o diagnóstico de doença de Parkinson15 - mas possivelmente receberão se viver o suficiente. Tremor postural ocorre entre 1,7% e 23%16 e alterações de sensibilidade vibratória, entre 11,8% e 67,7%17. A marcha senil, caracterizada por cifose toracolombar, base alargada,desequilíbrio discreto e flexão de membros, era anteriormente aceita como natural do envelhecimento; porém, passou a ser vista como possivelmente patológica, estando associada a um risco cardiovascular duas vezes maior, assim como a uma maior incidência de parkinsonismo, hidrocefalia e infartos lacunares cerebrais14,18. Outro exemplo da retrogênese pode ser verificado por meio de uma conhecida relação hierárquica de perda de habilidades funcionais que ocorre no envelhecimento. Observa-se inicialmente uma perda das habilidades para as atividades instrumentais da vida diária (AIVD) e, posteriormente, para as atividades básicas da vida diária (ABVD)19. Isso ocorre por causa da diferença de complexidade entre tais atividades: as AIVD são, na maioria das vezes, mais complexas quando comparadas às ABVD20 e, sobretudo, dependentes de um aprendizado específico. Essa linha parece a mais interessante a ser seguida, e nela se pode ter um embasamento empírico maior e que pode render melhores frutos para esforços de reabilitação. A retrogênese, portanto, faz parte da senescência, em que o desenvolvimento se transforma em "(des)desenvolvimento". A evolução transforma-se em involução, a organização vertical ascendente, em desorganização vertical descendente1. Fonseca, um estudioso da psicomotricidade, publicou em 1998 o livro Psicomotricidade: filogênese, ontogênese e retrogênese, com os resultados de sua pesquisa a respeito da retrogênese na velhice1. Nessa obra, o autor enfatiza a retrogênese observada na DA, propondo uma teoria cerebroendócrina na velhice, na qual se postula que o código genético contém genes programadores que iniciam e conduzem o processo de retrogênese1. Essa teoria propõe que mutações cumulativas do DNA mitocondrial contribuem para o declínio fisiológico no envelhecimento e em doenças degenerativas tais como a DA21,22. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 10 A primeira área mielinizada no lobo frontal é a área motora primária, que permite a execução de movimentos voluntários, sem muita elaboração. Em seguida, ocorre a maturação da área pré-motora, que permite melhor organização do movimento. A última área a ser mielinizada na região frontal é o córtex pré-frontal, que é necessário para o planejamento do movimento23,24. A região pré-frontal é conhecida como um centro executivo responsável pelas nossas vontades e desejos e pelo comportamento social. É a região cerebral que permite a consciência do eu, a subjetividade, os valores, as motivações, ou seja, é a área mais humana do cérebro. Talvez, por esses atributos, esta seja a região que tem a sua maturação mais lenta, sendo compreensível que a mielinização completa dessa área aconteça até o final da quinta década de vida23,25. O processo de mielinização acontece ao longo do tempo, de modo que diferentes populações neuronais se mielinizam em épocas distintas do desenvolvimento do organismo. Esse fato fornece embasamento para a compreensão das teorias que descrevem as fases evolutivas da criança, como os estágios de Jean Piaget26. Segundo Luria27, com base na integração sensorial e na mielinização, o ser humano conquista seu próprio corpo, fazendo dele o espaço de sua imaginação e o continente de sua ação, como um instrumento vital para seu desenvolvimento cognitivo-emocional. A autoestima possui relação direta com esse processo. Dele emerge também a planificação motora encarregada de dar aos gestos e às mímicas a atenção, a coordenação, o controle e a intencionalidade, que prefigura, em termos não verbais, a emergência da linguagem propriamente dita. O processo de organização e de integração das sensações no sistema nervoso constitui o triunfo adaptativo, filogenético e ontogenético da espécie humana26. Essa conquista, todavia, vai se deteriorando segundo a teoria da retrogênese. Evidências sobre a regressão funcional ou retrogênese, em termos de funcionamento cognitivo, neurológico e emocional, coincidem com a regressão de mielinização de regiões frontais afetadas na DA10. Partindo do pressuposto de que a ontogênese seria uma recapitulação da filogênese e a retrogênese seguiria o caminho inverso da ontogênese, é possível refletir sobre algumas particularidades relacionadas à DA em que se aplicam os conceitos de retrogênese. Nesse contexto, realiza-se uma revisão Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 11 da literatura com o objetivo de analisar a retrogênese na velhice e na DA e discutir criticamente os dados publicados sobre o assunto. Metodologia Foi realizada uma revisão bibliográfica da literatura científica encontrada na base de dados PubMed (MEDLINE). As palavras-chave utilizadas foram: "retrogenesis" (retrogênese), "elderly" (idoso) e "Alzheimer's disease" (doença de Alzheimer), sendo pesquisados todos os artigos que abordavam a relação entre elas. A busca bibliográfica resultou em seis artigos, cujos resumos foram analisados por um único avaliador. Três desses artigos foram publicados há 11 anos (1999), sendo em sua maioria revisões conceituais. Os três últimos referem-se a publicações mais recentes (duas das quais feitas nos primeiros meses de 2009) e baseando-se em modelos neurobiológicos. Mesmo assim, como o número de referências sobre a retrogênese na base de dados do PubMed foi pequeno, foram rastreadas também as fontes Lilacs, Cochrane e SciELO, não obtendo nenhum novo artigo sobre o assunto. Portanto, pelo pequeno número de publicações específicas na área, foi feita uma análise descritiva simples dos artigos obtidos em sua íntegra. Para incrementar a discussão sobre o assunto, também foram utilizadas nas mesmas bases de dados as seguintes palavras-chave: "primitive reflex" (reflexo primitivo); "cognitive development" (desenvolvimento cognitivo); "cognition" (cognição); "functional ability" (habilidade funcional); "Piagetian measures" (medidas de Piaget) e "psychomotor skills" (habilidades psicomotoras), sempre cruzando com as palavras "elderly" (idoso) e/ou "dementia" (demência) e/ou "Alzheimer's disease" (doença de Alzheimer) e/ou "ageing/aging" (envelhecimento). Dessa busca complementar, foram obtidos mais 23 artigos com informações relacionadas ao escopo desta revisão. Resultados Foram analisados na íntegra os seis artigos publicados que contemplavam o conceito da retrogênese no idoso e na DA, cujos dados foram resumidos e estão expostos na tabela 1. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 12 As contribuições para a literatura científica sobre a questão da retrogênese foram feitas fundamentalmente pelo professor Barry Reisberg, da Universidade de Nova York, e por seus colaboradores. Esses autores vêm estudando desde 1999 a retrogênese na velhice, em especial na DA, com quatro artigos publicados, sendo a maioria estudos de revisão da literatura (três artigos). São feitas considerações sobre as aplicações clínicas, os marcadores biológicos e as implicações comportamentais da teoria da retrogênese, que é tida, pelos autores, como processo inverso à ontogênese. Essas noções serão discutidas adiante, nos tópicos "retrogênese funcional", "retrogênese cognitiva", "retrogênese emocional", "retrogênese neurológica" e "retrogênese neuropatológica". Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP:35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 13 Os mesmos autores buscaram aprofundar o entendimento dos aspectos neurobiológicos da retrogênese com um estudo de neuroimagem, utilizando a técnica diffusion tensor imaging (DTI) por meio de ressonância magnética cerebral10, com o objetivo de compreender melhor a contribuição do processo de mielinização sobre mecanismos subjacentes a essa teoria, bem como as implicações sobre as propostas terapêuticas e os cuidados para idosos, sobretudo em pacientes com DA. O artigo mais recente sobre a retrogênese do grupo do professor Reisberg foi publicado em 2005, mostrando dados preliminares de um estudo longitudinal sobre envelhecimento e demência. Foram avaliados cinco cortes consecutivos de imagem por ressonância magnética com a técnica DTI de regiões orbitofrontais e periventricular frontal, bem como regiões de substância branca temporal e o corpo caloso. Segundo os dados desse estudo, a substância branca frontal periventricular encontra-se preservada nas fases iniciais da DA, ao contrário da substância branca orbitofrontal. Em outras palavras, observa-se uma redução da integridade frontal superior, e não da região frontal inferior. As alterações na substância branca envolvem comprometimento na mielina, sendo esse achado coerente com a teoria da retrogênese10. O recente estudo de Stricker et al.29 também explorou o modelo da retrogênese na DA à luz de evidências de um padrão inverso de mielinização cerebral. Os autores utilizaram o método de neuroimagem por DTI (tratografia), identificando, nos pacientes com DA, maior perda da integridade microestrutural em regiões da substância branca cerebral mielinizadas mais tardiamente, tais como as fibras dos fascículos longitudinais superior e inferior, em oposição às fibras do pedúnculo cerebral e do ramo posterior da cápsula interna, que são mielinizadas precocemente ao longo do desenvolvimento do sistema nervoso central. Retrogênese funcional Na análise da retrogênese funcional, é observada a progressão funcional traduzida de forma inversa à aquisição normal do desenvolvimento. Reisberg et al.8,9 utilizaram dados obtidos a partir da Escala de Estadiamento Funcional (Functional Assessment Staging - FAST) em idosos com DA para mostrar a retrogênese funcional. A FAST é composta por sete níveis funcionais que são distribuídos em ordem crescente de Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 14 gravidade de acordo com a capacidade cognitiva e funcional do paciente. Essa escala, com respeito à retrogênese na DA, seguiria o caminho inverso da ontogênese, com os seguintes itens: déficits em ambiente de trabalho, auxílio para tarefas complexas, auxílio para escolha de vestuário, auxílio para vestir-se, auxílio para banhar-se adequadamente, auxílio para o toalete (descarga do vaso sanitário ou limpar-se), incontinência urinária, incontinência fecal, redução do vocabulário e da expressão verbal, vocabulário inteligível restrito a uma única palavra, perda da capacidade para deambular, perda da habilidade para sentar, perda da habilidade para sorrir, perda da habilidade para sustentar a cabeça8,9. Retrogênese cognitiva A retrogênese cognitiva foi estudada por Reisberg et al.7 por meio da FAST, da Escala de Deterioração Global (Global Deterioration Scale - GDS), do Miniexame do Estado Mental (MEEM), do teste de QI e pela adaptação da bateria de teste de Piaget7. A escala de desenvolvimento psicológico OrdinalScales of Psychological Development (OSPD)30 foi desenvolvida com base na observação do desenvolvimento normal de Piaget e adaptada para pacientes com demência severa. Auer e Reisberg, em 1996, observaram que essa escala pode fornecer informações das habilidades cognitivas em pacientes com graus/estadiamentos avançados de demência. Segundo os autores, as habilidades funcionais mostram relação com o desenvolvimento da capacidade cognitiva infantil30. E, segundo Swerdlow31, alguns estudos sugerem que o declínio cognitivo na DA acompanha uma trajetória que percorre a vida adulta. Retrogênese emocional Já a retrogênese emocional pode ser observada pelas características psicológicas e comportamentais da demência e os estágios da evolução da doença7,9. Os déficits não cognitivos são conhecidos como os sintomas psicológicos e comportamentais das demências, também conhecidos pela sigla BPSD (behavioral and pshychological symptoms of dementia). Entre eles, a agitação, a perambulação, a agressividade, os questionamentos repetidos, as reações catastróficas e os distúrbios do sono são alguns dos exemplos de alteração de comportamento, podendo o convívio social Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 15 ainda estar preservado. Os sintomas psicológicos tais como ansiedade, ideias delirantes, alucinações (sobretudo, visuais) e erros de identificação (por exemplo, considerando pessoas familiares desconhecidas e vice-versa) também são frequentes22. A maioria dos pacientes com demência moderada ou avançada apresenta sintomas psicológicos e comportamentais que, além de aumentar o sofrimento, podem dificultar a assistência do cuidador e precipitar a institucionalização, sobretudo na presença de agitação32. Retrogênese neurológica Com relação à retrogênese neurológica, Reisberg et al.7,8 fazem referência ao retorno dos reflexos primitivos que ocorrem logo após o nascimento7,8. Em estudos do desenvolvimento cerebral, o desaparecimento dos reflexos primitivos na infância tem sido relacionado à progressão de mielinização de neurônios no cérebro. As regiões que são mielinizadas por último são mais vulneráveis à quebra da homeostase, exibindo mais precocemente redução do metabolismo de glicose e outros processos que levam à morte neuronal na DA7,11. A prevalência e o significado patológico dos reflexos primitivos no adulto, bem como sua relação com a idade e a cognição, são questões controversas33. O idoso normal pode apresentar reflexos primitivos, mas de forma isolada34. Os reflexos principais seriam o palmomentoniano, o de muxoxo e o de apreensão. Sua prevalência é muito variada entre os estudos: palmomentoniano (15,6%-36,4%), muxoxo (33%-73%) e apreensão (27%-67%)34,35. Diferentemente da criança, a presença de reflexos primitivos no idoso é considerada patológica e sua ocorrência é mais predominante na DA34. Nessa doença os reflexos de muxoxo e apreensão são os mais comuns35. O exame neurológico usualmente é considerado normal, exceto nas fases mais avançadas da doença, quando podem ser observados sinais extrapiramidais (rigidez, alterações posturais e da marcha), mioclonias e reflexos primitivos22. Segundo Burns et al.36, a presença de sinais extrapiramidais e reflexos primitivos em pacientes com DA está associada com alta mortalidade36. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 16 Damasceno et al.33 estudaram a relação entre reflexos primitivos e cognição em 30 pacientes com DA e 154 sujeitos normais. Eles observaram que o reflexo de preensão e sinal de Babinski, ou a presença de mais de três sinais primitivos, particularmente a combinação de paratonia e reflexos muxoxo, sucção e palmomentoniano, são sugestivos de disfunção cerebral, especialmente quando esses sinais são acentuados e acompanhadosde déficits de orientação, evocação, fluência verbal e praxia construcional33. Segundo Franssen e Reisberg37, o padrão de atividade reflexa pode indicar ao clínico a gravidade da DA, bem como auxiliar na diferenciação de outras condições. Por exemplo, o reflexo de preensão palmar e a paratonia proeminente estão associados com a DA nos estágios moderados a avançados; já a presença desses sinais em pacientes com demência leve a moderada pode sugerir outras etiologias como a demência na doença cerebrovascular37. Burns et al.36 observaram que o reflexo de preensão palmar, sinais e sintomas extrapiramidais foram associados com deficiência cognitiva grave. Os achados da tomografia computadorizada associaram os sinais extrapiramidais ao aumento do terceiro ventrículo e calcificação dos gânglios da base, e o reflexo de preensão palmar com atrofia do lobo frontal, história de epilepsia e atrofia do lobo temporal esquerdo36. Retrogênese neuropatológica A neuropatologia e outras observações baseadas na retrogênese indicam que as últimas áreas do cérebro a serem mielinizadas no desenvolvimento são mais vulneráveis também nos processos patogênicos da DA7,9,29. Quando a análise é realizada segundo o padrão neuropatológico da degeneração na DA, Reisberg et al.7,9 citam a retrogênese com respeito às perdas neuronais, às mudanças do metabolismo cerebral, às degenerações neurofibrilares e à vulnerabilidade na mielina. Já a retrogênese molecular apresenta-se principalmente a partir dos depósitos de peptídeos beta-amiloides e das degenerações neurofibrilares7,9. Os principais achados patológicos da DA são a perda neuronal, a degeneração sináptica, as placas senis e emaranhados neurofibrilares22, sendo estas duas últimas alterações os principais marcadores neuropatológicos da DA, apesar de serem também altamente prevalentes no cérebro de idosos com envelhecimento normal38- 40. Braak e Braak em 1996 observaram que o padrão de alterações neurofibrilares Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 17 nos diferentes estágios da DA é inverso à sequência de mielinização que ocorre no desenvolvimento normal7. A DA inicia-se no córtex entorrinal e hipocampo. São entendidas essas áreas não como estando entre as últimas a serem mielinizadas, mas como áreas de grande turnover (plasticidade). Crianças formam memórias episódicas duradouras desde os 3 anos de idade, em média. O hipocampo está mielinizado muito antes das áreas de associação41. Em revisão realizada pelo grupo de Gotemburgo, na Suécia, Wasling et al.28 sustentam que a proteína precursora do amiloide (e, por consequência, o peptídeo beta-amiloide), por ser altamente conservada ao longo da evolução das espécies, exerce funções fisiológicas que incluem a eliminação de sinapses ao longo do desenvolvimento cerebral28. Essa função hipotética pode tornar-se patogênica se ativada no cérebro maduro ou envelhecido, desencadeando a retrogênese em nível molecular. Sabe-se que indivíduos idosos saudáveis, com o envelhecimento, podem apresentar alterações histológicas semelhantes àquelas observadas nos pacientes com DA28. Em contrapartida, pacientes com a doença podem não apresentar nenhuma das alterações genéticas características da DA, o que sugere que, provavelmente, outros mecanismos associados com a senescência podem contribuir para o aparecimento da DA. Entre esses mecanismos, podem ser citadas as alterações no metabolismo energético do cérebro, as disfunções da barreira hematoencefálica, a disfunção mitocondrial, as alterações da neuroplasticidade, entre outros42. Swerdlow31, em artigo de revisão, questiona se é a amiloidogênese que leva à DA (e à demência) ou se são as alterações que ocorrem nos extremos de idade (devidas à retrogênese) que se acompanham da demência e levam, secundariamente, à amiloidogênese. Essa hipótese é sustentada pela alta prevalência de achados patológicos característicos da DA nos extratos etários mais avançados. A resistência para a expressão clínica da demência, a despeito da presença de patologia cerebral em graus suficientes para permitir o diagnóstico anatomopatológico de DA, é bem ilustrada pela análise dos casos de algumas participantes do Estudo das Freiras de Notre Dame. Algumas delas apresentavam considerável neuropatologia, mas poucos (ou nenhum) sintomas de demência43. O padrão-ouro desse estudo foi a irmã Mary, que obteve uma pontuação alta em testes Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 18 cognitivos antes de sua morte aos 101 anos de idade, mas, apesar do seu notável desempenho, ela apresentava uma abundância de emaranhados neurofibrilares e placas senis, marcadores clássicos de lesões da DA. Os achados da irmã Mary e de todas as 678 participantes do Estudo das Freiras questiona as teorias vigentes sobre a etiopatogenia da DA, exemplificando o que é possível na velhice, e mostra a resiliência de alguns indivíduos às lesões típicas da DA, ou seja, há outros fatores que protegem esses indivíduos44. Ainda segundo os autores desse estudo, os pequenos infartos mostraram uma maior importância como desencadeantes de sintomas de demência do que grandes infartos, provavelmente porque os pequenos infartos são mais prováveis de ocorrer na substância branca do cérebro45. Segundo Reisberg et al.7, estudos de neuroimagem em pessoas de 30 a 80 anos mostram diminuição acentuada em substância branca, mas não mostram em substância cinzenta, sendo, portanto, uma alteração normal no envelhecimento7. Acredita-se que a hiperintensidade da substância branca cerebral, detectada por ressonância magnética, seja secundária à doença cerebrovascular de pequenos vasos e a alterações neurodegenerativas46. Apesar de estudo com autópsia não associar a hiperintensidade da substância branca com envelhecimento patológico47, estudos com neuroimagem corroboram a maior prevalência de depressão tardia, comprometimento cognitivo leve, DA, infartos lacunares e menores velocidade psicomotora e flexibilidade cognitiva21,46,48-50. A presença de hiperintensidade da substância branca é inversamente proporcional à perfusão cerebral e localiza-se principalmente nas regiões periventriculares e no corpo caloso32, sendo o volume dessas alterações estruturais proporcional ao comprometimento cognitivo48,51. A alteração da substância branca tem evolução longitudinal e associa-se aos fatores de risco vasculares do paciente34, não sendo modificada ou revertida com o uso de vasodilatadores45. São exatamente algumas estruturas do cérebro, resultantes do processo evolucionário do progresso de "encefalização", tais como hipocampo e áreas de associação do neocórtex, que mostram alto grau de vulnerabilidade durante o envelhecimento e na DA36. Concluindo, com base nos argumentos acima, questiona- Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 19 se se a desmielinização na DA é primária ou secundária e, se for secundária, qual o fator mais relevante para o desenvolvimento da demência: as lesões vasculares afetando a substância branca cerebral ou a morte neuronal deflagrada pelas cascatas patogênicas clássicas da DA. Discussão Os artigos sobre a retrogênese publicados na literatura científica são poucos (seis artigos), e a maioria (n = 4) foi produzida pelo mesmo grupo de estudo. Outra questão importante a destacaré que todos os artigos abordam a retrogênese na demência, em especial na DA; dos seis artigos publicados, quatro são de revisão e dois são de modelos experimentais que utilizaram neuroimagem na identificação de alterações de substância branca para testar as hipóteses teóricas da retrogênese. É sabido que a maioria dos casos de DA acontece na velhice, e o risco de desenvolver a DA aumenta com o avançar da idade. A idade como fator de risco está presente tanto nas formas esporádicas quanto nas formas familiares da DA24. Afinal, mesmo os indivíduos com DA pré-senil só manifestam a doença (demência) após a quarta ou quinta década de vida. Swerdlow31, em 2007, levantou em uma revisão da literatura o seguinte questionamento: o envelhecimento faz parte da DA ou é a DA que faz parte do envelhecimento? Parece apropriado, segundo o autor, considerar a DA a partir de uma teoria do envelhecimento, por causa da relação entre DA e envelhecimento, pois é a partir da sexta década de vida que a proporção de casos de DA pseudoesporádicos cresce exponencialmente38. A fragilidade imposta pela idade muito avançada pode confundir tanto parâmetros de testes neuropsicológicos quanto escores de independência de vida diária, o que pode tornar o diagnóstico clínico de DA um tanto arbitrário38. Seguindo o raciocínio de que, quando os bebês nascem, eles apresentam reflexos que permitem sua sobrevivência e possibilitam, posteriormente, o seu aprimoramento e a preparação para sua futura funcionalidade, por exemplo, o reflexo de sucção e o reflexo de preensão palmar são necessários para a sobrevivência do bebê, ao longo do seu primeiro ano de vida, com o desaparecimento desses reflexos, o padrão flexor hipertônico, característico das fases iniciais após o nascimento, torna-se Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 20 normotônico, permitindo a libertação dos membros para, por exemplo, manipular objetos. A aquisição do equilíbrio prepara o indivíduo para a marcha independente, assim como o desenvolvimento da lateralidade, da noção corporal e da noção espaço-temporal. Na adolescência, o indivíduo atinge o auge do seu desenvolvimento psicomotor, aprimorando as praxias global e fina. Sendo assim, os fatores psicomotores mostram a sua importância para o desenvolvimento não apenas do aspecto motor, mas cognitivo, afetivo e social do ser humano. Quando nascem, portanto, os seres são predominantemente "motores". A partir dessas aquisições motoras e do desenvolvimento, que incluem o desaparecimento dos reflexos primitivos, a normalização do tônus, a aquisição do controle postural (e assim por diante), a cognição vai se desenvolvendo a ponto de, para a realização de atividades motoras mais complexas, tornar-se necessário um conhecimento prévio daquela atividade. Essa potencialidade é conseguida por meio da cognição, que também permite o conhecimento do corpo e a noção espaço-temporal, ingredientes necessários para a aquisição das praxias. As praxias correspondem à última aquisição psicomotora a ser amadurecida. Portanto, a partir de determinada época do desenvolvimento humano, faz-se necessária a integração da psicomotricidade e cognição para a realização dos movimentos e atividades mais elaboradas, como exercer um ofício ou uma função num posto de trabalho. Nesse sentido, ao se observar a evolução da DA, é possível observar, na sua fase inicial, dificuldade em executar tarefas relacionadas à dificuldade no trabalho, para lidar com situações complexas e para o aprendizado de tarefas novas; posteriormente, essa dificuldade pode ser observada com respeito à orientação espacial, temporal e noção de corpo, o que vai piorando progressivamente de acordo com as perdas cognitivas. Nas fases avançadas da doença, além da perda da marcha, observa-se um padrão flexor parecido com aquele dos recém-nascidos; porém, deve-se levar em consideração que a hipertonia do bebê não tem a mesma origem da rigidez do idoso com Alzheimer, uma vez que no bebê o padrão flexor é fisiológico e no idosos com DA é patológico, e o aparecimento de alguns reflexos chamados de primitivos também está presente na DA, mas lembrando que nada se encontrou na literatura sobre outros reflexos, como o Moro, espadachim e marcha reflexa, por exemplo, reflexos estes presentes no bebê. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 21 Sendo assim, parece interessante um enfoque da retrogênese na doença e não no idoso saudável, uma vez que em parte ainda não se sabe ao certo o que é o envelhecimento "normal"; além disso, muitas outras alterações de sistema nervoso periférico, órgãos sensoriais, sistema nervoso autônomo etc. estão implicadas na gênese das alterações da senescência e não obedecem a essa hierarquia vertical, mas ocorrem em paralelo, de forma inter-relacionada. Existe uma linha de pesquisa que sustenta que no envelhecimento normal ocorre uma disfunção frontoestriatal, que é responsável por muitas das (extremamente superficiais) semelhanças entre o idoso muito idoso (> 85 anos) e a criança, no aspecto cognitivo-comportamental. Além do enfoque na doença, acredita-se que o ponto forte é a correlação funcional, como no artigo do Rogers e Lasprilla11. Nesse sentido, é possível traçar um perfil de semelhança do ponto de vista fenomenológico entre o desenvolvimento da criança e a involução causada por uma doença degenerativa como a DA (mas, mesmo assim, esse paralelo não é total, muitas coisas escapam de ambos os lados). No entanto, os mecanismos neurofisiológicos subjacentes são um pouco diferentes em muitos dos casos. Conclusão Cem anos após a sua caracterização clínica e patológica por Alois Alzheimer, o diagnóstico precoce da DA continua a representar um importante desafio na prática médica52. Como decorrência do envelhecimento populacional, as estimativas de crescimento da prevalência de DA nas próximas décadas apontam para proporções epidêmicas em escala mundial52. De forma geral, Reisberg e seus colaboradores associaram os resultados de pesquisas sobre a DA com desenvolvimento normal infantil, mas de forma inversa. Nas revisões sobre o assunto, os autores buscaram na literatura científica a correlação de vários estudos em que alterações fisiológicas, clínicas e patológicas seguiam o sentido oposto à ontogênese. Como se viu, a teoria da retrogênese contempla a funcionalidade, a cognição, o comportamento emocional, bem como aspectos neurológicos e aspectos anatomopatológicos, que tentam explicar o caminho inverso à ontogênese percorrido pela retrogênese. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 22 Além dos artigos de revisão, foram publicados dois artigos com modelos experimentais que utilizam técnicas de ressonância magnética, identificando alterações de substância branca. Esses estudos têm sido apresentados para testar as hipóteses teóricas da retrogênese, o que pode ser um caminho na investigação científica sobre o assunto. Destaca-se a retrogênese funcional, principalmente em idosos com DA, em que a teoria da retrogênese acaba fazendo sentido quando aplicada à luz da observação clínica funcional. Porém, a falta de artigos originais sobre a retrogênese mostra a complexidade metodológica para avaliar o conceito e correlacioná-lo com a DA em virtude das fases da doença, grau de escolaridadee intelectualidade. Pelo exposto, o ideal é estabelecer uma ligação entre o observado na clínica e os achados anatomopatológicos, o que na prática é difícil, porque se teria que biopsiar o cérebro. Estudar a retrogênese em achados de necropsia de pacientes com DA não teria valor por causa da evolução natural da doença. O aspecto estrutural obtido da RM não tem a mesma confiabilidade da anatomopatologia, por razões de dificuldades técnicas do método. Reisberg e seus colaboradores acreditam que novas estratégias terapêuticas podem ser formuladas como resultado da teoria da retrogênese na DA6-8. Sendo assim, modelos experimentais que testem as hipóteses teóricas podem colaborar tanto para avaliar as suas implicações na velhice quanto para auxiliar no tratamento e no acompanhamento de pacientes com DA. Referências 1. Fonseca V. Gerontopsicomotricidade: uma abordagem ao conceito da retrogênese psicomotora. In: Fonseca V. Psicomotricidade: filogênese, ontogênese e retrogênese. Porto Alegre: Artes Médicas; 1998. p. 343-81. [ Links ] 2. Velasco CG. Retrogênese - um processo a ser verificado. In: Aprendendo a envelhecer - à luz da psicomotricidade. São Paulo: Phorte Editora; 2006. p. 61-3. [ Links ] Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 23 3. Hooyman NR, Kiyak HA. Social gerontology: a multidisciplinary perspective. 6. ed. Allyn and Bacon; 2001. APUD: Tomasini SLV, Alves S. Envelhecimento bem- sucedido e o ambiente das instituições de longa permanência. 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Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 27 Psicologia: Teoria e Pesquisa versão impressa ISSN 0102-3772 Psic.: Teor. e Pesq. v.24 n.2 Brasília abr./jun. 2008 doi: 10.1590/S0102-37722008000200012 MOVIMENTO HUMANO EM UMA PERSPECTIVA PSICOSSOMÁTICA: estudos de Judith Kestenberg1 Larissa Sato Turtelli 2 ; Maria da Consolação Gomes Cunha Fernandes Tavares Universidade Estadual de Campinas RESUMO Este artigo considera o movimento corporal humano contextualizado no mundo psíquico na visão de Judith Kestenberg, abordando: 1) as principais categorias de movimento identificadas por Kestenberg e os significados relacionados a elas; 2) as relações (afinidades e choques) desses padrões de movimento entre si; 3) as relações entre as preferências iniciais da criança por certos ritmos de movimento e seus padrões de movimento na vida adulta. O objetivo desta pesquisa foi apresentar os estudos de Kestenberg, os quais fornecem um conhecimento necessário para aqueles que buscam compreender o movimento corporal humano no contexto terapêutico. Palavras-chave: psicomotricidade; movimento; imagem corporal; psicanálise. O movimento de cada ser humano é único nas suas pequenas variações e combinações. Essa individualidade provém de uma realidade na qual os fatores psicológicos e fisiológicos estão fundidos. Retornando às funções básicas do movimento humano, chega-se à sua relação com os instintos de sobrevivência: o movimento é a forma de relação do ser humano consigo mesmo e com o meio, é a forma pela qual o ser humano se expressa, se protege, busca alimento e desempenha suas funções vitais (Damásio, 1994/1996; Schilder, 1950/1999). Muitas vezes, nas pesquisas sobre o movimento corporal humano, é feita uma cisão entre os aspectos fisiológicos e psicológicos. Essa separação, embora seja necessária para determinadas investigações do movimento, em outros momentos precisa ser superada: no estudo do movimento do ser humano é preciso considerar também o "humano" que há ali. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 28 Penna (1989) fala sobre a função adaptativa do movimento e ressalta a importância de, no contexto terapêutico, ser abordado de forma integrada o "duplo aspecto do indivíduo perante o meio e perante si mesmo, sem separar as variáveis fisiológicas e psicológicas no estudo da adaptação a um determinado ambiente físico e cultural" (p. 4). Judith Kestenberg (1910-1999) foi uma estudiosa que se dedicou a ter uma compreensão profunda e pormenorizada do movimento, procurando considerar de forma integrada os vários aspectos envolvidos no ato do mover. O interesse de Kestenberg pelo estudo do movimento surgiu do seu trabalho com crianças e com as relações pais e filhos. A autora destaca a importância do estudo do movimento no contexto terapêutico e observa que, na maioria dos casos, as considerações sobre os movimentos nesse contexto são feitas de forma predominantemente intuitiva. Direcionada por essas inquietações, Kestenberg desenvolveu um método de codificar os movimentos e de interpretar seus significados. Também desenvolveu um modo de notação dos movimentos. Esse método foi chamado de Kestenberg Movement Profile (KMP). Sua codificação foi derivada do método de Laban (1879- 1958), de sua noção de esforço. Laban (1971/1978) denominou esforço o "ponto de origem e aspecto interior" dos movimentos humanos (p. 51). Kestenberg subdividiu o esforço de Laban em fluxos de tensão, precursores de esforço e esforço. A pesquisadora utiliza também a categorização dos movimentos segundo atributos de forma, observando nos movimentos os fluxos de formas, modelagens do espaço emdireções e modelagens do espaço em planos. No KMP é feita uma diferenciação minuciosa entre qualidades de movimento que em um primeiro momento poderiam parecer iguais. Amighi, Loman, Lewis e Sossin (1999) consideram que: [as] qualidades de movimento codificadas através do KMP refletem estilos individuais de aprendizagem e cognição, expressões de necessidades e sentimentos, modos de relacionamento, estilos de defesas e dinâmicas para lidar com o meio ambiente. Os analistas com orientação psicanalítica podem usar o KMP para acessar informações sobre as pulsões, as relações com os objetos, o desenvolvimento do ego, o superego e os mecanismos de defesa. Entretanto o KMP também é acessível para aqueles com outras orientações e pode ser usado para atingir uma variedade de objetivos (p. 2, tradução nossa). Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 29 Amighi e cols. (1999) falam da importância dos pesquisadores que estudam o movimento moverem-se também. Relatam que, no grupo de pesquisas inicial criado por -Kestenberg, os psiquiatras tiveram que ter aulas de movimento para aprenderem sobre as sensações de seus próprios corpos, pois essas sensações são importantes para processar as informações dos movimentos dos corpos dos outros. Esse processo é o que alguns autores chamam de "sentido cinestésico". Stinson (1995) considera que o sentido cinestésico refere-se à sensação interna dos movimentos e das tensões. Esse sentido, combinado com a visão, nos permite conectar com os outros, tanto em condições diretamente relacionadas ao movimento, como compartilhar emoções em um nível sensório-motor. Kestenberg enfatizava a observação do movimento por meio da identificação cinestésica, isto é, mediante traduzir as qualidades de movimento observadas em outra pessoa para o próprio corpo. Segundo Amighi e cols. (1999), esse é um processo necessário na pesquisa do movimento e deve ser usado quando um pesquisador atenta para os movimentos de uma pessoa. Eles observam que é mais fácil sintonizar com a tensão muscular de uma outra pessoa pelo uso do contato físico, porém uma pessoa também pode sentir em seu corpo a tensão muscular de outra pessoa apenas pela observação. O método de Kestenberg para codificar e interpretar o movimento provê uma abordagem coerente para o entendimento dos significados que podem ser atribuídos a padrões específicos de movimento. Ele aborda o movimento com um enfoque primeiramente intrapessoal e, apenas em segundo plano, dirige-se à comunicação não verbal. Centra-se no significado intrínseco dos padrões de movimento, ligando- os principalmente a processos do desenvolvimento e experiências psicológicas. Busca assim informar sobre as dinâmicas e estruturas internas de um indivíduo (Amighi & cols., 1999). A seguir serão apresentadas 1) as principais categorias de movimento identificadas por Kestenberg e os significados relacionados a elas; 2) as relações (afinidades e choques) desses padrões de movimento entre si; 3) as relações entre as preferências iniciais da criança por certos ritmos de movimento e suas influências nos padrões de movimentos da vida adulta. A base para essas considerações foi o estudo dos livros: Children and Parents (Kestenberg, 1975), The Role of Movements Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 30 Patterns in Development (Kestenberg & Sossin, 1979) e The Meaning of Movement (Amighi & cols., 1999). Ritmos do Movimento Para Kestenberg, as formas básicas e onipresentes de ritmicidade, que são parte do aparato motor congênito, consistem em repetições de mudanças na tensão (ritmos de fluxo de tensão) e mudanças na forma do corpo (ritmos de fluxo de forma). Essas mudanças podem ser alternâncias de qualidades simples de tensão e de forma ou repetições de seqüências complexas. O fluxo de tensão é usado para expressar necessidades, impulsos e sentimentos, está relacionado às pulsões3. O fluxo de forma é usado para a entrada ou expulsão de substâncias do ambiente, assim como para a busca ou evitação de estímulos, é usado para expressar conforto ou desconforto e atração ou repulsão, está ligado aos modos de relação com o ambiente. Estes são, segundo Kestenberg, os núcleos motores da incorporação ou expulsão de objetos. Os ritmos de fluxos de tensão e de forma são considerados por Kestenberg como relacionados ao controle do id4. Com a maturação, esses ritmos se tornam subordinados a fatores motores que vêm sob o controle do ego: os esforços e modelagens no espaço. Os esforços estão relacionados ao fluxo de tensão e são usados para lidar com o espaço, peso e tempo. Lidam com forças relativamente uniformes, com representações constantes do self e dos objetos, assim eles tendem a estabilizar a motilidade e reduzir a repetição rítmica que é ditada pelas necessidades e disparada pelas mudanças hormonais-metabólicas no organismo. As modelagens, ligadas ao fluxo de forma, transmitem os tipos de relações com o meio por meio do movimento em planos no espaço. O esforço e a modelagem aparecem no primeiro ano de vida de forma transitória e rudimentar. Com o desenvolvimento progressivo do ego, eles se tornam mais claros, mais completos e são usados mais freqüentemente. São estabelecidos firmemente no repertório de movimento da criança na fase de latência5. A combinação de padrões complexos de esforço e modelagem é inter-relacionada com o desenvolvimento de uma consciência social pela criança, derivada das Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 31 identificações, do passado e do presente, com as ações e aspirações dos objetos de desejo. Segundo Kestenberg, a habilidade de colocar o corpo todo a serviço do fluxo de tensão e esforço, ou do fluxo de forma e modelagem em posturas, está correlacionada com a capacidade de usar todos os agentes psíquicos a serviço das exigências combinadas do id-ego e do superego. Ritmos de fluxo de tensão e fatores relacionados Ritmos de fluxo de tensão Kestenberg esclarece que, por tensão, quer dizer nível de tensão muscular. Assim, um fluxo de tensão livre ocorre quando os agonistas não encontram a contra-ação dos antagonistas. Quando os antagonistas contraem junto com os agonistas, ocorre a detenção do movimento e o fluxo de tensão preso. A autora acredita que os ritmos de fluxo de tensão fazem parte do aparelho fisiológico congênito que é, no início, independente da psique. Centros hipotalâmicos regulam a ritmicidade dos órgãos e sistemas. Existe uma correlação entre os ritmos secretores e motores. A psique é influenciada e exerce influência nesses processos rítmicos somáticos. Tanto os sistemas musculares involuntários quanto os voluntários estão sujeitos às influências mútuas da soma e da psique. A autora exemplifica uma correspondência básica entre os ritmos motores dos músculos estriados e lisos, citando a interação entre comer e as contrações gástricas. Os ritmos de fluxo de tensão consistem em certas seqüências de qualidades de tensão que estão bem adaptadas para as necessidades biológicas, como sugar, defecar, urinar e outras. No entanto, o uso desses ritmos não se restringe a essas atividades. O tipo oral de ritmo, por exemplo, está relacionado ao movimento de sugar e à fase oral do nenê, contudo é usado pelo recém-nascido não apenas na zona oral,mas em todo o sistema alimentar. Segundo a autora, os ritmos orais geralmente continuam sendo os mais freqüentes no decorrer da vida, inclusive na vida adulta. Esses ritmos, além de servirem para a alimentação, estão presentes na fala e influenciam outras partes do corpo. Os ritmos orais tendem à repetição e são usados em ações repetitivas, especialmente nas regiões periféricas do corpo, como rosto e dedos dos pés e das mãos. Dessa forma, deve-se levar em conta o quanto o ritmo oral geralmente excede os outros, antes de se postular que existe uma fixação de determinada pessoa na fase oral. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 32 A diferenciação dos ritmos no nenê se dá com o contato com o ambiente, mediado pela mãe. A pessoa que cuida do nenê irá ajudá-lo a escolher o ritmo apropriado para as diferentes atividades. Dessa forma, ele começa a associar os ritmos motores com as atividades, ele aprende a sugar para obter o leite, a pressionar para defecar e assim por diante. O aparato do fluxo de tensão é usado para a liberação das pulsões. O nenê começa a representar as necessidades em desejos e assim vai sendo construída uma ponte entre soma e psique. Por meio do fluxo de tensão, as pulsões oral, anal, uretral e genital são expressas em padrões motores. Em vista das relações entre os ritmos de fluxo de tensão e a expressão das necessidades, Amighi e cols. (1999) consideram que preferências de determinada pessoa por ritmos particulares revelam preocupações da pessoa com necessidades particulares. No entanto, ressaltam que em todos os adultos e crianças típicos, todos os ritmos estão presentes, de forma que as interpretações só podem ser feitas baseadas na freqüência relativa do uso de padrões específicos de movimento e no exame das configurações totais das preferências encontradas, de preferência observando-se a pessoa em ambientes distintos. Atributos de fluxo de tensão Além dos elementos básicos de fluxo de tensão preso e fluxo de tensão livre, Kestenberg observa outras variações nos atributos de fluxo de tensão. São elas: segurar a tensão em um nível uniforme ou ajustes de níveis; alta ou baixa intensidade de tensão; mudança de tensão abrupta ou gradual. A autora relaciona a regulação dos atributos de fluxo de tensão com o controle dos afetos desenvolvido posteriormente. Considera que os atributos de fluxo de tensão podem ser divididos naqueles que ocorrem mais freqüentemente na frustração e aqueles que indicam alívio e conquista de satisfação. Dessa forma, o fluxo de tensão preso teria maior relação com sentimentos de cautela e o fluxo de tensão livre com sentimentos de despreocupação. No entanto, Kestenberg ressalta que as nuanças do afeto variam de acordo com a combinação de atributos de fluxo de tensão e outros padrões motores, sendo assim, um atributo de fluxo de tensão pode ser relacionado com uma variedade de sentimentos. Os atributos do fluxo de tensão provêm componentes importantes na experiência, expressão e comunicação das emoções. Uma vez que o fluxo de tensão está Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 33 relacionado à expressão das necessidades e à liberação das pulsões, a regulação desse fluxo proporcionada pelos atributos de fluxo de tensão contribui para a formação de defesas contra os próprios afetos. Amighi e cols. (1999) colocam que os atributos do fluxo de tensão introduzem uma medida de controle ou regulação na expressão das necessidades/desejos. Precursores de esforço Kestenberg observa a existência de precursores de esforço como aparatos motores que fazem a mediação entre fluxo de tensão e esforço. São geneticamente e funcionalmente relacionados ao fluxo de tensão e são os suportes motores principais para o aprendizado e os mecanismos de defesa. São orientados tanto para o corpo quanto para o ambiente e estão ligados aos fatores espaço, peso e tempo. A autora classifica os precursores de esforço em: precursores de abordagem do espaço, são usados para manter a tensão uniforme, o que ajuda a canalizar trajetos do corpo, ou partes dele, no espaço e ajusta os níveis de tensão para conseguir uma mobilidade flexível no espaço; precursores para lidar com o peso, aumentam a intensidade da tensão para produzir ações veementes e diminuem a tensão para expressar gentileza; precursores para lidar com o tempo, mudam de tensão abruptamente para produzir ações repentinas e mudam a tensão gradualmente para expressar hesitação. A autora observa que os precursores de esforço são usados tanto no aprendizado quanto em mecanismos de defesa. Desenvolvendo essa observação, a autora considera que aprender novas funções envolve o uso de mecanismos de defesa. Nas situações de aprendizado, a pessoa fica receosa quanto à sua integridade física e quanto a ser aprovada pelo professor. Esforços Os esforços são elementos motores da adaptação do ego à realidade externa. São aparatos motores usados para lidar com as forças do ambiente (espaço, peso e tempo), que são os fatores essenciais da nossa realidade exterior. São classificados em: diretos e indiretos, ligados ao espaço e ao alcance de nossa atenção; fortes e leves, ligados ao peso e ao grau da nossa intenção; aceleração e desaceleração, ligados ao tempo e aos modos empregados nas tomadas de decisões. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 34 Na Tabela 1, apresentamos de forma esquemática o sistema de movimento dos ritmos de fluxo de tensão e esforços e suas principais interpretações. Ritmos de Fluxo de Forma e Fatores Relacionados Ritmos de fluxo de forma Kestenberg classifica o crescimento e encolhimento da forma do corpo como os elementos básicos do fluxo da forma. Acrescenta que existem alterações nos atributos do fluxo de forma que ocorrem em dimensões específicas: largura, comprimento e profundidade do corpo. Segundo a autora, a alternância rítmica entre crescimento e encolhimento e seus atributos dimensionais é uma auto-regulação altamente diferenciada, ela provê a estrutura para a interação do organismo com o meio. A autora considera que a base do movimento espontâneo e reflexo é o mecanismo de mudar a forma do corpo em resposta a um estímulo, seja ele interno ou externo. O fluxo de forma está relacionado aos modos de relação. Os atributos do fluxo de forma agem na regulação das relações da pessoa consigo mesma e com os objetos. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 35 Kestenberg classifica o fluxo de forma em bipolar (-simétrico), unipolar (assimétrico) e design de fluxo de forma; todos eles já estão presentes no recém-nascido, mas são sujeitos a mudanças durante o desenvolvimento. Fluxo de forma bipolar Segundo Amighi e cols. (1999), o fluxo de forma bipolar refere-se a padrões de crescer e encolher de uma forma simétrica. Formas em crescimento são modos de tornar-se acessível (abrir-se) e geralmente refletem sentimentos bons ou de conforto. Formas em encolhimento são meios de isolar-se (fechar-se) e geralmente refletem sentimentos de desconforto. O fluxo de forma bipolar pode ocorrer em três dimensões: a horizontal, a vertical e a sagital. Os autores colocam que freqüentementeavaliamos os sentimentos dos outros com base em suas mudanças bipolares de forma. Particularmente no rosto, mas no tronco também. Fluxo de forma unipolar Quando as mudanças na forma do corpo são assimétricas, Kestenberg chama de fluxo de forma unipolar. Essa qualidade de movimento é usada principalmente na reação a estímulos específicos provindos do meio ambiente. Design de fluxo de forma Kestenberg caracteriza os designs de fluxo de forma em termos de movimentos centrífugos ou centrípetos e em termos de espaço perto, intermediário, ao alcance e espaço geral. O design de fluxo de forma provê um modo de a pessoa orientar-se no espaço, pegando o próprio corpo como um ponto focal de partida e retorno. "Para longe de mim" e "para mim" são conceitos nascidos da percepção dos movimentos centrífugos e centrípetos. Para Kestenberg, as influências culturais tendem a atuar no design de fluxo de forma mais do que atuam em qualquer outro padrão. Contudo, podem ser notadas no nascimento algumas preferências congênitas por determinados designs de fluxo de forma. Modelagens no espaço em direções e em planos Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 36 Segundo Kestenberg, a passagem do fluxo de forma para as modelagens em direções e planos significa a passagem da regulação das relações consigo mesmo e com os objetos, para o controle do aprendizado, das defesas e relações com objetos constantes. Enquanto os padrões de fluxo de tensão, de precursores de esforço e de esforço são modos e qualidades que têm pouca relação com os objetos, os padrões de fluxo de forma e de modelagem do espaço são facilmente modificados em decorrência de imitação, identificação e ajustamento com as pessoas. São os padrões de fluxo de forma e de modelagem do espaço que dão estrutura aos padrões de fluxo de tensão e esforço. Kestenberg relaciona os movimentos de fluxo de forma e modelagens em direções e planos, com a construção da imagem corporal. Considera que os sentimentos de ser grande ou pequeno, de estar confortável ou desconfortável, as sensações agradáveis e desagradáveis em várias partes do corpo (que cresce em direção a alguns estímulos e encolhe-se em direção a outros) e a capacidade de colocar o corpo em perspectiva na relação com o espaço que o circunda são passos importantes na criação da imagem corporal. Ela acrescenta que isso não pode ser conseguido sem a construção simultânea da imagem de um objeto do qual a pessoa se diferencia. Assim, a autora considera que o fluxo de forma tem um papel decisivo no desenvolvimento do núcleo corporal das imagens de si mesmo e dos outros. A modelagem no espaço torna-se uma parte integral da complexa inter-relação entre os objetos, não apenas aqueles percebidos fora, mas também suas imagens internalizadas. A modelagem do espaço em direções é usada para estabelecer ou descontinuar pontes com os objetos. Quando o movimento prossegue em direções, o espaço é dividido em linhas que formam pontes até os objetos ou abandonam o contato. O movimento pode ser nas seguintes direções: transversalmente e lateralmente (horizontalmente); para baixo e para cima (verticalmente); para frente e para trás (sagitalmente). As modelagens do espaço em planos são determinadas por pelo menos duas dimensões. Cada plano é usado de uma maneira diferente para melhor servir algumas funções do ego que têm um papel nas relações: horizontal - uma pessoa Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 37 pode fechar-se em pequenas áreas ou expandir-se em uma grande área do espaço, este plano é usado para explorar os objetos; vertical - uma pessoa pode ascender ou descender, unindo as direções vertical e lateral, para confrontar os objetos; sagital - a pessoa retrocede ou avança (unindo as direções frente/trás e alto/baixo) em antecipação às atitudes das outras pessoas. Na Tabela 2, apresentamos o sistema de movimento dos ritmos de fluxo de forma e modelagens e suas principais interpretações. Afinidades e Choques entre Padrões de Movimentos Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 38 A afinidade entre os padrões de movimento usados por duas pessoas é a base da empatia: A sintonia entre as pessoas é baseada na similaridade ou afinidade de seus padrões. Uma criança se sente como um ['at one' no original] com sua mãe quando ambos usam atributos de fluxo de tensão e de fluxo de forma idênticos. A empatia é baseada no uso de padrões que têm afinidade, não necessariamente idênticos (Kestenberg & Sossin, 1979, p. 72, tradução nossa). Em geral, o ego da mãe seleciona elementos de esforço que são derivados e têm afinidade com os atributos de fluxo de tensão que a criança usa a cada momento. A sintonia entre mãe e filho precisa ser adequadamente orientada para funções específicas para ser adaptativa. A mãe não deve apenas se sintonizar com o filho, mas também ensiná-lo a sintonizar-se com ela. Quando há choques constantes e intensos entre mãe e filho, com pouca ou nenhuma sintonia, eles podem diminuir a capacidade da criança de acomodação e conduzir a uma inibição e restrição das funções. No entanto, um excesso de sintonia também pode ser prejudicial à criança, vindo a atrasar o processo de diferenciação. Portanto, é necessário que haja um equilíbrio entre choques e sintonia na relação entre mãe e filho. Algumas crianças sintonizam melhor com os pais e avós do que com as mães. Nesses casos, quando a mãe vai para o trabalho, a criança pode começar a florescer com uma pessoa mais compatível que tome conta dela. Essas relações de sintonia ou não-sintonia não se restringem às crianças e às relações familiares, elas ocorrem, em maior ou menor grau, em qualquer situação na qual estivermos em contato com outro ser humano. Afinidades dentro dos sistemas de movimento e entre eles Os sistemas de movimento são o fluxo de tensão e esforços e fluxo de forma e modelagens. O primeiro lida com as necessidades (internas e externas) e o outro com as relações (da pessoa consigo mesma e com os outros). Uma afinidade geral no sistema de fluxo de tensão e esforço existe quando ou os atributos de 'lutar' ou os atributos de 'ceder' se combinam em uma ação. Assim padrões afins dão suporte a objetivos agressivos ou de sustentação da vida. No sistema de fluxo de forma e modelagem todos os padrões de forma fechada apóiam o objetivo de reduzir a exposição enquanto os padrões de forma aberta se Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 39 combinam para aumentar a exposição (Kestenberg & Sossin, 1979, p. 73, tradução nossa). Afinidades dentro de um sistema de movimento (por exemplo, dentro do sistema de fluxo de tensão e esforços) são chamadas verticais. A seleção de padrões homogêneos, com afinidades verticais específicas, é uma função do ego. Afinidades entre os dois sistemas são chamadas horizontais. São baseadas na compatibilidade entre lutar com formas fechadas e ceder com formas abertas. Os choques e harmonias são aspectos intrínsecos do processo de variação do movimento. O ego não apenas age como mediador entre componentes adversários, como cria conflitos. Nas Tabelas 3 e 4, expomosesquematicamente os principais aspectos ligados aos sistemas de movimento fluxo de tensão e esforços e fluxo de forma e modelagens respectivamente. Afinidades e choques verticais Cada um dos subsistemas pode ser usado para a expressão de conflito por combinações entre ceder e lutar ou de formas abertas e fechadas. Choques entre os Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 40 atributos de lutar e ceder no subsistema de fluxo de tensão e entre os atributos de formas abertas e formas fechadas no subsistema do fluxo de forma refletem conflitos entre os sentimentos. O ego só pode assumir um controle limitado sobre os sentimentos que estão ligados de perto às necessidades corporais; esses conflitos entre sentimentos são originados no id. Conflitos entre os elementos de lutar e ceder nos subsistemas de precursores de esforço ou nos esforços, e entre os elementos de formas abertas e fechadas nos subsistemas de modelagem em direções e modelagem em planos refletem conflitos no ego. Esses conflitos operam entre defesas incompatíveis, como identificação com o agressor e escape ou barrar o acesso para o agressor e aumentar os limites de contato para ele ao mesmo tempo. Eles também ocorrem como a incompatibilidade entre duas funções adaptativas do ego, como em direcionar a atenção e ir mais devagar, ou nas funções do ego de orientação para si mesmo e orientação para o objeto, como abraçar alguém e olhar para outro alguém. Afinidade e choques horizontais Existem mudanças no fluxo de tensão que não são acompanhadas por mudanças no fluxo de forma e vice-versa, quando isso acontece há um desequilíbrio entre os padrões de fluxo de tensão e forma. No primeiro caso, falta estrutura e, no segundo, impacto dinâmico. Além dessa possibilidade de desequilíbrio, existem situações em que ocorrem choques entre fluxos de tensão e forma, exemplificadas nas formas abertas com tensões presas ou formas fechadas com tensões livres. O fluxo de tensão reflete as necessidades corporais e o fluxo de forma é mais dependente das influências externas, a repetição rítmica de suas combinações expressa a congruência ou incongruência, o equilíbrio ou desequilíbrio, entre as respostas aos estímulos internos e as respostas aos estímulos externos. O quanto mais afins essas combinações, o menos propenso a conflitos é o indivíduo. A combinação harmoniosa entre esforço e modelagens é uma aquisição tardia. Ela se desenvolve gradualmente e não se torna consolidada antes da fase de latência. Gestos e posturas Na visão de Kestenberg, no gesto, apenas algumas partes do corpo são colocadas a serviço de um dado padrão de movimento. Já no movimento postural, todas as partes do corpo ficam envolvidas em uma ação que serve para a implementação de um padrão. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 41 Os padrões de esforço e modelagens do espaço em gestos são relacionados por Kestenberg a regulagens feitas pelo ego, enquanto que esses padrões, atuando nas posturas, refletem a influência do superego no controle do ego da motilidade. Assim, a fusão ou choque entre os padrões de movimento nos gestos e posturas são indicadores de harmonia ou conflito entre o ego e o superego. A combinação ou não combinação dos padrões de movimento dentro dos gestos e posturas são indicadores de harmonia ou conflito dentro do ego e do superego respectivamente. Além dos choques e fusões entre os padrões de movimento nos gestos e posturas, também podem ocorrer equilíbrios e desequilíbrios. Os desequilíbrios ocorrem quando ou um padrão de modelagem não é acompanhado por um padrão de esforço relacionado ou um padrão de esforço não é acompanhado por um padrão de modelagem relacionado. Se os padrões de modelagem não estão equilibrados por padrões de esforço relacionados, nós nos referimos a isto como 'forma sem conteúdo', ou como expressivo de relações com os objetos sem o suporte de qualidades dinâmicas, reveladas no esforço. Se os elementos de esforço não estão equilibrados por elementos de modelagem relacionados [...], a estrutura para uma ação dinâmica está faltando; nós assumimos que um tipo particular de adaptação à realidade desenvolveu-se sem uma relação a um objeto e é independente de objetos. Enquanto a não combinação expressa um tipo especial de conflito ou no ego ou no superego, o desequilíbrio implica um retardamento ou incompletude da estrutura (Kestenberg & Sossin, 1979, p.105, tradução nossa). Preferências Iniciais por Certos Ritmos de Movimento e suas Influências nos Padrões de Movimento da Vida Adulta As preferências por certos ritmos de movimento podem ser detectadas desde cedo e também podem ser reconhecidas na vida adulta, na qual aparecem freqüentemente em ritmos misturados. Ritmos encorajados pela mãe ou aumentados por forças biológicas específicas da fase (não só fase do desenvolvimento, como também fases decorrentes de fatos da vida adulta como, por exemplo, gravidez ou doença) aparecem freqüentemente em ritmos puros. Algumas vezes, os bebês mostram preferências claras por certos ritmos, sejam eles puros ou misturados, enquanto Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 42 outras vezes podem ser detectadas certas constelações rítmicas que podem ser definidas em termos de proporções entre os ritmos, seqüências e mutabilidade. Como vimos, o sistema de movimento do fluxo de tensão e esforço está relacionado às necessidades internas e externas da pessoa. Assim, a linha de desenvolvimento dos atributos do fluxo de tensão para os precursores de esforços e esforços sugere que afetos específicos, experienciados na infância, têm um papel na escolha posterior de modos de adaptação à realidade externa. Por sua vez, o sistema de movimento do fluxo de forma e modelagens expressa as relações da pessoa consigo mesma e com o meio. O campo do fluxo de forma e modelagens no espaço em direções e em planos fala sobre a linha de desenvolvimento das primeiras formas para as formas posteriores de relacionamento por meio do movimento. Dessa forma: Temperamentos ou modos persistentes de regulação do afeto podem influenciar escolhas futuras de defesas e mecanismos de lidar com o ambiente e sentimentos a respeito de si mesmo podem promover seletivamente certas formas de aproximação e relacionamento com os objetos (Kestenberg & Sossin, 1979, p. 109, tradução nossa). Considerações Finais Kestenberg traz à tona a relação entre o desenvolvimento dos padrões motores e o desenvolvimento da psique, assim como as origens dos padrões de movimento dos adultos em suas experiências e preferências da primeira infância. Indo além do aspecto de comunicação não-verbal do movimento, a autora encara-o como constituinte da pessoa, desdobrando seus significados. Também fica evidente como os ritmos de movimento influenciam no modo de pensar da pessoa e se relacionam de perto com seus sentimentos e sua personalidade. As pesquisas de Kestenberg são pouco difundidas no Brasil, entre a literatura nacional, apenas em Cabral (2001) foi encontrada uma menção a essas pesquisas. Cabral (2001) destaca aspectos dessas investigações enfocando as relações entre mãe e filho. Os estudos de Kestenberg vêm ao encontro de uma necessidade atual de aprofundar a compreensão domovimento humano, por meio de dados consistentes sobre os entrelaçamentos entre o mover e o afeto. O movimento em Kestenberg é Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 43 reconhecido como um fenômeno que evidencia a todo momento a singularidade dos sentidos de cada ser humano. Kestenberg apresenta a interferência dos mecanismos de defesa no movimento, mediante os precursores de esforço e modelagens em direções que modulam os ritmos de fluxo de tensão e de forma. Os precursores de esforço caracterizam a criação de tensões usadas na proteção do organismo contra estímulos internos e externos. As modelagens em direções dão forma ao corpo protegendo-o contra estímulos externos. Essa noção tem relação com o que é dito por outros autores sobre as tensões musculares que bloqueiam a expressão de necessidades internas, tensões estas que acabam por "moldar" o corpo (o que Kestenberg denomina "atitude corporal"), caracterizando modos próprios de posicionar-se e movimentar-se. Penna (1990) considera que "a origem psicológica do movimento são as pulsões, as tendências e os desejos expressos nas tensões corporais e revelados na linguagem dos gestos e dos sons humanos" (p. 171). Baseando-se em Sapir (1964 citado por Penna, 1990), a autora fala que os desejos se manifestam corporalmente na procura pelo objeto de satisfação, mas a tensão corporal pode bloquear a expressão do desejo. Penna (1989) menciona a teoria da "couraça muscular do caráter" de Reich (1957), ao considerar que a socialização faz com que o sujeito, ao longo de sua vida, vá adquirindo tensões excessivas em determinados segmentos de seu corpo, conseqüência dos atos não realizados. Outro aspecto relevante dos estudos Kestenberg diz respeito às relações entre os corpos. Kestenberg enfoca a importância da sintonia entre os movimentos de mãe e filho, entre coleguinhas, entre terapeuta e paciente, observador e observado e outros. Amighi e cols. (1999) definem a sintonia corporal como a mistura ou adaptação dos ritmos àqueles de outra pessoa. Assim, a sintonia permite à mãe e ao nenê, por exemplo, a convivência em harmonia. Kestenberg e Sossin (1979) colocam que a sintonia no fluxo de tensão entre duas pessoas está relacionada à empatia e o ajuste no fluxo de forma relaciona-se à confiança mútua. Sintonizar-se e ajustar-se à outra pessoa, compartilhando com ela os mesmos ritmos de fluxos de tensão e de forma, ou ritmos afins, cria o fundamento para a empatia no Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 44 estabelecimento de um relacionamento. Além disso, favorece a comunicação e, por conseguinte, o entendimento do movimento do outro. Segundo Schilder (1950/1999), se uma pessoa vê outra se movendo, tem estes movimentos evocados em seu próprio corpo. Reed e Farah (1995) verificaram, mediante experimentos, que um mesmo esquema corporal é usado para processar as informações relativas ao próprio corpo e para processar informações relativas aos corpos dos outros. Segundo Penna (1989), existe uma tendência atualmente a introduzir técnicas corporais nas psicoterapias. A autora aponta que isso altera a relação psicoterapêutica: [...] técnicas de mobilização da sensibilidade e dos movimentos do paciente, subverteram a antiga relação terapêutica, introduzindo o contato proximal entre o terapeuta e seu paciente, [este fato] provoca a reformulação do conceito de transferência e pede que o profissional esteja muito consciente do seu próprio corpo em relação com o outro (p. 1). Dosamantes (em entrevista cedida a Fairweather, 1994) relata que os movimentos dos pacientes em terapias somatopsíquicas podem despertar no terapeuta momentos da vida dele que, de alguma forma, se assemelham aos momentos pelos quais os pacientes estão passando. O terapeuta pode, nesse processo, considerar suas próprias experiências pessoais e reações corporais no contato como os pacientes como referências para facilitar o conhecimento da etapa do processo no qual os pacientes estão durante o tratamento. Segundo Dosamantes, esse processo é chamado de contra-transferência. Ambra (1995) também levanta esse ponto e afirma que o terapeuta deve ser muito cuidadoso nesse processo de contra- transferência. Scaer (2001) também aborda a importância das relações corporais entre o terapeuta e o paciente, focando a cura de traumas. De acordo com ele, os sintomas físicos decorrentes do trauma devem ser tratados pelo terapeuta como legítimos e significativos. Fica evidente que as considerações de Kestenberg trazem parâmetros necessários para quem trabalha em uma perspectiva psicossomática. A autora relaciona o impulso que move o corpo à qualidade do movimento. Na perspectiva adotada por ela, os ritmos de movimento predominantes nos padrões de movimento de Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 45 determinada pessoa podem nos fornecer dados sobre etapas iniciais da vida da pessoa. Longe de ser simplificadora, Kestenberg traz um sistema complexo para a análise do movimento do outro. Por meio de seus estudos fica evidente a importância do terapeuta atentar para seu próprio corpo no processo de permitir a expressão do corpo do outro. A configuração de seu corpo é importante para fornecer um ambiente receptivo e seguro para acolher os ritmos de movimento do outro. Referências Ambra, L. N. (1995). Approaches used in dance/movement therapy with adult women incest survivors. American Journal of Dance Therapy, 17(1), 15-24. [ Links ] Amighi, J. K.; Loman, S.; Lewis, P. & Sossin, M. (1999). The meaning of movement: developmental and clinical perspectives of the Kestenberg Movement Profile. New York: Routledge. [ Links ] Cabral, S. V. (2001). Psicomotricidade relacional: prática clínica e escolar. Rio de Janeiro: RevinteR. [ Links ] Damásio, A. R. (1996). O erro de Descartes. (D. Vicente e G. Segurado, Trads.) São Paulo: Companhia das Letras. 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New York: The Haworth Medical Press. [ Links ] Schilder, P. (1999). A Imagem do corpo: as energias construtivas da psique (R. Wertman, Trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1950) [ Links ] Stinson, S. W. (1995). Body of Knowledge. Educational theory, 45(1), 43-54. [ Links ] Recebido em 17.02.2006 Primeira decisão editorial em 16.06.2007 Versão final em 10.09.2007 Aceito em 03.03.2008 1 Agradecemos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo financiamento à pesquisa que originou este artigo (Processo 01/01510-5). Uma versão preliminar deste trabalho fez parte da dissertação de mestrado da primeira autora, defendida em 2003 na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). 2 Endereço: Rua Dr. José Ramos de Oliveira Júnior, Lt. 24, Qd. H, Bairro Vale das Garças, Campinas, S.P, Brasil 13085-751. E-mail: l.turtelli@iar.unicamp.br 3 Kestenberg e Sossin (1979) utilizam o termo pulsão no sentido freudiano (Freud, 1957), relacionado à representação psíquica das necessidades. Segundo esses autores, cada pulsão possui origem em uma zona corporal específica e processo de descarga, objetivo e objeto determinados. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 47 4 Kestenberg utiliza os conceitos freudianos "ego", "id" e "superego". Estas são as três principais subdivisões funcionais do aparelho mental propostas por Freud. O ego está ligado à racionalidade e às defesas, possui uma parte consciente e uma inconsciente, serve como um intermediário entre o indivíduo e a realidade externa, está numa relação de dependência quanto às reivindicações do id, bem como aos imperativos do superego e às exigências da realidade externa. O id constitui o pólo pulsional da personalidade, os seus conteúdos, expressão psíquica das pulsões, são inconscientes, em parte inatos e em parte recalcados e adquiridos. O superego constitui-se por interiorização das exigências e das interdições parentais. Tem um papel de censor relativamente ao ego, são suas funções a consciência moral, a auto-preservação e a formação de ideais (Laplanche & Pontalis, 1967/1986; Moore & Fine, 1990/1992; Rycroft, 1968/1975). 5 Kestenberg utiliza a terminologia da psicanálise freudiana para dividir as fases do desenvolvimento, considerando as fases oral, anal, uretral, genital-interna, fálica, latência e adolescência. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 48 Psicomotricidade: história, desenvolvimento, conceitos, definições e intervenção profissional Psychomotricity: history, development, concepts, definitions and professional intervention Psicomotricidad: historia, desarrollo, conceptos, definiciones e intervención profesional Mestrando do Programa de Mestrado em Ciência da Motricidade Humana Universidade Castelo Branco – LABESPORTE Sócio-Diretor, Coordenador Técnico e Professor da Academia da Usina Rio de Janeiro, RJ. Ricardo Martins Porto Lussac ricardolussac@yahoo.com.br (Brasil) Resumo Este artigo investigou a história e o desenvolvimento da Psicomotricidade, e o discurso de autores e instituições sobre o conceito e a definição de Psicomotricidade através de revisão bibliográfica, análise documental e análise de conteúdo. Também foram verificadas as áreas de intervenção da psicomotricidade e, respectivamente, dos psicomotricistas, as quais foram verificadas basicamente três: educação, reeducação e terapia psicomotora. Observamos que por ser a Psicomotricidade uma profissão não regulamentada e os respectivos profissionais atuarem em diversificadas ocupações, há a possibilidade de ocorrer conflitos com outras profissões no âmbito das suas respectivas áreas de intervenção profissional, no caso, Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina e possivelmente outras, especificamente nas áreas da Saúde e Educação. Unitermos: Psicomotricidade. História. Intervenção profissional. Abstract This article sought to investigate psychomotricity‟s history and development, the speech of authors and institutions of the area about psychomotricity‟s concept and definition. Also were investigated areas of intervention of psychomotricity and, respectively, of psychomotricians, in which were verified at least three áreas of atuation: education, reeducation and psychomotor therapy. We observed that for being psychomotricity a profession no regulated and respective professionals act in diversificated areas, there is possibility of conflicts with other professions in the extent of theirs respective areas of professional intervention as Physical Education, Physiotherapy, Phonology, Medicine and possibly others specifically in the areas of Health and Education. Keywords: Psychomotricity, History, Professional Intervention. Resumen En este artículo investigo la historia y el desarrollo de la Psicomotricidad, y el discurso de autores y las instituciones en el concepto y la definición de Psicomotricidad a través de una revisión bibliográfica, el análisis documental y el análisis del contenido. También fueron estudiadas las áreas de intervención del psicomotricidad y, respectivamente, de los psicomotricistas, que básicamente son tres: educación, re-educación y terapia psicomotora. Observamos específicamente que para ser el de Psicomotricista es una profesión regulada y los profesionales respectivos no actúan en ocupaciones diversificadas. Existe la posibilidad de que existan conflictos con otras profesiones en el abordajes de sus áreas respectivas de intervención profesional, como es el caso, de la Educación Física, de la Fisioterapia, de la Fonoaudiologia, de la Medicina y posiblemente de otras, en las áreas de la salud y de la educación. Palabras clave: Psicomotricidad. Historia. Intervención profesional. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 126 - Noviembre de 2008 1 / 1 Introdução ao estudo Este trabalho teve o objetivo de abordar a história e o desenvolvimento da psicomotricidade, sua definição, conceitos e seu desenvolvimento, e ainda outros aspectos, como: a definição de psicomotricista e suas respectivas áreas de trabalho e intervenção, clientela e mercado de trabalho. Este estudo poderá de fornecer subsídios para outras de pesquisas sobre o assunto, auxiliando estudantes e pesquisadores da área, e conseqüentemente, em uma possível melhor intervenção e compreensão em suas respectivas áreas. Considerações sobre a metodologia Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MGCEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 49 A pesquisa seguiu a estratégia de revisão de literatura, análise documental e análise de conteúdo, sendo um estudo histórico e também comparativo. Comparativo, pois, foram verificadas as ausências, semelhanças e diferenças nas definições encontradas. Quanto ao modelo de estudo, é tipificada como uma pesquisa descritiva, qualitativa, tendo a análise de conteúdo como a sua característica principal e também como procedimento, perfazendo uma revisão de literatura sobre a psicomotricidade. A pesquisa é caracterizada como uma pesquisa indireta, pela utilização de informações, conhecimentos e dados que já foram coletados, através de uma pesquisa documental e bibliográfica, método bibliográfico (MATTOS, 2004). As fontes foram diversas e tiveram um tratamento qualitativo. Portanto, procurei realizar uma revisão de literatura no intuito de, inicialmente, conhecer o início da história e desenvolvimento da psicomotricidade, perfazendo brevemente sua trajetória em um âmbito geral, encontrando a sua definição por diversos autores utilizados como pressuposto teórico na pesquisa. Em relação à delimitação do estudo, esta pesquisa foi restrita à revisão de literatura realizada de interesse ao objeto investigado. Psicomotricidade: histórico e desenvolvimento, conceitos e definições, intervenção profissional e outros aspectos Quando queremos explicar o desenvolvimento de algo é comum iniciarmos pela gênese do fenômeno. Em todas as culturas isto é um fato corriqueiro e é conhecido academicamente como Cosmogonia. Deste modo, iniciaremos pela história da Psicomotricidade. Historicamente o termo "psicomotricidade" aparece a partir do discurso médico, mais precisamente neurológico, quando foi necessário, no início do século XIX, nomear as zonas do córtex cerebral situadas mais além das regiões motoras. Com o desenvolvimento e as descobertas da neurofisiologia, começa a constatar-se que há diferentes disfunções graves sem que o cérebro esteja lesionado ou sem que a lesão esteja claramente localizada. São descobertos distúrbios da atividade gestual, Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 50 da atividade práxica. Portanto, o "esquema anátomo-clínico" que determinava para cada sintoma sua correspondente lesão focal já não podia explicar alguns fenômenos patológicos. É, justamente, a partir da necessidade médica de encontrar uma área que explique certos fenômenos clínicos que se nomeia, pela primeira vez, o termo Psicomotricidade, no ano de 1870. As primeiras pesquisas que dão origem ao campo psicomotor correspondem a um enfoque eminentemente neurológico (SBP, 2003). A Psicomotricidade no Brasil foi norteada pela escola francesa. Durante as primeiras décadas do século XX, época da primeira guerra mundial, quando as mulheres adentraram firmemente no trabalho formal enquanto suas crianças ficavam nas creches, a escola francesa também influenciou mundialmente a psiquiatria infantil, a psicologia e a pedagogia. Em 1909, a figura de Dupré, neuropsiquiatra, é de fundamental importância para o âmbito psicomotor, já que é ele quem afirma a independência da debilidade motora, antecedente do sintoma psicomotor, de um possível correlato neurológico. Neste período o tônus axial começava a ser estudado por André Thomas e Saint-Anné Dargassie. Em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo, ocupa-se do movimento humano dando-lhe uma categoria fundante como instrumento na construção do psiquismo. Esta diferença permite a Wallon relacionar o movimento ao afeto, à emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo, e discursar sobre o tônus e o relaxamento. Em 1935, Edouard Guilmain, neurologista, desenvolve um exame psicomotor para fins de diagnóstico, de indicação da terapêutica e de prognóstico. Em 1947, Julian de Ajuriaguerra, psiquiatra, redefine o conceito de debilidade motora, considerando-a como uma síndrome com suas próprias particularidades. É ele quem delimita com clareza os transtornos psicomotores que oscilam entre o neurológico e o psiquiátrico. Ajuriaguerra aproveitou os subsídios de Wallon em relação ao tônus ao estudar o diálogo tônico. A relaxação psicotônica foi abordada por Giselle Soubiran (SBP, 2003) e (ISPE- GAE, 2007). “No Brasil, Antonio Branco Lefévre buscou junto as obras de Ajuriaguerra e Ozeretski, influenciado por sua formação em Paris, a organização da primeira escala de avaliação neuromotora para crianças brasileiras. Dra. Helena Antipoff, assistente de Claparéde, em Genebra, no Institut Jean- Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 51 Jacques Rosseau e auxiliar de Binet e Simon em Paris, da escola experimental "La Maison de Paris", trouxe ao Brasil sua experiência em deficiência mental, baseada na Pedagogia do interesse, derivada do conhecimento do sujeito sobre si mesmo, como via de conquista social... Em 1972, a argentina, Dra. Dalila de Costallat, estagiária do Dr. Ajuriaguerra e da Dra. Soubiran em Paris, é convidada a falar em Brasília às autoridades do Ministério da Educação, sobre seus trabalhos em deficiência mental e inicia contatos e trocas permanentes com a Dra. Antipoff no Brasil” (ISPE-GAE, 2007). Com estas novas contribuições, a psicomotricidade diferencia-se de outras disciplinas, adquirindo sua própria especificidade e autonomia. Na década de 70, diferentes autores definem a psicomotricidade como uma motricidade de relação, enquanto na mesma época, profissionais estrangeiros convidados vinham ao Brasil para a formação de profissionais brasileiros. Em 1977 é fundado GAE, Grupo de Atividades Especializadas, que veio a promover a partir de 1980 vários encontros nacionais e latino-americanos. O 1° Encontro Nacional de Psicomotricidade foi realizado em 1979. O GAE é responsável pela parte clínica e o ISPE, Instituto Superior de Psicomotricidade e Educação, destinado à formação de profissionais em psicomotricidade, se dedica ao ensino de aplicações da psicomotricidade em áreas de saúde e educação. Em 1982, o ISPE-GAE realiza o vínculo científico-cultural com a Escola Francesa através da exclusiva Delegação Brasileira da OIPR - Organisation Internationale de Psychomotricité et de Relaxation. A SBP - Sociedade Brasileira de Psicomotricidade, entidade de caráter científico-cultural sem fins lucrativos, foi fundada em 19 de abril de 1980 com o intuito de lutar pela regulamentação da profissão, unir os profissionais da psicomotricidade e contribuir para o progresso da ciência, promovendo congressos, encontros científicos, cursos, entre outros. Começa então, a ser delimitada uma diferença entre postura reeducativa e uma terapêutica, já demonstrando diferenças em intervenções da Psicomotricidade, e que, ao despreocupar-se da técnica instrumentalista e ao ocupar-se do corpo em sua globalidade, vai dando progressivamente, maior importância à relação, à afetividade e ao emocional, acompanhando as tendências do momento por que passava. No entanto, sob o prisma do discurso da SBP, a psicomotricidade não é a soma da psicologia com a motricidade, ela tem valor em si. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 52 Para o psicomotricista, o conceito de unidade ultrapassa a ligação entre psico esoma. O indivíduo é visto dentro de uma globalidade, e não num conjunto de suas inclinações (SBP, 2003) e (ISPE-GAE, 2007). Encontramos várias definições para a Psicomotricidade. Cada autor coloca o seu olhar para defini-la. A ISPE-GAE e a SBP definem respectivamente a Psicomotricidade e o emprego de seu termo como: “Psicomotricidade é uma neurociência que transforma o pensamento em ato motor harmônico. É a sintonia fina que coordena e organiza as ações gerenciadas pelo cérebro e as manifesta em conhecimento e aprendizado. Psicomotricidade é a manifestação corporal do invisível de maneira visível. É uma ciência terapêutica adotada na Europa há mais de 60 anos, principalmente na França, que instituiu o primeiro curso universitário de Psicomotricidade em 1963 (ISPE-GAE, 2007). a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. (S.B.P.1999) Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização” (SBP, 2003). Nas palavras de Defontaine: “La Psychomotricité est le désir de faire, du vouloir faire; lê savoir faire et le pouvoir faire” (DEFONTAINE apud OLIVEIRA, 2001, p. 28). “A psicomtricidade é um caminho, é o desejo de fazer, de querer fazer; o saber fazer e o poder fazer” (ibidem, 2001, p. 34). Defontaine declara que só poderemos entender a psicomotricidade através de uma triangulação corpo, espaço e tempo. Defontaine define os dois componentes da palavra; psico significando os elementos Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 53 do espírito sensitivo, e motricidade traduzindo-se pelo movimento, pela mudança no espaço em função do tempo e em relação a um sistema de referência (ibidem, 2001, p. 35). O Prof. Dr. Júlio de Ajuriaguerra, a Profª. Drª. Dalila M. M. de Costallat e a Profª. Drª. Maria Beatriz da Silva Loureiro, fundadora do GAE e do ISPE, conceituam e definem respectivamente a Psicomotricidade de seguinte modo: “A Psicomotricidade se conceitua como ciência da Saúde e da Educação, pois indiferente das diversas escolas, psicológicas, condutistas, evolutistas, genéticas, etc. ela visa a representação e a expressão motora, através da utilização psíquica e mental do indivíduo (AJURIAGUERRA apud ISPE-GAE, 2007). Psicomotricidade é a ciência de síntese, que com a pluralidade de seus enfoques, procura elucidar os problemas, que afetam as interrelações harmônicas, que constituem a unidade do ser humano e sua convivência com os demais (COSTALLAT apud ISPE-GAE, 2007). A Psicomotricidade é a otimização corporal dos potenciais neuro, psico-cognitivo funcionais, sujeitos as leis de desenvolvimento e maturação, manifestados pela dimensão simbólica corporal própria, original e especial do ser humano” (LOUREIRO apud ISPE-GAE, 2007). Já Fonseca afirma que se deve tentar evitar uma análise desse tipo para não cair no erro de enxergar dois componentes distintos: o psíquico e o motor, pois ambos são o mesmo (FONSECA apud OLIVEIRA, 2001). A psicomotricidade para Fonseca não é exclusiva de um novo método ou de uma “escola” ou de uma “corrente” de pensamento, nem constitui uma técnica, um processo, mas visa fins educativos pelo emprego do movimento humano (ibidem, 2001). Para Nicola, uma conceituação atual de psicomotricidade é que esta ciência nova, cujo objeto de estudo é o homem nas suas relações com o corpo em movimento, encontra sua aplicação prática em formas de atuação que configuram uma nova especialidade. A psicomotricidade estuda o homem na sua unidade como pessoa (NICOLA, 2004, p. 5). Nicola ainda fornece outro conceito, pautada na soma do termo Motricidade e do prefixo Psico: Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 54 “Motricidade: por definição conceitual é a propriedade que têm certas células nervosas de determinar a contração muscular. Psico (Gr Psyquê): vem representar a alma, espírito, intelecto. Psicomotricidade: condição de um estado de coisas corpo / mente. Visão global de um indivíduo, onde a base de atuação está no conhecimento desta fusão.” (ibidem, 2004, p. 5). No geral, os psicomotricistas não costumam gostar do termo motricidade, pois enxergam a motricidade indissociável da psique humana. O termo motricidade é mais utilizado pela área da educação física no âmbito da perspectiva do treinamento esportivo, ligado à coordenação motora como qualidade física, sendo interpretado de forma diferente da perspectiva da Psicomotricidade. Também há uma área do conhecimento que trata a motricidade como um dos seus objetos teóricos e práticos de estudo: é a da Ciência da Motricidade Humana - CMH, ou Cineantropologia, articulada com um corpo epistemológico próprio e que enfoca a motricidade sob um paradigma diferente do da Psicomotricidade. Mas visto que, quando se aborda a motricidade humana, a psique humana não é deixada de fora, certos embates semânticos não merecem tantas linhas de discussão. È necessário observar os objetos de estudos sob a perspectiva de cada área do conhecimento para uma compreensão isenta de poluição epistemológica ou preconceito científico. O conceito de Ciência da Motricidade Humana do Programa de Ciência da Motricidade Humana da Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, é o seguinte: “Ciência da Motricidade Humana é a área do saber que estuda as múltiplas possibilidades intencionais de interpretação do ser do Homem e de suas condutas e comportamentos motores no âmbito da fenomelalogia existencial transubjetiva e da filosofia dos valores, ou seja, a partir da complexidade cultural de uma vida existencial inserida em um contexto de circunstância e facticidade e de corporeidade de um “ser Humano”, do “ente” (do Ser do Homem), em um permanente estado de necessidades, oriundas de suas carências, privações ou vacuidades de natureza: bio-físicas; bio-psíquicas ou emocionais; bio-morais (bioética) ou humanas; bio- sociais ou históricas; e bio-transcendentes ou cósmicas. Tais possibilidades de Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 55 interpretação são operacionalizadas de forma multidisciplinar, interdisciplinar, transdisciplinar e através dos mecanismos cognoscitivos da pré-compreensão fenomenológica, da explicação fenomênica e da ordenação axiológica.” (BERESFORD, 2004). Nesta citação e também em outros trabalhos de autores que compõe o corpo epistemológico da CMH, nos deparamos com diversos conceitos que são encontrados nesta área, como: conduta motora, comportamento motor, corporeidade, comunicação motora, ergomotricidade, ludomotricidade, ludoergomotricidade, entre outros. Para não alongar demais este trabalho e por já estar trabalhando com o conceito de motricidade, foi escolhido somente este para perfazer um pequeno esboço da perspectiva da CMH para a motricidade: “Motricidade: Processo adaptativo, evolutivo e criativo de um ser práxico, carentedos outros, do mundo e da transcedência. Intencionalidade operante, segundo Maurice Merleau-Ponty. O físico, o biológico e o antropossociológico estão nela, como a dialética numa totalidade. Como ser carente, o homem é um ser práxico e onde, por isso, a motricidade se afirma na intencionalidade electiva. Mas a motricidade humana e, conseqüentemente, cultura, acima do mais – cultura não ancilosada em erudição inerte, mas cultivada porque praticada. A motricidade não se confunde com a motilidade. Esta não excresce a faculdade de execução de movimentos que resultam da contração de músculos lisos ou estriados. A motricidade está antes da motilidade, porque tem a ver com os aspectos psicológico, organizativo, subjetivo do movimento. A motricidade é o virtual e a motilidade, o actual, de todo o movimento. Afinal, a motilidade é expressão da motricidade.” (CUNHA, 1994, p. 156). Continuando a conceituação por outros autores, de acordo com Neto: “A motricidade é a interação de diversas funções motoras (perceptivomotora, neuromotora, psicomotora, neuropsicomotora, etc.)” (NETO, 2002, p. 12). Na visão de De Meur & Staes “a psicomotricidade quer justamente destacar a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e facilitar a abordagem global da criança por meio de uma técnica.” (DE MEUR & STAES, 1991, p. 5). Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 56 Segundo uma definição considerada por Jacques Chazaud, citada por Alves, “a psicomotricidade consiste na unidade dinâmica das atividades, dos gestos, das atitudes e posturas, enquanto sistema expressivo, realizador e representativo do “ser-em-ação” e da “coexistência” com outrem” (CHAZAUD apud ALVES, 2003, p. 15). Sob o ponto de vista do “ser-em-ação” e também abordando sob um enfoque histórico-antropológico, podemos recorrer aos estudos de Harrow (apud OLIVEIRA, 2001), que faz uma análise sobre o homem primitivo ressaltando como o desafio de sua sobrevivência estava ligado ao desenvolvimento psicomotor e seu caráter utilitário. As atividades básicas consistiam em caça, pesca e colheita de alimentos e, para isto, os objetivos psicomotores eram essenciais para a continuação da existência em grupo. Necessitavam de agilidade, força, velocidade, coordenação. A recreação, os ritos cerimoniais e as danças em exaltação aos deuses, a criação de objetos de arte também eram outras atividades desenvolvidas por eles. Tiveram que estruturar suas experiências de movimentos em formas utilitárias mais precisas. Hoje, o homem também necessita destas habilidades embora tenha se aperfeiçoado mais para uma melhor adaptação ao meio em que vive. Necessita ter um bom domínio corporal, boa percepção auditiva e visual, uma lateralização bem definida, faculdade de simbolização, orientação espaço-temporal, poder de concentração, percepção de forma, tamanho, número, domínio dos diferentes comandos psicomotores como coordenação fina, global, equilíbrio. Harrow cita ainda os sete movimentos ou modelos de movimentos básicos inerentes ao homem que são: correr, saltar, escalar, levantar peso, carregar (sentido de transportar), pendurar e arremessar; todos eles básicos em trabalhos de práticas e vivências psicomotoras atuais. O Laboratório de Currículos da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro em 1981 define a educação psicomotora como a educação da criança através de seu próprio corpo e de seu movimento. A criança é vista em sua totalidade e nas possibilidades que apresenta em relação ao meio ambiente, isto é, a educação deve ser feita em função da idade e dos interesses das crianças. Desta forma, a passagem de uma fase para outra será gradativa e dentro do tempo próprio de cada criança. O professor deve acompanhar este tempo sem tentar forçar uma Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 57 antecipação. Por isso, a psicomotricidade tem como ponto de partida o desenvolvimento psicológico da criança, na medida em que acompanha as leis do amadurecimento do sistema nervoso através da mielinização. Uma das suas finalidades é preparar a base para a educação daquelas capacidades indispensáveis à aprendizagem escolar, evitando dificuldades tão comuns à alfabetização (ARAÚJO, 1998). Observamos que o Laboratório de Currículos da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro toma como ponto de partida para o desenvolvimento da criança o aspecto psicológico e do sistema nervoso, quanto ao aspecto da maturação da mielinização, o quê podemos constatar nos estudos de Fonseca. Para Lapierre e para Le Boulch apud Oliveira, a educação psicomotora deve ser uma formação de base indispensável a toda criança (OLIVEIRA, 2001). Para Oliveira, o movimento é um suporte que ajuda a criança adquirir o conhecimento do mundo que a rodeia através de seu corpo, de suas percepções e sensações (ibidem, 2001). De acordo com esta autora, a psicomotricidade se propõe a permitir ao homem “sentir-se bem na sua pele”, permitir que se assuma como realidade corporal, possibilitando-lhe a livre expressão de seu ser; pois de acordo com a autora, o indivíduo não é feito de uma só vez, mas se constrói, paulatinamente, através da interação com o meio e de suas próprias realizações e a psicomotricidade desempenha aí um papel fundamental (ibidem, 2001). Le Boulch aponta correntes distintas na psicomotricidade. Enquanto uma aponta para a educação psicomotora, outra, para a terapia e reeducação psicomotora (LE BOULCH, 1982). Estas correntes já apontam não só para diferentes intervenções, de um modo superficial, sob a perspectiva de mercado e atuação profissional, mas, sobretudo, de diferentes olhares. Fonseca nos diz que, a psicomotricidade tende atualmente a ser reconceitualizada, não só pela “intrusão” de fatores antropológicos, filogenéticos, ontogenéticos, paralingüísticos, como essencialmente cibernéticos e psiconeurológicos. È na integração transdisciplinar destas áreas do saber que provavelmente se colocará no futuro a evolução e atualização do conceito de Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 58 psicomotricidade (FONSECA, 1995). Deste modo, Fonseca expõe um fato comum que ocorre em todas as áreas da Ciência, devido à quantidade de informações que devem ser compartilhadas, pelas atuações e trabalhos transdisciplinares, e pelos diferentes novos olhares e abordagens que vêm surgindo a todo instante nas mais diferentes áreas. Para Lorenzon, em relação à definição da psicomotricidade convém referir que seu estudo é recente, pois ainda no início deste século era tratada excepcionalmente. Pouco a pouco, a psicomotricidade afirma-se em diversas orientações que atualmente tentem agrupar-se (LORENZON, 1995). Neste sentido é natural que instituições norteadoras da área, como a SBP, apontem os conceitos, definições e abrangência de atuação. Neste caso, Psicomotricista, segundo a SBP, é o profissional da área de saúde e educação que pesquisa, ajuda, previne e cuida do Homem na aquisição, no desenvolvimento e nos distúrbios da integração somapsíquica (SBP, 2003). Suas áreas de atuação segundo a SBP são: “Educação, Clínica (Reeducação, Terapia), Consultoria e Supervisão.” (ibidem, 2003). A intervenção psicomotora também pode ser diversificada. Mas Mello aponta três áreas básicas deatuação psicomotora: “Nos estudos dos pesquisadores recentes, são apontados três principais campos de atuação ou formas de abordagem da Psicomotricidade: 1. Reeducação Psicomotora; 2. Terapia Psicomotora; e 3. Educação Psicomotora. Embora em certos trabalhos esses três níveis de atuação cheguem a confundir-se, existem características próprias em cada um deles.” (MELLO, 2002, p. 33). De acordo com Neto, na atualidade, existe um grande número de profissionais de áreas diversas que utilizam a motricidade ou a psicomotricidade em diferentes contextos e em diferentes faixas etárias, como em escolas, clínicas de reabilitação, academias, hospitais e outros (NETO, 2002). Segundo ele: “profissionais de medicina (pediatria, psiquiatria, neurologia e reabilitação infantil); psicologia (psicologia evolutiva, do esporte e especial); educação física e pedagogia (ensino regular e fundamental); fisioterapia e fonoaudiologia. A análise dessa Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 59 realidade leva à busca de critérios claros que justifiquem tal situação de heterogeneidade – tanto no âmbito da interpretação de aspectos teóricos fundamentais como nas decisões relativas à sua aplicação.” (ibidem, 2002, p. 12). Tamanha diversificação profissional, áreas e sub-áreas não muito bem delimitadas, assim como, competências que acabam por invadir determinadas intervenções, podem causar conflitos em áreas de intervenção profissional. A clientela atendida pelo psicomotricista, como veremos, também é diversificada. Segundo a SBP, esta clientela é a seguinte: “Crianças em fase de desenvolvimento; bebês de alto risco; crianças com dificuldades/atrasos no desenvolvimento global; pessoas portadoras de necessidades especiais: deficiências sensoriais, motoras, mentais e psíquicas; pessoas que apresentam distúrbios sensoriais, perceptivos, motores e relacionais em conseqüência de lesões neurológicas; família e a 3ª idade.” (SBP, 2003). E o mercado de trabalho do psicomotricista, o qual mais uma vez podemos caracterizar amplo e diversificado, segundo a SBP consiste em creches; escolas; escolas especiais; clínicas multidisciplinares; consultórios; clínicas geriátricas; postos de saúde; hospitais; empresas (ibidem, 2003). Como observamos, a atuação do psicomotricista, profissão não regulamentada, cujo alguns entendem estar englobada pela área da Educação Física, quando se trata de atuar no âmbito das atividades físicas, certas vezes pode, portanto, adentrar também no âmbito da reabilitação, área característica da Fisioterapia e em certos casos da Fonoaudiologia e da Medicina e Psicologia. Resultados e conclusão Após descrever uma breve narrativa da história e do desenvolvimento da Psicomotricidade e alguns de seus principais personagens, foi constatada através do discurso de diversos autores e instituições, que não há um conceito e definição única. Existem olhares plurais sobre a Psicomotricidade, o que não quer dizer que tais discursos possam divergir, pelo contrário, tais discursos são pautados em pressupostos comuns da Psicomotricidade. Quanto ao aspecto da intervenção na área da psicomotricidade, foi verificado que há basicamente três áreas de atuação: Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 60 educação, reeducação e terapia psicomotora. Apesar de já haver a vários anos no Brasil, cursos de graduação e pós-graduação latu senso em psicomotricidade reconhecidos pelo MEC, a Psicomotricidade ainda não é uma profissão regulamentada: “No Brasil, tramitamos com um projeto de legalização da profissão do psicomotricista na Assembléia Nacional desde 1996” (ISPE-GAE, 2007), “A Sociedade Brasileira de Psicomotricidade... tem como objetivo maior a busca pela legalização do projeto que regulamenta a profissão” (SBP, 2003). E por ser a Psicomotricidade uma profissão não regulamentada, e por vezes, profissionais de diferentes áreas possivelmente adentrarem em intervenções delimitadas a outras profissões, acreditamos que podem ocorrer conflitos de atuação e intervenção profissional em determinadas áreas. Referências bibliográficas ALVES, Fátima. Psicomotricidade: corpo, ação e emoção. Rio de Janeiro: Wak, 2003. ARAUJO, Adriana Simões. Contribuições da Música no desenvolvimento Psicomotor da criança em idade pré-escolar. Universidade Estácio de Sá, Faculdade de Educação Física. Dezembro / 1998. BERESFORD, Heron. Conceito de Ciência da Motricidade Humana. Anotações em sala de aula na disciplina Estatuto Epistemológico da Motricidade Humana. Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, 1º quadrimestre, 2004, (mimeo). CUNHA, Manuel Sérgio Vieira e. Para uma Epistemologia da Motricidade Humana. 2ª edição. Lisboa: Compendium, 1994. DE MEUR, A. & STAES, L. Psicomotricidade: Educação e reeducação – níveis maternal e infantil. Editora Manole, 1991. FONSECA, Vítor da. Manual de obsevação psicomotora: significação psiconeurológica dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. _________. Psicomotricidade: filogênese, ontogênese e retrogênese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. ISPE-GAE. Instituto Superior de Psicomotricidade e Educação e Grupo de Atividades Especializadas. Disponível em: http://www.ispegae-oipr.com.br. Acessado em 08 outubro 2007. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 61 LE BOULCH, Jean. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento aos 6 anos. Trad. Por Ana Guardiola Brizolara. 7ª edição. Porto alegre: Artes Médicas, 1992. LORENZON, Agnès Michele Marie Delobel. Psicomotricidade: Teoria e Prática. Porto Alegre: Edições Est, 1995. LUSSAC, Ricardo Martins Porto (Mestre Teco). Desenvolvimento psicomotor fundamentado na prática da capoeira e baseado na experiência e vivência de um mestre da capoeiragem graduado em educação física. Universidade Cândido Mendes, Pós-Graduação “Lato Sensu”, Projeto A vez do Mestre. Rio de Janeiro: 2004. MATTOS, Mauro Gomes de; ROSSETO JÚNIOR, José; BLECHER, Shelly. 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Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 62 PSICOMOTRICIDADE COM BAKHTIN, VYGOTSKY E PAULO FREIRE: etapas do recorte na educação infantil Maria Inês Barreto Netto Lilian Cristina A. Teixeira de Aguiar Renata dos Santos Melro Espedita Alexandra Ramos Adriana Santosda Mata mibnetto@terra.com.br http://entretexto.blogspot.com Resumo Desde a década de 1990, na Unidade Municipal de Educação Infantil Rosalina de Araújo Costa, no Barreto, em Niterói, trabalhamos as etapas do recorte com base nas pesquisas de Dalila Molina Costallat (1987) em psicomotricidade. Nos últimos anos, a relação entre palavra e ação integrou conscientemente a essência desse trabalho entre nós. A interação discursiva que envolve a professora, as crianças e as ações com o material usado durante o desenvolvimento das etapas do recorte é o princípio constituinte dos procedimentos da professora. Para isso, fundamentamo- nos no conceito bakhtiniano de interação discursiva (Bahktin, 1992), em alguns postulados vygotskianos (1995), na proposição freireana pergunta-ação-reflexão- resposta (Freire e Faundez, 1985) e na pesquisa em psicomotricidade (op cit.). Os estudos, as reflexões sobre a prática nesse trabalho nos permitiram fazer adaptações nas etapas do recorte e tais relações teóricas. E é um relato reflexivo desse trabalho fundamentado que ora apresentamos. Conscientemente é aqui usado para expressar a ação formadora contínua da apropriação do conhecimento na constituição dos procedimentos e das atitudes das professoras nesse trabalho. 1 Introdução O processo educativo revela-se essencialmente na sua complexidade dialética. Forja uma concepção de homem, de sociedade, de conhecimento, ao mesmo tempo em que é forjado por tais concepções. Neste processo, a concepção epistemológica do educador diz muito da sua prática pedagógica, ainda que a ele não esteja muito visível. Outro elemento fundamental à prática pedagógica é o planejamento Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 63 pedagógico, isto é, o momento para avaliá-la, e pensar em novos modos de intervenção (atividades instigadoras, convidativas à reflexão e ação, que estimulem esse processo dialético). A organização e a sistematização do trabalho pedagógico realizado na Unidade Municipal de Educação Infantil Rosalina de Araújo Costa (Umeirac), segue nesse processo de apropriação de uma concepção epistemológica fundamentada teoricamente nas ciências da educação de acordo com o documento Orientações de trabalho: “O trabalho educativo nesta escola tem, então, como fonte geradora de atividades – planejadas durante as reuniões semanais – a complexa relação entre: a) Os processos de desenvolvimento-aprendizagem infantil; b) O conhecimento socialmente elaborado; c) E o nosso próprio processo de aprendizagem e reflexão na apropriação dos fundamentos teóricos relativos aos processos de desenvolvimento-aprendizagem infantil aqui delineados.” (Barreto Netto, 1998, p. 4) E é sobre uma dessas complexas atividades realizadas na Umeirac que pretendemos discorrer. No cotidiano do nosso saber-fazer pedagógico nós a denominamos as etapas do recorte. 2 Princípios teóricos A psicomotricidade educa “o movimento ao mesmo tempo em que põe em jogo as funções intelectivas” (Costallat, 1987, p. 1). Na escola, portanto, não podemos deixar de considerar a intrínseca e dialética relação entre ações motoras e ações de cognição. Movimento amplo ou restrito do corpo, manual e digital. Na educação infantil, de modo geral, a intervenção no desenvolvimento psicomotor da criança é realizado na recreação e/ou por meio de atividades chamadas de coordenação viso-motora, figura-fundo, coordenação motora fina, entre outras. Tal modo de interferir no desenvolvimento psicomotor das crianças comporta concepções e filiações teóricas a disciplinas científicas que estabelecem, por exemplo, essa relação linear e mecanicista entre psicomotricidade e alfabetização. Diversas são as atividades psicomotoras (de coordenação viso-motora e dinâmica manual) que compõem a pesquisa de Dalila Molina de Costallat (op cit.): picado, Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 64 recorte a dedo (mosaicos), recorte com tesouras, bordado, colorido com lápis e pincel, desenho, contorno calcado e modelagem. A pesquisadora após muitos anos de experimentações e análises estabeleceu graduações em cada uma dessas atividades. Quanto à atividade do recorte, ela estabeleceu nove etapas de recorte com os dedos e vinte para o recorte com a tesoura. As atividades psicomotoras, entretanto, são realizadas pelos alunos com e a partir das orientações da professora. Essa interação entre crianças e professora é mediada pela linguagem. Outro elemento dessa relação, então, chama a atenção: a dialogicidade. Residiria aí, então, uma alternativa àquele modelo linear e mecanicista? Buscamos e trouxemos para o interior do trabalho com uma das atividades psicomotoras – o recorte com os dedos e com a tesoura – elementos dos estudos da linguagem. A dinâmica relação entre palavra e ação está na essência do trabalho de professoras e alunos nas etapas do recorte. A interação discursiva que envolve a professora, as crianças e as ações com o material usado durante o desenvolvimento das etapas do recorte é o princípio constituinte dos procedimentos da professora. Esse trabalho é constituído, atualmente, pelo conceito bakhtiniano de interação discursiva (Bahktin, 1992), por alguns postulados vygotskianos (1995), pela proposição freireana “pergunta-ação-reflexão-resposta” (Freire e Faundez, 1985) e pela pesquisa de Dalila Molina Costallat (1987) em psicomotricidade. Os estudos, as reflexões sobre a prática nesse trabalho nos permitiram fazer adaptações nas etapas do recorte. Vamos relatar cada uma dessas etapas, descrevendo as explicações e orientações e, na medida do possível, ilustrando com fotografias que exemplifiquem e contribuam para o esclarecimento do trabalho. Em seguida, faremos a discussão dos fundamentos teóricos que dão suporte ao trabalho. 2.1 As etapas do recorte Fase 1 - Recorte com os dedos Etapa 1: Recorte em tiras............................................................................ Etapa 2: Recorte em pedaços grandes........................................................ Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 65 Etapa 3: Recorte em pedaços em pequenos Cobrir tampa de caixa ou lata pequena.................................. Limite superior marcado........................................................ Limite inferior marcado......................................................... Lugar determinado................................................................. Etapa 4: Cobrir superfícies geométricas puras........................................... Etapa 5: Cobrir superfícies de tamanhos médios de contornos irregulares de complexidade crescente.... Etapa 6: Recortar linhas retas desenhadas.................................................. Etapa 7: Recortar linhas Curvas suaves........................................................................ Curvas pronunciadas.............................................................. Quebradas.............................................................................. Mistas de contornos simples.................................................. Etapa 8: Recortar silhuetas de contornos simples....................................... Fase 2 - Recorte com a tesoura Preensão correta da tesoura Etapa 9: Cortar sem material.......................................................................Manejo Etapa 10: Franjas ao redor da folha............................................................. Etapa 11: Franjas em tira de papel.............................................................. Etapa 12: Formas geométricas.................................................................... Etapa 13: Círculos, meio-círculo e um quarto de círculo........................... Etapa 14: Linhas curvas.............................................................................. Etapa 15: Linhas quebradas........................................................................ Etapa 16: Linhas mistas.............................................................................. Etapa 17: Recortar silhuetas de contornos irregulares de complexidade crescente.................................. Etapa 18: Recorte de figuras em revistas.................................................... Fase 1 – Recorte com os dedos Etapa 1: Recorte em tiras 2 dias Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 66 As crianças recortam tiras de jornal e revista que são, então, coladas no papel. Elas seguram e cortam o papel com os dedos indicador e polegar. Depois elas desenham, pintam sobre as tiras coladas... Os alunos também podem realizar outras criações com as tiras cortadas. No trabalho com jornal a produção pode ser individual e a produção com revista pode ser coletiva (numa folha grande ou colando as tiras numa caixa) Procedimentos Realizar a análise do material por meio de perguntas problematizadoras em relação ao tipo de papel, amanho, à forma, aos lados, às linhas que o constituem etc. A interação discursiva que desse modo ocorre pode vir a atuar no processo de desenvolvimento do pensamento da criança. Propor às crianças que segurem o papel com os dedos indicador e polegar e, com esses dedos da outra mão, realizem o corte das tiras. É interessante conjugar a palavra da professora e o ato de cortar das crianças: segura e corta, desce os dedinhos, segura e corta, desce os dedinhos, segura e corta... com ritmo. Essa marca lúdica também encanta as crianças. Com ¼ do jornal ou da revista nas mãos... • O que é um jornal? • Para que serve? • O que tem impresso nele? • Quantos lados tem este pedaço que estamos segurando? • Esses lados são iguais? • Etc. Depois de cortadas as tiras... • Quantas tiras vocês conseguiram cortar? • São estreitas ou largas? • O que podemos fazer com essas tiras? • Vocês preferem colar no papel na vertical ou horizontal? (Explicar) • O que falta para completar o que você está fazendo? (Usar lápis de cor, hidrocor ou outro material para colorir). Em outro dia, usar o mesmo procedimento do jornal só que com folha de revista. Etapa 2: Recorte em pedaços grandes 2 dias Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 67 As crianças recortam, com os dedos, pedaços grandes de papel (jornal e revista) que são colados em superfícies variadas. Procedimentos Com um pedaço de papel nas mãos, as crianças são provocadas ao debate em torno desse conceito de tamanho. O elemento importante nessa discussão é a compreensão da necessidade de um referencial para o estabelecimento do que é pedaço grande: grande em relação a... Discutir com a turma em que eles podem transformar o que realizaram, o que podem criar com o que fizeram. Na foto, os alunos enfeitam as lanternas que fizeram para a festa junina. O trabalho com jornal será individual e o com revista pode ser coletivo (colar numa lata ou caixa). Etapa 3: Recorte em pedaços pequenos 5 dias As crianças recortam, com os dedos, pequenos pedaços de papel com os quais vão trabalhar cobrindo... Tampa de caixa ou lata pequena 1 dia Limite superior marcado 1 dia Limite inferior marcado 1 dia Lugar determinado: cobrir determinados lugares do desenho mimeografado feito por uma criança com a forma correspondente recortada com os dedos. 2 dias Procedimentos Realizar a discussão conceitual a respeito do significado de pedaço pequeno, do mesmo como foi realizada na etapa anterior (referencial). Na fase dos limites superior e inferior, discutir com a turma sobre os atributos da folha, sobre a folha como uma unidade de papel daquele tamanho e como se escreve na linguagem da matemática. Propor à turma o problema da divisão da folha em duas partes, problematizar as soluções encontradas. Realizar as dobras necessárias ao modo de divisão escolhido (na horizontal ou vertical). Discutir a respeito dessas duas partes comporem uma unidade, que é a folha. Fazer a marcação das linhas das dobras. Nomear as partes (usar os termos limite superior e inferior), cortar os papéis e colar, cada dia numaparte. Discutir com a turma em que eles podem transformar o que realizaram, o que podem criar com o que fizeram. Na fase, lugar determinado, escolher um desenho de uma criança, passá-lo para o estêncil (de preferência na frente das crianças) e rodar para toda a turma. Realizar Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 68 uma discussão problematizadora sobre o desenho e estabelecer com os alunos quais partes do desenho serão cobertas. Lembrar às crianças que os papéis a serem colados precisam ter a mesma forma do lugar determinado no desenho. Nessa interação dialógica problematizada está a riqueza das ações de desenvolvimento das crianças. Etapa 4: Cobrir superfícies geométricas puras 3 dias Nesta etapa, a professora seleciona desenhos da turma que contenham formas geométricas (de uma casa, por exemplo, pode-se tirar um triângulo ou um quadrado), seleciona as formas e as passa para o estêncil na frentedas crianças. A criança também pode “tirar” o contorno de um objeto com forma geométrica direto no estêncil. Será trabalhada uma forma geométrica por dia. Procedimentos Na rodinha, realiza-se, junto com as crianças, discussões problematizadoras a respeito da figura. Não esquecer dos conhecimentos matemáticos aí envolvidos. • Vocês lembram de onde foi tirada esta figura? • Com o que ela se parece? • Quem sabe o nome dessa figura? • Quantos lados? • Quantas pontas? (No caso do círculo: Tem lado? Tem ponta?) • Etc. Depois, as crianças recortam os papéis com os dedos de acordo com a forma geométrica. Elas criam, então, um desenho a partir do trabalho concluído, ou seja, elas vão inserir essas formas num contexto de representação simbólica criado por elas. Etapa 5: Cobrir superfícies de tamanhos médios de contornos irregulares de complexidade crescente 5 dias Recortar o papel com os dedos na forma da superfície que será coberta. Elementos dos desenhos mimeografados das crianças, que atendam às características acima, podem ser ampliados, se necessário, e seus contornos usados nesta etapa. Procedimentos Discussão e análise sobre o contorno mimeografado (de onde foi tirado, como é, o que parece etc.). Na riqueza dos procedimentos da criança em olhar a figura, recortar o papel pensando na forma impressa, fazer os ajustes do recorte e criar um Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 69 contexto para essa figura está, possivelmente, mais um elemento constituidor do processo de aprendizagem e desenvolvimento. Etapa 6: Recortelinhas retas desenhadas 2 dias Cortar um ¼ de folha e nela desenhar uma linha reta. No primeiro dia essa linha será desenhada na horizontal e, no segundo dia, na diagonal. Procedimentos Realizar a análise da folha e da linha por meio de perguntas problematizadoras. Pedir às crianças que tentem cortar acompanhando (em cima) a linha. Depois, discutir com a turma em que eles podem transformar as peças cortadas, o que podem criar... O objeto ou a cena podem ser completados com hidrocor ou outros materiais. Lembrar às crianças que elas precisam planejar o que vão fazer antes de colar as peças. No fim da atividade, cada criança conta a história do que criou. Etapa 7: Recortar linhas 4 dias Recortar a dedo, linhas curvas suaves, curvas pronunciadas, quebradas e linhas mistas de contornos simples. Após as discussões a respeito das possibilidades de criações com as peças obtidas, cada criança vai realizar a sua idéia,montando-a no papel. Procedimentos Realizar, primeiramente, uma análise do papel que as crianças têm em mãos, fazendo perguntas problematizadoras sobre a forma, o tamanho e a quantidade dos lados, a textura, a cor etc. Depois, chamar a atenção para a linha impressa no papel. Pedir para as crianças fazerem o movimento da linha no ar e identificarem onde cada linha aparece ou com o quê ela parece. Após as discussões, as crianças seguirão o traçado das linhas, cortando-as com os dedos indicador e polegar. Em seguida, novas problematizações poderão ser feitas, com relação à divisão do papel em duas partes, como duas unidades de um todo e serem representadas graficamente, além de serem retomadas as questões sobre o quê estas peças lembram ou parecem e em quê podem ser transformadas. Depois do planejamento sobre as possibilidades de criação com as peças obtidas, as crianças colam, então, as peças no papel e completam a cena ou objeto de acordo com o que foi planejado por elas. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 70 Etapa 8: Recortar silhuetas de contornos simples 2 dias Nesta etapa, a professora selecionará dois desenhos com contornos simples feitos pelas crianças. Esses desenhos serão passados para o estêncil e rodados para toda a turma. A turma, por sua vez, recortará com os dedos os contornos. Também é possível usar o contorno do desenho de um personagem numa história. Com a peça recortada o aluno cria um contexto para ela. Procedimentos Na rodinha, problematizar o contorno selecionado. Perguntar se as crianças lembram de onde ele foi tirado, com o quê parece, como chegaram às conclusões etc. Depois, as crianças recortam com os dedos, indicador e polegar, em torno da silhueta dos desenhos. Com o contorno recortado, a criança pode integrá-lo a uma cena, completar o desenho do contorno ou, a partir dele, construir o que desejar, utilizando, se preferir, outros materiais que sejam necessários. Fase 2 – Recorte com a tesoura Etapa 9: Cortar sem material 1 dia Realizar com as crianças cortes imaginários contextualizados torna-se uma atividade muito divertida, além de ajudar no manejo da tesoura. A atenção deve estar voltada para o ato preensor correto com o uso dos dedos polegar e médio. Etapa 10: Franja ao redor da folha 1 dia Aqui os alunos deverão cortar franjas em linha e sem desenho, ao redor da folha de papel usando a tesoura. Para isso, a professora deverá novamente falar do uso correto da tesoura, lembrando que para a pressão ideal, as crianças deverão usar os dedos polegar e médio para abrir e fechá-la. Procedimentos Na rodinha a professora entrega uma folha para cada criança. Depois de analisar e problematizar o tamanho, a cor, a forma e a espessura do papel, poderá propor a sua transformação. Para isso cada criança receberá uma tesoura e deverão seguir as orientações: abre a tesoura, encosta no papel, fecha, retira a tesoura do papel e abre... Ao repetir estas instruções ao longo da atividade, e realizar estes movimentos os alunos Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 71 estarão integrando fala-pensamento-ação. Assim, a fala vai organizando não só o pensamento como também a ação que está sendo desenvolvida. Quando todos já tiverem acabado, retomar a proposta de transformação. Conversar perguntando no que se transformou aquela folha de papel. É comum falarem que ela se transformou num tapete. Partindo dessa idéia, problematizar o uso do tapete, onde já viram, como ele é etc. Propor que na mesa enfeitem o tapete como quiserem. Etapa 11: Franjas em tiras de papel 2 dias Nesta etapa, a professora propõe aos alunos dividir a folha ao meio e fazer franjas, também em linhas retas (não desenhadas), primeiro apenas nas extremidades, depois no sentido do comprimento. Procedimentos Na rodinha, problematizar a divisão da folha de papel em duas partes do mesmo tamanho. Para que fiquem os dois lados iguais, é necessário que as pontas estejam juntas, sobrepostas. Deve-se firmar o papel com uma das mãos e passar a outra, marcando o vinco do outro lado (falar à medida que vai realizando a ação). Depois de feito o vinco, marcar onde será cortado com lápis ou hidrocor e dividir a folha. Nessa etapa, é possível também, trabalhar a idéia matemática de fração, onde um inteiro pode ser dividido em partes iguais, e que, se forem colocadas juntas novamente, voltam a formar um inteiro. No primeiro dia, usar apenas uma das partes, lembrando de guardarem a outra (de preferência em envelope também confeccionado pelos alunos anteriormente). Nesse primeiro retângulo, duas franjas são cortadas uma em cada extremidade, e a tesoura deve ser aberta e fechada duas vezes para fazer um corte mais longo, não podendo chega ao meio (é preciso oralmente estabelecer um limite para que o papel não se rasgue). Depois de cortadas as franjas conversar, ainda na rodinha, sobre as possibilidades que podem ser criadas com aquela forma. Na mesinha desenvolver as atividades de desenho e pintura necessários para enriquecer a atividade. No segundo dia relembrar o que foi feito e combinado anteriormente, e no outro retângulo (que estava guardado no envelope), fazer a franja, no sentido do comprimento do papel, sem que o corte fique muito longo, para que o papel não se rasgue. Ainda na rodinha conversar sobre o que foi criado e como aquela nova Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 72 forma pode ser usada. Na mesinha aplicar os recursos necessários para darem formas às idéias descritas. Etapa 12: Formas geométricas 5 dias Nesta etapa partindo de tiras de papel, serão construídos retângulos, quadrados, triângulos, trapézio e hexágono, que poderão ser usados individualmente, à medida que forem sendo construídos, ou guardados e usados no final na composição de uma cena coletiva que pode ser planejada pelos alunos. Procedimentos Cada criança receberá um retângulo medindo 20 cm x 10 cm. Cada um dos retângulos deverá ser analisado e dividido em dois retângulos mais estreitos (20 cm x 5 cm) para serem trabalhados em dias diferentes. Um retângulo deverá ser guardado no envelope (deverão ser seguidas as mesmas orientações da etapa anterior). O primeiro retângulo menor, será dobrado ao meio, marcando bem a dobra, pedir para marcar a dobra com lápis ou hidrocor e cortar com a tesoura. Ao fazer issoa professora deverá problematizar perguntando: • O que aconteceu quando dobramos ao maio o retângulo? • E se dobrarmos novamente ao meio, quantas partes teremos? Cada parte é novamente dobrada ao meio e do retângulo, surgem quatro quadrados de 5 cm (novamente pode ser trabalhado o conceito matemático de fração, relacionando o inteiro com as partes). Com o retângulo que havia sido guardado, realizaremos a mesma atividade, seguindo as mesmas orientações. Após dividirmos os quatro quadrados, cada um será dividido ao meio com uma linha diagonal, que dará origem a oito triângulos no total. De outra tira de papel, usada em um outro dia, a professora orientará os alunos a tirarem um triangulo de cada canto do retângulo. Assim os alunos construirão um trapézio e um hexágono. As peças construídas poderão ser combinadas na criação de um cenário, individual ou coletivo, durante ou no fim desta etapa. Etapa 13: Círculos, meio círculo e um quarto de círculo 1 dia Aqui cada criança vai desenhar e recortar círculos, além de dividi-los e usá-los em suas criações. Procedimentos Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 73 Até aqui o retângulo tem servido de base para nossas criações. Agora, a professora pode dispor de objetos redondos pequenos, médios e grandes. Esses objetos servirão de base para que os alunos risquem, cada um, em sobras de papéis, três círculos que deverão ser cortados com a tesoura. Também aqui a professora poderá promover a discussão e as relações matemáticas possíveis para a problematização e a contextualização da atividade explorando esta forma geométrica e relacionando com o ambiente que vemos, entre outras. Após dividirem um círculo ao meio e o outro em duas partes, deixando um inteiro, a professora poderá propor que os alunos usem a criatividade para dar forma aqueles pedaços. Etapa 14: Linhas curvas 1 dia Etapa 15: Linhas quebradas 1 dia Etapa 16: Linhas mistas 2 dias Assim como na primeira fase, aqui a professora entrega a cada aluno um retângulo em papel silhueta, contendo o desenho de linhas curvas no primeiro dia, quebradas no segundo e mistas no terceiro, só que agora os alunos cortarão com a tesoura. Procedimentos: Na roda a professora conversa sobre o papel, de cores variadas, que cada criança tem em mãos (forma, cor, textura, quantidade de lados etc.). Logo, em seguida, chama a atenção para a linha neles desenhadas. Nesse momento, a professora pode fazer perguntas problematizando aquele tipo de linha, onde ela pode ser encontrada, como é seu movimento (com o dedo no ar) etc. Etapa 17: Recortar silhuetas de contornos irregulares de complexidade crescente 3 dias Nesta etapa, a professora selecionará três desenhos com contornos irregulares de complexidade crescente feitos pelas crianças. Esses desenhos serão passados para o estêncil e rodados para toda a turma. A turma, por sua vez, recortará com a tesoura seguindo os contornos. Também é possível usar o contorno do desenho de um personagem numa história. Com a peça recortada o aluno cria um contexto para ela. Procedimentos Na rodinha, problematizar o contorno selecionado. Perguntar se as crianças lembram de onde ele foi tirado, com o quê se parece, como chegaram às conclusões etc. Depois, as crianças recortam em torno da silhueta dos desenhos. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 74 Com o contorno recortado, a criança pode integrá-lo a uma cena, completar o desenho do contorno ou, a partir dele, construir o que desejar, utilizando, se preferir, outros materiais que sejam necessários. Etapa 18: Recorte de figuras 5 dias Recortar figuras que possam ser usadas na construção de uma cena. Procedimentos: Na roda, a professora apresenta revistas e jornais e conversa sobre esses, como são, para que servem, onde são comprados, o que trazem escritos... Nessa etapa também é possível usar os desenhos mimeografados feitos pelas crianças. Propõe a confecção de um mural ou painel e planejam o tema a ser abordado. A professora propõe que cada criança, usando as revistas ou jornais, recorte figuras para a montagem do painel ou mural que foi previamente planejado. Após a colagem, pode ser combinado com a turma um local para o trabalho ser exposto. 3 Fundamentação teórica 3.1 Pensamento e linguagem Vygotsky define duas funções básicas da linguagem: a de intercâmbio social, referente aos processos de comunicação e a de pensamento generalizante, que fornece formas de ordenar o real sob categorias conceituais. “Ao longo de seu desenvolvimento marcado pela interação verbal com adultos e crianças mais velhas, a criança vai ajustando seus significados de modo a aproximá- los cada vez mais dos conceitos predominantes no grupo cultural e lingüístico de que faz parte”. (Oliveira, 2000, p. 49). Os significados adquiridos pelo indivíduo através de seu grupo cultural continuam a ser transformados durante todo o desenvolvimento do indivíduo, ganhando novas dimensões quando se inicia o processo de aprendizagem escolar. Então, se realiza a intervenção do educador na formação da estrutura conceitual do sujeito tendo como referencial sistemas conceituais acumulados nas diferentes disciplinas científicas. “A transformação de significado ocorre não mais apenas a partir da experiência vivida, mas principalmente, a partir de definições, referências e ordenações de diferentes sistemas conceituais, mediadas pelo conhecimento já consolidado na cultura” (Oliveira, 2000, p. 50). Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 75 A linguagem tem um papel ativo no processo de construção do conhecimento (Vygotsky, 1991b), nas descobertas dos infindos “porquês” infantis sobre as coisas do mundo. A partir do momento do desenvolvimento em que o pensamento vincula-se à linguagem, tornando-se verbal, e a linguagem, racional, a criança dispõe de um poderoso instrumento para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores: a atenção voluntária, a memorização ativa, o pensamento abstrato, o comportamento intencional (Vygotsky, 1991a). Relacionando essas idéias com o nosso fazer pedagógico, quando uma criança, ao realizar as etapas do recorte, é instigada a pensar “no que pode transformar a peça”, a planejar o que vai desenvolver a partir do que já realizou, está desenvolvendo uma atividade psicológica “superior”, caracterizada pelo caráter voluntário e intencional da realização, assim como pela abstração no ato da elaboração. “O ser humano tem possibilidade de pensar em objetos ausentes, imaginar eventos nunca vividos, planejar ações a serem realizadas em momentos posteriores. (...) Esse tipo de atividade psicológica é considerada „superior‟” (Oliveira, 2000, p. 26). Nosso trabalho com recortes vai muito além do trabalho com motricidade. Todas as modificações deste trabalho, feitas pela escola, visam buscar uma correlação entre o contato com o material, o ato de recortar e a linguagem. Segundo Vygotsky, “o material sensorial e a palavra são partes indispensáveis à formação de conceitos” (1991a, p. 66). É nessa dinâmica que as crianças vão, por meio da resolução de problemas – a relação “pergunta-ação-reflexão-resposta” (Freire e Faundez, 1985) – , construindo e formando conceitos. “É um processo criativo, e não um processo mecânico e passivo; queum conceito surge e se configura no curso de uma operação complexa, voltada para a solução de algum problema, e que só a presença de condições externas favoráveis a uma ligação mecânica entre a palavra e o objeto não é suficiente para a criação de um conceito” (Vygotsky, 1991a, p. 67). Ao propor, por exemplo, a divisão de um papel em duas partes ou recortar papéis em pequenos pedaços, colocamos as crianças frente a problemas que podem ser resolvidos pelo estabelecimento de novas relações com o objeto de conhecimento e em interação com seus pares e a professora (saber o que é meio, metade e/ou concluir que para cortar pedaços pequenos é necessário um referencial). A partir daí Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 76 as crianças começam a ter contato, ou mesmo a usar determinados termos e estabelecer com eles uma compreensão com adultos e outras crianças; “assim as palavras exercem a função de conceitos e podem servir como meio de comunicação muito antes de atingir o nível de conceitos característico do pensamento plenamente desenvolvido” (Vygotsky, 1991a, p. 69). Torna-se importante ressaltar que, em meio a toda essa discussão sobre o estabelecimento de relações, os procedimentos realizados com as crianças nas etapas do recorte, merecem o devido destaque, tanto quanto a possível formação de conceitos. São esses procedimentos – na inspiração metodológica da “pergunta- açãoreflexão-resposta” de que nos falam Paulo Freire e Antonio Faundez (op. cit.) – que levam as crianças a pensarem sobre o que estão fazendo e fazem surgir problemas a serem resolvidos. Para Vygotsky, “a questão principal quanto ao processo da formação de conceitos – ou quanto a qualquer atividade dirigida para um objetivo – é a questão dos meios pelos quais essa operação é realizada” (1991a, p. 69). Neste processo de apropriação da linguagem e de interação verbal, entra em questão também o que o autor expõe sobre a mediação, e o processo de internalização da linguagem no indivíduo em desenvolvimento. O funcionamento psicológico humano e as situações de aprendizado ocorrem, necessariamente, a partir de processos de mediação, em que os signos funcionam como ferramentas internas que auxiliam no controle e na condução dos processos psicológicos. Logo, a interação com membros mais experientes da cultura, que já dispõem de uma linguagem estruturada, interfere e provoca avanços nesse processo. Ao desenvolver as etapas do recorte, nos atos de descrever os procedimentos, fazer observações, problematizar, estabelecer relações entre o que se está fazendo com elementos exteriores, a interação dialógica é, em todo o momento, um fundamental instrumento para o desenvolvimento dos processos psicológicos. Sobre a internalização da linguagem, é importante destacar o que Vygotsky chama de discurso interior ou fala egocêntrica, um recurso que auxilia a criança nas suas próprias operações psicológicas, na resolução de problemas. Um exemplo disto, no ato do recorte, é a repetição que as crianças fazem das instruções que recebem “recorta um pouquinho, pega mais embaixo do papel, recorta um pouquinho”. Por meio da linguagem como instrumento psicológico, retoma e se apropria dos Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 77 conceitos presentes nessa fala e dos procedimentos para o desenvolvimento de sua ação. 3.2 Aspectos sócio-culturais Para Vygotsky, os aspectos sócio-culturais do desenvolvimento humano não são definidos apenas por fatores abrangentes de um cenário onde o indivíduo se desenvolve, mas pela complexidade de elementos mediadores, carregados de significado, que existe neste ambiente cultural. É através da interação entre os sujeitos que o sujeito em formação interioriza as formas culturalmente estabelecidas de funcionamento psicológico. “Portanto, a interação social, seja diretamente com os outros membros da cultura, seja através dos diversos elementos do ambiente culturalmente estruturado, fornece a matéria prima para o desenvolvimento psicológico do indivíduo” (Oliveira, 2000, p. 38). O processo de desenvolvimento do ser humano ocorre, segundo Vygotsky (1991a), em dois níveis: primeiro no nível social (interpsicológico), depois no nível individual, no interior da criança (intrapsicológico). As ações da criança serão interpretadas pelas pessoas ao seu redor, de acordo com os significados culturalmente estabelecidos. A partir desta interpretação do grupo social em que a criança está inserida e com o qual compartilha de códigos e significados, ela poderá atribuir significados às próprias ações e desenvolver processos psicológicos que ela mesma possa interpretar. “É o grupo cultural onde o indivíduo se desenvolve que lhe fornece formas de perceber e organizar o real” (Oliveira, 2000, p. 36). Nesse contexto, escola é um espaço privilegiado em que o sujeito em formação se desenvolve, que possibilita o acesso a uma diversidade de estímulos e significados compartilhados com outros sujeitos em formação. São de grande relevância nesse processo, no sentido de promover sempre circunstâncias de interação, atividades que favoreçam o envolvimento dos sujeitos e a troca de significados. 3.3 Zona de desenvolvimento proximal Para Vygotsky, o aprendizado é que possibilita o despertar dos processos internos do indivíduo. Isto se dá na relação deste indivíduo com seu meio sócio-cultural, na Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 78 situação de “organismo que não se desenvolve plenamente sem o suporte de outros indivíduos de sua espécie.” (Oliveira, 2000, p. 58). Ao procurarmos compreender o desenvolvimento de uma criança, devemos considerar não somente o que a criança é capaz de fazer sem ajuda de outro, ou seja, seu nível de desenvolvimento real, mas também seu nível de desenvolvimento potencial, o que ela pode realizar com a ajuda de adultos ou de companheiros mais experientes. Há tarefas que uma criança não é capaz de realizar sozinha, mas é capaz de realizar se receber instruções, se for ajudada durante o processo. Para que a criança se beneficie com esta colaboração, no entanto, é necessário que este processo de desenvolvimento de uma habilidade já tenha sido desencadeado e o aprendizado real esteja em iminência. A partir da observação desse estágio de desenvolvimento do sujeito é que Vygotsky elabora o conceito de zona de desenvolvimento proximal. A escola tem, então, a incumbência de trazer ao sujeito em formação estímulos para estágios ainda não consolidados por ele. O professor tem o papel explícito de interferir na zona de desenvolvimento proximal, provocando avanços psicológicos que não ocorreriam espontaneamente. Nesse trabalho com as etapas do recorte sustentado também pela concepção de interação discursiva que constitui os procedimentos de “pergunta-ação-reflexão- resposta” (op. cit.) se inscreve a intervenção do outro mais capaz: professora e colegas. O conceito de imitação também destacado por Vygotsky (1991a), é outro elemento fundamental no processo de desenvolvimento e ocorre no interior da zona de desenvolvimento proximal. Relacionando-se com os procedimentos escolares, mas não se restringindo apenas a estes, está destacado por Vygotsky não como um mecânico ato de imitar, copiar um modelo, mas de reconstruir/reelaborar em si ouconstruir algo novo a partir do que é observado no outro, pois tal movimento de reconstrução/reelaboração ocorre de fora para dentro, isto é, da interação entre as crianças (intersubjetivamente) para a internalização em cada criança (intrasubjetivamente). No que diz respeito à intervenção de um indivíduo no desenvolvimento do outro, há conseqüências e transformações no seu próprio procedimento, seja o professor, provocando transformações no seu próprio comportamento, visando compreender Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 79 melhor os processos de desenvolvimento do educando, para melhor intervir, seja o companheiro mais experiente, que precisa retomar os conceitos e também elaborar seu modo de intervenção. No desenvolvimento das etapas do recorte, as crianças mais experientes, quando vão auxiliar as outras, são orientadas pelo educador para não “fazer para o colega, mas para explicar a ele como se faz”. Vemos neste ato de explicar, um exercício extremamente rico para a criança, visto que terá de realizar várias funções psicológicas ao organizar o que sabe em seu pensamento, e expressar esse pensamento numa linguagem explicativa (lembrar que precisa falar de modo que o outro entenda). 4 Considerações finais A escola pode e deve fazer uso das variadas situações escolares como situações informais de aprendizado, como formas privilegiadas de acesso a informações e de desenvolvimento do indivíduo. Vemos também a presença de um elemento importante na etapa do recorte: a ludicidade. Realizá-la brincando, propondo um “faz-de-conta”, é uma grande contribuição para o desenvolvimento da criança, a criança realiza abstrações, pode se transportar para outra realidade através da brincadeira. A escola tem um papel fundamental nos processos de mediação, cada indivíduo tem significados a compartilhar com seus pares, e assim um auxilia e participa na construção do outro. Por fim, pensamos que essas relações entre as etapas do recorte e os princípios teóricos em linguagem aqui enunciados conferem uma natureza muito mais enriquecedora e completa a esse elemento da psicomotricidade do que costuma ser trabalhado na educação infantil. 5 Referências bibliográficas BARRETO NETTO, Maria Inês. Orientações de trabalho. Niterói, 1998. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 80 COSTALLAT, Dalila Molina de. Psicomotricidade: a coordenação viso-motora e dinâmica manual da criança infradotada – método de avaliação e exercitarão gradual básica. 7 ed. Rio de Janeiro: Globo, 1987. 184 p. FREIRE, Paulo e FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. 158 p. (Coleção educação e comunicação, v. 15). OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. 4.ed. São Paulo, Scipione, 2000. 111 p. (Pensamento e ação no magistério). VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, _______. Pensamento e linguagem. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991b. 135 p. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 81 UERJ/EDU FORMAÇÃO EM TRANSPSICOMOTRICIDADE (TRPM) EDUCACIONAL E CLÍNICA: Psicomotricidade com base no pensamento complexo Prof. Eduardo Costa (UERJ – EDU - ecosta@alternex.com.br) Profª. Drª. Martha Lovisaro (UERJ – EDU - lovisaro@terra.com.br) Resumo: Este artigo visa comunicar sobre a iniciativa de abraçar Pensamento Complexo e Psicomotricidade, em prol das metas da “reforma do pensamento” a que inúmeros estudiosos vem atribuindo enorme importância, no sentido de abarcar as necessidades imperiosas da sociedade atual e encontrar estratégias para dirimir seus males. A Formação em Transpsicomotricidade: Psicomotricidade com base no Pensamento Complexo – iniciativa da Faculdade de Educação da UERJ, através da Profª. Drª. Martha Lovisaro e do Prof. Eduardo Costa, surge, em 2000, do desejo de encontrar uma linha filosófica que permitisse compreender melhor as tarefas atribuídas ao psicomotricista educacional e clínico e ampliá-las em direção ao contexto sócio-histórico-cultural. Tendo como metas a complexificação dos questionamentos sobre os fenômenos humanos, desde a abordagem preventiva até a terapêutica, seu público abrange todo e qualquer profissional que possua uma graduação e tenha o engajamento de abrir-se à auto-escuta e à capacitação pessoalteórico-prática em direção a um exercício educacional ou clínico transdisciplinar e consciente da corporeidade como condição humana. Palavras-chave: Psicomotricidade, Complexidade, Formação. Este artigo visa comunicar sobre a iniciativa de abraçar Pensamento Complexo e Psicomotricidade, em prol das metas da “reforma do pensamento” a que inúmeros estudiosos vem atribuindo enorme importância, no sentido de abarcar as necessidades imperiosas da sociedade atual e encontrar estratégias para dirimir seus males. A Formação em Transpsicomotricidade: Psicomotricidade com base no Pensamento Complexo – iniciativa da Faculdade de Educação da UERJ, através da Profª. Drª. Martha Lovisaro e do Prof. Eduardo Costa, surge, em 2000, do desejo de Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 82 encontrar uma linha filosófica mais abrangente que permitisse compreender melhor as tarefas atribuídas ao psicomotricista educacional e clínico, assim como ampliá-las em direção ao contexto sócio-histórico-cultural. “A Transpsicomotricidade vem a ser um estudo complexo sobre o movimento humano, enquanto ação sobre o mundo interno e externo, buscando compreender a multidimensionalidade do ser nessa relação.” (Lovisaro, 2000). A proposta moriniana de um olhar poliocular, assim como as premissas da transdisciplinaridade retiram a prática psicomotora de um nicho disciplinar – mesmo que em sua origem tenha sempre apresentado uma estrutura interdisciplinar – e amplificam seu potencial de contribuição à compreensão da condição humana, em especial, em seus discursos não verbais, ainda pouco explorados por outros campos de atuação educacional e terapêutica. Quando constatamos em vários autores a afirmação do corpo como matriz da conformação de nossa identidade, como chave da transmutação de nosso “habitus” (Bourdieu, 1999), percebemos que a prática psicomotora, uma prática voltada para o âmbito relacional, revalorizando as interações com o próprio corpo, a capacidade de transformar-se, o prazer do vincular-se, tem um papel singular no conjunto de movimentos necessários à possibilidade de rever a dominação a que estamos todos submetidos e na descoberta de saídas mais pertinentes para as dificuldades do planeta e seus habitantes. Esta prática vai trazer suas contribuições nas áreas da Profilaxia, Educação e Clínica, classificação didática, que diferencia, mas não deve disjuntar o objeto de estudos da Transpsicomotricidade: o corpo do sujeito em movimento em suas múltiplas interações. No âmbito da Profilaxia, podemos perceber a importância da intervenção com o casal grávido, facilitando a elaboração física e emocional da chegada de um novo bebê; temostambém a atuação em creches, nos berçários (0 a 3 meses), através da orientação e preparação das equipes para atender às demandas manifestas nos discursos não-verbais dos bebês e denunciando a rede de interações e retro- interações; nos hospitais, auxiliando bebês, crianças, adolescentes e suas famílias, através do brincar e do tocar, na travessia da situação de internação, além de contribuir para a humanização dos serviços através do convite ao diálogo Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 83 transdisciplinar, em prol do reconhecimento da singularidade complexa dos sujeitos hospitalizados e suas necessidades. Na Educação, a prática transpsicomotora atua em creches, escolas e empresas, favorecendo o desenvolvimento, facilitando a aprendizagem, auxiliando na maturação do pensamento através da ação e prevenindo distorções além de contribuir na compreensão transdisciplinar do contexto ecológico- econômicorelacional em que se encontram inseridos os sujeitos dos processos pedagógicos. Na Clínica temos objetivos comuns às outras terapias, ou seja, resgatar a unidade do sujeito com dificuldades, em seu encontro com o mundo, através de um olhar/escuta para os discursos corporais, acompanhando-o em sua expressividade multidimensional. Sempre de forma à aceitar a complexidade do sujeito e a necessidade da auto-crítica constante, na lógica do terceiro termo incluso. Um curso sobre esta prática, que busca exercitar a transdisciplinaridade não deve estar desvinculado da formação universitária, já que: “A Universidade é o lugar privilegiado para uma formação apropriada às exigências de nosso tempo. A Universidade poderá, portanto, tornar-se o lugar ideal para o aprendizado da atitude transcultural, transreligiosa, transpolítica e transnacional, para o diálogo entre a arte e a ciência, eixo da reunificação entre cultura científica e a cultura artística. A Universidade renovada será o lugar de um novo tipo de humanismo”. (CIRET-UNESCO, 1997:11 e 12). A Formação em Transpsicomotricidade vem aceitar o desafio da complexidade, realizando uma ampliação poliocular nas leituras psicomotoras existentes, incluindo o ecológico, o espiritual, o artístico, além de outros múltiplos fatores que compõe a “unitas multiplex”, que é o ser humano. A UERJ, tendo sido a precursora nos cursos de pós-graduação em Psicomotricidade no Brasil, através do curso de especialização em Educação e Reeducação Psicomotora, é mais uma vez pioneira em direção à evolução transdisciplinar. A proposta de formação profissional se desenvolve no período de doze meses para a habilitação em TrPm Educacional e em dezoito meses para a formação em clínica, que tem como pré-requisito a conclusão da primeira, visando abrir espaços de discussão, sensibilização psicomotora, pesquisas, em prol da construção ativa de Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 84 uma qualificação para as intervenções transpsicomotoras, tendo como metas a complexificação dos questionamentos sobre os fenômenos humanos, desde a abordagem preventiva até a terapêutica. Seu público abrange todo e qualquer profissional que possua uma graduação e tenha o engajamento de abrirse à auto-escuta e à capacitação pessoal-teórico- prática em direção a um exercício educacional ou clínico transdisciplinar e consciente da corporeidade como condição humana. A tradição intervencionista, disciplinar, resiste intensamente às primeiras reflexões sobre a incerteza, o erro, o acaso - irredutíveis segundo as reflexões dos teóricos da complexidade - a tendência à normalização, a valoração profissional pela capacidade de melhor adequar os desviantes, tudo colabora para as dificuldades na modificação de condutas, em prol da abertura de espaços para que o sujeito possa agir e encontrar-se. Tudo gira em torno de nossa própria capacidade e nossas dificuldades em tornarmo-nos maleáveis. Capazes de “conversar”, “abraçar”, “amar” a nós próprios e aos outros, como diz Mariotti (2002). Saber interagir os contraditórios através do pensamento inclusivo do terceiro termo. Esta tarefa é árdua para séculos de pensamento positivista, inscritos em nossos gestos/pensamentos. As estratégias da Formação são semelhantes àquelas propostas como “ruído” em nossas práticas: o resgate do corpo em movimento – a corporeidade que nos falava Merleau-Ponty (1971), Lapierre, (1982); espaço para a ação, já ressaltada por Arendt (2003); a busca da compreensão dos sete buracos na educação, em Morin (2000), assim como a integração das premissas da abordagem clínica em Schnitman (1996), dentre outros aportes, no fluxo das construções e reconstruções do caminhar. Tendo como foco uma transformação de tal porte, sempre se mostrou imprescindível, desde a primeira turma, a percepção de que o processo cronológico da formação deve ser alterado mediante as necessidades do corpo discente, ou seja, é necessário oferecer a oportunidade de continuar aprofundando e desconstruindo alguns paradigmas mais enraizados, além de aspectos teóricos, nas turmas seguintes, sem caracterizar com isso um fracasso ou repetência, mas sim, uma avaliação e auto-avaliação criteriosas, refletida pelos formadores e aluno. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 85 Nestes cinco anos de existência, a partir das intervenções dos formadores em seus consultórios e instituições, assim como, das ações iniciadas pelos Transpsicomotricistas formados pela UERJ, identificamos a viabilidade e eficácia das hipóteses e estratégias desenvolvidas pela formação. Tais constatações fortalecem nossas bases, impulsionando-nos a continuar e buscar mais trocas, em prol de críticas e sugestões de aperfeiçoamento em direção à dialógica e à construção de espaços de ação/transformação na educação e na clínica. Como instrumentos pedagógicos vimos utilizando as aulas expositivas dialógicas, sempre antecedidas de recomendações bibliográficas; a apresentação de obras cinematográficas, poéticas, literárias, plásticas e cênicas; momentos de integração e interação ecológica; pesquisas transdisciplinares; eventos científicos, com a presença de convidados e apresentação dos discentes e docentes; e especialmente, a metade da carga horária presencial com experiências de interação e auto- consciência psicomotora, visando o afrouxamento dos dogmas absorvidos em cada trajetória pessoal e profissional. Ao formando, a demanda de um auto-olhar, da produção escrita, apresentação de trabalhos e registro de imagens de sua prática, serve de impulso às sínteses possíveis e à elaboração de estratégias, além da clarificação teórico/prática a partir das situações vividas. Buscamos nutrir continuamente nossos referenciais com leituras que visam dialogar as várias vertentes de compreensão e conhecimento humano, numa lógica inclusiva que proporcione o salto qualitativo em relação aos conceitos estudados, e instigue à novas incursões em campo para avaliar tais ganhos, assim como, sua aplicabilidade e viabilidade. A abertura de um grupo de discussão na internet (http://br.groups.yahoo.com/group/transpsicomotricidade) também vem proporcionando um alargamento em nossa capacidade de intercâmbio, oferecendo acesso à informações que permitem ao corpo discente, docente, colaboradores e interessados, tomar conhecimento das pesquisase debates mais atuais e refletir sobre suas intervenções. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 86 Nesta oportunidade de interagir com aqueles que vem se dedicando às reflexões em torno do Pensamento Complexo - este caminhar, que se apresenta a cada passo do caminho, a esperança de descortinar mais pontos cegos, não para elimina-los – tarefa insana – mas para retro-alimentar e fazer eclodir o novo, sempre, a partir da comunicação e comunhão de olhares. A pratica Transpsicomotora na educação-saúde Para que se possa ter maior clareza sobre a formação e sua prática, podemos incursionar por alguns pontos que permitem à transpsicomotricidade encontrar seus próprios contornos, qualificando-a. Assim, podemos entender a prática em transpsicomotricidade tendo dupla atuação; na construção e na reconstrução das estruturas que irão permitir a unicidade do humano, entendida como esquema de um corpo físico entrelaçado a uma imagem resultante da subjetividade de suas próprias percepções, isto significa dizer: na unidade perdida ou ameaçada onde a construção e ou reconstrução será o reflexo da ação transpsicomotora, garantindo a unidade corpo-psíquica. Para tal tarefa, esta pratica não se fecha em objetivos a alcançar, mesmo que esses objetivos partam do sujeito, objeto de ajuda, o que por si só denota uma nova forma de orientar a pratica, quer esteja ela no campo da educação ou da saúde, mesmo porque, estas também buscam a unidade que o pensamento ocidental fragmentou por incompreensão entre estudar, aprofundar conhecimentos, desconstruir paradigmas, avançar, e o ato práxico de aplicar o conhecimento adquirido, não no isolamento de suas próprias descobertas, mas na expansão de suas ações conjugadas com outros campos, agindo assim de forma transdisciplinar. Esta nova forma de orientação práxica, no campo das intervenções corporais, assenta-se simplesmente no fato de que mudamos a cada momento e isso está em consonância com a própria natureza humana e as possibilidades perceptuais que conduzem a “irrealidade” do dito “real”, como nos aponta a fenomenologia. Em assim sendo, entendemos que objetivos devem ter e têm a condição da mutabilidade, dessa forma como conviver com a construção, resultado de um fazer! Objetivos demandam ação sobre o meio, se eles são transformáveis, as ações também o serão. Assim, o exercício transpsicomotor é uma construção/reconstrução só igualável aos objetivos/desejos que se queira atingir. Conviver com essa liberdade de agir quando Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 87 o corpo se deixa permanecer no aprisionamento do tempo/espaço que lhe dá sentido é transgredir uma lei que só a mente escrava perpetuou. Ter a possibilidade de mudar objetivos e ações, não se perdendo no rastro do desejo, mesmo que o caos ocorra, é permitir o exercício de reconstrução e organização de um corpo que não se abstém e muito menos se perpetua nas amarras do que lhe dá sentido e na relação com o seu próprio eu/não eu. Entre o ser/corpo e o estar/corpo, mediado pelo tempo que não pode ser sem o espaço, será, talvez, o lugar do encontro da unicidade do ser, enquanto que a falta de existência desse corpo, fora do tempo e do espaço, desse não ser, significa abdicar do sentido maior, do sentido da própria existência. A clareza e a possibilidade de viver essa mediação, se dá através da ação corporal, no espaço de liberdade, onde o corpo possa ser/estar, orientado por um espaço/tempo que lhe é próprio, permitindo expandir o quanto possa e, nessa expansão, negar-se a ser pequeno. Nesse espaço expansivo e de ação, o objeto traz a representação, evoca o passado através do presente, e este por sua vez denuncia o futuro; a circularidade se faz presente, não no movimento do enclausuramento, mas na direção da espiral, e o desenvolvimento assim se faz na organização/reorganização. O objeto aqui deve ser entendido como o próprio corpo ou o corpo do outro ou objetos comuns, matéria com forma, que permitem por sua presença, a evocação de lembranças e representações advindas das redes perceptuais, dando sentido a ação e direção ao ato motor. O local dessa prática nega-se a ser apenas o lugar da sala padronizada para essa modalidade de práxis corporal, ele deve ser um local que atravesse e siga adiante, no sentido de uma perspectiva que leve em conta o homem, a sociedade e a natureza, integrados que estão no plano ecológico. O indivíduo precisa ser reconhecido na família, na instituição de ensino que freqüenta, nos grupos de encontro, no trabalho e na natureza que lhe garante a existência, desenvolvendo dessa forma uma visão não fragmentada do homem enquanto ser planetário, desse homem da razão e da intuição, das sensações e dos sentimentos onde a busca do equilíbrio entre essas funções determinará sua educação/saúde. Referências bibliográficas fundamentais da formação: Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 88 ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 2003. AUCOUTURIER, B. A Psicomotricidade, um conceito de maturação, de práticas, um sistema de atitudes - Marburg: [mímeo]. 1996. ________, DARRAULT, I. & EMPINET, J.L. A prática psicomotora - Reeducação e terapia - Porto Alegre: Artes Médicas. 1986. BERGÈS, J. Le trouble psychomoteurs chez l'enfant. Traité de psychiatrie de l'enfant et de l'adolescent vol. II - Paris: Press Universitaires de France. 1985. BERNARD, M. El Cuerpo - Buenos Aires: Paidós. 1980. BOURDIEU, P. A Dominação Masculina. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil. 1999. CASTRO, L. R. Da invisibilidade à ação: crianças e jovens na construção da cultura. In: CASTRO, L. R. (org.) Crianças e Jovens na Construção da Cultura. 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Os sete saberes necessários à educação do futuro – São Paulo: Cortez Editora. 2000. __________ Por uma reforma do pensamento In: PENA-VEJA, A. & NASCIMENTO, E. (ORG.) O Pensar Complexo: Edgar Morin e a crise da Modernidade - Rio de Janeiro: Garamond. 1999. ________ O Método 1: A natureza da natureza. Portugal: Publicações Europa- América. 1997. ________ Novas Fronteiras da Ciência. In: Idéias Contemporâneas - Entrevistas do Le Monde – São Paulo: Editora Ática. 1989. PETRAGLIA, I. “Olhar sobre o olhar que olha” Complexidade, Holística e Educação – Petrópolis, RJ: Vozes. 2001. ________ Edgar Morin: A educação e a complexidade do ser e do saber – Petrópolis, RJ: Vozes. 1995. PRIGOGINE, I. & STENGERS, I. Metamorfose da Ciência e O projeto da Ciência Moderna. In: A Nova Aliança. - Brasília: Universidade de Brasília. 1991. SCHNITMAN D. (org.) Novos paradigmas, cultura e subjetividade - Porto Alegre: Artes Médicas. 1996. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 90 SITES E LIVROS PARA CONSULTAS • LIVROS ATIVO PARA A VIDA (Cod. 10064) Com um planejamento gráfico que facilita a localização de atividades, exemplos, quadros, etc., este livro mostra o [...] Saiba Mais CLÍNICA PSICOMOTORA, A (Cod. 10323) A psicomotricidade inaugura uma nova visão dentro do contexto do desenvolvimento psicomotor: ela vai além da defini [...] Saiba Mais COMO APLICAR A PSICOMOTRICIDADE Cod. 12123) O corpo é mágico. Com auxílio, pode viajar ao ritmo da música (educação musical), se expressar pelo som (fonoaudiol [...] Saiba Mais COORDENAÇÃO MOTORA (Cod. 12661) A Editora M.Books lança um livro que desmistificará o desenvolvimento motor infantil ensinando como os pais e educa [...] Saiba Mais DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E APRENDIZAGEM (Cod. 13535) Neste livro, Vitor da Fonseca apresenta um levantamento das principais linhas de conceituação do desenvolvimento ps [...] Saiba Mais DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR, O (Cod. 10082) Este livro constitui importante contribuição da escola francesa no campo do desenvolvimento psiconeurológico da cri [...] Saiba Mais EDUCAÇÃO PSICOMOTORA (Cod. 10174) O autor formulou uma teoria geral do movimento, a Psicocinética, a partir da qual propõe aos educadores meios práti [...] Saiba Mais INCAPACIDADE MOTORA Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 91 (Cod. 10186) Os autores mostram sua longa experiência e criatividade na hora de resolver os problemas cotidianos que as pessoas [...] Saiba Mais MANUAL DE AVALIAÇÃO MOTORA (Cod. 10256) O autor apresenta um método de aplicação de testes atrativo para a criança, que tende a colaborar para a avaliação [...] Saiba Mais PSICOMOTRICIDADE (Cod. 13654) O livro divulga o resultado de pesquisas e estudos realizados nos últimos anos com o intuito de contribuir para a c [...] Saiba Mais PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL, A (Cod. 10195) Este livro é uma ferramenta útil para qualificar o cotidiano pedagógico, ajudando a dar sentido à ação infantil por [...] Saiba Mais PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL: A TEORIA DE UMA PRÁTICA (Cod. 12894) Este livro teoriza didaticamente a prática da psicomotricidade relaciona, para que o profissional psicomotricista t [...] Saiba Mais PSICOMOTRICIDADE: CORPO AÇÃO E EMOÇÃO (Cod. 12146) Quando falamos de psicomotricidade não podemos esquecer que toda ação humana envolve várias atividades que se compl [...] Saiba Mais PSICOMOTRICIDADE: PERSPECTIVAS MULTIDISCIPLINARES (Cod. 10200) Esta nova obra de Vitor da Fonseca integra os conhecimentos e os fundamentos bioantropológicos, psiconeurológicos e [...] Saiba Mais PSICOPEDAGOGIA E PSICOMOTRICIDADE (Cod. 10505) Recontando a história dos influxos nas concepções da psicomotricidade e na compreensão de corpo, faz uma integração [...] Saiba Mais TEORIA E PRÁTICA EM PSICOMOTRICIDADE Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 92 (Cod. 12364) Este livro mostra que, mesmo nas séries mais avançadas, como é o caso do ensino fundamental e do ensino médio, pode [...] Saiba Mais Psicomotricidade para deficientes Autor: Prof. Vilson Bagatini CREF: 2/RS 0009 Editora: Sagra - DC LUZZATTO Data lançamento: 1992 Número de páginas: 196 Conteúdo: Psicomotricidade voltada para criança portadora de necessidades educativas especiais. Mais de 1.200 atividades ilustradas sobre psicomotricidade. Venda total (até set 2001): 44.000 volumes. E-mail: vilsonbagatini@terra.com.br Site: http://circuitoconesul.web.terra.com.br -------------------------------------------------------------------------------- Produção Científica em Educação Física - CDS/UFSC (disponível apenas para universidades) Organizadores: Maria Fermínia L. de Bem - Maria Lúcia Boos - Joaquim Felipe de Jesus Data de lançamento: 2001 Conteúdo: Resumo de monografias do curso de Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina 1992 - 2000. Valor: gratuito E-mail: ferminiaufsc@hotmail.com -------------------------------------------------------------------------------- Didática da educação física Organizador: Eleonor Kunz Editora: UNIJUÍ Data lançamento: 1998 Número de páginas: 160 Conteúdo: Um Diálogo do Professor P. H. de Fill com um Professor de Educação Física, Unidade Didática 1 – Atletismo (Eleonor Kunz e Maristela de Souza), Unidade Didática 2 – Capoeira (José Luiz Cirqueira Falcão), Unidade Didática 3 – Dança na Escola a Criação e a Co- Educação em Pauta (Maria do Carmo Saraiva e Luciana Fiamoncini), Unidade Didática 4 – Concepção de Aulas Abertas (Carlos Luiz Cardoso). E-mail: kunz@cds.ufsc.br -------------------------------------------------------------------------------- Visão didática da educação física análises críticas e exemplos práticos de aulas - Grupo de trabalho Pedagógico - Universidade Federal de Pernambuco e Universidade Federal de Santa Maria Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 93 Editora: AO LIVRO TÉCNICO Data lançamento: 1991 Número de páginas: 113 Conteúdo: Nota Preliminar ou Aula de Educação Física como um fato histórico-social 1. Formas Institucionais da Organização e da Interação como Determinantes das aulas de Educação Física, 2. Análise Didático-Pedagógica das Aulas de Educação Física nas Escolas, 3. Três Legitimações para Aulas Abertas às Experiências, 4. Exemplos Práticos de Aulas Abertas às Experiências. E-mail: cardoso@cds.ufsc.br Telefone: (0xx48) 331-9462 - ramal 17 -------------------------------------------------------------------------------- A formação profissional e a prática pedagógica: ênfase nos professores de educação física Organizadores: Profº Dr. Viktor Shigunov & Alexandre Shigunov Neto Conteúdo: A obra pretende perseguir questões que possam compreender a relação existente entre formação profissional e prática pedagógica. Para tal, iremos apresentar algumas reflexões de pesquisadores sobre a questão da formação profissional e da prática pedagógica dos professores de Educação Física no Brasil. Assim, o livro tem como objetivo principalser um instrumento auxiliar para docentes e alunos universitários, bem como, para os professores de Educação Física que atuam no ensino Fundamental e Médio. Com o intuito de alcançar os objetivos propostos e proporcionar uma leitura de fácil compreensão estruturamos a obra em cinco capítulos: 1. Formação e desenvolvimento profissional de professores de Educação Física, 2. Metodologia e estilos de atuação dos professores de Educação Física, 3. Reflexões sobre as abordagens pedagógicas em Educação Física, 4. Concepção da prática pedagógica do professor de Educação Física: importância e influência do aluno, 5. A investigação pedagógica na formação inicial de professores: uma experiência no curso de Pedagogia. Contato: (0xx48) 334-4567 Site: http://members.fortunecity.com/shigunov/formacao -------------------------------------------------------------------------------- A relação professor/criança em atividades lúdicas: a formação pessoal dos professores Prof. Atos Prinz Falkenbach CREF: 002557-G/RS Editora: EST - Porto Alegre Data lançamento: Outubro/1999 Número de páginas: 128 Conteúdo: A temática da obra ingressa em um espaço "tabu" da escola e das instituições de Educação Infantil que são os momentos das atividades lúdicas, situação em que as crianças jogam e exploram a partir do movimento espontâneo. Basta reconhecer que o momento de as crianças brincarem se limita ao recreio ou ainda às brincadeiras livres que, quando utilizadas pelos professores, muito pouco têm servido para a educação. A compreensão destes momentos parece estar voltada para as necessidades de expansão da criança, correspondente às teorias do excesso de energia. O assunto é atual e corresponde a uma necessidade de revisão Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 94 na formação corporal dos professores. Neste prisma, os professores devem receber uma formação de competência relacional com o outro, atributos do professor/terapeuta, qualificação cada vez mais desejada aos adultos que se dedicam à educação de crianças. A obra dedica estudos a esta problemática. Para este fim orienta-se por um marco educativo-preventivo para a prática da Educação Física escolar. Contato: aprinz@uol.com.br -------------------------------------------------------------------------------- Encantando a Educação Física Prof. Érica Verderi CREF: 000269-G/SP Editora: Sprint Data lançamento: dez 1999 Número de páginas: 188 Conteúdo: Encantando a Educação Física vem para abrilhantar nossas aulas de educação física escolar, tendo preocupação de rever e ampliar alguns conceitos fundamentais. É uma leitura que busca a superação do modelo tradicional em direção a novas formas emergentes de um agir pedagógico coerente, acerca de conceitos revisados e ampliados. É muito mais que ensinar nossos alunos a cantar e a brincar, estaremos promovendo-lhes condições para refletir sobre suas possibilidades corporais, manifestações emocionais e sociais, afinal, não podemos n os limitar apenas na construção dos conhecimentos corporais de nossos alunos, mas também, ao aprimoramento de seus conhecimentos emocionais e sociais. O enfoque deste estudo se destina à conscientização par a uma mentalidade conducente à valorização de atividades recreativas, como um meio de aprimorar a corporeidade de nossos alunos e encantá-los, para uma educação no terceiro milênio, através dos brinquedo s cantados e atividades recreativas. Contato: verderi@cy.com.br -------------------------------------------------------------------------------- Dança na Escola Prof. Érica Verderi CREF: 000269-G/SP Editora: Sprint Data lançamento: jan 2000 Número de páginas: 119 Conteúdo: este livro pretende despertar no profissional de Educação Física o interesse em aplicar nas suas aulas a dança, expressão da corporeidade de seus educandos. Mostrar-lhes que a própria vida está diretamente envolvida com os processos de transformação do conhecimento e da importância na experimentação do corpo como um movimento humano consciente. Creio que o desafio está em transformar a dança na escola como forma do educando vivenciar experiências do conhecimento, definir e redefinir sua auto-organização e melhorar sua qualidade de v ida, contribuindo, sem dúvida, para momentos de prazer, espontaneidade, criatividade e formação integral. Contato: verderi@cy.com.br -------------------------------------------------------------------------------- Surdez, Paixão e Dança Prof. Antonio Carlos Pinheiro Gama de Almeida CREF: 2017 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 95 Editora: Olho d'Água Data lançamento: dez 2000 Número de páginas: 50 Conteúdo: metodologia que aborda o trabalho de dança aplicado ao Deficiente Auditivo a partir do recurso auditivo restante ou técnicas de percepção dos sons. Contato: calmeida@plugnet.com.br ARTIGOS PARA CONSULTA: Associação Portuguesa de Psicomotricidade - Fórum de discussão ... 3 postagens - Última postagem: 3 set. 2007 psicomotricidade no desporto normal! terá futuro ou não? ... Lembrei-me de umas referências de um congresso de educação física e de uma ... appforum.informe.com/psicomotricidade-no-desporto-normal-terno-futuro-ou- nnoodt15. html - 30k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso .Psicomotricidade Psicomotricidade - Erdos Livros Teológicos. ... A psicomotricidade tem o caráter de prevenção, reeducação e terapêutica. 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Na construção do espaço, primeiramente, o que vê e toca é a referência da ... www.psicomotricialves.com/PSICOMOTRICIDADEI.pdf - Páginas Semelhantes - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE ARTES E ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML psicomotricidade. Faz referência, por exemplo, a Henri Wallon (1879-1962), psicólogo. francês muito citado nos livros de psicomotricidade. ... Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 96 www.domain.adm.br/dem/licenciatura/monografia/joanagomes.pdf - Páginas Semelhantes Submarino.com.br Livros: Psicomotricidade na Educação Infantil ... De que forma podemos trabalhar com as crianças na educação infantil para que elas conquistem sua autonomia e sejam agentes da construção de seu conhe. afiliados.submarino.com.br/books_productdetails.asp?Query=ProductPage&ProdTyp 7 Disciplina: A Psicomotricidade e as Implicações no Processo ... Formato do arquivo: Microsoft Word - Ver em HTML Referências Bibliográficas:. AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 13.a . ed., São Paulo: Saraiva, 2007, 512p. BECKER, Alfredo Augusto. ... https://maximus.uniso.br/reitoria/proad/Documents/CAMARA_DE_ADMINISTRACAO/GR P_5_PlanodeEnsino... - Páginas Semelhantes - Anotar isso APOSTILA PARA CURSO DE CAPACITAÇÃO Formato do arquivo: Microsoft Word - Ver em HTML REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. CONHECENDO A PSICOMOTRICIDADE. CONCEITO DE PSICOMOTRICIDADE. É uma ciência que estuda o indivíduo e suas relações com o corpo. ... www.patpsicologia.com.br/escolas_cursos2.php - Páginas Semelhantes - Anotar O RESGATE DA PSICOMOTRICIDADE FUNCIONAL ATRAVÉS DE ATIVIDADES Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML p.108) define psicomotricidade como a educação do movimento com atuação sobre .... REFERÊNCIAS:. ANTUNES, C. Sala de aula de geografia e de história: ... www.unisalesiano.edu.br/encontro2007/trabalho/aceitos/CC33303912866.pdf - Páginas PSICOMOTRICIDADE Formato do arquivo: Microsoft Word - Ver em HTML Psicomotricidade. Secretaria da Educação Física Desportos - M.E.C, Uberlândia, .... em uma linguagem mais coloquial, utilizam as seguintes referencias: ... www.iecarapicuiba.com.br/downloads/EDUCAO%20PSICOMOTORA.doc - Páginas PSICOPEDAGOGIA E PSICOMOTRICIDADE, Auredite Cardoso Costa ... PSICOPEDAGOGIA E PSICOMOTRICIDADE, Auredite Cardoso Costa, 8532626050. ... PSICOPEDAGOGIA E PSICOMOTRICIDADE ISBN: 8532626050 ... www.traca.com.br/?mod=LV128635&origem=resultadodetalhada - 57k - Em cache - Psicomotricidade em Itapira City - .." Se um dia a vida te der as ... 27 Jan 2006 ... A psicomotricidade constitui o estudo relativo às questões motoras(ATENÇÃO " motoras") e psico-afetivas do ser humano. ... Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 97 fotolog.terra.com.br/interneto:78 - 28k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso O Mundo dos Livros | A Psicomotricidade Relacional em Meio ... A Psicomotricidade Relacional em Meio Aquático Paulo Gutierres Filho Editora: Manole Páginas: 94 Edição: 1a Ano: 2003 Volumes: 1 Idioma: Português ... https://omdl.com.br/index.php?md=Selec&sl=SAU68 - 24k - Em cache - Páginas Guias sobre Material Educativo Psicomotricidade Microscopio ... Busca de Material Educativo Psicomotricidade Microscopio Esqueleto Madeira ... MATERIAL EDUCATIVO PSICOMOTRICIDADE JOGOS MICROSCOPIO ESQUELETO HUMANO OLHO ... guia.mercadolivre.com.br/Material-Educativo-Psicomotricidade-Microscopio- Esqueleto- PROFISSIONAIS PSICOMOTRICIDADE: DIVULGAÇÃO DE LIVRARIAS (FILIAL BOTAFOGO)UNI-IBMR ESPECIALIZADA EM LIVROS DE PSICOMOTRICIDADE ENTREGAS EM QUALQUER PARTE DO BRASIL MEDIANTE PEDIDO(SEDEX) ... profissionaispsicomotricidade.blogspot.com/2008/04/divulgao-de-livrarias.html - 66k - INCLUINDO A INCLUINDO A PSICOMOTRICIDADE PSICOMOTRICIDADE EM SALA ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:. FICAS:. - ALVES, F. ALVES, Fátima. tima. Psicomotricidade. Psicomotricidade: Corpo,. : Corpo,. Ação e Emo. ão e Emoção. Livro COMO APLICAR A PSICOMOTRICIDADE - Relativa.com.br - ORG ... Livro: COMO APLICAR A PSICOMOTRICIDADE - comprar na livraria virtual online ... COMO APLICAR A PSICOMOTRICIDADE. ORG. FÁTIMA ALVES. O corpo é mágico. ... www.relativa.com.br/livros_template.asp?Codigo_Produto=30008 - 55k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Psicomotricidade com Bakhtin, Vygotsky e Paulo Freire: etapas do ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML 5 Referências bibliográficas. BARRETO NETTO, Maria Inês. Orientações de trabalho . Niterói, 1998. COSTALLAT, Dalila Molina de. Psicomotricidade: a ... www.alb.com.br/anais16/sem13pdf/sm13ss03_02.pdf - Páginas Semelhantes - O QUE É A PSICOMOTRICIDADE ? Formato do arquivo: Microsoft Word - Ver em HTML O desenvolvimento psicomotor da criança é, sem dúvida, indispensável para se entender Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 98 a psicomotricidade. É a partir desses pontos de referência escalonados ... www.uniesc.com.br/esp/etext/psicomotricidade%20e%20educ%20fisica%... - Páginas Potylivros - Detalhamento do livro: PSICOMOTRICIDADE PARA DEFICIENTES PSICOMOTRICIDADE PARA DEFICIENTES BAGATINI, VILSON Editora: SAGRA Edição: 1 Leia a Sinopse ... Título do livro: PSICOMOTRICIDADE PARA DEFICIENTES ...www.potylivros.com.br/detalhe?cod=28741 - 6k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Programa da Disciplina de PSICOMOTRICIDADE II Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat emergir por problemas de integração: das referências tónico-vestibulares, ... O programa de Psicomotricidade II ministrado como disciplina Anual, foi ... www.fmh.utl.pt/estruturainterna/pdf/pro_03/Programa%20PM%20II.pdf - Páginas Semelhantes - Anotar isso InForum | Psicomotricidade - Desenvolvimento Infantil - Maicon ... minha pesquisa de tcc e sobre psicomotricidade na educação física infantil com idade de 5 a 7 anos. estou presiando de ajuda, com artigos e referencias ... inforum.insite.com.br/desenvolvimento-infantil/2685266.html - 15k - Em cache - Alterações do estado mental e da psicomotricidade em usuários Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML conduzindo a transtornos psicóticos e da psicomotricidade. (Azevedo, 2000). ..... Referências. APA: American Psychiatric Association. Manual ... cecemca.rc.unesp.br/ojs/index.php/motriz/article/viewFile/294/248 - Páginas Semelhantes UERJ/EDU Formação em Transpsicomotricidade (TrPm) educacional e ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML Psicomotricidade, em prol das metas da “reforma do pensamento” a que inúmeros estudiosos vem ..... Referências bibliográficas fundamentais da formação: ... www.cetrans.com.br/artigos/Eduardo_Costa_e_Martha_Lovisaro.pdf - Páginas Pimpão - Livros e Materiais Pedagógicos Este livro teoriza didaticamente a prática da psicomotricidade relaciona, ... ' Psicomotricidade, Educação Especial e Inclusão Social' é uma seleção de ... www.pimpao.com.br/busca.php?arg1=psicomotricidade&busca=rapida - 12k - Em cache Viva - Tensões psíquicas são liberadas no brincar, diz o pai da ... O pai da Psicomotricidade Relacional esteve na semana passada em Fortaleza. ... segundo André Lapierre, referências significativas para estabelecer uma ... diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=39291 - 28k - Em cache - Páginas Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 99 FORMAÇÃO DOCENTE E PSICOMOTRICIDADE EM TEMPOS DE ESCOLA INCLUSIVA ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML Portanto, construir interfaces entre psicomotricidade, formação docente e ..... Referências Bibliográficas. AINSCOW, Mel. Desarrollo de escuelas inclusivas. ... www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT15-4920--Int.pdf - Páginas Psicomotricidade com Bakhtin, Vygotsky e Paulo Freire: etapas do ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML 5 Referências bibliográficas. BARRETO NETTO, Maria Inês. Orientações de trabalho . Niterói, 1998. COSTALLAT, Dalila Molina de. Psicomotricidade: a ... www.alb.com.br/anais16/sem13pdf/sm13ss03_02.pdf - Páginas Semelhantes - O QUE É A PSICOMOTRICIDADE ? Formato do arquivo: Microsoft Word - Ver em HTML O desenvolvimento psicomotor da criança é, sem dúvida, indispensável para se entender a psicomotricidade. É a partir desses pontos de referência escalonados ... www.uniesc.com.br/esp/etext/psicomotricidade%20e%20educ%20fisica%... - Páginas Potylivros - Detalhamento do livro: PSICOMOTRICIDADE PARA DEFICIENTES PSICOMOTRICIDADE PARA DEFICIENTES BAGATINI, VILSON Editora: SAGRA Edição: 1 Leia a Sinopse ... Título do livro:PSICOMOTRICIDADE PARA DEFICIENTES ... www.potylivros.com.br/detalhe?cod=28741 - 6k - Em cache - Páginas Semelhantes - Programa da Disciplina de PSICOMOTRICIDADE II Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat emergir por problemas de integração: das referências tónico-vestibulares, ... O programa de Psicomotricidade II ministrado como disciplina Anual, foi ... www.fmh.utl.pt/estruturainterna/pdf/pro_03/Programa%20PM%20II.pdf - Páginas InForum | Psicomotricidade - Desenvolvimento Infantil - Maicon ... minha pesquisa de tcc e sobre psicomotricidade na educação física infantil com idade de 5 a 7 anos. estou presiando de ajuda, com artigos e referencias ... inforum.insite.com.br/desenvolvimento-infantil/2685266.html - 15k - Em cache - Páginas Alterações do estado mental e da psicomotricidade em usuários Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML conduzindo a transtornos psicóticos e da psicomotricidade. (Azevedo, 2000). ..... Referências. APA: American Psychiatric Association. Manual ... cecemca.rc.unesp.br/ojs/index.php/motriz/article/viewFile/294/248 - Páginas Semelhantes Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 100 UERJ/EDU Formação em Transpsicomotricidade (TrPm) educacional e ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML Psicomotricidade, em prol das metas da “reforma do pensamento” a que inúmeros estudiosos vem ..... Referências bibliográficas fundamentais da formação: ... www.cetrans.com.br/artigos/Eduardo_Costa_e_Martha_Lovisaro.pdf - Páginas Pimpão - Livros e Materiais Pedagógicos Este livro teoriza didaticamente a prática da psicomotricidade relaciona, ... ' Psicomotricidade, Educação Especial e Inclusão Social' é uma seleção de ... www.pimpao.com.br/busca.php?arg1=psicomotricidade&busca=rapida - 12k - Em cache Viva - Tensões psíquicas são liberadas no brincar, diz o pai da ... O pai da Psicomotricidade Relacional esteve na semana passada em Fortaleza. ... segundo André Lapierre, referências significativas para estabelecer uma ... diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=39291 - 28k - Em cache - Páginas FORMAÇÃO DOCENTE E PSICOMOTRICIDADE EM TEMPOS DE ESCOLA INCLUSIVA ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML Portanto, construir interfaces entre psicomotricidade, formação docente e ..... Referências Bibliográficas. AINSCOW, Mel. Desarrollo de escuelas inclusivas. ... www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT15-4920--Int.pdf - Páginas Semelhantes - G.C.&C. - Gabinete de Criação e Comunicação, Lda. Carro de Psicomotricidade Referência: 1AM2607 Comentários: 0 - Vistos: 255. Colchão Referência: 1AM2820 Comentários: 0 - Vistos: 167 ... www.gcc-edu.com/produtos.php?l%5Bcs%5D=129 - 31k - Em cache - Páginas República do Livro - Livrarias, lançamento de livros, editoras ... Uma nova referência de leitura para os amantes do café ... Quando falamos de psicomotricidade não podemos esquecer que toda ação humana envolve várias ... www.republicadolivro.com.br/detalhe.php?code=&cd_livro=103679 - 44k - Em cache - ASPECTOS CONVERGENTES ENTRE A Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat REFERÊNCIAS. ARAÚJO, V. C. O jogo no Contexto da Educação Psicomotora. São Paulo : Cortez, 1992. ARRIAGADA, M. V. TORRES, M. R. Psicomotricidade Vivenciada ... www.centroreichiano.com.br/artigos/anais/João%20Altair%20Soares%20dos%20Sa nto... - A Educação Física e sua Relação com a Psicomotricidade Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 101 necessita ter pontos de referência, colocar números corretamente, ... A educação física e a psicomotricidade são metodologias contextualizadas, perceptivas, ... www.pucrs.campus2.br/~brandt/edfisicarelacaopsicomotricidade.pdf - Páginas Semelhantes - Anotar isso de ÂM da Paz Molinari - Artigos relacionados PsicoMundo Libros - Psicomotricidade Relacional Em consultório, o atendimento em Psicomotricidade Relacional leva em conta o Inconsciente, mas, sobretudo, age com a intervenção corporal que é específica ... psiconet.com/libros/presentaciones/psicomotricidad.htm - 6k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso A psicomotricidade nas aulas de Educação Física escolar Monografia (Especialização em Psicopedagogia e Psicomotricidade) - Centro ... O ponto de partida deste trabalho é analisar por meio de referências ... www.boletimef.org/?canal=12&file=1731 - 15k - Em cache - Páginas Semelhantes - A PSICOMOTRICIDADE UTILIZANDO A TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS COMO ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML Pós-Graduação em Psicomotricidade, Instituto Superior de Piscomotricidade e Educação e ..... Referências. - AMORIM, L. J. et al. Valorizando a vida e a ... www.inicepg.univap.br/INIC_07/trabalhos/saude/epg/EPG00136_01C.pdf - Páginas A : . Jamille Mascarenhas Lima Psicóloga, Universidade Federal da ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML Especialista em psicomotricidade, Lydia Coriat (BA). ... A partir dessas referências, tentaremos traçar a relação entre uma ... www.fundamentalpsychopathology.org/8_cong_anais/MR_341c.pdf - Páginas A psicomotricidade como coadjuvante no tratamento fisioterapêutico ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML RESUMO - A psicomotricidade visa facilitar a interação entre a motricidade, a ..... Referências. ABELHEIRA, L. A.; BERESFORD H.. ... www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/cienciasaude/article/view/563/38 2 - Um Olhar Para A Criança – Psicomotricidade Relacional Transmitir uma experiência de trinta e tal anos na área da psicomotricidade com crianças e jovens em serviços de saúde mental infanto-juvenil, ... www.climepsi.pt/livros/um_olhar_para_a_crianca_psicomotricidade_relacional - 24k - A Psicomotricidade Relacional em Meio Aquático Além de ser uma publicação pioneira na área, em A Psicomotricidade Relacional em Meio Aquático o autor prioriza a relação humana, a exploração corporal, ... Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 102 www.educacaofisica.com.br/loja/mostra_produto.asp?produto=189 - 29k - Em cache - Áreas da Psicomotricidade | Criança, Corpo, Espaço, Isto, Objetos ... ÁREAS DA PSICOMOTRICIDADE 1. Coordenação Global A coordenação global diz ... ter uma boa imagem corporal, pois usa seu corpo como ponto de referência. ... www.fontedosaber.com/psicologia/areas-da-psicomotricidade_2.html - 50k - Em cache - Psicomotricidade - Educação e Reeducação Num Enfoque ... Psicomotricidade - Educação e Reeducação Num Enfoque Psicopedagógico - Gislene de Campos Oliveira - Gojaba.com - Encontre livros usados, raros e fora de ... br.gojaba.com/.../Psicomotricidade-Educação-e-Reeducação-Num-Enfoque- Psicopedagógico-Gisle... - 12k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Shopping UOL - Psicomotricidade Relacional em Meio Aquático, A ... Compare e ache o menor preço de Psicomotricidade Relacional em Meio Aquático, A no Shopping UOL. Veja também outros modelos de Shopping UOL. shopping.uol.com.br/livros/index.html?id=62982 - 87k - Em cache - Páginas Semelhantes .:: Livraria Book Toy ::. Brinquedos e Livros para Fonoaudiologia ... Psicomotricidade: Da Educação Infantil a Gerontologia ... Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque psicopedagógico · Psicomotricidade: educação e ... https://booktoy.websiteseguro.com/index.php?cPath=69 - 29k - Em cache - Páginas CML_ON-LINE: Módulo 4: PsicomotricidadeDefinição de psicomotricidade, objetivos, condutas psicomotoras infantis, ... têm o dever de colocar limites (que vão servir como referências), por outro, ... www.cmleducacional.com.br/moodle/course/category.php?id=5 - 16k - Em cache - Avaliação de Livros Psicomotricidade: Educação e Reeducação ... Confira as opiniões dos usuários sobre Livros Psicomotricidade: Educação e Reeducação Enfoque Psicopedagógico - Gislene De Campos Oliveira (8532618294) e ... parceiro.buscape.com.br/avaliacao-sobre--psicomotricidade-educacao-e- reeducacaoenfoque- (Microsoft Word - Normas e linhas orientadoras para a Elabora\347 ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML referências bibliográficas. O original será devolvido ao autor apenas em caso ... propriedade da Revista "Psicomotricidade" não podendo ser reproduzidos sob ... www.appsicomotricidade.org/.../Normas%20e%20linhas%20orientadoras%2... - Páginas Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 103 A PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL NA ESCOLA RESPONSÁVEL PELA QUALIDADE ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML completam na Psicomotricidade Relacional, na medida em que os materiais ..... Existe a referência dos Parâmetros Curriculares Nacionais do terceiro e quarto ... www.catedra.ucb.br/sites/100/122/00000591.pdf - Páginas Semelhantes - Anotar Colóquio do LEPSI do IP/FE-USP - Psicomotricidade e aquisição de ... Palavras-chave: Psicomotricidade; Aquisição de leitura e escrita; .... BERGÈS, J., O Corpo e o Olhar do Outro, in Escritos da ... www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid...es&nrm=iso - 27k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso BLOG MUNDO EDUCAÇÃO FÍSICA » Psicomotricidade Aquática A Psicomotricidade Aquática é uma das formas de estimular as potencialidades do ... Portanto, se você puder me enviar alguns textos , artigos e referências, ... blog.mundoeducacaofisica.com/2006/12/13/psicomotricidade-aquatica/ - 21k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Submarino.com.br Livros: Psicomotricidade Relacional em Meio ... Além de ser uma publicação pioneira na área, em A Psicomotricidade Relacional em Meio Aquático o autor prioriza a relação humana, a exploração corpor. www.submarino.com.br/books_productdetails.asp?ProdTypeId=1&ProdId=189779& St=BL 11806 - 73k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso "Loja do Treinador": Livros Técnicos - Metodologia do treino ... otreinador.net : Aprendendo a Envelhecer à luz da Psicomotricidade [ 9788576550853] - Ser ... Referências Bibliográficas; Anexos CACILDA GONÇALVES VELASCO ... www.otreinador.net/product_info.php?products_id=1189&language=pt - 129k - Em cache - GISLENE DE CAMPOS OLIVEIRA / PSICOMOTRICIDADE EDUCAÇÃO E ... Gislene de campos oliveira psicomotricidade educacao e reeducacao enfoque psicopedagogico (8532618294), pesquise no Tradepar Shopping. www.tradepar.com.br/.../gislene-de-campos-oliveira--psicomotricidade-educacao- ereeducacao... Psicomotricidade e aprendizagem grafo-escrita em crianças de 2 . e ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML XI SEMANA DE PEDAGOGIA DA UEM & VII SEMANA DA EDUCAÇÃO DE CIANORTE. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 104 Referências. COSTALLAT, D. M. De; Psicomotricidade. 6ª ed. Rio de Janeiro: Globo, 1985. ... www.dtp.uem.br/gepesp/trabalhos/mariateresa/01.pdf - Páginas Semelhantes - Anotar isso A psicomotricidade nas aulas de Educação Física escolar: uma ... Referências. BARRETO, Sidirley de Jesús. Psicomotricidade, educação e reeducação . 2ª ed. Blumenau: Livraria Acadêmica, 2000. DARIDO, Suraya Cristina. ... www.efdeportes.com/efd114/a-psicomotricidade-nas-aulas-de-educacao- fisicaescolar. htm - 36k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Portal Capoeira - Editor: Luciano Milani - Psicomotricidade - Área ... O conceito de psicomotricidade é recente e inicialmente debruçou-se ... Nesse sentido, De Meur e Staes (1989) referem que a psicomotricidade foi evoluindo. ... www.portalcapoeira.com/Publicacoes-e-Artigos/Psicomotricidade-Area-de- recreacao-eesportiva - 111k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Psicomotricidade A psicomotricidade reflete um estado da vontade, que corresponde a execução de .... principalmente, as referências de número 1 e 2 da bibliografia básica. www.ccs.ufsc.br/psiquiatria/981-07.html - 10k - Em cache - Páginas Semelhantes - Vítor da Fonseca Psicomotricidade - busca por Autor ou titulo na ... VíTOR DA FONSECA PSICOMOTRICIDADE na Estante Virtual, a maior rede de sebos do Brasil, com mais de 1.000 sebos e 17 milhões de livros, abrangendo milhares ... www.estantevirtual.com.br/mod.../busca.cgi?...V%EDtor%20da%20Fo... - 71k - Em cache Psicomotricidade: Educação e Reeducação: Níveis Maternal e ... Comprar Psicologia Psicomotricidade: Educação e Reeducação: Níveis Maternal e Infantil 57.61 EUR! Psicomotricidade Educação e Reeducação Níveis Maternal e ... www.precos.com.pt/.../psicomotricidade-educacao-e-reeducacao-niveis-maternal- einfantil- A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE CAMPO ... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML O trabalho da psicomotricidade se dá por duas vertentes, uma é a psicomotricidade funcional, que,. segundo Negrine (2002) toma como referência inicial o ... Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 105 www.grupointegrado.br/.../a_psicomotricidade_na_educacao_infantil_no_municipio _de_ campo_mourao_parana_a_p... - Páginas Semelhantes - Anotar isso Portal de Referência do NDC/UFF - Arquivologia, Biblioteconomia e ... 3 Out 2006 ... Veja o que encontramos sobre psicomotricidade:. Na Base de Dados LILACS. Clique aqui para ver referências de artigos sobre psicomotricidade ... www.ndc.uff.br/portaldereferencia/visualizarrespostas1.asp?pergunta=478 - 18k - Psicomotricidade E-Commerce - Psicomotricidade E-Commerce Psicomotricidade Integração Pais, Criança e escola Preço: R$ 25,00 ... Psicomotricidade como prática social Preço: R$ 40,00 ... www.psicomotricidade.com.br/lojalivros/sessoes.asp?item=37&categoria=78 - 20k - Flavia Gazolli Psicomotricidade - 2006 Clique aqui para entrar. Referências Bibliográficas. Sobre Flávia Gazolli. Sessão com uma tabela dos melhores livros da área da psicomotricidade e educação . ... AS RAZÕES DO CORPO: PSICOMOTRICIDADE E DISGRAFIA Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML Referências. BUENO, M. J. Psicomotricidade, Teoria & Prática: estimulação, Educação e. Reeducação Psicomotora com Atividades Aquáticas. ... www.abpp.com.br/abppprnorte/pdf/a13Favero03.pdf - Páginas Semelhantes - Anotar isso Livro Psicomotricidade, Educação Especial e Inclusão Social ... 1 Set 2007 ... Livro: Psicomotricidade, Educação Especial e Inclusão Social - comprar ... A concepção de psicomotricidade sustentada nesta coletânea é a de ... www.relativa.com.br/livros_template.asp?Codigo_Produto=85000 - 58k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Compresaúde - Livro - Aprendendo a Envelhecer à luz da ... 3 Psicomotricidade: Filogênese, Ontogênese e Retrogênese; 4 Retrogênese – Um Processo a ser Verificado ... Referências Bibliográficas; Anexos. Paginas: 224. ... www.compresaude.com.br/loja/detalhes.php?pCod_produto=2578 - 27k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Sumários, Resumos & Sinopses de Estudos Sobre Psicomotricidade Resumos grátis de livros eartigos sobre Estudos-sobre-psicomotricidade disponíveis ... 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"Psicomotricidade, Educação Especial e Inclusão Social é uma seleção de artigos específicos em torno deste tema geral, com uma visão contemporânea sobre as ... https://booktoy.websiteseguro.com/product_info.php?products_id=2707 - 33k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Livros de Negócios: A Psicomotricidade na Educação Infantil ... A Psicomotricidade na Educação Infantil, Livro em estoque! O prazo de entrega é informado conforme o cep de destino*. de: R$ 34,00 por: R$ 30,60 ... www.livrosdenegocios.com.br/detalhes_livro.php?sisSQL=00&sisCodCat=&codLivro. .. - 88k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Associação Portuguesa de Psicomotricidade - Fórum de discussão ... Tópico: psicomotricidade no desporto normal! terá futuro ou não? ... Lembrei-me de umas referências de um congresso de educação física e de uma reportagem ... appforum.informe.com/search.php?search_author=Graça+Faria& - 24k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Submarino.com.br: Psicomotricidade: Educação e Reeducação Enfoque ... psicomotricidade:+educacao+e+reeducacao+enfoque+psicopedagogico ... Descrição: A psicomotricidade tem o caráter de prevenção, reeducação e terapêutica. ... www.submarino.com/produto/.../psicomotricidade:+educacao+e+reeducacao+enfo que+p sicopedagog... - 70k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Livraria Melhoramentos – LIVROS de Psicomotricidade, Educação E ... 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Veja também outros modelos de Shopping UOL. shopping.uol.com.br/livros/-b-psicomotricidade-b-relacional.html?id=164468 - 66k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL, DESPERTANDO O DESEJO DE APRENDER Formato do arquivo: Microsoft Powerpoint - Ver em HTML 7 ANOS = Sabe com “precisão” quais são as partes D e E de seu corpo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: - ALVES, Fátima. Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção. ... www.conexaeventos.com.br/download/Fatima%20Alves%20- %20Psicomotricidade%20Relacional%20na... - Páginas Semelhantes - Anotar isso PROFISSIONAIS PSICOMOTRICIDADE: Abril 2008 (FILIAL BOTAFOGO)UNI-IBMR ESPECIALIZADA EM LIVROS DE PSICOMOTRICIDADE .... j) referências bibliográficas apresentadas ao final do texto; ... profissionaispsicomotricidade.blogspot.com/2008_04_01_archive.html - 104k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso PSICOMOTRICIDADE NA TERCEIRA IDADE Maria Luiza Schmidt Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML segundo VELASCO (2005), “ O termo “ psicomotricidade” semanticamente nos traz. referência aos nossos mecanismos mentais, intelectuais e emocionais ... www.afrid.faefi.ufu.br/producoes_cientificas/artigo-55/completo.pdf - Páginas Semelhantes - Anotar isso Psicomotricidade, Vitor da Fonseca, 8536303360 A Traça livraria ... Observações: Inclui referências bibliográficas. Assuntos abordados na obra: Psicologia: Psicomotricidade. Perspectivas multidisciplinares. Bioantropologia. ... www.traca.com.br/seboslivrosusados.cgi?mod=LV70755&origem=resultadodetalhad a - 59k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Submarino.com.br: Psicomotricidade na Equoterapia, A : Tatiana ... O presente livro mostra como a Psicomotricidade está presente na Equoterapia. Expondo alguns conceitos sobre a psicomotricidade e equoterapia, ... www.submarino.com.br/books_productdetails.asp?ProdTypeId=1&ProdId=233552&fr anq.. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 108 . - 70k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Submarino.com.br Livros: Teoria e Prática em Psicomotricidade ... Ao se falar em psicomotricidade, estamos falando de humanização, de relações afetivas, de envolvimento do homem com os ambientes, com os fatos e com. i.s8.com.br/books_productdetails.asp?Query=&ProdTypeId=1&CatId=11729&PrevCa tId... - 81k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Psicomotricidade Relacional em Meio Aquático - Livros sobre Psicologia Comprar Psicologia Psicomotricidade Relacional em Meio Aquático 17.85 EUR! PsicomotricidadeRelacionalemMeioAquático: www.precos.com.pt/psicologia.../psicomotricidade-relacional-em-meio- aquaticop21760615. ht... - 33k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso RAFCAL Kids & Psicomotricidade « Cá entre Nós Referências ABREU, B. F. L. de. Psicomotricidade e o desenvolvimento do ser humano. Em: www.rededapsicomotricidade.com.br. Em: 06/04/2006. ... caentrenos.wordpress.com/2008/10/16/rafcal-kids-psicomotricidade/ - 42k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Livros - Psicomotricidade Deficiencia de Audicao Atraso de ... Confira preços de Psicomotricidade Deficiencia de Audicao Atraso de Linguagem Simples e Gagueira Infantil - Jakubovicz, Regina (8573095695) nas melhores ... compare.buscape.com.br/psicomotricidade-deficiencia-de-audicao-atraso-de- linguagemsimples- e-g... - 75k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Psicomotricidade: história, desenvolvimento, conceitos, definições ... Referências bibliográficas. ALVES, Fátima. Psicomotricidade: corpo, ação e emoção. Rio de Janeiro: Wak, 2003. ARAUJO, Adriana Simões. ... www.efdeportes.com/efd126/psicomotricidade-historia-e-intervencao- profissional.htm - 49k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Musicoterapia e Psicomotricidade: Uma Aliança Possível Referências Bibliográficas:. OLIVEIRA, G. de Campos . Psicomotricidade. Educação e Reeducação num enfoque psicopedagógico. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes,1997. ... www.profala.com/artmusico12.htm - 12k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso PSICOMOTRICIDADE E A GERONTOLOGIA: UMA PROPOSTA DE ATUAÇÃO DA ... Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 109 22 Mai 2007 ... Em tal sentido a psicomotricidade pode exercer um efeitoprincipalmente .... REFERÊNCIAS BARROS, D. R. A Gerontologia de Intervenção. ... www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/gerontologia_ moniq ue... - 18k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Pimpão - Livros e Materiais Pedagógicos - 15:26 A psicomotricidade inaugura uma nova visão dentro do contexto do ... Este livro teoriza didaticamente a prática da psicomotricidade relaciona, ... www.pimpao.com.br/produtos.php?cat=4&subcat=97 - 18k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Grupo Psicomotricidade - AtividadesFísicas.com.br Dicas de livros de Psicomotricidade. Por: educadorfisico Em: 26/10/2008 11:23:32 . Bom dia, Começo este tópico por me afinar com a área da Psicomotricidade, ... www.atividadesfisicas.com.br/index.asp?a=grupo&gid=6&topico=2 - 10k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso .:: Livraria Book Toy ::. Brinquedos e Livros para Fonoaudiologia ... Em consultório, o atendimento em Psicomotricidade Relacional leva em conta o Inconsciente, mas, ... Parte I: O Corpo Teórico da Psicomotricidade Relacional ... www.booktoy.com.br/produto_info.php?cPath=40&products_id=18 - 32k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Livros - Psicomotricidade - Educacao e Reeducacao - De Meur, A ... Confira preços de Psicomotricidade - Educacao e Reeducacao - De Meur, A ( 852040538X) nas melhores lojas de Livros. compare.buscape.com.br/psicomotricidade-educacao-e-reeducacao-de-meur-a- 852040538x.html - 97k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Livros - Pedagógicos Conteúdo: Psicomotricidade voltada para criança portadora de necessidades educativas especiais. Mais de 1.200 atividades ilustradas sobre psicomotricidade . ... livroseducacaofisica.br.tripod.com/products2.htm - 43k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Livros - Natacao Psicomotricidade e Desenvolvimen - Damasceno ... Compare e pesquise preços de Natacao Psicomotricidade e Desenvolvimen - Damasceno, Leonardo (8585701439) nas melhores lojas de Livros da internet no ... www.bondfaro.com.br/prod_unico?idu=1858570143&pr=0.html - 24k - Em cache - Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 110 Páginas Semelhantes - Anotar isso Livraria Melhoramentos – LIVROS de A Psicomotricidade Relacional ... Na Livraria Melhoramentos você encontra A Psicomotricidade Relacional Em Meio Aquático, de Paulo Gutierres Filho ,da , por R$34,20, e mais de 1.000 títulos. www.livrariamelhoramentos.com.br/supercart/cgi- bin/supercart.exe/searchID?ok...est... - 111k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Flavia Gazolli Psicomotricidade - 2006 Referências Bibliográficas · Psicomotricidade e o deficiente · Psicomotricidade relacional. Psicomotricidade e a educação física *breve* ... www.flaviagazolli.com.br/referencias.html - 12k - Em cache - Páginas Semelhantes - Anotar isso Americanas.com: Hotsite Volta às Aulas 2007 - Livros Universitário ... Os educadores que trabalham com crianças pequenas sabem da importância da psicomotricidade em seu amadurecimento psicoafetivo, já que esta fomenta a ... www.americanas.com.br/prod/81154/hsdc/4922 - 48k - Em cache - Páginas Semelhantes- Anotar isso Psicomotricidade - Fabricante, abastecedore e comerciante Oferecemos-lhe não só referências relevantes sobre Psicomotricidade. Obtém directamente das empresas registadas mais informações, por exemplo sobre peças www.industrystock.com/html/Psicomotricidade/product-result-pt-68468-0.html - 32k Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 111 ORIENTAÇÕES PARA BUSCA DE ARTIGOS CIENTÍFICOS NO SCIELO Após a escolha do tema do TCC, pertinente ao seu curso de Pós-graduação, você deverá fazer a busca por artigos científicos da área, em sites especializados, para a redação do seu próprio artigo científico. O suporte bibliográfico se faz necessário porque toda informação fornecida no seu artigo deverá ser retirada de outras obras já publicadas anteriormente. Para isso, deve-se observar os tipos de citações (indiretas e diretas) descritas nesta apostila e a maneira como elas devem ser indicadas no seu texto. Lembre-se que os artigos que devem ser consultados são artigos científicos, publicados em revistas científicas. Sendo assim, as consultas em revistas de ampla circulação (compradas em bancas) não são permitidas, mesmo se ela estiver relatando resultados de estudos publicados como artigos científicos sobre aquele assunto. Revistas como: Veja, Isto é, Época, etc., são meios de comunicação jornalísticos e não científicos. Os artigos científicos são publicados em revistas que circulam apenas no meio acadêmico (Instituições de Ensino Superior). Essas revistas são denominadas periódicos. Cada periódico têm sua circulação própria, isto é, alguns são publicados impressos mensalmente, outros trimestralmente e assim por diante. Alguns periódicos também podem ser encontrados facilmente na internet e os artigos neles contidos estão disponíveis para consulta e/ou download. Os principais sites de buscas por artigos são, entre outros: SciELO: www.scielo.org Periódicos Capes: www.periodicos.capes.gov.br Bireme: www.bireme.br PubMed: www.pubmed.com.br A seguir, temos um exemplo de busca por artigos no site do SciELO. Lembrando que em todos os sites, embora eles sejam diferentes, o método de busca não difere muito. Deve-se ter em mente o assunto e as palavras-chave que o levarão à procura pelos artigos. Bons estudos! Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 112 Siga os passos indicados: Para iniciar sua pesquisa, digite o site do SciELO no campo endereço da internet e, depois de aberta a página, observe os principais pontos de pesquisa: por artigos; por periódicos e periódicos por assunto (marcações em círculo). Ao optar pela pesquisa por artigos, no campo método (indicado abaixo), escolha se a busca será feita por palavra-chave, por palavras próximas à forma que você escreveu, pelo site Google Acadêmico ou por relevância das palavras. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 113 Em seguida, deve-se escolher onde será feita a procura e quais as palavras- chave deverão ser procuradas, de acordo com assunto do seu TCC (não utilizar “e”, “ou”, “de”, “a”, pois ele procurará por estas palavras também). Clicar em pesquisar. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 114 Lembre-se de que as palavras-chave dirigirão a pesquisa, portanto, escolha- as com atenção. Várias podem ser testadas. Quanto mais próximas ao tema escolhido, mais refinada será sua busca. Por exemplo, se o tema escolhido for relacionado à degradação ambiental na cidade de Ipatinga, as palavras-chave Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 115 poderiam ser: degradação; ambiental; Ipatinga. Ou algo mais detalhado. Se nada aparecer, tente outras palavras.Isso feito, uma nova página aparecerá, com os resultados da pesquisa para aquelas palavras que você forneceu. Observe o número de referências às palavras fornecidas e o número de páginas em que elas se encontram (indicado abaixo). A seguir, estará a lista com os títulos dos artigos encontrados, onde constam: nome dos autores (Sobrenome, nome), título, nome do periódico, ano de publicação, volume, número, páginas e número de indexação. Logo abaixo, têm-se as opções de visualização do resumo do artigo em português/inglês e do artigo na íntegra, em português. Avalie os títulos e leia o resumo primeiro, para ver se vale à pena ler todo o artigo. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 116 Ao abrir o resumo, tem-se o nome dos autores bem evidente, no início da página (indicado abaixo). No final, tem-se, ainda, a opção de obter o arquivo do artigo em PDF, que é um tipo de arquivo compactado e, por isso, mais leve, Caso queria, você pode fazer download e salvá-lo em seu computador. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 117 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 118 Busca por periódicos Caso você já possua a referência de um artigo e quer achá-lo em um periódico, deve-se procurar na lista de periódicos, digitando-se o nome ou procurando na lista, por ordem alfabética ou assunto. Em seguida, é só procurar pelo autor, ano de publicação, volume e/ou número. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 119 É preciso ressaltar que você deve apenas consultar as bases de dados e os artigos, sendo proibida a cópia de trechos, sem a devida indicação do nome do autor do texto original (ver na apostila tipos de citação) e/ou o texto na íntegra. Tais atitudes podem ser facilmente verificadas por nossos professores, que farão a correção do artigo.