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ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

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2º Medicina – Bruna Sá
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS
Retirar secreção do trato respiratório e cavidade oral por meio de sucção por um cateter apropriado
Presença de secreção faz o frêmito aumentar
Oxigenação proporciona ventilação, perfusão e difusão para os sistemas do corpo.
Padrão respiratório ineficaz + troca de gases prejudicada + desobstrução ineficaz de vias aéreas= A manutenção das vias aéreas sem secreção é essencial para garantir a eficácia dos troncos gasosas e a prevenção de complicação pulmonares.
É indicada quando os pacientes são incapazes de eliminar as secreções através da tosse ou outros procedimentos não invasivos.
· Objetivos
1- Promover a limpeza das vias aéras em pacientes incapazes de faze-lo;
2- Manter as vias aéreas desobstruídas, facilitando a oxigenação
3- Garantir a eficácia das trocas gasosas
4- Prevenir complicações pulmonares por meio de manutenção das vias aéreas limpas
5- Melhorar o padrão respiratório e o conforto do paciente
6- Coletar amostra de secreção traqueobrônquica para análise laboratorial.
· Sinais indicativos para realizar a aspiração das vias aéreas 
1. Respiração ruidosa, presença de ruídos adventícios (som anormal-ronco)
2. Presença de secreção na cavidade oral ou nasal ou no sistema de respiração artificial ou traqueostomia) 
3. Alteração na frequência respiratória (geralmente taquipneica)
4. Diminuição da expansão pulmonar
5. Diminuição da saturação de oxigênio (SpO2)
6. Rebaixamento do nível de consciência, ansiedade, agitação e letargia (Sinais de hipóxia).
7. Cianose.
· Resultados esperados
Vias aéreas livres de secreção ; Ruídos adventícios diminuídos ou ausentes; Relato de melhora do padrão respiratório ;Elevação da saturação de oxigênio
· Tipos de aspiração – avaliar grau de comprometimento
1. Orofaríngea (RN)
2. Nasofraríngea
3. Orotraqueal
4. nasotraqueal 
5. via aérea artificial (traqueostomia ou tubo) – aspirações fora e dentro do tubo.
6. 
1. Orofaringea e nasofaríngea (Vias aéreas superiores): Realizada quando o paciente é capaz de tossir efetivamente, mas incapaz de eliminar secreções pela expectoraçãoCom a diminuição da secreção e do cansaço e quando o mesmo é capaz de engolir a expectoração ou muco, suspende-se a aspiração.
- Deve ser realizada após o paciente ter tossido.
Local de realização:
· Nasofrarigea: atrás do nariz até a região do palato mole.
· Orofaríngea: Do palato mole até o hioide e as amigdalas
2. Orotraqueal e Nasotraqueal (Vias aéreas inferiores): Realizada com paciente que é incapaz de tossir mas não possui uma via respiratória artificial. Um cateter é inserido pela boca ou nariz até à traqueia.
3. Aspiração traqueal: Utiliza-se uma via aérea artificial. TOT - TQT (Tubo orotraqueal)
Existem dois métodos: aberta ou fechado
Via aérea artificial – é usada em pacientes com diminuição do nível de consciência ou obstrução das vias respiratórias e ajuda a remover a secreção traqueobrônquica
Indicação: - Pacientes com comprometimento da capacidade de tossir, que apresentam secreção pulmonar e possuem uma via aérea artificial.
Tubo endotraqueal:
- Impede que o paciente mantenha o mecanismo normal de limpeza das vias aéreas ao tossir.
- Aumenta a produção de secreções.
· Cuidados Gerais
1- A aspiração oro ou nasofaríngea é uma técnica limpa.
2- Na aspiração oro ou nasotraqueal o nariz é a via de preferência por minimizar o reflexo do vômito.
3- Todo o processo de aspiração deve ter uma duração máxima de 15 segundos. 
4- O paciente deve descansar entre as aspirações, exceto se haja angústia respiratória.
5- Se o paciente estiver em uso de oxigênio suplementar, deve-se reposicionar o dispositivo nos intervalos das aspirações.
6- O tamanho do cateter deve ser o menor possível porém, o suficiente para aspirar as secreções.
7- Nunca aplique pressão de aspiração durante a inserção do cateter.
8- A pressão de aspiração deve estar entre 100 e 150 mmHg.
9- A aspiração intermitente só deve acontecer durante a retirada do cateter.
10- Deve-se realizar movimentos rotatórios durante a retirada do cateter.
· Ordem de aspiração
A Cavidade nasal / cavidade oral deve ser realizada primeiro devido ao laringoespasmo visto que a secreção com microrganismos poder descer para o pulmão. É importante o descarte do material e a utilização de um novo cateter para o tubo orotraquel/traqueostomia.
· Caso seja utilizado o mesmo cateter de aspiração: tubo orotraqueal/traqueostomia (devido a necessidade de ser estéril) cavidade nasal/cavidade oral descartar o cateter.
· Caso possa ser trocado o cateter de aspiração (mais recomendado): Cavidade nasal Cavidade oral (descartar o cateter e utilizar um novo material) Tubo orotraqueal/ traqueostomia Descartar o cateter.
Materiais necessários para aspiração: 
Aspirador portátil; cateter de aspiração estéreis; Luvas de procedimento; Luva estéril; Mascara, óculos de proteção e capote; Cuba rim estéril; Borracha extensora de conexão; Frasco com SF0,9% de 100 ml ; Agua destilada 250 ml; Gaze estéril; Compressa ou toalha de rosto; Ambú (para pact com via aérea artificial); Estetoscópio ; Oximetro de pulso
· Procedimento de Aspiração de Vias Aéreas
Coleta de dados:
1- Identificar o paciente
2- Avaliar sinais e sintomas de obstrução das vias respiratórias 
3- Avaliar sinais e sintomas associados a hipóxia ou hipercapnia.
4- Avaliar os fatores de risco para obstrução das vias respiratórias.
5- Avaliar fatores anatômicos que influenciam o funcionamento das vias respiratórias.
6- Identificar contra indicações: passagem nasal ocluída, sangramento nasal, lesões agudas, coagulopatias, laringospasmos, broncospasmos, vias respiratórias irritadas, grandes cirurgias abdominais e IAM
Procedimento: 
1- Higienizar as mãos;
2- Utilizar precauções universais; 
3- Usar equipamentos de proteção individual (luva, óculos, máscara, capote, touca)
4- Avaliar a necessidade de aspiração oral e ou traqueal; 
5- Realizar a ausculta dos sons respiratórios antes e após;
6- Reunir o material 
7- Explicar o procedimento ao paciente;
8- Conferir e montar o sistema de aspiração; aspirador portátil (frasco coletor e extensão de silicone ou látex) ou vácuo canalizado (vacuômetro, frasco coletor e extensão de silicone ou látex);
9- Posicionar o paciente (45º) quando possível;
10- Proteger o tórax do paciente com a compressa ou toalha;
11- Colocar EPI;
12- Abrir e preparar os materiais de forma estéril:
13- Ligar o vácuo ou aspirador e confirmar se a aspiração está sendo feita adequadamente (se vácuo canalizado, regular a pressão negativa: 100 a 150 mmHg para adultos, 40 a 60 mmHg para recém-nascidos e 60 a 100mmHg para crianças).
14- Colocar luvas:
a) De procedimento para aspiração orofaríngea/nasofaríngea
b) Luva estéril para aspiração nasotraqueal e por via aérea artificial
c) Segurar o cateter com a mão dominante (estéril) e o látex ou silicone com a mão não dominante (não estéril);
15- Lubrificar o cateter e testar o sistema de aspiração aspirando pequena quantidade de SF 0,9% ou água destilada;
· Aspiração oro/nasofaríngea
Introduzir o cateter na boca ou em uma das narinas aplicando clampeamento na extensão de látex ou silicone (sem aplicar sucção) – se utilizar cateter com válvula, não ocluí-la.
- Para aspiração da orofaringe:
a) Introduzir o cateter na boca do paciente paralelo à gengiva até a faringe.
Medida: da borda da boca à ponta do lóbulo da orelha.
b) Aplicar a aspiração intermitente, movendo o cateter ao redor da boca até que as secreções sejam aspiradas.
Para aspiração nasofaríngea:
a) Em adultos o cateter deverá ser inserido em cerca de 16 cm, em crianças maiores de 8 a 12 cm e em bebês de 4 a 8 cm. Medida: da ponta do nariz à ponta do lóbulo da orelha.
b) Inserir o cateter delicadamente pela narina durante a inspiração em direção à traqueia, inclinando-o ligeiramente para baixo.
Irrigar o cateter e o extensor de silicone ou látex com SF0,9% ou AD, repetir o procedimento se necessário.
· Aspiração nasotraqueal
Se indicado aumente a concentração do oxigênio conforme prescrição médica e solicite que o paciente respireprofundamente várias vezes.
Remova o dispositivo de oxigenoterapia se houver com a mão não dominante
Inserir o cateter delicadamente durante a inspiração, seguindo o curso naturalda narina, sem aplicar aspiração;
Avançar com o cateter levemente até encontrar resistência ou até que o paciente tenha o reflexo de tosse (15 a 20 cm em adultos e 8 a 14 cm em recém-nascidos ou crianças);
Retrair o cateter por 1 a 2 cm
Aplicar aspiração intermitente e retirar o cateter com movimentos rotatórios por não mais que 15 segundos;
Irrigar o cateter com SF0,9% e repetir o procedimento se necessário (não mais que duas vezes em uma mesma sessão, aguardar de 1 a 2 minutos).
· Aspiração pela via aérea artificial
1- Hiperventilar ou hiperoxigenar o paciente. Utilizar ambu conectado à fonte deoxigênio ou regular a FiO2 do ventilador mecânico em 100%;
2- Desconectar o dispositivo de oxigenoterapia ou ventilador mecânico com a mão não dominante (não estéril);
3- Com a mão dominante (estéril), introduzir o cateter rapidamente pelo tubo, sem forçar, mantendo a extensão de silicone ou látex pinçada para não provocar sucção;
4- Progredir com o cateter até encontrar resistência ou estimular o reflexo de tosse;
5- Retirar o cateter 1 cm antes de provocar a sucção;
6- Soltar o látex para aplicar a sucção, trazendo o cateter para o exterior com movimento circular em no máximo 15 segundos;
7- Conectar o ventilador mecânico ao paciente ou ventilar com ambú para promover oxigenação;
8- Irrigar o cateter e o extensor com SF 0,9%;
9- Repetir o procedimento caso seja necessário (aguardar de 1 a 2 minutos para promover oxigenação do paciente);
10- Realizar aspiração nasofaríngea e orofaríngea se necessário;
11- Interromper o procedimento em caso de sangramento, cianose e queda da saturação;
12- Nos pacientes em ventilação mecânica, reajustar o oxigênio (FiO2) para os níveis iniciais.
· Finalizando o procedimento (para todos os tipos de aspiração)
Desconectar o sistema de aspiração do cateter, envolver o cateter na luva da mão dominante, desligar o vácuo e deixar a extremidade do extensor de silicone ou látex protegida;
Deixar o paciente confortável;
Desprezar o material em local apropriado;
Retirar as luvas de procedimento;
Higienizar as mãos;
Registrar o procedimento anotando o volume e aspecto da secreção aspirada, bem como a avaliação do paciente antes e após o procedimento.
· Cuidado
A aspiração desnecessária pode causar:
Irritação das vias aéreas e estimular a produção de secreção
Colocar o paciente em risco de desenvolver hipotensão, Hipoxemia e trauma da mucosa das vias aéreas.
Observação: todo paciente com via aérea artificial (tubo endotraqueal ou traqueostomia) deverá ter ao seu lado, pronto para uso imediato, material e equipamento para aspiração.
· São contraindicações para aspiração nasotraqueal:
Traumatismo /cirurgia facial ou do pescoço; Distúrbios de sangramentos; Laringoespasmo; Via respiratória irritável; Lesões agudas na cabeça; Cirurgia gástrica
· Avaliação dos resultados da aspiração
1- Ausculte os pulmões e compare as avaliações do paciente antes e após a aspiração.
2- Pergunte ao paciente (se pertinente) se a respiração está mais fácil e se diminuiu a congestão.
3- Observe a quantidade, a cor e a consistência do conteúdo aspirado
4- Observe a respiração e a coloração do paciente.
5- Monitore a oximetria de pulso.
· Complicações
Bradicardia; Broncoespasmo; Traumatismos da mucosa traqueal; Microatelectasias ; Hipoxemia Queda saturação de Oxigênio; Aumento da pressão intracraniana ; Infecções pulmonares e/ou sistêmicas

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