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Caso Avaliação Saúde

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APRESENTAÇÃO DO CASO:
O estudo de caso foi realizado com uma paciente do sexo feminino, 44 anos de idade, que se encontrava internada há 20 dias em um hospital de pequeno porte o qual tem leitos credenciados para atendimento de pacientes psiquiátricos. 
Foi encaminhada ao serviço pelo médico do CAPS I – Centro de Atenção Psicossocial – para tratamento psiquiátrico com diagnóstico de depressão e posteriormente feito o diagnóstico de esquizofrenia paranóide. 
Em entrevista com paciente, a mesma relata que precisou ser internada por motivo de ansiedade, tristeza profunda, crises de choro, medo e que apresentava alucinações auditivas, vozes de comando, que conversavam entre si, e que apenas uma dessas vozes interagia com a paciente mandando-a cometer suicídio e também porque apresentava alucinações visuais, “vultos escuros”, que a perseguiam. 
Conta que sua primeira internação psiquiátrica ocorreu em janeiro de 2008 e após passar por várias internações, foi internada por um período no Hospital Psiquiátrico Paulo Guedes de Caxias do Sul/RS. 
Refere que foi casada por 14 anos e que seu ex-marido era agressivo e fazia uso frequente de bebida alcoólica. Seus pais separaram-se quando era muito jovem. Sua mãe faleceu há 22 anos e seu pai há dois anos, quando seu quadro depressivo agravou-se. Perdeu seu irmão por uso abusivo de álcool e uma de suas irmãs que tinha bastante afinidade também faleceu. Contou que seu pai também apresentava alucinações auditivas, o irmão também apresentou quadro depressivo, e seu filho fazia uso de bebidas alcoólicas. Paciente nega o uso de substâncias psicoativas, relata não possuir hábitos de lazer, dificuldades para dormir e inapetência (ausência de apetite). 
Diante da investigação e primeira análise pode-se constatar que a paciente apresentava-se consciente, referindo alucinações visuais e auditivas, orientada psiquicamente, com memória preservada, pensamento lógico, mas ansiosa, depressiva, com relato de delírio de perseguição e ideação suicida, juízo crítico prejudicado, insight insatisfatório, hipoativa e hipotímica (grande diminuição da emotividade). 
Seus sinais vitais estavam dentro dos parâmetros normais. Ao exame físico, observou-se pele com textura seca e descamação da região plantar, sujidade nas unhas dos pés e couro cabeludo e discreto edema em ambos os pés, com discretas lesões entre os dedos. A partir das informações obtidas no prontuário da paciente no hospital, entrevista, exame físico, exame das funções psíquicas e após estudo das patologias e medicações envolvidas foi realizado o levantamento de problemas e os diagnósticos de enfermagem com base em NANDA (2009/2011) e elaborado o plano de cuidados e as intervenções de enfermagem frente ao paciente e familiares. Os diagnósticos elencados foram: Nutrição desequilibrada; padrão de sono prejudicado; estilo de vida sedentário; percepção sensorial perturbada; processos familiares disfuncionais; pesar complicado; tristeza crônica; integridade da pele prejudicada; conforto prejudicado; risco de suicídio; risco de violência direcionada a si mesmo; risco de síndrome do estresse por mudança; risco de sofrimento espiritual. 
O plano de cuidados e assistência de enfermagem foi elaborado com objetivo de incluir no cuidado, tanto equipe profissional, paciente quanto familiares. Dentre as orientações e prescrições, podemos destacar a importância de estimular a injesta alimentar e hídrica, estimular o autocuidado, avaliar o risco de suicídio e sintomas psicóticos, estimular a participação de grupos de socialização, oficinas e contato com outras pessoas, manter 
acompanhante 24 horas por dia, remover do ambiente objetos que possam contribuir e provocar danos ao paciente, estar atento para os sintomas de impregnação, preparar o paciente para alta e realizar os devidos encaminhamentos, intermediar a aproximação dos familiares e responsabilizar a família pelo cuidado, não reforçar as alucinações, devido às medicações usadas pela paciente, orientar que após administração das mesmas mude lentamente de posição para minimizar a hipotensão postural e orientar o uso de fibras para evitar constipação.
QUESTÕES PARA ATIVIDADE AVALIATIVA 
1. De acordo com o relato do caso, a paciente citada encontra-se internada em um hospital de pequeno porte. Como se caracteriza tal instituição, quais suas principais características? 
Como o hospital em questão é de pequeno porte o mesmo tem a capacidade menor ou igual a 50 leitos, dentre eles alguns credenciados para o atendimento de pacientes psiquiátricos. E pelo relato de caso nos fornecer a informação de que a paciente encontra-se internada há 20 dias, podemos supor que se trata de um hospital de internação integral, Também conhecido como hospital de base, este é o modelo tradicional de internação mais conhecido; o indivíduo dá a entrada no hospital, onde ficou internado, ou seja, realiza todos seus procedimentos e recuperação sem sair do interior da instituição até ser liberado (receber a alta) pelo médico responsável, após essa liberação o paciente está autorizada a realizar sua saída. 
2. Analisando a situação apresentada e informações do prontuário, como deve ser a abordagem do psicólogo? Quais os principais fatores a se considerar e qual deve ser a postura do psicólogo? 
Os pacientes esquizofrênicos, como é o caso do paciente do relato, geralmente apresentam pouca condição de suportar altos níveis de tensão. Por isso, o psicólogo deve ser ativo e monitorar a expressão dos afetos no encontro terapêutico, criando, assim, um clima de compreensão, respeito e empatia. Podem-se sugerir temas, estimular a participação e organizar a conversa, ou seja, coordenar ativamente a sessão. Sua fala deve ser concreta e de fácil entendimento, aproximando-se ao máximo do universo e da linguagem dos pacientes. Algumas intervenções possíveis do psicólogo são: afirmação, conselho, validação, encorajamento, reforço, clarificação, confrontação, elaboração e atribuição de significado. 
O processo de interpretação é um caso especial de atribuição de significado. Ele tem, geralmente, o sentido de tornar conscientes pensamentos e sentimentos que, anteriormente, eram inconscientes. Em pacientes esquizofrênicos, as interpretações são mais úteis quando se referem a sentimentos que estão obviamente presentes (como os inferidos diretamente de expressões faciais ou gestos), mas que não estão acessíveis à percepção consciente do indivíduo. A interpretação da transferência deve ocupar um pequeno espaço no tratamento. O psicólogo deve ser habilidoso ao colocar suas intervenções para não confrontar demais ou desautorizar os pacientes.
Esses pacientes podem fazer projeções no psicólogo e distorcerem a realidade. Um terapeuta menos neutro ajudará o paciente a discriminar o que é fantasia do que não é. É mais adequado trabalhar com o momento atual, no aqui e agora, e fazer pouca investigação ou alusões ao passado. Muitos pacientes têm dificuldade em discriminar memória de fantasia.
É necessário ao psicólogo conter, compreender, processar e devolver em palavras ou atitudes o que está sendo vivenciado na sessão. Só assim haverá uma maior chance da psicoterapia ser eficaz.
Uma outra tarefa importante do psicólogo é a de estar atento para oferecer a intervenção adequada àquele determinado tipo de paciente, naquela determinada fase da doença. Não superestimar os pacientes, nem oferecer uma proposta aquém das suas capacidades.
3. A quem deve-se destinar o olhar do psicólogo, de acordo com a descrição apresentada? 
Em quadros clínicos de esquizofrenia, como se trata no relato de caso, geralmente chega ao psicólogo no momento de crise, sendo assim, o paciente deve ser o centro do tratamento, não se enfatizando a doença, mas a existência do doente, que é sujeito em potencial.
Na primeira consulta é importante atender antes o paciente e depois o familiar, pois é o primeiro momento para se trabalhar o vínculo. Não importa que o paciente esteja desorganizado, desagregado, agitadoou catatônico. É a primeira oportunidade para mostrar que se está ao lado dele e não da família. O acompanhante deve ser introduzido na sala de consulta na segunda metade, para prestar esclarecimentos complementares e ser orientado sobre a conduta a ser tomada.
Após, o paciente obter um dado sucesso do tratamento e uma considerável recuperação , é fundamental oferecer orientações à família sobre os medicamentos e atividades diárias que contribuem para que o portador colabore com o tratamento e saiba de suas responsabilidades; Esse acompanhamento familiar pode ser feito por meio de programas tratamento psicopedagógico que tem como finalidade diminuir as tensões presentes no ambiente familiar e melhorar o funcionamento social do paciente em questão.
Portanto, a tarefa de um psicólogo no trabalho terapêutico é primeira, observar como se arquiteta o universo do sujeito em seus múltiplos relacionamentos para em seguida, verificar o que é possível mudar para torná-lo mais habitável. 
4. Após período de internação, com a concretização da alta da paciente, quais seriam os possíveis encaminhamentos? Justifique. 
 Primeiramente, ela deveria ser encaminhada ao psiquiatra, visto que o quadro clínico predominante da paciente é esquizofrenia paranóide e a mesma apresenta alucinações visuais e auditivas, e também delírio de perseguição. Sendo assim, a mesma necessita de um tratamento medicamentoso, visto que a administração de remédios antipsicóticos é o principal alicerce para o controle do transtorno em questão, mas o seu uso deve ser somente com prescrição médica/psiquiátrica, de forma contínua, com o intuito de prevenir melhorar as crises, diminuir sintomas (como os delírios e as alucinações) e evitar recaídas.
 Após o período inicial da terapia com o uso da medicação e a melhora da paciente, as queixas secundárias relacionadas a saúde da mesma devem ser tratadas por profissionais especializados, sendo encaminhada para tratar a sua nutrição desequilibrada, padrão de sono prejudicado, estilo de vida sedentário, integridade da pele prejudicada e os demais problemas elencados no relato de caso ou os que possam surgir ao longo da terapia.
5. Quais profissionais devem ser incluídos no atendimento do caso, após alta? 
 Visto que a esquizofrenia é uma doença ampla que, além da psicopatologia, compromete a vida de relação do seu portador. Exige, em geral, o tratamento em equipe multidisciplinar contando com profissionais da área da saúde como psicologia, psiquiatria, enfermagem e também assistente social. Visto que, o tratamento é realizado de forma interdisciplinar, envolvendo o acompanhamento médico, através da utilização de fármacos, a psicoterapia e a reabilitação social. 
Mas o psicólogo que toma frente de um caso clínico como o da esquizofrenia, deve ponderar que a abordagem exclusivamente médica não dá conta da questão e o tratamento psicossocial é imprescindível para voltar a organizar a vida do paciente.
¨6. Qual(is) serviço(s) de saúde será(ão) indicado(s) para acompanhar o caso, após alta e como este(s) pode(m) trabalhar com situação exposta?
 Enfermeiro e/ou nutricionista para realizar uma avaliação física, visto que a paciente apresenta nutrição desequilibrada, desequilíbrio de sono, sedentarismo e integridade da pele prejudica. E, por meio dessa avaliação pode ser realizada a verificação de outros problemas de saúde física.
 Médico psiquiátrico para realizar a análise psiquiátrica que descreve critérios gerais, relativos à presença de sintomas e exclusão de determinadas condições. Assim, o profissional avalia o estado mental, físico e comportamental do paciente, bem como questiona sobre seus delírios, alucinações, alterações de humor etc. Também há uma discussão com os familiares e análise do histórico pessoal. 
 Psicólogo, ponto chave para o tratamento da paciente em questão tendo em vista todo o seu quadro clínico. E por meio da psicoterapia que esse profissional irá realizar com a mesma, auxiliando na melhora de suas relações sociais, comunicação, restabelecimento dos padrões emocionais e pensamentos, bem como o ajuda a lidar com a esquizofrenia. Dessa forma, mostra-se essencial para o sucesso das outras etapas do tratamento, uma vez que é essencial a aceitação por parte do portador da patologia.
Assistente social, para verificar as condições de moradia e se a paciente possui as condições básicas para viver. O mesmo, juntamente com o psicólogo, poderá realizar a aproximação da paciente para com os seus familiares, tendo em vista que o suporte oferecido pelos familiares e amigos fará toda diferença no tratamento. Portanto, mantê-los por perto proporcionará efeitos mais significativos e rápidos.
 Concluindo, que o tratamento desse transtorno é a única maneira de realizar a reabilitação do paciente. Além disso, poderá evitar que a doença progrida e traga mais impactos negativos à saúde. Com os medicamentos corretos e acompanhamento profissional, tenta-se controlar os sintomas e prevenir os surtos, que prejudicam não só o dia a dia do portador de esquizofrenia como também o das pessoas que estão ao seu redor.

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