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Sistemas de Informação Empresariais na Era do Conhecimento 1

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22. Entretanto, na Ciência da Informação (CI) ainda não há um conceito consolidado para dados, informações e conhecimento. Rezende (2007) afirma que dados são um conjunto de letras e números ou dígitos que tomados isoladamente não transmitem nenhum conhecimento ou significado. Então poderíamos dizer que são matéria bruta, mas que constitui um elemento da informação. Já Miranda (1999) os define como um conjunto de registros qualitativos ou quantitativos conhecidos que organizado, agrupado, categorizado e padronizado adequadamente transforma-se em informação. Ainda Rezende (2007) define informação como dados trabalhados ou tratados, dotados de significação atribuída ou agregada, conforme também salienta Wurman (1995) já que informação possui [e depende de] significação, o que constitui informação para uma pessoa pode não passar de dados para outra. O que é uma informação vital para o setor de suprimento de uma empresa, pode ser um mero dado para o setor de contabilidade da mesma empresa, e também pode ser um conhecimento para a alta gerência. Da mesma forma, Miranda (1999, p.285) conceitua informação como sendo "dados organizados de modo significativo, sendo subsídio útil à tomada de decisão." Opinião compartilhada por Drucker ao afirmar que a informação são dados dotados de relevância e propósito.” No campo do conhecimento Nonaka e Takeuchi (1997, p.64), afirmam que “tanto a informação quanto o conhecimento são específicos ao contexto e relacionais na medida em que dependem da situação e são criados de forma dinâmica na interação social entre as pessoas” Davenport e Prusak (1998, p.6) afirmam que o conhecimento é uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Costa (2003, p. 30) salienta a dificuldade de distinguir entre dados, informação e conhecimento mencionada [na literatura] da década de 90, por Davenport e Prusak (1998) e Sveiby (1998), dentre outros autores. “Porém, mesmo que a diferença entre os termos seja nitidamente imprecisa, é fundamental identificar
23. estes três elementos, presentes na gestão do conhecimento, para prover mecanismos adequados para geri-los.” Em resumo podemos observar no Quadro 3, abaixo sumarizado, as características dos dados, da informação e do conhecimento. Dados, Informação e Conhecimento Dados Informação Conhecimento Informação valiosa da Simples observações Dados dotados de mente humana sobre o estado do relevância e propósito Inclui reflexão, síntese, mundo contexto Facilmente Requer unidade de estruturado análise De difícil estruturação Facilmente obtido Exige consenso em De difícil captura em por máquinas relação ao significado máquinas Freqüentemente Exige Freqüentemente tácito quantificado necessariamente a De difícil transferência Facilmente mediação humana transferível Quadro 3 – Dados, Informação e Conhecimento Fonte: Davenport; Prusak (1998, p.18) Através desse modelo conceitual e da própria natureza dos dados, das informações e do conhecimento se percebe que o contexto e as relações externas e vivências individuais determinam a mutabilidade dessa tríade, no que tange à interpretação. Baran apud Costa (2003 p. 31) insere ainda o conceito de Sabedoria, em que este é o fruto do conhecimento somado à experiência pregressa dos indivíduos. Embora tênue, existe uma linha que diferencia Sabedoria de Inteligência Competitiva (IC), e ambas não devem ser confundidas; Inteligência Competitiva é o resultado da análise de informações e dados coletados, que irá embasar a tomada de decisões, sem influência da intuição Baran apud Costa (2003) traz um mapa conceitual resultado da relação entre os recursos (dado, informação e conhecimento) e como pode ser observado na Figura 2, esse mesmo mapa apresenta a função primordial do SI, que é coletar dados, estruturá-los para que virem informações e devendo estar contextualizadas para que gerem conhecimento para a organização.
24. Figura 2 – Relação entre Dado, Informação, Conhecimento e Saber Fonte adaptada: Baran apud Costa (2003, p. 31) 2.3 TEORIA DOS SISTEMAS A Teoria Geral de Sistemas (General System Theory) foi proposta em meados dos anos 1950 pelo biólogo alemão Bertalanffy. Essa teoria foi capaz de formular princípios gerais, desta maneira o conceito de sistema tornou-se interdisciplinar e comum a todas as áreas do conhecimento. Segundo Batista (2006, p.13) sistema é “um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo.” Devido a essa interligação entre as partes ao todo, qualquer mudança realizada acarretará mudanças significativas em ambos, uma vez que a modelagem de um sistema implica que este seja aberto; ou seja, sofra ação interna e externa nos seus subsistemas. Do contrário, este pára de funcionar sofrendo o processo de entropia. Para O’Brein (2004, p.7) “um sistema é um conjunto de componentes inter-relacionados que trabalham rumo a uma meta comum, recebendo insumos e produzindo resultados em um processo organizado de transformação.” Acerca dos sistemas, pode-se ainda observar que um sistema não se relaciona apenas com as suas partes, mas também com outros sistemas e subsistemas.
25. 2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Uma empresa, organização ou negócio é um sistema tendo em vista toda a complexidade e diversidade de funções, mas independentemente do ramo de atuação, uma empresa para funcionar plenamente depende de um insumo básico: a informação no suporte aos objetivos organizacionais, como podemos exemplificar na Figura 3. Figura 3 – Empresa vista como um sistema Assim, a partir do conceito de sistema torna-se entendível o conceito de Sistema de Informação (SI) que segundo Batista (2006 p.19) “é um subsistema da empresa que possui dados ou informações de entrada e que tem por finalidade gerir informações de saída para suprir determinadas necessidades.” Um Sistema de Informação pode ser formal ou informal. Os sistemas formais podem ser manuais (tradicionais) onde se utilizam caneta e papel ou informatizados (automatizados), onde são adotados computadores, redes e Tecnologia da Informação. Para este trabalho serão abordados os sistemas de informação formais informatizados, visto o atual contexto das empresas. Já para Guimarães e Johnson (2007) os sistemas de informação são aqueles que coletam ou armazenam dados, submetendo-os a um processamento que os transforma em informação. De uma forma geral os autores citados admitem que seja função do SI gerir e processar dados para transformá-los em informações que servirão para formular as estratégias organizacionais. Porém, Rezende (2002) salienta que para a formulação de uma estratégia, independentemente do seguimento do negócio, esta sempre é feita a

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