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Illana Lages- Medicina Quais os possíveis parasitas relacionados a Síndrome de Löffler? Como é realizado o tratamento da síndrome? É um comprometimento do trato respiratório associada à eosinofilia e alteração radiológica, causada por infecção parasitária e reação de hipersensibilidade aguda a drogas. (ALVES, DE SOUSA E SANCHES, 2012) A eosinofilia pulmonar simples ou Síndrome de Löeffler é um infiltrado pulmonar migratório associado à eosinofilia em sangue periférico e alterações radiológicas. Ela representa uma pneumonite eosinofílica transitória, por reação d e hipersensibilidade imediata, de corrente da migração pulmonar das larvas de parasitas, principalmente helmintos. (ALVES, DE SOUSA E SANCHES, 2012) FONTE: ALVES, DE SOUSA E SANCHES, 2012 As lesões são transitórias e as alterações radiológicas são caracterizadas por sombras que variam de tamanho e forma, e podem surgir em qualquer um dos lobos pulmonares. Essa síndrome está relacionada principalmente a infecção parasitária causada por Ascaris lumbricoides. 2 Porém, outros patógenos podem causar problemas pulmonares, sendo eles: Necator americanus, Ancylostoma duodenale e Strongyloides stercoralis. (ALVES, DE SOUSA E SANCHES, 2012) Clinicamente, a Síndrome de Loeffler é caracterizada por um quadro autolimitado, de 1 a 2 semanas. A tosse seca é o sintoma mais comum, podendo estar presente também febre baixa, dispneia do tipo asmatiforme, e mais raramente, pode ocorrer hemoptise, mialgia, anorexia e urticária. (ALVES, SOUSA e SANCHES, 2012) Os sintomas surgem 10 a 16 dias após o início da infecção, seja a ingesta do ovo ou a penetração das larvas, dependendo do verme. Deve-se, então, investigar a história social e de viagem para áreas de risco neste período. O exame físico pode ser normal ou apresentar sibilos e crepitações finas à ausculta pulmonar. Podendo, ainda , associar-se a manifestações extrapulmonares como hepatomegalia, reações meníngeas ou erupção cutânea prurítica. (KASPER, 2017) Em hospedeiros imunocomprometidos, incluindo pacientes que recebem glicocorticoides, pode ocorrer uma síndrome grave e potencialmente fatal de superinfecção por Strongyloides. (KASPER, 2017) O diagnóstico etiológico específico é difícil porque é raro encontrar larvas na expectoração e os testes serológicos são pouco sensíveis e específicos. Pacientes com eosinofilia periférica, multiparasitários, com imagens de opacificações fugazes em radiografias seriadas, devem sugerir síndrome de Löeffler. (ALVES, DE SOUSA E SANCHES, 2012) Quando há confirmação laboratorial da infecção parasitária, deve-se utilizar drogas antihelmínticas como base do tratamento, até mesmo para evitar manifestações tardias da parasitose, como diarréia, desnutrição, dor abdominal e oclusão intestinal. (LUZ e t al., 2017) Geralmente são administrados medicamentos benzimidazóis, como Albendazol e Mebendazol, os quais podem atuar de duas maneiras: através da ligação seletiva nas tubulinas inibindo a tubulina-polimerase , prevenindo 3 a formação de microtúbulos e impedindo a divisão celular; e, ainda, impedindo a captação de glicose inibindo a formação de AT P que é usado como fonte de energia pelo parasita. (LUZ et al., 2017) Por fim, glicocorticoides também podem ser utilizados, e são bastante efetivos na diminuição da inflamação celular e da eosinofilia. A droga mais usada é a Prednisona, a qual age suprimindo a migração de leucócitos, revertendo o aumento da permeabilidade capilar e reduzindo a produção de prostaglandinas por inibir a atividade da enzima fosfolipase-A2 (PLA- 2 ). (LUZ et al., 2017) Referências: ALVES, Ana Cristina Marques; DE SOUSA, Alessandro Moraes; SANCHES, Camila Silva. SÍNDROME DE LOEFFLER: RELATO DE CASO. Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. 2012. KASPER, Dennis L.. Medicina interna de Harrison. 19 ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2017. LUZ, Sávio Nixon Passos e t al.. Sindrome de loeffler sob prisma da parasitologia, imunologia e bioquímica. Anai s II C ONBRACIS. Campina Grande: Realize Editora, 2017.
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