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Necessidades de oxigenação ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Vias aéreas superiores: Nariz- Septo Nasal e Narinas (vibricias) Cavidade Nasal Faringe (naso e orofaringe) Laringe Vias aéreas inferiores: Traqueia ( carina ) Árvore Brônquica - Brônquios (principal, lobar, segmentar), Bronquíolos e Alvéolos (área de hematose- trocas gasosas) Pulmões (direito 3 lobos, esquerdo 2 lobos ) Pleuras ( visceral e Parietal ) Fina serosa (evita atrito com tórax, líquido lubrificante) Diafragma Ventilação: processo passivo, controle tronco cerebral, FR: 12-20 mrpm Inspiração - Impulso nervo frênico, Diafragma contrai, desce por pressão negativa torácica, o ar entra (VC = 500 ml) - Rico em Oxigênio. Expiração - Diafragma relaxa, Aumenta a pressão, o ar sai - Rico em gás carbônico A contração dos musculos intercostais e ombros e pescoço (acessários) não são visiveis na respiração normal Pressão atmosférica O2 em 21% (160 mmHg; PCO2 0,15 mmHg), nos Alvéolos (PO2 104 mmHg; PCO2 40 mmHg)O nível de CO2 fator importante controle respiratório. Se elevado ↑ FR e profundidade. Difusão Ocorre do meio maior concentração para meio de menor concentração, por diferença de pressão ocorre a troca gasosa (hematose) entre alvéolos e hemácias. Nos capilares alveolares: Sangue venoso (PO2 40 mmHg e PCO2 45 mmHg) Sangue arterial (PO2 100 mmHg e PCO2 40 mmHg) Perfusão Depende de volume sanguíneo adequado, Distribuição das hemácias para os capilares pulmonares e eficiente bombeamento cardíaco. Circulação fornece hemácias que transportam as hemoglobinas oxigenadas nas artérias para os tecidos. Nas células teciduais ocorre a respiração celular com uso de O2 para produzir ATP e liberação de CO2 O percentual de hemoglobina que se liga ao O2 nas artérias equivale a Saturação de O2 (SatO2 normal entre 95 a 100%) FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Exame físico respiratório Queixas respiratórias mais comuns · Dispneia: se ao movimento ou em repouso, se quando deita (ortopneia), se constante, se o acorda a noite (Dispneia paroxistica noturna), se acompanhada de outros sintomas(dor, tontura, tosse, aperto peito, sudorese), sua evolução, exacerbação, duração e medidas de alivio. · Tosse: há quanto tempo iniciou, frequencia, intensidade, relação com época do ano ou periodo do dia, se dolorosa, seca ou produtiva, medidas de alívio. · Expectoração: coloração, odor, qualidade e quantidade. Início, frequência e relação com posição. · Hemoptise: (sangue pela boca proveniente do pulmão) verificar se ocorreu de tosse forçada, tonalidade do sangue, frequência e quantidade. · Dor torácica: localização, duração, intensidade e tipo de dor. Se acompanha outros sintomas como febre, tosse, expectoração, fadiga ou se esta relacionada a pós operatório. Rouquidão: resultante alteração da laringe e cordas vocais, tumor pulmonar e neoplasia aorta. INSPEÇÃO · Dinâmica da ventilação pulmonar · Movimentos respiratórios: Frequência em 1 min - Taquipneia, bradipneia, apneia; Regularidade e profundidade; Esforços inspiratórios e expiratórios relativos (uso da musculatura acessória) EXAME FÍSICO RESPIRATÓRIO EXAME FÍSICO RESPIRATÓRIO INSPEÇÃO CHEYNE-STOKES Pacientes com aterosclerose cerebral e outras lesões cerebrais Anormalidades de frequência e ritmo BIOT Casos de meningite, sendo sinal de mau prognóstico/prognóstico reservado KUSSMAUL Associado com acidose metabólica grave, particularmente com a cetoacidose diabética, e com a insuficiência renal. SUSPIROSA “Fundo emocional", ou seja, resultado da sua ansiedade. ESTÁTICA · Coloração, hidratação, cicatrizes, lesões, pelos, abaulamentos, retrações. Enfisema aumentado, irreversível dos espaços aéreos. - Toxinas agridem e geram processo inflamatório , produz proteases gerando hiperdistensão e ruptura alveolar Baqueteamento digital: hipertrofia das falanges distais da mão. Paciente com DPOC utiliza a posicão ponto ancoragem para facilitar expansão torácica PALPAÇÃO - Sensibilidade (queixas) - Expansibilidade Amplitude e Simetria. Realiza prega e observa movimento respiratório. PERCUSSÃO• Frêmito toraco vocal (33) Depende do tipo conteúdo no local. · Tórax normal - som claro pulmonar (vibrações lentas e som baixos) · Desequilíbrio da relação ar/tecido (abafado): · Som timpânico: que é produzido quando existe uma quantidade de ar aumentada no parênquima pulmonar. · Som submaciço: presença de líquido/secreção Método digito digital: dedo indicador da mão esquerda (o plessímetro) sobre o tórax e o dedo médio da mão direita realiza a percussão sobre a falange distal. PERCUSSÃO O som é mais puro na face anterior do tórax Limite anterior direito: do 1º ao 5º espaço intercostal, onde se torna submaciço e no 6º é maciço (fígado) Limite anterior esquerdo: a partir do 3º espaço intercostal se torna submaciço e no 4 º é maciço. Percussão direta da 7ª cervical a 11ª vértebra torácica AUSCULTA Fisiológica: Brônquica (manúbrio), Broncovesicular (região esternal e interscapular), Murmúrios vesiculares (periferia pulmonar). · Estertores: Descontínuos e não musicais. Finos: ruído produzido pelo fecho do tipo “velcro” ou pelo atrito de um punhado de cabelo próximo ao ouvido. Grossos ou bolhosos: mais duradouros e graves. · Roncos: Contínuos, musicais. São graves, originários de vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso, quando do estreitamento desses ductos por espasmo, edema da parede ou presença de secreções aderidas a ela. · Sibilos: Mesma origem dos roncos. Disseminam-se por todo o tórax, quando provocados por patologias que comprometem a árvore brônquica, como a asma e bronquite OXIGENOTERAPIA Consiste na administração de oxigênio suplementar com o intuito de elevar ou manter a saturação de oxigênio acima de 90%, corrigindo os danos da hipoxemia. Objetivo: Melhorar troca gasosa. Em geral, prescrita pelo medico. Enfermagem pode administrar até 2 L/min. Hipoxemia (níveis baixos O2 arterial) ou hipóxia (diminuição oferta tecidos): ↓Fluxo O2 ↓ATP ↑ glicose anaeróbia , ↑ ácido lático, ↓ Ph A hipóxia celular pode ser causada pela: diminuição da quantidade de oxigênio no gás inspirado (exposição a elevadas altitudes), diminuição da ventilação alveolar, alterações na relação ventilação/perfusão, alterações de transferência gasosa, Hipoventilação ( ainda que esteja Com FR alta paciente pode estar com expansão torácica comprometida - decréscimo no gasto cardíaco, em situações de choque hipovolêmico e diminuição ou alterações moleculares da hemoglobina. Parâmetros para administração de O2: Segundo aAmericanAssociationforRespiratoryCare(AARC), as indicações básicas de oxigenoterapia são: ✓PaO2 < 60 mmHg ou Sat O2 < 90 % (em ar ambiente) ✓Sat O2 < 88% durante a deambulação, exercício ou sono em portadores de doenças cardiorrespiratórias. ✓IAM ✓Intoxicação por gases (monóxido de carbono) ✓Envenenamento por cianeto · Avaliação de Enfermagem considera: nível de consciência, sinais vitais, coloração dos leitos ungueais, SatO2. OXIGENOTERAPIA OXIGENOTERAPIA Oximetria de Pulso Parâmetros para administração de O2Fatores que atrapalham: vasoconstrição, hipotermia, hipotensão. · Gasometria arterial- Estudo dos gases arteriais: Ph, PO2, PCO2, SO2, HCO3 ( Bicarbonato), entre outros · exame avalia função dos pulmões · exclusivo do enfermeiro Valores normais Os valores de referência dos parâmetros que analisam o equilíbrio são: pH 7 ,35 a 7, 45 pCO2 35 a 45 mmHg HCO3 22 a 26 BE -2 a +2 Tipos de Oxigenoterapia - Sistemas de baixo fluxo; Sistemas de alto fluxo *A seleção do dispositivo baseia-se na concentração de oxigênio inspirada (FIO2) desejada. Sistemas de baixo fluxo: Os dispositivos de O2 de baixo fluxo, suprem taxas de fluxo menores que o volume inspiratório do paciente. - Cânula de O2/nasal (tipo óculos) = 1 a 6L/min- - Cateter de O2/nasofaríngeo (tipo sonda) = 1 a 4 L/min Cânula Nasal- tipo óculos É utilizado quando o paciente requer uma concentração baixa ou média de oxigênio. As velocidades de fluxo superiores a 6 e 8l/min podem levar a deglutição de ar e o ressecamento da mucosa nasal e faríngea. Cânula Nasal – materiais necessários · Fonte de oxigênio canalizada (ou torpedo) · Válvulas redutora (válvula de oxigênio – cor verde) · Luvas de procedimento (01 par) · Bandeja · Fluxômetro · Umidificador · Água destilada estéril (frasco 250 ml) · Intermediário de látex ou silicone esterilizado com no máximo 3 metros comprimento · Cateter Nasal (tipo Óculos nasal) Cateter Nasofaríngeo: Raramente é utilizado, mas pode ser prescrito na terapia de curto prazo, para administrar baixas e moderadas concentrações de O2. Deve ser substituído por um novo a cada 8h. Pode ser substituído por SF 0,9 por cento. Cateter Nasofaríngeo – materiais necessários · Fonte de oxigênio canalizada (ou torpedo) SF 0,9% · Válvulas redutora (válvula de oxigênio – cor verde) · Luvas de procedimento (01 par) · Bandeja · Fluxômetro · Umidificador · Água destilada estéril (frasco 250 ml) · Intermediário de látex ou silicone esterilizado · com no máximo 3 metros comprimento · Cateter Nasal (tipo sonda tamanho 8-10 para adulto ) · Micropore · Solução fisiológica 0,9% em pequeno copo descartável · Lubrificante à base de água . Sistema de alto fluxo Os dispositivos de alto fluxo de oxigênio suprem taxas de fluxo suficientemente elevadas para acomodar duas ou três vezes o volume inspiratório do paciente. ✓Máscara de Venturi É o método mais confiável e exato para administrar concentrações exatas de oxigênio através de meios não-invasivos. Utilizada principalmente para pacientes com DPOC. FiO2 50% 40% 35% 28% 24 % Vazão ( lpm ) 15 12 8 6 4 OXIGENOTERAPIA OXIGENOTERAPIA Sistemas de alto fluxo Máscara de Venturi – materiais · Válvula de acordo com FiO2 · Traquéia conjugada · Extensor · Umidificador · Fluxômetro · Água destilada OXIGENOTERAPIA OXIGENOTERAPIA Nebulização - Adicionar umidade ou medicamentos ao ar inspirado para promover a limpeza de secreções pulmonares. - - Favorece o processo de fluidificação das secreções presentes nas vias aéreas. - Meio de administração de medicamentos, como broncodilatadores e agentes mucolíticos. Materiais necessários · Fonte de oxigênio ou ar comprimido canalizada (ou torpedo) · Válvulas redutora (válvula de oxigênio – cor verde, válvula de ar comprimido – cor amarela) · Luvas de procedimento (01 par) · Bandeja · Fluxômetro · Solução nebulizador conforme prescrição · Seringa para medir dose prescrita (s/n) · Intermediário de látex ou silicone esterilizado com no máximo 3 metros comprimento · Nebulizador com máscara ou bucal · Recipiente para expectoração (cuba rim ou escarradeira) • Solução fisiológica 0,9% (preferencialmente flaconetes SF 0,9% 10 ml) Ou Água Destilada (AD) · Toalhas ou lenços de papel. Importante saber...Brocodilatadores Berotec: - Efeito similar a Adrenalina - Causa palpitações e taquicardia. Muito importante saber... Atrovent® = Brometo de Ipratrópio Vogal com vogal.. Consoante com consoante... Berotec® = Bromidrato de Fenoterol NEBULIZAÇÃO ASPIRAÇÃO SECREÇÕES - Geralmente é necessário aspirar as secreções do paciente por causa da eficácia diminuída do mecanismo de tosse. - Realizada quando os ruídos respiratórios adventícios são detectados ou sempre que as secreções estiverem nitidamente presentes. - Aplicação de sucção ao trato respiratório do paciente para ajudá-lo a remover secreções líquidas ou espessas das vias aéreas. Tipos: Aspiração nasofaríngea, nasotraqueal e orofaríngea. Aspiração endotraqueal (através de um tubo traqueal - traqueostomia). Material necessário – Aspiração · Fonte de ar comprimido ou vácuo (ou torpedo) · Válvulas de aspiração diferenciadas por cores (amarelo – ar comprimido e cinza ou preto – vácuo) · Bandeja · Luvas de procedimento (02 pares) · Frasco coletor de vidro ou de plástico · Intermediário de látex ou silicone · Sondas de aspiração de calibre adequado (adulto números 12 a 16) · Frasco de solução fisiológica a 0,9% 100ml (preferencialmente flaconetes de 10 OU 20 ml) · Pacote de gaze estéril · Lubrificante hidrossolúvel estéril (mas pode ser utilizado solução fisiológica 0,9%) · Saco de Lixo · Máscara descartável e óculos protetor. Normas gerais · Deixar sempre materiais de aspiração a beira do leito (gaze estéril, luvas de aspiração, sondas de aspiração traqueal e oral, água estéril, seringa). · Montar o aspirador em vácuo. · Manter durante a aspiração uma pressão entre 80 e 120mmHg (maior pode provocar traumas). · Cada manobra de aspiração deve durar de 10 a 15 segundos. · Deve-se deixar o paciente descansar por 20 a 30 segundos entre as aspirações. Suspenda a aspiração quando o cliente apresenta arritmia cardíaca, bradicardia, taquicardia, palidez, diminuição do nível de consciência, dessaturação e cianose · Manter o frasco de aspiração limpo conforme rotina do setor. · Trocar o intermediário de aspiração somente em caso de sujidades ou rachaduras e desprezar em lixo adequado após a alta do paciente. · Desprezar sondas e gazes utilizados na aspiração em saco de lixo branco. · Sempre observar presença de desvio de septo, pólipos, obstruções, lesões, epistaxe, edema de mucosa, etc. · Preferencialmente aspira traquéia e boca e SN troca a sonda e aspira narinas; · Caso não tenha flaconete 10 OU 20 ML DE SF0,9% pode ser utilizado copo descartável com água destilada para lavar látex após a aspiração secreções VENTILAÇÃO MECÂNICA Nos quadros graves de insuficiência respiratória, o tratamento visa a oferecer ao paciente um auxílio mecânico para respirar, ou inflar os pulmões. Há dois tipos de ventilação mecânica, a não-invasiva e a invasiva ( clássica ). :VENTILAÇÃO MECÂNICA – Não Invasiva Na ventilação mecânica não-invasiva o paciente usa uma máscara hermeticamente adaptada ao rosto, sem fuga de ar, ligada a uma máquina que gera um fluxo de ar pela mascara. Ex: Bilevel positive pressure airway.Observar fixação da máscara VENTILAÇÃO MECÂNICA – Invasiva A ventilação invasiva necessita que o paciente seja “entubado”. A intubação consiste na colocação e fixação de um tubo dentro da traqueia do paciente para que a máquina de respiração seja conectada.