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introdução à Periodontia 01/08 Paola e Marina O qu� � periodonti�? O objetivo do estudo da periodontia são os tecidos que suportam os dentes, o periodonto. Fazem parte do periodonto os tecidos que circundam os dentes e os fixam na maxila e na mandíbula. Peri = ao redor de Odonto = dente. ● Como a periodontia funciona? ● Remoção de cálculos e fatores retentivos de placa e tratamento de bolsas periodontais para devolver a saúde aos tecidos periodontais. Através de raspagem, alisamento e polimento das estruturas dentárias, buscando restabelecer a saúde do periodonto. ● As bolsas podem ser causadas pelo acúmulo de cálculo ( solidificação da placa bacteriana, bactérias e saliva) - a região que mais se encontra o cálculo são os locais de saída de saliva, incisivos inferiores e molares superiores. ● A ação de periodontia não regenera tecido perdido, apenas estabiliza. (obs: o básico da periodontia é a raspagem do cálculo). ● Mesmo que tenha muito sangramento precisa raspar, pois o cálculo é o fator causador desse sangramento. Quando se tem uma doença instalada geralmente se tem perda óssea. Periodonti� Básic� - A diferença entre as imagens é a raspagem, remoção dos cálculos, higienização e a remoção dos fatores causais, que são os passos feitos na periodontia básica. - Em casos assim busca-se a recuperação das funções e saúde dos elementos. Recuperaçã� d� saúd� periodonta� Raspagem, alisamento e polimento. (RAP) Estruturas que compõem o periodonto - Os tecidos moles e duros que estão envolvidos na constituição do periodonto são: ● Gengiva ● cemento radicular ● ligamento periodontal ● osso alveolar (processo alveolar) O periodont� Função principal: ● Inserir o dente no tecido ósseo. ● Manter a integridade da superfície da mucosa mastigatória da cavidade oral. ● Se altera com a idade. ● Está sujeita a alterações morfológicas. Anatomi� macr�cópic� ➔ Mucosa oral: Continuação da pele - dividida em: ● Mucosa mastigatória: palato duro/ gengiva. ● Mucosa de revestimento: restante da cavidade oral. ● mucosa especializada: dorso da língua (papilas) ➔ Gengiva (periodonto de proteção) - Parte da mucosa mastigatória. - Cobre o processo alveolar e circunda a porção cervical dos dentes. - Possui uma camada epitelial é um tecido conjuntivo (lâmina própria). - Assume forma e textura definitivas em associação com a erupção dos dentes - Forma o chamado Periodonto de Proteção. Periodont� d� proteçã� (Gengiva livre, Gengiva inserida, Gengiva interdental) *Gengiva livre - (margem gengival livre). *Gengiva inserida - saudável aspecto de casca de laranja. *Linha mucogengival - mucosa de revestimento acima dessa linha, maior vascularização. *Mucosa de revestimento. *Gengiva interdental > papila interdental. gengiva interdental - papila ● Formato - contato entre os dentes: ● Largura da superfície proximal dos dentes; ● JCE (junção cemento esmalte) ● Regiões anteriores - piramidal ● Regiões posteriores - achatadas Margem gengival livre ● Gengiva livre. ● Sulco gengival em contato com o esmalte. ● Localizada de 1,5 a 2 mm coronal à JCE. Sobre o periodonto de proteção: - Tamanho da gengiva inserida: largura total de mucosa ceratinizada. - Cor da gengiva. - Stippling gengival: aspecto da gengiva saudável. - Largura da gengiva Inserida: Espessura; Fenótipo gengival. Anatomi� micr�cópic� Epitélio gengival: ● Epitélio escamoso estratificado ● Subdividido em: ● Epitélio oral ● Epitélio juncional ● Epitélio sulcular - Função: barreira mecânica, química, microbiana. Tipo celular principal: queratinócito outros tipos celulares: cél. Langerhans, Melanócito, cél. de Merkel. - Renovação constante. ● Epitélio oral: voltado para a cavidade oral. ● Epitélio sulcular oral: voltado para o dente (forma um V), sem entrar em contato com a superfície do dente. ● Epitélio juncional: que promove o contato da gengiva com o dente. ● A determinação da profundidade do sulco gengival é um importante parâmetro de diagnóstico. Epitélio oral: ● Pavimentoso, estratificado e queratinizado. Dividido segundo o grau de diferença da células produtoras de queratina: 1. Camada basal (estrato basal ou germinativo). 2. Camada espinhosa ( estrato espinhoso). 3. Camada granulosa (estrato granuloso). 4. Camada queratinizada (estrato córneo). - Células produtoras de queratina: 90% - Outras células (células claras): ● Melanócitos: sintetizam melanina - pigmentação gengival ● Células de Langerhans: mecanismos de defesa da mucosa oral - iniciam resposta imunológica precoce. ● Células de Merkel: função sensorial ● Células inflamatórias Epitélio dentogengival: Características estruturais definitivas 👉erupção dos dentes. Epitélio oral + ameloblastos 👉 epitélio reduzido do esmalte (RE)👉 invagina com a erupção dentária e forma o epitélio juncional. Epitélio juncional: ● Une-se ao dente de uma lado e ao epitélio do sulco ou TC. ● Forma a base do sulco gengival. ● Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. ● Composto por duas camadas: basal e espinhosa. ● Taxa de renovação alta ocorrendo a cada 6-7 dias. ● Mecanismo de adesão: glicoproteínas e hemidesmossomos. ● Selamento violado = inflamação, sangramento, edema, alterações de cor, reabsorção óssea. Inserção conjuntiva: ● Suporta o stress físico da mastigação e deglutição. ● Estabiliza: ➢ Gengiva; ➢ Inserida ao processo alveolar e ao dente; ● Dente ao osso; ● Tecido denso e fibroso. Tecido conjuntivo: Chamado de lâmina própria : ● Componente tecidual predominante da gengiva. Constituído por: ● Fibras colágenas (60%) ● Fibroblasto (5%) ● Vasos e nervos (35%) -> substância fundamental amorfa (matriz). Células do tecido conjuntivo: ● Fibroblasto (65%) - produção de fibras e síntese da matriz (fusiforme ou estrelada). ● Mastócitos - produzem substâncias vasoativas que podem afetar a função do sistema microvascular e controlar o fluxo de sangue. ● Macrófagos - fagocitose e síntese. ● Células inflamatórias: granulócitos, neutrófilos, linfócitos e plasmócitos. Fibras: ● Fibras colágenas: principais e essenciais do periodonto. ● Fibras reticulares: propriedade argirofílicas (interface epitélio - TC) ● Fibras oxitalânicas: escassas na gengiva; Numerosas no LP (função desconhecida). ● Fibras elásticas: em associação com vasos sanguíneos. Fibras colágenas: ● Fibras DentoGengivais: - Partem do cemento supra alveolar da raiz; -Leque na direção do tecido gengival livre (V,L e interproximal) ● Fibras Transeptais (TF): -Atravessam o septo interdental; -Inseridas no cemento dos dentes adjacentes; ● Fibras dentoperióteas: (DPF): -Partem do cemento supra alveolar da raiz ● Leque apical sobre a crista óssea V e L e terminam no tecido da gengiva aderida. ● Fibras circulares (CF): -Na gengiva livre; -Circundam o dente em forma de anel; Matriz: ● Meio no qual as células do TC estão integradas; ● Onde ocorre o transporte de água, eletrólitos, nutrientes, metabólitos em direção às células do TC; ● Principais componentes: proteoglicanos e glicoproteínas. 08/08/2023 - Paola Periodont� d� inserçã� ● Lâmina dura: Parte do processo alveolar que recobre o alvéolo. ● Osso trabeculado: Porção do processo alveolar com aspecto reticular (rx) (dentro dele está a medula óssea). ● Crista óssea: Borda coronal do osso (pico ósseo); Localizada aproximadamente a 1mm da JCE Ligament� periodonta�: Tecido conjuntivo frouxo: ● Ricamente vascularizado e celular ● Circunda as raízes dos dentes e o cemento… ➔ Localizado no espaço entre as raízes e lâmina dura ➔ Mais estreito no terço médio ➔ Largura média de 0,25 mm (o,2 a 0,4 mm) ➔ Distribui e absorve forças mastigatórias através do osso alveolar propriamente dito. ➔ Essencial para a mobilidade dos dentes. �bra� d� ligament� periodonta� Fibras colágenas Divididas de acordo com a forma de arranjo ● Fibras da crista alveolar (ACF); ● Fibras horizontais (HF); ● Fibras oblíquas(OF); ● Fibras apicais(APF). Fibras principais do LP Estendem-se continuamente do cemento radicular ao osso alveolarpropriamente dito (ABP). Fibras de Sharpey Fibras principais integradas ao cemento tem diâmetro menor e mais numerosas do que aquelas integradas ao osso alveolar propriamente dito. Células do ligamento periodontal: ● Fibroblasto: alinhados ao longo das fibras principais; ● Osteoblastos: revestem a superfície óssea; ● Cementoblastos: revestem a superfície do cemento; ● Osteoclastos; ● Células epiteliais. Cement� radicular ● Tecido mineralizado especializado; ● Reveste as superfícies radiculares (coroa); ● Sem vasos sanguíneos, linfáticos, inervação; ● Não sofre remodelação nem reabsorção fisiológicas; ● Formação contínua ao longo da vida ● Contém fibras colágenas embutidas em ● matriz orgânica; ● Hidroxiapatita (65%). FUNÇÕES: ➔ Conecta as fibras principais do LP à raiz; ➔ Função reparadora: contribui para o processo de reparo após danos à superfície radicular; ➔ Função adaptativa: Ajusta a posição dos dentes às novas demandas. Classificação do CEMENTO RADICULAR: ● Cemento acelular afibrilar (AAC): porção cervical do esmalte; ● Cemento acelular de fibras extrínsecas (AEFC): porções coronal e média da raiz, contém feixes de fibras de Sharpey. É parte importante dos tecidos de inserção, pois conecta o dente ao osso alveolar propriamente dito ; ● Cemento celular estratificado misto (CMSC): terço apical das raízes e nas áreas de ramificação. Contém fibras extrínsecas e intrínsecas, assim como cementócitos; ● Cemento celular de fibras intrínsecas (CIFC): nas lacunas de reabsorção e contém fibras intrínsecas e cementócitos. Oss� alveolar: ➔ Partes da maxila e da mandíbula que formam os alvéolos dos dentes e dão suporte a esses alvéolos; ➔ Estende-se a partir do osso basal da mandíbula e desenvolve-se em associação com o desenvolvimento e a erupção dos dentes ; ➔ O osso alveolar propriamente dito é dependente dos dentes. ● Vestibular x Lingual; ● Osso cortical; ● Osso esponjoso ocupa a maior parte dos septos interdentários; ● Trabéculas ósseas ● Partes da maxila e da mandíbula que formam os alvéolos dos dentes e dão suporte a esses alvéolos; ● Estende-se a partir do osso basal da mandíbula e desenvolve-se em associação com o desenvolvimento e a erupção dos dentes; ● O osso alveolar propriamente dito é dependente dos dentes; ● Osso alveolar propriamente dito (ABP) denso está voltado para ligamento periodontal dos dois dentes; ● Osso trabecular ocupa a área entre o osso alveolar propriamente dito; ● O osso trabecular é composto por osso mineralizado (MB) e medula óssea (BM); Células do Osso alveolar: Osteócitos: ● São localizados em cavidades ou lacunas dentro da matriz óssea; ● Destas lacunas formam-se canalículos que se dirigem para outras lacunas, tornando assim a difusão de nutrientes possível; ● Papel fundamental na manutenção da integridade da matriz óssea; Osteoblastos: ● Principais células de formação do tecido ósseo; ● Sintetizam componentes da Matriz orgânica extracelular controlam a mineralização; ● Podem se diferenciar em: células ósseas de revestimento e osteócitos; ● Não apresentam capacidade de migração e proliferação ● Os canais de Havers: dão o suprimento sanguíneo ao osso. Osteoclastos: ● Participam do processo de absorção e remodelação do tecido. ● A atividade de formação óssea está constantemente associada à reabsorção óssea; ● Células multinucleadas que se originam de células precursoras hematopoiéticas; ● Secretam colagenases e hidrolases para digerir a matriz. Supriment� sanguíne� d� periodont� ● A artéria dentária (a.d.), é um ramo da artéria dentária alveolar superior ou inferior (a.a.i.), emite a artéria intrasseptal (a.i.) antes de penetrar no alvéolo; ● Os ramos terminais da artéria intrasseptal (ramos perfurantes, rr.p.) penetram no osso alveolar propriamente dito pelos canais em todos os níveis do alvéolo; ● Gengiva é irrigada principalmente por vasos sanguíneos supraperiosteais. Inervação do periodonto: Inervado por ramos terminais do nervo trigêmeo. Espaç� � distânci� biológic� (complexo dentogengival) ➔ Sulco gengival 0,69mm ➔ Epitélio Juncional 0,97mm ➔ Inserção Conjuntiva 1,07mm Distância biológica: resposta do corpo aos desafios especialistas no local onde um dente emerge através da mucosa oral. Composta por: Epitélio Juncional 0,97mm Inserção Conjuntiva 1,07mm total de 2,04 mm. Espaço biológico é a soma de todas as estruturas acima da crista óssea. constituído por: ➔ Sulco gengival 0,69mm ➔ Epitélio Juncional 0,97mm ➔ Inserção Conjuntiva 1,07mm ➔ Total em torno de 3,00mm Diferença entre espaço biológico e distância biológica é a profundidade do sulco. Control� químic� � mecânic� d� plac� bacterian� A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE PLACA ● Sensação de refrescância; ● Sentirem-se confiantes; ● Sorriso bonito; ● Evitar o mau hálito. "A limpeza oral é importante para a preservação da saúde oral, uma vez que remove a placa microbiana, prevenindo o acúmulo nos dentes e na gengiva". A PLACA DENTAL ● Biofilme bacteriano de difícil remoção da superfície dos dentes; ● É constituído por comunidades complexas de espécies bacterianas que residem sobre as superfícies dos dentes e dos tecidos moles; Entre 400 e 1.000 espécies podem colonizar os biofilmes orais; ● Comunidades microbianas; ● Os produtos do biofilme bacteriano iniciam uma cadeia de reações que levam à destruição tecidual. A placa pode ser: ● Supragengival; ● Subgengival; ● Aderida ao dente ou aos tecidos; ● Não aderida ao dente ou aos tecidos; Composição microbiana da placa: ● Varia de pessoa para pessoa e de local para local; QUAL O OBJETIVO DE PREVENIR E CONTROLAR A DOENÇA PERIODONTAL? ● Manutenção de um controle efetivo da placa; ● Sem a colaboração contínua dos pacientes, o tratamento periodontal tem pouco sucesso e os resultados obtidos não duram muito. PLACA SUPRAGENGIVAL ● Está exposta à saliva e às forças fisiológicas; ● Mecanismos naturais de autolimpeza: (ações superficiais - fraco): ● Movimento da língua; ● Bochechas recobrem as faces vestibulares; ● Fluxo salivar; ● Fricção mastigatória; ● Para ser controlada tem de ser removida frequentemente com métodos ativos: ➔ higiene oral apropriada; ➔ uso mais efetivo de aparelhos mecânicos de limpeza; MANUTENÇÃO DA SAÚDE ORAL ● Escovação dentária: ● Meio caseiro mais difundido para manter a saúde oral: ● Medidas regulares (intervalos apropriados) e pessoais de remoção da placa. ● Alto padrão de higiene oral assegura a estabilidade dos tecidos periodontais; Gengivite persistente: fator de risco para a perda de inserção periodontal e para a perda dentária. PLACA SUBGENGIVAL ➔ Controle do biofilme supragengival ↪ Crescimento e a composição da placa subgengival ↓ microbiota mais saudável e reduz a formação de cálculo. ➔ Controle diário de placa + remoção profissional da placa e de cálculo: ↓ Quantidade de biofilme supragengival; ↓Quantidade de MO nas bolsas moderadamente profundas; ↓ Quantidade de patógenos periodontais. AUTOCONTROLE DA PLACA ● Egito Antigo - 5.000 anos: escovas desgastando a ponta de galhos. ● Chineses - primeira escova de dentes 1.600 a.C. (pelos de porcos cabo de osso ou bambu Hipócrates (460 a 377 a.C.) importância de remover depósitos das superfícies dentárias. ● Antoine van Leeuwenhoek (1683): Microscópio material raspado de seus próprios dentes "pequenos organismos movendo-se e girando na massa macia" (primeira descrição do biofilme dentário) “Tenho o hábito, pela manhã, de esfregar os dentes com sal e, então, enxaguar a boca com água; e, após as refeições, costumo limpar os dentes posteriores com um palito de dente, e esfrego duramente o tecido; por isso, meus dentes, anteriores e posteriores, permanecem limpos e brancos, bem como íntegros, comparáveis aos de poucos homens da minha idade, e minhas gengivas nunca sangraram” Antoine van Leeuwenhoek (1683) Escovaçã�: ● A escovação sozinha não propicia uma adequada limpeza interdental só alcança superfícies vestibular, lingual/ palatina e oclusal. ● Os resultados da escovação dependem: 1. Desenhoda escova; 2. Habilidade; 3. Frequência 4. Tempo de escovação. ↓ além de 5. Uniformidade da dentição; 6. Atitude; 7. Comprometimento Uma única escova de dentes não pode ser adequada a todas as populações. MOTIVAÇÃO: Educação da higiene oral: ↓ essencial na prevenção primária da gengivite. Cooperação entre o paciente e o profissional de odontologia: ↓ Procurar ensinamentos: ➔ eficiência na remoção da placa; ➔ revisões regulares; Todos os métodos de escovação são efetivos ↪ Valor real se o paciente preparado para usar determinada técnica regularmente. Pacientes motivados → alcançar e sustentar níveis ideais de controle de placa. Boa higiene oral→ práticas de saúde globais: ➔ exercícios; ➔ estresse; ➔ dieta e controle de peso; ➔ fumo; ➔ consumo de álcool. Estabelecer ligação entre saúde oral e saúde geral→ estilo de vida. INSTRUÇÃO DE HIGIENE ORAL Levar em consideração hábitos e habilidades atuais → estabelecer métodos adequados às necessidades individuais. HISTÓRICO DA ESCOVA DE DENTES ● Primeira escova de dentes produzida em massa - William Addis (Clerkenwald, Inglaterra, 1780) - Osso dos restos do jantar e pêlos de animais; ● Primeira patente americana H. N. Wadsworth (em 1857) ● Filamentos de náilon - 1938 - Du Pont Nemerours - Segunda Guerra Mundial (difícil importar cerdas de porco selvagem da China) ESCOVA DE DENTES MANUAL ● Remoção da placa dental, contato direto entre as cerdas da escova e a superfície dos dentes e dos tecidos. ● Características de uma escova de dentes manual ideal são (Egelberg e Claffey, 1998): Tamanho do cabo apropriado para idade e destreza do usuário; ● Tamanho da cabeça apropriado para as dimensões da boca do paciente; ● Filamentos de poliéster ou de náilon com extremidade arredondada de diâmetro não superior a 0,23 mm; ● Cerdas macias; ● Modelo de cerdas que aumentem a remoção da placa nos espaços apropriados e ao longo da margem gengival. ● Características adicionais podem ser: baixo preço, durabilidade, impermeabilidade à umidade e fácil limpeza. ● Padrões de cerda remoção da placa em áreas de difícil alcance da dentição (áreas proximais). ● Cerdas planas convencionais; ● Cerdas anguladas, onduladas e afiladas; ● Escovas multinível (fileiras alternadas de tufos de cerdas maiores e menores); ● Escovas dentais de cabeça dupla e tripla superfícies linguais; ● Cabos: curvos e arredondados tamanho do cabo apropriado ao tamanho da mão do usuário; A melhor escova de dentes é aquela usada adequadamente pelo paciente Tipos de cerdas: ● Cerdas macias → mais flexíveis, limpeza abaixo da margem gengival e interproximais; ● Cerdas duras → maior retração gengival. ● Abrasão dentária depende da maneira que é utilizada e a abrasividade do dentifrício: ➔ A dureza da cerda não afeta significativamente o desgaste das superfícies de esmalte. ● Escovação vigorosa: ➔ Força não é eficaz na remoção da placa retração gengival; ➔ defeitos em forma de cunha cervical ulceração dolorosa da gengiva. Recomendações: ➔ Escovas de cerdas de náilon macias: Limpam de modo eficaz; ➔ Duração razoável; ➔ Tendem a não traumatizar a gengiva ou as superfícies radiculares. Substituir escovas de dente a cada 3 ou 4 meses; ➔ Se os pacientes perceberem um benefício quanto a um determinado modelo de escova, eles devem utilizá-lo. ESCOVAS DE DENTE ELÉTRICA ● Imitar as técnicas de escovação - movimentos para trás e para frente; Inventada em 1939; ● Princípio de contato mecânico entre as cerdas e o dente; ● Atualmente, movimentos oscilatórios e rotatórios; ● Energia sônica movimento dinâmico: limpeza afastada da ponta das cerdas; interfere na adesão bacteriana. Recomendações: ➔ As escovas de dente elétricas com movimentos oscilatórios e rotatórios removem o biofilme da placa e reduzem ligeiramente o sangramento gengival, melhor que as escovas manuais; ➔ Os pacientes que desejam usar escovas elétricas devem ser estimulados a fazê-lo; ➔ Instrução quanto ao uso adequado dos dispositivos elétricos; ➔ Pacientes que não costumam escovar os dentes, as crianças e os cuidadores podem beneficiar-se. DENTIFRÍCIOS: ● Ajudam a limpar e polir as superfícies dentárias. ● Apresentação: Pastas, pós e géis dentários; ↓ Pós são mais abrasivos do que as pastas (95% de materiais abrasivos) ● Composição: ➔ Abrasivos (óxidos de silício, óxidos de alumínio etc.); ↓ Aumentam a ação abrasiva da escovação em até 40x (20 a 40% dos dentifrícios). Preocupação maior raízes expostas. Dentina 25X mais rápido e o cemento 35X que esmalte, podendo levar a hipersensibilidade dentária. ➔ Água; ➔ Umectantes; ➔ Sabão e detergente; ➔ Agentes aromatizantes e adoçantes; ➔ Agentes terapêuticos (fluoretos, pirofosfatos); ➔ Agentes corantes; ➔ Conservantes. ● Úteis para administrar agentes terapêuticos nos dentes e na gengiva. ● Fluoretos 1.000 a 1.100 ppm para alcançar os efeitos de redução de cáries. ● Pirofosfatos: reduz o depósito de novos cálculos supragengivais em cerca de 30% ● Não afetam os íons fluoreto; ● Não provocam sensibilidade dentária; ● Não afetam a formação de cálculo subgengival ou a inflamação gengival. Recomendações: ➔ Aumentam a eficácia da escovação, mas causam abrasão mínima nas superfícies radiculares. ➔ Fluoretos e agentes antimicrobianos proporcionam benefícios para controlar cáries e gengivite. ➔ Pacientes que formam quantidades grandes de cálculo supragengival beneficiam-se do uso de um dentifrício para controle do cálculo. Métod� d� escovaçã� Padrão de movimento durante a escovação: ➔ Rolo: Técnica de Stillman modificada; ➔ Vibratório: técnicas de Stillman, Charters e Bass (pacientes periodontais - limpeza sulcular); ➔ Circular: Técnica de Fones; ➔ Vertical: Técnica de Leonard; ➔ Horizontal: Técnica de Scrub. Higiene direcionada → remoção da placa na junção dentogengival → para prevenir cáries e doença periodontal. "A técnica de escovação ideal é aquela que permite a remoção completa da placa dental no menor tempo possível, sem causar dano aos tecidos"(Hansen e Gjermo, 1971). HORIZONTAL - TÉCNICA DE SCRUB ● Método mais comumente utilizado ● Pessoas que nunca receberam instrução de higiene oral; ● Mais simples; ● Escova posicionada perpendicular à superfície do dente e aplica-se o movimento horizontal; ● Superfícies oclusais, linguais e palatinas são escovadas com a boca aberta, vestibular com a boca fechada. VERTICAL - TÉCNICA DE LEONARD ● Semelhante à técnica de escovação horizontal; ● Movimento aplicado na direção vertical usando movimentação para cima e para baixo. CIRCULAR - TÉCNICA DE FONES ● Com a boca fechada; ● Escova dentro da bochecha; ● Movimentos rápidos e circulares são aplicados: ➔ Da gengiva da maxila até a gengiva da mandíbula, ➔ Leve pressão; ➔ Movimentos horizontais nas superfícies lingual ou palatina. VIBRATÓRIA - TÉCNICA DE BASS ● Escova macia paralela ao plano oclusal (cabeça em 3 a 4 dentes) ● Cerdas na margem gengival (45 graus) ● Pressão vibratória suave (movimentos curtos para frente e para trás sem desalojar as pontas das cerdas). ● A pressão deve ser firme o bastante para empalidecer a gengiva. VIBRATÓRIA - TÉCNICA DE STILLMAN ● Massageamento e estimulação gengival; ● Limpeza das áreas cervicais dos dentes; ● Cabeça da escova posicionada em direção oblíqua ao ápice da raiz; ● Cerdas localizadas parcialmente na gengiva e na superfície dos dentes; ● Leve pressão aplicada com movimento vibratório sem deslocar a escova. VIBRATÓRIA - TÉCNICA DE CHARTERS Áreas interproximais; ● Escova oblíqua com cerdas voltadas para a superfície oclusal ou incisal. ● Leve pressão para flexionar as cerdas em direção aos espaços interproximais. ● Movimento vibratório com a ponta da cerda no mesmo lugar. ● Efetivo nos casos de recessão das papilas interdentais ROLO - TÉCNICA DE STILLMAN MODIFICADA ● Somatória entre métodos de Bass e Stillman adicionando movimentos de rotação. ● Escova posicionada como nas técnicas de Bass e Stillman. ● Ativação da cabeça da escova na direção anteroposterior e girada sobre a gengivae os dentes na direção oclusal (cerdas alcancem região interproximal) FREQUÊNCIA E DURAÇÃO DE ESCOVAÇÃO ● Doença periodontal → qualidade da limpeza do que à sua frequência; ● Escovação dentária ao menos 2X/dia (dentifrícios com flúor) → Prevenir cáries e Frescor oral; ● Desejável → escovação e limpeza interdental ao mesmo tempo e da mesma maneira todos os dias. ● "Procedimentos mecânicos de higiene oral, do modo que são realizados, pela maioria dos indivíduos, são insuficientes no controle da formação da placa supragengival e na prevenção de gengivites e de outras formas mais graves de doença periodontal" (Sheiham e Netuveli, 2002). ● Duração da escovação dental: determinante importante da remoção de placa: 2 minutos ou mais, independentemente do tipo de escova usado. LIMPEZA INTERDENTAL - Palitos dentais: - Os palitos de madeira não devem ser confundidos com palitos dentais - Escova interdental: - Escova Unitufo: Acesso às áreas de bifurcação ou às áreas isoladas de retração profunda; Funcionam bem nas superfícies linguais dos molares e pré-molares mandibulares. - Fio Dental: Limpar a superfície proximal inteira, incluindo as áreas subgengivais acessíveis, não apenas ser deslizado apicalmente na área de contato. MÉTODOS AUXILIARES: IRRIGADORES ORAIS / JATOS DE ÁGUA ● Forças hidrodinâmicas pulsáteis retiram os restos alimentares dos espaços interdentais e das áreas de retenção de placas. ● Corrente pulsante de líquido pode penetrar mais profundamente nas áreas de bolsa. ● Não substituem a remoção mecânica com escovação. RASPADORES DE LÍNGUA ● Remoção de resíduos ● Redução da população bacteriana ● Controle da halitose Efeit� colaterai� ● Força Excessiva: fator parcialmente responsável pelo trauma de escovação; ● Para remover depósitos dos dentes: ● Combinação escova–dentifrício; ‣ Rigidez das cerdas. Control� químic� d� biofilm� ● Pode ser necessário - não são capazes de controlar o biofilme supragengival com dispositivos mecânicos. ● Adjuvante aos dispositivos mecânicos. Reduzem a quantidade de biofilme e interferem na sua estrutura, permitindo uma ação mais efetiva das formulações químicas; Uso adjuvante mais relevante do que o uso isolado; ● A maioria dos agentes químicos age nas partes mais externas do biofilme; ● Clorexidina e óleos essenciais: capacidade de penetração no biofilme. Mecanismo de ação: Efeito quantitativo (redução do número de microrganismos) e/ou Efeito qualitativo (alterando a vitalidade do biofilme). ● Por prevenção da adesão bacteriana; ● Por evitar o crescimento das bactérias e/ou a coagregação; ● Por eliminar um biofilme já estabelecido; ● Por alterar a patogenicidade do biofilme. Categorias das formulações: ● Agentes antimicrobianos: efeito bacteriostático ou bactericida; ● Agentes inibidores/redutores da placa: efeito quantitativo ou qualitativo sobre a placa que pode ou não ser suficiente para afetar a gengivite e/ou a cárie; ● Agentes antiplaca: afetam a placa suficientemente para mostrarem benefício em termos de controle da gengivite e/ou da cárie; ● Agentes antigengivite: reduzem a inflamação gengival sem necessariamente afetarem a placa dental, incluindo os medicamentos anti-inflamatórios. Características ideais: ● Especificidade: amplo espectro de ação contra bactérias, vírus e fungos. ● Eficácia: Eficaz contra microrganismos da gengivite e da periodontite; ‣ Substantividade: Duração da ação antimicrobiana; ● Medida do tempo de contato entre o agente e o substrato em um meio definido; ‣ Divididos em 3 gerações: ➔ Agentes de primeira geração: substantividade limitada com tempo de ação limitado (derivados fenólicos, extratos de plantas, fluoretos, compostos de amônia quaternária e agentes oxidantes); ➔ Agentes de segunda geração: boa substantividade (Clorexidina); ➔ Agentes de terceira geração: interferem ou previnem a adesão bacteriana ou do biofilme. Antissépticos ● Finalidade de prevenir a formação do biofilme; ↪ quanto mais longa a duração de sua ação, mais alta sua atividade; ● Clorexidina → substantividade mais alta→ efeito antiplaca mais forte. ● Segurança: efeitos secundários mínimos; ● Estabilidade: ingredientes na formulação (evitar interferência entre as moléculas). 15/08/2023 - Marina jung Doença� Periodontai� FATORES ETIOLÓGICOS: - Fatores determinantes: São imperativos para que a doença ocorra. - Fatores Predisponente: Interferem direta ou indiretamente na retenção de placa, facilitando a instalação e progressão da doença; - Fatores modificadores: Agem modificando o curso da doença, podendo piorar ou proteger. Podem ser locais ou ambientais e sistêmicos. FATOR DETERMINANTE: Placa bacteriana ou biofilme - Comunidade microbiana que se forma sobre os dentes e outras superfícies não removíveis presentes na cavidade bucal (implantes, coroa unitária, aparelho ortodontico); - Apresenta metabolismo próprio, e sistema de informação incipiente, sendo capazes de troca de informação entre as colônias; - Podem ser tanto subgengivais (dentro da gengiva) ou supragengivais(fora da gengiva, visíveis). Cálculo ou tártaro - Depósito duro de placa calcificada, coberto por placa não mineralizada. - Superfície porosa, dificulta higienização. FATORES PREDISPONENTES - ACÚMULO DE CÁLCULO ● Margem de restauração; ● Prótese mal adaptadas; ● Materiais dentais pouco polidos; ● Dentes apinhados; ● Aparelho ortodôntico; ● Tabagismo; ● Má higiene. FATORES MODIFICADORES ● Respirador bucal; ● Medicamentos (anticonvulsivantes, anticoncepcionais); ● Diabetes; ● AIDS; ● Fatores genéticos; ● Estresse. Gengivite medicamentosa Gengivite por fator genético - Síndrome Doença� periodontai� - � qu� �? ● As doenças periodontais mais comuns são a gengivite e a periodontite; ● Caracterizam-se por processos inflamatórios que, no caso da da gengivite, não há alteração óssea, pois a inflamação atinge só a gengiva. ● Enquanto na periodontite leva a reabsorção do osso alveolar, podendo levar a perda do dente. ● O acúmulo de placa/cálculo, devido a má higienização, é o principal agente causador das doenças periodontais. CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS ➔ São todas as condições patológicas que acometem a estruturas do periodonto de proteção (gengiva livre e gengiva inserida) e / ou sustentação (osso alveolar, cemento e ligamento periodontal). ➔ A partir disso, as doenças periodontais são tidas como um desequilíbrio entre agressão e defesa nesses tecidos resultando em reações inflamatórias que acometem a gengiva (gengivite), que podem ou não progredir, como o tempo, para os tecidos de suporte do dente (periodontite). Gengivite: ● Tem uma presença universal; ● É uma inflamação da gengiva marginal de causa bacteriana (infecção mista inespecífica); ● Pode ser induzida por biofilme ou NÃO induzida por biofilme; ● Limita-se ao tecido conjuntivo mole marginal, acima da crista alveolar. *Clinicamente: manifesta-se por sangramento à sondagem do sulco gengival e, nos casos mais graves, por eritema (rubor da pele pela vasodilatação capilar) e edema (inchaço), principalmente nas áreas das papilas. GENGIVITE - NÃO INDUZIDA POR BIOFILME ● Desordens genéticas e de desenvolvimento; ● Infecções virais, bacterianas e fúngicas; ● Condições inflamatórias e imunes ● Processos reacionais; ● Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas; ● Neoplasias; ● Lesões traumáticas; ● Pigmentação gengival. - É uma doença causada pela placa bacteriana, onde ocorre uma inflamação da gengiva, seguida de dor e sangramento. - Não ocorre perda de inserção óssea. GENGIVITE - SINTOMAS CLÍNICOS ★ Sangramento; ★ Eritema; ★ Aumento de volume por edemaciamento e hiperplasia (principalmente nas papilas); ★ Ulceração; ★ Gengiva inchada e avermelhada; ★ A gengiva pode se afastar do dente, formando uma bolsa periodontal; ★ Mau hálito; ★ Característica de reversibilidade. (é reversível porque não atinge a parte óssea) ★ O primeiro sintoma clínico significantes de uma gengivite é o sangramento após a sondagem; ★ A sondagem consiste na introdução da sonda periodontalcom ponta romba, através do epitélio juncional até o tecido conjuntivo subepitelial, que é rico em vasos sanguíneos; ★ Nessa fase inicial, do processo inflamatório, o eritema normalmente está ausente; ★ Os sinais da gengivite avançada de gengivite pode ocorrer sangramento espontâneo e em alguns casos, ulcerações; ★ Nos casos mais avançados de gengivite pode ocorrer sangramento espontâneo e em alguns casos ulcerações; ★ Normalmente as gengivites crônicas não apresentam dor espontânea, apenas as gengivites agudas apresentam sintomatologia dolorosa de forma espontânea. ➢ O grau de manifestação da doença pode variar conforme a placa bacteriana - biofilme (quantidade/qualidade) e de acordo com a resposta do hospedeiro; ➢ Não são envolvidas estruturas mais profundas (osso alveolar e ligamento periodontal); ➢ A gengivite pode evoluir para uma periodontite, mas isso não é um fator obrigatório de forma alguma. Para o diagnóstico preciso na inflamação gengival, recomenda-se índices que se baseiam no sangramento do sulco à sondagem. Sulco: Histologicamente, a gengiva saudável apresenta um sulco de, no máximo, 0,5mm. A sonda, porém, pode penetrar até 2 mmm no epitélio juncional. Bolsa gengival: na gengivite, a porção coronal do epitélio juncional separa-se do dente. Não há perda de inserção. Pseudobolsa: O aumento de volume da gengiva pode formar uma pseudobolsa. ● O limite entre a gengiva saudável e a gengivite é difícil de estabelecer, pois mesmo a gengiva com aparência saudável pode apresentar, histologicamente, um infiltrado inflamatório discreto. ● Com o aumento da inflamação clínica e histológica, ocorre proliferação do epitélio juncional. ● Este se separa do dente nas áreas marginais ocorrendo invasão bacteriana entre a superfície dental e o epitélio - formação da bolsa gengival. Lesão inicial: ● 24 horas após de placa dental; ● Dilatação dos capilares; ● Aumento do fluxo sanguíneo Lesão precoce: ● 7 dias após a lesão inicial; ● Alterações características da lesão intensificada; ● Aparecimento de projeção conjuntiva ou saliência no epitélio juncional; ● Epitélio juncional densamente infiltrado por neutrófilos; ● Aumenta destruição de colágeno - fibroblastos demonstram alterações citopáticas, o que reduz sua capacidade de produzir colágeno; Lesão estabelecida: ● Predomínio de plasmócitos: invadem profundamente o tecido conjuntivo ao redor dos vasos sanguíneo e entre os feixes de fibras colágena ; ● Epitélio juncional com espaço intercelular extremamente alargados; ● Epitélio juncional desenvolve projeções conjuntivas que se projetam profundamente no tecido conjuntivo. Lesão avançada: ● Ocorre aprofundamento da bolas pela expansão apical do epitélio juncional; ● Infiltrado inflamatório propaga-se também lateralmente, ● É às extensão da lesão para o osso alveolar; ● Fase de colapso periodontal. COLOCAR TABELA COLOCAR IMAGEM DOS ASPECTOS DE GENGIVA DIAGNÓSTICO: ● Avaliação do controle de placa; ● Avaliação da presença de sangramento a sondagem; ● Avaliação da saúde do indivíduo; ● Avaliação de alterações sistêmicas ou presença de tabagismo que possam estar influenciando no estão periodontal. TRATAMENTO: Tratamento inicial - adequação do meio oral (melhora das condições de higiene). ↳ Profilaxia dental para remoção de placa bacteriana e tártaros iniciais + orientações de higiene. ↳ Pode ser prescrito enxaguantes bucais ou clorexidina para bochecho. ↪ Atenção: Clorexidina e/ou medicamento não são tratamentos para gengivite - precisa ter remoção mecânica do biofilme. O principal autocuidado com a saúde bucal é a higienização dos dentes diariamente, que tem como objetivo a remoção do biofilme supragengival. Periodontite - A periodontite é uma doença multifatorial do aparelho de sustentação dental e normalmente pode se desenvolver de uma gengivite pré-existente em pacientes com uma condição imunológica comprometida, com presença de fatores de risco e mediadores pró-inflamatórios, bem como a presença de uma microbiota predominantemente periodontopatogênica - A inflamação se estende às estruturas mais profundas do aparelho de sustentação dental, ocorrendo, então a destruição de colágeno e reabsorção óssea; - O epitélio juncional transforma-se em epitélio de revestimento da bolsa periodontal; - Forma-se, então, uma bolsa que serve como reservatório e como área de proliferação de bactérias patogênicas oportunistas, que perpetuam periodontite e podem ocasionar a progressão - Ainda é uma doença de maior disseminação, mas, felizmente, apenas 5 a 10% de todos os casos são formas agressivas e de progressão rápida. Doença que se caracteriza pela inflamação dos tecidos de sustentação e proteção dos dentes; - Acompanhada por perda de inserção óssea. - Promovida pela placa bacteriana subgengival. ANTES X DEPOIS Tipos de periodontite: ● Periodontite crônica; ● Periodontite Agressiva; ● Doenças periodontais necrosantes. Periodontite crônica ➢ É a forma mais comum das periodontites; Desenvolve-se, normalmente, entre os 30 e 40 anos de idade a partir de uma gengivite; ➢ Pode ser generalizada (em toda a boca) ou localizada (mais comum), com destruição nos molares e, em segundo lugar, nos incisivos inferiores; ➢ A gengiva apresenta inflamação variável e pode sofrer redução ou espessamento fibrótico. ➢ Doença inflamatória, infecciosa, crônica e que atinge uma grande quantidades de adultos; ➢ Lenta, destruindo a sustentação do dente sem causar dor; ➢ Fatores de risco (fumo) podem acelerar a progressão; ➢ Causa principal : placa bacteriana. Características mais comuns - periodontite crônica: ● Inflamação gengival; ● Sangramento à sondagem; ● Redução da resistência tecidual; ● Perda de tecido ósseo alveolar; ● Perda de inserção gengival; ● Retrações gengivais; ➔ Fator iniciador: gengivite ➔ Progressão e severidade: Relacionado ao hospedeiro; ➔ Progressão lenta e contínua. Fatores de risco: ➔ Tipo bacteriano; ➔ Idade; ➔ Tabagismo; ➔ Resposta do hospedeiro; ➔ Doenças sistêmicas; ➔ Estresse; ➔ Genética. DIAGNÓSTICO: ● Placa bacteriana: fator primário; ● Caráter multifatorial; ● Estado de saúde do paciente pode influenciar no estabelecimento e na progressão da doença; ● Fatores causais e modificadores; ● Determinação da atividade da doença: definida pela perda de inserção aliada a sinais inflamatórios (sangramento e/ou secreção); ● Hábitos nocivos: tabagismo, alcoolismo, uso de drogas, sedentarismo e estresse. TRATAMENTO ● Remoção mecânica da placa, higiene e educação em saúde bucal; ● Controle da placa subgengival e supragengival (raspagem e alisamento radicular); ● Intervenção e controle dos fatores sistêmicos; ● Pode-se fazer uso de medicamentos e enxaguantes bucais; ● Cirurgias periodontais. (remodelação gengival- Para devolver estética e função.) O tratamento só controla e impede a progressão da doença, tecidos degenerados dificilmente são recuperados. A periodontite crônica pode ser tratada com sucesso apenas por meio de procedimentos mecânicos, mesmo que a colaboração do paciente não seja ideal. Periodontite agressiva ou aguda ● Periodontite de progressão rápida; ● Condição rara; ● Frequentemente grave; ● Acomete indivíduos de idade; ● Precoce; ● Padrão hereditário; ● Quantidade de placa bacteriana desproporcional; ● Mais comum em mulheres do que em homens; (devido às alterações hormonais); ● Rápida perda de inserção. ● Os mediadores pró-inflamatórios e os fatores de risco (fumo, doenças sistêmicas - como diabetes - tensão psíquica e o estresse).................. ● O grau de agressividade e a distribuição da perda de inserção podem variar consideravelmente. TRATAMENTO ● Orientação de higiene; ● Instrumentação mecânica associada ou não à terapia cirúrgica; ● Medicação sistêmica (antibiótico); ● Terapia periodontal de manutenção periódica. O diagnóstico precoce garante maiores chances de sucesso do tratamento, por isso é de fundamental importância que o exame periodontal faça parte da rotina do exame clínico odontológico. Periodontite necrosanteGengivite ulcerativa necrosante (GUN) Periodontite ulcerativa necrosante (PUN) > Progressão rápida; >Debilitantes; >Doenças graves causadas por placa e fatores genéticos. Recessão/Retração gengival ● A recessão gengival não é propriamente uma doença, mas uma alteração, normalmente, morfológica causada por uma higiene oral incorreta (força excessiva de escovação), e, em alguns casos, por sobrecargas funcionais. Não causa perda de elementos dentais; ● Pode causar sensibilidade dentinária e problemas estéticos; ● Inflamação secundária – se atingir a mucosa oral de revestimento do fundo do sulco, pois a higienização não se torna mais possível. ● A migração apical da gengiva sem inflamação é a maior preocupação dos pacientes; ● A melhor forma de prevenção da recessão gengival é através do procedimento correto da escovação dental (movimentos circulares e verticais e, eventualmente, uso de escovas sônicas). POSSÍVEIS CAUSAS: ➢ Força demasiada na escovação ou no uso de fio dental; ➢ Genética; ➢ Posicionamento anormal de algum dente (sobrecarga mastigatória); ➢ Ranger de dentes/bruxismo; ➢ Trauma tecidual na gengiva; ➢ Saúde bucal insatisfatória. TRATAMENTO: ● O surgimento de novas retrações ou o avanço das já existentes podem ser contidos com a mudança dos hábitos de higiene; ● Em casos mais severos – Intervenção cirúrgica com a finalidade de recobrimento. Nov� classificaçã� da� doença� periodontai� ● Ela foi publicada em 2018 no Journal of Periodontology; ● Essa classificação inclui pela primeira vez a definição de saúde gengival e periodontal; ● Através dessa classificação também é possível diagnosticar tanto saúde como inflamação gengival em um periodonto íntegro ou reduzido; ● Segundo essa classificação, PERIODONTITE CRÔNICA E AGRESSIVA viraram uma única entidade: PERIODONTITE, que passou a ser classificada de acordo com estágios, graus e extensão. Os estágios da Periodontite levam em consideração a severidade e a complexidade da doença. ESTÁGIOS DA PERIODONTITE (1 AO 4): ● O nível de severidade de cada um dos estágios é baseado na perda de inserção interproximal devido à periodontite e na perda óssea marginal; ● Ele é atribuído baseado no dente mais afetado; ● O nível da complexidade considera a presença de fatores, tais como: presença de bolsas periodontais profundas, defeitos verticais, envolvimento de furca, mobilidade dental acentuada, perda de dentes, deficiência de rebordo e perda da função mastigatória. GRAUS DA PERIODONTITE: ● Os graus da periodontite levam em consideração a evidência ou risco de progressão e antecipam o risco de progressão futura; ● Deve-se então inicialmente considerar uma taxa moderada de progressão (grau B) e procurar se existem evidências de uma maior progressão que justifique a aplicação do grau C; ● O grau A é aplicado para os casos em que a doença encontra-se controlada; ● Se o paciente apresentar fatores de risco associados com uma maior progressão da doença ou menor resposta ao tratamento periodontal, o grau deve ser aumentado independentemente dos critérios primários de taxa de progressão. 22/08 Doença� periodontai� aguda� Em contraste com a maioria das outras condições periodontais, a destruição rápida dos tecidos periodontais pode ocorrer durante o curso dessas lesões, enfatizando a importância do rápido diagnóstico e tratamento (Herrera et al. 2018); ABSCESSOS Diferentes fatores etiológicos podem explicar a ocorrência de abscessos nos tecidos periodontais, como: ➔ Necrose pulpar (abscesso endodôntico, periapical ou dentoalveolar); ➔ Infecções periodontais (abscesso gengival ou periodontal); ➔ Pericoronarite (abscesso pericoronário); ➔ Trauma, cirurgia ou impactação de corpo estranho. ● Os abscessos que afetam o periodonto classificam-se em Gengival, Periodontal e Pericoronário; ● Considera-se para diagnóstico diferencial os tecidos envolvidos, perda de inserção periodontal, sua localização ao redor de dentes parcialmente irrompidos. ABSCESSOS PERIODONTAIS: ● Abscessos periodontais podem ser definidos como um acúmulo localizado de pus dentro da parede gengival da bolsa periodontal, com o colapso periodontal ocorrendo durante um período limitado de tempo e com sintomas clínicos facilmente detectáveis (Herrera 2000). ● Os abscessos periodontais devem ser classificados com base em sua etiologia. ABSCESSOS PERIODONTAIS ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO: ● Os abscessos podem se desenvolver na presença ou na ausência de uma bolsa periodontal pré-existente. ● Pode representar um período de exacerbação da doença; ● Favorecido pela existência de bolsas periodontais profundas; ● Presença de envolvimento de furca ou um defeito vertical – em que o fechamento marginal da bolsa poderia levar a uma extensão da infecção para dentro dos tecidos periodontais; ● Os abscessos periodontais são geralmente associados a uma bolsa periodontal profunda (7,3 a 9,3 mm); ● Sangramento à sondagem e aumento da mobilidade dentária; ● A perda óssea normalmente é observada no exame radiográfico. ABCESSOS PERIODONTAIS/GENGIVAS: ➔ Abscessos periodontais/gengivais também podem ocorrer em locais anteriormente saudáveis, devido a: ➔ Impacto de corpos estranhos (fio dental, elástico ortodôntico, palito, casca de pipoca); ➔ Hábitos noviços (arame cortante, roer unhas, apertamento); ➔ Fatores ortodônticos (forças inadequadas ou mordida cruzada); ➔ Aumento gengival. Os sintomas mais comuns de abscessos periodontais são: ➢ Dor; ➢ Sensibilidade da gengiva; ➢ Inchaço ou “elevação” do dente; ➢ Supuração durante sondagem. ABSCESSO PERICORONÁRIO ● É associado a inflamação da gengiva que encobre um dente que ainda não nasceu totalmente, geralmente associado aos sisos. ● Os sisos nem sempre conseguem erupcionar corretamente, por falta de espaço; ● Dessa forma, todo tecido em volta do dente – gengiva, osso e etc, vai se formando e se remodelando junto com a erupção do dente; ● Se ele não nasce direito, por exemplo, fica só com “metade da coroa” para fora, a gengiva não se forma corretamente, deixando um buraco ali, com propensão de acúmulo de alimentos e de bactérias. ● Pode ser indolor por um tempo; ● Ocorre inflamação e evolução para PERICORONARITE – condição aguda, dolorosa e recorrente (se não houver tratamento); ● Em alguns casos, o abscesso cresce tanto que toda vez que o paciente fechar a boca, vai morder, causando um trauma local e muita dor. O abscesso pericoronário é associado a inflamação da gengiva que encobre um dente que ainda não nasceu totalmente – sisos. O abscesso gengival pode ser causado quando algum alimento ou outro corpo estranho, ‘fica preso’ na gengiva e causa uma inflamação local. O abscesso periodontal é resultado do acúmulo de pus na região da parede gengival de uma bolsa periodontal, resultando na perda óssea alveolar adjacente e destruição de fibras de colágeno. GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA AGUDA ● É uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus herpes simples; ● Mais comum em crianças de zero a 6 anos de idade; ● Apresenta manifestações clínicas, normalmente, autolimitadas entre 10 a 14 dias; ● Pode ter associação com pacientes imunocomprometidos ou imunologicamente imaturos. ● Caracterizada pelo aparecimento de manchas vermelhas na superfície da mucosa da boca e da garganta e que podem se espalhar para outras partes, como bochechas, lábios, língua e amígdalas. Tratamento: ● Alívio da dor; ● Utilização tópica de aciclovir para reduzir a gravidade e acelerar o desaparecimento das lesões; ● Casos mais graves: Aciclovir ou Valaciclovir e Famciclovir, por via oral, associado ou não ao tratamento tópico. Etiopatogeni� da� doença� periodontai� ➔ Estudo do que provoca uma doença, uma patologia. ➔ Análise especializada das causas que ocasionam o desenvolvimento de certas doenças. BIOFILME ● Apresenta características (organização estrutural e funcional) que aumentam seu potencial e conferem particularidades às doenças relacionadas; ● Entender a placa bacteriana como um biofilme traz repercussões relevantespara o entendimento da etiopatogenia das doenças periodontais; ● Bem como para o desenvolvimento de estratégias preventivas e terapêuticas em Periodontia. Características universais: ➢ São comunidades microbianas complexas envoltas por matriz extracelular. ➢ Sua estrutura facilita o processamento, a distribuição e a absorção de nutrientes. ➢ Matriz: abriga sistema circulatório primitivo que permeia o interior do biofilme e proporciona troca de nutrientes, metabólitos e moléculas sinalizadoras entre as diferentes colônias (comunicação intercelular); ➢ Interação entre as espécies bacterianas (compartilhamento na produção de nutrientes e na remoção de produtos metabólicos inibidores ou tóxicos); ➢ Proporcionam proteção às espécies colonizadoras (defesa do hospedeiro e substâncias potencialmente tóxicas, têm acesso dificultado ou impedido no interior do biofilme); ➢ Encontrados frequentemente na natureza, aderidos a superfícies sólidas e úmidas. Ex.: cascos de navios, tubulações, pedras/rochas em mares/rios. ● A placa dental é um biofilme complexo que se acumula na superfície dentária coronariamente ou apicalmente à margem gengival ou sobre os tecidos de cavidade oral, provocando cáries, gengivites e periodontites. ● É uma película transparente e pegajosa que se forma sobre a superfície dental, formada através do acúmulo de bactérias, restos alimentares e outros microrganismos que, devido a uma má higienização, se aderem ao dente. ● A película adquirida é formada a partir da adsorção (processo pelo qual moléculas ou íons de um fluído são atraídos ou retidos numa superfície sólida) de macromoléculas da saliva nas superfícies dentárias – esta estrutura fornece receptores para os primeiros colonizadores bacterianos. ETAPAS E FORMAÇÃO DO BIOFILME A. FASE DE COLONIZAÇÃO INICIAL 1. Células planctônicas (vivem dispersas em um meio líquido) ligam-se à superfície dental por ligações de baixa afinidade e baixa eficiência; 2. Células adsorvidas (moléculas aderidas à uma superfície sólida) ligam-se à superfície através de interações de maior afinidade e eficiência, usando adesinas (complexos proteicos que reconhecem e se ligam a receptores, também proteicos, na superfície da célula do hospedeiro) específicas e seus respectivos receptores. COLONIZADORES INICIAIS > Streptococcus spp (>60%) > Actinomyces spp > Veillonella spp > Gemella spp > Outros… B. FASE DE ACUMULAÇÃO OU ESTRUTURAÇÃO C. FASE DE MATURAÇÃO DO BIOFILME D. FASE DE DISPERSÃO Liberação de células bacterianas – Bactérias associadas ao biofilme retornam à existência planctônica. FORMAÇÃO DOS BIOFILMES DENTAIS A heterogeneidade do biofilme aumenta gradualmente com o tempo, incluindo um grande nº de microrganismos gram – O crescimento resulta em maturação do biofilme (comunidade clímax): ● Facilita ampla gama de interações intermicrobianas; ● Trazendo autonomia e independência a toda a estrutura (comunidade autossustentável); ● Biofilme maduro: exerce proteção contra invasão de microrganismos exógenos; ● Em algumas ocasiões, as células se desprendem e colonizam outros locais; ● Perturbações ambientais podem ter reflexo na composição dos biofilmes; ● A partir do estabelecimento de uma comunidade clímax, o aumento no volume e na extensão do biofilme é resultante da interação entre biofilme e o meio ambiente. HIPÓTESE MICROBIANA Subgrupo + interação positiva + hospedeiro susceptível = progressão da doença CONCLUSÃO A visão atual do papel dos microorganismos como principal fator etiológico pode ser resumida como “necessária, mas não suficiente para causar a doença” ou que “a doença periodontal é uma mistura específica de bactérias que causam destruição periodontal num indivíduo suscetível” (Offenbacker 1996). Processo Inflamatório e Resposta do Hospedeiro ● O fator de risco básico para uma doença infecciosa é o agente etiológico; ● Sem o agente etiológico, não há doença, independente de quais outros fatores de risco o indivíduo possua; ● Na maioria dos indivíduos não ocorre destruição óssea, mesmo com grande número de microrganismos – incluindo periodontopatógenos; ● Saúde é o significado de ausência de patógenos ou presença de patógenos, mas sem a doença; ● Doença significa presença de patógenos e manifestação patológica. ● A evolução da doença periodontal depende da ocorrência simultânea de um grande número de fatores; ● O hospedeiro deve estar suscetível em ambas as partes: a sistêmica e a local; ● O meio local tem que conter espécies bacterianas que propiciem a infecção ou que pelo menos não inibam a atividade do patógeno; ● Deve ainda contribuir para a expressão de fatores de virulência do patógeno; ● A virulência do patógeno ou é destruída ou leva a lesão dos tecidos (patógenos devem alcançar número suficiente para iniciar ou causar a progressão da infecção no indivíduo acometido). COMPOSIÇÃO DOS BIOFILMES DENTAIS ➔ A natureza, a composição e a estrutura são distintas para os biofilmes supragengival e subgengival. ➔ As características gerais dos biofilmes aplicam-se a ambos os tipos. ➔ As condições ecológicas e os fatores que guiam o seu desenvolvimento são diferentes, devido, em grande parte, a sua colonização. Cálculo Dental - Tártaro ● Biofilme bacteriano mineralizado (cristais de fosfato de cálcio). ● Supragengival e subgengival: características semelhantes. ➔ Supra: mineralização a partir de componentes de saliva. ➔ Sub: mineralização a partir de componentes do exsudato inflamatório; remoção mais difícil (mineralização da película adquirida). ➔ Clinicamente = massa branco-amarelada, branco-acastanhada ou marrom, de dureza moderada (supragengival); ➔ Ou - Massa dura de cor marrom ou preta, de superfície rugosa (subgengival). ➔ É fator retentivo de biofilme (=meio ideal para aderência bacteriana). BIOFILME SUPRAGENGIVAL ● O biofilme supragengival está aderido à superfície dentária e é composto predominantemente por espécies de Actinomyces; ● Em sua fase inicial há predominância de estreptococos e pequena porção de bacilos Gram +; ● Após o primeiro dia de desenvolvimento sobre a superfície dentária, a proporção de estreptococos diminui em 45%, enquanto a de cocos Gram – anaeróbios aumenta aproximadamente 20%; ● Após o terceiro dia, observa-se que espécies anaeróbicas e facultativas de Actinomyces passam a predominar; ● Conforme a placa supragengival de desenvolve e aumenta em espessura, as condições ambientais favorecem a multiplicação de microrganismos anaeróbios, com a proliferação de bacilos Gram -, principalmente nas camadas mais profundas e mais próximas à superfície dentária. BIOFILME SUBGENGIVAL ● São mais complexos; ● Separa-se do supragengival por uma linha tênue ou células planctônicas; ● A espécie predominante é Actinomyces (assim como no supragengival), mas em quantidade muito maior – além das espécies que compõem o grupo vermelho e laranja; ● As bactérias compreendem cocos Gram + e Gram -, bastonetes e organismos filamentosos; ● Espiroquetas e vários outros microrganismos também podem ser encontrados especialmente na porção apical do biofilme; ● A camada superficial é frequentemente menos densa e os leucócitos estão regularmente interpostos entre o biofilme e a camada epitelial do sulco gengival; ● Quando uma bolsa periodontal é formada, a aparência do depósito bacteriano subgengival torna-se mais complexa; ● Nas porções profundas da bolsa periodontal, os microrganismos filamentosos diminuem em número e na porção parcial parecem virtualmente ausentes; ● O denso depósito bacteriano próximo à superfície dentária é dominado por organismos menores sem uma orientação definida; ● A microbiota do sulco gengival sadio é dominada por bactérias Gram + (85%), mas com o desenvolvimento da gengivite, verifica-se um aumento no total dos microrganismos Gram – (45%) e em periodontite avançada destacam-se os bacilos Gram – e microrganismos espiralados anaeróbios (cerca de 75%); ● O biofilme presente no sulco gengival entre o dente e a gengiva, se não for continuamente removidopor escovação ou fio dental, provoca uma resposta inflamatória do hospedeiro, resultando no aumento da secreção do fluido crevicular (complexa mistura de substâncias derivadas de soro sanguíneo, leucócitos, células estruturais do periodonto e microrganismos bucais). CONSIDERAÇÕES FINAIS ➢ A formação, composição, estrutura e comportamento do biofilme, fornecem proteção aos agentes etiológicos de cáries, gengivites e periodontites contra agentes químicos e resposta do sistema imune do hospedeiro; ➢ O conhecimento da etiopatogenia é importante para guiar atividades clínicas como prevenção e tratamento das doenças periodontais (DPs). ➢ Além de possibilitar maior compreensão das inter-relações entre DPs e doenças sistêmicas; ➢ A placa bacteriana é crucial para o processo inflamatório; ➢ A resposta inflamatória varia muito frente a mesma agressão, sugerindo que a mesma é a maior fonte de variações sendo, então, um fator primordial na etiopatogenia da doença periodontal (Jan Lindhe, 1997). 29/08/2023 Instrumentai� Periodontai�: Finalidade dos instrumentais ● Projetados para finalidades específicas; ● Remoção de cálculo; ● Alisamento das superfícies; ● Curetagem gengival; ● Remoção de tecido doentes; Classificação dos instrumentos periodontais - propósitos: 1. Sonda periodontal; 2. Exploradores; 3. Instrumentais de raspagem, alisamento radicular e curetagem; -Foices -Curetas -Enxadas -Cinzéis -Limas -Instrumentos sônicos e ultrassônicos 4. Endoscópios periodontais; 5. instrumentos de limpeza e polimento ● Material: Aço inoxidável (maioria) ou aço com alto teor de carbono (superiores); ● Cada grupo possui recursos característicos > operam com mais facilidade; ● Instrumentos pequenos > encaixam nas bolsas periodontais sem lesionar os tecidos moles. Partes de cada instrumento: ● Lâmina (parte) ativa; ● Haste; ● Cabo. 1. sonda periodontal Função: medir a profundidade das bolsas e sua configuração Formato: Finas e a haste é angulada para permitir a fácil inserção Sonda típica: instrumentos afilado de forma cilíndrica, calibrada em milímetros com uma ponta arredondada e cega. Modelos com várias calibrações em milimetros: Sonda com marcas coloridas : Secção de 3mm; Sonda da Universidade da Carolina do norte (UNC-15 Sonda “O” (universidade de Michigan) com marcações em 3,6 e 8mm Sonda “O” (Universidade de Michigan) Sonda OMS - a bolinha tem 0,5mm serve para ver bem certinho o sulco saudável Sonda nabers para áreas bifurcadas curva e romba marcações codificadas por cor em 3,6,9 e 12mm. TA NO LUGAR CERTO? Como utilizar? Para medição de uma bolsa : Sonda inserida com pressão firme e suave até o fundo da bolsa Haste alinhada com o eixo longitudinal do dente Várias medições para determinar o nível de inserção ao longo da superfície do dente 2.Exploradores localizar depósitos subgengivais e área cariadas verificar a lisura de superficies radiculares após o alisamento radicular 3. Instrumentais de raspagem e curetagem 5 tipos: A) Foices; B) Curetas; C) Enxadas (tem um apoio maior para também quebrar o cálculo) D) Cinzéis; E) Limas(esmagar cálculo). Foices - (supra gengival) ● Forma triangular, dupla borda cortante e extremidade pontiaguda; ● Remoção de cálculo supragengival; ● Cuidado para não danificar tecidos gengivais- desenho do instrumental; ● Movimento de tração (apoia o material e puxa o cálculo para cima). ● A escolha da foice depende da área de raspagem ● Dentes anteriores e pré-molares: foice em hastes retas; ● Dentes posteriores: foice com haste angulada; Curetas- (sub ou supra gengival mas principalmente subgengival) ● Instrumentos de escolha para remoção de cálculo sub gengival, alisamento radicular e remoção do revestimento de tecido mole da bolsa periodontal; ● Bom acesso às bolsas profundas; ● Mínimo trauma aos tecidos moles; ● Formato: ● Duas extremidades ativas ● Uma borda cortante (lâmina curva) e uma Ponta arredondada ● Mais fina que as foices ● Não possui pontas ou cantos afiados. Dois tipos básicos: Universal: Servem na maioria das áreas da dentição. ● Bordas cortantes podem ser inseridas na maioria das áreas da dentição - mão do operador; ● Face da lâmina 90° (perpendicular) em relação à haste (corte transversal a partir da ponta); ● Lâmina curva; ● Variação: - Tamanho da lâmina, Ângulo e comprimento da haste. ➔ Curetas McCall 13-14 ➔ Curetas McCall 17-18 Área específica: Conjunto de instrumentais para áreas anatômicas específicas. Curetas de Gracey ● Melhores instrumentos de raspagem subgengival e alisamento radicular melhor adaptação à complexa anatomia radicular. ● Lâmina ângulo de 60 a 70 graus em relação à haste inferior inserção na posição → precisa para raspagem subgengival e alisamento radicular → haste inferior paralela ao eixo longitudinal da superfície do dente a ser raspado; ● Lâmina curva da cabeça aos pés e também ao longo da lateral da borda cortante → só é possível utilizar um movimento de tração. ● Extremidade dupla: ➔ Gracey números 5-6: dentes anteriores e pré molares; ➔ Gracey números 7-8: dentes posteriores vestibulares e linguais; ➔ Gracey números 11-12: dentes posteriores – mesiais; ➔ Gracey números 13-14: dentes posteriores - distais. Curetas com Haste Estendida (After Five) ● Modificações da cureta de Gracey padrão; ● Lâmina afinada; ● Haste terminal 3 mm mais comprida alcançar as bolsas periodontais mais profundas; Curetas com Mini Lâminas (Mini Five) ● Modificações das curetas After Five; ● Lâminas metade do comprimento ↳ Inserção e adaptação mais fácil nas bolsas profundas e estreitas; ↳ Nas bifurcações; ↳ Locais de difícil acesso. ● Menor distensão tecidual e trauma tecidual. Curvetas de Gracey ● 50% menor que cureta de Gracey convencional; ● Lâmina curvada ligeiramente para cima ● Raspador de Morse, uma foice em miniatura Curetas Langer e Mini-Langer Conjunto de 3 curetas: ↳ Haste da cureta de Gracey + padrão lâmina universal 90°; ● Cureta de Langer 5-6: mesial e distal dos anteriores; ● Cureta de Langer 1-2: mesial e distal dos inferiores posteriores; ● Cureta de Langer 3-4: mesial e distal dos superiores posteriores; ● Podem ser adaptados à mesial e distal sem mudar de instrumento; ● Disponíveis com haste estendida (After Five) e com mini lâminas (Mini Five). Captores Periodontais de Schwartz ● Instrumentos Magnetizados; ● Dupla extremidade; ● Recuperação de pontas fraturadas de instrumentos na bolsa periodontal. Instrumentos Plásticos e de Titânio para Implantes ● Evitar marcas ou danos permanentes nos implantes; Enxadas ● Remoção de saliências ou anéis de cálculo; ● Lâmina inclinada em um ângulo de 99 graus; ● Borda cortante biselada em 45 graus; ● Lâmina curvada contato constante com dois pontos de uma superfície convexa; ● Parte posterior da lâmina arredondada; ● Lâmina reduzida à espessura mínima (acesso às raízes sem a interferência dos tecidos adjacentes). Modo de usar: 1. Lâmina inserida na base da bolsa periodontal (contato em dois pontos com o dente); 2. Movimento de tração na direção da coroa; Limas Função: ● Fraturar ou esmagar grandes depósitos de cálculo firme; ● Utilização inadequada: escavar e tornar rugosas superfícies radiculares; ● Não são adequadas para raspagem delicada e alisamento radicular Limas Diamantadas ● Acabamento final das superfícies radiculares. ● Não possuem bordas cortantes (revestidas com diamante de baixíssima granulação); ● Bastante abrasivas - sobreinstrumentação (pressão leve e uniforme); ● Conseguem produzir uma superfície radicular lisa, uniforme, limpa e altamente polida. Cinzéis ● Projetado para as superfícies proximais reduzidos (região anterior). ● Dupla extremidade: haste curva em uma extremidade e uma haste reta na outra; ● Lâminas ligeiramente curvas e borda cortante reta angulada em 45°; Uso: ● Inserido a partir da superfície vestibular; ● Lâmina curvada estabilização na superfície proximal; ● Movimento de empurrar. Curetas de Furca de Quétin ● Enxadas com pequeno raio em meia-lua que se encaixa no tetoou no assoalho da furca; ● Curvatura da ponta encaixa nas depressões de desenvolvimento ou na porção interna das raízes; ● Removem cálculo das reentrâncias da furca. 4. Endoscópios periodontais ● Utilização subgengival no diagnóstico e tratamento da doença periodontal; ● Periscópio encaixa-se nas sondas periodontais e nos instrumentos ultrassônicos projetados; ● Irrigação e fibra óptica com fonte luminosa visualização durante a exploração e instrumentação subgengival. ● Visualização clara e profunda das bolsas subgengivais e das bifurcações. 5. Instrumentos de limpeza e polimento Taças de Borracha: ● Concha de borracha com ou sem estrias no interior oco; ● Pasta de limpeza e polimento com flúor - granulação fina, média e grossa (úmida para minimizar o calor de fricção); Escovas de Cerdas: ● Formas de roda e taça; ● Uso na coroa (cuidado com lesões em cemento e gengiva); Fita Dental: ● Fita dental com pasta de polimento ● Polir as proximais inacessíveis a outros instrumentos; ● Passada na direção interproximal, movimento firme vestibulolingual. Polimento com Jato de Ar: ● Suspensão de água morna e bicarbonato de sódio impulsionados por um jato de ar, para polimento; ● Eficaz na remoção das manchas extrínsecas e depósitos moles; Cuidados: ● Efeito abrasivo perda de substância dentária; ● Dano ao tecido gengival; ● Cuidado com pacientes com doenças respiratórias, hipertensos e hemodiálise. Pós de polimento contendo glicina; Princípi� d� instrumentaçã� e� periodonti�: Pré-requisitos fundamentais para uma correta instrumentação: 1. Acessibilidade: Posição adequada do paciente e do operador 2. iluminação 3. visibilidade ideal 4. condição do instrumento consciência constante do dente e das características morfológicas da raiz e da condição dos tecidos periodontais Conceitos básicos adaptação do instrumental: ● Apreensão; ● Apoio do dedo; → Dominar as habilidades de manuseio do instrumento. ● Adaptação; ● Angulação; ● Movimento. 1) Acessibilidade: Posicionamento do Paciente e do Operador ➔ Se inadequado impede a instrumentação total, cansa o operador e diminui a eficácia; Cirurgião-dentista: ● Sentado, posicionado com os pés totalmente apoiados no chão e suas coxas paralelas ao solo; ● Precisa observar o campo de operação mantendo as costas retas e a cabeça ereta. Paciente: ● Arcada superior: erguer ligeiramente o mento (proporcionar visibilidade e acessibilidade ideais); ● Arcada inferior: baixar o mento até a mandíbula ficar paralela ao chão. 2) Visibilidade, Iluminação e Afastamento ● Visão direta com iluminação direta (sempre que possível); ● Visão indireta com espelho bucal (quando não possível visão direta); Afastamento → visibilidade, acessibilidade e iluminação. 1. Espelho para afastar os lábios e a bochecha; 2. Dedos da mão não operacional para afastar os lábios; 3. Espelho para afastar a língua; 4. Combinações dos métodos. 3) Condição e Afiação dos Instrumentos ● Limpos, estéreis e em boa condição; ● Extremidades ativas afiadas ↳ melhoram a sensibilidade tátil, precisão e eficiência; ● Instrumentos cegos remoção incompleta do cálculo e trauma tecidual; Manutenção de um Campo Limpo Sugador de saliva: ● Saliva em excesso prejudica a instrumentação visibilidade e apoio; ● Sangramento gengival → inevitável (instrumentação subgengival). ● Irrigação com água; ● Ar comprimido e gaze → facilitar a inspeção visual abaixo da margem gengival: ➔ Jato de ar direcionado na bolsa afasta a margem gengival retraída; ➔ Pressão suave compressa de gaze dentro bolsa. Estabilização do Instrumento Empunhadura do instrumento e o apoio digital→ Controle dos movimentos; Empunhadura de caneta modificada: ● Seguro pelo polegar, dedo indicador e dedo médio (como se segura uma caneta); ● Polpa do dedo médio apoiado na haste do instrumento (aumenta sensibilidade); ● Dedo indicador posicionado acima do dedo médio, no mesmo lado do cabo; ● Polpa do polegar entre os dedos médio e indicador no lado oposto do cabo; ● Triângulo de forças (efeito tripé): melhora o controle, (evita girar) ● Permite que o clínico gire o instrumento em graus precisos com o polegar contra os dedos indicador e médio para adaptar a lâmina às mudanças mais sutis no contorno do dente; Empunhadura com a palma e o polegar: ● Estabilizar os instrumentos durante a afiação; ● Manipular seringas de ar e água; ● Não recomendada para a instrumentação periodontal; ● Apoio Digital ● Estabilizar a mão e o instrumento; ● Previne lesões e laceração à gengiva aos tecidos circundantes; ● Quarto dedo (anelar) ou o terceiro dedo (médio) para o apoio digital; ● Controle máximo dedo médio mantido entre a haste do instrumento e o quarto dedo; ● Ação punho-antebraço ativa a ação de trabalho máxima; ● Classificação dos apoios: ➔ 1. Apoios digitais intra orais: próximos à área de trabalho; ➔ 2. Fulcros extraorais. 1. Intraoral Convencional: apoio nas superfícies dentárias imediatamente adjacentes à área de trabalho; Arco Cruzado: O apoio digital é estabelecido nas superfícies dentárias no outro lado da mesma arcada. Arco oposto: O apoio digital é estabelecido nas superfícies dentárias no arco oposto Dedo no dedo: O apoio digital é estabelecido no dedo indicador ou polegar da mão não operatória Fulcros extraorais: ● Instrumentação eficaz de algumas porções dos dentes posteriores superiores; ● Não são “apoios digitais; ● Máximo das superfícies anteriores ou posteriores dos dedos é colocado na face do paciente. Palma para cima: Apoio das costas dos dedos médio e anelar na pele que recobre a porção lateral da mandíbula no lado direito da face; Palma para baixo: apoia-se as superfícies frontais dos dedos médio e anelar sobre a pele que recobre a porção lateral da mandíbula no lado esquerdo da face Reforço do polegar; ‣ Intra e extraoral ativação do instrumento Adaptação: ● Acomodar a ponta ativa do instrumento conforme o contorno da superfície dentária; ● Evitar trauma aos tecidos moles e às superfícies radiculares; ● Assegurar a eficácia máxima da instrumentação; Angulação: ● Ângulo entre a lâmina e a superfície dentária. (relação dente-lâmina); ● Essencial para a remoção eficaz do cálculo; ● Inserção subgengival da lâmina (cureta) angulação próximo a 0 grau; ● Durante a raspagem e o alisamento radicular: angulação ideal é entre 45 e 90°; Pressão Lateral: Pressão criada quando a força é aplicada contra a superfície de um dente com a borda cortante de um instrumento com lâmina; ‣ Firme, moderada ou leve; ‣ Remoção do cálculo: pressão inicial firme sendo reduzida progressivamente; ‣ Alisamento radicular: pressão leve Movimentos 1. Movimento exploratório; 2. Movimento de raspagem; 3. Movimento de alisamento radicular; Ativados por tração ou pressão (vertical, oblíqua ou horizontal; Direção, comprimento, pressão e número de movimentos necessários para raspagem ou alisamento radicular são determinados por quatro fatores principais: 1. posição e tônus gengival; 2. profundidade e forma da bolsa; 3. contorno dentário; 4. quantidade e natureza do cálculo ou rugosidade. 1. Movimento exploratório: ● Movimento leve; ● Sondas e exploradores; ● Avaliar as dimensões da bolsa e detectar cálculo e irregularidades da superfície dentária; ● Instrumentos com lâmina: instrumento é seguro levemente e adaptado com uma leve pressão contra o dente para obter a sensibilidade tátil máxima. 2. Movimento de raspagem ● Movimento de tração curto e poderoso; ‣ Instrumentos com lâmina; ● Remoção do cálculo supragengival e subgengival; ● Músculos dos dedos e mãos tensionados em empunhadura segura; ● Borda cortante envolve a borda apical do cálculo e o desloca com movimento firme na direção coronária; ● O movimento de raspagem deve ser iniciado no antebraço e transmitido do punho para a mão com uma ligeira flexão dos dedos; ‣ Rotação do pulso sincronizada com o movimento do antebraço. 3. Movimento de alisamento radicular ● Movimento de tração leve; ● Polimento e alisamento da superfície radicular; ●Curetas: mais eficazes e versáteis para esse procedimento; ● Série contínua de movimentos de raspagem longos e sobrepostos; ● À medida que a superfície fica lisa e a resistência diminui, a pressão lateral é reduzida progressivamente. Princípi� d� Raspage� � Alisament� Radicular: ● Definições e Fundamentação Lógica Raspagem: processo pelo qual o biofilme e o cálculo são removidos das superfícies dentárias supragengivais e subgengivais. Alisamento radicular: processo pelo qual o cálculo residual incrustado e partes do cemento são removidos das raízes para produzir uma superfície lisa, dura e limpa. ● Objetivo raspagem e alisamento radicular: Restabelecer saúde gengival. ↓ ● Reduz número de MO subgengivais; ● Mudança na composição do biofilme subgengival; ● Redução ou eliminação clínica da inflamação. Manutenção através da Terapia periodontal de suporte Biofilme e cálculo→ inflamação gengival; ● Esmalte → depósitos aderidos superficialmente e não presos às irregularidades; ● Raspagem é suficiente para remover completamente o biofilme e o cálculo do esmalte ● Superfícies radiculares → depósito incrustados nas irregularidades do cemento. (Raspagem do cálculo e uma parte da superfície radicular). ● Cálculo subgengival é poroso (abriga bactérias e endotoxinas); ● Dentina exposta → bactérias nos túbulos dentinários (Raspagem do cálculo e uma parte da superfície radicular). Habilidades de Detecção ● Detecção visual do cálculo → Boa iluminação e um campo limpo ● Supragengival; ● Subgengival logo abaixo da margem gengival; Exploração tátil das superfícies dentárias: Nas áreas subgengivais da profundidade da bolsa; ● Nas furcas → Requer uso hábil de um explorador ou sonda: Interpretação do grau de aspereza. ● Nas depressões de desenvolvimento. Diferenças entre as Técnicas de Raspagem Supragengival e Subgengival 1) Raspagem Supragengival ● Cálculo supragengival → menos firme e menos calcificado que o cálculo subgengival. ● Instrumentação coronária à margem gengival: ➔ Movimentos não são confinados pelos tecidos circundantes; ➔ Adaptação e angulação mais fáceis; ➔ Visibilidade direta; ➔ Liberdade de movimento. ● Foices, curetas e instrumentos sônicos e ultrassônicos (mais frequentes); ● Enxadas e cinzéis (menos frequentes). 2) Raspagem Subgengival ● Raspagem subgengival e o alisamento radicular são muito mais complexos e difíceis; ● Cálculo subgengival → mais duro e firme, preso nas irregularidades radiculares; ● Tecido sobrejacente dificulta a instrumentação subgengival; ↳ Visão fica obscurecida pelo sangramento → sensibilidade tátil (cálculo e irregularidades); ● Curetas (mais utilizadas); ● Foices, enxadas, limas e instrumentos ultrassônicos. Abordagen� d� instrumentaçã� n� diferente� s�tante� Sextante superior posterior direito: face vestibular ● Posição do operador: Posição lateral; ● Iluminação: Direta; ● Visibilidade: Direta (indireta para superfícies distais dos molares); ● Afastamento: Espelho ou dedo indicador da mão não operante; ● Apoio digital: Extraoral, palma para cima. Sextante superior posterior direito: Pré-molares: face vestibular ● Posição do operador: Posição lateral ou posterior; ● Iluminação: Direta; ● Visibilidade: Direta; ● Afastamento: Espelho ou dedo indicador da mão não operante; ● Apoio digital: Intraoral, palma para cima. Dedo anelar nas superfícies oclusais dos dentes superiores posteriores adjacentes. Sextante superior posterior direito: face palatina ● Posição do operador: Posição lateral ou frontal; ● Iluminação: Direta e indireta; ● Visibilidade: Direta ou indireta; ● Afastamento: Nenhum; ● Apoio digital: Extraoral, palma para cima. Sextante superior posterior direito: face palatina ● Posição do operador: Posição frontal; ● Iluminação: Direta; ● Visibilidade: Direta; ● Afastamento: Nenhum; ● Apoio digital: Intraoral, palma para cima, dedo no dedo. O dedo indicador da mão não operante nas superfícies oclusais dos dentes superiores posteriores direitos; dedo anelar da mão operante no dedo indicador da mão não operante. Sextante superior anterior: face vestibular, superfícies afastadas do operador ● Posição do operador: Posição posterior; ● Iluminação: Direta; ● Visibilidade: Direta; ● Afastamento: Dedo indicador da mão não operante; ● Apoio digital: Intraoral, palma para cima. Dedo anelar na borda incisal ou superfície oclusal dos dentes superiores adjacentes. Sextante superior anterior: face vestibular, superfícies próximas do operador ● Posição do operador: Posição frontal; ● Iluminação: Direta; ● Visibilidade: Direta; ● Afastamento: Dedo indicador da mão não operante; ● Apoio digital: Intraoral, palma para baixo. Dedo anelar na borda incisal ou superfície oclusal ou vestibular dos dentes superiores adjacentes. Sextante superior anterior: face palatina ● Posição do operador: Posição posterior; ● Iluminação: Indireta; ● Visibilidade: Indireta; ● Afastamento: Nenhum. ● Apoio digital: Intraoral, palma para cima. Dedo anelar na borda incisal ou superfície oclusal dos dentes superiores adjacentes. Sextante superior posterior esquerdo: face vestibular ● Posição do operador: Posição lateral ou posterior; ● Iluminação: Direta ou indireta; ● Visibilidade: Direta ou indireta; ● Afastamento: Espelho. ● Apoio digital: Extraoral, palma para baixo. Sextante superior posterior esquerdo: face vestibular ● Posição do operador: Posição posterior ou lateral; ● Iluminação: Direta ou indireta; ‣ Visibilidade: Direta ou indireta; ● Afastamento: Espelho. ● Apoio digital: Intraoral, palma para cima. Dedo anelar na borda incisal ou na superfície oclusal dos dentes superiores adjacentes. Sextante superior posterior esquerdo: face palatina ● Posição do operador: Posição lateral ou frontal; ● Iluminação: Direta; ● Visibilidade: Direta; ● Afastamento: Nenhum; ● Apoio digital: Intraoral, palma para cima. Dedo anelar nas superfícies oclusais dos dentes superiores adjacentes. Sextante inferior posterior esquerdo: face vestibular ● Posição do operador: Posição lateral ou posterior; ● Iluminação: Direta; ● Visibilidade: Direta ou indireta; ● Afastamento: Dedo indicador ou espelho da mão não operante; ● Apoio digital: Intraoral, palma para baixo. Dedo anelar na borda incisal ou na superfície oclusal ou vestibular dos dentes inferiores adjacentes. Sextante inferior posterior esquerdo: face lingual ● Posição do operador: Posição frontal ou lateral; ● Iluminação: Direta e indireta; ● Visibilidade: Direta; ● Afastamento: Espelho afasta a língua; ● Apoio digital: Intraoral, palma para baixo. Dedo anelar na borda incisal ou na superfície oclusal dos dentes inferiores adjacentes. Sextante inferior anterior: face vestibular, superfícies próximas do operador ● Posição do operador: Posição frontal; ‣ Iluminação: Direta; ● Visibilidade: Direta; ● Afastamento: Dedo indicador da mão não operante; ● Apoio digital: Intraoral, palma para baixo. Dedo anelar na borda incisal ou na superfície oclusal dos dentes inferiores adjacentes. Sextante inferior anterior: face vestibular ● Posição do operador: Posição posterior; ● Iluminação: Direta; ● Visibilidade: Direta; ● Afastamento: Dedo indicador ou polegar da mão não operante; ● Apoio digital: Intraoral, palma para baixo. Dedo anelar na borda incisal ou na superfície oclusal dos dentes inferiores adjacentes. Sextante inferior anterior: face lingual ● Posição do operador: Posição posterior; ● Iluminação: Direta e indireta; ● Visibilidade: Direta e indireta; ● Afastamento: Espelho afasta a língua; ● Apoio digital: Intraoral, palma para baixo. Dedo anelar na borda incisal ou na superfície oclusal dos dentes inferiores adjacentes. Sextante inferior posterior direito: face vestibular ● Posição do operador: Posição lateral ou frontal; ● Iluminação: Direta; ● Visibilidade: Direta; ● Afastamento: Espelho ou dedo indicador da mão não operante; ● Apoio digital: Intraoral, palma para baixo. Dedo anelar na borda incisal ou na superfície oclusal dos dentes inferiores adjacentes. Sextante
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