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Apostila de periodontia

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Apostila de 
Periodontia 
 
 
 
 
Anatomia do periodonto 
Periodontia: estuda os tecidos de 
revestimento e suporte dos dentes naturais, 
sua fisiologia, alterações patológicas e 
diferentes formas de tratamento. 
PERI = em torno de + ODONTO = dente. 
Função: inserção dos dentes nos tecidos 
ósseas dos maxilares e manter a integridade 
da superfície da mucosa da cavidade oral. 
Mucosa oral 
FUNÇÃO 
Proteção: Mecânica (barreira contra 
agressões extensas; 
Sensorial: receptores aos estímulos térmicos; 
Secreção: ductos secretores de saliva. 
CLASSIFICAÇÃO 
Mucosa mastigatória: gengiva e palato duro; 
Mucosa especializada: dorso da língua; 
Mucosa de revestimento: fundo de vestíbulo. 
 
Gengiva 
Consiste em uma camada epitelial e um 
tecido conjuntivo subjacente (na gengiva é 
chamado de lâmina própria somente na 
mucosa oral). 
FUNÇÕES: 
Proteção do ligamento periodontal e do osso 
alveolar ao trauma da mastigação e da 
invasão microbiana. 
A gengiva é queratinizada da margem 
gengival à linha muco-gengival. 
 
As áreas da gengiva não queratinizadas são: 
Região de COL e mucosa alveolar. 
Gengiva 
Ligamento 
periodontal 
Cemento 
Osso alveolar 
Periodonto de sustentação 
Cemento 
Tecido conjuntivo, mineralizado, 
especializado, avascular, sem inervação, sem 
vasos linfáticos, baixo metabolismo, 
semipermeável, não sofre remodelação, 
deposição contínua em camadas. 
Tecido calcificado - 65% do peso é 
hidroxiapatita (mineral), recobre a superfície 
radicular dos dentes, possui fibras colágenas 
e matriz orgânica. 
FUNÇÕES: 
• Ancoragem do dente ao osso; 
• Inserir as fibras do ligamento periodontal; 
• Reparo a danos a raíz. 
Cemento acelular 
Primeiro que se forma - fibras extrínsecas, 
encontrado nas porções coronárias e média. 
Não há deposição ao longo da vida. 
Cemento celular 
Presente no ápice - fibras intrínsecas e 
cementócitos, há deposição ao longo da vida. 
Limite amelocementário (JCE) 
Constitui a separação anatômica entre coroa 
e a raiz do dente. É o ponto de referência 
para determinar o aumento da gengiva. 
Ligamento periodontal 
Tecido conjuntivo frouxo especializado, muito 
vascularizado, extremamente inervado, com 
vasos linfáticos e alto metabolismo. 
FUNÇÕES: 
• Nutrição, sensorial, hemostática, 
regenerativa; 
• Distribuição e absorção de forças oclusais; 
• Mobilidade (fisiológica) e movimentação 
(ortodontia). 
• Largura média: 0,25mm 
Fibras do ligamento periodontal 
1 - Oxitalânicas; 
2 - Colágenas: 
• Fibras da crista alveolar; 
• Fibras horizontais; 
• Fibras oblíquas; 
• Fibras apicais. 
 
 
Células do ligamento periodontal 
• Fibroblastos; 
• Cementoblastos; 
• Osteoblastos. 
Restos epiteliais de Malassez (células epiteliais) 
que aparecem no ligamento como cordões 
entrelaçados ou em pequenos agrupamentos 
junto a superfície do cemento. 
Matriz do tecido conjuntivo 
É o líquido do tecido conjuntivo; 
Produzida pelos fibroblastos; 
Tem função estrutural e de amortecimento; 
Contém: proteoglicanas, glicoproteínas, 
lipídios e água. 
Osso alveolar 
Dividido em três partes: 
Processo alveolar: porção da maxila e 
mandíbula que suporta os alvéolos dentais, 
parte mais superficial do osso; 
Osso alveolar propriamente dito: 
porção interna do osso alveolar (lâmina dura), 
dentro do processo alveolar; 
Osso basal: porção apical da mandíbula e 
maxila. 
Deficiências ósseas 
Fenestração: ausência de osso, porém sem 
envolver a parte mais coronária da raiz, 
próximo a cervical dos dentes. 
Deiscência: ausência de osso na porção 
coronária das raízes, próximo a cervical dos 
dentes. 
 
Gengiva marginal livre 
Está a margem dos tecidos gengivais, na 
superfície do esmalte, encostada no esmalte 
do dente. 
Circunda os dentes em formato de colarinho 
(arco côncavo), forma os sulcos gengivais e 
as papilas interdentais. 
Não está aderida a superfície do dente, seu 
limite por fora é chamado de ranhura gengival 
e por dentro de junção amelo cementário. 
O epitélio externo da gengiva livre é 
paraqueratinizado, já o interno sulcular é não 
queratinizado, mas passível de queratinização. 
A linha da junção mucogengival vai separar a 
mucosa alveolar da gengiva inserida. 
Cor - rosa pálido, com dimensão entre 1,5 a 
2mm. Formato - arcos côncavos, superfície 
opaca e consistência firme. 
Gengiva inserida 
Localiza-se imediatamente para apical da 
gengiva marginal, tem início na ranhura 
gengival (JCE) e termina na linha 
mucogengival, onde se torna contínua com a 
mucosa alveolar. 
Está firmemente aderida, inserida ao 
periósteo do osso alveolar e ao cemento 
subjacente através de fibras de tecido 
conjuntivo. 
Aspecto de casca de laranja, rosa-pálida 
(aspecto sadio); tecido bem aderido, caso 
contrário as fibras colágenas são destruídas 
com a inflamação. Sem uma medida padrão. 
Sulco gengival 
Espaço vazio resultante da falta de aderência 
da gengiva marginal. 
Observação: a sonda entra até o final da 
gengiva livre, quando para é o final do sulco 
gengival. 
TIPOS: 
Sulco clínico: onde a sonda penetra 
COL 3 a 2mm (margens livres) 
Sulco histológico: onde termina a gengival 
marginal livre 0,69 a 1,5mm. 
 
Sulco gengival X Bolsa periodontal 
A bolsa periodontal é o aumento patológico 
do sulco gengival (profundidade), causado 
pelas bactérias patológicas que destroem a 
inserção conjuntiva. 
Ao inserir a sonda o ideal é descer até 3mm, 
em dentes com patologia há o aumento da 
profundidade do sulco. 
Gengiva inserida 
É a papila interdental, que prende as ameias 
interdentárias, constituída de gengiva marginal 
e gengiva inserida. 
Tem o formato piramidal nos dentes 
anteriores e em sela nos dentes posteriores; 
sendo mais achatada no sentido vestíbulo 
lingual. 
COL gengival - depressão que supera as 
papilas interdentárias numa porção vestibular 
e uma porção palatina/lingual em região de 
pré e molar. 
• Proximais; 
• Quanto mais posterior, maior a 
distância do COL. 
 
 
 
Espaço biológico 
É o espaço de proteção do dente, principal 
linha de defesa contra bactérias patogênicas 
entre o dente e o osso. 
O espaço biológico é a distância 
compreendida entre a crista óssea alveolar e 
a borda da gengiva marginal livre. 
A distância biológica é construído pelo epitélio 
juncional (0,97mm) e inserção conjuntiva que 
é ligada ao dente por fibras colágenas 
(1,07mm), logo a distância biológica mede 
2,04mm. 
O espaço biológico é constituído pelo epitélio 
juncional (0,97), pela inserção conjuntiva (1,07) 
e pelo sulco gengival (0,69), logo o espaço 
biológico mede aproximadamente 3mm. 
 
Epitélio oral 
Sempre voltado para a cavidade oral, possui 
cristas epiteliais. 
Pavimentoso, ceratinizado e estratificado. 
CÉLULAS 
Ceratócitos: Células predominantes (90%); 
Melanócitos: Melanina (cor); 
Langherans: resposta imune; 
Merkels: função sensorial, através dos 
receptores táteis; 
Células inflamatórias; 
Com exceção dos Ceratócitos e das Merkels, 
todas são chamadas de células claras (pois 
não possuem ceratina). 
As células produzem ceratina possuem um 
núcleo escuro. 
Diferenciação dos ceratinócitos 
O epitélio é sempre renovado através dos 
ceranócitos que vão sofrendo diferenciação 
e especialização continuam ao atravessar o 
epitélio, desde a camada basal até a superfície 
epitelial, quando, então descamam a 
superfície do tecido. 
Camadas 
1 - Basal: Células com alto poder 
proliferativo, alimentam o estrato espinhoso. 
2 - Espinhosa: Células proliferativa; 
3 - Granulosa; 
4 - Córnea: Queratina - células esfoliadas. 
A regeneração do epitélio é dita fisiológica. 
 
 
 
Epitélio do sulco 
• Reveste o sulco gengival; 
• Células cúbicas; divide-se por mitose; 
• Pavimentoso, estratificado, não 
queratinizado; 
• Semipermeável, com passagem de 
produtos bacterianos e sulco 
gengival. 
 
Epitéliojuncional 
Escamoso, estratificado, não queratinizado. 
Nesse epitélio tem a inserção da gengiva no 
dente (através de hemidesmossomos), por 
isso a sonda para, pois é onde começou o 
epitélio juncional, onde está fortemente 
aderido. 
Alto índice de renovação que ocorre na 
camada basal. Células achatadas com eixo 
longitudinal paralelo a superfície do dente. 
 
Tecido conjuntivo 
Tipos de fibras: fibras colágenas (60%), 
elásticas, reticulares, Oxitalânicas. 
Tipos de células: Fibroblastos, mastócitos, 
macrófagos, células inflamatórias, vasos e 
nervos. 
O tecido conjuntivo gengival é conhecido 
como lâmina própria e consiste em duas 
camadas: 
Camada papilar - consiste em projeções 
papilares entre as cristas epiteliais. 
Camada reticular - contígua com o 
periósteo do osso alveolar. 
Os três tipos de fibras do tecido conjuntivo 
são: 
• Colágenas; 
• Reticulares; 
• Elásticas. 
Os feixes de fibras colágenas gengivais 
reforçam a gengiva e fornecem a resiliência 
e tônus necessário para a manutenção da 
forma arquitetônica e a integridade da união 
dento gengival. 
 
O colágeno tipo I - Compõe a massa da 
lâmina própria e proporciona força tensional 
ao tecido gengival. 
 
O colágeno tipo IV- divide-se entre os 
feixes de colágeno tipo I e é contínuo com 
as fibras da membrana basal e as paredes dos 
vasos sanguíneos 
O sistema de fibras elásticas é composto de 
fibras Oxitalânicas, elaunínicas e elastinas 
distribuídas entre as fibras colágenas. 
Suprimento sanguíneo, 
linfático e nervoso 
 
A drenagem do fluido tecidual e a 
disseminação de inflamações dependem da 
microcirculação, dos vasos sanguíneos e dos 
vasos linfáticos. 
 
No quadro de gengivite e periodontite, a 
microcirculação e a formação vascular 
alteram muito a rede vascular diretamente 
sob o epitélio sulcular gengival e epitélio 
juncional. 
 
Fontes de suprimento sanguíneo 
Arteríolas supraperiosteais : Ao longo 
das superfícies vestibular e lingual do osso 
alveolar, das quais capilares se estendem ao 
longo do epitélio sulcular e entre as cristas 
epiteliais da superfície externa gengival. 
 
Vasos do ligamento periodontal: Se 
estendem para a gengiva e anastomosam 
com os capilares na área do sulco. 
 
Arteríolas: Emergem da crista do septo 
interdental e se estendem paralelamente à 
crista óssea e se anastomosam com vasos do 
ligamento periodontal. 
 
O sistema linfático desempenha um 
importante papel na inflamação, ao remover 
o excesso de fluidos, os debris celulares e 
proteicos, microrganismos e outros 
elementos, além do controle da difusão. A 
drenagem linfática da gengiva ocorre nos 
vasos linfáticos do tecido conjuntivo papilar. 
 
A inervação gengival é derivada das fibras 
provenientes dos nervos no ligamento 
periodontal e dos nervos labiais, bucais e 
palatinos. 
 
Diagnóstico periodontal 
Diagnóstico clínico 
A doença periodontal são encontradas em 
todos os grupos de pacientes diferentes, 
independentemente da idade, raça, sexo ou 
nível socioeconômico. 
 O exame periodontal deve ser realizado em 
todos os pacientes dentados. 
 
Anamnese Periodontal 
1. Queixa Principal; 
2. História familiar e social; 
3. História dentária; 
4. Hábitos de higiene oral; 
5. História de pacientes tabagistas (fator 
etiológico); 
6. História médica e medicamentos 
Queixa principal 
Vai-se perguntar o que o paciente está 
sentindo; 
Identificar as necessidades e expectativas do 
paciente para o atendimento. 
 
História familiar e social 
Entender qual ambiente social e econômico o 
paciente vive; 
Investigar histórico familiar, principalmente as 
formas mais avançadas. 
 
Exame bucal 
Avaliação dos cuidados dentários anteriores e 
as visitas de manutenção; 
Obtenção de informações em relação a sinais 
e sintomas de periodontite percebidos pelo 
paciente (migração e mobilidade dental, 
sangramento gengival, impactação alimentar 
e dificuldade na mastigação); 
 
Hábitos de higiene oral 
Questionar a rotina e hábitos e cuidados com 
a higiene oral; (frequência e duração da 
escovação, uso de fio dental e fluoretos). 
 
 
 
História de pacientes tabagistas 
Enfatizar os riscos do cigarro, quanto tempo 
o paciente fuma ou quanto tempo deixou de 
fumar. 
TABAGISMO: segundo fator de risco para 
doença periodontal, o primeiro é a cárie 
dentária; 
Fumantes apresentam perda óssea 
acelerada, menores níveis de inserção clínica 
e maior profundidade de bolsas periodontias; 
 
História médica e medicamentos do 
paciente 
A doença periodontal tem relação com todo 
o corpo, logo o histórico de doenças é 
importante (hipertensão, insuficiência renal, 
diabetes), no caso de resposta positiva para 
algum tipo de patologia sistêmica, deve-se 
questionar o uso de medicamentos e 
registrar. 
Uma série de medicamentos causam 
alterações no periodonto, por exemplo, 
medicamentos para hipertensão e epilepsia. 
Investigação das condições como presença 
de doenças cardíacas, vasculares e diabetes. 
Sinais e sintomas das 
doenças clínicas 
CLÍNICOS 
Alterações de cor e textura, vermelhidão e 
exsudato; 
Liberação de exsudato; 
Sangramento à sondagem no sulco gengival; 
(todo tecido inflamado tem tendência 
sangramento); 
Aumento da profundidade de sondagem 
(maiores do que 3 mm); 
Estágios de doença periodontal avançados 
apresentam mobilidade dentária, migração 
ou perda dentária. 
 
RADIOGRÁFICOS 
O primeiro parâmetro a ser avaliado em uma 
radiografia é o limite da crista óssea alveolar; 
• Perda óssea “horizontal” = uniforme; 
• Perda óssea “angular” ou “vertical” = em 
diferentes níveis (mais difícil de tratar). 
 
Parâmetros avaliados 
Gengiva: mudança de cor, textura e 
sangramento à sondagem. O sítio que sangra 
corresponde a inflamação. 
Índice de sangramento à 
sondagem (ISS) 
Sangramento - Infiltrado de células 
inflamatórias; 
Sua presença é o melhor sinal clínico de 
inflamação. 
TÉCNICA 
A pressão aplicada com a sonda deve ser 
sutil, para não causar nenhuma avaria ao 
tecido; 
A angulação da sonda deve ser de 0° (sonda 
sempre paralela ao longo eixo do dente); 
A sonda é inserida 1 mm no sulco e percorre 
a margem da gengiva em movimento 
contínuo sem exercer pressão. 
 
No mesmo momento da profundidade de 
sondagem, também é avaliado o 
sangramento, onde sangra pinta o quadro, se 
não sangrar, deixa o quadrado em branco. 
 
Cálculo do ISS 
Número total de sítios ---------- 100% 
(n° de dentes x 6 (faces) 
Números de sítios que sangraram ---------- X 
 
Índice de placa visível 
Os índices de placa bacteriana são essenciais 
porque permite a distinção da quantidade e 
da localização do biofilme na superfície dos 
dentes. Além de denunciar os hábitos de 
higiene do paciente. 
 
Cálculo do IPV 
N° de sítios com placa/ n° total de sítios x 100 
 
Os fatores retentivos de placas: 
• Cálculo dental; 
• Cavidades cariosas; 
• Restaurações e próteses defeituosas; 
• Restos radiculares; 
• Aumento de volume gengival 
extensos. 
Profundidade de sondagem (PS) 
Distância da margem gengival até o fundo da 
bolsa (ou onde a sonda para); Profundidade 
da BOLSA, registrar ≥4mm. 
Total de 6 sítios (vestibular, mesiovestibular, 
distovestibular, lingual, mesiolingual e 
distolingual); 3 na vestibular e 3 na 
palatina/lingual. 
Distância medida com um sonda milimetrada. 
TÉCNICA 
“Escaneamento” da superfície radicular. 
 
Exsudato, sangramento e supuração 
subgengival 
É importante avaliar a presença de exsudato, 
sangramentos e supuração durante a 
realização do exame de profundidade de 
sondagem, já que é o que define a atividade 
de doença. 
Deste modo, ao inserir a sonda periodontal e 
sua ponta entrar em contato com os vasos 
expostos pela perda de continuidade do 
epitélio sangra. 
 
Níveis de inserção clínico 
É a quantidade de tecido de suporte que o 
dentejá perdeu; 
É a medida da distância da junção 
amelocementária até o fundo do sulco 
gengival/bolsa gengival, indica o grau de 
destruição periodontal. 
 
A - a margem gengival está coronalmente à 
junção amelocementária, nesse caso A é um 
exemplo de HIPERPLASIA GENGIVAL. 
B - a margem gengival está coincidindo com 
a junção amelocementária. 
C - é um caso em que a margem gengival 
está apicalmente à junção é um caso de 
RECESSÃO GENGIVAL. 
A linha azul (LAC) é a junção amelocementária, 
a linha preta mais grossa é a margem gengival. 
Envolvimento de furca 
Avalia a progressão da perda de inserção em 
dentes multirradiculares (posteriores), o 
tratamento é complexo e depende do grau 
e tem um mal prognóstico. 
A identificação do grau é essencial para 
diagnóstico e plano de tratamento adequado. 
GRAU I: Inicial, perda horizontal dos tecidos de 
suporte de não mais que 1/3; 
GRAU II: Parcial - perda horizontal dos tecidos 
de suporte de mais de 1/3, mas não passa de 
um lado para o outro; 
GRAU III: Total - perda horizontal dos tecidos 
de suporte que passa de um lado para o 
outro. 
 
Mobilidade dentária 
A mobilidade dentária é resultado do 
alargamento do ligamento periodontal e 
redução na altura dos tecidos de suporte (ou 
combinação de ambos). Esse alargamento 
pode ocorrer devido a doença periodontal ou 
devido a trauma oculsal. 
É avaliado sempre com o cabo do espelho 
por vestibular e a polpa do dedo por lingual 
ou palatina ou cabo de dois instrumentais. 
Classificação de Miller (1950) 
GRAU 0: mobilidade fisiológica ao nível da 
coroa de 0,1 a 0,2 mm no sentido horizonta; 
GRAU 1: mobilidade da coroa < ou = 1 no 
sentido horizontal; 
GRAU 2: mobilidade da coroa > 1 mm no 
sentido horizontal; 
GRAU 3: mobilidade da coroa nos sentidos 
horizontal e vertical. 
 
 
 
 
 
 
Ficha de Periograma 
Nova classificação periodontal 
No mês de junho de 2018, foi lançado o 
Proceedings do Workshop Mundial para a 
Classificação das Doenças e Condições 
Periodontais e Peri-Implantares, o qual 
ocorreu de 9 a 11 de novembro de 2017 em 
Chicago, nos Estados Unidos. 
Esta publicação é um esforço conjunto da 
Academia Americana de Periodontia e da 
Federação Europeia de Periodontia e substitui 
a classificação até então vigente. 
Para as condições periodontais, há três 
grupos: 
1. Saúde Periodontal, Condições e 
Doenças Gengivais, subdividido em: 
• Saúde periodontal e saúde gengival; 
• Gengivite induzida pelo biofilme; 
• Doenças gengivais não induzidas pelo 
biofilme. 
 
2. Periodontite, subdividido em: 
• Doenças periodontais necrosantes; 
• Periodontite; 
• Periodontite como manifestação de 
doenças sistêmicas. 
3. Outras Condições que afetam o 
Periodonto, subdividido em: 
• Manifestações periodontais de doenças ou 
condições sistêmicas que afetam os 
tecidos periodontais de suporte; 
• Abscessos periodontais e lesões 
endoperiodontais; 
• Condições e deformidades 
mucogengivais; 
• Forças oclusais traumáticas; 
• Fatores relacionados ao dente e às 
próteses; 
• Para as condições peri-implantares, estas 
foram divididas em saúde peri-implantar; 
mucosite peri-implantar; Peri-implantite; e 
deficiências nos tecidos peri-implantares. 
Periodontite 
Definida como “doença inflamatória crônica 
multifatorial associada com biofilme disbiótico 
e caracterizada pela destruição progressiva 
do aparato de inserção dental”. 
Clinicamente, caracteriza-se por: Perda de 
inserção detectada em dois ou mais sítios 
interproximais não adjacentes; ou pela perda 
de inserção de 3 mm ou mais na vestibular 
ou lingual/palatina em pelo menos 2 dentes, 
sem que seja por causa de: 
1) recessão gengival de origem traumática; 
 2) cárie dental estendendo até a área 
cervical do dente; 
3) presença da perda de inserção na face 
distal de um segundo molar e associado ao 
mau posicionamento ou à extração de 
terceiro molar; 
4) lesão endoperiodontal drenando por meio 
do periodonto marginal; 
5) ocorrência de fratura radicular vertical. 
A Periodontite é classificada de acordo com 
seu ESTÁGIO e seu GRAU. 
Estágio 
A classificação de estágios está relacionada 
com a severidade da doença. Os estágios da 
periodontite devem ser primariamente 
definidos pela perda clínica de inserção, 
denominadas como “característica 
determinante”. 
Em sua ausência, utiliza-se perda óssea 
radiográfica. Caso haja “fatores de 
complexidade” (por exemplo, lesões de furca 
ou mobilidades avançadas), sobe-se o estágio 
ao pior cenário encontrado, de acordo com 
o descrito abaixo em “fatores que modificam 
o estágio”. Em pacientes tratados, o estágio 
não deve diminuir. Para todos os estágios, 
deve-se classificar ainda quanto à extensão: 
localizada (até 30% dos dentes afetados), 
generalizada (30% dos dentes ou mais) ou 
padrão molar/incisivo. 
Os estágios são definidos em: 
 
ESTÁGIO I 
Característica determinante: 1-2 mm de perda 
de inserção interproximal no pior sítio ou 
perda radiográfica no terço coronal (< 15%). 
Características secundárias: profundidade de 
sondagem de até 4 mm, sem perda dental 
devido à periodontite e padrão de perda 
óssea horizontal. 
ESTÁGIO II 
Característica determinante: 3-4 mm de 
perda de inserção interproximal no pior sítio 
ou perda radiográfica no terço coronal (15-
33%). 
Fatores que modificam o estágio: 
profundidade de sondagem de até 5mm, sem 
perda dental devido à periodontite e padrão 
de perda óssea horizontal. 
ESTÁGIO III 
Característica determinante: 5 mm ou mais 
de perda de inserção interproximal no pior 
sítio ou perda óssea radiográfica se 
estendendo à metade ou ao terço apical da 
raiz. 
Fatores que modificam o estágio: 
profundidade de sondagem de 6mm ou mais, 
com perda dental devido à periodontite em 
até 4 dentes. Pode ter perda óssea vertical 
de até 3 mm, lesões de furca grau II ou III e 
defeito de rebordo moderado. 
ESTÁGIO IV 
Característica determinante: 5 mm ou mais 
de perda de inserção interproximal no pior 
sítio ou perda óssea radiográfica se 
estendendo à metade ou ao terço apical da 
raiz. 
Fatores que modificam o estágio: perda 
dental de 5 ou mais dentes devido à 
periodontite. Além dos fatores de 
complexidade listados no estágio III, pode 
ocorrer disfunção mastigatória, trauma oclusal 
secundário (mobilidade grau 2 ou 3), defeito 
de rebordo grave, problemas mastigatórios, 
menos de 20 dentes remanescentes (10 
pares de antagonistas). 
Grau 
O grau reflete as evidências, ou o risco, de 
progressão da doença e seus efeitos na 
saúde sistêmica. Inicialmente, todo paciente 
com periodontite deve ser considerado como 
grau B e, assim, modificar esse grau (para A 
ou C) de acordo com: 
1) evidências diretas de progressão; 
2) evidências indiretas. 
Após a determinação da graduação da 
periodontite pela evidência de progressão, o 
grau pode ser modificado pela presença de 
fatores de risco (tabagismo e diabetes 
mellitus). 
GRAU A 
Progressão lenta Característica determinante: 
evidência direta de não progressão de perda 
de inserção por 5 anos ou indireta de perda 
óssea/ano de até 0,25 mm. 
Características secundárias: pacientes com 
grande acúmulo de biofilme, mas pouca 
destruição periodontal. 
Fatores de risco que podem modificar a 
graduação: sem fatores de risco (tabagismo 
ou diabetes mellitus). 
GRAU B 
Progressão moderada Característica 
determinante: evidência direta de progressão 
inferior a 2 mm em 5 anos ou indireta de 
perda óssea/ano de 0,25-1 mm. 
Características secundárias: destruição 
compatível com depósitos de biofilme. 
Fatores de risco que podem modificar a 
graduação: fumantes abaixo de 10 cigarros ao 
dia ou HbA1c < 7% em pacientes com 
diabetes mellitus. 
GRAU C 
Progressão rápida Característica 
determinante: evidência direta de progressão 
igual ou superior a 2 mm em 5 anosou 
indireta de perda óssea/ano superior a 1 mm. 
Características secundárias: a destruição 
excede ao esperado para a quantidade de 
biofilme. Padrões clínicos específicos sugerem 
períodos de rápida progressão e/ou 
acometimento precoce da doença (por 
exemplo, padrão molar/incisivo e ausência de 
resposta esperada às terapias de controle do 
biofilme). 
Fatores de risco que podem modificar a 
graduação: tabagismo (10 ou mais cigarros/dia) 
ou pacientes com diabetes mellitus (HbA1c 
igual ou superior a 7%). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controle do biofilme dental 
Biofilme Dental: É uma comunidade complexa 
de espécies bacterianas que residem sobre a 
superfície dos dentes e dos tecidos moles 
(bactérias, matriz orgânica derivada de 
proteínas salivares, polissacarídeos, células 
epiteliais, leucócitos e macrófagos). 
Quando o biofilme está sendo formado não 
tem bactérias e chama-se de película 
adquirida, tem-se apenas glicoproteínas e 
proteínas acumuladas na superfície do dente. 
Se não remove esta película adquirida, depois 
de um tempo, esta película adquirida vai 
começar a ser contaminada por 
microrganismos que passa a chamar biofilme 
dental. 
O que vai fazer com que o biofilme 
desenvolva cárie ou doença periodontal é o 
tipo de bactéria presente no biofilme, pois o 
biofilme pode ser colonizado tanto por 
bactérias cariogênicas, quanto por bactérias 
periodontopatogênicas. 
 
A presença de biofilme dental não determina 
o aparecimento da doença; a resposta do 
hospedeiro e a presença de microbiota 
patogênica é que determinarão o seu 
aparecimento. 
Métodos mecânicos para 
controle da placa bacteriana 
• Escovas manuais e elétricas; 
Métodos auxiliares: 
• Fio fita dental; 
• Escovas uni ou bitufo; 
• Escovas interdentais; 
 
Métodos realizados pelo 
Cirurgião-Dentista 
• Raspagem e alisamento radicular; 
• Profilaxia mecânica.; 
• Aplicação de flúor. 
 
Características da escova ideal 
• Cabeça pequena e reta; 
• Empunhadura longa e ampla; 
• Cerdas retas de nylon macias com 
pontas arredondadas (0,2 mm x 10 mm); 
• Multitufos. 
• Nenhum desenho é superior ao outro, 
se o modelo que o paciente usa remove 
corretamente, não precisa trocar 
 
Técnicas de escovação 
Técnica de Rolagem (Stillman) 
Técnica vibratória; 
Escova posicionada em sentido apical, 
formando ângulo de 45º em relação ao longo 
eixo; 
Movimento no sentido coronário 
empregando-se pressão moderada; 
Posição vertical da escova em áreas 
anteriores; 
Movimento vibratório leve. 
INDICAÇÕES 
Recessão gengival; 
Sensibilidade dentinária; 
“Abutments” circundados por mucosa 
alveolar; 
Tecidos muito finos e friáveis; 
Massageamento e estimulação das gengivas; 
Limpeza das áreas cervicais dos dentes. 
Técnica de Bass 
Escovação sulcular; 
As cerdas da escova na direção oblíqua, 
voltada ao ápice da raiz; 
Inclinação de 45° da escova com o longo eixo 
do dente e as cerdas dentro do sulco na 
região cervical do dente; 
Deslocamento no sentido ântero-posterior, 
sem tirar as cedas do sulco; 
Na lingual ou palatina dos anteriores, a escova 
fica na direção vertical. 
Técnica de Bass modificada 
Foi acrescentado movimentos verticais, após 
os movimentos vibratórios do sentido ântero-
posterior, maior potencial de redução de 
placa. 
 
Técnica de Fones 
Ideal para crianças em idade escolar; 
Movimentos circulares da gengiva da maxila 
até a mandíbula, pegando de dois em dois 
dentes e contando até 10; 
Dentes Cerrados – Faces Vestibulares; 
Faces Oclusais – Movimentos Ântero-
Posteriores; 
Maior potencial de redução de placa, em 
criança e adolescentes, com uso da técnica 
de Fones. 
DESVANTAGENS: 
Incapacidade de higienizar totalmente a coroa; 
Ignora áreas cervicais; 
Potencial de agressão. 
A técnica de escovação ideal é aquela que 
permite uma completa remoção do biofilme 
dental no menor tempo possível, sem causar 
nenhum dano aos tecidos periodontais, assim, 
não tem supremacia de técnicas, elas devem 
ser indicadas em determinados casos. 
Instrumentos para controle 
do biofilme 
ESCOVAS ELÉTRICAS 
Indicado em casos que dificultam a higiene 
dental (aparelhos fixos, próteses dentais, 
crianças, idosos, hospitalizados). 
Doenças físicas que interferem na capacidade 
motora: 
• Mal de Parkinson; 
• Síndrome de Down; 
• Sequelas do AVC. 
 
FIO/FITA DENTAL 
Somente a escovação não é suficiente para 
controlar a placa dentária, lesões periodontais 
predominam em áreas interproximais. A placa 
inicia o acúmulo em áreas interproximais. 
Indispensáveis para remoção de placa da 
região interproximal; 
Fios de seda ou fibras de náilon, podendo ser 
revestidos com cera / teflon (polímeros); 
Fita dental: maior superfície de contato com 
o dente; mais fácil de ser inserida. 
 
ESCOVAS INTERDENTAIS 
INDICAÇÕES: 
Espaço interdentais mais amplos; 
Defeitos de furca; 
Áreas difíceis de serem atingidas com a 
escova tradicional; 
Uso de aparelho fixo; 
Uso de prótese total fixada por implantes. 
 
RASPADOR DE LÍNGUA 
A língua é um reservatório de 
microrganismos; 
Influência na halitose, devido a formação de 
compostos sulfurados voláteis. 
 
PASSA FIO 
Auxilia no acesso à região interproximal; 
INDICAÇÕES: 
Pacientes com aparelhos ortodônticos ou 
próteses fixas. 
 
 
PORTA FIO 
Suporte para fio dental auxiliando seu 
controle; 
INDICAÇÕES: 
Pacientes com problemas motores; 
Para facilitar o alcance de áreas de difícil 
acesso. 
 
DENTIFRÍCIOS - PASTA DE DENTE 
O importante é conter flúor para a 
prevenção da cárie. 
Auxiliam em até 70% na remoção da placa. 
Observar a quantidade mínima para crianças 
devido ao risco de ingestão (Grão de arroz). 
 
INGREDIENTES: 
1. Abrasivos: sílica, alumina, fosfato dicálcio e 
carbonato de cálcio (controle da 
pigmentação); 
2. Detergentes: laurel sulfato de sódio 
(atividade antimicrobiana); 
3. Espessantes: sílica e goma (viscosidade do 
produto); 
4. Umectantes: glicerina e sorbitol (prevenir o 
ressecamento após aberta); 
5. Flavorizantes (dá o sabor): menta e hortelã-
pimenta; 
6. Ativos: 
• Triclosan, fluoreto estanhoso e 
clorexidina (controle de placa); 
• Pirofosfatos (agentes anti-cálculo); 
• Polifosfatos (agentes clareadores); 
 
AGENTE QUÍMICO 
INDICAÇÕES 
Adjunto ou substituto do controle mecânico; 
Ausência de coordenação motora; 
Doenças periodontais agudas; 
Após as cirurgias; 
Diminuir a dispersão de microrganismos por 
aerossóis. 
 
EFETIVIDADE 
Alta atividade germicida; 
Amplo espectro de atividade; 
Extrema margem de segurança; 
Atividade por longo período. 
 
LIMITAÇÕES 
Manutenção por um período suficiente; 
Fluxo de fluido gengival; 
Efeito Biofilme. 
 
Clorexidina 0,12% 
 
Ampla ação antimicrobiana (G+ e G-); 
Eficaz contra Fungos, leveduras, HBV e HIV; 
Altera a aderência bacteriana; 
Aumenta a permeabilidade / Precipitação 
citoplasmática; 
Redução de placa: 45 a 61%; 
Redução da gengivite: 27 a 67%. 
EFEITOS COLATERAIS 
Manchamento; 
Alteração do paladar; 
Queimação, irritação e descamação da 
mucosa; 
USO: Bochechos 2x/dia, durante 60s 
(Interação com dentifrícios!!). 
INDICAÇÕES 
Coadjuvante à higiene oral; 
Pós-cirúrgico; 
Pacientes com fixação mandibular; 
Ulceração oral; 
Tratamento de estomatite por prótese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epidemiologia das doenças 
periodontais 
A epidemiologia das doenças aumentam a 
compreensão do processo da doença, é 
importante para descobrir populações de alto 
e baixo risco, para identificar fatores de risco, 
identificar tendências nos padrões da doença, 
avaliar a necessidade de tratamento e 
desenvolver métodos de controle e 
prevenção. 
Fatores de risco para a doença 
periodontal 
Já determinados: 
• Tabagismo; 
• Diabetes; 
• Patogêneses.Prováveis: 
• Álcool; 
• Obesidade; 
• Estresse; 
• Genética; 
Tabagismo 
Indivíduos fumantes apresentam maiores 
prevalência, extensão e severidade de 
doença periodontal e podem ter até 8x mais 
chances a apresentar periodontite grave. 
 
O fumo passou a ser considerado um dos 
principais fatores de risco para a periodontite. 
Mecanismos pelos quais o tabagismo afeta a 
saúde periodontal: 
• Alterações na microbiota.; 
• Microcirculação periférica.; 
• Resposta imune imediata. 
 
Estudos demonstram que a cessação do 
fumo pode trazer benefícios para o 
tratamento periodontal. Pacientes que 
pararam tiveram menos perda óssea. 
 
Diabetes mellitus 
Pacientes diabéticos têm a doença 
periodontal em maior extensão e severidade 
quando comparados a indivíduos não 
diabéticos. 
TIPOS DE DIABETES 
Tipo 1 - o paciente já nasce com essa 
deficiência na quantidade de insulina (insulina 
dependente). 
Tipo 2 - desenvolve com o tempo, 
consegue-se tratar sem medicação, seguindo 
uma dieta alimentar, atividade física. 
 
Nos indivíduos diabéticos, o estado 
hiperglicêmico provoca danos principalmente 
por meio do acúmulo de produtos finais 
avançados da glicosilação. 
 
Obesidade 
Pessoas com sobrepeso tem uma quantidade 
maior de adipócitos (células de gordura), e 
essa grande quantidade de adipócitos 
contribui para a formação de adipocinas pró-
inflamatórias e essas adipocinas elevadas 
podem desencadear problemas periodontais 
mais severos. 
 
Bactérias 
Os principais agentes associados a 
periodontite são: 
• Aggregatibacter actinomycetencomitans; 
• Tannerella forsythia; 
• Porphyromonas gingivalis; 
• Treponema denticola. 
 
Etiologia e patologia das doenças 
periodontais 
PERIODONTITES 
As características clínicas primárias da 
periodontite incluem: Perda de inserção 
clínica e de ossos alveolar, formação de 
bolsas periodontais e inflamação gengival, 
retração e sangramento gengival, aumento 
na mobilidade podendo ocorrer migração 
e/ou avulsão de dente. 
 
LEUCEMIA 
Sinais clínicos podem surgir na cavidade oral, 
como hipertrofia gengival em região de 
rebordo tanto superior e inferior, hemorragias 
difusas da gengiva. 
 
DOENÇAS CARDÍACAS 
O paciente cardiopata tem maior 
probabilidade de desenvolver de infecções 
maiores, como a endocardite bacteriana. A 
doença periodontal gera o aumento da 
liberação de mediadores inflamatórios, 
podendo aumentar o risco de infarto do 
miocárdio; 
É necessário realizar antibioticoterapia prévia 
aos procedimentos periodontais em casos 
mais graves. 
SÍNDROME DE PAPILLON-LEFÉVRE 
A rápida destruição periodontal é resultante 
dos distúrbios dos fagócitos, que aparece logo 
após a erupção dos dentes decíduos e 
permanentes. Radiograficamente parece que 
os dentes do paciente estão flutuando. 
 
ABCESSO GEGIVAL 
 
Lesão localizada, dolorosa, de rápida 
expansão e, geralmente, de início súbito; 
Causada por impactação de corpo estranho 
(ex: casca de pipoca) em sítios previamente 
sadios ou alterações na integridade radicular. 
Inicia com um aumento de volume vermelho, com 
superfície lisa e brilhante, com área flutuante, 
pontiaguda e exsudato purulento. 
 
ABCESSO PERIODONTAL 
 
De natureza aguda ou crônica, apresenta 
inflamação purulenta relacionada à bolsa 
periodontal. Um sinal clínico que evidencia a 
presença do abcesso é uma elevação ovoide 
ao longo da porção lateral da raiz. 
Está geralmente associado à bolsa profunda 
e é comum a presença de supuração, fistulas 
ou bolsas. 
Ainda, clinicamente pode ser observado dor, 
linfadenopatia, extrusão dental, febre, 
aumento da mobilidade dentária e 
sangramento a sondagem. 
 
ABCESSO PERICORONÁRIO 
 
Predominante na região de terceiros molares 
e em dentes não completamente 
erupcionados (pericoronarite). 
Apresenta sintomatologia intensamente 
dolorosa, inchaço local, inchaço da face, trismo 
e em alguns casos febre e prostração. 
TRATAMENTO 
• Drenagem; 
• Analgésico/anti-inflamatório/antibiótico; 
• Ulectomia - remoção do capuz. 
 
GENGIVITE 
 
Doença Inflamatória e imunológica, que 
clinicamente apresenta presença de biofilme 
que inicia/potencializa a lesão (inflamação), 
sangramento ao toque e edema gengival, 
aumento do exsudato, perda de inserção. 
 
GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA 
 
(Primária) Atinge Crianças entre 2 e 5 anos 
ou adultos sem exposição prévia. O início da 
infecção é abrupto e acompanhado por 
linfadenopatia cervical anterior, calafrios, febre, 
náusea, irritabilidade e lesões orais dolorosas. 
 
(Secundária) O vírus fica latente no 
organismo após a primeira exposição. A 
reativação pode ocorrer em resposta a uma 
variedade de estímulos: exposição solar, 
estresse emocional e resposta ao trauma. 
 
 
VARICELA ZOSTER 
 
Decorrente da ativação do vírus da varicela 
(catapora); 
Ocorre primariamente em adultos, 
caracterizada por erupção vesicular, pústula e 
ulceração com formação de crosta, dura de 
7 a 10 dias. 
 
MOLUSCO CONTAGIOSO 
 
Infecção contagiosa que pode aparecer em 
qualquer região do corpo, inclusive em região 
de cavidade oral. 
 
GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE 
AGUDA (GUNA) 
 
Caracterizada por uma infecção bacteriana 
nas papilas, é uma condição inflamatória 
destrutiva do tecido gengival, com ulcerações, 
necrose e destruição das papilas interdentais 
que se estende para gengiva marginal. 
CARACTERÍSTICAS 
• Dor ou desconforto de rápido 
estabelecimento; 
• Úlceras gengivais na papila; 
• Sangramento espontâneo. 
 
Fatores predisponentes 
• Estresse; 
• Desnutrição; 
• Consumo de tabaco; 
• Etilismo; 
• Gengivite preexistentes; 
• Imunossupressão e imunodeficiência. 
 
TRATAMENTO 
Controle do biofilme, bochechos de 
digluconato de clorexidina a 0,12% (12/12 h por 
7 dias), analgésicos e (4/4 h) e antibiótico, 
Metronidazol é bem indicado ( 8/8h por 7 
dias). 
PERIODONTITE ULCERATIVA 
NECROSANTE AGUDA (PUNA) 
 
Doença agressiva de evolução rápida, 
caracterizada pela necrose das gengivas, do 
ligamento e do osso alveolar. 
Apresenta – ulcerações e necrose dos 
tecidos gengivais, do ligamento periodontal e 
do osso alveolar, além de eritema linear e 
sequestro ósseo. 
 
TRATAMENTO 
Anestesia, raspagem, bochechos de 
digluconato de clorexidina a 0,12% (12/12 h por 
7 dias), analgésicos e (4/4 h) e antibiótico, 
Metronidazol é bem indicado ( 8/8h por 7 
dias). 
ERITEMA GENGIVAL LINEAR 
 
Linha de hiperemia na gengiva marginal, 
caracterizada pela desproporção entre a 
intensidade da inflamação e a quantidade de 
biofilme presente. 
A gengiva não apresenta úlceras nem 
alterações na profundidade de sondagem. 
Frequentemente o eritema gengival linear 
tem sido associado a pacientes HIV positivo. 
 
 
BACTÉRIAS PATOGÊNICAS 
Treponema sp. 
 Selenomonas sp. 
Fusobacterium sp. 
Prevotella intermedia 
 
LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL
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LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL
LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL
LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL
LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL
LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrumental em periodontia 
O fator determinante para o sucesso do 
tratamento periodontal é a completa 
remoção do cálculo (tártaro). Sendo 
necessário a remoção do cálculo através da 
raspagem e alisamento radicular. 
 
Requisitos do instrumental em 
periodontia: 
 
1. Delicado, confortável, forma adequada; 
2. Rígido sem ser grosseiro; 
3. Permitir manipulação e liberdade de 
movimento sem esforço excessivo; 
4. Ponta ativa no prolongamento do longo 
eixo do cabo; 
5. Ser afiado com facilidade e rapidez. 
 
Exame clínico periodontal 
Sonda Exploradora 
Serve para detectar cálculos supragengivais, 
descalcificações, irregularidades na superfície 
do cemento e anormalidades na morfologiadental. 
 
 
Sonda Periodontal Milimetrada de 
Williams 
Serve para sondar e medir profundidade de 
sulcos e bolsas periodontais e medir perda de 
inserção clínica. 
 
Sonda de Nabers 
Detecta lesão de furca (posteriores) 
 
Foices 
Corte transversal triangular ou piramidal, 
dorso agudo e afilado, com extremidade ativa 
pontiaguda. 
Emprego: Raspagem supragengival em faces 
proximais, foices retas em dentes anteriores 
e foices mono e bianguladas para dentes 
posteriores. 
 
Enxadas 
Apresentam um bordo cortante, usada com 
movimentos verticais e de tração, sendo seu 
ângulo de corte em 90 graus com a 
superfície dental. 
Emprego: o Reservadas para raspagem de 
grandes cálculos supra e subgengivais, em 
áreas de fácil acesso. 
 
Limas 
Instrumento com vários ângulos de corte 
retos, de formato arredondado, oval ou 
retangular. 
Emprego: Fraturas de grandes massas de 
cálculo supragengival, raspagem subgengival, 
superfícies livres, proximais de áreas 
desdentadas e distal de últimos molares. 
 
Curetas Graceys 
Instrumentos mais delicados para raspagem, 
indicados para alisamento/aplainamento 
radicular, ângulos de corte curvos com dorso 
e extremidade final arredondada. 
As curetas Graceys, são desenhadas para 
individualmente para cada área do dente, com 
a angulação da lâmina entre 60-70° com o 
terço final da haste, possui um único ângulo 
de corte e sua lâmina é curvada em dois 
planos, podendo ser empregada tanto sub 
como supragengival. 
 
GRACEYS 1/2 Anteriores 
GRACEYS 3/4 Anteriores 
GRACEYS 5/6 Anteriores e pré-molares 
GRACEYS 7/8 Faces livres da região posterior 
GRACEYS 9/10 Faces livres da região posterior 
GRACEYS 11/12 Face mesial de dentes posteriores 
GRACEYS 13/14 Face distal de dentes posteriores 
 
Afiação dos instrumentos 
periodontais 
A afiação do instrumental tem por objetivo 
manter os instrumentos periodontais com 
seu fio de corte, conservando a lâmina do 
instrumento. 
A lâmina é a parte do raspador responsável 
pela remoção do biofilme e do cálculo. Para a 
afiação dos instrumentais de periodontia são 
frequentemente utilizadas pedras de 
carborundum. 
Técnica de afiação 
1- Apoiar a face lateral do instrumental sobre 
a pedra de maneira que a face coronária 
forme um ângulo de 110 graus; 
2- Realizar movimentos de tração 
acompanhando a curvatura; 
3- Afiar a porção média; 
4- Arredondar a ponta da lâmina. 
 
Técnica de Raspagem e alisamento 
radicular 
 1. Sistematização: Definir o sextante que 
raspar e preparo do material; 
2. Anestesia (se necessário); 
3. Condição do instrumental: esterilização, 
afiação; 
4. Preensão do instrumental: empunhadura 
em caneta, o apoio poderá ser feito no 
próprio dente; 
5. Ponto de apoio: dedo médio ou anelar o 
mais próximo da região a ser trabalhada. 
Os movimentos devem ser curtos e rápidos. 
Cirurgia periodontal estética 
Fatores relacionados com o sucesso do 
tratamento do sorriso gengival. 
 
LINHA DO SORRISO – quanto mais alto a linha 
do sorriso, mais desafiador será o tratamento. 
 
CONTORNO GENGIVAL - diferentes 
contornos gengivais pode gerar um resultado 
favorável. 
 
PADRÃO DE HIGIENE BUCAL - presença de 
biofilme supragengival gera inflamação e se 
estiver presente no pré-operatório pode 
alterar o resultado cirúrgico. 
 
CIGARRO – fumante apresenta pior resposta 
cicatricial, por isso tem menor taxa de 
sucesso. 
 
CONTROLE PÓS-OPERATÓRIO DE 
INFECÇÃO – o processo cicatricial dos 
tecidos periodontais depende da ausência de 
biofilme supragengival. 
 
TEMPO DE CICATRIZAÇÃO – Depende do 
procedimento estético feito pode levar de 21 
dias a 9 meses. 
 
Espaço biológico 
O espaço biológico deve ser definido antes 
da cirurgia para o posicionamento correto das 
estruturas que compõem a unidade 
dentogengival e promove um selamento 
biológico. 
O restabelecimento do espaço biológico garante 
integridade aos tecidos, uma vez que esse espaço 
quando é invadido gera danos ao tecido de 
sustentação, deve se manter uma distância 
de 2 a 3 mm entre a estrutura dentária e a 
crista óssea alveolar. 
 
Gengivectomia 
“Excisão de parte da gengiva, geralmente 
realizada para reduzir a parede do tecido 
mole de uma bolsa periodontal”. (Academia 
Americana de Periodontia, 2001). 
Caracteriza-se por uma técnica cirúrgica que 
envolve exclusivamente tecido mole, assim, 
casos em que a osteotomia não é necessária 
esta técnica está bem indicada. 
INDICAÇÕES 
• Remoção de bolsas falsas e supra ósseas 
de profundidades semelhantes; 
• Remoção de hiperplasias gengivais; 
• Aumento de coroa clínica; 
• Correção do sorriso e defeitos gengivais. 
PASSO A PASSO 
Assepsia do campo; 
Anestesia; 
Isolamento do campo (campo fenestrado); 
Marcação da profundidade das bolsas; 
Incisão primária (bisturi ou gengivótomo de 
Kirkland); 
Incisão secundária (bisturi ou gengivótomo de 
Orban); 
Excisão do tecido; 
Remoção do tecido de granulação (cureta); 
Raspagem e aplainamento radicular; 
Plastia gengival; 
Irrigação com soro fisiológico. 
 
Diferença de bisel externo e interno: 
Bisel Externo - é uma técnica muito 
utilizada nos procedimento de gengivectomia 
e gengivoplastia. Deve ser realizado com a 
lâmina em 45° com a gengiva biselando do 
ápice para incisal, deixando áreas cruentas 
expostas externamente. Esta incisão é 
indicada especialmente em casos de fenótipo 
espesso. 
 
Bisel interno - é caracterizado quando a 
lâmina bisela a gengiva internamente, de 
incisal para apical, e desta forma, 
acompanhando o contorno da margem 
gengival. Este tipo de incisão é eleita em 
cirurgias a retalho, especialmente em fenótipo 
fino. Dessa forma a posição da lâmina do 
bisturi é voltada para o ápice da raíz. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CARRANZA Jr., F.A.; NEWMAN M.G.; TAKEI 
H.H. Periodontia clínica, 9ª ed., Ed. Guanabara 
Koogan, Rio de Janeiro, 2004. 
LINDHE, J.; Tratado de Periodontia Clínica e 
Implantologia Oral, 6ª edição.

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