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Faringe e laringe Apg 16 Objetivos: 1. Entender a morfofisiologia da faringe e da laringe (nervos). 1.1. Relembrar as estruturas linfoides dessa região. 2. Compreender o mecanismo de produção da voz. FARINGE: Conecta o nariz, a boca e a laringe. Compartilhado pelos sistemas respiratórios e digestório. Se estende desde os cóanos até o início da traqueia e do esôfago. Suas paredes são musculares: a superior e a posterior são curvas e justapostas ao esqueleto axial, enquanto as laterais são mais flexíveis. A faringe é dividida em três regiões :as partes nasal, oral e laríngea da faringe. NASOFARINGE porção superior. Comunica-se com a parte posterior da cavidade nasal através dos cóanos e é separada da cavidade oral pelo palato mole. Revestida por epitélio respiratório típico. A tonsila faríngea está localizada na parede posterior da parte nasal da faringe; as paredes laterais contêm os óstios faríngeos das tubas auditivas Função respiratória OROFARINGE Estende-se entre o palato mole e a raiz da língua no nível do hióide. Revestido por epitélio escamoso estratificado (semelhante a cavidade oral) A margem posterior do palato mole sustenta a úvula palatina e dois pares de arcos faríngeos. Bilateralmente, a tonsila palatina situa- se entre o arco palatoglosso, anterior, e o arco palatofaríngeo, posterior . Função digestória - deglutição LARINGOFARINGE Inclui a região da faringe localizada desde o nível do hióide até o início do esôfago. Mais inferior Revestida por epitélio escamoso estratificado, resistente a abrasões mecânicas, agressões químicas e invasão de patógenos. Função – respiratória e digestória. Inervações: Originados em sua maior parte do Plexo nervoso faríngeo. Motores: derivados do nervo vago (possui exceções -> musculo estilo faríngeo suprido pelo NC IX e musculo tensor do véu palatino suprido pelo NC V3) Sensitivos: derivados do nervo glossofaríngeo Tonsilas: Os grandes nódulos nas paredes da faringe. Os linfócitos agregados nas tonsilas reúnem-se e removem patógenos que penetram na faringe, tanto no ar inspirado quanto nos alimentos ingeridos. Tonsilas Palatinas – localizadas na margem posterior da cavidade oral, ao longo do limite entre a faringe e o palato mole. ->Epitélio pavimentoso estratificado Tonsila faríngea - única, frequentemente denominada adenóide, localizada na parede póstero-superior da parte nasal da faringe. -> epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado Tonsilas linguais estão localizadas na base da língua. -> epitélio pavimentoso estratificado LARINGE O ar inspirado sai da faringe e entra na laringe passando por uma abertura denominada ádito da laringe . Inicia-se no nível da vértebra C IV ou C V e termina no nível da vértebra C VII. É um cilindro cujas paredes cartilagíneas são estabilizadas por ligamentos ou por músculos estriados esqueléticos, ou ambos. Funções: proteção – atua como válvula na deglutição Fonação Respiração Cavidade interna da laringe: Vestíbulo Parte média Ventrículo Infraglotica Cartilagens Impares: tireóidea, cricóidea e epiglótica. Cartilagens tireóidea e cricóidea são cartilagens hialinas; a cartilagem epiglótica é uma cartilagem elástica. Cartilagem tireóidea: maior cartilagem laríngea é a cartilagem tireóidea (“em forma de escudo”). Durante o desenvolvimento, as lâminas direita e esquerda da cartilagem tireóidea fundem-se anteriormente na linha mediana e constituem uma crista saliente, a proeminência laríngea. Essa crista é facilmente vista e palpada, e a cartilagem tireóidea é popularmente conhecida como “pombo-de- Adão” A parte inferior da cartilagem tireóidea articula-se com a cartilagem cricóidea; a parte superior apresenta ligamentos que a fixam à epiglote e a cartilagens laríngeas menores. A cartilagem cricóidea Localizada inferiormente à cartilagem tireóidea “em forma de anel” Oferece sustentação na ausência da cartilagem tireóidea. As cartilagens cricóidea e tireóidea protegem a região da glote e a entrada da traquéia, e suas amplas superfícies são locais de inserção para importantes músculos e ligamentos. Ligamentos fixam-se na superfície inferior da cartilagem cricóidea até a primeira cartilagem traqueal A superfície superior da cartilagem cricóidea se articula com as duas pequenas cartilagens aritenóideas. Epiglote formato de calçadeira, projeta-se superiormente à região da glote. A cartilagem epiglótica que sustenta a epiglote apresenta fixações ligamentares às margens superior e anterior da cartilagem tireóidea e ao hióide. Durante a deglutição, a laringe é elevada e a epiglote se dobra sobre o ádito da laringe, evitando a entrada de alimentos líquidos ou sólidos para as vias respiratórias. Cartilagens pares: cartilagens aritenóideas, corniculadas e cuneiformes. ■ As aritenóideas e corniculadas são cartilagens hialinas, e as cuneiformes são cartilagens elásticas. Cartilagens aritenóideas (“em forma de jarro, colher funda, concha”) se articula com a margem superior da parte mais larga (lâmina) da cartilagem cricóidea. ■ As cartilagens corniculadas (“em forma de chifre”) se articulam com as cartilagens aritenóideas As cartilagens corniculadas e aritenóideas atuam na abertura e no fechamento da rima da glote e na produção de som. ■ As longas e curvas cartilagens cuneiformes (“em forma de cunha”) localizam-se na prega ariepiglótica que se estende desde a região lateral de cada cartilagem aritenóidea até a epiglote. Ligamentos da laringe Uma série de ligamentos intrínsecos une todas as nove cartilagens que formam a laringe. Ligamentos extrínsecos unem a cartilagem tireóidea ao hióide e a cartilagem cricóidea à traquéia. Os ligamentos vestibulares e os ligamentos vocais estendem-se entre a cartilagem tireóidea e as aritenóideas. Os ligamentos vocal e vestibular são recobertos por pregas do epitélio da laringe que se projetam em direção à região da glote. Pregas vestibulares Conhecidas como “pregas vocais falsas” situam-se no interior do par de pregas superiores. relativamente inelásticas, ajudam a impedir que corpos estranhos entrem na região da glote e oferecem proteção às pregas vocais, mais delicadas. Pregas vocais altamente elásticas, pois o ligamento vocal é uma faixa de tecido elástico. As pregas vocais estão envolvidas na produção de sons Produção do som A passagem do ar através da região da glote determina a vibração das pregas vocais e produz ondas sonoras. A frequência do som produzido depende do diâmetro, do comprimento e da tensão das pregas vocais. O diâmetro e o comprimento estão diretamente relacionados ao tamanho da laringe. A tensão é controlada pela contração de músculos voluntários que mudam as posições relativas da cartilagem tireóidea e das aritenóideas. Quando a distância aumenta, as pregas vocais ficam tensas e a freqüência aumenta; quando a distância diminui, as pregas vocais relaxam e a frequência diminui. As crianças apresentam pregas vocais delgadas e curtas, e suas vozes tendem a ser mais agudas (frequência elevada). Na puberdade, a laringe masculina aumenta consideravelmente mais em relação à feminina. As pregas vocais de um homem adulto são mais espessas, mais longas e produzem tons mais baixos em comparação aos de uma mulher adulta. A laringe toda está envolvida na produção sonora pela vibração de suas paredes, criando um som composto. A amplificaçãoe os ecos do som ocorrem na faringe, na cavidade oral, na cavidade nasal e nos seios paranasais. A produção final de diferentes padrões de sons e ressonâncias depende de movimentos voluntários da língua, dos lábios e das bochechas, gerando os fonemas. Musculatura: Os músculos intrínsecos da laringe apresentam duas funções principais. Um grupo regula a tensão nas pregas vocais, enquanto um segundo grupo produz a abertura e o fechamento da rima da glote. Os músculos relacionados às pregas vocais inserem-se nas cartilagens tireóidea, aritenóideas e corniculadas. Abrir ou fechar a rima da glote envolve movimentos de rotação das cartilagens aritenóideas, que aproximam ou afastam as pregas vocais*. Esfincteres -> aritenoides -> obliquo e transverso Tensores-> cricotireóideo Vocal Relaxadores – tireoaritenoide Adutor e abdutor- cricoaritenoideo – posterior e lateral Os músculos extrínsecos da laringe posicionam e estabilizam a laringe. Extrinseco – infraheóideo e suprahiódeo- Durante a deglutição, os músculos extrínsecos e intrínsecos cooperam para evitar que alimentos sólidos ou líquidos atinjam a região da glote. Antes da deglutição, o material é triturado e mastigado até tornar-se uma massa pastosa conhecida como bolo alimentar. Os músculos extrínsecos, então, elevam a laringe, dobrando a epiglote sobre o ádito da laringe para que esse bolo possa deslizar pela superfície da epiglote e não penetre na cavidade da laringe. Durante esse movimento, os músculos intrínsecos fecham a região da glote. Se qualquer fragmento de alimento sólido ou líquido entrar em contato com as superfícies das pregas vestibulares ou vocais, o reflexo da tosse será desencadeado, impedindo sua entrada nas vias aéreas mais inferiores. Inervação Nervos laríngeos superior– interno (parte sensitiva da parte superior da prega vocal e da supraglote) e externo (inervação da musculatura) Nervos laríngeos recorrente (bifurca) – inervação da musculatura interna da laringe (fechamento e tosse) Nervos laríngeos inferior (parte sensitiva inferior da glote e da infraglote) Ramos do nervo vago (fonação e respiração) Drenagem linfática: Linfonodo jugulodigástrico Linfonodos cervicais superficiais Linfonodos cervicais profundos Ducto torácico REFERÊNCIAS: Martini, F., Timmons, M. e Tallitsch, R. (2009). Anatomia Humana. 6th edição. [Digite o Local da Editora]: Grupo A Silverthorn, Dee U. Fisiologia Humana. Disponível em: Minha Biblioteca, (7th edição). Grupo A, [Inserir ano de publicação].