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Descarte de medicamentos

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2
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – EDSON MORORÓ MOURA
COORDENAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA
DENISE FRANCISCA DA SILVA TORRES
MARIA ERICA DOS SANTOS SILVA
DESCARTE DE FARMOQUÍMICOS NA CIDADE DE BELO JARDIM
 
BELO JARDIM 
2021
DENISE FRANCISCA DA SILVA TORRES
MARIA ERICA DOS SANTOS SILVA
DESCARTE DE FARMOQUÍMICOS NA CIDADE DE BELO JARDIM
Trabalho elaborado e apresentado como requisito parcial para fins de aprovação do Trabalho de conclusão de curso do Curso Técnico em Química da Escola Técnica Estadual – Edson Mororó Moura de Belo Jardim Pernambuco.
Orientador: Elias Januário 
 BELO JARDIM
 2021
RESUMO 
Medicamentos são descartados diariamente. E este material faz parte de resíduos químicos, que descartados incorretamente como no lixo comum ou na rede de esgoto, pode ocasionar a contaminação de solo, lençóis freáticos, rios, atingindo também a fauna e flora de uma região afetada, por isso a importância de fornecer a população orientações para o descarte adequado. Os objetivos deste trabalho consistem em analisar como ocorre o descarte de medicamentos no município de Belo Jardim e promover a conscientização da população. Conclui-se que as pessoas estão conscientes que esse descarte causa problemas ambientais. Além de demonstrar que o descarte de medicamentos de forma adequada ainda é um assunto muito distante da realidade e conhecimento da sociedade.
Palavra-chave: Medicamentos; Descarte; Meio Ambiente
ABSTRACT
Medicines are discarded daily. And this material is part of chemical waste, which incorrectly discarded as common garbage or in the sewer system, can cause contamination of soil, groundwater, rivers, also affecting the fauna and flora of an affected region, hence the importance of provide the population with guidelines for proper disposal. The objectives of this work are to analyze how medication is discarded in the city of Belo Jardim and to promote awareness among the population. It is concluded that people are aware that this disposal causes environmental problems. In addition to demonstrating that the proper disposal of medications is still a matter far removed from society's reality and knowledge.
Keyword: Medicines; Disposal; Environment
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO	1
1.1	Objetivos	2
1.1.1 Objetivos Gerais	2
1.1.2 Objetivos específicos	2
2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA	2
2.1 Farmoquímicos	2
2.2 - Descarte de farmoquímicos	3
2.3 Principais documentos que normatizam o descarte de farmoquímicos no Brasil	5
2.4 Principais substâncias químicas presentes nos farmoquímicos	6
2.4.1 Química fina	7
2.4.2 Plantas medicinais	8
3 METODOLOGIA	10
4 RESULTADOS E DISCUSSOES	10
4.1.1 Pesquisa de campo	10
4.1.2Pesquisa nas farmácias e drogarias	15
4.1.3Conscientização	15
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	16
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS	16
1 INTRODUÇÃO
 A quantidade de resíduos gerados pela a humanidade é exorbitante, devido as múltiplas atividades. A geração de lixo tem aumentado com o passar dos anos devido padrões de consumo e seu ritmo acelerado, por consequência, começa a surgir um cenário preocupante em relação aos resíduos dos serviços de saúde – RSS pois, o descarte inadequado destes resíduos tem produzido riscos ambientais capazes de comprometer recursos naturais e a qualidade de saúde pública. (RAMALHO, et al., 2011)
No Brasil, todos os dias são geradas mais de 150 mil toneladas de resíduos, cerca de 2% é composta por resíduos de serviços de saúde e, destes, 10 a 25% precisam de cuidados especiais. Portanto, se faz necessária a implantação de processos de segregação, acondicionamento, identificação, tratamento, e adequada destinação dos diferentes tipos de resíduos a partir de seus produtores e no com o objetivo de minimizar ou eliminar os danos gerados ao meio ambiente. (ANVISA/ CONAMA, 2006)
No país os órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA têm a responsabilidade de orientar, definir regras e regular a conduta dos diferentes agentes, no que diz respeito à geração e manejo dos resíduos dos serviços de saúde, com o objetivo de preservar a meio ambiente, para garantir a sua sustentabilidade. (RAMALHO, et al., 2011) 
Sendo elaborado pela a ANVISA a RDC n° 222/2018 regulamenta as boas práticas de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, que classifica os resíduos em cinco categorias (A, B, C, D e E) e apresenta distintos modos de tratamento e disposição final. Este trabalho trata especificamente dos resíduos do grupo B que são os resíduos químicos, que engloba os medicamentos, que podem apresentar risco à saúde ou ao meio ambiente. (ANVISA, 2018) 
Este trabalho busca conscientizar a população da cidade de Belo Jardim – PE sobre o correto descarte de farmoquímicos, e suas implicações ao meio ambiente. Tendo em vista que esse é um grave problema que afeta não somente o meio ambiente, mas a saúde da população. 
1.1	Objetivos 
1.1.1 Objetivos Gerais 
Realizar um estudo sobre a forma de descarte de medicamentos em desuso e/ou vencidos por parte da população residente na região de Belo Jardim no estado de Pernambuco, com o objetivo de realizar ações que promovam a conscientização da população sobre o descarte adequado de farmoquímicos. 
1.1.2 Objetivos específicos 
· Averiguar a forma de descarte de farmoquímicos pela a população e unidades farmacêuticas. 
Averiguar o grau de conhecimento da população sobre a forma correta do descarte de medicamento e seus possíveis danos ao meio ambiente. 
· Buscar conscientizar a população de Belo Jardim para o conhecimento da correta forma de descartar medicamentos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
2.1 Farmoquímicos 
Segundo o Conselho Regional de Química, farmoquímicos são substâncias químicas com atividade farmacológica utilizadas na produção de medicamentos que podem ser obtidos pela a extração de farmoquímicos de origem, animal, vegetal e/ou biotecnológica. Existe uma grande abrangência de medicamentos para o consumo humano, mas os principais medicamentos utilizados pela população brasileira segundo a OMS são: anticoncepcionais, analgésicos, descongestionantes nasais, anti-inflamatórios e alguns antibióticos (BRASIL, 2018) 
A importância desses fármacos é inquestionável, já que tem papel fundamental na manutenção da vida humana, entretanto esses devem estar em plenas condições de uso, garantindo sua eficácia e segurança. Porém o consumo desenfreado, e facilidade para obtenção de diversos medicamentos leva a acúmulos nas residências fazendo com que estes medicamentos caiam em desuso, prescrição de validade e muitas vezes sendo descartados de forma inadequada podendo acarretar sérios problemas ao meio ambiente. 
2.2 - Descarte de farmoquímicos 
Gerenciamento de resíduos de serviço de saúde (RSS)
Os resíduos do serviço de saúde merecem uma atenção redobrada em todas as suas fases de manejo, sendo eles segregação, condicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final. Essa atenção se deve aos graves riscos que podem oferecer por apresentarem componentes químicos, biológicos e alguns casos radioativos. A classificação dos Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) deve destacar a composição dos resíduos segundos suas características biológicas, físicas, químicas, estado da matéria e origem, para assegurar seu manejo. A tabela 1 abaixo, apresenta os grupos de resíduos de serviço de saúde. 
 Tabela 1 - Grupos de resíduos de serviço de saúde 
	Grupo A: Resíduos com possível presença de agentes biológicos que, podem apresentar risco de infecção 
	Grupo B: resíduos contendo produtos químicos que podem apresentar riscos a saúde pública ou ao meio ambiente. Podendo apresentar caraterísticas como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, cancinogenicidade.
	Grupo C: Rejeitos radioativos 
	Grupo D: Resíduos que não apresentam risco, podendo ser comparadosaos resíduos domiciliares. 
	Grupo E: Resíduos perfurantes ou escarificantes. 
Fonte: Elaborada pelos autores com base na RDC n° 222/2018.
Dentro dos estabelecimentos de saúde, sempre haverá esses 5 grupos de resíduos gerados, para cada um desses grupos existe um manejo diferenciado. Mesmo que esse trabalho se trate especificamente sobre os resíduos do grupo B, não significa que os estabelecimentos não tenham que dar atenção aos demais. O grupo B abrange todo tipo de resíduo químico, dentre eles os produtos farmacêuticos, caracterizado primordialmente pelos os resíduos de medicamentos que podem se dividir em perigosos e não perigosos. 
Os medicamentos contendo produtos hormonais; antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos, imunomoduladores; antirretrovirais. Todos os resíduos de medicamentos dessa classe são considerados resíduos perigosos que quando descartados devem ser submetidos a tratamentos ou dispostos em aterro de resíduos de perigosos – Classe I. (ANVISA, 2018)
Os demais medicamentos que não contém essas características são resíduos químicos. Mas, não são considerados como perigosos. Sendo assim esse medicamento não necessariamente tem uma destinação final a um aterro Classe I. Como exemplo: Resíduos de medicamentos como dipirona, paracetamol ou soro. 
Por isso, o gerenciamento desses detritos deve passar por alguns processos sendo eles: Segregação, acondicionamento, identificação, tratamento, armazenamento interno e externo e destinação; (ANVISA, 2018) 
Segregação: A segregação dos RSS do grupo B deve observar seu grau de periculosidade; seu estado físico sendo ele liquido ou solido, e sua compatibilidade química.
Acondicionamento: Na etapa de condicionamento é preciso observar as características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxidade das substancias presentes. Os RSS líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituintes de material compatível com o líquido armazenado, resistentes com tampa para garantir a contenção do mesmo e identificado conforme o Anexo II da resolução RDC n° 222/2018. E os RSS no estado sólido também devem ser acondicionados em recipientes constituídos de material rígido, resistente, compatível com as características do produto químico. 
Identificação: A identificação dos RSS deve ser estar nos carros de coleta, nos locais de armazenamento e nos sacos que acondicionam os resíduos. O grupo B é identificado por meio de símbolo e frase de risco associado à periculosidade do resíduo químico. 
Tratamento: para o tratamento sempre devem ser observado as características de periculosidade, no estado líquido, devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final. Os resíduos líquidos devem ser submetidos ao processo de solidificação e destinados conforme o risco presente é proibido o encaminhamento na forma líquida para aterros sanitários. As embalagens contaminadas por produtos químicos, também devem ser submetidas ao mesmo manejo que o produto que os contaminou. 
Armazenamento interno: Pode ser feito no local de trabalho onde foram gerados, sendo feito de forma temporária até ser desposto para o armazenamento externo.
Armazenamento externo: Este armazenamento deve respeitar a segregação das categorias de RSS químicos e incompatibilidade química; estar devidamente identificado com a simbologia associada ao nível de periculosidade; possuir uma forma de retenção/ contenção para o armazenamento de RSS líquidos; possuir um sistema elétrico e também de combate a incêndio que atenda todos os requisitos de proteção estabelecidos.
Destinação: Aterro de resíduos perigosos – Classe I que é o local de disposição final de resíduos perigosos em solo, eliminando danos ou riscos à saúde e minimizando os impactos ambientais;
2.3 Principais documentos que normatizam o descarte de farmoquímicos no Brasil
Nos últimos anos o Brasil tem demonstrado interesse em ampliar as leis que tratam sobre os resíduos de saúde no país. O Ministério da Saúde e o Ministério do Meio Ambiente são responsáveis dos resíduos sólidos de origem farmacêutica. Os órgãos de vigilância sanitária e ambiental são responsáveis pelos instrumentos legais, pelo fomento de pesquisas e pela fiscalização, para garantir que as atividades geradoras de resíduos dessa natureza tenham a destinação correta (FALQUETO; KLIGERMAN; ASSUMPÇÃO, 2010). Esses órgãos possuem o mesmo objetivo, que é a preservação da saúde pública e ambiental. 
Dentre as resoluções mais recentes, está a Política Nacional de Resíduos Sólidos sendo instituída a partir da sanção da Lei N 12.305, de 2 de agosto de 2010. Suas diretrizes estão relacionadas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, sendo de responsabilidade dos geradores e do poder público e aos custeios. (BRASIL, 2010).
Ainda de acordo com a Lei 12.305, a responsabilização e a implementação de logística reversa para sólidos é regulamentada pelo decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010 (BRASIL, 2010), que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para Implantação dos Sistemas de Logística Reversa estabelecendo que a Logística Reversa seja implantada. 
De acordo com o Art. 30 da Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, “É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, consoante às atribuições e procedimentos previstos nesta Seção”. (BRASIL, 2010) 
Vendo ainda necessário ampliar as iniciativas voltadas ao recolhimento de medicamentos, no dia 5 de junho de 2020, foi assinado o decreto nº 10.388 que passou regulamentar o primeiro parágrafo do caput do art. 33 desta mesma lei, instituindo o sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, de uso humano, industrializados e manipulados, e de suas embalagens após o descarte pelos consumidores. De acordo com o Decreto, as farmácias e drogarias ficam responsáveis pelo recolhimento e descarte final destes produtos. Bem como são obrigadas a dispor e manter dispensadores contentores em seus estabelecimentos. Sua fiscalização caberá ao Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR) o descumprimento do Decreto e está sujeito a aplicação de sanções previstas na Lei. (BRASIL, 2020)
2.4 Principais substâncias químicas presentes nos farmoquímicos 
O setor farmoquímico tem sua importância destacada na cadeia farmacêutica por tratar-se daquele que fornece a principal matéria-prima para a produção de medicamentos: o fármaco ou princípio ativo, também denominado Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) – substância presente na formulação farmacêutica, responsável por seu efeito terapêutico (GONÇALVES, 2006). Qualquer substância introduzida na formulação de uma forma farmacêutica que, quando administrada em um paciente, atua como ingrediente ativo. Tais substâncias podem exercer atividade farmacológica ou outro efeito direto no diagnóstico, cura, tratamento ou prevenção de uma doença, podendo ainda afetar a estrutura e o funcionamento do organismo humano (ANVISA, 2014). 
 2.4.1 Química fina 
 	A indústria da química fina compreende intermediários químicos de uso fabricados através de sínteses químicas, normalmente a partir da petroquímica básica ou, mais modernamente, via processos biotecnológicos, utilizados para fabricação dos princípios ativos de especialidades - medicamentos e defensivos agrícolas ou animais, as demais especialidades finais da química fina - produtos colocados no mercado consumidor. Os intermediários de síntese são moléculas químicas, geralmente orgânicas, que atendem aos requisitos químicos, físicos e físico-químicos (especificações técnicas) que constam de normas internacionais. A tabela 2 é apresentada essa concepção decadeia produtiva para a química fina, da esquerda para a direita. 
Tabela 2. Cadeiras produtivas da química fina. INTERMEDIÁRIOS DE USO OU PERFOMANCE MEDICAMENTOS 
Fármacos ou Produtos Técnicos AGROQUÍMICOS
ADITIVOS 
CATALISADORES
INTERMEDIÁRIOS
DE SÍNTESE
ORGÂNICOS 
Petroquímica ou Biomassa
 
INORGÂNICOS
Sintéticos ou Minerais Extrativos 
 Fonte: (OLIVEIRA, 2005)
 
A tecnologia para obtenção do fármaco (síntese química) envolve a transformação de compostos químicos, com a alteração de suas estruturas moleculares até a obtenção da molécula (IFA) desejada. No que diz respeito aos seus processos de produção - sejam os de síntese sejam os de uso, por envolverem reações químicas de síntese e operações de separação e purificação, há o fenômeno de geração concomitante de produtos principais e secundários. Ademais "uma mesma molécula química pode ser obtida por distintos processos de síntese. fazendo uso de diferentes moléculas produtoras. O rendimento de cada processo será diferente como diferentes serão, também, a natureza dos coprodutos e impurezas gerados, o que tornará as subsequentes etapas de separação e purificação mais ou menos onerosas" (ABIFINA, 1992:8). A tabela 3 mostra alguns exemplos de fármacos e suas indicações de tratamentos. 
Tabela 3 - Aplicação terapêutica dos fármacos
	Farmacos 
	 Indicação terapêutica 
	Ampicilina
	Antibiótico de amplo espectro indicado no tratamento de infecções causadas por micro-organismos sensíveis a ampicilina. 
	Carbamazepina 
	Anticonvulsivante. Indicação para epilepsia. 
	Ciclosporina
	Antibacteriano. Antibiótico derivado das penicilinas, indicado para tratamento de infecções causadas por germes (amplo espectro). 
	Ciprofloxacino
	Antibacteriano. Antibiótico de amplo espectro. 
	Clozapina 
	Neuroléptico. Indicado em pacientes com esquizofrenia refratária (que não respondem ou são intolerantes aos demais antipsicóticos). 
	Lavimudina 
	Antirretroviral. Indicado como inibidor da replicação do vírus HIV. 
	Ritonavir 
	Antivírotico. Indicado para tratar infecções causadas pelo vírus HIVM 
	Tiabendazol 
	Antiparasitário. Indicado para escabiose, larva cutânea, larva visceral, dermatites. 
	Zidovudina
	Antivírotico. Indicado como agente primário para o tratamento de pacientes com doença causada pelo vírus HIV-1. 
	Efavirenz 
	Antirretroviral. Indicado para o tratamento de infecções pelo HIV-1 em associação com outros fármacos antirretrovirais. 
 Fonte: Bulário Eletrônico (ANVISA, 2012),(Autoras,2021)
2.4.2 Plantas medicinais
A OMS define planta medicinal como sendo "todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semissintéticos". Suas substâncias ativas podem ser produtos do metabolismo primário (indispensáveis à vida da planta) e produtos do metabolismo secundário (próprios da individualidade das plantas). As substâncias medicinais são, na maioria das vezes, resultantes do metabolismo secundário, relacionado à interação da planta com o meio que a envolve. Dentre a classe de fármacos feitos a partir de insumos vegetais, existe uma diferença entre planta medicinal e os fitoterápicos. Segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária, em sua portaria nº 6 de 31 de janeiro de 1995, fitoterápico é "todo medicamento tecnicamente obtido e elaborado, empregando-se exclusivamente matérias-primas vegetais com finalidade profilática, curativa ou para fins de diagnóstico, com benefício para o usuário. Na sua preparação podem ser utilizados adjuvantes farmacêuticos permitidos na legislação vigente, porém não incluindo substâncias ativas de outras origens, mesmo que seja vegetal. Em último caso encontra-se o fitofármaco que nada mais é o princípio isolado da planta, sem passar por qualquer alteração molecular. Um exemplo de fitofármaco é o salicilato, obtido da árvore Salix alba ou salgueiro. Após modificação química deixa de ser fitofármaco e se transforma em medicamento sintético (ácido acetil salicílico, mais conhecido pela sigla AAS). (BRASIL, 2020)
 Ademais, os principais princípios ativos encontrados em plantas medicinais bem como alguns minerais e nutrientes, exemplificados na tabela 4. 
Tabela 4 – Principais princípios ativos encontrados em plantas medicinais
	Alicisteínas 
	Ação estimulante das enzimas anticâncer, antibacteriana, antiespasmódica e anticoagulante. Encontrada no alho. 
	Bioflavonóides 
	Ação antiflamatória, auxiliam ação das vitaminas. Encontrado no alecrim. 
	Cumarinas 
	Estimulam as enzimas anticâncer e auxiliam na coagulação sanguínea. Presentes no maracujá e camomila. 
	Flavonóides 
	Possuem propriedades antioxidantes, retardando o envelhecimento celular, inibem a formação das metástases de células cancerosas. Presentes na hortelã, alfazema, arnica. 
	Mucilagem 
	Polissacarídeos complexos que protegem as mucosas agentes que podem causar irritações, reduzindo inflamações. Presente na babosa, malva, espinheira- Santa. 
	Óleos essenciais 
	Atuam como analgésicos, antivíroticos, cicatrizantes e expectorantes. Podem ser obtidos em todas as plantas que exalam cheiro forte, bem como alfazema, eucalipto e cravo da Índia. 
(OLIVEIRA, 2014)
 Como já foi visto anteriormente, existem muitas substâncias benéficas encontradas em plantas medicinais e seus fitoterápicos. Atualmente apesar de não ser na proporção desejada, encontramos estudos que tentam avaliar a quantidade segura de consumo de uma determinada planta, que tem como objetivo, caracterizar os princípios ativos da planta através da fotoquímica e avaliar a ação dela no organismo para a segurança e criação de produtos fitoterápicos. Contudo, o uso indiscriminado de plantas medicinais por conta própria pode trazer sérios riscos à saúde, sendo mais recomendado, evitar o uso de plantas desconhecidas e que não tenham sido/ ou não seja alvo de estudos. (SANTOS, 2021)
3 METODOLOGIA 
Este estudo apresenta como base teórica e metodológica uma pesquisa bibliográfica e de campo através de questionário, visando aprofundar o conhecimento sobre o tema proposto para que seja possível ampliar os entendimentos sobre os problemas que o descarte inapropriado de medicamentos pode causar além de buscar a conscientização da população através de palestras. 
Foram realizadas duas pesquisas de campo, buscando informações sociais através de questionário realizado nos residentes da cidade de Belo Jardim e em farmácias e drogarias da cidade. Os questionários foram aplicados nos meses de agosto e setembro do ano de 2021. O questionário social averiguou o descarte individual de medicamentos da população. A pesquisa foi realizada com 100 participantes e em farmácias e drogarias da cidade de Belo Jardim foi-se aplicado um questionário buscando a informação de recolhimento de medicamentos que é levado pela população para o descarte. Complementando essa informação, foi questionado o motivo da coleta ou não coleta e como a informação do descarte é oferecida aos clientes.
4 RESULTADOS E DISCUSSOES 
4.1.1 Pesquisa de campo 
Foram entrevistadas 100 pessoas residentes da cidade de Belo Jardim através de uma pesquisa via remota, o gênero predominante foi feminino (52,4%) e (47,6%) de gênero masculino. A faixa etária predominante foi de 18-29 anos (82,5%), em relação ao nível de escolaridade da população residente, observa-se que a escolaridade predominante é o ensino médio completo (49,2%). Na tabela 4 são apresentados todos os resultados obtidos. 
Ao serem perguntadas se realizavam uso de medicamento, (84,1%) fazem uso de medicamentos e (15,9%) não fazem uso. Do percentual que faz uso (68,3%) pessoas responderam que às vezes, (15,9%) pessoas responderam que realizam o uso todos os dias, (12,7%) fazem uso regular e (1,6%) raramente, como mostra o gráfico 1. Em relação ao tipo de descarte realizado,(74,6%) dos indivíduos afirmam que efetuam o descarte em lixo doméstico, (11,1%) vaso sanitário, 7,9% posto de saúde, 4,8% posto de coleta, 1,6% em farmácias como evidencia o gráfico 2. 
Ao serem questionados se já receberam informações sobre o descarte correto 69,8% dos 100 entrevistados demonstraram não possuir informações sobre o descarte de medicamento, como mostra o gráfico 3. Dos que obtiveram essa informação 50% afirma terem obtido em instituições de ensino, 25% em mídias, 8,3% em postos de saúde, informação apresentada no gráfico 4. 
Também foi perguntado aos entrevistados se eles acreditavam que o descarte incorreto poderia causar algum dano ao meio ambiente e/ou a saúde pública, (96,8%) dos entrevistados responderam que sim, os demais começaram a pensar a respeito das possíveis implicações. 
Tabela 4 - Características dos entrevistados 
	Características 
	Variáveis
	Porcentagem(%)
	 Gênero
	Masculino
		52,4%
	47,6%
	
	Feminino 
	
	
Faixa etária
 
		18 – 29 anos
	30 – 39 anos
	40 – 49 anos
	50 anos ou mais 
		82,5%
	15,9%
	- 
	1,6%
	
 Escolaridade 
		Ensino Médio Incompleto 4,8%
	Ensino médio completo 49,2%
	Ensino Técnico 3,2%
	Ensino Superior Incompleto 22,2%
	Ensino Superior Completo 19%
	Pós- Graduação 1,6%
 Tabela 4. Fonte: Autoras, 2020
 Gráfico1 – Uso de medicamentos pelos entrevistados 
Gráfico 1. Fonte: Autoras, 2021
Gráfico2 – Tipos de descarte realizado pelos entrevistados 
Gráfico 2 – Fonte: Autoras, 2021
Gráfico 3 – Conhecimento sobre descarte correto 
Gráfico 3 – Fonte: Autoras, 2021
Gráfico 4 – Onde obtiveram informação de descarte 
Gráfico 4 – Fonte: Autoras, 2021
Gráfico 5 – Consciência ambiental dos males causados ao ambiente em decorrência de descarte inadequado 
 
Gráfico 5. Fonte: Autoras, 2021
4.1.2Pesquisa nas farmácias e drogarias
Foram entrevistadas 5 redes de farmácias na cidade de Belo Jardim. Deste total, apenas 3 estabelecimentos realizam a coleta dos medicamentos da população para o descarte correto. Foi possível observar que nenhuma delas incentiva os cidadãos através de informativos para conscientização sobre o descarte correto dos medicamentos, ou sobre a realização da coleta no local. Apenas, duas farmácias comunicaram que coletam os medicamentos dos pacientes e clientes caso eles solicitem. É importante destacar que de acordo com a legislação atual, drogarias e farmácias são obrigados a realizar a coleta destes medicamentos e fornecer informativos sobre o descarte correto, além de manter contentores em seus estabelecimentos para o descarte dos medicamentos em desuso ou vencidos. 
As farmácias informaram que possuem parcerias com empresas de coleta para destinar corretamente seus medicamentos próximos ao prazo de validade ou impróprios para o uso.
4.1.3Conscientização
Atraves da pesquisa foi possível observar a falta de conhecimento da população sobra a temática, assim como a falta de incentivos o descarte adequado na cidade, visto os malefícios que este descarte inadequado pode causar ao meio ambiente, e a saúde da população. 
Foi realizada uma palestra em uma instituição de ensino com o intuito de promover o descarte adequado dessas substâncias. Como mostrado nas figuras (1.1) e (1.2) abaixo.
 
 Figura 1.1 Fonte: Autoras, 2021
 
 Figura 1.2 Fonte: Autoras, 2021
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através desse estudo, pode se concluir que se faz necessárias mais campanhas que gerem a conscientização e a participação da população para que os possíveis danos ao meio ambientais e à saúde pública ocasionados pela destinação inadequada de medicamentos sejam diminuídos. Também se faz necessária a participação de profissionais da saúde alertando sobre os prejuízos causados por essa destinação incorreta, e as formas de descarte conscientes. 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.  RDC N° 222, 28 de março de 2018. Disponível em URL: Ministério da Saúde (saude.gov.br). Acesso em: 25 de março de 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Plano diretor. Brasília, 2001
FEITOSA, Alexandra de Vasconcelos; AQUINO, Marisete Dantas de. DESCARTE DE MEDICAMENTOS E PROBLEMAS AMBIENTAIS: o panorama de uma comunidade no município de fortaleza/ce. Ciência e Natura, [S.L.], v. 38, n. 3, p. 1590, 28 set. 2016. Universidade Federal de Santa Maria. http://dx.doi.org/10.5902/2179460x22249. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/cienciaenatura/article/view/22249/pdf. Acesso em: 15 abr. 2021.
RADONS, Daiane Lindner; BOEMO, Bruna Aita; MADRUGA, Lucia Rejane da Rosa Gama. O PROCESSO DE DESCARTE DE MEDICAMENTOS VENCIDOS PELAS FARMÁCIAS E SUAS IMPLICAÇÕES. Editorial da 76ª Edição da Revista Educação Ambiental em Ação, Camobi, Santa Maria, 04 set. 2012. Disponível em: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1289. Acesso em: 28 ago. 2021.
CHAVES, Antonio Marcos Maia. DESCARTE DE MEDICAMENTOS E SEUS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAI. 2014. 32 f. TCC (Graduação) - Curso de Farmácia, Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa,2014. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/595/1/AMMC22072014.pdf. Acesso em: 15 jun. 2021.
MENDONÇA, Jaylanne Medeiros de. Diagnostico acerca do descarte de medicamentos no município de nova palmeira - PB. 2016. 43 f. TCC (Graduação) - Curso de Química Industrial, Departamento de Química, Universidade Federal da Paraíba, Campina Grande - PB, 2016. Disponível em: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/10154/1/PDF%20-%20Jaylanne%20Medeiros%20de%20Mendon%c3%a7a.pdf. Acesso em: 18 maio 2021.
MORRETTO, Andressa Cristina et al. DESCARTE DE MEDICAMENTOS: COMO A FALTA DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO PODE AFETAR O MEIO AMBIENTE. Brazilian Journal Of Natural Sciences. São Paulo – Brasil, p. 442-454. nov. 2020. Disponível em: https://bjns.com.br/index.php/BJNS/issue/view/10/25. Acesso em: 25 abr. 2021. (MORRETTO et al., 2020)
Série 1	
Lixo comum	Vaso sanitário	Farmácia	Posto de coleta	0.73	0.111	7.9000000000000001E-2	4.8000000000000001E-2	
Vendas	
SIM	NÃO	0.30199999999999999	0.69799999999999995	
Série 	1	
Mídias (Tv, redes sociais, sites.)	Instituições de ensino	Posto de saúde	Nunca receberam 	0.25	0.5	8.3000000000000004E-2	0.16800000000000001	
Coluna1	
Acredita que causa danos	Começaram a pensar á respeito 	0.96799999999999997	3.2000000000000001E-2	
Coluna1	[VALOR]
[VALOR]
Regularmente	Diariamente	As vezes	Não fazem uso	Raramente	0.127	0.159	0.68300000000000005	1.6E-2	1.6E-2

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