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Periodontia ANATOMIA E HISTOLOGIA DO PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO Composto pelo Ligamento Periodontal, Cemento e Osso. O propósito do periodonto de sustentação é dar suporte aos dentes durante a mastigação. Deve haver equilíbrio entre as forças oclusais e as estruturas periodontais. Se houver quebra deste equilíbrio, como o desuso, o periodonto se atrofia. Se houver sobrecarga, haverá processos patológicos. LIGAMENTO PERIODONTAL Estrutura de tecido conjuntivo que recobre a raiz e a liga ao osso. É contínuo ao tecido conjuntivo gengival. É visível na radiografia como uma linha radiolúcida que circunda a raiz e sua largura é da 0,1mm a 0,25mm, dependendo da idade e funcionalidade do dente, sendo maior para dentes em função pesada e menor para dentes não erupcionados ou sem antagonistas. Seu principal objetivo é a ancoragem do dente, e isto é dado por fibras de colágeno que prendem o cemento da raiz ao osso alveolar. A maioria das fibras do ligamento é organizada em feixes denominado Grupo de Fibras Principais, e são os elementos mais importantes do ligamento. São compostas principalmente de colágeno tipo I (80%). As fibras principais são classificadas de acordo com sua localização e inserção. São onduladas no seu curso, atravessando o espaço entre a raiz e parede do osso alveolar. PRINCIPAIS FIBRAS DO LIGAMENTO ALVEOLAR ✓ Crista alveolar: previnem a extrusão do dente e oferecem oposição às forças laterais. ✓ Horizontais: oposição às forças laterais. ✓ Oblíquas: suportam o impacto vertical das forças de mastigação. ✓ Inter radiculares: presentes em áreas de furca, previnem a inclinação e extrusão. ✓ Apicais: previnem a inclinação e extrusão, protegem vasos e nervos que suprem o dente; só presentes em raízes com rizogênese completa. ELEMENTOS CELULARES DO LIGAMENTO PERIODONTAL ✓ Células do tecido conjuntivo; ✓ Restos epiteliais; ✓ Células de defesa; ✓ Células associadas com elementos neurovasculares. CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO ✓ Fibroblastos são as mais frequentes, localizam-se ao longo das fibras principais. ✓ Sintetizam colágeno e degradam fibras colágenas antigas. Assim, a renovação (turnover) do colágeno parece ser regulada pelos fibroblastos. ✓ Osteoblastos, cementoblastos, osteoclastos e odontoclastos também podem ser encontrados. RESTOS EPITELIAIS Restos epiteliais de Malassez, distribuídos próximos ao cemento, são considerados remanescentes da Periodontia bainha epitelial de Hertwig. Podem estar distribuídos em toda a extensão do ligamento periodontal. Se calcificados, dão origem aos cementículos. Se estimulados, se proliferam, podendo participar na formação de cistos periapicais e radiculares laterais. CÉLULAS DE DEFESA E CÉLULAS ASSOCIADAS A ELEMENTOS NEUROVASCULARES São similares às células encontradas em outros tecidos conjuntivos (macrófagos, mastócitos e eosinófilos). FIBRAS DE SHARPEY As fibras principais do ligamento periodontal se inserem no cemento e osso alveolar. A esta porção inserida é dado o nome de fibras de Sharpey. SUSBTÂNCIA FUNDAMENTAL Presente em grande quantidade no ligamento periodontal, com alto conteúdo de água, preenche espaços entre fibras e células. FUNÇÕES DO LIGAMENTO PERIODONTAL 1. Transmitir forças oclusais para o osso: na mastigação, imprime-se uma força de 110 a 140 Kg/f. O ligamento amortece o impacto e o distribui. 2. União dente/osso: dada pelas fibras de Sharpey. 3. Manter os tecidos gengivais: na porção coronária, o ligamento é contínuo com o conjuntivo da gengiva. 4. Resistência a impactos: capacidade de absorver choques. 5. Abrigar vasos e nervos 6. Função formadora e remodeladora: o ligamento abriga células que atuam na formação e remodelação do cemento e osso alveolar. 7. Função nutricional e sensorial: proporciona nutrientes para o cemento, osso e gengiva. É responsável pela drenagem linfática. Aloja grande número de fibras nervosas sensoriais (sensação tátil, de pressão e de dor) O ligamento periodontal depende de estímulos dados pela função oclusal para preservar sua estrutura. Dentro de limites fisiológicos, ele aceita aumento de trabalho e sua adaptação se dá pelo fortalecimento das fibras de Sharpey (alargamento, espessamento dos feixes ou aumento do número). Pelo desuso, as fibras se enfraquecem terminando por se colocarem paralelas à superfície radicular. O ligamento periodontal, o cemento e o osso alveolar são tecidos dinâmicos que constantemente se adaptam a estados funcionais alterados e ao atrito dos dentes. CEMENTO Tecido calcificado que recobre externamente as raízes dos dentes. TIPOS DE CEMENTO - Acelular ou primário - Celular ou secundário ACELULAR OU PRIMÁRIO É o primeiro a ser formado. Recobre o terço cervical / metade da raiz e não contém células. Periodontia É formado antes que o dente alcance o plano oclusal, quando o processo de formação é lento, permitindo o afastamento dos cementoblastos antes que haja a calcificação. É constituído, na maior parte, pelas fibras de Sharpey. CELULAR OU SECUNDÁRIO Localiza-se aproximadamente da metade radicular para apical. É formado após a raiz alcançar o plano oclusal. A calcificação da matriz ocorre antes que os cementoblastos se afastem, ficando células aprisionadas (cementócitos, que se comunicam entre si). QUAL É A IMPORTÂNCIA CLÍNICA DOS CEMENTÓCITOS? Quando contaminados, são denominados grânulos patológicos. FIBRAS COLÁGENAS FIBRAS DE SHARPEY Extrínsecas, são as porções aprisionadas das fibras principais do ligamento periodontal. São formadas por fibroblastos. FIBRAS QUE PERTENCEM À MATRIZ DO CEMENTO Intrínsecas. São produzidas por cementoblastos. O cemento não é vascularizado, sendo nutrido pelo ligamento periodontal. Os dois tipos de cemento são dispostos em lamelas separadas por linhas incrementais, paralelas ao longo eixo da raiz. Disposto em lamelas, separado por linhas incrementais. JUNÇÃO AMELO CEMENTÁRIA ✓ Cemento recobre o esmalte 60% dos casos ✓ União topo a topo ✓ Não há união entre cemento e esmalte (há sensibilidade) ✓ Esmalte invade o cemento FUNÇÕES DO CEMENTO 1. Ancorar o dente ao alvéolo: através das fibras do ligamento periodontal 2. Compensar o desgaste oclusal: através de seu contínuo crescimento. A deposição do cemento é contínua e sua espessura vai aumentando com a idade. Hipercementose (hiperplasia cementária): grande espessamento do cemento. REABSORÇÃO E REPARAÇÃO DO CEMENTO REABSORÇÃO Evento comum, pode ocorrer devido a causas locais, sistêmicas ou idiopáticas. ANQUILOSE Fusão do cemento e osso alveolar com obliteração do ligamento periodontal. Ocorre em dentes com reabsorção de cemento, podendo ser uma forma anormal de reparação. OSSO ALVEOLAR PROCESSO ALVEOLAR Periodontia Porção da maxila e mandíbula que forma e suporta os alvéolos dentários. É formado quando o dente está em erupção, para promover inserção óssea para o ligamento periodontal em formação. CONSTITUIÇÃO DO PROCESSO ALVEOLAR ✓ Osso alveolar (lâmina dura, osso alveolar propriamente dito, lâmina cribiforme, osso fasciculado); ✓ Trabéculas medulares ✓ Cortical externa. A parede do alvéolo (osso alveolar) mostra a resposta às forças oclusais, onde osteoblastos estão presentes em área de tensão e osteoclastos em área de pressão. PERIÓSTEO E ENDÓSTEO PERIÓSTEO Camada interna de células com potencial de se diferenciarem em osteoblastos, e camada externa rica em vasos sanguíneos e nervos, composta por fibras colágenas e fibroblastos. OSSO MEDULAR ✓ (Trabéculas + endósteo) ✓ Forças oclusais reduzidas levam à redução no número e espessura das trabéculas. ✓ O osso medular é formado por trabéculas e endósteo. ✓Há grande variação no padrão trabecular, e ele é afetado por forças oclusais. ✓ O osso medular está em constante mudança devido à reabsorção e formação. FENESTRAÇÕES E DEISCÊNCIAS Áreas de raiz sem osso e recobertas por periósteo e gengiva. Acometem 20% dos dentes, de causa desconhecida, podem complicar a cirurgia periodontal planejada. PERIODONTO Peri: em torno de Odonto: dente A principal função do periodonto é inserir o dente no tecido ósseo dos maxilares e manter a integridade da mucosa mastigatória da cavidade oral. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PERIODONTIA / ANATOMIA E HISTOLOGIA DO PERIODONTO PROTEÇÃO. As doenças periodontais acometem a espécie humana desde os primórdios da história. Nos escritos antigos, tanto a presença de cálculo quanto problemas sistêmicos eram apontados como causadores de desordem periodontal. (Carranza. N., Periodontia) INFECÇÃO FOCAL Pierre Fauchard (1728) “Pai da Odontologia Moderna” Se conhecia apenas uma única doença dos tecidos de suporte dos dentes: a piorréia. Há menção ao tratamento da DP, com textos ilustrados e instrumentação específica. ✓ Os primeiros instrumentos raspadores (1940); Periodontia ✓ Os achados iniciais do tártaro; ✓ As primeiras escovas dentárias. O QUE ESTUDA A PERIODONTIA? As estruturas situadas ao redor do dente. Peri (ao redor). A principal função do periodonto é inserir o dente no tecido ósseo dos maxilares e manter a integridade da mucosa mastigatória da cavidade oral. ESTRUTURA DE PERIODONTO O periodondo é composto ou subdividido em: Periodonto de Proteção e Sustentação. PERIODONTO DE PROTEÇÃO ESTRUTURAS 1. Gengiva marginal ou livre 2. Gengiva inserida 3. Gengiva Interdentária. PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO ESTRUTURAS ✓ Cemento ✓ Ligamento Periodontal ✓ Osso Alveolar CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE NORMALIDADE DO PERIODONTO GENGIVA MARGINAL LIVRE Circunda os dentes em forma de colarinho (topo da crista gengival ao sulco marginal. Apresenta largura ao redor de 1mm e forma a parede de tecido mole do sulco gengival. SULCO GENGIVAL Fenda rasa ou espaço em torno do dente limitado de um lado pela superfície dentária e de outro pelo epitélio que reveste a gengiva livre ou marginal. Na gengiva clinicamente normal, em cortes histológicos, a profundidade desse sulco está em torno de 1,8 mm. A profundidade de sondagem de um sulco gengival clinicamente normal é de 2 a 3 mm. SULCO OU RANHURA MARGINAL Encontrado em 50% dos casos. É uma depressão rasa que separa a gengiva marginal da inserida. GENGIVA INSERIDA Do sulco marginal à junção mucogengival. É firme, resiliente e firmemente aderida ao periósteo do osso alveolar. Na face vestibular, é maior na região dos incisivos e menor nos segmentos posteriores. Na face lingual da mandíbula, a gengiva inserida termina na junção da mucosa alveolar lingual. Não se visualiza junção muco gengival. A superfície palatina da gengiva inserida da maxila une-se imperceptivelmente à mucosa palatina. JUNÇÃO MUCOGENGIVAL Linha divisória entre a gengiva inserida e mucosa alveolar. MUCOSA ALVEOLAR De cor escura e superfície lisa. GENGIVA INTERDENTÁRIA Periodontia Ocupa o espaço interproximal situado abaixo da área de contato dentário. A forma da gengiva interdentária ou papila interdental é determinada pelas formas dos pontos ou superfícies de contato entre os dentes, pela largura da superfície proximal e pela anatomia da junção cemento esmalte. Pode ter forma piramidal ou COL (epitélio delgado não queratinizado). O COL: Concavidade, determinada pelas áreas de contato dos dentes vizinhos. As bordas laterais e a ponta das papilas interdentárias são formadas pela gengiva marginal dos dentes adjacentes. A porção intermediária é de gengiva inserida. Se existe diastema, a gengiva está firmemente aderida ao osso, formando uma superfície lisa sem papila interdentária. ✓ Cor: rósea ou rosa pálido ✓ Tamanho: altura e espessura, variável entre indivíduos e região bucal ✓ Contorno: Em arco. A anatomia dos arcos dependerá da forma do dente, seu alinhamento e tamanho do espaço interproximal. ✓ Forma: em lâmina de faca ✓ Consistência: a gengiva inserida é fortemente aderida ao osso subjacente, pontilhada (casca de laranja. A gengiva inserida é pontilhada, a marginal não é. O pontilhado é uma forma de reforço funcional. A mucosa alveolar é elástica. A gengiva marginal é móvel. ✓ Posição: nível da gengiva marginal em relação junção amelo-cementária ✓ Ausência de sangramento: uma gengiva clinicamente normal não existe sangramento gengival HISTOLOGIA DO PERIODONTO GENGIVA É tecido conjuntivo recoberto por epitélio escamoso estratificado. TIPOS DE EPITÉLIO QUERATINIZADO Camada superficial de ortoqueratina. Estrato granuloso definido, sem núcleo no estrato córneo. (lábio). PARAQUERATINIZADO É o de maior incidência. Sem estrato granuloso, estrato córneo com núcleo. NÃO QUERATINIZADO Sem estrato granuloso e córneo. Os epitélios para e não queratinizados são considerados estádios intermediários de maturação, onde poderá haver maturação em condições patológicas ou fisiológicas específicas. O epitélio se une ao conjuntivo pela membrana basal. O Epitélio que cobre a gengiva é classificado em: ✓ Epitélio Oral ✓ Epitélio Do Sulco ✓ Epitélio Juncional Periodontia EPITÉLIO ORAL Reveste a crista e a superfície externa da gengiva marginal e a superfície da gengiva inserida. Perde sua queratinização quando entra em contato com a superfície do dente. Paraqueratinizado em sua maioria. EPITÉLIO DO SULCO Não é aderido ao dente e reveste o sulco gengival. Epitélio escamoso estratificado fino, não queratinizado, que se estende desde o limite coronário do epitélio juncional até a crista da margem gengival. Se exposto à cavidade oral, se queratiniza. EPITÉLIO JUNCIONAL É aquele que promove a união da gengiva ao dente. Faixa em formato de colar de epitélio escamoso estratificado não queratinizado. Seu comprimento varia de 0,25 a 1,35 mm. Pode se inserir em esmalte ou cemento. Está aderido à superfície dentária (aderência epitelial) por meio de uma lâmina basal interna, e ao tecido conjuntivo através de uma lâmina basal externa. A lâmina basal consiste de uma lâmina densa (adjacente ao esmalte) e uma lâmina lúcida, onde estão aderidos os hemidesmossomas. Suas células produzem lamininas (glicoproteínas - fazem adesão). Além dos hemidesmossomos, a aderência do epitélio juncional ao dente é reforçada pelas fibras gengivais, que apertam a gengiva marginal contra a superfície dentária. Por essa razão, o epitélio juncional e as fibras gengivais são consideradas uma unidade funcional: UNIDADE DENTOGENGIVAL. O limite entre o epitélio oral e o tecido conjuntivo subjacente segue um curso ondulado. As partes de tecido conjuntivo que se projetam no epitélio são chamadas papilas do tecido conjuntivo e são separadas entre si pelas cristas epiteliais. O Periodonto de proteção tem aspecto pontilhado “casca de laranja” é devido à fusão das cristas epiteliais com papilas do tecido conjuntivo. COMPONENTES CELULARES DO EPITÉLIO GENGIVAL ✓ Queratinócitos ✓ Células de Langerhans (fagócitos) ✓ Células de Merckel (terminações de fibras nervosas / sensibilidade tátil) ✓ Melanócitos Através de mitoses, os queratinócitos migram da camada basal para a superfície: proliferação. À medida que ele vem da camada basal para a superfície ocorre a queratinização: diferenciação. Para o queratinócito sair da camada basal e atingir a camada córnea do epitélio oral leva em torno de 10 a 12 dias (experimentos com animais). Células, na maioria queratinócitos, vão se achatando à medida que se aproximam da superfície. Pode apresentar combinaçõesdos 3 tipos de epitélio, mas prevalece o epitélio escamoso estratificado paraqueratinizado. SULCO GENGIVAL Periodontia Na gengiva clinicamente normal, em cortes histológicos, a profundidade desse sulco está em torno de 1,8 mm. A profundidade de sondagem de um sulco gengival clinicamente normal é de 2 a 3 mm. PORQUE A PROFUNDIDADE DO SULCO GENGIVAL HISTOLÓGICO NÃO É IGUAL AO SULCO CLÍNICO, QUANDO À SONDAGEM? À sondagem, em gengiva normal, o epitélio juncional pode se desprender. FLUIDO GENGIVAL O sulco gengival contém um fluido que exuda dentro do sulco. É proveniente do conjuntivo gengival. Com o fluido são expelidos os neutrófilos, que é a primeira linha de defesa frente à agressão. FUNÇÕES DO FLUIDO GENGIVAL ✓ Lavar o sulco ✓ Melhorar a adesividade do epitélio ao dente ✓ Propriedades antimicrobianas ✓ Ativar anticorpos No fluido gengival de grávidas com doença periodontal, há grande quantidade de prostaglandina, que é um potente indutor do parto prematuro. TECIDO CONJUNTIVO GENGIVAL Conhecido como lâmina própria. Apresenta-se com duas camadas: papilar, junto ao epitélio, e reticular, adjacente ao periósteo do osso alveolar. O elemento celular preponderante é o fibroblasto, que são encontrados entre os feixes de fibras colágenas. Eles sintetizam e degradam colágeno. Também são encontrados mastócitos, macrófagos e histiócitos. COLÁGENO TIPO I Forma o corpo do tecido conjuntivo e garante resistência e tensão ao tecido gengival. Formam as fibras gengivais, que podem ser classificadas em: 1. Fibras dentogengivais 2. Fibras circulares 3. Fibras transeptais As fibras tem por sua vez a função de: 1. Comprimir a gengiva de encontro ao dente 2. Dar rigidez para que não haja deslocamento na mastigação 3. Unir gengiva marginal ao cemento e gengiva inserida FIBRAS TRANSEPTAIS São classificadas, algumas vezes, junto com as fibras principais do ligamento periodontal. Extendem-se interproximalmente sobre a crista alveolar e estão inseridas no cemento de dentes adjacentes. Impedem que haja perda de contato entre eles. SUPRIMENTO SANGUÍNEO, LINFÁTICO E NERVOS DE ONDE VEM O SUPRIMENTO SENGUÍNEO QUE IRRIGA O PERIODONTO DE PROTEÇÃO? 1. Vasos do ligamento periodontal 2. Arteríolas que emergem da crista do septo interdentário Periodontia 3. Arteríolas supraperiósticas DRENAGEM LINFÁTICA É feita pelos linfáticos do tecido conjuntivo das papilas, segue pelo periósteo, indo para os nódulos linfáticos regionais. Os vasos linfáticos próximos ao epitélio juncional se estendem em direção ao ligamento periodontal. INERVAÇÃO Fibras provenientes do ligamento periodontal, nervo palatino, nervo bucal e nervo lingual. PERIODONTIA E BIOSSEGURANÇA Conjunto de medidas que visa proteger de doenças transmissíveis os profissionais, professores, alunos e funcionários em um ambiente de trabalho clínico de uma área da saúde. CONTROLE DE INFECÇÃO Processos e precauções para controlar a propagação de uma infecção. A cavidade bucal contém maior carga e melhor diversidade bacteriana do que as outras áreas do corpo humano. Saliva ou o biofilme podem obter vírus clinicamente significativos (HIV, hepatite, herpes, influenza, SARS – cov), além de bactérias patogênicas. A prática odontológica requer uso de uma variedade de artigos perfurocortantes. Geração de aerossóis e gotículas contaminadas por microrganismos – via de transmissão dos microrganismos. CLASSIFICAÇÃO SE BASEIA NO RISCO DE TRANSMISSÃO DAS DOENÇAS E NOS PROCEDIMENTOS REALIZADOS ✓ Alto nível: paciente isolado de todo contato com profissionais da saúde ou membros da família. Pacientes com infecções que se transmitidas são fatais. ✓ Nível médio: utilização de barreiras de proteção, risco de infecção é baixo, mas possível. Fluídos, sengue e saliva podem transmitir agentes etiológicos/ infecciosos. Paciente pode ser assintomático: tratar todos os pacientes e fluídos corporais potencialmente infecciosos com as mesmas precauções. MEDIDAS UNIVERSAIS DE GESTÃO DE QUALIDADE E BIOSSEGURANÇA ✓ Estrutura organizacional definidas; ✓ Manual e documentos com procedimentos em biossegurança; ✓ Programa de capacitação da equipe; ✓ Uso de equipamentos de proteção coletiva é individualizada; ✓ Monitoramento ambiental; ✓ Lavagem das mãos; ✓ Prevenção de exposição de sangue e fluidos orgânicos; ✓ Prevenção contra acidentes que envolvem instrumentos perfuro cortantes. RISCO EM LABORATÓRIO 1. Físico; 2. Biológico; 3. Químico. FÍSICO ✓ Equipamentos; Periodontia ✓ Radiações ionizantes; ✓ Radiações não ionizantes; ✓ Pressões anormais; ✓ Umidade e temperatura extremas; ✓ Ruídos e vibrações. BIOLÓGICO Decorrentes da exposição à produtos animais, vegetais e microrganismos. Acidentes biológicos: risco real ou potencial para o homem e para o meio ambiente. CARACTERÍSTICAS PECULIARES DOS AGENTES MICROBIOLÓGICOS ✓ Grau de patogenicidade; ✓ O poder de invasão; ✓ A resistência a processos de esterilização; ✓ A virulência; ✓ A capacidade mutagênica. VEÍCULOS PARA AGENTES QUE OFERECEM RISCOS BIOLÓGICOS ✓ Aerossóis ✓ Poeira ✓ Alimentos ✓ Amostras biológicas ✓ Instrumentos ✓ Água ✓ Culturas Descontaminação das regiões de trabalho com álcool 70%, ácido par acético, clorexidina 4%. ✓ Invólucros em todas as regiões tocadas com luvas contaminadas; ✓ Descontaminação do instrumental; ✓ Descontaminação das superfícies; ✓ Descartes de materiais em locais corretos. VIAS DE PENETRAÇÃO POR MICRORGANISMOS VIA CUTÂNEA Picada com agulhas contaminas – recapeamento; Corte ou perfuração por vidraria quebrada ou por instrumentos perfurocortantes contaminados. VIA OCULAR Contaminação da mucosa conjuntival: Lançamentos de gotículas ou aerossóis de material infectante nos olhos; Contato dos olhos com oculares de microscópios ou de aparelhos ópticos. INFECÇÃO CRUZADA A passagem de um agente etiológico de uma doença, de um indivíduo para outro susceptível; ✓ De paciente para o pessoal odontológico; ✓ Do pessoal odontológico para o paciente; ✓ De paciente para paciente via pessoal odontológico; ✓ De paciente para paciente por intermédio de instrumentos e equipamentos não esterilizados. ANTISSEPSIA Uso de agentes químicos na pele ou outros tecidos vivos para inibir ou eliminar micróbios. Não implica ação esporicida. DESISNFECÇÃO Uso de procedimentos físicos ou agentes químicos para destruir a maioria das formas microbianas. Periodontia Esporos bacterianos e outros microrganismos relativamente resistente podem permanecer viáveis. Os desinfetantes são divididos em agentes de alto, intermediário e baixo nível. ESTERILIZAÇÃO Uso de procedimentos físicos ou agentes químicos pata destruir todas as formas microbianas, inclusive esporos bacterianos. INSTRUMENTAL E AFIAÇÃO Divididos em: ✓ Manual; ✓ Elétrico: ultrassônico; INSTRUMENTAL PERIODONTAL REQUISITOS a. Delicado, confortável, forma adequada; b. Rígido (sem ser grosseiro); c. Permitir manipulação e liberdade de movimento; d. Ponta ativa compatível com o cabo; e. Afiação rápida e fácil. SÃO DESENHADOS COM FINALIDADES ESPECÍFICAS ✓ Remoção de cálculo dental; ✓ Acabamento e polimento dentário; ✓ Cirurgias periodontais; Existem com grande quantidade, porém, com tempo e experiência um grupo pequeno preenche todas as necessidades. COMPOSIÇÃO ✓ Cabo; ✓ Haste; ✓ Extremidade ativa. CABO ✓ Possui variações, quanto ao tamanho, forma, textura e estrutura. ✓ Facilidade na empunhadura: diâmetro regular, textura estriado, estrutura oco. HASTE Mais fina que o cabo ✓ Localização: entre o cabo e a extremidade ativa. ✓ Angulação: acesso a face dental a ser tratada. Quanto menor for a angulação, maisanterior a indicação do instrumento. A escolha deve ser determinada pelo tamanho da coroa, profundidade da bolsa e região a ser tratada. EXTREMIDADE ATIVA ✓ Parte do instrumento que remove o cálculo; ✓ Número de extremidades ativas (instrumentos simples ou duplos); ✓ Fixas ou removíveis; IDENTIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS Classificados de acordo com a finalidade a que servem: ✓ Sondas periodontais; ✓ Exploradores; ✓ Curetas; Periodontia ✓ Foices; ✓ Limas; ✓ Enxadas. SONDAS PERIODONTAIS Usadas para localizar, medir e assinalar bolsas, bem como determinar seu curso nas superfícies dentárias individualmente. INDICAÇÕES Sondagem e medição; IMPORTÂNCIA Diagnóstico da Doença Periodontal; MILIMETRADA Instrumento afilado, semelhante à haste, calibrado em milímetros, com ponta arredondada. a. Sonda de Marquis; b. Sonda UNC (15mm); c. Sonda “O” Univ. Michigan/ Marcação Williams; d. Sonda “O” de Michigan, marcação de 3, 6, 8mm; e. Sonda do PSR. 10mm A margem gengival deve estar coincidente com a junção esmalte cemento. Normalidade: de 2 a 3mm de profundidade. A perda óssea é totalmente regular e normalmente mais severa nas face proximais, pois é uma região de maior dificuldade de higienização (fio dental). NABERS Sonda curva para medições de bifurcações (molares inferiores) e trifurcações (molares superiores). Periodontia PSR Periodontal Screening & Recording. INSTRUMENTOS EXPLORADORES São usados para localizar depósitos de cálculos (supra e subgengival). IMPORTÂNCIA ✓ Antes da Raspagem e Aplainamento radicular ✓ Durante a raspagem e aplainamento radicular ✓ Após a raspagem INSTRUMENTAIS RASPADORES Utilizados para raspagem, alisamento e curetagem. Remoção de placa, depósitos calcificados na coroa e raiz do dente, cemento alterado da raiz, limpeza de tecido mole que reveste a bolsa. ✓ Limas ✓ Enxadas ✓ Foices ✓ Curetas: universais e áreas específicas FOICES ✓ Corte transversal na forma triangular. ✓ Apresenta dois ângulos de corte RETOS. ✓ Ponta da extremidade ativa pontiaguda. Devem ser utilizados supra gengival, não se adapta as concavidades radiculares. CURETAS PERIODONTAIS ✓ São instrumentais de raspagem mais delicados; ✓ Permitem boa sensibilidade táctil; ✓ Pequeno tamanho, dorso arredondado; ✓ Ângulos de cortes curvos; RIGIDEZ DA HASTE Hastes longas e curvas em vários ângulos: dentição posterior e bolsas profundas. Hastes curtas com pouco ou nenhuma angulação: dentição anterior. TAMANHO DA LÂMINA A seleção do tamanho e tipo da lâmina da cureta dependem de: ✓ Profundidade da bolsa ✓ Consistência tecidual ✓ Quantidade de cálculo Periodontia ✓ Envolvimento de bifurcações ✓ Acesso a área a. Cureta universal (Mc Call) b. Cureta específica (Gracey) Secção transversal de forma trapezoidal. CURETA UNIVERSAL Desenhada para adaptar-se a todas as superfícies e ambos os bordos da lâmina são cortantes e utilizados para raspagem dental. ✓ Utilização universal. ✓ Angulação de 90°. ✓ Ambos os ângulos de corte podem ser utilizados. ✓ Lâmina é curva em um único plano. ✓ Indicado para remoção de cálculo, supra gengival. ✓ Mc Call 13-14 (anteriores) e 17-18 (posteriores) – supra gengival, pode usar ambas em todas as faces. CURETA ESPECÍFICA Cada uma é desenhada para determinada área ou face de um dente. Somente um ângulo de corte de cada lâmina é utilizada. LÂMINA COMPENSATÓRIA Angulação que permite que haste fique paralela o longo eixo do dente, quando utilizada subgengivalmente. ✓ Emprego de apenas um ângulo de corte ✓ Lâmina curva em dois planos ✓ Indicada para raspagem e alisamento radicular subgengival. RELAÇÃO NUMERAÇÃO ÁREA N° 1-2 e 3-4 (dentes anteriores) N° 5-6 (dentes anteriores e pré molares) N° 7-8 e 9-10 (dentes posteriores vestibular e lingual/palatina) N° 11-12 (mesial de posteriores) N° 13-14 (distal de posteriores) ✓ Dentes posteriores, para faces livres (vestibular e lingual), utilizamos a n° 5-6 e 3- 4. AFIAÇÃO DO INSTRUMENTAL É impossível realizar a raspagem e o aplainamento radicular com instrumentos que tenham perdido o corte. OBJETIVO Transformar um ângulo arredondado sem corte em um ângulo agudo cortante. IMPORTÂNCIA Seja qual for a técnica utilizada para a afiação do instrumental, a angulação do Bisel da lâmina deverá ser rigorosamente mantida. INSTRUMENTO AFIADO O ângulo de corte é uma linha delgada que se estende da parte inferior da haste à extremidade final do instrumento. Periodontia AVALIAÇÃO DA AFIAÇÃO Forma visual: a borda cortante não reflete luz! Nenhuma linha brilhante pode ser observada. Forma táctil: posicionando o ângulo de corte sobre um cilindro plástico (tubete) e tracionando o instrumento. (NÃO SE UTILIZA) INSTRUMENTO SEM CORTE ✓ Requer maior pressão por parte do operador; ✓ Reduzem a sensibilidade táctil; ✓ Promovem o brunimento do cálculo. PEDRAS DE AFIAÇÃO ARKANSAS TÉCNICA DE RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR RASPAGEM DENTAL DEFINIÇÃO É o processo pelo qual placa e cálculo são removidos das superfícies dentárias supra e subgengivalmente – CARRANZA OBJETIVOS Restaurar a saúde gengival, removendo completamente os elementos que promovem a inflamação gengival (placa/biofilme, cálculo e endotoxinas). ALISAMENTO RADICULAR DEFINIÇÃO Processo pelo qual o cálculo residual e porções de cemento e/ou dentina não removidos, proporcionando uma superfície lisa e resistente. É o processo pelo qual o cálculo incrustrado e porções de cemento são removidos das raízes para produzir uma superfície lisa, dura e polida – CARRANZA. RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR ✓ Difícil determinar onde termina a raspagem e inicia o alisamento radicular. ✓ Geralmente são atos inseparáveis. ✓ A diferença é uma questão de grau. ✓ Placa/biofilme e cálculo formados sobre o esmalte, geralmente são aderidos superficialmente às superfícies (raspagem) ✓ Já em superfícies radiculares (cemento e dentina/túbulos dentinários) ficam incrustrados, devendo assim se fazer a remoção de uma camada da superfície (alisamento radicular). MOVIMENTOS DE RASPAGEM ✓ São firmes, curtos de tração. ✓ Utilizados para remoção do cálculo supra e sub gengival. ✓ Realizados com a movimentação de rotação da mão, punho e antebraço. ✓ Apoiados sobre o dedo médio e/ou anular. Todas as vezes que formos fazer uma boa raspagem, precisamos de: Periodontia Ambiente seco (isolamento relativo – gaze estéril) e ambiente iluminado. OBJETIVO DA RASPAGEM ✓ Eliminação e substituição da microbiota patogênica por microbiota normal. ✓ Transformar bolsas ativas em inativas ou sulcos rasos e sadios. ✓ A instrumentação da raspagem e alisamento corono radicular (RACR) reduz consideravelmente o número de microrganismos subgengivais e produz alteração na sua composição. ✓ Substituindo gram-negativas anaeróbicas por bactérias facultativas gram-positivas, que são compatíveis com saúde. ✓ Após a RACR, ocorrem uma considerável redução de espiroquetas, cepas móveis e patógenos putativos (Aa, Pg e Pi) e um aumento de célula cocóides. ✓ Essas mudanças da microbiota são acompanhadas da redução ou eliminação da inflamação clínica. IMPORTÂNCIA DA RACR ✓ Assegurar a remoção completa de todos os depósitos adquiridos na superfície dental. ✓ Remover o cemento alterado ou necrótico. ✓ Criar superfícies lisas. ✓ Facilitar o controle da placa. MOVIMENTO DE RACR ✓ Movimento de impulsão e tração. ✓ Compressão moderada e leve. ✓ Movimentos verticais, horizontais e oblíquos, os quais os horizontais são os menos utilizados. TIPOS DE APOIO DE RACR INTRA ORAL ✓ Convencional normal ✓ Apoio de arcada cruzada ✓ Arcada oposta✓ Dedo sobre dedo EXTRA ORAL ULTRASSOM – INSTRUMENTAÇÃO SÔNICA E ULTRA-SÔNICA ✓ Em qualquer doença periodontal, nós temos que promover a descontaminação da boca, especificamente da superfície radicular, a qual é importante para a nossa “cura”, resolução, através do fechamento da bolsa periodontal. ✓ Redução do sangramento; melhora na composição das bactérias existentes. A superfície de um dente com periodontite é incompatível com os tecidos. 1. Biofilme bacteriano sub-gengival 2. Cálculo sub-gengival 3. Cemento contaminado Essa superfície apresenta: ✓ Efeito citotóxico superfície radicular – periodontalmente comprometida ✓ Presença de endotoxinas/ LPS (Gram negativas) no cemento ✓ Endotoxinas penetram o cemento exposto – remoção do cemento contaminado. Periodontia HISTÓRICO Hartzell 1911 – remoção do cemento “poroso e infectado”; Riffle 1956 – remoção dos corpos estranhos do cemento; Schaffer 1956 – eliminação do cálculo; Riffle 1956 – raspagem; Chace 1951 – superfície lisa; Green, Ramfjord 1966 – evitar acúmulo de placa; Hatfield, Baumhammers 1971 – efeito citotóxico do cemento; TERAPIA PERIODONTAL ✓ Cirúrgica (especialista) ✓ Não cirúrgica (graduação) Tornar a superfície radicular compatível. TECIDO PERIODONTAL NÃO/ CIRÚRGICA ✓ Mecânica (raspagem) ✓ Terapêutica (em casos selecionados, como uma antibioticoterapia) Racionalização da raspagem dental. A raspagem é efetiva quando estivermos com uma superfície lisa, dura e polida, a fim de garantir a eliminação do cálculo, biofilme e cemento contaminado. CONHECER TODOS OS FATORES ENVOLVIDOS 1. O que causa a doença; 2. As estruturas envolvidas; 3. Os limites da técnica; 4. Os limites do hospedeiro; 5. O objetivo da técnica. ETIOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTAL AGUDA 1. Gengivite ulcerativa necrosante aguda; 2. Periodontite ulcerativa necrosante aguda; 3. Abscesso do Periodonto CRÔNICO 1. Gengivite; 2. Periodontite crônica; 3. Periodontia agressiva AGRESSÃO E HOSPEDEIRO BIOFILME DENTAL BACTERIANO TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA PLACA BACTERIANA SUPRA GENGIVAL E A DOENÇA PERIODONTAL O controle de placa SUPRA: 1. Previne/ cura inflamação gengival; 2. Previne o início a periodontite estabelecida; 3. Importante para o sucesso do tratamento da periodontite; Periodontia 4. Melhora clínica; ESTRUTURAS ANATÔMICAS ENVOLVIDAS ✓ Cemento ✓ Ligamento ✓ Osso ✓ Inserção conjuntiva PAREDE DURA DA BOLSA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA MECÂNICA Objetivo imediato: prevenir, controlar ou eliminar a doença periodontal; Objetivo ideal: promoção de saúde através de regeneração dos tecidos perdidos; Objetivo pragmático: reparo do dano resultante da doença; Objetivo final: manter o aparelho mastigatório. FATORES QUE INFLUENCIAM – OBJETIVOS PROFISSIONAL ✓ Conhecimento ✓ Experiência ✓ Disponibilidade de equipamentos apropriados PACIENTE ✓ Cooperação ✓ Severidade da doença ✓ Resposta imune RASPAGEM Instrumentação das superfícies coronárias e radiculares dos dentes, para a remoção de placa, cálculo e pigmentações. ALISAMENTO RADICULAR Procedimento de remoção de dentina e LPS deixando a superfície compatível. REMOÇÃO DE CÁLCULO Devemos avaliar se as curetas e o ultrassom serão úteis para a remoção total, avaliando a profundidade de sondagens. Completa remoção de cálculo é rara. CIRURGIA DE ACESSO Periodontia Ambos deixaram cálculo residual (superfície aberta e fechada). INSTRUMENTAL EFETIVIDADE DA RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR Não tem diferença entre os instrumentais, por isso, a escolha depende unicamente da preferência do profissional. ALISAMENTO RADICULAR RUGOSIDADE RADICULAR ✓ 180 dentes; ✓ Métodos: curetas, ultrassônico, curetas + ultrassônico, ultrassônico + curetas; ✓ Dentes extraídos/perfilômetro; Maior lisura – curetas Mais rugoso – ultrassônico RUGOSIDADE CLINICAMENTE INSTRUMENTAÇÃO RADICULAR ✓ Completa remoção do cemento – rara ✓ Completa remoção de cálculo – rara ✓ Endotoxinas fracamente aderida “Limpeza” sub gengival TIPOS DE INSTRUMENTO ✓ Manual (cureta) ✓ Elétrico (ultrassom) O movimento da cureta é de apical para coronal. O nosso ultrassom vai de coronal para apical. INSTRUMENTOS SÔNICOS E ULTRASSÔNICOS Alternativa comum aos instrumentos manuais no tratamento periodontal não cirúrgico. INSTRUMENTAÇÃO MANUAL ✓ Tecnicamente difícil; ✓ Demanda tempo; ✓ Procedimento exaustivo; MECANISMO DE AÇÃO ✓ Frequência; ✓ Golpe de trabalho; ✓ Jato de água. FREQUÊNCIA Número de vezes por segundo que a ponta do instrumento oscila durante um ciclo. Movimento circular, elíptico ou linear. Periodontia ✓ Frequência – 25.000Hz = 25.0000 movimentos/segundo ✓ Frequência – 30.000Hz = 30.0000 movimentos/segundo. Determina a ponta ativa do instrumento Maior frequência, menor a ponta ativa. GOLPE DE TRABALHO Distância máxima na qual a ponta se desloca durante um ciclo. Potência – ajustada pelo operador. Aumento da potência – resulta em maior deslocamento da ponta – mantém frequência. JATO DE ÁGUA Irrigação da ponta do inserto. Características: ✓ Microcorrente sônica: fluxo unidirecional da água causado pelas ondas ultrassonoras; ✓ Turbulência sônica: aceleração do líquido de refrigeração; ✓ Cavitação: formação de microbolhas de água. Auxilia na desorganização da microflora. RASPADORES SÔNICOS Funcionam com o ar-comprimido e irrigação do alta e do baixa rotação. Movimento circular. Frequência – 2000 a 6500 Hz. RASPADORES ULTRASSÔNICOS Ligados a corrente elétrica. Geralmente unidade independente do equipo. Frequência – 18.000 a 50.000 Hz. PIEZELÉTRICOS ✓ Placas de cerâmica – alterações dimensionais. ✓ Movimento oscilatório de padrão linear. ✓ Ponta – duas faces ativas. MAGNETOESTRITIVOS ✓ Corrente elétrica – campo magnético – deformações na haste de metal. ✓ Movimento circular ou elíptico. ✓ Ponta ativa – 4 faces ativas. ULTRASSOM Segundo alguns autores o instrumento ultrassônico é melhor usado para remoção de depósitos grosseiros de cálculos e pigmentos sobre os dentes. Remoção do cálculo supra gengival. Alguns avanços nos aparelhos ultrassônicos expandiram seu uso na instrumentação subgengival. EFICIÊNCIA – DESENHOS DAS PONTAS Procedimento rápido, menos exaustivo, de execução técnica mais fácil; Periodontia Desenvolvimento: diversos desenhos + pontas delgadas; Melhor acesso as diversas áreas do dente, principalmente em bolsas profundas e áreas de furca. Permite trabalhar numa potência menor – maior conforto para o paciente. ✓ Pontas grossas; ✓ Desenho universal; ✓ Remoção de grandes depósitos de cálculo; ✓ Cálculo supragengival. ✓ Pontas finas; ✓ Sítios específicos; ✓ Debridamento subgengival. Tendo uma ponta ativa legal, temos uma redução do tempo de instrumentação, mantendo a qualidade. PRINCÍPIOS DE INSTRUMENTAÇÃO Diferente do manual. ✓ Caneta modificada – ponto de apoio dos dedos extra-oral, arcada oposta ou lado oposto da mesma arcada. ✓ Pressão leve. ✓ Aumento de pressão – interferência na frequência e golpe de trabalho. ✓ Usar a lateral da ponta de ultrassom. ✓ Evitar cavitação. EFICÁCIA E RESULTADOS CLÍNICOS BIOFILME E CÁLCULO ✓ Grande eficácia na remoção de cálculo e biofilme subgengivais. ✓ Maior rugosidade da superfície radicular (desvantagem). Periodontia ✓ Manor desgaste de estrutura dental (vantagem). REDUÇÃO DA CARGA BACTERIANA E DE ENDOTOXINAS ✓ Remoção mecânica; ✓ Cavitação e microcorrente sônica – ruptura de células bacterianas; ✓ Redução efetiva de LPS e outras toxinas da superfície radicular. Resultados semelhantes nas respostas cicatricialdo periodonto em relação a bolsas profundas (7mm ou mais), sangramento à sondagem e nível de inserção clínica. Melhor acesso a bolsas profundas e a áreas de furca. Grau I, grau II, grau III – dificuldades de instrumentação. Menor sensibilidade tátil. ULTRASSOM POCKET PENETRATION CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS ✓ Raspadores ultrassônicos magnoestritivos. ✓ Interferência no ritmo cardíaco ventricular e atrial de aparelhos de marco passo, por conta das correntes e campo magnético. ✓ Não utilizar em pacientes com marca passo. ✓ Raspadores sônicos – não promovem interferência. AEROSÓIS Os agentes infecciosos. Meios para controlar a contaminação: ✓ Sistema de circulação de ar ✓ EPI ✓ Sugador de alta potência acoplado ao ultrassom ✓ Gluconato de clorexidina – bochecho por 1 minuto. Portadores de doenças infecciosas conhecidas devem ser tratados com instrumentos manuais. CONTAMINAÇÃO DA UNIDADE DE ÁGUA DESINFECÇÃO DA UNIDADE DE ÁGUA EXAME DE PERIOGRAMA E PSR O PSR foi introduzido em 1992 pela Academia Americana de Periodontologia (AAP) e Associação Dentária Americana (ADA). A iniciativa partiu dessas entidades devido à grande quantidade de processos legais contra os profissionais associados. Periodontia Nos EUA, grande parte dos tratamentos é coberta por seguradoras, que pressionavam por tratamentos periodontais mais econômicos (de diagnóstico precoce). Esse exame irá indicar necessidade de tratamento – diagnóstico simples e que não exigisse grandes investimentos, tanto de treinamento quanto de equipamento. 1. Avaliação geral do paciente; 2. Exame físico extra oral / anamnese; 3. Exame físico intra oral; 4. Exame de PSR; 5. Periograma; 6. Exame radiográfico; 7. Diagnóstico e prognóstico; 8. Plano de tratamento; 9. Controle e manutenção periódicos. PERIODONTO NORMAL GENGIVITE - Sem perda óssea PERIODONTITE DIVISÃO POR SEXTANTES São feitas três marcações em cada face, prevalece o maior valor. NA FACE VESTIBULAR/LINGUAL ✓ Distal; ✓ Mediana; ✓ Mesial. As marcações são feitas por sextante, onde o maior valor encontrado prevalece. Periodontia OBSTÁCULOS PARA A CORRETA SOLDAGEM SONDAGEM PERIODONTAL A OMS recomenda que não se faça soldagem em indivíduos com idade inferior a 15 anos, pois esses pacientes estão com dentes erupcionando. SONDA WHO Ponta esférica e tarja colorida de 3,5 a 5,5 mm. CÓDIGOS ✓ Código 0 ✓ Código 1 ✓ Código 2 ✓ Código 3 ✓ Código 4 ✓ Código * (código a mais) Indica, no sextante, presença de mobilidade, envolvimento de furca, retrações gengivais maiores que 3 mm, problemas muco gengivais. CÓDIGO 0 Parte colorida da sonda totalmente visível, sem sangramento (gengiva normal ou normalizada). - Código 0* (normalizada, com mobilidade dental e retrações gengivais). CÓDIGO 1 Parte colorida totalmente visível, com sangramento. CÓDIGO 2 Periodontia Parte colorida totalmente visível, com sangramento e cálculo, excesso ou falta de material restaurador, prótese mal adaptada. CÓDIGO 3 Parte colorida parcialmente visível ou parcialmente coberta. Pode ou não sangrar (fumante). Pode ser uma bolsa falsa (pedir exame complementar – radiografia). CÓDIGO 4 Parte colorida totalmente coberta. CÓDIGO X Paciente edêntulo total ou em uma determinada região. SEXTANTE COM VALOR 3 Periograma e exame radiográfico do sextante. UM SEXTANTE COM VALOR 4 Periograma e exame radiográfico de todos os dentes. DOIS SEXTANTES COM VALORES 3 OU 4 Periograma e exame radiográfico de todos os dentes. PREENCHIMENTO DE FICHA CLÍNICA Sem exame radiográfico, não fazemos o periograma. Periodontia “A linha dos dentes” equivalem a 2 cada linha. ROTEIRO DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE PERIOGRAMA 1° Dente e/ou porção coronária ausente: preencher em preto; 2° Dente incluso: contornar em preto; 3° - PRIMEIRO QUADRADINHO UEC-MG (distância entre união esmalte cemento e margem gengival). Marcar os valores na linha correspondente de cada quadrado em preto; Lembrar que o ponto de partida é a UEC. Retração gengival: valor positivo. Ex: 2. Hiperplasia gengival: valor negativo. Ex: -2. MG = UEC: valor zero. Traça no gráfico a posição da margem gengival em relação à UEC em azul. Utiliza a sonda North Carolina (15mm). Fazemos da distal para a mesial (sentido horário também). SONDAGEM PERIODONTAL ✓ A penetração da sonda pode variar de acordo com a força de introdução, a forma e o tamanho da ponta ativa e o grau de inflamação tecidual; ✓ Há duas profundidades diferentes de bolsa (biológica/histológica e clínica/de sondagem); ✓ A sonda deve ser inserida paralelamente ao eixo vertical do dente; ✓ Sempre determinado por três pontos (distal, mediana, mesial). 4° – SEGUNDA QUADRADINHO PCS (profundidade clínica de sondagem). Marcar os valores nas linhas correspondentes de cada quadrado em preto; Lembrar que o ponto de partida é a margem gengival; Sangramento à sondagem (SS) fazer um ponto vermelho acima ou abaixo do número correspondente; Pintar no gráfico, em vermelho, valores maior ou igual a 4mm. Valores menores que 4mm, não pintamos. Periodontia ÍNDICE DE SANGRAMENTO GENGIVAL ✓ Somar todos os pontos sangrantes; ✓ Número de dentes X Faces aferidas (seis – 3 por vestibular, 3 por palatina); 5° – TERCEIRO QUADRADINHO NCI – nível clínico de inserção Somatória do primeiro e da segunda quadradinhos. NIC maior que 3mm, significa que teve perda óssea. 6° Mobilidade – seguir a classificação de Miller (grau 1, 2, 3); Anotar em azul na face oclusal do dente correspondente. GRAU 1 Movimentação no sentido vestíbulo lingual GRAU 2 Movimentação no sentido vestíbulo lingual e mésio distal GRAU 3 Movimentação em torno do seu eixo 7° Envolvimento de furca – seguir a classificação de Hamp (grau I, II ou III); Desenhar em vermelho, triângulos, com a seguir: A ponta do triângulo deve estar voltada para a furca envolvida. GRAU I Introduz a ponta da Naber GRAU II Introduz metade da Nabers GRAU III Passa em todo sentido de uma face a outra 8° Problema muco gengival – freio recessão gengival, quantidade insuficiente de gengiva inserida, etc... Marcar um asterisco verde 9° Tratamento endodôntico e/ou lesão periapical. Desenhar em azul imitando a condição radiográfica. 10° Diastema – sinal em azul na vertical indicando a área. 11° Contatos interproximais insuficientes; Desenhar em azul o símbolo de igual (=) entre os dentes envolvidos. Periodontia 12° Cárie e/ou excesso marginal; Desenhar em vermelho o símbolo ≈ entre os dentes envolvidos. 13° Implante dentário; Desenhar em preto, o símbolo para representar o implante. Tendo um implante, não iremos ondar esse dente. 14° Prótese fixa; Desenhar em preto o símbolo sobre os dentes adjacentes ao espaço protético. Os pônticos são simbolizados pelo preenchimento da raiz em preto. Sondaremos a prótese fixa normalmente. RISCOS ERGONÔMICOS ✓ Postura inadequada; ✓ Ritmo intenso; ✓ Períodos prolongados de trabalho. ODONTOLOGIA A QUATRO MÃOS Postura e posições de trabalho do operador e auxiliar; Posição do paciente. Um operador destro trabalha em uma posição de 9 a 12 horas, dependendo da arcada e do sextante que estamos trabalhando. Auxiliar em 12 a 3 horas Se o nosso operado for canhoto, ele trabalhará em uma posição das 12 a 3 horas. Auxiliar em 9 a 12 horas. O mais indicado para raspar os dentes inferiores anteriores é 11 horas (destro) e 1 hora para (canhoto). Posição de 7 horas para o destro, 5 horas para o canhoto: fazer a anamnese, a entrevista com o paciente. Sempre de frente com o paciente. Posiçãode 9 horas (destro) e 3 horas (canhoto): arcada superior Posição de 11 horas (destro) e 1 hora (canhoto): arcada inferior – cotovelo na altura da boca do paciente Manter coluna ereta com os dois pés no chão. Auxiliar de dentista destro: sempre na posição de 1 a 3 horas Auxiliar de dentista canhoto: sempre na posição de 9 a 11 horas. Periodontia POSIÇÃO DO PACIENTE ✓ Paciente sentado: vias digestivas e respiratória abertas; ✓ Paciente deitado: vias digestiva e respiratória fechadas. Posição supino: trabalho na arcada superior – paciente mais deitado. Encosto um pouco deitado, somente, e cadeira mais próxima do chão: arcada inferior. Mudanças na posição do corpo produzem modificações na pressão sanguínea, associadas com a secreção de saliva da parótida; ✓ Em pé: 100% produção de saliva; ✓ Sentado: 69% produção de saliva; ✓ Deitado: 25% produção de saliva. Periodontia
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