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Sistema respiratório inferior Apg 18 1- Compreender a anatomia do sistema respiratório inferior; 2- Explicar a mecânica respiratória; 3- Citar as capacidades e volumes respiratórios e os fatores que influenciam . Traqueia: o Via tubular onde passa o ar com aproximadamente 12 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro; o Localizada anteriormente ao esôfago e se estende desde a laringe até a margem superior da vértebra T 5, onde se divide em brônquios primários direito e esquerdo. o Sua parede é dividida em 4 camadas, da profunda à superficial: Túnica mucosa - e epitélio colunar pseudoestratificado ciliado e uma camada subjacente de lâmina própria que contém fibras elásticas e reticulares. Oferece proteção contra a poeira. Tela submucosa- tecido conjuntivo areolar que contém glândulas seromucosas e seus ductos. Cartilagem Hialina - 16 a 20 anéis horizontais incompletos de cartilagem hialina se assemelham à letra C, estão empilhados uns sobre os outros e estão ligados por tecido conjuntivo denso. A parte aberta do C está voltada em direção ao esôfago e é cruzada por uma membrana fibromuscular (composta por fibras musculares lisas transversais e tecido conjuntivo elástico) o que possibilita que o diâmetro da traqueia mude sutilmente durante a inspiração e expiração. Túnica adventícia- composta por tecido conjuntivo areolar que une a traqueia aos tecidos circunvizinhos. Brônquios: o Na margem superior da vértebra T 5 a traqueia se divide em um brônquio principal direito, que vai para o pulmão direito, e um brônquio principal esquerdo, que vai para o pulmão esquerdo. o O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. o Os brônquios principais contêm anéis incompletos de cartilagem e são revestidos por epitélio colunar pseudoestratificado ciliado. o A árvore bronquial é composta por vias respiratórias macroscópicas que começam na traqueia e continuam até os bronquíolos terminais. o Carina: Crista interna; Localizada onde a traqueia se divide em brônquios principais direito e esquerdo; Formada por uma projeção posterior e um pouco inferior da última cartilagem traqueal. Sua túnica mucosa é uma das áreas mais sensíveis de toda a laringe e traqueia para desencadear um reflexo da tosse. O alargamento e distorção da carina é um sinal grave, pois geralmente indica um carcinoma dos linfonodos ao redor da região onde a traqueia se divide. o No pulmão o brônquio principal se divide formando brônquios menores – os brônquios lobares, uma para cada lobo do pulmão. (O pulmão direito tem três lobos, o pulmão esquerdo tem dois.) o Os brônquios lobares continuam ramificando-se, formando brônquios ainda menores, chamados brônquios segmentares, que irrigam segmentos broncopulmonares específicos dentro dos lobos. o Os brônquios segmentares então se dividem em bronquíolos. o Os bronquíolos também se ramificam repetidamente e o menor dos ramos ramifica-se em tubos ainda menores chamados bronquíolos terminais. o Os bronquíolos contêm células exócrinas bronquiolares, células colunares não ciliadas intercaladas entre as células epiteliais. As células exócrinas bronquiolares podem proteger contra os efeitos nocivos de toxinas inaladas e substâncias cancerígenas, produzem surfactante e funcionam como célulastronco (células estaminais), que dão origem a várias células do epitélio. o A túnica mucosa na árvore bronquial muda de epitélio colunar pseudoestratificado ciliado nos brônquios principais, brônquios lobares e brônquios segmentares para epitélio colunar simples ciliado com algumas células caliciformes nos bronquíolos maiores, para principalmente epitélio cúbico simples ciliado sem células caliciformes nos bronquíolos menores, para principalmente epitélio cúbico simples não ciliado nos bronquíolos terminais. O muco produzido pelas células caliciformes retém as partículas, e os cílios movem o muco e as partículas retidas para a faringe para serem removidos. Em regiões com epitélio cúbico simples não ciliado, as partículas inaladas são removidas por macrófagos. o As lâminas de cartilagem gradualmente substituem os anéis incompletos de cartilagem nos brônquios principais e por fim desaparecem nos bronquíolos distais. o À medida que a quantidade de cartilagem diminui, a quantidade de músculo liso aumenta. O músculo liso circunda o lúmen em faixas espiraladas e ajuda a manter a permeabilidade. No entanto, como não há cartilagem de suporte, espasmos musculares podem fechar as vias respiratórias. Isto é o que acontece durante uma crise de asma brônquica, uma situação potencialmente fatal. Pulmões: o Órgãos cônicos pareados na cavidade torácica; o São separados um do outro pelo coração e por outras estruturas do mediastino, que dividem a cavidade torácica em duas câmaras anatomicamente distintas. o Cada pulmão é fechado e protegido por uma túnica serosa de camada dupla chamada pleura. o A pleura parietal reveste a cavidade torácica, e a pleura visceral recobre os pulmões o Cavidade pleural (entre as pleuras) contém um pequeno volume de líquido lubrificante que é secretado pelas membranas. Este líquido pleural reduz o atrito entre as membranas, o que lhes possibilita deslizar facilmente uma sobre a outra durante a respiração. E também faz com que as duas membranas adiram uma à outra. o Os pulmões se estendem desde o diafragma até a região discretamente superior às clavículas e encontra-se contra as costelas anterior e posteriormente o A base, é côncava e se encaixa sobre a zona convexa do diafragma. A parte superior estreita do pulmão é o ápice. o A superfície do pulmão apoiada sobre as costelas, a face costal, coincide com a curvatura arredondada das costelas. o A face mediastinal (medial) de cada pulmão contém uma região, o hilo do pulmão, por meio da qual os brônquios, os vasos sanguíneos pulmonares, os vasos linfáticos e os nervos entram e saem. o Estas estruturas são mantidas unidas pela pleura e tecido conjuntivo e constituem a raiz do pulmão. o Medialmente, o pulmão esquerdo também contém uma concavidade, a incisura cardíaca, em que o vértice do coração se encontra. Em razão do espaço ocupado pelo coração, o pulmão esquerdo é aproximadamente 10% menor do que o pulmão direito. o Embora o pulmão direito seja mais espesso e mais largo, é também um pouco mais curto do que o pulmão esquerdo, porque o diafragma é maior no lado direito, acomodando o fígado que se encontra inferiormente a ele. o Os pulmões preenchem quase todo o tórax O ápice dos pulmões encontra-se superiormente ao terço médio das clavículas, e esta é a única área em que ele pode ser palpado. Lobos o Uma ou duas fissuras dividem cada pulmão em lobos. o A fissura oblíqua divide o pulmão esquerdo em dois lobos. As fissuras oblíqua e horizontal dividem o pulmão direito em três lobos o Cada lobo recebe seu próprio brônquio lobar. o Assim, o brônquio principal direito dá origem a três brônquios lobares chamados brônquios lobares superior, médio e inferior; o brônquio principal esquerdo dá origem aos brônquios lobares superior e inferior. o Existem 10 brônquios segmentares em cada pulmão. O segmento de tecido pulmonar que cada brônquio segmentar supre é chamado segmento broncopulmonar. Lóbulos: o Pequenos compartimentos em cada segmento broncopulmonar; o São envolvidos por tecido conjuntivo elástico e contém um vaso linfático, uma arteríola, uma vênula e uma ramificação de um bronquíolo terminal Alvéolos o Alvéolo é uma evaginação em formato de taça revestida por epitélio escamoso simples e apoiadapor uma membrana basal fina e elástica; o Os sacos alveolares consistem em dois ou mais alvéolos que compartilham uma abertura comum o As paredes dos alvéolos são formadas por dois tipos de células epiteliais alveolares: células alveolares do tipo I (epiteliais escamosas pulmonares), mais numerosas, são células epiteliais escamosas simples que formam um revestimento quase contínuo da parede alveolar. As finas células alveolares do tipo I são os principais locais de trocas gasosas. células alveolares do tipo II, também chamadas células septais, existem em menor número e são encontradas entre as células alveolares do tipo I. As células alveolares do tipo II, células epiteliais arredondadas ou cúbicas com superfícies livres contendo microvilosidades, secretam líquido alveolar, o que mantém úmida a superfície entre as células e o ar. Incluído no líquido alveolar está o surfactante que reduz a tensão superficial do líquido alveolar, o que diminui a tendência de colabamento dos alvéolos e, assim, mantém a sua perviedade a . o Vias respiratórias microscópicas: Bronquíolos respiratórios -> ductos alveolares -> sacos alveolares -> alvéolos o Associados à parede alveolar estão os macrófagos alveolares, que removem partículas finas de poeira e outros detritos dos espaços alveolares. o A troca de gases respiratórios ocorre por difusão através da membrana respiratória. o A membrana respiratória é composta por quatro camadas: 1.camada de células alveolares dos tipos I e II, e macrófagos alveolares associados que constituem a parede alveolar. 2.Uma membrana basal epitelial subjacente à parede alveolar. 3.Uma membrana basal capilar que muitas vezes está fundida à membrana basal epitelial. 4.O endotélio capilar. o Estima-se que os pulmões contenham 300 milhões de alvéolos, proporcionando uma imensa área de superfície de 70 m2 para as trocas gasosas Irrigação sanguínea dos pulmões o Os pulmões são irrigados por dois conjuntos de artérias: as artérias pulmonares e os ramos bronquiais da parte torácica da aorta. o O sangue venoso passa pelo tronco pulmonar, que se divide em uma artéria pulmonar esquerda que entra no pulmão esquerdo e uma artéria pulmonar direita que entra no pulmão direito. o As artérias pulmonares são as únicas artérias do corpo que transportam sangue desoxigenado. o Equilíbrio ventilação-perfusão: Uma característica única dos vasos sanguíneos pulmonares é a sua constrição em resposta à hipoxia (baixo nível de O2) localizada. Em todos os outros tecidos do corpo, a hipoxia provoca a dilatação dos vasos sanguíneos para aumentar o fluxo sanguíneo. Nos pulmões, no entanto, a vasoconstrição em resposta à hipoxia desvia sangue pulmonar de áreas dos pulmões com pouca ventilação para regiões bem ventiladas para possibilitar trocas gasosas mais eficientes. A perfusão (fluxo sanguíneo) para cada área dos pulmões corresponde à extensão da ventilação (fluxo de ar) para os alvéolos nessa área. Ventilação Pulmonar ou respiração: o É a inspiração (inalação) e expiração (exalação) do ar e envolve a troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos dos pulmões. o Na ventilação pulmonar, o ar flui entre a atmosfera e os alvéolos dos pulmões em decorrência das diferenças de pressão alternadas produzidas pela contração e pelo relaxamento dos músculos respiratórios. o A taxa de fluxo de ar e o esforço necessário para a respiração também são influenciados pela tensão superficial alveolar, complacência dos pulmões e resistência das vias respiratórias. o O ar se move para dentro dos pulmões quando a pressão de ar intrapulmonar é menor do que na atmosfera. O ar se move para fora dos pulmões quando a pressão de ar intrapulmonar é maior do que a pressão do ar na atmosfera. Inspiração o Para o ar fluir para os pulmões, a pressão intra-alveolar tem de se tornar mais baixa do que a pressão atmosférica. Esta condição é alcançada aumentando o tamanho dos pulmões. Lei de Boyle, P.V = P.V o Pressão e volume são inversamente proporcionais, se um aumenta ou outro diminui. o Durante a inspiração, o diafragma e os músculos intercostais externos se contraem. o A cavidade torácica se expande, e a pressão alveolar cai abaixo da pressão atmosférica. (760mmHg para 758mmHg) o O ar flui para o pulmão em resposta ao gradiente de pressão e o volume pulmonar aumenta. o Durante a inspiração profunda, os músculos escalenos e estenocleidomastóides expandem ainda mais o tórax, produzindo assim maior queda na pressão alveolar. Diafragma o Músculo mais importante da inspiração é o diafragma o Músculo esquelético em formato de cúpula que forma o assoalho da cavidade torácica. o Inervado por fibras do nervo frênico, que emergem da medula espinal nos níveis cervicais 3, 4 e 5. o A contração do diafragma faz com que ele se achate, abaixando a sua cúpula. Isto aumenta o diâmetro vertical da cavidade torácica. o A contração do diafragma é responsável por aproximadamente 75% do ar que entra nos pulmões durante a respiração tranquila. Músculos intercostais: o Os próximos músculos mais importantes à inspiração são os intercostais externos. Quando estes músculos se contraem, eles elevam as costelas. Como resultado, há aumento nos diâmetros anteroposterior e lateral da cavidade torácica. o A contração dos intercostais externos é responsável por aproximadamente 25% do ar que entra nos pulmões durante a respiração tranquila normal. Expiração o É também decorrente de um gradiente de pressão, mas neste caso o gradiente é no sentido oposto: a pressão nos pulmões é maior do que a pressão atmosférica. (762mmHg e comparação a 760mmHg) o Durante a expiração, o diafragma e os músculos intercostais externos relaxam. o O tórax e os pulmões se retraem, a cavidade torácica se contai e a pressão alveolar se eleva acima da pressão atmosférica. o O ar flui para fora dos pulmões em resposta ao gradiente de pressão, e o volume pulmonar cai. o Durante as expirações forçadas, os músculos intercostais internos e abdominais se contraem, reduzindo assim ainda mais o tamanho da cavidade torácica e produzindo elevação maior da pressão alveolar. o Na expiração normal não há musculatura envolvida, porém ocorre a retração elástica da parede torácica e dos pulmões, resultado da retração das fibras elásticas que foram distendidas durante a inspiração e da força para dentro da tensão superficial decorrente da película de líquido alveolar. Outros fatores que influenciam a ventilação pulmonar Tensão superficial do líquido alveolar o No pulmão, a tensão superficial faz com que os alvéolos assumam o menor diâmetro possível. Durante a respiração, a tensão superficial deve ser ultrapassada para expandir os pulmões a cada inspiração. A tensão superficial é também responsável por dois terços da retração elástica pulmonar, o que diminui o tamanho dos alvéolos durante a expiração. o O surfactante (uma mistura de fosfolipídios e lipoproteínas) presente no líquido alveolar reduz a sua tensão superficial abaixo da tensão superficial da água pura. Complacência dos pulmões o Quanto esforço é necessário para distender os pulmões e a parede torácica. o Uma complacência alta significa que os pulmões e a parede torácica se expandem facilmente, enquanto uma complacência baixa significa que eles resistem à expansão. Resistência das vias respiratórias o A velocidade do fluxo de ar pelas vias respiratórias depende da diferença de pressão e da resistência: o fluxo de ar é igual à diferença de pressão entre os alvéolos e a atmosfera dividida pela resistência. o Vias respiratórias mais calibrosas têm menor resistência. A resistência das vias respiratórias então aumenta durantea expiração conforme o diâmetro dos bronquíolos diminui. O diâmetro das vias respiratórias também é regulado pelo grau de contração e relaxamento do músculo liso das paredes das vias respiratórias. o Qualquer condição que estreite ou obstrua as vias respiratórias aumenta a resistência, de modo que é necessário mais pressão para manter o mesmo fluxo de ar. Padrões respiratórios o Eupneia – normalidade o Respiração costal – padrão respiratório superficial o Respiração diafragmática- Padrão respiratório profundo Volumes e capacidades pulmonares o Adulto médio saudável respira 12 vezes por minuto, aproximadamente 500ml de ar para dentro e fora dos pulmões. VC = volume corrente, volume de uma respiração. VM = ventilação minuto, volume total de ar inspirado e expirado a cada minuto, dado por frequência respiratória vezes o VC VM=12 ciclos/min x 500 ml/respiração =6L/min o Espirômetro ou respirômetro= isntrumento Espirograma: o 70% do volume respiratório vai para - bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos. o 30% nas vias respiratórias de condução do nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. (espaço morto anatômico) o A taxa de ventilação alveolar é o volume de ar por minuto que efetivamente alcança a zona respiratória. o Exemplo: a taxa de ventilação alveolar seria de 350 mℓ/respiração × 12 incursões respiratórias/min = 4.200 mℓ/min. o As capacidades pulmonares são a combinação de vários volumes pulmonares. o O volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) é o volume de ar que pode ser expirado pelos pulmões em 1 s, ao esforço máximo depois de uma inspiração máxima. No gráfico 1200ml adicionais no sexo masculino e 700ml nas mulheres. o O volume, que não pode ser medido pela espirometria, é chamado de volume residual. Representa aproximadamente 1.200 mℓ nos homens e 1.100 mℓ nas mulheres. o A capacidade inspiratória é a soma do volume corrente e do volume de reserva inspiratório (500 mℓ + 3.100 mℓ = 3.600 mℓ nos homens e 500 mℓ + 1.900 mℓ = 2.400 mℓ nas mulheres). o A capacidade residual funcional é a soma do volume residual e do volume de reserva expiratório (1.200 mℓ + 1.200 mℓ = 2.400 mℓ nos homens e 1.100 mℓ + 700 mℓ = 1.800 mℓ nas mulheres). o A capacidade vital é a soma do volume de reserva inspiratório, volume corrente e volume de reserva expiratório (4.800 mℓ nos homens e 3.100 mℓ nas mulheres). o A capacidade pulmonar total é a soma da capacidade vital e do volume residual (4.800 mℓ + 1.200 mℓ = 6.000 mℓ nos homens e 3.100 mℓ + 1.100 mℓ = 4.200 mℓ nas mulheres). REFERÊNCIAS: Silverthorn, Dee U. Fisiologia Humana. Disponível em: Minha Biblioteca, (7th edição). Grupo A, [Inserir ano de publicação].
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