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Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 ———————————————————————————————————————— http://www2.ebserh.gov.br/documents/17082/3273530/ Antecipação+Eletiva+do+Parto+e+Indicação+de+Cesariana.pdf/35d8bec5-96e0-42f9- b88c-18783d15a9b5 https://www.sogimig.org.br/wp-content/uploads/3-PARTO_OPERATORIO_CEO_2018.pdf https://hro.org.br/wp-content/uploads/protocolo-atencao-ao-parto.pdf https://www.scielo.br/pdf/rbr/v45n3/v45n3a19.pdf Tortora Anatomia Zugaib Obstetrícia Alterações fisiológicas locais Útero - Aumento progressivo da capacidade volumétrica, associada ao incremento da vascularização e demais adaptações para garantir o desenvolvimento fetal adequado durante a gestação e também para garantir o trabalho de parto. - Coloração passa a ser violácea devido ao aumento da vascularização e vasodilatação venosa. - Consistência amolecida pela retenção de líquido extravascular, principalmente onde há implantação ovular (alterações mais diretas e intensas). - Essa alteração de consistência ocorre a favor das contrações uterinas e aumento do tônus muscular uterino. → notado pela palpação abdominal a partir da segunda metade da gestação. - Aumento de volume e peso: - Após cada gestação, o útero fica um pouco maior que seu tamanho pré-gestacional. A redução de tamanho após o parto é gradativa. - O crescimento uterino é progressivo e até as 12 semanas o útero é um órgão intrapélvico, contendo assimetria devido à implantação do 1 ANTES DA GESTAÇÃO GESTAÇÃO (TERMO) PESO 60-70g 700-1200G VOLUME 10mL 5L (pode chegar a 20L em determinadas situações) COMPRIMENTO/ LARGURA/ ESPESSURA C: 7cm L: 4-5cm E: 2-3cm (entre cavidade e serosa) C: 30cm L: 24cm E: 22cm Sinal de Piscacek http://www2.ebserh.gov.br/documents/17082/3273530/Antecipa%C3%A7%C3%A3o+Eletiva+do+Parto+e+Indica%C3%A7%C3%A3o+de+Cesariana.pdf/35d8bec5-96e0-42f9-b88c-18783d15a9b5 http://www2.ebserh.gov.br/documents/17082/3273530/Antecipa%C3%A7%C3%A3o+Eletiva+do+Parto+e+Indica%C3%A7%C3%A3o+de+Cesariana.pdf/35d8bec5-96e0-42f9-b88c-18783d15a9b5 http://www2.ebserh.gov.br/documents/17082/3273530/Antecipa%C3%A7%C3%A3o+Eletiva+do+Parto+e+Indica%C3%A7%C3%A3o+de+Cesariana.pdf/35d8bec5-96e0-42f9-b88c-18783d15a9b5 https://www.sogimig.org.br/wp-content/uploads/3-PARTO_OPERATORIO_CEO_2018.pdf https://hro.org.br/wp-content/uploads/protocolo-atencao-ao-parto.pdf https://www.scielo.br/pdf/rbr/v45n3/v45n3a19.pdf Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 embrião → Sinal de Piscacek - A partir das 20 semanas o útero assume uma forma esférica e passa a ser um órgão abdominal. Nesse momento o peso uterino e amolecimento dos órgãos adjacentes levam o útero a ocupar os fórnices laterais da vagina→ Sinal de Noble-Budin - Com a progressão do crescimento uterino há redução da anteversoflexão, aliviando sintomas de polaciúria, acompanhada de dextrorrotação uterina (desvio para a direita e giro) Endométrio - Alterações celulares em toda sua extensão: a. Formação da decídua basal, onde se implanta o embrião b. Formação da decídua parietal, o restante da parede do endométrio em que o embrião não está implantado. c. Formação da decídua reflexa ou capsular, que envolve o embrião e se funde com a decídua parietal com 16 semanas de gestação - Na segunda metade da gestação pode acontecer comprometimento vascular e isquemia relativa pela hipertrofia do miométrio. Por isso, o útero muda de forma (conversão) para melhorar o suprimento sanguíneo com o alongamento das fibras musculares. → A forma esférica se torna cilíndrica. - Há uma nova isquemia próximo ao parto pelo alongamento máximo das fibras musculares. Miométrio - Composto por fibras musculares, colágeno (40-50%) e matriz extracelular. - Alterações da fração solúvel e da MEC causam afastamento das fibras musculares, que junto com a embebição gravídica, modificam a consistência do endométrio. - As fibras musculares sofrem hiperplasia (primeiras semanas), hipertrofia (mais intensa→ 10x de aumento) e alongamento (segunda metade da gestação → estiramento do útero). 2 Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 - Disposição das fibras musculares de forma circular cobrindo o útero e as tubas uterinas → as fibras que convergem para cada tuba se cruzam . - A disposição das fibras musculares é explicada pela origem embrionária: fusão dos ductos de Mueller - As fibras partem de um local na espessura uterina e se direcionam para o interior, em direção à cavidade. - Esse arranjo muscular complexo do útero permite sua distensão em todas as dimensões e involução após o parto; além de funcionar como ligadura mecânica da vascularização local. - Há uma camada muscular mais superficial e menos importante, paralela aos ligamentos redondo e largo (externa); e outra na submucosa, fina que acompanha as estruturas das tubas uterinas, ligamentos redondos e ligamentos cardinais (média) Vascularização Durante a gestação, o útero é o local mais hipervascularizado, com o surgimento de novos vasos e aumento da capacidade daqueles pré-existentes. O fluxo sanguíneo pré-gestacional de 50mL/min (3-6% do débito cardíaco) chega a 500/700mL/min (12% do débito cardíaco) no decorrer da gestação. - A irrigação se dá principalmente pela artéria uterina (ramo da ilíaca interna) e pelas artérias ovarianas, ramos diretos da aorta. - Aumento da drenagem venosa e linfática, com aumento do calibre das veias e capacidade de distensão delas (menos elastina e mais terminações nervosas adrenérgicas) - Dependendo do local de inserção da placenta, a drenagem venosa pode ser modificada, sendo feita pela veias ovarianas caso seja inserida no fundo uterino e pela veia uterina ipsilateral caso seja inserida no corpo ou segmentos uterinos. 3 Arranjo das fibras musculares Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 - A transferência de oxigênio e nutrientes se dá pela circulação uteroplacentária (aumentada pelo estrógeno e progesterona) e pela circulação fetoplacentária (aumentada por ondas de invasão trofoblástica→ aumenta vasos fetoplacentários e destrói a camada média das arteríolas espiraladas, transformando elas em fetoplacentárias) - Eventos como contrações uterinas e aumento do tônus do miométrio podem prejudicar a perfusão e oxigenação do compartimento fetoplacentário. Inervação - Fibras nervosas aferentes e sinapses eferentes se reúnem em gânglios ou plexos. O plexo mais importante é o plexo de Frankenhauser ou uterovaginal, responsável pela atividade contrátil involuntária uterina, tubária e vaginal. - Outros plexos: hipogástrico e pélvico; nervos pré sacro e pélvico. Istmo - Na mulher não grávida é a região entre corpo uterino e cérvix. - Tem endométrio menos espesso - Limitado pelos orifícios interno e externo do istmo, sendo que o externo coincide com o orifício interno do colo uterino. - Na gestação, há alteração de consistência, com edema e amolecimento do local, com alongamento da região. - Com o toque vaginal é possível perceber o aumento da anteversoflexão uterina (sinal de Hegar), que é responsável pela polaciúria no início da gestação - O istmo sofre hipertrofia, hiperplasia e alongamento das fibras musculares, aumentando o tecido conjuntivo e vascularização. 4 Inervação uterina Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 - Se incorpora ao corpo uterino com até 16 semanas (chamado de segmento inferior), pela dilatação do orifício interno. Isso contribui para a alteração da forma esférica para cilíndrica. - O segmento inferior é o local da maioria das histerotomias realizadas em cesárias transversas e abriga a apresentação fetal Colo Uterino - Estrutura cilíndrica na parte inferior do útero e tem seu interior ocupado pelo canal cervical e seus orifícios interno (obstétrico) e externo, que pode ser visto no exame especular. - Endocérvice com epitélio cilíndrico glandular e ectocérvice com epitélio pavimentoso estratificado nãoqueratinizado. - Na gestação esses epitélios ficam mais espessos - Tem menos fibras musculares em relação ao miométrio, mas com grande quantidade de fibras colágenas e elásticas→ contenção e manutenção do feto - Na gestação há alterações além das circulatórias e hormonais, mesmo que menos pronunciadas que as uterinas. - Ectopia da endocérvice e exposição ao conteúdo vaginal mais ácido provoca metaplasia escamosa - Eversão da mucosa do endocérvice é mais frequente na primeira gestação - Exposição do epitélio colunar é a causa mais comum de metaplasia escamosa em multíparas. - Há aumento da vascularização e consequente mudança de cor, ficando violácea. - Consistência mais amolecida a partir de 16 semanas - Hipertrofia glandular na endocérvice, com aumento da produção de muco espesso e viscoso (rolha de Schroeder) → muco com aspecto amorfo, rico em imunoglobulinas e citocinas, evitando ascensão de microrganismos. É eliminado com qualquer dilatação, prematura ou oportuna, por contrações ou incompetência cervical. - É comum o sangramento do colo durante a manipulação devido à hipervascularização. 5 Segmento inferior (istmo) Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 - Podem surgir lesões intraepiteliais cervicais em razão da hiperplasia e alterações imunológicas gestacionais, principalmente no pós parto. - Durante o parto, o cérvix sofre colagenólise e desestruturação do tecido conjuntivo, preparando para o esvaecimento e dilatação. → participação de prostaglandinas, ácido hialurônico, enzimas proteolíticas, mediadores inflamatórios e água → reorganização estrutural para formar o canal de parto. Ovários - Até a sétima semana tem importância crucial, em que o corpo lúteo se mantém pelos níveis de HCG produzido pelo trofoblasto. O corpo lúteo fornece progesterona até que o trofoblasto seja capaz de produzi-la de forma autossuficiente, regredindo por volta de 12 semanas de gestação. → deciduação do endométrio - Reação tecidual presente em focos esparsos em ambos os ovários pela presença de tecido endometrial levado por menstruação retrógrada ou remanescentes embrionários. - Ovulação, recrutamento e manutenção folicular são estagnados na gestação inteira, voltando meses depois do parto, dependendo do aleitamento materno. - Aumento da vascularização local→ plexo vascular ovariano dilatado; rede venosa aumentada. - Pedículo vascular ovariano é responsável por 1/3 do suprimento sanguíneo do útero na gestação e tem seu diâmetro triplicado. 6 Tampão mucoso Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 - Reações ovarianas como cistos tecaluteínicos (cistos múltiplos, grandes e bilaterais) como consequência de estimulação folicular excessiva → frequente com níveis de HCG circulantes, como neoplasia trofoblástica gestacional, gestações múltiplas. Tubas uterinas e Ligamentos - No início da gestação são quase perpendiculares ao maior eixo uterino, estirando- se pelo crescimento do útero e ocupando posição vertical, paralela ao corpo uterino. - Hipertrofia muscular discreta - Vascularização local intensa com alteração da coloração, principalmente das fímbrias. - Reação de deciduação descontínua e irregular na camada interna - Ligamentos largos e redondos do útero são hipertrofiados e congestos, podendo ser estirados na face oposta à da inserção placentária (Sinal de Palm) → normalmente não é visto no ultrassom, mas na gestação é visto e oposto à placenta. - Diminuição da motilidade da tuba. Vagina - Hipervascularização local causa hiperemia e edema da mucosa - Coloração avermelhada se torna arroxeada pela retenção de sangue nos vasos venosos → Sinal de Kluge - Aumento do diâmetro das artérias vaginais permite sentir sua pulsação nos fórnices laterais→ Sinal de Osiander - Hipertrofia de células musculares e tecido conjuntivo, junto com acúmulo hídrico aumentam a espessura e elasticidade da mucosa vaginal → maior capacidade de distensão para formar o canal de parto - Mucosa menos rugosa - Acúmulo de glicogênio e maior descamação celular pelo aumento da progesterona servem de substrato para a proliferação de Lactobacillus acidophilus. Esses microrganismos contribuem para um pH mais ácido, que tem papel protetor contra infecções bacterianas mas pode predispor a infecções fúngicas → pode infectar o bebê no parto - Células ovoides com núcleos vesiculares são típicas na gestação, sendo chamadas células naviculares → possuem alterações na camada intermediária, que descama muito, simultaneamente às células superficiais. - A camada basal sofre hipertrofia, a camada intermediária é mais espessa e frouxa (pelo acúmulo de água e glicogênio) e a camada superficial é mais fina pela descamação Vulva - Pele da raiz das coxas e grandes lábios podem apresentar manchas hipercrômicas - Coloração arroxeada pela hipervascularização local → sinal de Jacquemier- Chadwick - Predisposição a varizes na vulva, principalmente em gestantes multíparas 7 Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 - Retenção de líquido no espaço extravascular, causando edema do vestíbulo vaginal → coxim protetor no parto Mamas - Glândulas mamárias sofrem modificações desde o início da gestação e a gestante sofre com dor e hipersensibilidade mamária ja no primeiro trimestre, o que melhora com o tempo. - Estrógeno e progesterona da unidade placentária e produção de prolactina pela hipófise promovem o crescimento e desenvolvimento das mamas para a lactação no pós-parto. - Hiperplasia e diferenciação celular se modificam por completo e as mamas são o único órgão que não volta para as características pré-gravídicas depois do parto. - O aumento volumétrico das mamas é observado desde a 6º semana e o mamilo se torna mais pigmentado e sensível. - Papila fica mais saliente, com maior capacidade erétil. - Hiperpigmentação areolar faz com que o mamilo ganhe cor acastanhada, com coloração externa aos limites originais da aréola, mas mais clara→ aréola secundária ou Sinal de Hunter - Hipertrofia das glândulas sebáceas, que formam elevações visíveis chamadas tubérculos de Montgomery. - A pele pode apresentar estrias secundárias pelos níveis de cortisol associado com distensão local. - Hipervascularização torna visível a rede venosa sob a pele, chamada rede de Haller. - Há saída de colostro na segunda metade da gestação - A mama só termina seu desenvolvimento após a gestação e lactação. PEGAR ALTERAÇÕES DE PELVE E PELE!!! 8 Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 Anatomia pélvica Ossos Ílio: o maior osso do quadril, composto por: - Asa, superior - Corpo, inferior - Crista ilíaca: margem superior - Espinha ilíaca anterossuperior → fixação dos tendões dos músculos do tronco, quadril e coxas - Incisura isquiática maior→ passa nervo isquiático - Fossa ilíaca - Tuberosidade ilíaca - Face auricular (articula com sacro) - Linha arqueada Ísquio: parte inferoposterior do osso do quadril, composto por: - Corpo, superior - Ramo, inferior → se funde com o púbis - Espinha isquiática - Incisura isquiática menor - Túber isquiático - Forame obturado → passam vasos e nervos mas é “fechado"pela membrana obturadora Púbis: parte anteroinferior do quadril, é composto por: - Ramo superior - Ramo inferior - Corpo → entre os ramos - Margem anterossuperior do corpo é a crista púbica - Extremidade lateral é o tubérculo púbico - Linha pectínea do púbis 9Linha terminal Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 Pelve menor (verdadeira) x Pelve maior (falsa) - Verdadeira/Menor: Inferior à linha terminal - Possui aberturas superior, inferior e uma cavidade - Limite posterior é o sacro e cóccix, o lateral é pela parte inferior do ílio e do ísquio e o limite anterior é formado pelos ossos púbicos. - Abertura superior da pelve - Abertura inferior da pelve - Eixo da pelve: linha imaginária que cruza a pelve menor a partir do ponto central do planode abertura inferior da pelve. → durante o parto, o eixo é a rota feita pela cabeça do bebê enquanto desce pela pelve OBS: pelvimetria: medida das aberturas superior e inferior do canal de parto. Deve ser feita porque o feto passa pela abertura mais estreita da pelve no nascimento . Cesárea é normalmente planejada quando a cavidade pélvica é muito pequena para a passagem do bebê. Características da pelve feminina: - Mais leve e fina - Pelve maior/falsa menos escavada - Pelve menor/verdadeira mais larga e curta - Abertura inferior mais larga 10 Pelve maior e menor Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 Músculos do assoalho pélvico - Pubococcígeo: sustenta as vísceras pélvicas , constringe o ânus, uretra e vagina. - Iliococcígeo: sustenta as vísceras pélvicas , constringe o ânus, uretra e vagina. - - Isquiococcígeo: sustenta e mantém a posição das vísceras pélvicas, traciona o cóccix anteriormente após defecação ou parto. Períneo: se estende da sínfise púbica até o cóccix e até o túber isquiático. Importância médica ginecológica e obstétrica 11 Assoalho pélvico 1 1. Ana Paula de Andrade 27 de abril de 2021 09:09:41 pegar sobre nervo pudendo Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 - Trígono urogenital: contém os órgãos genitais externos → bulboesponjoso, isquiocavernoso e transverso superficial - Trígono anal: contém o ânus→ puborretal, iliococcígeo e pubococcígeo (músculos do levantador do ânus. Músculos superficiais do períneo - Transverso superficial do períneo: estabiliza o períneo. - Bulboesponjoso: ajuda na micção, constringe o óstio da vagina, auxilia a ereção do clitóris. - Isquiocavernoso: mantém ereção do clitóris e diminui a drenagem venosa. Músculos profundos do períneo 12 Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 - Transverso profundo do períneo - Esfíncter externo da uretra - Compressor da uretra - Esfíncter utetrovaginal: esfíncter acessório da uretra e facilita o fechamento vaginal. - Esfíncter externo do ânus: mantém, canal anal e ânus fechados Vascularização Arterial: 6 artérias principais - 2 A. Ilíacas internas → ramo da ilíaca comum → drenagem de vísceras pélvicas e parte da drenagem musculoesquelética da pelve → ramos para região glútea, região medial da coxa e do períneo - 2 A ovárica - 1 A. Sacral mediana - 1 A. Retal superior Artéria Vaginal: irriga a vagina, parte posterior e inferior da bexiga e parte pélvica da uretra. Artéria retal média: irriga a vagina. Artéria uterina: ramo vaginal, ramo ascendente, ramo ovárico, ramo tubário. Venosa: - Plexos venosos pélvicos formados pela união das veias que irrigam as vísceras pélvicas. - Alguns drenam para as veias ilíacas internas e outros direto para a veia mesentérica inferior Tipos de quadril e relação com o parto Raça, condições socioeconômicas, atividade física, características nutricionais da infância e adolescência, interferem na formação da bacia. 13 Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 - Mulheres negras tendem a ter o tipo antropoide - Estreito superior: encaixar a cabeça - Ginecoide e antropoide são os melhores prognósticos - Androide insinua bem com estreito superior favorável, mas depois a progressão é dificultada - Platipeloide: dificuldade para encaixe/insinuação e depois ocorre bem. - Conjugata exitus (saída do bebê) e obstétrica (encaixe) Tipos de Parto e indicações Parto Vaginal Indicações: - Realizado por via vaginal. - Todas as mulheres sem complicações podem realizar - Apresenta benefícios diversos, mas prejudica mais o assoalho pélvico - - Traz benefícios para as mãe e para os bebê: • benefícios para mães: menos risco de hemorragia, recuperação mais rápida, contato mais rápido com o bebê • benefícios para os bebês: garantia de pulmão maduro, oportunidade de sugar o peito, menos chance de doenças respiratórias Contra indicações: - Duas cesarianas prévias - Incisão uterina transmural prévia - Infecção por herpes ativa 14 Tipos de quadril Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 - Placenta prévia (cobre o colo do útero) ou vasa prévia ( anomalia dos vasos do cordão ou placenta→ causa sangramento) - Prolapso de cordão ou apresentação com cordão umbilical prévio - Situação fetal transversa/córmica ou apresentação pélvica - Carcinoma invasivo do colo uterino - Monitorização anteparto (MAP) categoria III ou não tranquilizadora - Desproporção óssea entre pelve e cabeça do bebê - Malformações do canal de parto OBS: episiotomia: corte para facilitar a saída do bebê sem prejudicar o períneo. Parto Cesárea - O parto se dá por uma incisão cirúrgica abdominal (laparotomia e histerotomia (incisão uterina)). Indicações fetais: - Apresentação pélvica (tentar versão externa até 36/37 semanas) → relativa - Gestação gemelar com primeiro feto pélvico - Gestação gemelar monoamniótica - Gestação trigemelar - Frequência cardíaca fetal não tranquilizadora (preferir fórceps) - Macrossomia (mais de 4,5kg) - Apresentação de face deflexão de segundo grau - Situação transversa (tentar versão externa até 36/37 semanas) → absoluta!! - Prolapso de cordão - Más formações congênitas PEGAR TABELA Indicações maternas: - Herpes genital ativa no trajeto de do parto e com bolsa íntegra - Condilomatose genital por HPV - Infecção por HIV - Duas ou mais cesáreas prévias - Ruptura uterina - Miomectomia intramural e submucosa - Falha de indução após 72h - Condições de instabilidade materna - Descolamento prematuro da placenta com feto vivo - Placenta prévia centro-total (oclusivas) - Acretismo placentário - Vasa prévia - Falha de progressão de parto - Idade avançada - Obesidade 15 Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 - Má-formações genitais - Tumores prévios Contraindicações - CA de colo de útero - Macrossomia fetal - Gestação gemelar com primeiro feto pélvico - Dificuldade de ficar na posição de litotomia - Maior risco de infecção e hemorragia - Recuperação mais lenta - Reação à anestesia Parto por Fórcipe - Fórcipe é um instrumento que auxilia a extração fetal pela preensão do polo cefálico, reduzido a duração do segundo período do parto. (Expulsivo) - Existem 4 tipos de fórcipe: a. De alívio b. Baixo c. Médio d. Alto Indicações maternas: - Doença cardíaca - Comprometimento pulmonar - Infecção amniótica - Algumas condições neurológicas - Exaustão - Falha de progressão do parto - Sofrimento fetal Indicações fetais: - Todas as situações de sofrimento fetal que exigem o fim do período expulsivo de forma rápida e segura. - Prolapso de cordão umbilical, com cabeça insinuada nas apresentações cefálicas e cabeça derradeira nas pélvicas são indicações menos frequentes. 16 Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 Parto Vácuo-extrator Contraindicações: - Patologia fetal - Ausência dos pré-requisitos - Anomalias do trabalho de parto, como apresentação fetal incorreta - Idade gestacional menor de 34 semanas - Suspeita de macrossomia fetal (relativo) - Incerteza da apresentação fetal (relativo) - Analgesia inadequada (relativo) Indicações: - Trabalho de parto prolongado - Sofrimento fetal - Exaustão Vantagens: - Exerce menor força sobre a cabeça do feto - Requer menos anestesia - Menor laceração da vagina e do colo uterino - Reduz frequência de episiotomias, lacerações e rotura do esfíncter anal Exercício Físico na Gestação Benefícios: - Exercícios de intensidade leve e moderada (gestação não complicada) promovem resistência e flexibilidade muscular, sem aumentar risco de lesões ou complicações na gestação - Auxilia controle de peso e condicionamento - Reduz risco de diabetes gestacional - Estimula melhor utilização da glicose e aumenta a sensibilidade a insulina - Protetor da saúde mental e emocional - Exercícios que envolvem a musculatura pélvica auxiliamna prevenção da incontinência urinária na gestação Riscos para o feto: - Principalmente em casos de exercícios de alta intensidade!!! - Hipóxia fetal - Estresse fetal - Restrição de crescimento - Prematuridade - Nascimento com baixo peso 17 Ana Paula de Andrade Tutorial SP2 sábado, 24 de abril de 2021 - Hipertermia da gestante: defeitos no fechamento do tubo neural Contraindicações: a. Absolutas - Doença miocárdica descompensada - Insuficiência cardíaca congestiva - Tromboflebite - Embolia pulmonar recente - Doença infecciosa aguda - Risco de parto prematuro - Sangramento uterino - Isoimunização grave - Doença hipertensiva descompensada - Suspeita de estresse fetal - Paciente sem acompanhamento pré-natal - Atividades com risco de queda b. Relativas - Hipertensão essencial - Anemia - Doenças tireoidianas - Diabetes mellitus descompensado Obesidade mórbida - Histórico de sedentarismo extremo Indicação: - Todas as mulheres que não apresentam contra-indicações devem ser incentivadas a realizar atividades aeróbias, de resistência muscular e alongamento. - Deve-se tomar o cuidado de não se exercitar vigorosamente em climas muito quentes e de prover a hidratação adequada, de modo a não prejudicar a termorregulação da mãe. - Em grávidas já ativas, manter os exercícios aeróbios em intensidade moderada durante a gravidez; - Exercitar-se três a quatro vezes por semana por 20 a 30 minutos. Em atletas é possível exercitar-se em intensidade mais alta com segurança; - Não existe nenhum tipo específico de exercício que deva ser recomendado durante a gravidez. A grávida que já se exercita deve manter a prática da mesma atividade física que executava antes da gravidez, desde que os cuidados sejam respeitados. 18
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