Buscar

RAIVA HUMANA


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

RAIVA HUMANA
· 1880 início dos estudos da vacina por Louis Pasteur;
· 1884 descrição da atenuação da virulência e utilização experimental em animais;
· 1885 utilizada a vacina em Joseph Meister (9 anos) e também em Jean-Baptiste Jupille (16 anos); 
DEFINIÇÃO
Doença infecciosa aguda, causada por vírus, que compromete o sistema nervoso central (SNC).
É uma encefalite, geralmente, de evolução rápida, dependendo da assistência médico-hospitalar recebida pelo paciente.
· 2000 e 2017, ocorreram 188 casos de raiva humana no Brasil, sendo a maioria em homens (66,5%) e em moradores de áreas rurais (67%)
· Embora as idades tenham variado de 1 a 82 anos, o grupo mais afetado foi o de menos de 15 anos de idade (49,6%).
· Mordidas de animais foram a exposição mais comum, atingindo principalmente múltiplas áreas do corpo (21,2%), pés (20,2%) e mãos (17%).
· A maior parte das notificações ocorreu no Nordeste, sendo os estados do Maranhão, Pará e Ceará os com maior número de casos.
· Sessenta e oito casos (36,2%) ocorreram na região da Amazônia Legal, todos em regiões rurais e associados a morcegos.
A maior parte dos casos ocorreu entre os anos de 2000 e 2008, com 46,6% envolvendo cachorros e 45,9% envolvendo morcegos. Já entre os anos de 2009 e 2017, dos 27 casos notificados, 40,7% envolveram cachorros, 29,6% envolveram morcegos, 14,8% envolveram macacos e 11,1%, gatos. Nesses últimos, a variante viral detectada era compatível com a encontrada em morcegos.
AGENTE ETIOLÓGICO
-Vírus da raiva humana
-Gênero Lyssavírus
-Família Rhabdoviridae
-Espécie Rabies vírus (RABV)
-Retrovírus neurotrópico
CADEIA DE TRANSMISSÃO
- 4 ciclos: urbano, rural, silvestre terrestre, silvestre aéreo.
-Mordedura, arranhadura e lambedura;
-Via respiratória;
-Zoofilia;
-Inter-humana;
-Transplante de órgãos;
-Transplacentária e transmamária;
-Manipulação de carcaças e/ou ingestão de carne;
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
FISIOPATOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
É composto por 4 fases: prodrômica, neurológica aguda, coma e morte.
SINAIS - FASE PRODRÔMICA
Febre moderada, cefaléia (dor de cabeça difusa), tontura, sensação de mal estar geral, com dores vagas e/ou generalizadas pelo corpo. Alguns casos apresentam linfoadenopatia, por vezes dolorosas à palpação.
FASE NEURAL AGUDA
2 formas de manifestação: a forma furiosa e a paralítica.
Forma furiosa são encontrados sintomas como ansiedade, agitação psicomotora, convulsões, espasmos musculares, disfagias associada a sialorréia e hiperexcitabilidade.
Forma paralítica nota-se dor, parestesia no local da mordida, além da paralisia muscular e febre alta e intermitente.
Há a manifestação de “fobias”, como hidrofobia, aerofobia e fotofobia.
Hiperacusia e hiperosmia.
DIAGNÓSTICO
· Imunofluorescência direta: a identificação do antígeno, em impressão de córnea, biópsia de pele, amostra de saliva ou pelo líquido cefalorraquidiano.
· PCR para a pesquisa do vírus.
· As técnicas de biologia molecular, como o RT-PCR e a semi-nested RT-PCR representam, na atualidade, importantes instrumentos para o diagnóstico ante-mortem a partir da saliva, do folículo piloso e do líquido cefalorraquidiano – LCR.
O diagnóstico positivo é conclusivo, porém o diagnóstico negativo não exclui a possibilidade de raiva. 
TRATAMENTO DA RAIVA HUMANA
2004 (EUA): registro do primeiro relato, na literatura internacional, de cura da raiva em paciente que não recebeu vacina. Nesse caso, foi realizado um tratamento com base na utilização de antivirais e sedação profunda, denominado de Protocolo de Milwaukee (WILLOUGHBY et al., 2005).
2008 (Brasil): na unidade de terapia intensiva do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco, em Recife-PE, um tratamento semelhante ao utilizado na paciente norte-americana foi aplicado em um jovem de 15 anos de idade, mordido por um morcego hematófago, com eliminação viral (clearance viral) e recuperação clínica (protocolo de Recife).
TRATAMENTO
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
O tratamento está recomendado para todo paciente com suspeita clínica de raiva, que tenha vínculo epidemiológico e profilaxia de raiva humana inadequada.
Considerar período de incubação, pródromos, fase neurológica (forma furiosa, forma paralítica);
A disautonomia (bradicardia, bradiarritmia, taquicardia, taquiarritmia, hipo ou hipertensão arterial) e a insuficiência respiratória são as principais causas de morte, podendo ocorrer nas duas formas. Sem suporte cardiorrespiratório, o paciente evolui a óbito entre cinco e sete dias na forma furiosa e até 14 dias na forma paralítica.
Paciente com manifestação clínica sugestiva de raiva, com antecedentes de exposição de até um ano a uma provável fonte de infecção, ou procedente de regiões com comprovada circulação de vírus rábico.
DIAG. CONFIRMADO LABORATORIALMENTE
Conduzir todo paciente com suspeita clinicoepidemiológica de raiva humana no serviço de referência do estado para tratamento de raiva e em ambiente de UTI.
Colocar o paciente em isolamento de contato, usando equipamento de proteção individual adequado (avental de manga longa, máscara, luvas e óculos).
-Amantadina - 100mg via enteral de 12h/12h;
-Biopterina – 2mg/kg via enteral de 8h/8h (disponível no Ministério da Saúde).
PROFILAXIA
-VACINA ANTIRRÁBICA HUMANA
-SORO ANTIRRÁBICO (SAR)
-IMUNOGLOBULINA ANTIRRÁBICA HUMANA (IGHAR)
- Vacina antirrábica humana: indicada para os pacientes que foram expostos ao vírus através de acidentes com animais transmissores ou na população que se encontra, permanentemente, exposta devido a sua atividade ocupacional (profilaxia pré-exposição). Essa vacina não possui contraindicação, apresenta poucos efeitos adversos e deve ser administrada pelas vias intramuscular ou intradérmica.
OBS: Nas agressões por morcegos ou qualquer espécie de mamífero silvestre, deve-se indicar soro-vacinação independentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de re-exposição. 
• SAR: a administração do SAR é realizada após a exposição ao vírus, contudo depende do tipo de contato e da situação do animal.
 → O seu uso não é recomendado em casos de reexposição ao agente etiológico da raiva ou para os pacientes que já fizeram seu uso.
 → Os indivíduos que realizaram outro esquema profilático completo anteriormente, também, não necessitam do SAR.
 → O soro deve ser administrado no local da lesão, visto que permite uma proteção local significativa, impedindo a expansão viral para as terminações nervosas, 	 evitando possíveis falhas terapêuticas.
IGHAR: fornece uma maior segurança que o SAR, porém o produto possui um alto custo e baixa disponibilidade, sendo encontrado apenas nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE).
 → Indicado para substituir o SAR em casos de hipersensibilidade ao composto, história de uso de outro soro heterólogo anteriormente ou exposição frequente aos animais 	transmissores devido a sua atividade ocupacional. Assim como o SAR, a administração da IGHAR é realizada no local do ferimento.