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Periodontia

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introdução à Periodontia
01/08 Paola e Marina
O qu� � periodonti�?
O objetivo do estudo da periodontia são os
tecidos que suportam os dentes, o
periodonto. Fazem parte do periodonto os
tecidos que circundam os dentes e os fixam
na maxila e na mandíbula.
Peri = ao redor de Odonto = dente.
● Como a periodontia funciona?
● Remoção de cálculos e fatores retentivos
de placa e tratamento de bolsas
periodontais para devolver a saúde aos
tecidos periodontais. Através de
raspagem, alisamento e polimento das
estruturas dentárias, buscando
restabelecer a saúde do periodonto.
● As bolsas podem ser causadas pelo
acúmulo de cálculo ( solidificação da placa
bacteriana, bactérias e saliva) - a região
que mais se encontra o cálculo são os
locais de saída de saliva, incisivos
inferiores e molares superiores.
● A ação de periodontia não regenera
tecido perdido, apenas estabiliza.
(obs: o básico da periodontia é a raspagem
do cálculo).
● Mesmo que tenha muito sangramento
precisa raspar, pois o cálculo é o fator
causador desse sangramento.
Quando se tem uma doença instalada
geralmente se tem perda óssea.
Periodonti� Básic�
- A diferença entre as imagens é a
raspagem, remoção dos cálculos,
higienização e a remoção dos fatores
causais, que são os passos feitos na
periodontia básica.
- Em casos assim busca-se a
recuperação das funções e saúde dos
elementos.
Recuperaçã� d� saúd� periodonta�
Raspagem, alisamento e polimento. (RAP)
Estruturas que compõem o periodonto
- Os tecidos moles e duros que estão
envolvidos na constituição do periodonto
são:
● Gengiva
● cemento radicular
● ligamento periodontal
● osso alveolar (processo alveolar)
O periodont�
Função principal:
● Inserir o dente no tecido ósseo.
● Manter a integridade da superfície da
mucosa mastigatória da cavidade
oral.
● Se altera com a idade.
● Está sujeita a alterações
morfológicas.
Anatomi� macr�cópic�
➔ Mucosa oral:
Continuação da pele - dividida em:
● Mucosa mastigatória: palato duro/
gengiva.
● Mucosa de revestimento: restante da
cavidade oral.
● mucosa especializada: dorso da
língua (papilas)
➔ Gengiva (periodonto de proteção)
- Parte da mucosa mastigatória.
- Cobre o processo alveolar e circunda
a porção cervical dos dentes.
- Possui uma camada epitelial é um
tecido conjuntivo (lâmina própria).
- Assume forma e textura definitivas
em associação com a erupção dos
dentes
- Forma o chamado Periodonto de
Proteção.
Periodont� d� proteçã�
(Gengiva livre, Gengiva inserida, Gengiva interdental)
*Gengiva livre - (margem gengival livre).
*Gengiva inserida - saudável aspecto de
casca de laranja.
*Linha mucogengival - mucosa de
revestimento acima dessa linha, maior
vascularização.
*Mucosa de revestimento.
*Gengiva interdental > papila interdental.
gengiva interdental - papila
● Formato - contato entre os dentes:
● Largura da superfície proximal dos
dentes;
● JCE (junção cemento esmalte)
● Regiões anteriores - piramidal
● Regiões posteriores - achatadas
Margem gengival livre
● Gengiva livre.
● Sulco gengival em contato com o
esmalte.
● Localizada de 1,5 a 2 mm coronal à
JCE.
Sobre o periodonto de proteção:
- Tamanho da gengiva inserida: largura
total de mucosa ceratinizada.
- Cor da gengiva.
- Stippling gengival: aspecto da
gengiva saudável.
- Largura da gengiva Inserida:
Espessura; Fenótipo gengival.
Anatomi� micr�cópic�
Epitélio gengival:
● Epitélio escamoso estratificado
● Subdividido em:
● Epitélio oral
● Epitélio juncional
● Epitélio sulcular
- Função: barreira mecânica, química,
microbiana.
Tipo celular principal: queratinócito outros
tipos celulares: cél. Langerhans, Melanócito,
cél. de Merkel.
- Renovação constante.
● Epitélio oral: voltado para a cavidade
oral.
● Epitélio sulcular oral: voltado para o
dente (forma um V), sem entrar em
contato com a superfície do dente.
● Epitélio juncional: que promove o
contato da gengiva com o dente.
● A determinação da profundidade do
sulco gengival é um importante
parâmetro de diagnóstico.
Epitélio oral:
● Pavimentoso, estratificado e
queratinizado.
Dividido segundo o grau de diferença da
células produtoras de queratina:
1. Camada basal (estrato basal ou
germinativo).
2. Camada espinhosa ( estrato
espinhoso).
3. Camada granulosa (estrato
granuloso).
4. Camada queratinizada (estrato
córneo).
- Células produtoras de queratina: 90%
- Outras células (células claras):
● Melanócitos: sintetizam
melanina - pigmentação
gengival
● Células de Langerhans:
mecanismos de defesa da
mucosa oral - iniciam
resposta imunológica
precoce.
● Células de Merkel: função
sensorial
● Células inflamatórias
Epitélio dentogengival:
Características estruturais definitivas
👉erupção dos dentes.
Epitélio oral + ameloblastos 👉 epitélio
reduzido do esmalte (RE)👉 invagina com a
erupção dentária e forma o epitélio
juncional.
Epitélio juncional:
● Une-se ao dente de uma lado e ao
epitélio do sulco ou TC.
● Forma a base do sulco gengival.
● Epitélio pavimentoso estratificado
não queratinizado.
● Composto por duas camadas: basal e
espinhosa.
● Taxa de renovação alta ocorrendo a
cada 6-7 dias.
● Mecanismo de adesão: glicoproteínas
e hemidesmossomos.
● Selamento violado = inflamação,
sangramento, edema, alterações de
cor, reabsorção óssea.
Inserção conjuntiva:
● Suporta o stress físico da mastigação
e deglutição.
● Estabiliza:
➢ Gengiva;
➢ Inserida ao processo alveolar
e ao dente;
● Dente ao osso;
● Tecido denso e fibroso.
Tecido conjuntivo:
Chamado de lâmina própria :
● Componente tecidual predominante
da gengiva.
Constituído por:
● Fibras colágenas (60%)
● Fibroblasto (5%)
● Vasos e nervos (35%) -> substância
fundamental amorfa (matriz).
Células do tecido conjuntivo:
● Fibroblasto (65%) - produção de
fibras e síntese da matriz (fusiforme
ou estrelada).
● Mastócitos - produzem substâncias
vasoativas que podem afetar a
função do sistema microvascular e
controlar o fluxo de sangue.
● Macrófagos - fagocitose e síntese.
● Células inflamatórias: granulócitos,
neutrófilos, linfócitos e plasmócitos.
Fibras:
● Fibras colágenas: principais e
essenciais do periodonto.
● Fibras reticulares: propriedade
argirofílicas (interface epitélio - TC)
● Fibras oxitalânicas: escassas na
gengiva; Numerosas no LP (função
desconhecida).
● Fibras elásticas: em associação com
vasos sanguíneos.
Fibras colágenas:
● Fibras DentoGengivais:
- Partem do cemento supra alveolar
da raiz;
-Leque na direção do tecido gengival
livre (V,L e interproximal)
● Fibras Transeptais (TF):
-Atravessam o septo interdental;
-Inseridas no cemento dos dentes
adjacentes;
● Fibras dentoperióteas: (DPF):
-Partem do cemento supra alveolar
da raiz
● Leque apical sobre a crista óssea V e
L e terminam no tecido da gengiva
aderida.
● Fibras circulares (CF):
-Na gengiva livre;
-Circundam o dente em forma de
anel;
Matriz:
● Meio no qual as células do TC estão
integradas;
● Onde ocorre o transporte de água,
eletrólitos, nutrientes, metabólitos
em direção às células do TC;
● Principais componentes:
proteoglicanos e glicoproteínas.
08/08/2023 - Paola
Periodont� d� inserçã�
● Lâmina dura: Parte do processo
alveolar que recobre o alvéolo.
● Osso trabeculado: Porção do
processo alveolar com aspecto
reticular (rx) (dentro dele está a
medula óssea).
● Crista óssea: Borda coronal do osso
(pico ósseo); Localizada
aproximadamente a 1mm da JCE
Ligament� periodonta�:
Tecido conjuntivo frouxo:
● Ricamente vascularizado e celular
● Circunda as raízes dos dentes e o
cemento…
➔ Localizado no espaço entre as raízes e
lâmina dura
➔ Mais estreito no terço médio
➔ Largura média de 0,25 mm (o,2 a 0,4
mm)
➔ Distribui e absorve forças
mastigatórias através do osso
alveolar propriamente dito.
➔ Essencial para a mobilidade dos
dentes.
�bra� d� ligament� periodonta�
Fibras colágenas
Divididas de acordo com a forma de arranjo
● Fibras da crista alveolar (ACF);
● Fibras horizontais (HF);
● Fibras oblíquas(OF);
● Fibras apicais(APF).
Fibras principais do LP
Estendem-se continuamente do cemento
radicular ao osso alveolarpropriamente dito
(ABP).
Fibras de Sharpey
Fibras principais integradas ao cemento tem
diâmetro menor e mais numerosas do que
aquelas integradas ao osso alveolar
propriamente dito.
Células do ligamento periodontal:
● Fibroblasto: alinhados ao longo das
fibras principais;
● Osteoblastos: revestem a superfície
óssea;
● Cementoblastos: revestem a
superfície do cemento;
● Osteoclastos;
● Células epiteliais.
Cement� radicular
● Tecido mineralizado especializado;
● Reveste as superfícies radiculares
(coroa);
● Sem vasos sanguíneos, linfáticos,
inervação;
● Não sofre remodelação nem
reabsorção fisiológicas;
● Formação contínua ao longo da vida
● Contém fibras colágenas embutidas
em
● matriz orgânica;
● Hidroxiapatita (65%).
FUNÇÕES:
➔ Conecta as fibras principais do LP à
raiz;
➔ Função reparadora: contribui para o
processo de reparo após danos à
superfície radicular;
➔ Função adaptativa: Ajusta a posição
dos dentes às novas demandas.
Classificação do CEMENTO RADICULAR:
● Cemento acelular afibrilar (AAC):
porção cervical do esmalte;
● Cemento acelular de fibras
extrínsecas (AEFC): porções coronal e
média da raiz, contém feixes de fibras
de Sharpey. É parte importante dos
tecidos de inserção, pois conecta o
dente ao osso alveolar propriamente
dito ;
● Cemento celular estratificado misto
(CMSC): terço apical das raízes e nas
áreas de ramificação. Contém fibras
extrínsecas e intrínsecas, assim como
cementócitos;
● Cemento celular de fibras intrínsecas
(CIFC): nas lacunas de reabsorção e
contém fibras intrínsecas e
cementócitos.
Oss� alveolar:
➔ Partes da maxila e da mandíbula que
formam os alvéolos dos dentes e dão
suporte a esses alvéolos;
➔ Estende-se a partir do osso basal da
mandíbula e desenvolve-se em
associação com o desenvolvimento e
a erupção dos dentes ;
➔ O osso alveolar propriamente dito é
dependente dos dentes.
● Vestibular x Lingual;
● Osso cortical;
● Osso esponjoso ocupa a maior parte
dos septos interdentários;
● Trabéculas ósseas
● Partes da maxila e da mandíbula que
formam os alvéolos dos dentes e dão
suporte a esses alvéolos;
● Estende-se a partir do osso basal da
mandíbula e desenvolve-se em
associação com o desenvolvimento e
a erupção dos dentes;
● O osso alveolar propriamente dito é
dependente dos dentes;
● Osso alveolar propriamente dito
(ABP) denso está voltado para
ligamento periodontal dos dois
dentes;
● Osso trabecular ocupa a área entre o
osso alveolar propriamente dito;
● O osso trabecular é composto por
osso mineralizado (MB) e medula
óssea (BM);
Células do Osso alveolar:
Osteócitos:
● São localizados em cavidades ou
lacunas dentro da matriz óssea;
● Destas lacunas formam-se
canalículos que se dirigem para
outras lacunas, tornando assim a
difusão de nutrientes possível;
● Papel fundamental na manutenção
da integridade da matriz óssea;
Osteoblastos:
● Principais células de formação do
tecido ósseo;
● Sintetizam componentes da Matriz
orgânica extracelular controlam a
mineralização;
● Podem se diferenciar em: células
ósseas de revestimento e osteócitos;
● Não apresentam capacidade de
migração e proliferação
● Os canais de Havers: dão o
suprimento sanguíneo ao osso.
Osteoclastos:
● Participam do processo de absorção
e remodelação do tecido.
● A atividade de formação óssea está
constantemente associada à
reabsorção óssea;
● Células multinucleadas que se
originam de células precursoras
hematopoiéticas;
● Secretam colagenases e hidrolases
para digerir a matriz.
Supriment� sanguíne� d� periodont�
● A artéria dentária (a.d.), é um ramo
da artéria dentária alveolar superior
ou inferior (a.a.i.), emite a artéria
intrasseptal (a.i.) antes de penetrar
no alvéolo;
● Os ramos terminais da artéria
intrasseptal (ramos perfurantes, rr.p.)
penetram no osso alveolar
propriamente dito pelos canais em
todos os níveis do alvéolo;
● Gengiva é irrigada principalmente
por vasos sanguíneos
supraperiosteais.
Inervação do periodonto:
Inervado por ramos terminais do nervo
trigêmeo.
Espaç� � distânci� biológic�
(complexo dentogengival)
➔ Sulco gengival 0,69mm
➔ Epitélio Juncional 0,97mm
➔ Inserção Conjuntiva 1,07mm
Distância biológica:
resposta do corpo aos desafios especialistas
no local onde um dente emerge através da
mucosa oral.
Composta por: Epitélio Juncional 0,97mm
Inserção Conjuntiva 1,07mm
total de 2,04 mm.
Espaço biológico é a soma de todas as
estruturas acima da crista óssea.
constituído por:
➔ Sulco gengival 0,69mm
➔ Epitélio Juncional 0,97mm
➔ Inserção Conjuntiva 1,07mm
➔ Total em torno de 3,00mm
Diferença entre espaço biológico e distância
biológica é a profundidade do sulco.
Control� químic� � mecânic� d� plac�
bacterian�
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE PLACA
● Sensação de refrescância;
● Sentirem-se confiantes;
● Sorriso bonito;
● Evitar o mau hálito.
"A limpeza oral é importante para a
preservação da saúde oral, uma vez que
remove a placa microbiana, prevenindo o
acúmulo nos dentes e na gengiva".
A PLACA DENTAL
● Biofilme bacteriano de difícil
remoção da superfície dos dentes;
● É constituído por comunidades
complexas de espécies bacterianas
que residem sobre as superfícies dos
dentes e dos tecidos moles; Entre 400
e 1.000 espécies podem colonizar os
biofilmes orais;
● Comunidades microbianas;
● Os produtos do biofilme bacteriano
iniciam uma cadeia de reações que
levam à destruição tecidual.
A placa pode ser:
● Supragengival;
● Subgengival;
● Aderida ao dente ou aos tecidos;
● Não aderida ao dente ou aos tecidos;
Composição microbiana da placa:
● Varia de pessoa para pessoa e de
local para local;
QUAL O OBJETIVO DE PREVENIR E CONTROLAR A DOENÇA
PERIODONTAL?
● Manutenção de um controle efetivo
da placa;
● Sem a colaboração contínua dos
pacientes, o tratamento periodontal
tem pouco sucesso e os resultados
obtidos não duram muito.
PLACA SUPRAGENGIVAL
● Está exposta à saliva e às forças
fisiológicas;
● Mecanismos naturais de
autolimpeza: (ações superficiais -
fraco):
● Movimento da língua;
● Bochechas recobrem as faces
vestibulares;
● Fluxo salivar;
● Fricção mastigatória;
● Para ser controlada tem de ser
removida frequentemente com
métodos ativos:
➔ higiene oral apropriada;
➔ uso mais efetivo de aparelhos
mecânicos de limpeza;
MANUTENÇÃO DA SAÚDE ORAL
● Escovação dentária:
● Meio caseiro mais difundido para
manter a saúde oral:
● Medidas regulares (intervalos
apropriados) e pessoais de remoção
da placa.
● Alto padrão de higiene oral assegura
a estabilidade dos tecidos
periodontais; Gengivite persistente:
fator de risco para a perda de
inserção periodontal e para a perda
dentária.
PLACA SUBGENGIVAL
➔ Controle do biofilme supragengival
↪ Crescimento e a composição da
placa subgengival
↓
microbiota mais saudável e reduz a
formação de cálculo.
➔ Controle diário de placa + remoção
profissional da placa e de cálculo:
↓ Quantidade de biofilme supragengival;
↓Quantidade de MO nas bolsas
moderadamente profundas;
↓ Quantidade de patógenos periodontais.
AUTOCONTROLE DA PLACA
● Egito Antigo - 5.000 anos: escovas
desgastando a ponta de galhos.
● Chineses - primeira escova de dentes
1.600 a.C. (pelos de porcos cabo de
osso ou bambu Hipócrates (460 a 377
a.C.) importância de remover
depósitos das superfícies dentárias.
● Antoine van Leeuwenhoek (1683):
Microscópio material raspado de
seus próprios dentes "pequenos
organismos movendo-se e girando na
massa macia" (primeira descrição do
biofilme dentário)
“Tenho o hábito, pela manhã, de esfregar
os dentes com sal e, então, enxaguar a
boca com água; e, após as refeições,
costumo limpar os dentes posteriores com
um palito de dente, e esfrego duramente o
tecido; por isso, meus dentes, anteriores e
posteriores, permanecem limpos e
brancos, bem como íntegros, comparáveis
aos de poucos homens da minha idade, e
minhas gengivas nunca sangraram”
Antoine van Leeuwenhoek (1683)
Escovaçã�:
● A escovação sozinha não propicia
uma adequada limpeza interdental
só alcança superfícies vestibular,
lingual/ palatina e oclusal.
● Os resultados da escovação
dependem:
1. Desenhoda escova;
2. Habilidade;
3. Frequência
4. Tempo de escovação.
↓
além de
5. Uniformidade da dentição;
6. Atitude;
7. Comprometimento
Uma única escova de dentes não pode ser
adequada a todas as populações.
MOTIVAÇÃO:
Educação da higiene oral:
↓
essencial na prevenção primária da gengivite.
Cooperação entre o paciente e o profissional
de odontologia:
↓
Procurar ensinamentos:
➔ eficiência na remoção da placa;
➔ revisões regulares;
Todos os métodos de escovação são efetivos
↪ Valor real se o paciente preparado para
usar determinada técnica regularmente.
Pacientes motivados → alcançar e sustentar
níveis ideais de controle de placa.
Boa higiene oral→ práticas de saúde globais:
➔ exercícios;
➔ estresse;
➔ dieta e controle de peso;
➔ fumo;
➔ consumo de álcool.
Estabelecer ligação entre saúde oral e saúde
geral→ estilo de vida.
INSTRUÇÃO DE HIGIENE ORAL
Levar em consideração hábitos e habilidades
atuais → estabelecer métodos adequados às
necessidades individuais.
HISTÓRICO DA ESCOVA DE DENTES
● Primeira escova de dentes produzida
em massa - William Addis
(Clerkenwald, Inglaterra, 1780) - Osso
dos restos do jantar e pêlos de
animais;
● Primeira patente americana H. N.
Wadsworth (em 1857)
● Filamentos de náilon - 1938 - Du Pont
Nemerours - Segunda Guerra
Mundial (difícil importar cerdas de
porco selvagem da China)
ESCOVA DE DENTES MANUAL
● Remoção da placa dental, contato
direto entre as cerdas da escova e a
superfície dos dentes e dos tecidos.
● Características de uma escova de
dentes manual ideal são (Egelberg e
Claffey, 1998): Tamanho do cabo
apropriado para idade e destreza do
usuário;
● Tamanho da cabeça apropriado para
as dimensões da boca do paciente;
● Filamentos de poliéster ou de náilon
com extremidade arredondada de
diâmetro não superior a 0,23 mm;
● Cerdas macias;
● Modelo de cerdas que aumentem a
remoção da placa nos espaços
apropriados e ao longo da margem
gengival.
● Características adicionais podem ser:
baixo preço, durabilidade,
impermeabilidade à umidade e fácil
limpeza.
● Padrões de cerda remoção da placa
em áreas de difícil alcance da
dentição (áreas proximais).
● Cerdas planas convencionais;
● Cerdas anguladas, onduladas e
afiladas;
● Escovas multinível (fileiras alternadas
de tufos de cerdas maiores e
menores);
● Escovas dentais de cabeça dupla e
tripla superfícies linguais;
● Cabos: curvos e arredondados
tamanho do cabo apropriado ao
tamanho da mão do usuário;
A melhor escova de dentes é aquela usada
adequadamente pelo paciente
Tipos de cerdas:
● Cerdas macias → mais flexíveis,
limpeza abaixo da margem gengival e
interproximais;
● Cerdas duras → maior retração
gengival.
● Abrasão dentária depende da
maneira que é utilizada e a
abrasividade do dentifrício:
➔ A dureza da cerda não afeta
significativamente o desgaste
das superfícies de esmalte.
● Escovação vigorosa:
➔ Força não é eficaz na
remoção da placa retração
gengival;
➔ defeitos em forma de cunha
cervical ulceração dolorosa
da gengiva.
Recomendações:
➔ Escovas de cerdas de náilon
macias: Limpam de modo
eficaz;
➔ Duração razoável;
➔ Tendem a não traumatizar a
gengiva ou as superfícies
radiculares. Substituir
escovas de dente a cada 3 ou
4 meses;
➔ Se os pacientes perceberem
um benefício quanto a um
determinado modelo de
escova, eles devem utilizá-lo.
ESCOVAS DE DENTE ELÉTRICA
● Imitar as técnicas de escovação -
movimentos para trás e para frente;
Inventada em 1939;
● Princípio de contato mecânico entre
as cerdas e o dente;
● Atualmente, movimentos oscilatórios
e rotatórios;
● Energia sônica movimento dinâmico:
limpeza afastada da ponta das
cerdas; interfere na adesão
bacteriana.
Recomendações:
➔ As escovas de dente elétricas com
movimentos oscilatórios e rotatórios
removem o biofilme da placa e
reduzem ligeiramente o sangramento
gengival, melhor que as escovas
manuais;
➔ Os pacientes que desejam usar
escovas elétricas devem ser
estimulados a fazê-lo;
➔ Instrução quanto ao uso adequado
dos dispositivos elétricos;
➔ Pacientes que não costumam escovar
os dentes, as crianças e os cuidadores
podem beneficiar-se.
DENTIFRÍCIOS:
● Ajudam a limpar e polir as superfícies
dentárias.
● Apresentação: Pastas, pós e géis
dentários;
↓
Pós são mais abrasivos do que as pastas
(95% de materiais abrasivos)
● Composição:
➔ Abrasivos (óxidos de silício, óxidos de
alumínio etc.);
↓
Aumentam a ação abrasiva da escovação em
até 40x (20 a 40% dos dentifrícios).
Preocupação maior raízes expostas.
Dentina 25X mais rápido e o cemento 35X
que esmalte, podendo levar a
hipersensibilidade dentária.
➔ Água;
➔ Umectantes;
➔ Sabão e detergente;
➔ Agentes aromatizantes e adoçantes;
➔ Agentes terapêuticos (fluoretos,
pirofosfatos);
➔ Agentes corantes;
➔ Conservantes.
● Úteis para administrar agentes
terapêuticos nos dentes e na gengiva.
● Fluoretos 1.000 a 1.100 ppm para
alcançar os efeitos de redução de cáries.
● Pirofosfatos: reduz o depósito de novos
cálculos supragengivais em cerca de 30%
● Não afetam os íons fluoreto;
● Não provocam sensibilidade dentária;
● Não afetam a formação de cálculo
subgengival ou a inflamação gengival.
Recomendações:
➔ Aumentam a eficácia da escovação,
mas causam abrasão mínima nas
superfícies radiculares.
➔ Fluoretos e agentes antimicrobianos
proporcionam benefícios para
controlar cáries e gengivite.
➔ Pacientes que formam quantidades
grandes de cálculo supragengival
beneficiam-se do uso de um
dentifrício para controle do cálculo.
Métod� d� escovaçã�
Padrão de movimento durante a escovação:
➔ Rolo: Técnica de Stillman modificada;
➔ Vibratório: técnicas de Stillman,
Charters e Bass (pacientes
periodontais - limpeza sulcular);
➔ Circular: Técnica de Fones;
➔ Vertical: Técnica de Leonard;
➔ Horizontal: Técnica de Scrub.
Higiene direcionada → remoção da placa na
junção dentogengival → para prevenir cáries
e doença periodontal.
"A técnica de escovação ideal é aquela que
permite a remoção completa da placa
dental no menor tempo possível, sem
causar dano aos tecidos"(Hansen e
Gjermo, 1971).
HORIZONTAL - TÉCNICA DE SCRUB
● Método mais comumente utilizado
● Pessoas que nunca receberam
instrução de higiene oral;
● Mais simples;
● Escova posicionada perpendicular à
superfície do dente e aplica-se o
movimento horizontal;
● Superfícies oclusais, linguais e
palatinas são escovadas com a boca
aberta, vestibular com a boca
fechada.
VERTICAL - TÉCNICA DE LEONARD
● Semelhante à técnica de escovação
horizontal;
● Movimento aplicado na direção
vertical usando movimentação para
cima e para baixo.
CIRCULAR - TÉCNICA DE FONES
● Com a boca fechada;
● Escova dentro da bochecha;
● Movimentos rápidos e circulares são
aplicados:
➔ Da gengiva da maxila até a gengiva
da mandíbula,
➔ Leve pressão;
➔ Movimentos horizontais nas
superfícies lingual ou palatina.
VIBRATÓRIA - TÉCNICA DE BASS
● Escova macia paralela ao plano
oclusal (cabeça em 3 a 4 dentes)
● Cerdas na margem gengival (45
graus)
● Pressão vibratória suave
(movimentos curtos para frente e
para trás sem desalojar as pontas das
cerdas).
● A pressão deve ser firme o bastante
para empalidecer a gengiva.
VIBRATÓRIA - TÉCNICA DE STILLMAN
● Massageamento e estimulação
gengival;
● Limpeza das áreas cervicais dos
dentes;
● Cabeça da escova posicionada em
direção oblíqua ao ápice da raiz;
● Cerdas localizadas parcialmente na
gengiva e na superfície dos dentes;
● Leve pressão aplicada com
movimento vibratório sem deslocar a
escova.
VIBRATÓRIA - TÉCNICA DE CHARTERS
Áreas interproximais;
● Escova oblíqua com cerdas voltadas
para a superfície oclusal ou incisal.
● Leve pressão para flexionar as cerdas
em direção aos espaços
interproximais.
● Movimento vibratório com a ponta
da cerda no mesmo lugar.
● Efetivo nos casos de recessão das
papilas interdentais
ROLO - TÉCNICA DE STILLMAN MODIFICADA
● Somatória entre métodos de Bass e
Stillman adicionando movimentos de
rotação.
● Escova posicionada como nas
técnicas de Bass e Stillman.
● Ativação da cabeça da escova na
direção anteroposterior e girada
sobre a gengivae os dentes na
direção oclusal (cerdas alcancem
região interproximal)
FREQUÊNCIA E DURAÇÃO DE ESCOVAÇÃO
● Doença periodontal → qualidade da
limpeza do que à sua frequência;
● Escovação dentária ao menos 2X/dia
(dentifrícios com flúor) → Prevenir
cáries e Frescor oral;
● Desejável → escovação e limpeza
interdental ao mesmo tempo e da
mesma maneira todos os dias.
● "Procedimentos mecânicos de
higiene oral, do modo que são
realizados, pela maioria dos
indivíduos, são insuficientes no
controle da formação da placa
supragengival e na prevenção de
gengivites e de outras formas mais
graves de doença periodontal"
(Sheiham e Netuveli, 2002).
● Duração da escovação dental:
determinante importante da
remoção de placa: 2 minutos ou
mais, independentemente do tipo de
escova usado.
LIMPEZA INTERDENTAL
- Palitos dentais:
- Os palitos de madeira não devem ser
confundidos com palitos dentais
- Escova interdental:
- Escova Unitufo:
Acesso às áreas de bifurcação ou às áreas
isoladas de retração profunda;
Funcionam bem nas superfícies linguais dos
molares e pré-molares mandibulares.
- Fio Dental:
Limpar a superfície proximal inteira,
incluindo as áreas subgengivais acessíveis,
não apenas ser deslizado apicalmente na
área de contato.
MÉTODOS AUXILIARES:
IRRIGADORES ORAIS / JATOS DE ÁGUA
● Forças hidrodinâmicas pulsáteis
retiram os restos alimentares dos
espaços interdentais e das áreas de
retenção de placas.
● Corrente pulsante de líquido pode
penetrar mais profundamente nas
áreas de bolsa.
● Não substituem a remoção mecânica
com escovação.
RASPADORES DE LÍNGUA
● Remoção de resíduos
● Redução da população bacteriana
● Controle da halitose
Efeit� colaterai�
● Força Excessiva: fator parcialmente
responsável pelo trauma de
escovação;
● Para remover depósitos dos dentes:
● Combinação escova–dentifrício; ‣
Rigidez das cerdas.
Control� químic� d� biofilm�
● Pode ser necessário - não são capazes
de controlar o biofilme supragengival
com dispositivos mecânicos.
● Adjuvante aos dispositivos
mecânicos. Reduzem a quantidade
de biofilme e interferem na sua
estrutura, permitindo uma ação mais
efetiva das formulações químicas;
Uso adjuvante mais relevante do que
o uso isolado;
● A maioria dos agentes químicos age
nas partes mais externas do biofilme;
● Clorexidina e óleos essenciais:
capacidade de penetração no
biofilme.
Mecanismo de ação:
Efeito quantitativo (redução do número de
microrganismos) e/ou Efeito qualitativo
(alterando a vitalidade do biofilme).
● Por prevenção da adesão bacteriana;
● Por evitar o crescimento das
bactérias e/ou a coagregação;
● Por eliminar um biofilme já
estabelecido;
● Por alterar a patogenicidade do
biofilme.
Categorias das formulações:
● Agentes antimicrobianos: efeito
bacteriostático ou bactericida;
● Agentes inibidores/redutores da
placa: efeito quantitativo ou
qualitativo sobre a placa que pode ou
não ser suficiente para afetar a
gengivite e/ou a cárie;
● Agentes antiplaca: afetam a placa
suficientemente para mostrarem
benefício em termos de controle da
gengivite e/ou da cárie;
● Agentes antigengivite: reduzem a
inflamação gengival sem
necessariamente afetarem a placa
dental, incluindo os medicamentos
anti-inflamatórios.
Características ideais:
● Especificidade: amplo espectro de
ação contra bactérias, vírus e fungos.
● Eficácia: Eficaz contra microrganismos
da gengivite e da periodontite; ‣
Substantividade: Duração da ação
antimicrobiana;
● Medida do tempo de contato entre o
agente e o substrato em um meio
definido; ‣ Divididos em 3 gerações:
➔ Agentes de primeira geração:
substantividade limitada com tempo
de ação limitado (derivados
fenólicos, extratos de plantas,
fluoretos, compostos de amônia
quaternária e agentes oxidantes);
➔ Agentes de segunda geração: boa
substantividade (Clorexidina);
➔ Agentes de terceira geração:
interferem ou previnem a adesão
bacteriana ou do biofilme.
Antissépticos
● Finalidade de prevenir a formação do
biofilme;
↪ quanto mais longa a duração de
sua ação, mais alta sua atividade;
● Clorexidina → substantividade mais
alta→ efeito antiplaca mais forte.
● Segurança: efeitos secundários
mínimos;
● Estabilidade: ingredientes na
formulação (evitar interferência
entre as moléculas).
15/08/2023 - Marina jung
Doença� Periodontai�
FATORES ETIOLÓGICOS:
- Fatores determinantes: São
imperativos para que a doença
ocorra.
- Fatores Predisponente: Interferem
direta ou indiretamente na retenção
de placa, facilitando a instalação e
progressão da doença;
- Fatores modificadores: Agem
modificando o curso da doença,
podendo piorar ou proteger. Podem
ser locais ou ambientais e sistêmicos.
FATOR DETERMINANTE:
Placa bacteriana ou biofilme
- Comunidade microbiana que se
forma sobre os dentes e outras
superfícies não removíveis presentes
na cavidade bucal (implantes, coroa
unitária, aparelho ortodontico);
- Apresenta metabolismo próprio, e
sistema de informação incipiente,
sendo capazes de troca de
informação entre as colônias;
- Podem ser tanto subgengivais
(dentro da gengiva) ou
supragengivais(fora da gengiva,
visíveis).
Cálculo ou tártaro
- Depósito duro de placa calcificada,
coberto por placa não mineralizada.
- Superfície porosa, dificulta
higienização.
FATORES PREDISPONENTES - ACÚMULO DE CÁLCULO
● Margem de restauração;
● Prótese mal adaptadas;
● Materiais dentais pouco polidos;
● Dentes apinhados;
● Aparelho ortodôntico;
● Tabagismo;
● Má higiene.
FATORES MODIFICADORES
● Respirador bucal;
● Medicamentos (anticonvulsivantes,
anticoncepcionais);
● Diabetes;
● AIDS;
● Fatores genéticos;
● Estresse.
Gengivite medicamentosa
Gengivite por fator genético - Síndrome
Doença� periodontai� - � qu� �?
● As doenças periodontais mais
comuns são a gengivite e a
periodontite;
● Caracterizam-se por processos
inflamatórios que, no caso da da
gengivite, não há alteração óssea,
pois a inflamação atinge só a gengiva.
● Enquanto na periodontite leva a
reabsorção do osso alveolar,
podendo levar a perda do dente.
● O acúmulo de placa/cálculo, devido a
má higienização, é o principal agente
causador das doenças periodontais.
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS
➔ São todas as condições patológicas que
acometem a estruturas do periodonto de
proteção (gengiva livre e gengiva inserida)
e / ou sustentação (osso alveolar,
cemento e ligamento periodontal).
➔ A partir disso, as doenças periodontais
são tidas como um desequilíbrio entre
agressão e defesa nesses tecidos
resultando em reações inflamatórias que
acometem a gengiva (gengivite), que
podem ou não progredir, como o tempo,
para os tecidos de suporte do dente
(periodontite).
Gengivite:
● Tem uma presença universal;
● É uma inflamação da gengiva
marginal de causa bacteriana
(infecção mista inespecífica);
● Pode ser induzida por biofilme ou
NÃO induzida por biofilme;
● Limita-se ao tecido conjuntivo mole
marginal, acima da crista alveolar.
*Clinicamente: manifesta-se por
sangramento à sondagem do sulco gengival
e, nos casos mais graves, por eritema (rubor
da pele pela vasodilatação capilar) e edema
(inchaço), principalmente nas áreas das
papilas.
GENGIVITE - NÃO INDUZIDA POR BIOFILME
● Desordens genéticas e de
desenvolvimento;
● Infecções virais, bacterianas e
fúngicas;
● Condições inflamatórias e imunes
● Processos reacionais;
● Doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas;
● Neoplasias;
● Lesões traumáticas;
● Pigmentação gengival.
- É uma doença causada pela placa
bacteriana, onde ocorre uma
inflamação da gengiva, seguida de
dor e sangramento.
- Não ocorre perda de inserção óssea.
GENGIVITE - SINTOMAS CLÍNICOS
★ Sangramento;
★ Eritema;
★ Aumento de volume por
edemaciamento e hiperplasia
(principalmente nas papilas);
★ Ulceração;
★ Gengiva inchada e avermelhada;
★ A gengiva pode se afastar do dente,
formando uma bolsa periodontal;
★ Mau hálito;
★ Característica de reversibilidade. (é
reversível porque não atinge a parte
óssea)
★ O primeiro sintoma clínico
significantes de uma gengivite é o
sangramento após a sondagem;
★ A sondagem consiste na introdução
da sonda periodontalcom ponta
romba, através do epitélio juncional
até o tecido conjuntivo subepitelial,
que é rico em vasos sanguíneos;
★ Nessa fase inicial, do processo
inflamatório, o eritema normalmente
está ausente;
★ Os sinais da gengivite avançada de
gengivite pode ocorrer sangramento
espontâneo e em alguns casos,
ulcerações;
★ Nos casos mais avançados de
gengivite pode ocorrer sangramento
espontâneo e em alguns casos
ulcerações;
★ Normalmente as gengivites crônicas
não apresentam dor espontânea,
apenas as gengivites agudas
apresentam sintomatologia dolorosa
de forma espontânea.
➢ O grau de manifestação da doença
pode variar conforme a placa
bacteriana - biofilme
(quantidade/qualidade) e de acordo
com a resposta do hospedeiro;
➢ Não são envolvidas estruturas mais
profundas (osso alveolar e ligamento
periodontal);
➢ A gengivite pode evoluir para uma
periodontite, mas isso não é um fator
obrigatório de forma alguma.
Para o diagnóstico preciso na inflamação
gengival, recomenda-se índices que se
baseiam no sangramento do sulco à
sondagem.
Sulco: Histologicamente, a gengiva saudável
apresenta um sulco de, no máximo, 0,5mm.
A sonda, porém, pode penetrar até 2 mmm
no epitélio juncional.
Bolsa gengival: na gengivite, a porção
coronal do epitélio juncional separa-se do
dente. Não há perda de inserção.
Pseudobolsa: O aumento de volume da
gengiva pode formar uma pseudobolsa.
● O limite entre a gengiva saudável e a
gengivite é difícil de estabelecer, pois
mesmo a gengiva com aparência
saudável pode apresentar,
histologicamente, um infiltrado
inflamatório discreto.
● Com o aumento da inflamação clínica
e histológica, ocorre proliferação do
epitélio juncional.
● Este se separa do dente nas áreas
marginais ocorrendo invasão
bacteriana entre a superfície dental e
o epitélio - formação da bolsa
gengival.
Lesão inicial:
● 24 horas após de placa dental;
● Dilatação dos capilares;
● Aumento do fluxo sanguíneo
Lesão precoce:
● 7 dias após a lesão inicial;
● Alterações características da lesão
intensificada;
● Aparecimento de projeção conjuntiva
ou saliência no epitélio juncional;
● Epitélio juncional densamente
infiltrado por neutrófilos;
● Aumenta destruição de colágeno -
fibroblastos demonstram alterações
citopáticas, o que reduz sua
capacidade de produzir colágeno;
Lesão estabelecida:
● Predomínio de plasmócitos: invadem
profundamente o tecido conjuntivo
ao redor dos vasos sanguíneo e entre
os feixes de fibras colágena ;
● Epitélio juncional com espaço
intercelular extremamente alargados;
● Epitélio juncional desenvolve
projeções conjuntivas que se
projetam profundamente no tecido
conjuntivo.
Lesão avançada:
● Ocorre aprofundamento da bolas
pela expansão apical do epitélio
juncional;
● Infiltrado inflamatório propaga-se
também lateralmente,
● É às extensão da lesão para o osso
alveolar;
● Fase de colapso periodontal.
COLOCAR TABELA
COLOCAR IMAGEM DOS ASPECTOS DE
GENGIVA
DIAGNÓSTICO:
● Avaliação do controle de placa;
● Avaliação da presença de
sangramento a sondagem;
● Avaliação da saúde do indivíduo;
● Avaliação de alterações sistêmicas ou
presença de tabagismo que possam
estar influenciando no estão
periodontal.
TRATAMENTO:
Tratamento inicial - adequação do meio oral
(melhora das condições de higiene).
↳ Profilaxia dental para remoção de placa
bacteriana e tártaros iniciais + orientações de
higiene.
↳ Pode ser prescrito enxaguantes bucais ou
clorexidina para bochecho.
↪ Atenção: Clorexidina e/ou medicamento
não são tratamentos para gengivite -
precisa ter remoção mecânica do biofilme.
O principal autocuidado com a saúde bucal é
a higienização dos dentes diariamente, que
tem como objetivo a remoção do biofilme
supragengival.
Periodontite
- A periodontite é uma doença multifatorial
do aparelho de sustentação dental e
normalmente pode se desenvolver de uma
gengivite pré-existente em pacientes com
uma condição imunológica comprometida,
com presença de fatores de risco e
mediadores pró-inflamatórios, bem como a
presença de uma microbiota
predominantemente periodontopatogênica
- A inflamação se estende às estruturas mais
profundas do aparelho de sustentação
dental, ocorrendo, então a destruição de
colágeno e reabsorção óssea;
- O epitélio juncional transforma-se em
epitélio de revestimento da bolsa
periodontal;
- Forma-se, então, uma bolsa que serve como
reservatório e como área de proliferação de
bactérias patogênicas oportunistas, que
perpetuam periodontite e podem ocasionar a
progressão
- Ainda é uma doença de maior
disseminação, mas, felizmente, apenas 5 a
10% de todos os casos são formas agressivas
e de progressão rápida.
Doença que se caracteriza pela inflamação
dos tecidos de sustentação e proteção dos
dentes;
- Acompanhada por perda de inserção óssea.
- Promovida pela placa bacteriana
subgengival.
ANTES X DEPOIS
Tipos de periodontite:
● Periodontite crônica;
● Periodontite Agressiva;
● Doenças periodontais necrosantes.
Periodontite crônica
➢ É a forma mais comum das periodontites;
Desenvolve-se, normalmente, entre os 30
e 40 anos de idade a partir de uma
gengivite;
➢ Pode ser generalizada (em toda a boca) ou
localizada (mais comum), com destruição
nos molares e, em segundo lugar, nos
incisivos inferiores;
➢ A gengiva apresenta inflamação variável e
pode sofrer redução ou espessamento
fibrótico.
➢ Doença inflamatória, infecciosa, crônica e
que atinge uma grande quantidades de
adultos;
➢ Lenta, destruindo a sustentação do dente
sem causar dor;
➢ Fatores de risco (fumo) podem acelerar a
progressão;
➢ Causa principal : placa bacteriana.
Características mais comuns - periodontite
crônica:
● Inflamação gengival;
● Sangramento à sondagem;
● Redução da resistência tecidual;
● Perda de tecido ósseo alveolar;
● Perda de inserção gengival;
● Retrações gengivais;
➔ Fator iniciador: gengivite
➔ Progressão e severidade:
Relacionado ao hospedeiro;
➔ Progressão lenta e contínua.
Fatores de risco:
➔ Tipo bacteriano;
➔ Idade;
➔ Tabagismo;
➔ Resposta do hospedeiro;
➔ Doenças sistêmicas;
➔ Estresse;
➔ Genética.
DIAGNÓSTICO:
● Placa bacteriana: fator primário;
● Caráter multifatorial;
● Estado de saúde do paciente pode
influenciar no estabelecimento e na
progressão da doença;
● Fatores causais e modificadores;
● Determinação da atividade da
doença: definida pela perda de
inserção aliada a sinais inflamatórios
(sangramento e/ou secreção);
● Hábitos nocivos: tabagismo,
alcoolismo, uso de drogas,
sedentarismo e estresse.
TRATAMENTO
● Remoção mecânica da placa, higiene
e educação em saúde bucal;
● Controle da placa subgengival e
supragengival (raspagem e
alisamento radicular);
● Intervenção e controle dos fatores
sistêmicos;
● Pode-se fazer uso de medicamentos e
enxaguantes bucais;
● Cirurgias periodontais. (remodelação
gengival- Para devolver estética e
função.)
O tratamento só controla e impede a
progressão da doença, tecidos
degenerados dificilmente são recuperados.
A periodontite crônica pode ser tratada
com sucesso apenas por meio de
procedimentos mecânicos, mesmo que a
colaboração do paciente não seja ideal.
Periodontite agressiva ou aguda
● Periodontite de progressão rápida;
● Condição rara;
● Frequentemente grave;
● Acomete indivíduos de idade;
● Precoce;
● Padrão hereditário;
● Quantidade de placa bacteriana
desproporcional;
● Mais comum em mulheres do que
em homens; (devido às alterações
hormonais);
● Rápida perda de inserção.
● Os mediadores pró-inflamatórios e os
fatores de risco (fumo, doenças
sistêmicas - como diabetes - tensão
psíquica e o estresse)..................
● O grau de agressividade e a
distribuição da perda de inserção
podem variar consideravelmente.
TRATAMENTO
● Orientação de higiene;
● Instrumentação mecânica associada
ou não à terapia cirúrgica;
● Medicação sistêmica (antibiótico);
● Terapia periodontal de manutenção
periódica.
O diagnóstico precoce garante maiores
chances de sucesso do tratamento, por
isso é de fundamental importância que o
exame periodontal faça parte da rotina do
exame clínico odontológico.
Periodontite necrosanteGengivite ulcerativa necrosante (GUN)
Periodontite ulcerativa necrosante (PUN)
> Progressão rápida;
>Debilitantes;
>Doenças graves causadas por placa e fatores
genéticos.
Recessão/Retração gengival
● A recessão gengival não é
propriamente uma doença, mas uma
alteração, normalmente, morfológica
causada por uma higiene oral
incorreta (força excessiva de
escovação), e, em alguns casos, por
sobrecargas funcionais. Não causa
perda de elementos dentais;
● Pode causar sensibilidade dentinária
e problemas estéticos;
● Inflamação secundária – se atingir a
mucosa oral de revestimento do
fundo do sulco, pois a higienização
não se torna mais possível.
● A migração apical da gengiva sem
inflamação é a maior preocupação
dos pacientes;
● A melhor forma de prevenção da
recessão gengival é através do
procedimento correto da escovação
dental (movimentos circulares e
verticais e, eventualmente, uso de
escovas sônicas).
POSSÍVEIS CAUSAS:
➢ Força demasiada na escovação ou no
uso de fio dental;
➢ Genética;
➢ Posicionamento anormal de algum
dente (sobrecarga mastigatória);
➢ Ranger de dentes/bruxismo;
➢ Trauma tecidual na gengiva;
➢ Saúde bucal insatisfatória.
TRATAMENTO:
● O surgimento de novas retrações ou
o avanço das já existentes podem ser
contidos com a mudança dos hábitos
de higiene;
● Em casos mais severos – Intervenção
cirúrgica com a finalidade de
recobrimento.
Nov� classificaçã� da� doença�
periodontai�
● Ela foi publicada em 2018 no Journal
of Periodontology;
● Essa classificação inclui pela primeira
vez a definição de saúde gengival e
periodontal;
● Através dessa classificação também é
possível diagnosticar tanto saúde
como inflamação gengival em um
periodonto íntegro ou reduzido;
● Segundo essa classificação,
PERIODONTITE CRÔNICA E
AGRESSIVA viraram uma única
entidade: PERIODONTITE, que passou
a ser classificada de acordo com
estágios, graus e extensão.
Os estágios da Periodontite levam em
consideração a severidade e a complexidade
da doença.
ESTÁGIOS DA PERIODONTITE (1 AO 4):
● O nível de severidade de cada um
dos estágios é baseado na perda de
inserção interproximal devido à
periodontite e na perda óssea
marginal;
● Ele é atribuído baseado no dente
mais afetado;
● O nível da complexidade considera a
presença de fatores, tais como:
presença de bolsas periodontais
profundas, defeitos verticais,
envolvimento de furca, mobilidade
dental acentuada, perda de dentes,
deficiência de rebordo e perda da
função mastigatória.
GRAUS DA PERIODONTITE:
● Os graus da periodontite levam em
consideração a evidência ou risco de
progressão e antecipam o risco de
progressão futura;
● Deve-se então inicialmente
considerar uma taxa moderada de
progressão (grau B) e procurar se
existem evidências de uma maior
progressão que justifique a aplicação
do grau C;
● O grau A é aplicado para os casos em
que a doença encontra-se
controlada;
● Se o paciente apresentar fatores de
risco associados com uma maior
progressão da doença ou menor
resposta ao tratamento periodontal,
o grau deve ser aumentado
independentemente dos critérios
primários de taxa de progressão.
22/08
Doença� periodontai� aguda�
Em contraste com a maioria das outras
condições periodontais, a destruição rápida
dos tecidos periodontais pode ocorrer
durante o curso dessas lesões, enfatizando a
importância do rápido diagnóstico e
tratamento (Herrera et al. 2018);
ABSCESSOS
Diferentes fatores etiológicos podem explicar
a ocorrência de abscessos nos tecidos
periodontais, como:
➔ Necrose pulpar (abscesso
endodôntico, periapical ou
dentoalveolar);
➔ Infecções periodontais (abscesso
gengival ou periodontal);
➔ Pericoronarite (abscesso
pericoronário);
➔ Trauma, cirurgia ou impactação de
corpo estranho.
● Os abscessos que afetam o periodonto
classificam-se em Gengival, Periodontal
e Pericoronário;
● Considera-se para diagnóstico diferencial
os tecidos envolvidos, perda de inserção
periodontal, sua localização ao redor de
dentes parcialmente irrompidos.
ABSCESSOS PERIODONTAIS:
● Abscessos periodontais podem ser
definidos como um acúmulo
localizado de pus dentro da parede
gengival da bolsa periodontal, com o
colapso periodontal ocorrendo
durante um período limitado de
tempo e com sintomas clínicos
facilmente detectáveis (Herrera
2000).
● Os abscessos periodontais devem ser
classificados com base em sua
etiologia.
ABSCESSOS PERIODONTAIS ETIOLOGIA E FATORES DE
RISCO:
● Os abscessos podem se desenvolver
na presença ou na ausência de uma
bolsa periodontal pré-existente.
● Pode representar um período de
exacerbação da doença;
● Favorecido pela existência de bolsas
periodontais profundas;
● Presença de envolvimento de furca
ou um defeito vertical – em que o
fechamento marginal da bolsa
poderia levar a uma extensão da
infecção para dentro dos tecidos
periodontais;
● Os abscessos periodontais são
geralmente associados a uma bolsa
periodontal profunda (7,3 a 9,3 mm);
● Sangramento à sondagem e aumento
da mobilidade dentária;
● A perda óssea normalmente é
observada no exame radiográfico.
ABCESSOS PERIODONTAIS/GENGIVAS:
➔ Abscessos periodontais/gengivais
também podem ocorrer em locais
anteriormente saudáveis, devido a:
➔ Impacto de corpos estranhos (fio
dental, elástico ortodôntico, palito,
casca de pipoca);
➔ Hábitos noviços (arame cortante,
roer unhas, apertamento);
➔ Fatores ortodônticos (forças
inadequadas ou mordida cruzada);
➔ Aumento gengival.
Os sintomas mais comuns de abscessos
periodontais são:
➢ Dor;
➢ Sensibilidade da gengiva;
➢ Inchaço ou “elevação” do dente;
➢ Supuração durante sondagem.
ABSCESSO PERICORONÁRIO
● É associado a inflamação da gengiva
que encobre um dente que ainda não
nasceu totalmente, geralmente
associado aos sisos.
● Os sisos nem sempre conseguem
erupcionar corretamente, por falta
de espaço;
● Dessa forma, todo tecido em volta do
dente – gengiva, osso e etc, vai se
formando e se remodelando junto
com a erupção do dente;
● Se ele não nasce direito, por
exemplo, fica só com “metade da
coroa” para fora, a gengiva não se
forma corretamente, deixando um
buraco ali, com propensão de
acúmulo de alimentos e de bactérias.
● Pode ser indolor por um tempo;
● Ocorre inflamação e evolução para
PERICORONARITE – condição aguda,
dolorosa e recorrente (se não houver
tratamento);
● Em alguns casos, o abscesso cresce
tanto que toda vez que o paciente
fechar a boca, vai morder, causando
um trauma local e muita dor.
O abscesso pericoronário é associado a
inflamação da gengiva que encobre um dente
que ainda não nasceu totalmente – sisos.
O abscesso gengival pode ser causado
quando algum alimento ou outro corpo
estranho, ‘fica preso’ na gengiva e causa uma
inflamação local.
O abscesso periodontal é resultado do
acúmulo de pus na região da parede gengival
de uma bolsa periodontal, resultando na
perda óssea alveolar adjacente e destruição
de fibras de colágeno.
GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA
AGUDA
● É uma doença infecto-contagiosa
causada pelo vírus herpes simples;
● Mais comum em crianças de zero a 6
anos de idade;
● Apresenta manifestações clínicas,
normalmente, autolimitadas entre 10
a 14 dias;
● Pode ter associação com pacientes
imunocomprometidos ou
imunologicamente imaturos.
● Caracterizada pelo aparecimento de
manchas vermelhas na superfície da
mucosa da boca e da garganta e que
podem se espalhar para outras
partes, como bochechas, lábios,
língua e amígdalas.
Tratamento:
● Alívio da dor;
● Utilização tópica de aciclovir para
reduzir a gravidade e acelerar o
desaparecimento das lesões;
● Casos mais graves: Aciclovir ou
Valaciclovir e Famciclovir, por via
oral, associado ou não ao tratamento
tópico.
Etiopatogeni� da� doença�
periodontai�
➔ Estudo do que provoca uma doença, uma
patologia.
➔ Análise especializada das causas que
ocasionam o desenvolvimento de certas
doenças.
BIOFILME
● Apresenta características
(organização estrutural e funcional)
que aumentam seu potencial e
conferem particularidades às
doenças relacionadas;
● Entender a placa bacteriana como
um biofilme traz repercussões
relevantespara o entendimento da
etiopatogenia das doenças
periodontais;
● Bem como para o desenvolvimento
de estratégias preventivas e
terapêuticas em Periodontia.
Características universais:
➢ São comunidades microbianas
complexas envoltas por matriz
extracelular.
➢ Sua estrutura facilita o processamento, a
distribuição e a absorção de nutrientes.
➢ Matriz: abriga sistema circulatório
primitivo que permeia o interior do
biofilme e proporciona troca de
nutrientes, metabólitos e moléculas
sinalizadoras entre as diferentes colônias
(comunicação intercelular);
➢ Interação entre as espécies bacterianas
(compartilhamento na produção de
nutrientes e na remoção de produtos
metabólicos inibidores ou tóxicos);
➢ Proporcionam proteção às espécies
colonizadoras (defesa do hospedeiro e
substâncias potencialmente tóxicas, têm
acesso dificultado ou impedido no
interior do biofilme);
➢ Encontrados frequentemente na
natureza, aderidos a superfícies sólidas e
úmidas. Ex.: cascos de navios,
tubulações, pedras/rochas em
mares/rios.
● A placa dental é um biofilme
complexo que se acumula na
superfície dentária coronariamente
ou apicalmente à margem gengival
ou sobre os tecidos de cavidade oral,
provocando cáries, gengivites e
periodontites.
● É uma película transparente e
pegajosa que se forma sobre a
superfície dental, formada através do
acúmulo de bactérias, restos
alimentares e outros microrganismos
que, devido a uma má higienização,
se aderem ao dente.
● A película adquirida é formada a
partir da adsorção (processo pelo
qual moléculas ou íons de um fluído
são atraídos ou retidos numa
superfície sólida) de macromoléculas
da saliva nas superfícies dentárias –
esta estrutura fornece receptores
para os primeiros colonizadores
bacterianos.
ETAPAS E FORMAÇÃO DO BIOFILME
A. FASE DE COLONIZAÇÃO INICIAL
1. Células planctônicas (vivem dispersas
em um meio líquido) ligam-se à
superfície dental por ligações de
baixa afinidade e baixa eficiência;
2. Células adsorvidas (moléculas
aderidas à uma superfície sólida)
ligam-se à superfície através de
interações de maior afinidade e
eficiência, usando adesinas
(complexos proteicos que
reconhecem e se ligam a receptores,
também proteicos, na superfície da
célula do hospedeiro) específicas e
seus respectivos receptores.
COLONIZADORES INICIAIS
> Streptococcus spp (>60%)
> Actinomyces spp
> Veillonella spp
> Gemella spp
> Outros…
B. FASE DE ACUMULAÇÃO OU ESTRUTURAÇÃO
C. FASE DE MATURAÇÃO DO BIOFILME
D. FASE DE DISPERSÃO
Liberação de células bacterianas – Bactérias
associadas ao biofilme retornam à existência
planctônica.
FORMAÇÃO DOS BIOFILMES DENTAIS
A heterogeneidade do biofilme aumenta
gradualmente com o tempo, incluindo um
grande nº de microrganismos gram –
O crescimento resulta em maturação do
biofilme (comunidade clímax):
● Facilita ampla gama de interações
intermicrobianas;
● Trazendo autonomia e independência
a toda a estrutura (comunidade
autossustentável);
● Biofilme maduro: exerce proteção
contra invasão de microrganismos
exógenos;
● Em algumas ocasiões, as células se
desprendem e colonizam outros
locais;
● Perturbações ambientais podem ter
reflexo na composição dos biofilmes;
● A partir do estabelecimento de uma
comunidade clímax, o aumento no
volume e na extensão do biofilme é
resultante da interação entre
biofilme e o meio ambiente.
HIPÓTESE MICROBIANA
Subgrupo + interação positiva + hospedeiro
susceptível = progressão da doença
CONCLUSÃO
A visão atual do papel dos microorganismos
como principal fator etiológico pode ser
resumida como “necessária, mas não
suficiente para causar a doença” ou que “a
doença periodontal é uma mistura específica
de bactérias que causam destruição
periodontal num indivíduo suscetível”
(Offenbacker 1996).
Processo Inflamatório e Resposta
do Hospedeiro
● O fator de risco básico para uma
doença infecciosa é o agente
etiológico;
● Sem o agente etiológico, não há
doença, independente de quais
outros fatores de risco o indivíduo
possua;
● Na maioria dos indivíduos não ocorre
destruição óssea, mesmo com grande
número de microrganismos –
incluindo periodontopatógenos;
● Saúde é o significado de ausência de
patógenos ou presença de
patógenos, mas sem a doença;
● Doença significa presença de
patógenos e manifestação
patológica.
● A evolução da doença periodontal
depende da ocorrência simultânea de
um grande número de fatores;
● O hospedeiro deve estar suscetível
em ambas as partes: a sistêmica e a
local;
● O meio local tem que conter espécies
bacterianas que propiciem a infecção
ou que pelo menos não inibam a
atividade do patógeno;
● Deve ainda contribuir para a
expressão de fatores de virulência do
patógeno;
● A virulência do patógeno ou é
destruída ou leva a lesão dos tecidos
(patógenos devem alcançar número
suficiente para iniciar ou causar a
progressão da infecção no indivíduo
acometido).
COMPOSIÇÃO DOS BIOFILMES DENTAIS
➔ A natureza, a composição e a estrutura
são distintas para os biofilmes
supragengival e subgengival.
➔ As características gerais dos biofilmes
aplicam-se a ambos os tipos.
➔ As condições ecológicas e os fatores que
guiam o seu desenvolvimento são
diferentes, devido, em grande parte, a sua
colonização.
Cálculo Dental - Tártaro
● Biofilme bacteriano mineralizado
(cristais de fosfato de cálcio).
● Supragengival e subgengival:
características semelhantes.
➔ Supra: mineralização a partir de
componentes de saliva.
➔ Sub: mineralização a partir de
componentes do exsudato inflamatório;
remoção mais difícil (mineralização da
película adquirida).
➔ Clinicamente = massa branco-amarelada,
branco-acastanhada ou marrom, de
dureza moderada (supragengival);
➔ Ou - Massa dura de cor marrom ou preta,
de superfície rugosa (subgengival).
➔ É fator retentivo de biofilme (=meio ideal
para aderência bacteriana).
BIOFILME SUPRAGENGIVAL
● O biofilme supragengival está aderido
à superfície dentária e é composto
predominantemente por espécies de
Actinomyces;
● Em sua fase inicial há predominância
de estreptococos e pequena porção
de bacilos Gram +;
● Após o primeiro dia de
desenvolvimento sobre a superfície
dentária, a proporção de
estreptococos diminui em 45%,
enquanto a de cocos Gram –
anaeróbios aumenta
aproximadamente 20%;
● Após o terceiro dia, observa-se que
espécies anaeróbicas e facultativas de
Actinomyces passam a predominar;
● Conforme a placa supragengival de
desenvolve e aumenta em espessura,
as condições ambientais favorecem a
multiplicação de microrganismos
anaeróbios, com a proliferação de
bacilos Gram -, principalmente nas
camadas mais profundas e mais
próximas à superfície dentária.
BIOFILME SUBGENGIVAL
● São mais complexos;
● Separa-se do supragengival por uma
linha tênue ou células planctônicas;
● A espécie predominante é
Actinomyces (assim como no
supragengival), mas em quantidade
muito maior – além das espécies que
compõem o grupo vermelho e laranja;
● As bactérias compreendem cocos
Gram + e Gram -, bastonetes e
organismos filamentosos;
● Espiroquetas e vários outros
microrganismos também podem ser
encontrados especialmente na porção
apical do biofilme;
● A camada superficial é
frequentemente menos densa e os
leucócitos estão regularmente
interpostos entre o biofilme e a
camada epitelial do sulco gengival;
● Quando uma bolsa periodontal é
formada, a aparência do depósito
bacteriano subgengival torna-se mais
complexa;
● Nas porções profundas da bolsa
periodontal, os microrganismos
filamentosos diminuem em número e
na porção parcial parecem
virtualmente ausentes;
● O denso depósito bacteriano próximo
à superfície dentária é dominado por
organismos menores sem uma
orientação definida;
● A microbiota do sulco gengival sadio é
dominada por bactérias Gram + (85%),
mas com o desenvolvimento da
gengivite, verifica-se um aumento no
total dos microrganismos Gram –
(45%) e em periodontite avançada
destacam-se os bacilos Gram – e
microrganismos espiralados
anaeróbios (cerca de 75%);
● O biofilme presente no sulco gengival
entre o dente e a gengiva, se não for
continuamente removidopor
escovação ou fio dental, provoca uma
resposta inflamatória do hospedeiro,
resultando no aumento da secreção
do fluido crevicular (complexa mistura
de substâncias derivadas de soro
sanguíneo, leucócitos, células
estruturais do periodonto e
microrganismos bucais).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
➢ A formação, composição, estrutura e
comportamento do biofilme, fornecem
proteção aos agentes etiológicos de
cáries, gengivites e periodontites contra
agentes químicos e resposta do sistema
imune do hospedeiro;
➢ O conhecimento da etiopatogenia é
importante para guiar atividades clínicas
como prevenção e tratamento das
doenças periodontais (DPs).
➢ Além de possibilitar maior compreensão
das inter-relações entre DPs e doenças
sistêmicas;
➢ A placa bacteriana é crucial para o
processo inflamatório;
➢ A resposta inflamatória varia muito frente
a mesma agressão, sugerindo que a
mesma é a maior fonte de variações
sendo, então, um fator primordial na
etiopatogenia da doença periodontal (Jan
Lindhe, 1997).
29/08/2023
Instrumentai� Periodontai�:
Finalidade dos instrumentais
● Projetados para finalidades
específicas;
● Remoção de cálculo;
● Alisamento das superfícies;
● Curetagem gengival;
● Remoção de tecido doentes;
Classificação dos instrumentos periodontais -
propósitos:
1. Sonda periodontal;
2. Exploradores;
3. Instrumentais de raspagem,
alisamento radicular e curetagem;
-Foices
-Curetas
-Enxadas
-Cinzéis
-Limas
-Instrumentos sônicos e ultrassônicos
4. Endoscópios periodontais;
5. instrumentos de limpeza e polimento
● Material: Aço inoxidável (maioria) ou
aço com alto teor de carbono
(superiores);
● Cada grupo possui recursos
característicos > operam com mais
facilidade;
● Instrumentos pequenos > encaixam
nas bolsas periodontais sem lesionar
os tecidos moles.
Partes de cada instrumento:
● Lâmina (parte) ativa;
● Haste;
● Cabo.
1. sonda periodontal
Função: medir a profundidade das bolsas e
sua configuração
Formato: Finas e a haste é angulada para
permitir a fácil inserção
Sonda típica: instrumentos afilado de forma
cilíndrica, calibrada em milímetros com uma
ponta arredondada e cega.
Modelos com várias calibrações em
milimetros:
Sonda com marcas coloridas : Secção de
3mm;
Sonda da Universidade da Carolina do norte
(UNC-15
Sonda “O” (universidade de Michigan) com
marcações em 3,6 e 8mm
Sonda “O” (Universidade de Michigan)
Sonda OMS - a bolinha tem 0,5mm serve
para ver bem certinho o sulco saudável
Sonda nabers para áreas bifurcadas
curva e romba
marcações codificadas por cor em 3,6,9 e
12mm. TA NO LUGAR CERTO?
Como utilizar?
Para medição de uma bolsa :
Sonda inserida com pressão firme e suave até
o fundo da bolsa
Haste alinhada com o eixo longitudinal do
dente
Várias medições para determinar o nível de
inserção ao longo da superfície do dente
2.Exploradores
localizar depósitos subgengivais e área
cariadas
verificar a lisura de superficies radiculares
após o alisamento radicular
3. Instrumentais de raspagem e curetagem
5 tipos:
A) Foices;
B) Curetas;
C) Enxadas (tem um apoio maior para
também quebrar o cálculo)
D) Cinzéis;
E) Limas(esmagar cálculo).
Foices - (supra gengival)
● Forma triangular, dupla borda
cortante e extremidade pontiaguda;
● Remoção de cálculo supragengival;
● Cuidado para não danificar tecidos
gengivais- desenho do instrumental;
● Movimento de tração (apoia o
material e puxa o cálculo para cima).
● A escolha da foice depende da área
de raspagem
● Dentes anteriores e pré-molares:
foice em hastes retas;
● Dentes posteriores: foice com haste
angulada;
Curetas- (sub ou supra gengival mas
principalmente subgengival)
● Instrumentos de escolha para
remoção de cálculo sub gengival,
alisamento radicular e remoção do
revestimento de tecido mole da bolsa
periodontal;
● Bom acesso às bolsas profundas;
● Mínimo trauma aos tecidos moles;
● Formato:
● Duas extremidades ativas
● Uma borda cortante (lâmina curva) e
uma Ponta arredondada
● Mais fina que as foices
● Não possui pontas ou cantos afiados.
Dois tipos básicos:
Universal:
Servem na maioria das áreas da dentição.
● Bordas cortantes podem ser inseridas
na maioria das áreas da dentição -
mão do operador;
● Face da lâmina 90° (perpendicular)
em relação à haste (corte transversal
a partir da ponta);
● Lâmina curva;
● Variação: - Tamanho da lâmina,
Ângulo e comprimento da haste.
➔ Curetas McCall 13-14
➔ Curetas McCall 17-18
Área específica:
Conjunto de instrumentais para áreas
anatômicas específicas.
Curetas de Gracey
● Melhores instrumentos de raspagem
subgengival e alisamento radicular
melhor adaptação à complexa
anatomia radicular.
● Lâmina ângulo de 60 a 70 graus
em relação à haste inferior inserção
na posição → precisa para
raspagem subgengival e alisamento
radicular → haste inferior paralela
ao eixo longitudinal da superfície do
dente a ser raspado;
● Lâmina curva da cabeça aos pés e
também ao longo da lateral da borda
cortante → só é possível utilizar um
movimento de tração.
● Extremidade dupla:
➔ Gracey números 5-6: dentes
anteriores e pré molares;
➔ Gracey números 7-8: dentes
posteriores vestibulares e
linguais;
➔ Gracey números 11-12:
dentes posteriores – mesiais;
➔ Gracey números 13-14:
dentes posteriores - distais.
Curetas com Haste Estendida (After Five)
● Modificações da cureta de Gracey
padrão;
● Lâmina afinada;
● Haste terminal 3 mm mais comprida
alcançar as bolsas periodontais mais
profundas;
Curetas com Mini Lâminas (Mini Five)
● Modificações das curetas After Five;
● Lâminas metade do comprimento
↳ Inserção e adaptação mais fácil nas
bolsas profundas e estreitas;
↳ Nas bifurcações;
↳ Locais de difícil acesso.
● Menor distensão tecidual e trauma
tecidual.
Curvetas de Gracey
● 50% menor que cureta de Gracey
convencional;
● Lâmina curvada ligeiramente para
cima
● Raspador de Morse, uma foice em
miniatura
Curetas Langer e Mini-Langer
Conjunto de 3 curetas:
↳ Haste da cureta de Gracey + padrão lâmina
universal 90°;
● Cureta de Langer 5-6: mesial e distal
dos anteriores;
● Cureta de Langer 1-2: mesial e distal
dos inferiores posteriores;
● Cureta de Langer 3-4: mesial e distal
dos superiores posteriores;
● Podem ser adaptados à mesial e
distal sem mudar de instrumento;
● Disponíveis com haste estendida
(After Five) e com mini lâminas (Mini
Five).
Captores Periodontais de Schwartz
● Instrumentos Magnetizados;
● Dupla extremidade;
● Recuperação de pontas fraturadas de
instrumentos na bolsa periodontal.
Instrumentos Plásticos e de Titânio para
Implantes
● Evitar marcas ou danos permanentes
nos implantes;
Enxadas
● Remoção de saliências ou anéis de
cálculo;
● Lâmina inclinada em um ângulo de
99 graus;
● Borda cortante biselada em 45 graus;
● Lâmina curvada contato constante
com dois pontos de uma superfície
convexa;
● Parte posterior da lâmina
arredondada;
● Lâmina reduzida à espessura mínima
(acesso às raízes sem a interferência
dos tecidos adjacentes).
Modo de usar:
1. Lâmina inserida na base da bolsa
periodontal (contato em dois pontos com o
dente);
2. Movimento de tração na direção da coroa;
Limas
Função:
● Fraturar ou esmagar grandes
depósitos de cálculo firme;
● Utilização inadequada: escavar e
tornar rugosas superfícies
radiculares;
● Não são adequadas para raspagem
delicada e alisamento radicular
Limas Diamantadas
● Acabamento final das superfícies
radiculares.
● Não possuem bordas cortantes
(revestidas com diamante de
baixíssima granulação);
● Bastante abrasivas -
sobreinstrumentação (pressão leve e
uniforme);
● Conseguem produzir uma superfície
radicular lisa, uniforme, limpa e
altamente polida.
Cinzéis
● Projetado para as superfícies
proximais reduzidos (região anterior).
● Dupla extremidade: haste curva em
uma extremidade e uma haste reta
na outra;
● Lâminas ligeiramente curvas e borda
cortante reta angulada em 45°;
Uso:
● Inserido a partir da superfície
vestibular;
● Lâmina curvada estabilização na
superfície proximal;
● Movimento de empurrar.
Curetas de Furca de Quétin
● Enxadas com pequeno raio em
meia-lua que se encaixa no tetoou
no assoalho da furca;
● Curvatura da ponta encaixa nas
depressões de desenvolvimento ou
na porção interna das raízes;
● Removem cálculo das reentrâncias da
furca.
4. Endoscópios periodontais
● Utilização subgengival no diagnóstico
e tratamento da doença periodontal;
● Periscópio encaixa-se nas sondas
periodontais e nos instrumentos
ultrassônicos projetados;
● Irrigação e fibra óptica com fonte
luminosa visualização durante a
exploração e instrumentação
subgengival.
● Visualização clara e profunda das
bolsas subgengivais e das
bifurcações.
5. Instrumentos de limpeza e polimento
Taças de Borracha:
● Concha de borracha com ou sem
estrias no interior oco;
● Pasta de limpeza e polimento com
flúor - granulação fina, média e
grossa (úmida para minimizar o calor
de fricção);
Escovas de Cerdas:
● Formas de roda e taça;
● Uso na coroa (cuidado com lesões em
cemento e gengiva);
Fita Dental:
● Fita dental com pasta de polimento
● Polir as proximais inacessíveis a
outros instrumentos;
● Passada na direção interproximal,
movimento firme vestibulolingual.
Polimento com Jato de Ar:
● Suspensão de água morna e
bicarbonato de sódio impulsionados
por um jato de ar, para polimento;
● Eficaz na remoção das manchas
extrínsecas e depósitos moles;
Cuidados:
● Efeito abrasivo perda de substância
dentária;
● Dano ao tecido gengival;
● Cuidado com pacientes com doenças
respiratórias, hipertensos e
hemodiálise.
Pós de polimento contendo glicina;
Princípi� d� instrumentaçã� e�
periodonti�:
Pré-requisitos fundamentais para uma
correta instrumentação:
1. Acessibilidade: Posição adequada
do paciente e do operador
2. iluminação
3. visibilidade ideal
4. condição do instrumento
consciência constante do dente e das
características morfológicas da raiz e da
condição dos tecidos periodontais
Conceitos básicos adaptação do
instrumental:
● Apreensão;
● Apoio do dedo; → Dominar as
habilidades de manuseio do
instrumento.
● Adaptação;
● Angulação;
● Movimento.
1) Acessibilidade: Posicionamento do Paciente e do
Operador
➔ Se inadequado impede a
instrumentação total, cansa o
operador e diminui a eficácia;
Cirurgião-dentista:
● Sentado, posicionado com os pés
totalmente apoiados no chão e suas
coxas paralelas ao solo;
● Precisa observar o campo de
operação mantendo as costas retas e
a cabeça ereta.
Paciente:
● Arcada superior: erguer ligeiramente
o mento (proporcionar visibilidade e
acessibilidade ideais);
● Arcada inferior: baixar o mento até a
mandíbula ficar paralela ao chão.
2) Visibilidade, Iluminação e Afastamento
● Visão direta com iluminação direta
(sempre que possível);
● Visão indireta com espelho bucal
(quando não possível visão direta);
Afastamento → visibilidade, acessibilidade e
iluminação.
1. Espelho para afastar os lábios e a
bochecha;
2. Dedos da mão não operacional para
afastar os lábios;
3. Espelho para afastar a língua; 4.
Combinações dos métodos.
3) Condição e Afiação dos Instrumentos
● Limpos, estéreis e em boa condição;
● Extremidades ativas afiadas
↳ melhoram a sensibilidade tátil,
precisão e eficiência;
● Instrumentos cegos remoção
incompleta do cálculo e trauma
tecidual;
Manutenção de um Campo Limpo
Sugador de saliva:
● Saliva em excesso prejudica a
instrumentação visibilidade e apoio;
● Sangramento gengival → inevitável
(instrumentação subgengival).
● Irrigação com água;
● Ar comprimido e gaze → facilitar a
inspeção visual abaixo da margem
gengival:
➔ Jato de ar direcionado na
bolsa afasta a margem
gengival retraída;
➔ Pressão suave compressa de
gaze dentro bolsa.
Estabilização do Instrumento
Empunhadura do instrumento e o apoio
digital→ Controle dos movimentos;
Empunhadura de caneta modificada:
● Seguro pelo polegar, dedo indicador
e dedo médio (como se segura uma
caneta);
● Polpa do dedo médio apoiado na
haste do instrumento (aumenta
sensibilidade);
● Dedo indicador posicionado acima do
dedo médio, no mesmo lado do
cabo;
● Polpa do polegar entre os dedos
médio e indicador no lado oposto do
cabo;
● Triângulo de forças (efeito tripé):
melhora o controle, (evita girar)
● Permite que o clínico gire o
instrumento em graus precisos com o
polegar contra os dedos indicador e
médio para adaptar a lâmina às
mudanças mais sutis no contorno do
dente;
Empunhadura com a palma e o polegar:
● Estabilizar os instrumentos durante a
afiação;
● Manipular seringas de ar e água;
● Não recomendada para a
instrumentação periodontal;
●
Apoio Digital
● Estabilizar a mão e o instrumento;
● Previne lesões e laceração à gengiva
aos tecidos circundantes;
● Quarto dedo (anelar) ou o terceiro
dedo (médio) para o apoio digital;
● Controle máximo dedo médio
mantido entre a haste do
instrumento e o quarto dedo;
● Ação punho-antebraço ativa a ação
de trabalho máxima;
● Classificação dos apoios:
➔ 1. Apoios digitais intra orais:
próximos à área de trabalho;
➔ 2. Fulcros extraorais.
1. Intraoral
Convencional: apoio nas superfícies dentárias
imediatamente adjacentes à área de
trabalho;
Arco Cruzado: O apoio digital é estabelecido
nas superfícies dentárias no outro lado da
mesma arcada.
Arco oposto: O apoio digital é estabelecido
nas superfícies dentárias no arco oposto
Dedo no dedo: O apoio digital é estabelecido
no dedo indicador ou polegar da mão não
operatória
Fulcros extraorais:
● Instrumentação eficaz de algumas
porções dos dentes posteriores
superiores;
● Não são “apoios digitais;
● Máximo das superfícies anteriores ou
posteriores dos dedos é colocado na
face do paciente.
Palma para cima: Apoio das costas dos dedos
médio e anelar na pele que recobre a porção
lateral da mandíbula no lado direito da face;
Palma para baixo: apoia-se as superfícies
frontais dos dedos médio e anelar sobre a
pele que recobre a porção lateral da
mandíbula no lado esquerdo da face
Reforço do polegar; ‣ Intra e extraoral
ativação do instrumento
Adaptação:
● Acomodar a ponta ativa do
instrumento conforme o contorno da
superfície dentária;
● Evitar trauma aos tecidos moles e às
superfícies radiculares;
● Assegurar a eficácia máxima da
instrumentação;
Angulação:
● Ângulo entre a lâmina e a superfície
dentária. (relação dente-lâmina);
● Essencial para a remoção eficaz do
cálculo;
● Inserção subgengival da lâmina
(cureta) angulação próximo a 0 grau;
● Durante a raspagem e o alisamento
radicular: angulação ideal é entre 45
e 90°;
Pressão Lateral:
Pressão criada quando a força é aplicada
contra a superfície de um dente com a borda
cortante de um instrumento com lâmina; ‣
Firme, moderada ou leve; ‣ Remoção do
cálculo: pressão inicial firme sendo reduzida
progressivamente; ‣ Alisamento radicular:
pressão leve
Movimentos
1. Movimento exploratório;
2. Movimento de raspagem;
3. Movimento de alisamento radicular;
Ativados por tração ou pressão (vertical,
oblíqua ou horizontal;
Direção, comprimento, pressão e número de
movimentos necessários para raspagem ou
alisamento radicular são determinados por
quatro fatores principais:
1. posição e tônus gengival;
2. profundidade e forma da bolsa;
3. contorno dentário;
4. quantidade e natureza do cálculo ou
rugosidade.
1. Movimento exploratório:
● Movimento leve;
● Sondas e exploradores;
● Avaliar as dimensões da bolsa e
detectar cálculo e irregularidades da
superfície dentária;
● Instrumentos com lâmina:
instrumento é seguro levemente e
adaptado com uma leve pressão
contra o dente para obter a
sensibilidade tátil máxima.
2. Movimento de raspagem
● Movimento de tração curto e
poderoso; ‣ Instrumentos com
lâmina;
● Remoção do cálculo supragengival e
subgengival;
● Músculos dos dedos e mãos
tensionados em empunhadura
segura;
● Borda cortante envolve a borda
apical do cálculo e o desloca com
movimento firme na direção
coronária;
● O movimento de raspagem deve ser
iniciado no antebraço e transmitido
do punho para a mão com uma
ligeira flexão dos dedos; ‣ Rotação do
pulso sincronizada com o movimento
do antebraço.
3. Movimento de alisamento radicular
● Movimento de tração leve;
● Polimento e alisamento da superfície
radicular;
●Curetas: mais eficazes e versáteis
para esse procedimento;
● Série contínua de movimentos de
raspagem longos e sobrepostos;
● À medida que a superfície fica lisa e a
resistência diminui, a pressão lateral
é reduzida progressivamente.
Princípi� d� Raspage� � Alisament�
Radicular:
● Definições e Fundamentação Lógica
Raspagem: processo pelo qual o biofilme e o
cálculo são removidos das superfícies
dentárias supragengivais e subgengivais.
Alisamento radicular: processo pelo qual o
cálculo residual incrustado e partes do
cemento são removidos das raízes para
produzir uma superfície lisa, dura e limpa.
● Objetivo raspagem e alisamento
radicular: Restabelecer saúde
gengival.
↓
● Reduz número de MO subgengivais;
● Mudança na composição do biofilme
subgengival;
● Redução ou eliminação clínica da
inflamação.
Manutenção através da Terapia
periodontal de suporte
Biofilme e cálculo→ inflamação gengival;
● Esmalte → depósitos aderidos
superficialmente e não presos às
irregularidades;
● Raspagem é suficiente para remover
completamente o biofilme e o cálculo
do esmalte
● Superfícies radiculares → depósito
incrustados nas irregularidades do
cemento. (Raspagem do cálculo e
uma parte da superfície radicular).
● Cálculo subgengival é poroso (abriga
bactérias e endotoxinas);
● Dentina exposta → bactérias nos
túbulos dentinários (Raspagem do
cálculo e uma parte da superfície
radicular).
Habilidades de Detecção
● Detecção visual do cálculo → Boa
iluminação e um campo limpo
● Supragengival;
● Subgengival logo abaixo da margem
gengival; Exploração tátil das
superfícies dentárias: Nas áreas
subgengivais da profundidade da
bolsa;
● Nas furcas → Requer uso hábil de um
explorador ou sonda:
Interpretação do grau de aspereza.
● Nas depressões de desenvolvimento.
Diferenças entre as Técnicas de Raspagem
Supragengival e Subgengival
1) Raspagem Supragengival
● Cálculo supragengival → menos
firme e menos calcificado que o
cálculo subgengival.
● Instrumentação coronária à margem
gengival:
➔ Movimentos não são
confinados pelos tecidos
circundantes;
➔ Adaptação e angulação mais
fáceis;
➔ Visibilidade direta;
➔ Liberdade de movimento.
● Foices, curetas e instrumentos
sônicos e ultrassônicos (mais
frequentes);
● Enxadas e cinzéis (menos
frequentes).
2) Raspagem Subgengival
● Raspagem subgengival e o
alisamento radicular são muito mais
complexos e difíceis;
● Cálculo subgengival → mais duro e
firme, preso nas irregularidades
radiculares;
● Tecido sobrejacente dificulta a
instrumentação subgengival;
↳ Visão fica obscurecida pelo
sangramento → sensibilidade tátil
(cálculo e irregularidades);
● Curetas (mais utilizadas);
● Foices, enxadas, limas e instrumentos
ultrassônicos.
Abordagen� d� instrumentaçã� n�
diferente� s�tante�
Sextante superior posterior direito: face vestibular
● Posição do operador: Posição lateral;
● Iluminação: Direta;
● Visibilidade: Direta (indireta para
superfícies distais dos molares);
● Afastamento: Espelho ou dedo
indicador da mão não operante;
● Apoio digital: Extraoral, palma para
cima.
Sextante superior posterior direito: Pré-molares:
face vestibular
● Posição do operador: Posição lateral
ou posterior;
● Iluminação: Direta;
● Visibilidade: Direta;
● Afastamento: Espelho ou dedo
indicador da mão não operante;
● Apoio digital: Intraoral, palma para
cima. Dedo anelar nas superfícies
oclusais dos dentes superiores
posteriores adjacentes.
Sextante superior posterior direito: face palatina
● Posição do operador: Posição lateral
ou frontal;
● Iluminação: Direta e indireta;
● Visibilidade: Direta ou indireta;
● Afastamento: Nenhum;
● Apoio digital: Extraoral, palma para
cima.
Sextante superior posterior direito: face palatina
● Posição do operador: Posição frontal;
● Iluminação: Direta;
● Visibilidade: Direta;
● Afastamento: Nenhum;
● Apoio digital: Intraoral, palma para
cima, dedo no dedo. O dedo
indicador da mão não operante nas
superfícies oclusais dos dentes
superiores posteriores direitos; dedo
anelar da mão operante no dedo
indicador da mão não operante.
Sextante superior anterior: face vestibular,
superfícies afastadas do operador
● Posição do operador: Posição
posterior;
● Iluminação: Direta;
● Visibilidade: Direta;
● Afastamento: Dedo indicador da mão
não operante;
● Apoio digital: Intraoral, palma para
cima. Dedo anelar na borda incisal ou
superfície oclusal dos dentes
superiores adjacentes.
Sextante superior anterior: face vestibular,
superfícies próximas do operador
● Posição do operador: Posição frontal;
● Iluminação: Direta;
● Visibilidade: Direta;
● Afastamento: Dedo indicador da mão
não operante;
● Apoio digital: Intraoral, palma para
baixo. Dedo anelar na borda incisal
ou superfície oclusal ou vestibular
dos dentes superiores adjacentes.
Sextante superior anterior: face palatina
● Posição do operador: Posição
posterior;
● Iluminação: Indireta;
● Visibilidade: Indireta;
● Afastamento: Nenhum.
● Apoio digital: Intraoral, palma para
cima. Dedo anelar na borda incisal ou
superfície oclusal dos dentes
superiores adjacentes.
Sextante superior posterior esquerdo: face
vestibular
● Posição do operador: Posição lateral
ou posterior;
● Iluminação: Direta ou indireta;
● Visibilidade: Direta ou indireta;
● Afastamento: Espelho.
● Apoio digital: Extraoral, palma para
baixo.
Sextante superior posterior esquerdo: face
vestibular
● Posição do operador: Posição
posterior ou lateral;
● Iluminação: Direta ou indireta; ‣
Visibilidade: Direta ou indireta;
● Afastamento: Espelho.
● Apoio digital: Intraoral, palma para
cima. Dedo anelar na borda incisal ou
na superfície oclusal dos dentes
superiores adjacentes.
Sextante superior posterior esquerdo: face palatina
● Posição do operador: Posição lateral
ou frontal;
● Iluminação: Direta;
● Visibilidade: Direta;
● Afastamento: Nenhum;
● Apoio digital: Intraoral, palma para
cima. Dedo anelar nas superfícies
oclusais dos dentes superiores
adjacentes.
Sextante inferior posterior esquerdo: face
vestibular
● Posição do operador: Posição lateral
ou posterior;
● Iluminação: Direta;
● Visibilidade: Direta ou indireta;
● Afastamento: Dedo indicador ou
espelho da mão não operante;
● Apoio digital: Intraoral, palma para
baixo. Dedo anelar na borda incisal
ou na superfície oclusal ou vestibular
dos dentes inferiores adjacentes.
Sextante inferior posterior esquerdo: face lingual
● Posição do operador: Posição frontal
ou lateral;
● Iluminação: Direta e indireta;
● Visibilidade: Direta;
● Afastamento: Espelho afasta a língua;
● Apoio digital: Intraoral, palma para
baixo. Dedo anelar na borda incisal
ou na superfície oclusal dos dentes
inferiores adjacentes.
Sextante inferior anterior: face vestibular,
superfícies próximas do operador
● Posição do operador: Posição frontal;
‣ Iluminação: Direta;
● Visibilidade: Direta;
● Afastamento: Dedo indicador da mão
não operante;
● Apoio digital: Intraoral, palma para
baixo. Dedo anelar na borda incisal
ou na superfície oclusal dos dentes
inferiores adjacentes.
Sextante inferior anterior: face vestibular
● Posição do operador: Posição
posterior;
● Iluminação: Direta;
● Visibilidade: Direta;
● Afastamento: Dedo indicador ou
polegar da mão não operante;
● Apoio digital: Intraoral, palma para
baixo. Dedo anelar na borda incisal
ou na superfície oclusal dos dentes
inferiores adjacentes.
Sextante inferior anterior: face lingual
● Posição do operador: Posição
posterior;
● Iluminação: Direta e indireta;
● Visibilidade: Direta e indireta;
● Afastamento: Espelho afasta a língua;
● Apoio digital: Intraoral, palma para
baixo. Dedo anelar na borda incisal
ou na superfície oclusal dos dentes
inferiores adjacentes.
Sextante inferior posterior direito: face vestibular
● Posição do operador: Posição lateral
ou frontal;
● Iluminação: Direta;
● Visibilidade: Direta;
● Afastamento: Espelho ou dedo
indicador da mão não operante;
● Apoio digital: Intraoral, palma para
baixo. Dedo anelar na borda incisal
ou na superfície oclusal dos dentes
inferiores adjacentes.
Sextante

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