Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Louyse Jeronimo de Morais Referência: aula do prof. Francisco Bernardino Introdução • Principais animais associados à transmissão da doença: canídeos e animais silvestres, como morcego e sagui. • Conceito: encefalite viral aguda. • Etiologia o Família: Rhabdoviridae o Gênero: Lyssavírus o Espécie: Rabies vírus [RABV] • Morfologia: vírus de RNA em forma de projétil, com uma das extremidades plana e outra arredondada. O seu comprimento médio é de 180 nm e seu diâmetro médio é de 75 nm. É constituído por um envelope e ribonucleocapsídeo. É uma doença negligenciada, que pode estar associada à baixa cobertura vacinal canina em países pobres. O fato do animal ter sido vacinado [cães e gatos] não implica de que eles não possam adquirir a infecção pelo vírus e o transmitir aos seres humanos. Jamais dizer que animal imunizado significa que o profissional não deva indicar a profilaxia pós exposição para o ser humano que foi mordido. A transmissão a humanos pode ocorrer por morcegos insetívoros e hematófagos. Então, não esquecer dos animais silvestres na cadeia epidemiológica de transmissão da doença. O índice de letalidade é de quase 100%. Em 2020, na Paraíba, houve a descrição de um caso de raiva humana. O outro caso foi no Sudeste. Caso 1 O protocolo de tratamento tem a intenção de levar o paciente à cura, mas muitos acabam evoluindo para o óbito, apesar dele. Caso 2 Cadeia epidemiológica • Principais reservatórios: mamíferos das ordens Carnivora e Chiroptera. Nenhum outro animal que não seja mamífero é capaz de transmitir raiva humana. • Cadeia epidemiológica o Ciclo urbano: cães e gatos. o Ciclo rural: morcego hematófago e animais domésticos de interesse econômico. o Ciclo silvestre aéreo: morcego hematófago. o Ciclo silvestre terrestre: cachorro do mato e sagui. • Hospedeiro final: homem. Transmissão O vírus utiliza receptores nervosos da pele e das mucosas para entrar em contato com o sistema nervoso do ser humano. • Mordedura, arranhadura e lambedura: principais vias de transmissão. • Via respiratória: inalação de aerossóis. • Zoofilia: bestealismo. • Inter-humana • Transplante de córnea • Transplante de órgãos • Transplacentária e transmamária: do ponto de vista epidemiológico, ainda não se conseguiu demonstrar a verdadeira participação dessa via de transmissão. • Ingestão de carne, leite e outros derivados de animais infectados 2 Louyse Jeronimo de Morais • Manipulação de carcaças de animais que morreram pela infecção por raiva. Patogenia Após a exposição do ser humano ao vírus da raiva, no local da agressão, o vírus vai sofrer uma replicação nas células musculares e nas células do tecido subepitelial [período de replicação extraneural]. A partir de então, os vírus atingem a junção neuromuscular, com posterior penetração no sistema nervoso periférico [SNP], seguindo um trajeto centrípeto até atingir o sistema nervoso central [SNC]. Essa propagação vai ocorrer de forma passiva [segue o fluxo axoplasmático retrógrado], passando de célula a célula, através das junções sinápticas – como se fosse um impulso nervoso. O deslocamento pode ocorrer em uma velocidade de até 100 mm/dia. Quanto mais distante do SNC for a agressão, mais o vírus vai demorar a alcançá-lo. Uma vez no SNC, existem áreas mais específicas onde o vírus vai se multiplicar [hipocampo, tronco cerebral, medula e células de Purkinje do cerebelo]. A partir desse momento, ocorre replicação no SNC e disseminação do vírus através do SNP [em direção centrífuga], atingindo outros órgãos, como pulmões, coração, rins, bexiga, útero, testículos, folículo piloso, glândulas salivares, retina e epitélio da córnea. Para diagnóstico laboratorial, usamos saliva e folículo piloso, por conta da disseminação centrífuga do vírus. Do ponto de vista da patologia, a viremia provocada pelo vírus da raiva é fugaz e temporária. Não há grande reação inflamatória com destruição dos tecidos. Ocorre disfunção neuronal envolvendo o GABA, não ocorrendo morte celular. • Achado patognomônico: corpúsculos de Negri, presentes nas células de purkinje do cerebelo. Trata-se de inclusões intracitoplasmáticas eosinofílicas nas células de Purkinje. Abaixo, temos a formação de vacúolos dando aspecto espongiforme ao sistema nervoso – não é patognomônico. Período de incubação É o período entre o contato com o vírus inoculado até o aparecimento dos sintomas, sendo variável entre as espécies [um mês a um ano no ser humano]. Quanto mais prolongado o período de incubação, menos conseguimos relacionar com alguma exposição do passado. Na maioria dos casos, ocorre entre duas semanas e três meses após a agressão. Contudo, depende de algumas coisas, tais como: concentração do inóculo viral, distância entre o local de inoculação e o cérebro, extensão e gravidade do ferimento. Boa parte da profilaxia vai ser baseada na característica da lesão, se é próxima ou não do cérebro, da extensão do ferimento, se é um acidente leve ou grave etc. Período de transmissibilidade É o período em que o animal infectado consegue transmitir a doença para o ser humano. É variável entre as espécies. • Cães e gatos: varia de 2 a 5 dias antes do início dos sintomas e vai até a morte. O óbito acontece um pouco antes de 10 dias, desde o momento em que o animal é infectado. Pode haver contágio pelo contato com órgãos e secreções mesmo após a morte do animal. O vírus da raiva pode se manter viável nesses locais, por isso que a manipulação de animal morto por raiva deve ser feita com muito cuidado. Quadro clínico 3 Louyse Jeronimo de Morais Era muito mais perceptível no passado, quando o paciente ficava em enfermaria e não havia intervenção mais específica, como acontece hoje em dia. Atualmente, o paciente é internado em UTI e fica em sedação profunda, obrigatoriamente, o que não nos permite observar a evolução dos sinais e sintomas neurológicos. • Fase prodrômica • Fase neurológica • Coma • Óbito: 100% dos casos no passado. Hoje em dia, já há alguns casos registrados de cura. 1. Fase prodrômica [2-4 dias] • Mal estar geral • Pequeno aumento de temperatura • Anorexia • Cefaleia • Náuseas • Dor de garganta • Entorpecimento • Irritabilidade • Inquietude • Sensação de angústia Se houve exposição recente a um animal silvestre, contato com morcego, por exemplo, pode-se pensar em raiva. Do contrário, o diagnóstico fica mais difícil. Podem ocorrer hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento. Tal quadro clínico, em conjunto com o histórico epidemiológico, facilita o diagnóstico. 2. Fase neurológica • Forma furiosa: relacionada, principalmente, a vírus transmitidos por canídeos. o Sinais e sintomas: ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões, espasmos dos mm. da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido [hidrofobia], sialorreia intensa, disfagia [também justificada pelo espasmo], aerofobia, hiperacusia, fotofobia. A ingestão de líquidos em geral é capaz de gerar espasmos na musculatura, que impede o paciente de ingerir, ele vai ficar com medo de ingerir porque vai se engasgar. A aerofobia e a fotofobia não apresentam um mecanismo muito bem explicado. • Forma paralítica: associada, na maioria dos casos, a vírus transmitidos por morcegos. o Sinais e sintomas: parestesia, dor e prurido no local da mordedura, evoluindo com paralisia muscular flácida precoce. Em geral, a sensibilidade é preservada. A febre também é marcante, geralmente elevada e intermitente. O quadro de paralisia leva a alterações cardiorrespiratórias, retençãourinária, obstipação intestinal. Embora se observem espasmos musculares [especialmente laringe e faringe], não se percebe claramente a hidrofobia. Consciência é preservada na maioria dos casos. o Apesar de o paciente estar doente, ele fica com a sensibilidade preservada, o que não ocorre na forma furiosa. Tratamento • 2004: menina de 15 anos foi tratada com protocolo baseado no uso de antivirais e sedação profunda [protocolo de Milwaukee]. • 2008: HUOC – Recife/PE [protocolo de Recife]. É uma adaptação do protocolo de Milwaukee. Esses foram os dois casos de cura com tratamento. • Critérios de inclusão ao tratamento: suspeita clínica de raiva, vínculo epidemiológico, profilaxia antirrábica inadequada. 1. Suspeita clínica de raiva • Período de incubação: variável, podendo ser de um mês a um ano; a maioria dos casos ocorre de duas semanas a três meses após a agressão. 4 Louyse Jeronimo de Morais • Pródromos: duração de dois a quatro dias, inespecíficos – mal estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. Podem ocorrer hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento. • Fase neurológica: deve ser identificada de acordo com as duas apresentações clássicas da doença – forma furiosa [relacionada principalmente a vírus transmitidos por canídeos] e forma paralítica [associada, na maioria dos casos, a vírus transmitidos por morcegos]. • Forma furiosa: a infecção progride com manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos, musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões. Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido [hidrofobia], apresentando, concomitantemente, sialorreia intensa, disfagia, aerofobia, hiperacusia e fotofobia. • Forma paralítica: ocorre parestesia, dor e prurido no local da mordedura, evoluindo com paralisia muscular flácida precoce. Em geral, a sensibilidade é preservada. A febre também é marcante, geralmente elevada e intermitente. O quadro de paralisia leva a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária, obstipação intestinal; embora se observem espasmos musculares [especialmente laringe e faringe], não se percebe claramente a hidrofobia, e a consciência é preservada na maioria dos casos. 2. Vínculo epidemiológico: paciente com manifestação clínica sugestiva de raiva, com antecedentes de exposição de até um ano a uma provável fonte de infecção ou procedente de regiões com provável vínculo rábico. 3. Profilaxia antirrábica inadequada • Paciente que não recebeu o esquema profilático de pós-exposição de raiva humana. • Paciente que recebeu o esquema de pós- exposição incompleto, conforme as normas técnicas de profilaxia da raiva humana. • Paciente que não recebeu o esquema de pós- exposição em tempo oportuno [qualquer tempo após a agressão, desde que o paciente não apresente sintomas clínicos da doença. Uma vez havendo suspeita clínica de raiva, não pode mais fazer a profilaxia pós-infecção]. Critérios de exclusão ao tratamento • Paciente sem febre: as duas formas [furiosa e paralítica] cursam com febre. Inclusive, pode acontecer na fase prodrômica. • História de doença > 14 dias: o paciente morre antes desse tempo. • Doença associada grave ou incurável: professor discorda. • Sequela neurológica prévia limitante • Investimento terapêutico seja contraindicado • Outro diagnóstico que não seja raiva. Diagnósticos diferenciais Doenças infecciosas: tétano, poliomielite, encefalite herpética, encefalite por HIV, encefalite por enterovírus, encefalite bacteriana, encefalite por parasitas, malária cerebral, febre tifoide, botulismo, bócio tireotóxico por vírus, infecção por Campilobacter. Doenças não infecciosas: intoxicação por atropina, intoxicação por estricnina, síndrome de Guillain- Barré, AVC isquêmico/hemorrágico, aneurisma cerebral, TCE, Delirium tremens, uso de drogas ou abstinência. Quadros psiquiátricos: simulação ou reação histérica, intoxicação por piperazina e prometazina, síndrome neuroléptica maligna. Por ter tantos diagnósticos diferenciais, é preciso comprovar o diagnóstico laboratorialmente para manutenção do protocolo de tratamento. Diagnóstico laboratorial de raiva Existem várias técnicas e vários tecidos que podem ser utilizados para diagnóstico laboratorial. O que fazer na suspeita de infecção por raiva? A partir das metodologias laboratoriais descritas acima, testes são realizados nos tecidos descritos a seguir. 5 Louyse Jeronimo de Morais Em caso de suspeita clínico-epidemiológica de raiva humana, não administrar soro antirrábico e vacina antirrábica. Uma vez estabelecida a doença, NÃO FAZ PROFILAXIA, apenas tratamento. Conduta A conduta é dividida em duas partes, uma antes do diagnóstico laboratorial confirmado e outra realizada após a confirmação dos exames. Em João Pessoa, a profilaxia para raiva é realizada pelo Centro Municipal de Imunização. Quando há necessidade de soro, os adultos vão para o Hospital Edson Ramalho e as crianças para o Hospital Arlinda Marques. O HULW é referência para tratamento da raiva e não para profilaxia. 1. Conduta antes de ter o diagnóstico confirmado laboratorialmente Uma vez em UTI, o paciente deve ficar em isolamento de contato. Deve-se providenciar acesso venoso central, sondagem vesical e nasoenteral, uma vez que o paciente não pode deglutir, para evitar os espasmos. A dieta deve ser hipercalórica e hiperproteica. Mantém-se as indicações clássicas para intubação. Após diagnóstico laboratorial da raiva, o fentanil deve ser substituído por ketamina, pois esta produz uma sedação mais adequada. Além disso, deve-se prevenir lesão de úlcera por pressão, através da medida descrita no ponto a da conduta nº 14. 2. Conduta após confirmação laboratorial da raiva A amantadina serve como antiviral. É importante notificar, para que haja a liberação da biopterina. Para que serve a biopterina? A produção de óxido nítrico, a nível central, é dependente da biopterina. Na raiva, foi observado que os níveis dessa substância estão 6 Louyse Jeronimo de Morais reduzidos, e é por isso que precisa repor. Uma vez repondo, a síntese de óxido nítrico neuronal vai ser reestabelecida. O óxido nítrico é vasodilatador e, se reduzido, predispõe quadros de insuficiência cerebrovascular [por conta de vasoespasmos cerebrais]. Exames e condutas clínicas sequenciais • LCR para dosagem de biopterina [Bh4] • LCR e soro para dosagem de anticorpos • Saliva e folículo piloso e LCR para realização de RT- PCR A dosagem de biopterina é fácil de ser entendida, porque é preciso identificar que há deficiência para poder repor, essa dosagem é feita no líquor. O exame é processado fora do Brasil, então existe um lapso importante entre coleta e resultados. A negatividade dessas amostras no RT-PCR, indica clareamento viral, ou seja, cura da infecção. LCR para dosagem de biopterina [Bh4] LCR e soro para dosagem de anticorpos É feita por dois motivos: orientar suspensão da sedação e avaliar necessidade de imunomodulação. Quanto menor os títulos de anticorpos no LCR, melhor o paciente, o que indica que já pode suspender a sedação. Saliva e folículo piloso e LCR para realização de RT-PCR É importante para fazer controle de cura. Exames de imagem • Doppler transcraniano: deverá ser realizado a partir do internamento na UTI, quando possível, para diagnóstico precoce de vasoespasmo cerebral. Suspender após 15 dias de doença se não houver alterações. • Ressonância nuclear magnética de encéfalo: é importanteno diagnóstico diferencial, mas não imprescindível para condução da raiva. Deve-se fazer RNM com difusão [sem contraste] o mais precocemente possível, avaliando risco-benefício do transporte. • Tomografia computadorizada: não é indicada rotineiramente. Deve-se fazer TC sem contraste e de urgência na vigência de complicações. Complicações • Hipernatremia [Na+>155mEq/l] • Hiponatremia [Na+<140mEq/l] • Vasoespasmo cerebral – VEC • Convulsões • Infecções: relacionada com tempo de internação do paciente. • Quadro clínico compatível com morte encefálica – ME Profilaxia da raiva humana • Vacinas produzidas em cultura de células; • Esquemas de pré-exposição [trabalho, ONG de proteção animal e ambiental, viagantes]; • Esquemas pós-exposição [quando indicada, deve ser iniciada o mais breve possível]; • Soro antirrábico [homólogo ou heterólogo]. Esquema pré-exposição 7 Louyse Jeronimo de Morais É preciso fazer controle sorológico para avaliar se o esquema foi satisfatório ou não. O profissional deve fazer o sorológico periodicamente para manter os títulos sempre altos de anticorpos e garantir a imunização [em geral, a cada 6 meses]. Profilaxia pós-exposição • Acidentes leves: ferimentos superficiais pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros [exceto mãos, polpas digitais e planta dos pés]. Podem acontecer em decorrência de mordeduras ou arranhaduras, causadas por unha ou dente, lambedura de pele com lesões superficiais. • Acidentes graves: ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpa digital e/ou planta do pé. Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo. Lambedura de mucosas. Lambedura de pele onde já existe lesão grave. Ferimento profundo causado por unha de animal. Uma outra característica a ser observada é se o animal da agressão, cão ou gato, apresenta ou não suspeita de raiva naquele momento. Além disso, avaliar: cão ou gato raivoso, desaparecido ou morto, animais mamíferos silvestres [inclusive os domiciliados] e animais domésticos de interesse econômico ou de produção. Observações na profilaxia pós-exposição Gestação, amamentação e imunodeficiências não são contraindicações para profilaxia após exposição. Se possível, não suture o ferimento. Entretanto, se for necessária a sutura, recomenda-se infiltrar a área com soro antirrábico. Posologia do soro antirrábico de origem equina – 40 UI/kg de peso ou imunoglobulina humana antirrábica – 20 UI/kg de peso. Sempre lavar a lesão com água e sabão, porque isso permite retirar os vírus da lesão de forma mecânica. No caso de aplicar a vacina, pode ser feita via subcutânea ou intramuscular, evitando a região glútea. A vacina pode ser aplicada por via IM [0, 3, 7, 14] ou SC [0, 3, 7, 28]. A intenção do soro é dar anticorpo para pessoa, então depois da terceira dose da vacina, já tem formação de anticorpos prontos do indivíduo, não sendo necessário complementar com soro. Animais domésticos com esquema vacinal completo para raiva não indica que não precisa fazer profilaxia pós- infecção. O MS não leva em consideração a soroterapia em ferimentos leves, exceto se mamífero silvestre. Veja a seguir. 8 Louyse Jeronimo de Morais 9 Louyse Jeronimo de Morais Acima, temos a conduta em caso de possível exposição ao vírus da raiva em pacientes que receberam esquema de pré-exposição.
Compartilhar