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Prova AV1 - 29092021 PROC CIVIL III - EXECUÇÃO PROCESSUAL

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PROVA DE PROCESSO CIVIL III 
 
CNEC – REGIONAIS 
Profª: Harly Eterovich 
Data: 29/09/2021 – AV1 
Aluno: Juliana Fagundes 
Matrícula: 19000908 
 
Valor de cada questão: 0,5 ponto 
*08 questões objetivas (Justifique a sua resposta fundamentando na Lei e na 
doutrina.) 
*08 questões discursivas. 
Prova valendo 8,0 + os trabalhos ( até 2,0 pontos)= 10,0 
BOA SORTE!!! 
QUESTÕES: 
 
• 1. Discorra sobre sentença, liquidação de sentença e a coisa julgada, 
fundamentando na forma da Lei. 
Resposta: Sentença - A sentença é um dos atos mais importantes do 
processo, é o momento final do processo, momento que tem a expressão de 
toda atividade desenvolvida pelas partes, como por exemplo, o contraditório, 
ampla defesa, direito a prova, etc. Artigos 485 a 488 CPC- 
Sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com ou sem julgamento 
do mérito – respectivamente arts. 485 e 487 –, põe fim à fase cognitiva do 
processo ou extingue a execução (art. 302, § 1º). A nova sistemática processual 
mantém a tradicional classificação das sentenças em terminativas (quando não 
há análise do mérito) e definitivas (com julgamento do mérito). 
A extinção do feito que ficou parado por mais de um ano por negligência das 
partes ou quando o autor abandonar a causa por mais de trinta dias, dependerá 
da intimação pessoal da parte, que deverá suprir a sua falta no prazo de 5 dias 
(e não mais 48 horas, como ocorria no CPC de 73). Ainda, acompanhando o 
entendimento expresso no enunciado da súmula 240 do STJ, após oferecida a 
contestação, a extinção do processo por abandono da causa dependerá de 
requerimento do réu. Ocorrendo a extinção sem julgamento do mérito a 
propositura de nova ação somente poderá ser efetivada após a correção do vício 
que acarretou a sentença sem julgamento do mérito (nos casos de litispendência 
e nas hipóteses dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485), e com a comprovação do 
pagamento ou depósito das custas e dos honorários sucumbenciais referentes 
à demanda anterior. 
 
Liquidação de sentença - A liquidação irá especificar o objeto da 
condenação, para que determine a real necessidade do exequente em satisfazer 
seus direitos. Como regra geral as sentenças devem ser líquidas. Entretanto, 
nas hipóteses em que houver condenação ao pagamento de quantia ilíquida, 
caberá ao credor, antes de dar início ao cumprimento de sentença proceder à 
liquidação, que inclusive, neste caso, passa a ser condição indispensável para a 
execução. Embora geralmente a liquidação interesse ao credor e, portanto, 
venha a ser provada por este, o devedor também dispõe de legitimidade para 
impulsionar a fase de liquidação da sentença, para que esta alcance condições 
de ser cumprida voluntariamente– art. 509-512cpc. 
A liquidação de sentença será por arbitramento ou pela observância do 
procedimento comum. Em ambos os casos é vedada a rediscussão do conteúdo 
da sentença liquidanda, ou seja, do an debeatur, cabendo tão somente a práticas 
de atos no sentido de definir o valor da condenação. Segundo José Miguel 
Garcia Media “a cognição judicial na liquidação é parcial, isso é, limitada, no 
plano horizontal, à discussão relacionada ao quantum debeatur”, concluindo: “na 
liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou” 
(Novo Código de Processo Civil Comentado, São Paulo: RT, 2015, p. 790). 
 
Da coisa julgada – art. 502 cpc - “Denomina-se coisa julgada formal material 
a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais 
sujeita a recurso”. Atua como expressão do princípio da segurança jurídica, um 
dos pilares do Estado de Direito, ganhando inclusive o status de garantia 
constitucional (art. 5º, XXXVI da CF), eis que proporciona a efetivação da 
imutabilidade e indiscutibilidade do conteúdo contido em decisão de mérito. 
 
2. Qual a natureza da sentença que julga liminarmente improcedente o pedido 
do autor? Cabe recurso contra este pronunciamento judicial? Explique o 
procedimento fundamentando na forma da Lei. 
Resposta: A sentença que julga liminarmente improcedente o pedido do autor 
nos termos do art. 332 do NCPC é definitiva, ou seja, de mérito. Portanto, 
extingue o processo com resolução do mérito com base no art. 487, inc. I do 
NCPC. E contra o referido pronunciamento judicial cabe recurso de apelação, no 
prazo comum de 15 dias, dirigido ao juiz sentenciante que, ao receber o apelo, 
poderá se retratar no prazo de 5 dias. Se houver retratação o juiz determinará a 
citação do réu observado o disposto no art. 334, ficando o recurso prejudicado 
nos autos do processo. Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para 
responder ao recurso (contrarrazões) e, com ou sem a manifestação do réu, o 
juiz ordenará o encaminhamento dos autos do processo para julgamento da 
apelação. Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para o réu 
apresentar contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, 
observado o disposto no art. 334. Importante ressaltar que não interposta a 
apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença como 
determina o art. 241 do NCPC: “Art. 241. Transitada em julgado a sentença de 
mérito proferida em favor do réu antes da citação, incumbe ao escrivão ou ao 
chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento.” O procedimento 
acima descrito está disposto nos §§2º a 4º do art. 332 do NCPC. 
• 3. Quando será verificada a litispendência? Explique fundamentando na 
forma da Lei. 
 Resposta: a listispendencia se verifica quando há mais de uma ação 
com os mesmos elementos: partes, causa de pedir e pedido. Pode ser 
considerada como um vício processual, pois não pode ocorrer para que o 
procedimento se instaure validamente. Havendo litispendência, poderá haver 
extinção sem resolução de mérito de uma das demandas. Nos parágrafos 1º e 
2º do artigo 337 cpc. 
 
• 4. Discorra sobre a fase de cumprimento de sentença, fundamentando na 
forma da Lei. 
Resposta: Cumprimento da sentença - é uma execução, que não implica em 
uma nova relação jurídica processual, é uma mera fase da sentença. Chega um 
momento em que a respectiva sentença irá transitar em julgado, terá o fim da 
fase de conhecimento e haverá a inauguração da fase de cumprimento de 
sentença. 
O procedimento de cumprimento de sentença receberá a aplicação supletiva, 
no que couber e conforme a natureza da obrigação, das regras pertinentes ao 
processo de execução, tais como aquelas pertinentes à responsabilidade 
patrimonial, a penhora, formas de expropriação, satisfação do crédito, suspenso 
e extinção do processo. O procedimento que busca o pagamento de quantia 
determinada deverá contar com o requerimento do interessado para ter início, 
porém nos casos de cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de 
obrigação de fazer, de não fazer ou de entregar coisa o procedimento poderá 
ser instaurado de ofício pelo juiz. Art. - 519 cpc. 
 
• 5. Discorra sobre as Leis 11.232/2005 e 12.382/2006, na Atividade 
Executiva no Processo Civil Brasileiro, bem como os Títulos Judiciais 
(Cumprimento de Sentença) e Títulos Extrajudiciais (Processo de 
Execução), fundamentando os Títulos na forma da Lei. 
Respostas: 
O instituto da exceção de pré-executividade, após a promulgação das leis 
n. 11.232/2005 e 11.382/2006. Referidas leis modificaram substancialmente a 
sistemática da execução de prestação pecuniária, fundada em título judicial e 
extrajudicial, sugerindo a ideia de que a exceção de pré-executividade, espécie 
de defesa incidental do executado, teria perdido sua utilidade prática, haja vista 
que, por exemplo, qualquer ataque à execução, seja por falta de algum 
pressuposto de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo de 
execução, seja por vício do título, poderá ser veiculado por meio dos embargos 
do devedor, antes condicionado a prévia penhora, caução ou depósito.Segundo 
o Prof. Cândido Rangel Dinamarco, “...para quem há duas impropriedades 
nesses dispositivos. A primeira delas seria referente ao fato de que não se trata 
de inexigibilidade, mas sim de inexistência do título executivo. A segunda delas 
é a de que tal determinação esbarra na garantia constitucional da coisa julgada. 
Dessa forma, Dinamarco afirma que em verdade o dispositivo deveria ser 
aplicado somente aos casos em que a sentença tivesse sido proferida depois da 
declaração de inconstitucionalidade (nos casos de controle abstrato, 
concentrado) ou mesmo depois da suspensão de eficácia da norma pelo Senado 
(nos casos de controle difuso, conforme autorização do art. 52, X, CF)”. 
Ainda nesse sentido, pela inconstitucionalidade material dos arts. 475-L, § 
1º e 741, parágrafo único do Código de Processo Civil, é o entendimento de 
Nelson Nery Junior, para quem a garantia da coisa julgada constitui fundamento 
do próprio Estado Democrático de Direito: 
Título judicial é sentença transitada em julgado, 
acobertada pela autoridade da coisa julgada. Esse título 
judicial goza de proteção constitucional, que emana 
diretamente do Estado Democrático de Direito, além de 
possuir dimensão de garantia constitucional fundamental. 
Decisão posterior, ainda que do STF, não poderá atingir a 
coisa julgada que já havia sido formada e dado origem 
àquele título executivo judicial. A decisão do STF que 
declara a inconstitucional lei ou ato normativo tem eficácia 
retroativa ex tunc, para atingir situações que estejam se 
desenvolvendo com fundamento nessa lei. Essa 
retroatividade tem como limite a coisa julgada. (...) A norma, 
instituída pela Lei 11.232/05, é, portanto, materialmente 
inconstitucional. 
Ementa: 
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO - 
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ARGÜIÇÃO DE NULIDADE 
DO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - POSSIBILIDADE, 
DESDE QUE NÃO ENSEJE DILAÇÃO PROBATÓRIA - QUESTÕES 
QUE DEVEM SER ANALISADAS EM SEDE DE EMBARGOS À 
EXECUÇÃO - ENTENDIMENTO OBTIDO DA ANÁLISE DO 
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO - INCIDÊNCIA DO 
ENUNCIADO N. 7/STJ - RECURSO IMPROVIDO. 
1. A agravante não trouxe qualquer argumento capaz de infirmar 
a decisão que pretende ver reformada, razão pela qual entende-se 
que ela há de ser mantida na íntegra. 2. A exceção de pré-
executividade destina-se a arguir a nulidade do título executivo 
extrajudicial, nos termos do artigo 618, I, do Código 
de Processo Civil, desde que, para isso, o vício apontado reste 
evidenciado de forma a prescindir de contraditório ou de dilação 
probatória; 3. As Instâncias ordinárias, após sopesarem o acervo 
probatório coligido aos autos, consignaram que as teses suscitadas 
pelos agravantes, tendo por desiderato o reconhecimento da 
ausência de liquidez, certeza e inexigibilidade do título executivo 
extrajudicial que lastreia a presente execução, demandariam dilação 
probatória própria do procedimento a ser observado em sede de 
embargos à execução; 4. Agravo regimental a que se nega 
provimento. 
 
• 6. Discorra sobre os princípios da execução, fundamentando na forma da 
Lei. 
Resposta: Autonomia- princípio que revela a relação existente entre 
processo de conhecimento e processo de execução, 584, I cpc. 
Nulla executio sine titulo -Não há execução sem título que a embase, 
273cpc; 
https://jus.com.br/tudo/processo
Patrimonialidade- a execução será sempre real, e nunca pessoal, em 
razão de serem os bens do executado os responsáveis materiais pela 
satisfação do direito do exequente. Atualmente existem bens que apesar 
de pertencerem ao patrimônio do devedor, não respondem por suas 
dívidas, já que a lei os considera impenhoráveis (art. 649 – absolutamente 
impenhoráveis; art. 650 – relativamente impenhoráveis). Também há bens 
que, apesar de não mais estarem no patrimônio do devedor, respondem 
pela dívida, sempre que tenham sido transferidos em fraude. art. 789 CPC 
 
Resultado- O processo de execução se desenvolve com um único 
objetivo; entregar ao exequente, dentro da maior proximidade possível, tutela 
idêntica a que obteria sem o processo, é a satisfação do direito do credor. 
quando não se discute mérito, mas se busca sempre a satisfação dos direitos 
do exequente, ao fim da execução, não se tem uma sentença de mérito e sim 
uma sentença declaratória de encerramento do processo, produzindo coisa 
julgada formal. (art. 924, 925 CPC) 
 Utilidade - execução deve servir a efetivamente entregar ao vitorioso aquilo 
que lhe é de direito. Não se justifica, portanto, processo de execução que possa 
apenas prejudicar o devedor sem trazer qualquer proveito prático ao credor. Em 
razão desse princípio, a penhora não será realizada quando restar evidente que 
o produto da execução dos bem encontrados for ser totalmente absolvido pelo 
pagamento das custas da execução. 
 
Menor onerosidade- a execução não pode ser utilizada como meio de 
vingança privada, é uma garantia que não permite que o executado sofra perda 
patrimonial além do que lhe é devido. 805 cpc 
 
Princípio de contraditório - O contraditório é um direito das partes e um 
dever do juiz, e a sua participação é a garantia imposta pela Constituição do 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Brasil em relação a todos e quaisquer processo, seja estes civis penais ou 
trabalhistas (Art. 5º, LV. CF/1888). 
 
• 7. Discorra sobre os tipos de execução em cada fase processual, 
fundamentando na forma da Lei. 
Resposta: 
Execução para entrega de coisa certa - Embora o legislador tenha 
mantido a referência a “obrigação” (art. 806,Caput do cpc), se mantém o 
compromisso ideológico de tornar todas as relações judiciais obrigacionais, o 
mecanismo se dá por pano de fundo tanto o direito real quanto o direito 
obrigacional (SILVA, Ovídio A. Baptista da. Curso de Processo Civil. V. 2. 5ª ed. 
São Paulo: RT, 2002, p. 125). 
O tema da execução por coisa certa deve ser compreendido com base no direito 
material. Os artigos 233 a 242 do Código Civil que regulam a obrigação de dar 
coisa certa. 
 
Execução para entrega de coisa incerta; - Coisa incerta é aquela que 
no estabelecimento da obrigação é identificada 
apenas pelo gênero e pela quantidade. A coisa em si somente será possível 
determinar ao tempo do adimplemento- o art. 244, do Código Civil, diz: cabe ao 
devedor a individualização da coisa, por isso a previsão no caput do art. 811. 
Nesse caso deve haver uma fase de contraditório para realização da escolha e 
tomada de ciência pelo adversário. 
 
Execução das obrigações de fazer; O art. 814 do CPC elimina a 
limitação contida no diploma processual vigente, que somente possibilita a 
incidência da multa sobre a unidade de tempo dia. A nova redação permite ao 
juiz melhor adaptar o instrumento coercitivo, pois a multa poderá ser fixada em 
dia, horas, semana, mês, ano ou em qualquer outro período de tempo. O novo 
formato pode emprestar, em tese, maior efetividade à realização do direito 
fundamental à tutela executória das obrigações de fazer e não fazer. 
Execução das obrigações de não fazer; O descumprimento da 
obrigação de não fazer estabelecida no título executivo pode decorrer da prática 
de ato ilícito ou de proibição estabelecida no contrato. 
O art. 822 e o caput do art. 823do cpc tratam da situação na qual a tutela 
executória possa ser prestada pelo desfazimento do ato. Para compelir o 
executado a desfazer o ato, o juiz poderá fixar multa periódica nos termos do art. 
814 do CPC. 
 
Execução por quantia certa; os norteadores que guiam a execução por 
quantia certa são os artigos 824 e 825 do cpc, segundo os quais a execução por 
quantia certa se 
opera pela expropriação, mediante a qual o Estado/juiz penetra o patrimônio do 
executado, substituindo-se a ele, para praticar atos equivalentes aos que deveria 
ter praticadocom o fim do pagamento ao credor. Isso se dá pelos três meios 
arrolados no art. 825, quais sejam a adjudicação, a alienação patrimonial (para 
transformar bens em dinheiro) e a apropriação de frutos da empresa ou rendas 
de bens, faltando à norma indicar a apropriação direta de dinheiro que seja 
localizado no patrimônio do executado. 
 
Execução contra a Fazenda Pública; 910cpc - Execução de 
alimentos. O artigo 825 ressalva as execuções especiais, notadamente aquela 
contra a Fazenda Pública (art. 910) e a de alimentos (arts. 911-913)- via da 
cobrança não será a da expropriação, exceto nos alimentos, se frustrada a 
técnica da coação pelo aprisionamento do devedor ou do desconto em folha. 
 
 
 
 
• 8. Discorra sobre a execução definitiva e a execução provisória apontando 
a diferença existente, fundamentando na forma da Lei. 
Reposta: "Art. 587 do cpc. A execução é definitiva, quando 
fundada em sentença transitada em julgado ou em título extrajudicial; é 
provisória, quando a sentença for impugnada mediante recurso, recebido 
só no efeito devolutivo." 
 
9. São títulos executivos extrajudiciais que dão margem a execução por quantia 
certa: 
a) A letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture, ação com 
cotação em bolsa e o cheque. 
b) O documento particular assinado pelo devedor. 
c) O instrumento de transação referendado por mediador credenciado ou não 
por tribunal. 
Resposta - d) A certidão expedida por serventia notarial ou de registro 
relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por 
ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei. Art. 784, inciso XI do 
cpc. 
e) O crédito referente às contribuições ordinárias de condomínio edilício, mas 
não o referente às extraordinárias. 
Justifique a sua resposta na forma da Lei e na doutrina. 
 
• 10. Direito Processual Civil - Fundação para o Vestibular da Universidade 
Estadual Paulista (VUNESP) - 2018 - Fundação de Amparo a Pesquisa do 
Estado de São Paulo - SP (FAPESP/SP) - Procurador 
O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se 
opor à execução por quantia certa, por meio de embargos, anotando-se que: 
a) serão distribuídos livremente. 
b) deverão ser instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que 
poderão ser declaradas autênticas pela parte, sob sua responsabilidade pessoal. 
Resposta - c) O juiz os rejeitará liminarmente, nos casos de indeferimento 
da petição inicial e de improcedência liminar do pedido. Art. 918, inciso II, do cpc. 
d) quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar 
conta-se a partir da juntada do último mandado de citação aos autos. 
e) O prazo para sua oferta é de 10 (dez) dias. 
Justifique a sua resposta na forma da Lei e na doutrina. 
 
• 11. Direito Processual Civil - Centro de Seleção e de Promoção de 
Eventos UnB (CESPE) - 2018 - Tribunal de Justiça - CE (TJCE/CE) - Juiz 
Substituto 
Extinto o processo judicial, caso a parte responsável pelas despesas 
processuais, apesar de devidamente intimada, não efetue o pagamento em 
quinze dias, a administração judiciária deverá 
a) intimar a parte adversa para promover a execução. 
b) encaminhar cópia dos autos ao MP estadual, que iniciará o procedimento de 
cobrança judicial. 
c) determinar, de ofício, o bloqueio da monta devida nas contas do devedor, por 
meio do sistema BACENJUD. 
d) fixar multa no percentual legalmente previsto e estabelecer as astreintes, 
intimando-se novamente o devedor. 
Resposta - e) encaminhar os elementos necessários à Procuradoria-
Geral do estado, para inscrição em dívida ativa. Art. 13 da lei 16.132/16. 
 Justifique a sua resposta na forma da Lei e na doutrina. 
 
• 12. Direito Processual Civil - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da 
UEL (FAUEL) - 2018 - Agência Reguladora de Serviços Públicos 
Delegados de Infraestutura do Paraná - PR (AGEPAR/PR) - Especialista 
em Regulação 
Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para 
opor embargos em: 
a) 15 (quinze) dias. 
Resposta - b) 30 (trinta) dias. Art. 910, caput, e conforme o art. 915, Novo 
CPC, o prazo para a Fazenda Pública será em dobro . Tem previsão da Súmula 
279, STJ, a qual dispõe que “é cabível execução por título extrajudicial contra a 
Fazenda Pública’. 
c) 10 (dez) dias. 
d) 5 (cinco) dias. 
 Justifique a sua resposta na forma da Lei e na doutrina. 
 
• 13. Direito Processual Civil - Instituto Brasileiro de Formação e 
Capacitação (IBFC) - 2018 - Tribunal Regional Federal / 2ª Região (TRF 
2ª) - Juiz Federal Substituto da 2ª Região 
Em matéria cível, na concessão do exequatur às cartas rogatórias provenientes 
do exterior: 
I- Não deve haver análise de mérito da ação que tramita no exterior. 
II- Deve haver análise do mérito da ação que tramita no exterior para verificar a 
sua procedência à luz do direito brasileiro. 
III- A análise da compatibilidade com a ordem pública brasileira deve se limitar 
ao ato a ser praticado no Brasil. 
IV- A ordem pública brasileira impede o exequatur para prática de ato que, 
segundo a lei brasileira, não seria cabível na hipótese analisada. 
Resposta - a) Somente as alternativas I e III estão corretas. 
Item I - O nosso sistema jurídico adota quanto ao exequatur às cartas 
rogatórias o método da contenciosidade limitada. Isso significa que há apenas 
um juízo de delibação, ou seja, analisa-se apenas se a medida a ser executada 
no Brasil está de acordo com nosso ordenamento. Assim, o mérito da análise 
pelo STJ se limita a averiguar a autenticidade dos documentos, o sentido 
adequado da decisão e as observâncias das normas legais e convencionais que 
se apliquem a questão. No mais, a discussão do mérito da ação deve ser 
realizada perante a Justiça estrangeira, que ao determinar a medida exerce a 
soberania do seu Estado. 
item III - Vide item I. Por certo, o ato a ser realizado no Brasil deve estar 
de acordo com nosso ordenamento. Se um juiz não pode determinar uma 
medida judicial para socorrer o direito dos que aqui vivem, também não pode 
determinar essa medida para os que são "de fora". Deve-se privilegiar a ordem 
pública, ou seja, os princípios processuais brasileiros, especialmente os que 
decorrem da Constituição. 
b) Somente as alternativas I e IV estão corretas. 
c) Somente a alternativa II está correta. 
d) Somente a alternativa III está correta. 
e) Somente a alternativa I está correta. 
 Justifique a sua resposta na forma da Lei e na doutrina. 
 
• 14. Direito Processual Civil - Instituto Brasileiro de Formação e 
Capacitação (IBFC) - 2017 - HUGG-UNIRIO/RJ - Advogado 
Assinale a alternativa INCORRETA sobre a adjudicação de bens penhorados em 
execução monetária após analisar os itens a seguir e considerar as normas da 
Lei Federal nº 13.105, de 16/03/2015 (Novo Código de Processo Civil). 
a) É lícito ao exequente, desde que oferecendo preço superior ao da avaliação, 
requerer que lhe sejam adjudicados os bens penhorados 
b) Requerida a adjudicação, o executado será intimado do pedido pelo Diário da 
Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos, por carta com aviso 
de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não 
tiver procurador constituído nos autos ou por meio eletrônico, quando, sendo 
empresa constituída sob a forma de sociedade anônima, não tiver procurador 
constituído nos autos 
c) É dispensável a intimação do executado, citado por edital, diante do 
requerimento de adjudicação quando ele não tiver procurador constituído nos 
autos 
Resposta - d) Transcorrido o prazo de 10 (dez) dias, contado da última 
intimação, e decididas eventuais questões, o juiz ordenará a lavratura do auto 
de adjudicação - Art. 876. É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior 
ao da avaliação, requerer que lhe sejam adjudicados os bens penhorados. 
Transcorrido o prazo de 5 (cinco)dias, contado da última intimação, e decididas 
eventuais questões, o juiz ordenará a lavratura do auto de adjudicação. 
 
e) Considera-se perfeita e acabada a adjudicação com a lavratura e a assinatura 
do auto pelo juiz, pelo adjudicatário, pelo escrivão ou chefe de secretaria, e, se 
estiver presente, pelo executado, expedindo-se a carta de adjudicação e o 
mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem imóvel ou a ordem de 
entrega ao adjudicatário, quando se tratar de bem móvel. 
 Justifique a sua resposta na forma da Lei e na doutrina. 
 
• 15. Direito Processual Civil - Instituto de Estudos Superiores do Extremo 
Sul (IESES) - 2017 - TJ/RO - Titular de Serviços Notariais e de Registro 
De acordo com as normas processuais vigentes podemos afirmar que são 
exemplos de títulos executivos judiciais: 
I. As sentenças estrangeiras homologadas pelo Superior Tribunal de Justiça. 
II. As decisões homologatórias de autocomposição judicial. 
III. As sentenças penais condenatórias transitadas em julgado. 
IV. As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de 
obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa. 
A sequência correta é: 
 
Resposta - A. As assertivas I, II, III e IV estão corretas. Art. 515 do cpc, 
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao 
processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo. 
 
B.Apenas as assertivas I e III estão corretas. 
C.Apenas a assertiva II está correta. 
D.Apenas as assertivas I, II, III estão corretas 
 Justifique a sua resposta na forma da Lei e na doutrina. 
 
• 16. Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista 
Judiciário - Área Judiciária 
De acordo com o Código de Processo Civil de 2015, em relação ao Processo de 
Execução, assinale a alternativa correta. 
• Em que pese a característica de devedor, este não estará obrigado a arcar 
com as consequências da mora como juros e atualização monetária, 
tendo-se em vista que a mora é um assunto de direito material e não 
processual, não podendo, portanto, ser trazido à tona em procedimento 
executório. 
• A execução deve suprir a necessidade do credor, visando ao 
adimplemento, sempre da maneira mais completa possível, 
independentemente das consequências que resultem ao 
devedor/executado. 
Resposta - No processo de conhecimento, oferecida a contestação, não é 
possível ao autor alterar o pedido ou desistir da ação sem o consentimento do 
réu. De outra monta, desconsiderando a existência de embargos à execução, no 
processo de execução, ocorre uma maleabilidade desta regra processual de 
base, sendo que o credor poderá desistir de toda a execução, de parte dela ou 
até mesmo de determinados atos executivos. -De acordo com o CPC, art. 485 
§ 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, 
desistir da ação. 
§ 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
CPC, art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de 
apenas alguma medida executiva. 
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte: 
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre 
questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os 
honorários advocatícios; 
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou 
do embargante 
 
• A execução deve propiciar ao exequente exatamente aquilo que obteria 
com o adimplemento voluntário do devedor, ou seja, exatamente o que 
consta no título, não sendo, portanto, cabível a substituição por perdas e 
danos nos casos de impossibilidade de entrega de coisa ou recusa da 
prestação de fazer ou não fazer. 
• São exemplos de atos expropriatórios: penhora, arresto, exibição de 
documentos, busca e apreensão, imissão de posse. 
 Justifique a sua resposta na forma da Lei e na doutrina 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
(SILVA, Ovídio A. Baptista da. Curso de Processo Civil. V. 2. 5ª ed. São 
Paulo: RT, 2002, p. 125). 
 
https://jcoelhomendes.jusbrasil.com.br/artigos/653934535/principios-gerais-da-
execucao 
http://www.professordanielneves.com.br/assets/uploads/novidades/2010111518
12300.principiosdaexecucao.pdf 
https://www.oabrs.org.br/novocpcanotado/novo_cpc_anotado_2015.pdf 
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/sentenca-e-cumprimento-
de-sentenca/ 
 
FIM!!! 
https://jcoelhomendes.jusbrasil.com.br/artigos/653934535/principios-gerais-da-execucao
https://jcoelhomendes.jusbrasil.com.br/artigos/653934535/principios-gerais-da-execucao
http://www.professordanielneves.com.br/assets/uploads/novidades/201011151812300.principiosdaexecucao.pdf
http://www.professordanielneves.com.br/assets/uploads/novidades/201011151812300.principiosdaexecucao.pdf
https://www.oabrs.org.br/novocpcanotado/novo_cpc_anotado_2015.pdf

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