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resumo sistema respiratório inferior

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APG-19- A CULPA É DO PULMÃO 
 
Isadora Cardoso Sampaio 
Anatomia e histologia do sistema respiratório inferior: 
 
Anatomia dos pulmões: 
Os pulmões encontram-se no interior da cavidade pleural (direita 
e esquerda). Contém todos os componentes da árvore brônquica. 
São macios e esponjosos, porque eles são principalmente 
espaços aéreos circundados pelas células alveolares e por tecido 
conjuntivo elástico. Os pulmões emparelhados são revestidos 
pela pleura visceral e estão ligados às estruturas do mediastino 
(traqueia e coração) em seu hilo. Cada pulmão tem as seguintes 
superfícies: 
• Ápice: parte superior do lobo superior que se estende em 
direção ao pescoço (acima do nível das clavículas). 
• Hilo: área localizada na face medial pela qual as estruturas 
entram e saem do pulmão. 
• Face costal: faces anterior, lateral e posterior do pulmão 
em contato íntimo com os elementos costais da caixa 
torácica 
• Face diafragmática: parte inferior do pulmão em contato 
com o músculo diafragma subjacente. 
O pulmão direito é mais curto, mais amplo e possui um maior 
volume em comparação ao pulmão esquerdo. Além disso, é 
dividido em três lobos (superior, médio e inferior). 
O pulmão esquerdo é mais comprido e mais estreito do que o 
pulmão direito. Possui uma indentação chamada de incisura 
cardíaca. É dividido em apenas dois lobos. 
Obs.: o fígado faz com que o pulmão direito seja mais levantado 
em relação ao esquerdo. 
 
 
Curiosidade clínica: Em certas condições, as cavidades 
pleurais podem ficar cheias de ar (pneumotórax), de sangue 
(hemotórax) ou de pus. Ar nas cavidades pleurais, mais 
comumente introduzido por uma abertura cirúrgica do tórax 
ou como resultado de ferimento provocado por arma branca 
ou de fogo, pode provocar o colapso dos pulmões. Este 
colapso de uma parte de um pulmão, ou raramente de todo 
o pulmão, é chamado de atelectasia. O objetivo do 
tratamento é a evacuação do ar (ou do sangue) do espaço 
pleural, permitindo que o pulmão infle novamente. Um 
pneumotórax pequeno pode resolver-se sem ajuda externa, 
mas é, muitas vezes, necessário inserir um tubo no tórax 
para auxiliar na evacuação. 
 
 APG-19- A CULPA É DO PULMÃO 
 
Isadora Cardoso Sampaio 
Drenagem e inervação pulmonar: 
A drenagem linfática de ambos os pulmões segue para os 
linfonodos intrapulmonares e broncopulmonares (hilares) 
(de distal a proximal nos hilos). A linfa, então, drena para 
os linfonodos traqueobronquiais, na bifurcação da traqueia 
e nos linfonodos paratraqueais direito e esquerdo. Os 
médicos frequentemente usam diferentes nomes para 
identificar esses linfonodos (intrapulmonar, hilar, carinal e 
escaleno), tudo “caminha” para artéria subclávia pulmonar 
esquerda 
 
Como são estruturas viscerais, os pulmões são inervados 
pelo sistema nervoso autônomo. Fibras simpáticas 
broncodilatadoras relaxam o músculo liso, fazem 
vasoconstricção dos vasos pulmonares e inibem a secreção 
das glândulas da árvore brônquica. Essas fibras derivam dos 
segmentos superiores da parte torácica da medula espinal 
(entre T1 e T4). Fibras parassimpáticas broncoconstritoras, 
que contraem o músculo liso, fazem vasodilatação dos vasos 
pulmonares e aumentam a secreção de muco; derivam do 
nervo vago (NC X).As fibras aferentes viscerais que 
retornam ao SNC no nervo vago são amplamente reflexivas 
e transmitem impulsos da mucosa e músculos brônquicos, 
além de receptores de estiramento do tecido conjuntivo (o 
reflexo de Hering-Breuer), receptores de pressão das 
artérias e quimiorreceptores sensíveis aos níveis de gases 
no sangue, assim como o pH. Dor (nociceptiva) aferente da 
pleura visceral e brônquios passam através das fibras 
simpáticas, através do tronco simpático, e para os gânglios 
sensitivos espinais dos níveis da medula espinal torácica 
superior. 
 
 
Irrigação pulmonar: 
o pulmão recebe sangue vindo do ventrículo direito, que 
chega ao sangue venoso. O arco da aorta passa por cima da 
artéria aorta pulmonar e do brônquio principal esquerdo 
indo para o posterior. O sangue venoso (no pulmão) vem da 
artéria. 
 
 
 
 
 
 APG-19- A CULPA É DO PULMÃO 
 
Isadora Cardoso Sampaio 
Pleuras: 
Pleura visceral: reveste os pulmões 
Pleura parietal: reflete ao redor de cada pulmão e delimita a 
face interior da parede torácica, a superfície superior do 
diafragma e as faces laterais do pericárdio. Além disso, a 
pleura pariental é inervada com fibras aferentes que seguem 
pelos nervos intercostais somáticos. Essas fibras é quem 
carregam sensação aferente da dor correm com o nervo 
frênico (C3-C5) 
A cavidade pleural contém uma pequena quantidade de 
líquido seroso, que lubrifica as superfícies e reduz o atrito 
durante a respiração. 
 
Aplicação clínica: A pleurite é uma inflamação da pleura e é 
frequentemente dolorosa porque a inervação sensorial na pleura 
parietal está irritada. Enquanto a condição progride, a 
permeabilidade da membrana muda, o que resulta em um 
acúmulo de fluido na cavidade pleural, fazendo com que a 
respiração se torne difícil. 
 
Brônquio: Os brônquios são estruturas tubulares flexíveis e 
elásticas, que ligam a traqueia aos pulmões e cuja principal função é 
encaminhar o ar a esses órgãos. Fazem parte do aparelho respiratório 
juntamente com as fossas nasais, a faringe, a laringe, a traqueia e os 
pulmões.A traqueia se ramifica em dois brônquios, o direito (mais 
curto, mais vertical e mais largo) e o esquerdo, que na sua porção 
extrapulmonar apresentam estrutura muito semelhante à da traqueia 
(possuem anéis de cartilagem), e são denominados brônquios 
primários ou de primeira ordem. Os brônquios primários se dividem 
e dão origem aos brônquios lobares ou de segunda ordem; cada um 
desses brônquios é responsável por suprir um lobo do pulmão (há 
três no pulmão direito e dois no esquerdo). 
 
Os brônquio lobares, por sua vez, se ramificam em segmentares ou de 
terceira ordem.Essas estruturas têm musculatura lisa disposta em 
forma de espiral em torno da estrutura da sua cartilagem. Os 
brônquios primários penetram os pulmões pelo hilo pulmonar, e 
dentro de cada pulmão, começam a se dividir em tubos cada vez 
menores até darem origem aos bronquíolos, cujas paredes contém 
músculo liso e não possuem cartilagem como os brônquios.Os 
bronquíolos continuam a se ramificar até formarem minúsculos 
túbulos denominados ductos alveolares. A ramificação dos ductos 
alveolares forma os alvéolos, cuja função é realizar a troca gasosa 
(hematose pulmonar) de oxigênio e dióxido de carbônico por meio da 
membrana alvéolo-pulmonar. Os alvéolos, quando surgem em 
grupos, formam os sacos alveolares, estruturas microscópicas que 
lembram um cacho de uva.Essas estruturas, brônquios, bronquíolos e 
alvéolos, formam a árvore brônquica. 
Árvore brônquica A arvore brônquica consiste na bifurcação 
da traqueia em brônquios primários principais ou extrapulmonares, 
que, no interior dos pulmões, ramificam-se novamente em brônquios 
secundários para cada lóbulo pulmonar - sendo três no pulmão 
direito e dois no esquerdo -, e estes brônquios, por sua vez, 
ramificam-se em brônquios terciários (ou segmentares). Os 
brônquios continuam se ramificando sucessivamente e ficando com 
diâmetro cada vez menor (como galhos de uma árvore; daí o nome 
árvore brônquica) e a estrutura também vai se tornando 
progressivamente mais simples. Na mucosa dos brônquios o epitélio 
dos ramos maiores é o respiratório ciliado e com células caliciformes 
e nos ramos menores, colunar simples, também ciliado e com células 
caliciformes. Nestas bifurcações, pode haver formação de nódulos 
linfáticos, devido ao acúmulo de células de defesa na lâmina própria-
submucosa. Além disso, na lâmina própriasubmucosa há glândulas 
seromucosas, pequenos fragmentos de cartilagem hialina e poucas 
fibras de músculo liso. Além do transporte de ar, a árvore brônquica 
é vascularizada, aquecendo a artransportado, além de umidificá-lo 
por meio da secreção serosa das glândulas e limpá-lo através do muco 
e dos cílios. Essas bifurcações continuarão ramificando-se, dando 
origem aos bronquíolos (terminais), os quais passam a ter um epitélio 
cúbico simples, não têm mais cartilagens e as glândulas exócrinas da 
 APG-19- A CULPA É DO PULMÃO 
 
Isadora Cardoso Sampaio 
lâmina própria submucosa, mas passam a ter feixes de músculo liso 
até constituírem uma camada bem definida e desenvolvida. Em 
alguns casos, os bronquíolos apresentam pequenas interrupções na 
continuidade de suas paredes onde aparecem alvéolos, denotando o 
surgimento do bronquíolo respiratório, ou seja, o início da porção 
respiratória, onde já podem ocorrer as trocas gasosas e não apenas a 
condução do ar. 
Histologia dos pulmões (Arvores brônquicas): 
 
 
 
 
 
Bronquíolos terminais: São as últimas porções da 
árvore brônquica. Têm estrutura semelhante à dos 
bronquíolos, tendo, porém, parede mais delgada, revestida 
internamente por epitélio colunar baixo ou cúbico, com 
células ciliadas e não ciliadas. Os bronquíolos terminais têm 
ainda as células de Clara não ciliadas, que apresentam 
grânulos secretores em suas porções apicais. As células de 
Clara secretam proteínas que protegem o revestimento 
bronquiolar contra determinados poluentes do ar inspirado 
e contra inflamações. 
 
Bronquíolos respiratórios: Cada bronquíolo terminal 
se subdivide em dois ou mais bronquíolos respiratórios que 
constituem a transição entre a porção condutora e a 
respiratória. O bronquíolo respiratório é um tubo curto. As 
porções dos bronquíolos respiratórios não ocupadas pelos 
alvéolos são revestidas por epitélio simples que varia de 
colunar baixo a cuboide, podendo ainda apresentar cílios na 
porção inicial. Esse epitélio simples contém também células 
de Clara. O músculo liso e as fibras elásticas formam uma 
camada mais delgada do que a do bronquíolo terminal. 
 
Ductos alveolares: À medida que a árvore respiratória 
se prolonga no parênquima pulmonar, aumenta o número de 
alvéolos que se abrem no bronquíolo respiratório, até que a 
parede passa a ser constituída apenas de alvéolos, e o tubo 
passa a ser chamado de ducto alveolar. Tanto os ductos 
alveolares como os alvéolos são revestidos por epitélio 
simples plano cujas células são extremamente delgadas. 
Nas bordas dos alvéolos, a lâmina própria apresenta feixes 
de músculo liso. Nos cortes histológicos, esses acúmulos de 
músculo liso são vistos muito facilmente entre alvéolos 
adjacentes. Os ductos alveolares mais distais não 
apresentam músculo liso. Uma matriz rica em fibras 
 APG-19- A CULPA É DO PULMÃO 
 
Isadora Cardoso Sampaio 
elásticas e contendo também fibras reticulares constitui o 
suporte para os ductos e alvéolos. Funcionalmente, as fibras 
elásticas são importantes, porque se distendem durante a 
inspiração e se contraem passivamente na expiração. 
 
Alvéolos: são minúsculos sacos aéreos, presentes nos 
pulmões, envolvidos por capilares sanguíneos e uma fina 
membrana. Situam-se onde terminam as finas ramificações 
dos brônquios. 
Os alvéolos podem se apresentar isolados ou em grupos, 
formando os chamados sacos alveolares. 
Em cada pulmão existem milhões alvéolos. São 
responsáveis pelo aspecto esponjoso dos pulmões. 
Os alvéolos são revestidos por uma camada de células 
epiteliais, denominadas de pneumócito tipo I e pneumócito 
tipo II. Os pneumócitos tipo I são células pavimentosas, com 
pequena quantidade de citoplasma. Essa característica 
facilita a passagem de gases. Os pneumócitos tipo II são 
células ovais e volumosas. Esse tipo de célula produz uma 
secreção lipoproteica, chamada de surfactante. 
A função do surfactante é manter os alvéolos abertos e 
auxiliar na difusão dos gases pela membrana alveolar. A 
principal função dos alvéolos pulmonares é ser o local 
onde ocorrem as trocas gasosas entre o ar e o sangue, 
a hematose. Ao chegar aos alvéolos, o oxigênio difunde-se 
para o sangue dos capilares. Enquanto, o gás carbônico, 
presente no sangue dos capilares difunde-se para o 
interior dos alvéolos. A hematose consiste na difusão dos 
gases, devido ao diferente grau de concentração de cada 
um. 
Que tipos de células compõem a parede de um alvéolo? 
Associados à parede alveolar estão os macrófagos alveolares, que 
removem partículas finas de poeira e outros detritos dos espaços 
alveolares. Também são encontrados fibroblastos, que produzem fibras 
reticulares e elásticas. Subjacente à camada de células alveolares do tipo 
I está uma membrana basal elástica. Na face externa dos alvéolos, as 
arteríolas e vênulas do lóbulo se dispersam em uma rede de capilares 
sanguíneos que consistem em uma camada única de células endoteliais 
e membrana basal. A troca de O2 e CO2 entre os alvéolos nos pulmões e 
o sangue se dá por difusão através das paredes alveolares e capilares, 
que juntos formam a membrana respiratória. Estendendo-se do alvéolo 
ao plasma sanguíneo, a membrana respiratória é composta por quatro 
camadas 
 
 
 
https://www.todamateria.com.br/hematose/
https://www.todamateria.com.br/oxigenio/
 APG-19- A CULPA É DO PULMÃO 
 
Isadora Cardoso Sampaio 
 
Vasos sanguíneos dos pulmões: A circulação sanguínea do 
pulmão compreende vasos nutridores (sistêmicos) e vasos 
funcionais (vasos pulmonares). A circulação funcional é 
representada pelas artérias e veias pulmonares. As artérias 
pulmonares são do tipo elástico, de paredes delgadas, 
porque nelas é baixa a pressão sanguínea. Essas artérias 
transportam sangue venoso para ser oxigenado nos 
alvéolos pulmonares. Dentro do pulmão, as artérias 
pulmonares se ran1ificam, acompanhando a árvore 
brônquica. os ramos arteriais são envolvidos pela adventícia 
dos brônquios e bronquíolos. Na altura dos duetos 
alveolares os ramos arteriais originam a rede capilar dos 
septos interalveolares. Essa rede capilar entra em contato 
direto com o epitélio alveolar. O pulmão apresenta a rede 
capilar mais desenvolvida de todo o organismo. Da rede 
capilar originam-se vênulas que correm isoladas pelo 
parênquima pulmonar, afastadas dos duetos condutores de 
ar. e penetram os septos interlobulares. Após saírem dos 
lóbulos, as veias contendo sangue oxigenado (arterial) 
acompanham a árvore brônquica, dirigindo-se para o hilo. 
 
Vasos linfáticos dos pulmões: Distribuem-se 
acompanhando os brônquios e os vasos pulmonares são 
encontrados também nos septos interlobulares. dirigindo-
se todos eles para os linfonodos da região do hilo. Essa 
rede linfática é chamada de rede profunda, para ser 
distinguida da rede superficial, que compreende os 
linfáticos existentes na pleura visceral. Os vasos linfáticos 
da rede superficial ou acompanham a pleura em toda a sua 
extensão ou podem penetrar o parênquima pulmonar 
através dos septos interlobulares, dirigindo-se também 
para os linfonodos do hilo pulmonar. Nas porções terminais 
da árvore brônquica e nos alvéolos não existem vasos 
linfáticos. 
Músculos inspiratórios e expiratórios: 
Os verdadeiros músculos da parede torácica anterior 
preenchem os espaços intercostais ou apoiam-se nas 
costelas, atuam nelas (elevando ou abaixando) e impedem 
que os espaços intercostais sejam abaulados para fora 
durante a expiração ou aspirados durante a inspiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Costelas + gradil costal: 
 APG-19- A CULPA É DO PULMÃO 
 
Isadora Cardoso Sampaio 
 
 
 
MECÂNICA RESPIRATÓRIA: 
Os órgãos e componentes do sistema respiratório podem ser 
classificados em 2 grupos: uma zona de transporte ou condução e 
uma zona respiratória que abrange os bronquíolos respiratórios, os 
ductos alveolares e os sacos alveolares. São os locais onde ocorrem as 
trocas entre o ar atmosférico e o sangue que passa nos capilares 
alveolares. Vale lembrar que os bronquíolos respiratórios 
caracterizam-se como uma zona de transição, na qual ocorrecondução de ar e trocas gasosas em baixos níveis. O pulmão, principal 
órgão respiratório, é formado por milhões de alvéolos envolvidos por 
interstício pulmonar. No pequeno espaço intersticial são encontrados 
fibroblastos responsáveis pela produção de colágeno e de elastina, 
moléculas importantes para a existência de propriedades 
pulmonares essenciais à ventilação, Além das estruturas já citadas, os 
ossos e músculos que formam o tórax são importantes para a 
dinâmica respiratória. São eles os protagonistas das alterações de 
volume da cavidade torácica que culminam na inspiração ou 
expiração. Podemos destacar alguns deles, tais como a coluna 
vertebral, as costelas e o esterno, os músculos intercostais internos e 
externos, os músculos escalenos, o músculo esternocleidomastoideo 
e o diafragma. O volume da caixa torácica influencia diretamente o 
volume pulmonar. Isso se deve principalmente à existência das 
pleuras visceral e parietal e ao líquido pleural entre elas. A pleura é 
uma membrana serosa que envolve o pulmão, no caso da visceral, e a 
face interna da cavidade torácica, incluindo diafragma e mediastino, 
no caso da pleura parietal. Ambas as membranas são contínuas, 
refletidas no hilo pulmonar, e entre as camadas há o líquido pleural. 
O líquido pleural cria uma superfície úmida e escorregadia para que 
as membranas possam deslizar uma sobre a outra, além de manter os 
pulmões aderidos à parede do tórax, devido a propriedade da coesão 
da água. Em adição a isso, vale lembrar que, devido à elastina do 
interstício, o pulmão possui tendência à retração elástica, enquanto a 
caixa torácica tende à expansão. Isso leva a uma redução na pressão 
da cavidade pleural, que assume valores negativos. É essa pressão 
intrapleural negativa que permite que os pulmões permaneçam 
abertos. 
Músculos auxiliares da respiração: 
 Diafragma: é um músculo estriado esquelético com alterações 
adaptativas, com alta capacidade oxidativa e alto fluxo sanguíneo, por 
estar em trabalho o tempo todo. Ele é inervado pelo nervo frênico, 
tendo ação voluntária limitada, uma vez que o bulbo assume o 
comando involuntário da respiração. Quando se contrai, a cúpula 
diafragmática empurra a cavidade abdominal para baixo em até 10 
centímetros, aumentando assim o volume da cavidade torácica. A 
contração do diafragma então aumenta o comprimento longitudinal e 
também látero-lateral da cavidade torácica, por também movimentar 
as costelas para cima e para fora na inspiração. 
Músculos acessórios da inspiração: são os músculos 
esternocleidomastoideo, escalenos, paraesternais intercartilaginosos 
e intercostais externos. Agindo em conjunto, eles proporcionam o 
efeito “alça de balde” e “movimento de alavanca” das estruturas 
ósseas e musculares que compõem a caixa torácica, aumentando os 
diâmetros látero-lateral e ântero-posterior respectivamente. 
Músculos acessórios da expiração: em situações basais, a 
expiração é um processo passivo, portanto não depende da contração 
da musculatura. Contudo, em momentos de expiração forçada são 
utilizados os músculos intercostais internos e músculos abdominais 
Mecânica da ventilação pulmonar A ventilação pulmonar 
consiste nos processos de entrada e saída de ar dos pulmões. Para 
isso, os pulmões são contraídos e expandidos a partir da ação dos 
músculos diafragma ou intercostais. O movimento de descida do 
diafragma, a partir de sua contração, promove o aumento da cavidade 
torácica, favorecendo a inalação do ar. Durante a expiração, o 
diafragma simplesmente relaxa, e a retração elástica dos pulmões, da 
parede torácica e das estruturas abdominais comprime os pulmões, 
fazendo com o que o ar seja expelido. A respiração normal é quase 
inteiramente realizada pelos movimentos do diafragma. Na 
respiração vigorosa, no entanto, as forças elásticas não são suficientes 
para gerar a expiração rápida necessária, e assim é preciso a 
contração dos músculos abdominais para que o ar seja expelido, 
quando as vísceras abdominais são empurradas para cima, a partir da 
contração da musculatura abdominal, comprimindo o diafragma e 
consequentemente os pulmões. Os músculos intercostais também 
participam da inspiração, quando se contraem, gerando a elevação 
das costelas, e consequentemente expansão da caixa torácica. Quando 
a caixa torácica é elevada, as costelas se projetam para frente, fazendo 
com o que o esterno se desloque na mesma direção, gerando aumento 
anteroposterior do tórax, Em resumo, todos os músculos que elevam 
 APG-19- A CULPA É DO PULMÃO 
 
Isadora Cardoso Sampaio 
a caixa torácica são classificados como músculos inspiratórios, sendo 
os mais importantes deles os músculos intercostais externos, que são 
auxiliados pelo esternocleidomastóideos, que elevam o esterno, 
serráteis anteriores e escalenos, que também elevam as costelas. Ao 
contrário, os músculos que abaixam a caixa torácica são chamados de 
músculos expiratórios, sendo os principais deles o reto abdominal e 
os intercostais internos, além de outros músculos abdominais que 
também puxam as costelas inferiores para baixo e comprime o 
conteúdo abdominal para cima, empurrando o diafragma. Vale 
ressaltar, no entanto, que os músculos expiratórios são pouco usados 
durante a respiração tranquila, na qual a expiração é quase 
totalmente passiva 
 
Pressão pleural: A pressão pleural é aquela que está 
dentro da cavidade pleural. Quando estamos no início da 
inspiração, a pressão é de -5, mas durante a inspiração 
essa pressão diminui para -7,5. Contudo, as pleuras não 
conseguem se tocar, uma vez que uma se desloca mais 
rápida que a outra, ou seja, 
não há tempo para elas se encontrarem. O surfactante 
pulmonar é um líquido que reduz a forma significativa a 
tensão superficial dentro do alvéolo pulmonar, prevenindo 
o colapso durante a expiração. Ele é liberado pelos 
pneumócitos do tipo II e correspondem a 10% da área 
alveolar. 
pressão alveolar, que corresponde à pressão do ar dentro dos 
alvéolos. Quando a glote está aberta e não há fluxo de ar para dentro 
ou fora dos pulmões, as pressões em toda a árvore traqueobronquial 
são iguais à pressão atmosférica (0 cm de pressão de água nas vias 
aéreas). Com isso, para que o ar entre nos pulmões, a pressão alveolar 
deve cair, tornando-se menor que a pressão atmosférica – a pressão 
alveolar durante a inspiração normal é -1 cm de água, que gera o 
influxo de 0,5 litro de ar nos 2 segundos necessários para a inspiração 
tranquila. Na expiração, as pressões são contrárias (+1 cm de água 
força a saída de 0,5 litro de ar dos pulmões durantes os 2-3 segundos 
de expiração normal) 
 
Volume Pulmonar: Volume Corrente – volume de ar 
inspirado ou expirado em uma respiração normal: 500ml. 
• Volume de Reserva Respiratório – volume que pode ser 
inspirado quando forçamos (volume extra): 3L. 
• Volume de Reserva Expiratória – máximo volume de ar 
que pode ser expirado em uma expiração forçada: 1,1L. 
• Volume Residual – volume de ar que fica nos pulmões 
após uma expiração forçada: 1,2L. 
Parênquima pulmonar: complacência pulmonar – 
capacidade de distensão de um sistema – inversamente 
proporcional à propriedade elástica 
 
Capacidade Pulmonar: Dois ou mais volumes 
• Capacidade Inspiratória – volume corrente + reserva 
inspiratória: 3,5L. 
• Capacidade Residual Funcional – reserva expiratória + 
residual (ar que permanece nos pulmões após expiração): 
2,3L. CRF = VR + VER 
• Capacidade Vital – reserva inspiratória + volume corrente 
+ reserva expiratória (Capacidade máxima que se pode 
expelir ar dos pulmões após inspiração e expiração 
máxima): 4,6L. 
Capacidade Pulmonar Total – capacidade vital + volume 
residual: 5,8L. 
 
CPT= VR + CV 
 
Tensão superficial: 
A tensão superficial faz com que a camada superficial do 
líquido veja a se comportar como uma membrana elástica. 
As moléculas da superfície do líquido são atraídas apenas 
lateralmentee internamente enquanto as moléculas do 
interior são atraídas em todas as direções. O melhor 
exemplo da tensão superficial é quando um inseto pousa 
sobre a água e não afunda. Quanto temos um alvéolo muito 
pequeno a tensão superficial pode ser tão grande que faz 
com que ele colasse (feche). Isso dificulta a respiração pois 
a força necessária para fazer o ar circular nesse alvéolo 
colapsado precisa ser muito grande.O surfactante é uma 
substância que é capaz de reduzir essa tensão superficial. 
Exemplos de surfactantes de água são os sabões e os 
detergentes. Quando misturados na água diminuem a 
tensão superficial e ajudam a água a penetrar em pequenos 
espaços, auxiliando a limpeza. 
 APG-19- A CULPA É DO PULMÃO 
 
Isadora Cardoso Sampaio

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