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Guanabara Koogan. 6.ed. 2018. Tratado de periodontia clínica e implantologia oral Periodontia LINDHE, Jan William Santos @odontocomwill Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 1 Conteúdos Cálculo dental (pág. 21) Raspagem e alisamento radicular (pág. 23) Rebordo alveolar edêntulo (pág. 27) Instrumentais em cirurgia periodontal (pág. 29) Preenchimento do periograma (pág. 31) Nova classificação da doença periodontal (pág. 36) Anatomia Gengiva (pág. 13) Prevalência das doenças periodontais (pág. 19) Métodos de exame e sistema de índices (pág. 16) Fatores de risco para periodontite Avaliação radiográfica da perda do osso alveolar (pág. 17) Antecedentes não modificáveis (pág. 19) Introdução (pág. 2) Avaliação das necessidades de tratamento periodontal (pág. 18) Antecedentes ambientais, adquiridos e comportamentais (pág. 20) Gengiva (pág. 2) Ligamento periodontal (pág. 6) Cemento radicular (pág. 7) Osso do processo alveolar (pág. 8) Suprimento sanguíneo (pág. 10) Sistema linfático (pág. 12) Nervos (pág. 12) Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 Anatomia William Santos @odontocomwill 2 Periodonto: Função: Desenvolvimento: (peri = em torno de; odonto = dente) compreende os seguintes tecidos: a gengiva, o ligamento periodontal, o cemento radicular e (4) o osso alveolar propriamente dito. O ABP (osso alveolar propriamente dito) recobre o alvéolo dentário e é contínuo com o osso alveolar; nas radiografias, é visualizado como uma lâmina dura. inserir o dente no tecido ósseo da maxila e da mandíbula e manter a integridade da superfície da mucosa mastigatória da cavidade oral. começa no início da fase embrionária, quando as células da crista neural (do tubo neural do embrião) migram para o primeiro arco branquial e então: 1) Células da crista neural formam uma faixa de ectomesênquima abaixo do epitélio do estomodeu (cavidade oral primitiva); 2) Após as células não comprometidas da crista neural atingirem sua localização no espaço mandibular, o epitélio do estomodeu libera fatores que iniciam a interação do epitélio com o ectomesênquima; 3) Após a formação da lâmina dental, ocorrem processos (estágio de botão, estágio de capuz, estágio de campânula e desenvolvimento da raiz) que resultam na formação de um dente e seus tecidos periodontais, incluindo o osso alveolar propriamente dito; 4) Durante o estágio de capuz, células ectomesenquimais condensam-se em relação ao epitélio oral (o órgão dental), formando a papila dentária, que dá origem à dentina e à polpa, e o folículo dentário, que origina os tecidos periodontais de suporte. Anatomia macroscópica: A gengiva é a parte da mucosa mastigatória que cobre o processo alveolar e circunda a porção cervical dos dentes Ela consiste em uma camada epitelial e um tecido conjuntivo subjacente, chamado de lâmina própria Na direção coronal, a gengiva de cor rósea termina na margem gengival livre, que possui um contorno festonado No sentido apical, a gengiva é contínua com a mucosa alveolar (mucosa de revestimento), que é frouxa e de cor vermelha mais escura, da qual a gengiva em geral é separada por uma linha limitante facilmente reconhecida, chamada de junção mucogengival (setas). IntroduÇão Gengiva Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 3 Gengiva livre: Gengiva inserida: é de cor rósea, tem a superfície opaca e consistência firme. Compreende o tecido gengival das partes vestibular e lingual ou palatina dos dentes. Pelos lados vestibular e lingual dos dentes, a gengiva livre estende-se a partir da margem gengival, no sentido apical, até o sulco gengival livre, que está localizado em um nível correspondente à junção cemento – esmalte. é demarcada pela junção mucogengival (MGJ) na direção apical. Gengiva interdentária (papila interdental): Epitélio oral: Camada basal Camada espinhosa Camada granulosa Camada queratinizada é determinada pelas relações de contato entre os dentes. Em virtude das papilas interdentais, a margem gengival livre apresenta um contorno festonado mais ou menos acentuado em toda a dentição. O limite entre o epitélio oral (OE) e o tecido conjuntivo subjacente (CT) tem um trajeto ondulado. As partes do tecido conjuntivo que se projetam para o epitélio são chamadas de papilas do tecido conjuntivo (CTP) e são separadas por cristas epiteliais (ER). O epitélio oral é pavimentoso, estratificado e queratinizado, podendo ser dividido nas seguintes camadas celulares segundo o grau de diferenciação das células produtoras de queratina (estrato basal ou germinativo) é na camada basal que o epitélio é renovado? Encontram-se imediatamente adjacentes ao tecido conjuntivo e são separadas desse tecido pela membrana basal (estrato espinhoso) consiste em 10 a 20 camadas de células dotadas de prolongamentos citoplasmáticos curtos que se assemelham a espinhos. Existem numerosos desmossomos e melanócitos (estrato granuloso) grânulos de querato-hialina (estrato córneo). A margem gengival livre é, com frequência, arredondada, de tal modo que uma pequena invaginação, ou sulco, é formada entre o dente e a gengiva. Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 4 Quando não há núcleos nas camadas celulares externas, o epitélio é denominado ortoqueratinizado. Quando contêm restos de núcleos, o epitélio é denominado paraqueratinizado. Além das células produtoras de queratina, que correspondem a cerca de 90% da população celular total, observa-se que o epitélio oral contém, ainda, os seguintes tipos de células: Melanócitos, Células de Langerhans, Células de Merkel e Células inflamatórias. Queratinócito: sofre diferenciação contínua em seu trajeto da camada basal até a superfície do epitélio. Assim, após deixar a membrana basal, o queratinócito não consegue mais se dividir, mantendo, contudo, a capacidade de produção de proteínas (tonofilamentos e grânulos de querato-hialina). Na camada granulosa, o queratinócito é privado de seus sistemas de produção de energia e proteína (provavelmente por degradação enzimática) e é bruscamente transformado em uma célula preenchida por queratina, que, na camada córnea, é descamada da superfície epitelial. Fibroblastos: a célula predominante do tecido conjuntivo e está relacionado com a produção de vários tipos de fibras encontradas no tecido conjuntivo e participa na síntese da matriz. Mastócito: responsável pela produção de determinados componentes da matriz e produz substâncias vasoativas que podem afetar a função do sistema microvascular e controlar o fluxo de sangue através dos tecidos. Macrófago: Desempenha várias funções de fagocitose e síntese no tecido. à esquerda está o esmalte (E). À direita são observados o epitélio juncional (JE), o epitélio sulcular oral (OSE) e o epitélio oral (OE). O epitélio sulcular oral reveste o sulco gengival raso, localizado entre o esmalte e a parte superior da gengiva livre. Região dentogengival: Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 5 O epitélio juncional difere morfologicamente do epitélio sulcular oral e do epitélio oral, enquanto esses dois últimos são estruturalmente muito semelhantes. Embora possam ocorrer variações individuais, o epitélio juncional em geral é mais largo em sua porção coronal (cerca de 15 a 20 células), tornando-se mais fino (3 a 4 células) em direção à junção cemento–esmalte (CEJ). Na região limítrofe entre o epitélio juncional e o tecido conjuntivo subjacente não há cristas interpapilares epiteliais, exceto quando há inflamação. Fibras reticulares: exibem propriedadesargirofílicas e são numerosas no tecido adjacente à membrana basal. Todavia, as fibras reticulares também ocorrem em grande número no tecido conjuntivo frouxo que circunda os vasos sanguíneos. Assim, as fibras reticulares são encontradas nas interfaces epitélio–tecido conjuntivo e endotélio–tecido conjuntivo. Fibras oxitalânicas: Fibras elásticas: Fibras colágenas: são escassas na gengiva, porém numerosas no ligamento periodontal. São compostas por fibrilas delgadas e longas. Seu trajeto é sobretudo paralelo ao longo eixo do dente. A função dessas fibras ainda é desconhecida. Fibras elásticas: estão no tecido conjuntivo da gengiva e do ligamento periodontal, encontradas apenas em associação com vasos sanguíneos. A lâmina própria e a submucosa da mucosa alveolar (de revestimento) contêm numerosas fibras elásticas. estão no tecido conjuntivo da gengiva e do ligamento periodontal, encontradas apenas em associação com vasos sanguíneos. A lâmina própria e a submucosa da mucosa alveolar (de revestimento) contêm numerosas fibras elásticas. estão na gengiva e no ligamento periodontal estão distribuídas de modo irregular ou aleatório, a maioria delas tende a se dispor em grupos de feixes com orientação bem definida. De acordo com sua inserção e a trajetória que seguem no tecido, os feixes orientados de fibras gengivais podem ser divididos nos seguintes grupos Fibras circulares (CF; do inglês, circular fibers) são feixes de fibras localizados na gengiva livre e que circundam o dente como se fossem um anel ou uma bainha Fibras dentogengivais (DGF; do inglês, dentogingival fibers) estão integradas ao cemento da porção supra-alveolar da raiz e se projetam a partir do cemento, em forma de leque, para o tecido gengival livre das superfícies vestibular, lingual e interproximal; Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 6 3. Fibras dentoperiósteas (DPF; do inglês, dentoperiosteal fibers) estão integradas na mesma porção do cemento que as fibras dentogengivais, porém fazem a trajetória em sentido apical sobre a crista óssea vestibular e lingual, para terminarem no tecido da gengiva inserida. Na área limítrofe entre as gengivas livre e inserida, com frequência o epitélio não é sustentado por feixes orientados de fibras colágenas. Nessa área, com frequência é encontrado o sulco gengival livre; 4. Fibras transeptais (TF; do inglês, trans-septal fibers), vistas à direita do desenho, estendem-se entre o cemento supra-alveolar de dentes vizinhos. As fibras transeptais seguem um trajeto retilíneo através do septo interdental e estão inseridas no cemento de dentes adjacentes. Matriz: produzida principalmente pelos fibroblastos, embora alguns de seus componentes sejam elaborados pelos mastócitos e outros sejam derivados do sangue, é essencial para a manutenção da função normal do tecido conjuntivo e São compostas por macromoléculas de carboidratos e proteínas (são diferenciados em proteoglicanos e glicoproteínas). Definição: Células presentes: tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e celular. Que se desenvolveu, assim como o cemento, a partir do tecido conjuntivo frouxo (folículos), no qual envolve o germe dentário. Circunda as raízes dos dentes e une o cemento radicular à lâmina dura ou ao osso alveolar propriamente dito. É contínuo com a lâmina própria da gengiva e está separado da gengiva pelos feixes de fibras colágenas (fibras da crista alveolar). Tem cerca de 0,25mm (0,2-0,4mm) de largura. fibroblastos, osteoblastos, cementoblastos, osteoclastos, bem como células epiteliais e fibras nervosas. Ligamento periodontal Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 7 Função: Fibras: permite que forças, produzidas durante a função mastigatória e outros contatos dentários, sejam distribuídas e absorvidas pelo processo alveolar através do osso alveolar. se organizam em feixes e estendem-se continuamente do osso até o cemento Fibras da Crista Alveolar (ACF Fibras horizontais (HF Fibras oblíquas (OF Fibras apicais (APF) Definição: é um tecido mineralizado especializado que reveste as superfícies radiculares e, podendo estender-se também para o canal radicular. Ao contrário do tecido ósseo, o cemento não contém vasos sanguíneos ou linfáticos, não tem inervação, não sofre remodelagem nem reabsorção fisiológicas, porém se caracteriza por formação contínua ao longo da vida. Contém fibras colágenas embutidas em matriz orgânica. Sua porção mineral, que é principalmente hidroxiapatita, é aproximadamente 65% de seu peso, um pouco mais que no osso (60%). Função: Formas de cemento conectar as fibras principais do ligamento periodontal à raiz e contribuir para o processo de reparo após danos à superfície radicular. Também ajusta a posição dos dentes às novas demandas. a) Cemento acelular afibrilar (AAC; do inglês, acellular afibrillar cementum) é encontrado principalmente na porção cervical do esmalte; b) Cemento acelular de fibras extrínsecas (AEFC; do inglês, acellular extrinsic fiber cementum) é encontrado nas porções coronal e média da raiz e contém principalmente feixes de fibras de Sharpey. Esse tipo de cemento é uma parte importante dos tecidos de inserção e conecta o dente ao osso alveolar propriamente dito; c) Cemento celular estratificado misto (CMSC; do inglês, cellular mixed stratified cementum) é encontrado no terço apical das raízes e nas áreas de ramificação. Ele contém fibras extrínsecas e intrínsecas, assim como cementócitos; d) Cemento celular de fibras intrínsecas (CIFC; do inglês, cellular intrinsic fiber cementum) é encontrado principalmente nas lacunas de reabsorção e contém fibras intrínsecas e cementócitos. Cementoblasto: responsáveis pela produção do cemento celular e acelular. São capazes de produzir colágeno e considerados parte do ligamento periodontal. Cemento radicular Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 8 Cementocito: Fibras de sharpey: são cementoblastos integrados à matriz do cemento. São encontrados nas lacunas por meio das quais diversos canalículos atravessam a matriz do cemento e se comunicam com os cementócitos próximos. As lacunas dos cimentócitos nas porções mais profundas do cemento com frequência parecem vazias. são fibras de colágeno, provenientes do tecido conjuntivo do periósteo, que penetram no tecido ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso. Processo alveolar: é definido como as partes da maxila e da mandíbula que formam os alvéolos dos dentes e dão suporte a esses alvéolos. O processo alveolar estende-se a partir do osso basal da mandíbula e desenvolve-se em associação com o desenvolvimento e a erupção dos dentes. Características: o osso que cobre as superfícies radiculares é consideravelmente mais espesso do lado palatino do que do lado vestibular da maxila. Anatomicamente, as paredes dos alvéolos, bem como as paredes externas do processo alveolar, são constituídas por osso cortical. A área rodeada pelas paredes de osso cortical é ocupada por osso trabecular (esponjoso). O osso esponjoso contém trabéculas ósseas,cuja arquitetura e tamanho são determinados, em parte, geneticamente e, em parte, pelas forças a que os dentes estão expostos durante a função. Osso do processo alveolar Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 9 Deiscência e fenestração: Na face vestibular da mandíbula, a cobertura óssea das raízes é algumas vezes muito fina ou completamente inexistente. Uma área sem cobertura óssea na porção marginal da raiz chama-se deiscência (D). Se houver osso na parte mais coronal do osso vestibular, mas o defeito for mais apical, ele é chamadofenestração (F). Esses defeitos geralmente ocorrem onde um dente, durante a erupção, foi removido do arco e são mais frequentes nos dentes anteriores do que nos posteriores. Nesses defeitos, a raiz é coberta apenas por tecido conjuntivo aderido e pela mucosa sobrejacente. Osso alveolar propriamente dito: Porção do osso lamelar: é composto de osso lamelar incluindo lamelas circunferenciais. Ele é um tecido de origem mesenquimal e não é considerado parte genuína do periodonto de inserção. Junto com o ligamento periodontal (PDL) e o cemento (C), é responsável pela inserção do dente na estrutura óssea. O osso alveolar propriamente dito (ABP) contém fibras de Sharpey (estrias), as quais, no sentido lateral (esquerda), estendem-se para o ligamento periodontal. nessa região, o tecido duro contém ósteons (círculos brancos), os quais abrigam um vaso sanguíneo no canal de Havers (HC). O espaço entre os diferentes ósteons é preenchido com lamelas intersticiais. Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 10 Ósteons: são unidades estruturais e metabólicas. A nutrição das células ósseas (osteoblastos, osteócitos e osteoclastos) é garantida pelos vasos sanguíneos existentes nos canais de Havers e nos vasos nos chamados canais de Volkmann. O ósteon contém numerosos osteócitos (OC) que estão localizados em lacunas no osso lamelar. Os osteócitos comunicam-se através de canalículos (can) que contêm projeções citoplasmáticas dos osteócitos. O canal de Havers (HC) está no centro do ósteon. Formação óssea: Todos os locais ativos de formação óssea abrigam osteoblastos. A superfície externa do osso é revestida por uma camada de tais osteoblastos, que, por sua vez, estão organizados em um periósteo (P) que também contém fibras colágenas densamente compactadas. Osteócito alojado em uma lacuna no osso. Os prolongamentos citoplasmáticos irradiam-se em várias direções. O osso alveolar renova-se constantemente em resposta às demandas funcionais. Durante a vida, os dentes erupcionam e migram em direção mesial para compensar a atrição. Essa movimentação dos dentes acarreta a remodelação do osso alveolar. Para isso, as trabéculas ósseas são continuamente reabsorvidas e novamente formadas, e a massa do osso cortical é dissolvida e substituída por novo osso. Assim, são formados canais de reabsorção por meio de vasos sanguíneos em proliferação e posteriormente são preenchidos por novo osso pela formação de lamelas dispostas em camadas concêntricas ao redor do vaso sanguíneo. A artéria dentária (a.d.), que é um ramo da artéria dentária alveolar superior ou inferior (a.a.i.), emite a artéria intrasseptal (a.i.) antes de penetrar no alvéolo. Os ramos terminais da artéria intrasseptal (ramos perfurantes, rr.p.) penetram no osso alveolar propriamente dito pelos canais em todos os níveis do alvéolo. suprimento sanguíneo Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 11 No espaço do ligamento periodontal, eles se anastomosam com os vasos sanguíneos originários da porção apical do ligamento periodontal e com os demais ramos terminais da artéria intrasseptal (a.i.). Antes de penetrar no canal radicular, a artéria dentária (a.d.) fornece ramos que suprem a porção apical do ligamento periodontal. A gengiva é irrigada principalmente por vasos sanguíneos supraperiosteais, que são ramos terminais da artéria sublingual (a.s.), da artéria mentual (a.m.), da artéria oral (a.o.), da artéria facial (a.f.), da artéria palatina maior (a.p.), da artéria infraorbitária (a.i.) e da artéria dentária superior posterior (a.ap.). há inúmeras anastomoses entre as diferentes artérias. Desse modo, todo o sistema de vasos sanguíneos, em vez de grupos individualizados de vasos, deve ser visto como uma unidade que faz o suprimento dos tecidos duros e moles da maxila e da mandíbula Os vasos sanguíneos no ligamento periodontal formam uma rede poliédrica que circunda a raiz. Note que a gengiva livre é irrigada por (1) vasos sanguíneos supraperiosteais, (2) vasos sanguíneos do ligamento periodontal e (3) vasos sanguíneos do osso alveolar. Anastomoses: Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 12 Capilares linfáticos: Llinfa: os menores vasos linfáticos, formam uma rede extensa no tecido conjuntivo. A parede do capilar linfático consiste em uma única camada de células endoteliais. Por esse motivo, é difícil identificar esses capilares em cortes histológicos comuns. é absorvida do líquido tecidual através das paredes delgadas dos capilares linfáticos. Dos capilares, a linfa passa para vasos linfáticos maiores, que, com frequência, ficam nas vizinhanças dos vasos sanguíneos correspondentes. Antes de penetrar na circulação sanguínea, a linfa atravessa um ou mais linfonodos, nos quais é filtrada e suprida de linfócitos. Vasos linfáticos: são semelhantes às veias porque têm válvulas. A linfa dos tecidos periodontais é drenada para os linfonodos da cabeça e do pescoço. As gengivas vestibular e lingual da região dos incisivos inferiores drenam para os linfonodos submentuais (sme). A gengiva palatina da maxila é drenada para os linfonodos cervicais profundos (cp). A gengiva vestibular da maxila e as gengivas vestibular e lingual da região de pré-molares inferiores drenam para os linfonodos submandibulares (sma). Com exceção dos terceiros molares e incisivos inferiores, todos os dentes, com seus tecidos periodontais adjacentes, drenam para os linfonodos submandibulares. Os terceiros molares são drenados pelos linfonodos jugulodigástricos (jd), e os incisivos inferiores, pelos linfonodos submentuais. Função: Interrupção reflexa: os nervos que registram dor, tato e pressão têm seu centro trófico no gânglio trigeminal e chegam ao periodonto através do nervo trigêmeo e seus ramos terminais. Graças aos receptores no ligamento periodontal, é possível identificar pequenas forças aplicadas aos dentes. um movimento que leva os dentes inferiores a fazer contato com as superfícies oclusais dos dentes superiores é interrompido reflexamente e transformado em movimento de abertura se uma partícula dura for detectada na mastigação. Assim, os receptores do ligamento periodontal, em associação com proprioceptores dos músculos e tendões, são essenciais na regulação dos movimentos e das forças da mastigação As áreas supridas por dois nervos frequentemente se superpõem na região dos pré-molares. Os pequenos nervos do periodonto seguem quase o mesmo curso dos vasos sanguíneos Os nervos da gengiva correm pelo tecido superficial para o periósteo e emitem vários ramos para o epitélio oral em sua trajetória em direção à gengiva livre. Sistema linfático Nervos Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 13 Os nervos penetram no ligamento periodontal através de perfurações na parede do alvéolo (canais de Volkmann) No ligamento periodontal, os nervos unem-se a feixes maiores, que assumem um curso paralelo ao eixo longitudinal do dente. Largura biológica: Características morfológicas da gengiva: O comprimento da inserção de tecido conjuntivo variou dentro de limites estreitos (1,06 a 1,08 mm), enquanto o comprimento do epitélio inserido foi em torno de 1,4 mm em locais com periodonto normal, 0,8 mm em locais com moderada destruição e 0,7 mm em locais com degradação avançada do tecido periodontal. a) A largura biológica da inserção variou entre aproximadamente 2,5 mm, nos casos normais, e 1,8 mm, em casos de doença avançada b) A parte mais variável da inserção foi o comprimento da inserção epitelial (epitélio juncional). As dimensões da gengiva vestibular podem também serafetadas pela posição vestibulolingual do dente no processo alveolar. Uma mudança na posição do dente no sentido vestibular resulta na diminuição das dimensões da gengiva vestibular, enquanto um aumento é observado após um movimento lingual do dente. Também está relacionada com: Região Inervação Gengiva na face labial (gengiva vestibular) dos incisivos, caninos e pré-molares superiores Ramos labiais superiores do nervo infraorbital Ramos do nervo maxilar (ramos alveolares superiores posteriores) Nervo palatino maior, exceto na área de incisivos, que é inervada pelo nervo nasopalatino Nervo sublingual, que é um ramo terminal do nervo lingual Nervo mentual Nervo oral Nervo alveolar inferior Plexo alveolar superior Gengiva vestibular na região de molares superiores Gengiva palatina Gengiva lingual inferior Gengiva no lado vestibular dos incisivos e caninos inferiores Gengiva no lado vestibular de molares Dentes e ligamentos periodontais da mandíbula Dentes e ligamentos periodontais da mandíbula Gengiva Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 14 Dimensão do processo alveola Anatomia dos dente Eventos que ocorrem durante erupção dentária e com a inclinação e a posição finais dos dentes totalmente erupcionado Contorno da crista óssea existem dois tipos básicos de arquitetura gengival - o biotipo “festonado acentuado” e o biotipo “plano”. A maior parte da variação da espessura gengival devia-se à posição do dente e que a contribuição da variabilidade do indivíduo (biotipos plano e festonado acentuado) foi mínima. têm dentes longos e mais finos, com coroas cônicas, delicada convexidade cervical e áreas de contato interdental minúsculas, que estão localizadas próximo ao bordo incisal. Os dentes maxilares anteriores desses indivíduos são circundados por fina gengiva livre e a margem gengival dela está localizada no nível da junção cemento–esmalte ou apicalmente a ela. A faixa de gengiva é estreita, e o contorno da margem gengival é muito festonado. Arquitetura gengival: 1. Festonado acentuado: 2. Plano: têm incisivos com coroa de formato quadrado e pronunciada convexidade cervical. A gengiva desses indivíduos é mais larga e mais volumosa, as áreas de contato entre os dentes são grandes e localizadas mais apicalmente, e as papilas interdentais são curtas. Foi relatado que indivíduos com gengiva festonada acentuada frequentemente exibem recessão mais avançada dos tecidos moles na parte anterior da maxila em comparação com os indivíduos com gengiva plana. Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 15 Distância entre a margem dos tecidos moles e a crista óssea: Altura da gengiva nas superfícies vestibulares adjacentes: Ganho de tecido mole: Dimensões da papila interdental: A sondagem óssea determina a distância entre a margem dos tecidos moles e a crista óssea e, dessa forma, fornece uma estimativa que é aproximadamente 1 mm maior do que a obtida em uma sondagem regular da profundidade da bolsa. em indivíduos com biotipo plano era, em média, 4,5 mm, enquanto, nos indivíduos com biotipo festonado acentuado, a dimensão correspondente (3,8 mm) era significativamente menor. Isso indica que indivíduos com biotipo plano têm tecidos moles vestibulares adjacentes mais volumosos que os indivíduos com biotipo festonado acentuado. No primeiro ano de acompanhamento pós-cirúrgico, o ganho de tecidos moles – medido a partir do nível da crista óssea exposta – foi maior em pacientes com biotipo espesso (plano) do que naqueles com um biotipo fino (festonado acentuado) (3,1 mm versus 2,5 mm). A distância entre o nível vestibular do ponto de contato e a crista óssea foi medida por sondagem. A medida, assim, incluía não somente o epitélio e o tecido conjuntivo da papila, mas também todo o tecido conjuntivo supra-alveolar na área interproximal. A papila estava sempre completa quando a distância do ponto de contato à crista óssea era ≤ 5 mm. Quando essa distância era de 6 mm, o preenchimento pela papila ocorreu em cerca de 50% dos casos e quando era ≥ 7 mm, o preenchimento foi incompleto em cerca de 75% dos casos. A altura da papila é limitada a cerca de 4 mm na maioria dos casos. Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 16 Exame da condição periodontal: inclui a avaliação clínica da inflamação na gengiva, registros das profundidades de sondagem e dos níveis de inserção clínicos, bem como a avaliação radiográfica da perda do osso alveolar de suporte. Sistema de índice gengival: Sistema de Índice de Placa: Variantes simplificadas dos índices gengival e de placa: Índice de sangramento sulcular gengival: A inflamação na gengiva é em geral registrada por uma sonda, com frequência seguindo os princípios do Sistema de Índice Gengival, descrito por Löe (1967): 0 - Ausência de sinais visuais de inflamação na unidade gengival. 1 - Alteração discreta da cor e da textura. 2 - Inflamação visível e tendência ao sangramento da margem gengival, após sondagem. 3 - Inflamação flagrante com tendência ao sangramento espontâneo. em uma escala de 0 a 3 (Silness e Löe, 1964): 0 - Ausência de placa. 1 - Placa revelada pelo deslizamento da sonda periodontal pela margem gengival. 2 - Placa clinicamente visível. 3 - Placa abundante. têm sido bastante utilizadas, avaliando a existência ou não de inflamação ou placa, respectivamente, em um padrão binomial (contagem dicotômica). Com sangramento da margem gengival e de placa visível recebem escore 1, enquanto a ausência de sangramento e de placa visível corresponde a um escore 0. sangramento após a sondagem da base da bolsa é um meio usual de estabelecer a ocorrência de inflamação subgengival, caracterizada por infiltração inflamatória adjacente ao epitélio ulcerado da bolsa. Índice periodontal (PI; do inglês, periodontal index): desenvolvido nos anos 1950 por Russell (1956), sendo, até os anos 1980, o mais amplamente empregado nos estudos epidemiológicos de doença periodontal. Um dente pode voltar ao escore 0. Seus critérios são aplicados para cada dente isoladamente, e o registro é o seguinte: 0 - Dente com periodonto saudável. 1 - Dente com gengivite somente em parte de sua circunferência 2 - Gengivite em toda a circunferência do dente 6 - Formação de bolsa 8 - Perda da função em virtude de mobilidade excessiva do dente Métodos de exame | sistemas de índices Avaliação da inflamação dos tecidos periodontais Avaliação da perda do tecido periodontal de sustentação Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 17 Índice de doença periodontal (PDI; do inglês, periodontal disease index): PPD: PAL: desenvolvido por Ramfjord (1959), é um sistema planejado para avaliar a doença destrutiva, medindo a perda de inserção em vez da profundidade da bolsa, e é, portanto, um sistema irreversível. Os escores, que variam de 0 a 6, indicam saúde periodontal ou gengivite (escores 0 a 3) e variados níveis de perda de inserção (escores 4 a 6). profundidade da bolsa à sondagem. Ela é definida como a distância que vai da margem gengival até ao ponto apical da extremidade de uma sonda periodontal inserida na bolsa com força moderada. ou nível de inserção à sondagem, é definido como a distância que vai da junção cemento–esmalte (CEJ; do inglês, cementoenamel junction) até a ponta da sonda. As avaliações por meio de sondagem em geral são realizadas em diversos pontos ao longo da circunferência dos dentes (vestibulares, linguais, mesiais ou distais). O exame pode incluir todos os dentes existentes (boca inteira) ou apenas uma seleção representativa de dentes (exame parcial da boca).Índice de extensão e severidade (ESI): sistema de índice que registra a perda de tecido periodontal de suporte. É formado por dois componentes (índice bivariável): 1. A extensão, que descreve a proporção de dentes de um indivíduo que apresentam sinais de periodontite destrutiva; 2. A severidade (gravidade), descrevendo o PAL nos locais doentes, expressa por um valor médio. Ponto de corte de perda de inserção: > 1 mm foi estabelecido como critério que qualifica um local do dente como afetado pela doença. A introdução de um valor como ponto de corte tem duplo propósito, distinguir prontamente a parte da dentição afetada pela doença em níveis que excedam o erro inerente à medição clínica da perda de inserção e evitar que áreas de dentes que não foram afetadas contribuam para o valor médio individual da perda de inserção. Limitação do número de medidas: foi recomendado um exame parcial abrangendo as faces vestibulares e mesiovestibulares dos quadrantes superiores direito e inferior esquerdo. A natureza bivariável do índice facilita a descrição dos padrões de perda de inserção: por exemplo, um ESI de (90, 2,5) sugere uma forma generalizada, porém certamente leve, de doença destrutiva, na qual 90% dos dentes são afetados por uma perda média de inserção de 2,5 mm. Por outro lado, um ESI de (20, 7,0) descreve uma forma grave e localizada da doença. Radiografias: têm sido comumente empregadas nos estudos epidemiológicos transversais para avaliar os efeitos da doença periodontal sobre os tecidos de sustentação, e não a presença da doença em si, e acredita-se que forneçam estimativas válidas da extensão e da gravidade da periodontite destrutiva. A avaliação radiográfica é particularmente comum como método de detecção de pacientes portadores de periodontite inicial, assim como meio de monitoramento da progressão da doença periodontal. Avaliação radiográfica da perda do osso alveolar Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 18 Avaliação da perda óssea nas radiografias 1. A presença de uma lâmina dura intacta 2. A extensão do espaço do ligamento periodontal 3. A morfologia da crista óssea (aparência “plana” ou “angular”) 4. A distância entre a CEJ e o nível mais coronal no qual o espaço do ligamento periodontal exibe sua espessura normal. Ponto de corte para perda óssea: a distância CEJ–crista óssea considerada para indicar a ocorrência de perda óssea e varia entre 1 e 3 mm em diferentes estudos. Índice comunitário das necessidades de tratamento periodontal (CPITN): Dentição é dividida em seis sextantes: Sondagem periodontal: Escores das necessidades de tratamento: (uma região anterior e duas posteriores em cada arcada dentária). A necessidade de tratamento em um sextante é registrada quando dois ou mais dentes – não indicados à extração – estão presentes. Se apenas um dente permanecer no sextante, ele será incluído no sextante contíguo. é realizada ao redor de todos os dentes do sextante ou de certos dentes-índice selecionados (a última abordagem é recomendada para levantamentos epidemiológicos). Apenas a medição mais grave do sextante é escolhida para representá-lo. As condições periodontais são registradas da seguinte forma Código 0 é conferido a um sextante sem bolsas, sem cálculos ou restaurações com sobrecontorno e sem sangramento à sondagem Código 1 é conferido a um sextante sem bolsas, cálculos ou restaurações com sobrecontorno, mas no qual ocorre sangramento após sondagem delicada em uma ou várias unidades gengivais Código 2 é atribuído a um sextante caso não haja dentes com bolsas que excedam 3 mm, porém sejam identificados nas regiões subgengivais cálculo dental e fatores de retenção de placa Código 3 representa um sextante no qual há dentes com bolsas de 4 a 5 mm de profundidade Código 4 é atribuído a um sextante que apresenta dentes com bolsas de 6 mm ou mais de profundidade. vão de 0 a 4 e são baseados no código e na condição periodontal mais grave da dentição completa, como descrito anteriormente. Assim, TN 0 indica falta de necessidade de tratamento, em casos de gengiva sadia (Código 0); TN 1 indica necessidade de melhora na higiene oral; TN 2 indica necessidade de raspagem, remoção dos excessos das restaurações e melhoria na higiene oral (Códigos 2 + 3) e TN 3 indica tratamento mais avançado (Código 4). Avaliação das necessidades de tratamento periodontal Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 19 Periodontite em adultos: Idosos: Brasil, Susin et al. (2004a): Doença periodontal em adolescentes e crianças: Tinoco et al. (1997): as formas graves de periodontite afetam um número relativamente limitado da população dos países industrializados, geralmente não excedendo 10 a 15%. O percentual desses indivíduos aumenta consideravelmente com a idade, parecendo alcançar seu pico aos 50 a 60 anos. O aumento na perda de dentes por causa de processos periodontais que ocorre após essa idade parece ser responsável pelo subsequente declínio da prevalência. Deve-se compreender, porém, que o edentulismo é comum em idosos, e é provável que os dentes restantes dos idosos sejam os menos afetados pela periodontite. Como será discutido adiante, a perda dental faz com que haja uma subestimativa da extensão e da gravidade “verdadeiras” da periodontite em idosos. Uma amostra de 853 indivíduos dentados, selecionados por uma estratégia de amostragem multiestágio, com idades entre 30 e 103 anos; exame de AL em seis locais de cada dente na boca toda. AL moderado (≥ 5 mm) e avançado (≥ 7 mm) ocorreram em 70 e 52% dos indivíduos, afetando uma média de 36 e 16% dos dentes, respectivamente; em comparação com indivíduos de 30 a 39 anos, os de 40 a 49 anos apresentaram um risco aumentado em 3 vezes para AL moderado e em 7,4 vezes para avançado; os números correspondentes para ≥ 50 anos foram aumentos em 5,9 e 25,4 vezes, respectivamente. Os relatos sobre a forma da doença periodontal que afeta a dentição decídua, a condição anteriormente chamada periodontite pré-puberal, indicam a sua ocorrência em uma forma tanto generalizada quanto localizada. Informações sobre essa doença foram fornecidas principalmente por relatos de casos clínicos e não há dados disponíveis sobre a sua prevalência e a sua distribuição na população em geral. Entretanto, alguns estudos envolvendo amostras de crianças forneceram dados limitados acerca da frequência. no Brasil, 7.843 estudantes, entre 12 e 19 anos de idade. 119 indivíduos identificados em rastreamento inicial; 25 casos confirmados de LAP; prevalência geral de 0,3%; origens étnicas e razões homem: mulher não foram relatadas. Idade: A relação entre idade e periodontite é complexa. Embora seja claro que tanto a prevalência quanto a gravidade da periodontite aumentam com a idade, sugerindo que ela possa ser um marcador para perda de tecido periodontal de suporte. O “efeito da idade” representa enormemente o efeito cumulativo da exposição prolongada a verdadeiros fatores de risco. Uma vez que a periodontite é um distúrbio inflamatório induzido microbianamente, alterações na imunidade inata provavelmente contribuem para uma patologia periodontal mais pronunciada em idosos. Prevalência das doenças periodontais Fatores de risco para periodontite Antecedentes não modificáveis Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 20 Sexo: Raça/etnia: Polimorfismos gênicos: Não existe diferença estabelecida entre homens e mulheres na sua suscetibilidade à doença periodontal, embora homens tenham demonstrado pior condição periodontal que as mulheres em vários estudos de diferentes populações. Considera-se tradicionalmente que essa diferença reflita as melhores práticasdocumentadas de higiene oral e/ou o aumento na utilização de serviços odontológicos entre as mulheres. Diferenças na prevalência da periodontite entre países e continentes já foram demonstradas, mas não foram documentados padrões consistentes nos grupos raciais/étnicos quando eram levadas em conta covariáveis como idade e higiene oral. Entretanto, raça/etnia é em geral um construto social que determina uma gama de oportunidades relacionadas ao acesso, estado e recursos. Raça/etnia e condição socioeconômica estão fortemente inter-relacionadas. não há evidências epidemiológicas suficientes que estabeleçam, de modo convincente, que algum dos polimorfismos seja um fator de risco real para a periodontite. Microbiota específica: Tabagismo: identificação de patógenos periodontais Associação, ou seja, OR elevadas na doenç Eliminação, ou seja, conversão da doença periodontal para um estado de saúde quando as bactérias são eliminadas (ou suprimidas de modo a não ser possível detectá-las Desenvolvimento de uma resposta do hospedeiro, tipicamente manifestada por títulos de anticorpos séricos para o agente infeccios Existência de fatores de virulência, que possam explicar a capacidade de o microrganismo causar dano tecidua Evidências de estudos em animais apoiando as observações em seres humanos e demonstrando o desenvolvimento de patologia periodontal após infecção pelo microrganismo. Baseado nesses critérios, o relatório de consenso do World Workshop in Periodontics de 1996 identificou três espécies, Actinobacillus actinomycetemcomitans, P. gingivalis e bacteroides forsythus, como fatores causais da periodontite (desde então, duas das três espécies causadoras tiveram seu nome modificado: A. actinomycetemcomitans passou a chamar-se Aggregatibacter actinomycetemcomitans e B. forsythus passou a chamar-se Tannerella forsythia). Entretanto, dado que somente 50% das bactérias da cavidade oral são atualmente reconhecidas (Paster et al., 2001), é claro que essas três espécies não podem ser consideradas os únicos patógenos causadores, mas preferentemente aqueles para os quais dados suficientes já estão acumulados. preenche a maioria das etapas necessárias para o processo de determinação de risco estipuladas por Beck (1994) e é considerado um dos maiores fatores de risco para a periodontite. Fatores ambientais, adquiridos e comportamentais Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 21 Diabetes Melito: Obesidade: Osteopenia/osteoporose: Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana: Fatores psicossociais: Além da destruição mais significativa do tecido periodontal em diabéticos, estudos indicam uma incidência mais alta de complicações relativas ao diabetes melito e um controle metabólico mais deficiente dessa doença em pacientes com periodontite. A plausibilidade biológica de um potencial ligação entre obesidade e periodontite sugere envolver um estado hiperinflamatório e um metabolismo lipídico aberrante prevalentes na obesidade, assim como a via da resistência à insulina, que, coletivamente, resultar em aceleração da destruição dos tecidos periodontais. De fato, vários estudos vêm indicando uma associação positiva entre obesidade, definida como índice de massa corporal (IMC) ≥ 30 kg/m2, e periodontite. Vários estudos transversais iniciais, com grupos amostrais limitados e, na maioria, restritos a mulheres pós-menopausa, têm sugerido que é mais provável que mulheres com baixa densidade mineral óssea apresentem recessão gengival e/ou inflamação gengival pronunciada, bem como perda clínica de inserção. Em um estudo feito com radiografias de 1.084 indivíduos com idades entre 60 e 75 anos, relataram uma associação positiva entre osteoporose e periodontite, com OR de 1,8. Entretanto, estudos que não conseguiram demonstrar tal associação também foram publicados. não existe consenso na literatura sobre a associação entre HIV/AIDS e periodontite. Variações na gravidade das condições patológicas orais em virtude de avanços na terapia de HIV/AIDS provavelmente contribuirão para a diversidade dos achados. Os mecanismos pelos quais o estresse psicológico pode afetar a condição periodontal são complexos. Tem sido sugerido que uma das vias plausíveis envolveria alterações comportamentais que levam ao tabagismo e à higiene oral precária, que comprometem a saúde periodontal, mas são necessárias mais pesquisas. Cálculo dental ou tártaro: representa a placa bacteriana mineralizada, embora a formação do cálculo possa ser induzida em animais livres de germes como resultado da precipitação de sais minerais originados da saliva. O cálculo supragengival pode ser reconhecido como uma massa de consistência moderada, cuja coloração varia de branco- amarelado a amarelo-escuro ou até mesmo marrom. Cálculo dental Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 22 Localização: Formação: os cálculos supragengivais são encontrados, predominantemente, adjacentes aos ductos excretores das glândulas salivares maiores, como as faces linguais dos dentes anteriores inferiores, nas quais se encontram as aberturas dos ductos das glândulas submandibulares, e as faces vestibulares dos primeiros molares superiores, nas quais os ductos das glândulas parótidas se abrem para o vestíbulo oral. O cálculo subgengival pode ser encontrado somente por exploração tátil, uma vez que sua formação ocorre apicalmente à margem gengival, daí não ser visível a olho nu. Consequentemente, o cálculo subgengival é encontrado na maioria das bolsas periodontais e, de modo geral, estende-se da junção amelodentinária até perto do fundo da bolsa. é sempre precedida pelo desenvolvimento do biofilme bacteriano. A matriz intermicrobiana e as próprias bactérias fornecem a matriz para calcificação, que é desencadeada pela precipitação dos sais minerais. A placa supragengival se torna mineralizada em virtude da precipitação dos sais minerais existentes na saliva, enquanto a placa subgengival se mineraliza em decorrência dos sais minerais no exsudato inflamatório que passa através da bolsa periodontal. Portanto, é evidente que o cálculo subgengival representa um produto secundário da infecção, não a causa principal da periodontite. O cálculo recente e o formado há bastante tempo consistem em quatro diferentes cristais de fosfato de cálcio: Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 23 CaH(PO4) × 2H2O = brushita (B Ca4H(PO4)3 × 2H2O = fosfato de octacálcio (OCP; do inglês, octa calcium phosphate Ca5(PO4)3 × OH = hidroxiapatita (HA β-Ca3(PO4)2 = betafosfato tricálcio (whitlockite) (W). Em algumas pessoas, o tempo necessário para a formação do cálculo supragengival é de 2 semanas, período no qual o depósito já pode conter aproximadamente 80% do material inorgânico encontrado no cálculo maduro. Na realidade, evidências de mineralização já podem ser encontradas após alguns dias. Contudo, a formação do cálculo dental com a composição cristalina madura de um cálculo formado há bastante tempo exige meses ou anos. Tempo para se formar: Remoção: O cálculo dental geralmente adere tenazmente às superfícies dentárias. Consequentemente, a remoção do cálculo subgengival pode ser bastante difícil. A razão para essa união firme à superfície dentária é o fato de que a película abaixo da placa bacteriana também se calcifica. Isso, por sua vez, resulta em um contato íntimo com os cristais do esmalte, do cemento ou da dentina. Ele pode se formar inclusive em os implantes e outros materiais. As técnicas disponíveis atualmente usadas para remover os depósitos sobre a superfície radicular não conseguem eliminar completamente todo o cálculodas superfícies radiculares doentes. Fatores como a anatomia, a profundidade à sondagem, os instrumentos e a experiência do dentista influenciam a eficácia da remoção do cálculo subgengival. Comprovou-se que alguns produtos reduzem a formação do cálculo. Entretanto, seus efeitos parecem ser limitados ao cálculo supragengival e a prevenção completa não pode ser alcançada por meio deles. Raspagem Aplanamento radicular (ou alisamento): Qualidade da instrumentação: : processo pelo qual se eliminam todos os cálculos da superfície Dentária. a) Supragengival: é a remoção do cálculo visível, existente acima da margem gengival (externamente). b) Subgengival: é a remoção do cálculo invisível, existente por baixo do tecido gengival (internamente). processo pelo qual se remove o cálculo residual, o cemento e a dentina alterada para que se produza uma superfície dura, lisa e limpa. é verificada pela percepção tátil e pode ser feita deslizando-se um instrumento afiado, a sonda periodontal ou mesmo um explorador clínico pela superfície tratada da raiz. Raspagem e alisamento radicular Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 24 Sensação tátil de uma superfície adequadamente tratada: Posição do operado a) Posição de 11 hora b) Posição de 9 hora c) Posição de 7 hora Posição do pacient deve ser semelhante aquela obtida pelo deslizamento de uma sonda periodontal sobre esmalte sadio (dura, lisa e vítrea) Sentado no mocho, com as coxas paralelas ao sol As costas apoiadas no encost Flexão suave do pescoç Ombros relaxado Braços juntos ao corp Braço e antebraço em ângulo mais do que + 900 Operador atrás do paciente, deslocado para um dos lados da cadeira (destro: lado direito; canhoto: lado esquerdo Cabeça do paciente “no colo” do operado Visão direta simultânea das faces V-L dos 35-45 - pernas aberta Um braço de cada lado da face do paciente Operador ao lado do paciente (destro: lado direito; canhoto: lado esquerdo da cadeira Pernas abertas ou paralela Uma mão de cada lado da cabeça do paciente: a direita segurando o instrumento e fazendo apoio. A outra mão serve para afastar a bochecha e/ou iluminar o campo de trabalho (com o espelho) Operador em frente e ao lado do paciente (destro: lado direito; canhoto: lado esquerdo da cadeira Pernas paralelas, juntas e ao lado da cadeir Uma das mãos segura o instrumento e a outra afasta lábio, língua e bochecha (com o espelho) Atenção: se os pés do operador “descansam” sobre o apoio inferior do mocho, mocho está muito alto, o formigamento das pernas e pés indica um mocho muito alto e prejudica a circulação sangüínea e a necessidade de movimentar o pescoço e os ombros indica fadiga por posição inadequada. Sentado na cadeira, totalmente apoiad Posição mais superior possível em relação à cadeir Sentado mais para o lado do operador Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 25 Obs: Como o operador “puxa” a bochecha do paciente para o lado oposto ao que está sentado, o paciente tende a ser deslocado para longe do operador e com o rosto voltado para o lado oposto, causando visão inadequada e posição incorreta de trabalho. Manter o paciente mais próximo possível do corpo do operador - a distância entre a cavidade bucal do paciente e os olhos do operador deve ser de, no mínimo, dois palmos Paciente com a cabeça voltada para frente - acesso a faces V do lado do operador e face L/P do lado opost Paciente com a cabeça voltada para o operador - acesso às faces V do lado oposto ao operador e faces L/P do lado do operador Obs: O paciente que fica posicionado inadequadamente leva o profissional à mudança na própria posição de trabalho (abertura de braços, corpo desencostado do mocho, dificuldades para obtenção do apoio adequado, “necessidade” de visão indireta, flexão exagerada da cabeça), o que termina por tornar o trabalho cansativo, improdutivo, inadequado e conseqüentemente ineficiente. Operador muito próximo, “beijando” o paciente (visão insuficiente Braços apoiados na cadeira (fadiga, necessidade de descanso Braços abertos e elevados: “coelhinho” e “pássaro voador” (posição incorreta, cavidade bucal do paciente acima do nível dos cotovelos do operador Operador debruçado sobre o paciente (paciente distante, do outro lado da cadeira, com o rosto virado para o lado oposto) Instrumentação de dentes maxilare Paciente totalmente deitado com a cadeira na horizonta Plano oclusal da maxila a 900 ou mais (flexão do pescoç para trás Cavidade bucal do paciente na altura dos cotovelos do operado Operador sentado em posição de 9 horas (ao lado do paciente Dentes anteriores: curetas de Gracey 5-6 (V, M, D, P Dentes posteriores: curetas de Gracey 7-8 (V, P), 11-12 (M) e 13-14 (D) Instrumentação de dentes mandibulare Paciente sentado com a cadeira moderadamente reclinada p/ trá Plano oclusal da mandíbula a 450 (pescoço flexionado para frente Cavidade bucal do paciente na altura dos cotovelos do operado Pré-molares, caninos e incisivos: Operador em 11 horas (atrás do paciente), visão direta das faces V-L simultaneament Molares: operador em 7 horas (de frente para o paciente), algumas vezes em nove hora Dentes anteriores: curetas de Gracey 5-6 (V, L, M, D Dentes posteriores: curetas de Gracey 7-8 (V, L), 11-12(M), 13-14 (D) Erros comun Situações clínicas Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 26 Instrumentos Partes do instrument Empunhadura do instrumento a) Sonda milimetrada North Carolina (15 mm) 1,2,3, 4-5, 6,7,8, 9-10, 11,12,13, 14-15 e Sonda Williams (10 mm): 1,2,3 5 7,8,9,10: Usadas em todos os procedimentos periodontais, para medições e exploração da área examinada /tratada. b) Sonda de Nabers n0 2: Empregada para a exploração meticulosa das bifurcações e trifurcações, sendo o único instrumento adequado para o exame destas áreas c) Sonda PSR: marcação única 3,5-5,5 mm: Registro Periodontal Simplificado (PSR), serve também para a exploração radicular em busca de cálculos subgengivais d) Foices reta / monoangulada e biangulada e Cureta de McCall 13-14: Instrumentos universais de ponta afilada, aguda, corte dos dois lados da lâmina. Empregados para uso supragengival apenas Cureta McCall 13-14: faces livres e proximais, anteriores Foice biangulada: para dentes posteriores (espaços proximais) Foice reta/monoangulada: incisivos e caninos (espaços proximais). e) Curetas de Gracey: 7-8, 11-12, 13-14: Instrumentos específicos de ponta romba; ângulo de corte apenas do lado convexo da lâmina. Empregados para uso SUBGENGIVAL e supragengiva 7-8: dentes anteriores e faces livres dos posteriore 11-12: Faces mesiais dos dentes posteriores 13-14: Faces distais dos dentes posteriores. Cabo - (onde o operador empunha o instrumento Intermediário - (entre o cabo e a ponta ativa). Nenhuma (reto), uma (monoangulado), duas (biangulado) ou vária angulações Ponta ativa - (ou lâmina = parte cortante). Secção triangular (foice), retangular (enxada) ou trapezoidal (cureta) 4. LADOS da ponta ativa: face coronária (superior), dorso (inferior), bordos (lados Face coronária - com longo eixo reto (instrumento universal) corte dos dois lados e com longo eixo curvo (instrumento específico) corte de apenas um lado (convexo) o ângulo de corte é formado pela face coronária e o bordo da lâmina A. O instrumento deve ser apreendido apenas por dois dedos: o polegar e o dedo médio B. O polegar, flexionado, comprime o cabo do instrumento contra o dedo médio e a mão (depressão entre polegar e indicador ou a face lateral do indicador) C. O intermediário do instrumento deve ser comprimido contra a polpa digital do dedo médio D. O dedo indicadordeve então ser flexionado e apoiado sobre o cabo do instrumento na mesma altura em que o dedo polegar toca o cabo. Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 27 E. O dedo indicador serve como suporte secundário, capaz de rotacionar o instrumento A instrumentação corono-radicular e a remoção dos cálculos supra e subgengivais é manobra que exige golpes controlados e firmes, com aplicação de alguma força A falta de apoio, ou apoio inadequado, pode levar o instrumento a “escapar”, deslizando inadvertidamente e sem controle. Esta situação costuma provocar ruptura, maceração e destruição nos tecidos gengivais, assim como, não raramente, em lábios, bochechas e língua O apoio inadequado torna a tarefa de remoção de cálculos uma manobra “enfadonha”, “impossível” e “cansativa”. Raspe-se novamente e ainda existirão os cálculos O apoio deve ser executado com o dedo médio O apoio tem que ser feito sempre que possível no próprio dente que está sendo instrumentado. Ou com a maior proximidade possível Os dedos anular e mínimo não servem para um apoio adequad Na impossibilidade de apoio adequado, é possível o apoio extra-oral, o apoio secundário com o dedo da outra mão ou mesmo no lado oposto da arcada. Quanto mais posterior for o dente, mais difícil será o apoio Uma vez apreendido o instrumento, este fica imóvel em relação à mão Não mexer os dedos (como o movimento empregado com as limas endodônticas para instrumentação de canais radiculares O movimento de ativação é feito por rotação do braço - pode ser também ativado por flexão do pulso - ou combinação de rotação do braço e flexão do pulso Apoio digita Ativação do instrument Dimensão após extrações: Etapas do preenchimento ósseo do espaço alveolar após extrações dentárias múltiplas e a subsequente restauração com próteses removíveis, ocorre redução significativa das dimensões do rebordo alveolar, não somente no sentido horizontal como também no vertical. Além disso, o rebordo do local apresenta diminuição substancial após a remoção de um único dente. Concluiu-se que a reabsorção tecidual (tecidos ósseo e moles combinados) após a perda de um único dente foi substancial e que a redução do rebordo foi duas vezes maior na superfície vestibular do que nas superfícies linguais e palatais. 1. alvéolo vazio é inicialmente preenchido com sangue e coágulo é formado. 2. Tecido vascular e células mesenquimais (LP) invadem o coágulo, e um tecido de granulação é produzido. 3. Formação de um tecido ósseo imaturo é iniciada. 4. As paredes ósseas do alvéolo – osso alveolar propriamente dito ou osso fasciculado – são reabsorvidas, e o alvéolo é preenchido com osso imaturo. 5. Osso imaturo é gradualmente remodelado em osso lamelar e medular. Rebordo alveolar edêntulo Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 28 Alguns acidentes ósseos: Formação do tecido ósseo em alvéolos de extração única: Parte óssea do rebordo edêntulo: Classificação do osso remanescente Topografia do processo alveolar Osso basal: podem sofrer variação na sua localização devido a presença da reabsorção óssea nos indivíduos desdentados. a) Espinha mentoniana: pode estar no mesmo plano horizontal do rebordo residual. b) Forame mentual: passa a situar-se próximo ao rebordo residual e até mesmo sobre ele. c) Teto do canal da mandibular: se aproxima do rebordo residual. d) Linhas milo-hióidea e oblíqua: na região molar, podem ficar no mesmo nível, e até mesmo acima do rebordo residual. e) Forame incisivo: pode ser encontrado próximo à superfície lingual do rebordo residual. f) Espinha nasal anterior: fica muito próxima ao rebordo residual. g) Palato: torna-se mais plano e raso. h) Crista zigomático-alveolar: pode alcançar o rebordo residual. i) Seio maxilar: se amplia e deiscências podem aparecer. j) Tuberosidade da maxila: às vezes torna-se muito grande e baixa, devido a perda precoce dos molares inferiores nos primeiros meses, alguma perda óssea (altura) ocorre na região da crista alveolar. A maior parte do ganho ósseo no alvéolo ocorreu nos 3 primeiros meses, com ganho ósseo adicional entre 3 e 6 meses. No intervalo entre 6 e 12 meses, o osso recém-formado obviamente sofreu remodelagem e a quantidade de tecido mineralizado diminuiu. Em outras palavras, nas fases mais avançadas da cicatrização do alvéolo pouco tecido mineralizado persistiu no centro do local edêntulo. as bordas periféricas do rebordo estavam consistentemente recobertas por osso cortical denso. Partes mais centrais abrigavam osso esponjoso e trabéculas constituídas principalmente por osso lamelar. As trabéculas que estavam engastadas na medula óssea tinham formatos variados e sua orientação era, com frequência, aleatória. A medula óssea estava tomada por adipócitos, estruturas vasculares e células inflamatórias dispersas. O tecido duro que compunha o rebordo continha um misto de osso mineralizado (aproximadamente 60%), medula óssea (cerca de 20%) e tecido fibroso (15%). a) Lekholm e Zarb (1985): grupos A e B, ainda há uma parte substancial do rebordo, enquanto nos grupos C, D e E, há porções diminutas de tecido duro. b) Lekholm e Zarb (1985): classes 1 e 2 caracterizam uma localização na qual as paredes – lâminas corticais – são espessas e o volume de medula óssea é pequeno. Paredes relativamente finas de osso cortical, porém, circundam os locais que pertencem às classes 3 e 4, enquanto a quantidade de osso trabeculado (esponjoso), incluindo trabéculas do osso lamelar e de medula óssea, é grande. O processo alveolar que abriga as raízes dos dentes se estende a partir do osso basal da maxila e da mandíbula. O formato e as dimensões (altura e largura) do osso basal apresentam considerável variação interindividual e de um local para outro no mesmo indivíduo. Não existe limite bem-diferenciado entre o processo alveolar e o osso basal dos maxilares. Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 29 Osso denso: Paredes externas do processo alveolar: Paredes corticais (tábuas): Nos locais da mandíbula em que os dentes erupcionam com orientação “normal” durante o desenvolvimento do processo alveolar, existe tecido duro tanto na superfície vestibular quanto na lingual das raízes. Entretanto, nos locais onde os dentes erupcionam em posição facial, o osso vestibular do processo alveolar se torna fino e, algumas vezes, até mesmo desaparece (deiscência, fenestração). são elas - vestibular, marginal e lingual - são contínuas com as paredes externas do osso basal. Tais paredes são compostas por osso cortical denso, enquanto partes mais centrais contêm osso trabecular (termo radiográfico; osso esponjoso, termo anatômico; osso canceloso, termo histológico), o qual contém trabéculas ósseas na medula óssea. exibem continuidade com o osso que reveste os alvéolos, o qual pode ser o osso alveolar propriamente dito ou o osso fasciculado. As tábuas corticais (paredes externas) do processo alveolar encontram o osso alveolar propriamente dito na crista no septo interdental. Nos indivíduos com periodonto saudável, a crista do septo está localizada 1 a 2 mm apicalmente da junção cemento– esmalte. Considerações gerais: Bandeja de instrumental: Os procedimentos cirúrgicos periodontais normalmente envolvem as seguintes etapas (instrumentos) Incisão e excisão (bisturis periodontais Afastamento e reposicionamento de retalhos de mucosa (descoladores de periósteo Remoção de tecido fibroso e granulomatoso aderido (pinçagoiva para tecido mole e tesouras para tecido Raspagem e alisamento radicular (raspador e curetas Remoção de tecido ósseo (pinça-goiva, cinzéis, limas Seccionamento radicular (brocas Sutura (porta-agulhae fio de sutura, tesoura para sutura Aplicação de cimento cirúrgico (instrumentos plásticos) Uma bandeja-padrão reúne instrumentos utilizados em cirurgia oral e alguns instrumentos periodontais. Com frequência, encontram-se em tais bandejas os seguintes instrumentos: Espelhos orai Sonda periodontal/exploradora graduad Cabo de bisturi descartáve Descolador mucoperiosteal e retrator de tecid Raspadores e cureta Pinça para algodão (compatível com pinça de Ewald Pinça para gaz Tesoura para tecid Porta-agulh Tesoura para sutur Instrumento plástic Pinça hemostátic Brocas Instrumentais em cirurgia periodontal Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 30 Equipamento adicional pode incluir: Seringa para anestesia local, Seringa para irrigação, Ponta para aspiração, Soro fisiológico, Campo cirúrgico para o paciente e Luvas e máscaras cirúrgicas e gorro. raspagem e o alisamento radicular em conjunto com a cirurgia periodontal são realizados nas superfícies radiculares expostas. O acesso às superfícies radiculares para desbridamento também pode ser obtido com o uso de instrumentos comparativamente robustos. Brocas diamantadas com granulação fina podem ser utilizadas em bolsas infraósseas, concavidades radiculares e entrada de furca. Um instrumento ultrassônico com solução salina estéril como líquido refrigerante pode também ser usado para o desbridamento radicular durante a cirurgia. Cinzéis afiados ou pinça-goiva para osso provocam menor dano ao tecido e podem ser empregados sempre que houver acesso adequado. Quando for área de difícil acesso, brocas ou limas cirúrgicas podem ser usadas. deve-se tomar bastante cuidado ao se utilizar o descolador de periósteo para rebater e retrair o tecido a fim de melhorar a visibilidade. Pinças cirúrgicas e retratores de tecido que perfurem os tecidos não devem ser utilizados nas margens do retalho. Porta-agulhas com bicos pequenos e suturas atraumáticas devem ser utilizados. Hemorragia: raramente é um problema em cirurgia periodontal. O sangramento característico desse tipo de cirurgia é normalmente controlado por compressão (gaze estéril umedecida com solução salina). O sangramento de pequenos vasos pode ser interrompido por clampeamento e laqueadura usando uma pinça hemostática e suturas reabsorvíveis. Caso o vaso sanguíneo esteja circundado por osso, o sangramento pode ser interrompido por esmagamento do canal nutritivo pelo qual passa o vaso com um instrumento rombo. Soro fisiológico estéril: é usado para irrigação e hidratação do campo operatório e para refrigeração quando são empregadas brocas. Pode ser colocado em uma cuba metálica estéril na bandeja de instrumentos e aplicado na ferida com uma seringa plástica estéril descartável. Aspirador: A visibilidade do campo operatório é assegurada pelo uso de sucção efetiva. A luz da ponta do aspirador deve ter um diâmetro menor do que o resto do tubo para evitar entupimento. Campos cirúrgicos: A cabeça do paciente deve estar coberta por campos cirúrgicos de algodão autoclavados ou de papel/plástico estéreis e descartáveis. O cirurgião e toda a sua equipe devem usar luvas e máscaras cirúrgicas e gorro estereis. Raspadores e curetas: Instrumentos para remoção óssea: Instrumentos para manipulação dos retalhos: Equipamento adicional Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 31 O objetivo do periograma é registrar as recessões gengivais, profundidades de sondagem e níveis de inserção em seis sítios por dente ou implante em mm. Para todas as medidas, parece ser razoável arredondar para cima as leituras avaliadas com a sonda periodontal. como primeira medida é a distância da margem gengival clínica a qualquer referência, como, na maioria dos casos, a junção cemento-esmalte. As margens das coroas e as margens das restaurações devem ser escolhidas como referência, desde que sejam pelo menos 3 mm apicais à junção cemento-esmalte (JCE), caso contrário, uma linha de referência imaginária deve ser escolhida no local da junção cemento-esmalte verdadeira. como a segunda medida é a distância entre a margem gengival e o fundo do sulco gengival ou a bolsa periodontal, respectivamente. para cada sítio pode ser calculado de acordo com a seguinte fórmula Profundidade de sondagem (mm)- Margem gengival (mm) = Nível de Inserção Margem gengival: Profundidade de sondagem: Nível de Inserção: Num periodonto saudável, a junção cemento-esmalte está localizada abaixo da margem gengival e imediatamente acima do nível de inserção. Não existe perda de inserção em sítios com o periodonto saudável. Neste caso, os valores para a margem gengival 1 e profundidade de sondagem 2 são idênticos. Nível de Inserção 0mm = Profundidade de Sondagem 2mm - Margem Gengival 2mm Em alguns casos, a junção cemento-esmalte pode estar localizada muito abaixo da margem gengival, mas ainda imediatamente acima do nível de inserção. Isso ocorre nos casos de crescimento gengival excessivo ou hiperplasia gengival. Nesse caso, novamente, os valores da margem gengival 1 e da profundidade de sondagem 2 são idênticos. Nível de inserção 0mm = Profundidade de sondagem 5mm - Margem gengival 5mm Preenchimento do periograma Periodonto saudável Hiperplasia gengival Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 32 A recessão gengival é a condição observada quando a margem gengival está localizada apicalmente à junção cemento-esmalte. O valor anotado como margem gengival 1 deve ser registrado como um valor negativo. Nível de Inserção 6mm = Profundidade de Sondagem 2mm - Margem Gengival -4mm Recessão gengival Em alguns locais doentes, a junção cemento-esmalte pode estar localizada um pouco abaixo ou acima da margem gengival. A distância entre a margem gengival e o fundo da bolsa periodontal é então registrada como a profundidade de sondagem periodontal 2. Nível de Inserção 5mm = Profundidade de Sondagem 7mm - Margem Gengival 2mm Bolsa periodontal A seleção dos seis locais por dente ou implante para o registro das bolsas periodontais e dos níveis de inserção é crítica. Cada dente ou implante é dividido em seis seções quando observado a partir da face oclusal. O local com a maior profundidade de sondagem periodontal ou peri-implantar deve ser registrado para cada seção. Seis sítios por dente ou implante As furcas de todos os molares e primeiros pré-molares do arco superior devem ser avaliadas com a sonda para a região de furca (Nabers). O componente horizontal da sondagem é graduado de acordo com o seguinte critério: Gravidade do envolvimento de furca Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 33 Grau 0 = Furca não detectável Grau 1 = Furca detectável, com um componente horizontal de sondagem ≤3mm Grau 2 = Furca detectável, com um componente horizontal >3mm Grau 3 = Trespasse horizontal lado a lado A mobilidade dentária pode ser determinada usando dois instrumentos de extremidade única e avaliada de acordo com os critérios. Grau 0 = Mobilidade dentária normal (fisiológica) Grau 1 = Mobilidade detectável (até 1 mm horizontalmente) Grau 2 = Mobilidade detectável (mais de 1 mm horizontalmente) Grau 3 = Mobilidade dentária vertical detectável Mobilidade dentária Uma nova reforma do sistema de classificação foi dirigida pela Associação Americana de Periodontologia (AAP) e pela EFP, em novembro de 2017. Foram realizadas alterações significativas na classificação precedente, a classificação de 1999, através do trabalho conjunto de uma equipa com mais de 100 especialistas. Esta nova classificação divide-se em dois grandes gruposprincipais: condições/doenças periodontais e condições/doenças peri-implantares. Nova classificação da doença periodontal Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 34 Saúde Periodontal: deixa-se de classificar saúde periodontal como ausência absoluta de inflamação gengival. Os principais fatores determinantes de saúde periodontal incidem maioritariamente na resposta do hospedeiro, nos depósitos microbianos presentes e no ambiente. Com esta nova classificação, surge a divisão de saúde periodontal em duas categorias Saúde periodontal num periodonto intacto - ausência de BOP; ausência de eritema/edema; paciente sem sintomatologia; ausência de perda óssea não fisiológica (1.0 – 3.0 mm é considerado normal) Saúde periodontal num periodonto reduzido - igual ao anterior, mas admite a presença de perdas de aderência Gengivite – caracteriza-se pelo rubor, edema e ausência de perda de aderência. Pode ser de dois tipos: Condições e doenças periodontais Periodontite necrosante: Periodontite como manifestação de doenças sistémicas: Periodontite: Trata-se de uma condição infeciosa, no entanto, podem estar presentes fatores predisponentes: etiologia bacteriana. Com a nova classificação, passam a ser classificadas de acordo com o paciente: periodontite necrosante num paciente medicamente comprometido (condições crónicas severas) e periodontite necrosante em pacientes comprometidos temporariamente, ou pacientes comprometidos de severidade intermédia Os casos de Periodontite como manifestação de doenças sistémicas devem ser classificados com base na doença sistémica primária. Grande parte das desordens sistémicas associadas a perdas significativas de tecidos periodontais têm como etiologia fatores genéticos (decorrentes de mutações de genes ou cromossomas). Estas desordens genéticas incluem doenças imunológicas, doenças que afetam a mucosa oral, os tecidos gengivais, e tecido conjuntivo, bem como desordens metabólicas e endócrinas. Porém, parte destas desordens sistémicas pode ser adquirida, ou pode ainda ter etiologia inflamatória. O novo sistema de classificação das doenças e condições periodontais classifica a DP segundo o seu estadio, grau e extensão. Esta categoria será abordada com mais detalhe no próximo capítulo, no entanto, de uma forma resumida, podemos verificar como esta se subdivide: A) Estadio (classifica a doença consoante a sua severidade e complexidade Periodontite inicia Periodontite moderad Periodontite grave com potenciais perdas dentária Periodontite grave com potencial perda da dentição B) Extensão e distribuição: classifica-se como periodontite localizada ou generalizada, consoante a percentagem de dentes afetados (<30% e >30%, respetivamente) Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 35 C) Grau (representa o risco de progressão da doença) Taxa de progressão baixa Taxa de progressão moderada Taxa de progressão rápida (13) Para classificarmos uma condição como periodontite, clinicamente, deve existir perda de inserção em 2 ou mais pontos interproximais não adjacentes, ou perda de inserção de ≥3 mm em pelo menos 2 dentes (exceto casos em que essa perda de inserção se deve a trauma ou cáries). Após a determinação do estadio, devemos classificar a extensão da doença como sendo localizada (≤30% dos dentes estão afetados), generalizada (>30% dos dentes encontram-se afetados) e padrão incisivo molar. Clinicamente: Extensão: Estadio Características determinantes Características secundárias Fatores modificadores I II III IV 1-2mm de perda de inserção interproximal (no pior ponto) ou RBL no terço coronal <15%; 3-4mm de perda de inserção interproximal (no pior ponto) ou RBL no terço coronal de 15-33% ≥5mm de perda de inserção interproximal (no pior ponto) ou RBL até metade/ terço apical da raiz ≥5mm de perda de inserção interproximal (no pior ponto) ou RBL até metade/ terço apical da raiz PS≤4mm, sem dentes perdidos por periodontite; RBL com padrão horizontal - - PS≤5mm, sem perdas dentárias por periodontite; RBL com padrão horizontal - PS≥6mm, com perdas dentárias devidas à DP (até 4 dentes perdidos); pode haver RBL de padrão vertical (até 3mm), lesões de furca (graus II e III) e defeito de rebordo moderado - ≥5 dentes perdidos por DP; em adição aos fatores de complexidade do estadio III, pode haver ainda disfunção mastigatória, trauma oclusal secundário, defeito de rebordo grave Licensed to Luiz Eduardo Nunes de Sá - eduardonunes39@outlook.com - 15382860688 William Santos @odontocomwill 36 Grau Característica determinante Características secundárias Fatores de risco modificadores A- Progressão lenta B- Progressão moderada C- Progressão rápida Evidência direta de ausência de progressão de perda de inserção por 5 anos ou perda óssea/ ano ≤0,25mm Evidência direta de progressão <2mm em 5 anos ou perda óssea/ano entre 0,25-1mm Evidência direta de progressão ≥2mm em 5 anos ou perda óssea/ ano >1mm Pacientes com grandes depósitos de biofilme, mas com pouca destruição periodontal Sem fatores de risco (tais como tabagismo e a diabetes mellitus) Destruição compatível com os depósitos de biofilme existentes Tabagismo (<10 cigarros/dia); HbA1c <7% em pacientes com diabete mellitus Destruição óssea superior ao expectável para a quantidade de biofilme presente; suspeita de períodos de progressão rápida e/ou estabelecimento precoce da doença Tabagismo (>10 cigarros por dia) ou HbA1c >7% em pacientes com diabete mellitus Saúde peri-implantar: Peri-implantite: como sendo a ausência de sinais inflamatórios, como hemorragia e/ou supuração à sondagem (se estas estiverem presentes, podem ser indicativas de uma mucosite peri-implantar). Em adição, os valores de PS (numa reavaliação), não podem ser superiores aos valores anteriores, para se classificar como saudável, bem como ausência de perda óssea para além do nível da crista óssea. condição patológica associada ao acúmulo de placa bacteriana, que ocorre nos tecidos periféricos a um implante, e que se caracteriza pela inflamação da mucosa peri-implantar e pela perda subsequente de massa óssea. Estamos perante um caso de peri-implantite sempre que se tem uma combinação de: hemorragia e/ou supuração à sondagem; aumento dos valores de PS em exames consequentes; alterações ao nível da remodelação óssea. É possível classificar uma peri-implantite se no quadro clínico estiver presente a hemorragia/ supuração pós-sondagem, PS>6mm e nível ósseo >3mm, apicalmente à porção mais coronal da porção intra-óssea do implante. Condições e doenças peri-implantares Referência: Costa R P. Nova classificação das doenças e condições periodontais- um algoritmo de diagnóstico. Porto, 2019. 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