Buscar

RASTREAMENTO DE NEOPLASIAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RASTREAMENTO DE NEOPLASIAS
INTRODUÇÃO
· Médicos generalistas e oncologistas.
· Prática clínica diária: ações para prevenção e/ou screening do câncer.
· Papel importante na prevenção da doença e na redução de risco.
· Desafio: equilíbrio entre prevenção e tratamento.
ABORDAGEM DE ALTO RISCO
· Classificar as pessoas e selecionar o grupo de alto risco para se aplicar uma medida preventiva.
· Vantagens: intervenção é apropriada ao indivíduo; sujeito tem uma forte motivação para adoção da intervenção; profissionais de saúde motivados; uso racional do recurso (custo-efetividade).
· Desvantagem: pequeno impacto da intervenção (saúde pública) foca no individual e não no coletivo.
ABORDAGEM POPULACIONAL
· Tentativa de eliminar a suscetibilidade, com grande alcance na população.
· Exemplos: imunização, uso de cinto de segurança, orientação para mudança de estilo de vida.
· Paradoxo da prevenção: mais benefícios para a saúde da população do que para cada participante individualmente.
· Para ser efetivo, deve ser: minimamente invasiva, indolor, baixo custo, socialmente aceita.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
· Primária: remover causas e fatores de risco de um problema de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica Intervenção em pacientes saudáveis, sem câncer invasor e com médio risco para desenvolvê-lo.
· Secundária: detectar um problema de saúde em estágio inicial/subclínico, no indivíduo ou na população, facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou prevenindo sua disseminação e seus efeitos de longo prazo Detecção precoce do câncer assintomático/subclínico.
· Terciária: reduzir em um indivíduo ou população os prejuízos funcionais de um problema agudo ou crônico, incluindo reabilitação Controle de sintomas e reabilitação de pacientes com câncer já detectado.
· Quaternária: detecção de indivíduos em risco de intervenções diagnósticas e/ou terapêuticas excessivas, para protegê-los de novas intervenções médicas inapropriadas e encontrar alternativas eticamente aceitáveis.
DETECÇÃO PRECOCE
Estratégias para a detecção precoce da doença:
· Diagnóstico precoce: abordagem de indivíduos que já apresentam sinais e/ou sintomas de uma doença. 
· Rastreamento: ação dirigida à população assintomática, na fase subclínica da doença.
- Oportunístico (procurou atendimento médico por outro motivo) x Programas de rastreamento.
- Exames com alta sensibilidade e especificidade.
- Exclusão de falso-positivos: outro teste confirmatório.
Atualmente a indicação para o rastreamento está restrita aos cânceres de mama, colo do útero e cólon e reto.
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
IMPORTÂNCIA DO RASTREAMENTO:
· Segundo câncer mais incidente na população feminina brasileira (excluindo câncer de pele não melanoma).
· Importante causa de morte por câncer em mulheres.
· Pode detectar diferentes tipos de neoplasia: carcinoma espinocelular e adenocarcinoma.
· Principal fator de risco: infecção persistente pelo HPV.
· Suas incidência e mortalidade podem ser reduzidas por meio de programas organizados de rastreamento:
- Redução expressiva na morbimortalidade em países desenvolvidos atribuída aos programas de rastreamento de base populacional implantados a partir de 1950 e 1960.
- Redução da incidência em torno de 80%, em países desenvolvidos onde o rastreamento citológico foi implantado com qualidade, cobertura e amplo seguimento.
EXAME:
Teste de Papanicolau (exame citopatológico do colo do útero): principal método para rastreamento.
· População-alvo: mulheres com vida sexual ativa, prioritariamente faixa etária de 25 a 59 anos maior ocorrência das lesões pré-malignas de alto grau, passíveis de serem efetivamente tratadas e não evoluírem para câncer.
· < 25 anos: normalmente lesões de baixo grau maioria com regressão espontânea; conduta é a observação.
· > 60 anos:
- Mulheres com acesso à rotina de exames preventivos, com resultados normais risco reduzido de desenvolvimento do câncer (lenta evolução).
- 65 anos: suspender o rastreamento se os últimos exames estiverem normais.
- Decisão individualizada.
INTERVALO:
· Repetição do exame de Papanicolau a cada três anos, após dois exames normais consecutivos no intervalo de um ano.
· Portadoras do vírus HIV ou imunodeprimidas: realizar o exame anualmente apresentam defesa imunológica reduzida, com maior vulnerabilidade para lesões precursoras do câncer.
· Mulheres histerectomizadas por outras razões que não câncer do colo do útero não devem ser incluídas no rastreamento.
CONDUTA:
· Alterações suspeitas: necessidade de outros exames para definição de conduta colposcopia.
· Infecção pelo HPV: tratar e repetir o exame em seis meses.
· Amostra de HPV insatisfatória: repetir o exame tão logo possível.
RECOMENDAÇÕES:
CÂNCER DE MAMA
IMPORTÂNCIA DO RASTREAMENTO:
· Câncer de mama, quando identificado em estádios iniciais (lesões < 2 cm), apresenta prognóstico mais favorável, e a cura pode chegar a 100%.
· Em países que implantaram programas efetivos de rastreamento, a mortalidade por esse tipo de câncer vem apresentando tendência de redução.
· Estima-se que cerca de 25% a 30% das mortes por câncer de mama na população entre 50 e 69 anos podem ser evitadas com estratégias de rastreamento populacional que garantam alta cobertura da população-alvo, qualidade dos exames e tratamento adequado.
FATORES DE RISCO:
· Antecedente pessoal de câncer de mama, tubário ou peritoneal.
· Antecedente familiar de câncer de mama, tubário ou peritoneal.
· Mutação do BRCA1 ou 2, ou outras mutações para câncer de mama e ovário hereditários.
· Lesão prévia de alto risco.
· Menarca precoce < 11 anos, menopausa tardia > 55 anos, primeira gestação > 30 anos, nuliparidade.
· Radioterapia torácica entre 10 e 30 anos.
O risco de câncer de mama aumenta com a idade e o rastreamento populacional para essa doença deve ter como alvo as mulheres na faixa etária de maior risco.
EXAMES:
Métodos preconizados:
· Mamografia eficaz, porém nem sempre está disponível (demora para conseguir marcar).
· Exame clínico das mamas (ECM) inspeção, visual, palpação das axilas, regiões supraclaviculares e tecido mamário.
INTERVALO:
· < 40 anos: sem recomendação.
· 40 a 49 anos: rastreamento populacional não indicado. Individualizar conduta.
· 50 a 74 anos: mamografia a cada 2 anos.
· >74 anos: rastrear quando expectativa de vida > 10 anos.
Obs: Mulher de 35 anos ou mais com risco elevado: mamografia anual. 
RECOMENDAÇÃO:
OBSERVAÇÕES:
· Ultrassom: não é recomendado como método de rastreio.
· Próteses: mamografia com 4 incidências (a mamografia normal é em 2 incidências).
· Rastreamento não indicado: Mastectomia; Gestação; Homens.
CONDUTA:
· Alterações suspeitas com a mamografia: outros exames ultrassom, punções e biópsias encaminhamento para especialista.
· Classificação com base no resultado da mamografia: Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS®).
BI-RADS:
CÂNCER DE INTESTINO (cólon e reto)
IMPORTÂNCIA DO RASTREAMENTO:
· Entre as cinco taxas de mortalidade por câncer na população brasileira, sendo responsável por 1% dos óbitos.
· Detecção em estádios iniciais: elevação da taxa de sobrevida em cinco anos a 90%, redução da mortalidade.
· O rastreamento pode evitar um em cada seis casos de câncer de cólon e reto.
· A história natural do câncer do intestino propicia condições ideais à sua detecção precoce: a maioria deles evolui a partir de lesões benignas (pólipos adenomatosos), por um período de 10 a 15 anos (período pré-clínico longo).
· A probabilidade de um pólipo adenomatoso se transformar em um câncer está correlacionada ao seu tamanho: alvo são os de 1 cm.
FATORES DE RISCO:
· Sobrepeso e obesidade inflamação crônica, reduz a apoptose. 
· Consumo de carnes processadas e carnes vermelhas.
· Consumo de bebidas alcoólicas > 30g etanol/dia.
· Tabagismo.
EXAMES:
· Principal estratégia: pesquisa de sangue oculto nas fezes em indivíduos de 50 a 75 anos alta taxa de falso +.
- Quanto ao intervalo ideal de rastreamento, as evidências mostram que tanto o anual quanto o bienallevam a uma redução semelhante na taxa de mortalidade por câncer de intestino. 
· Colonoscopia.
· Retossigmoidoscopia.
RECOMENDAÇÕES:
CÂNCER DE PRÓSTATA
RECOMENDAÇÕES:
POR QUE NÃO RASTREAR?
· Segunda causa mais comum de morte por câncer entre os homens no Brasil raro < 50 anos, incidência aumenta com a idade.
· Tumores muito agressivos x crescimento lento. Ao diagnóstico, nem sempre é possível diferenciar.
Antígeno prostático específico (PSA) – Limitações:
· Tecido-específico, mas não tumor-específico Elevação em outras condições: aumento benigno da próstata, prostatite e infecções do trato urinário inferior.
· Até 20% de todos os homens com câncer de próstata clinicamente significativo têm PSA normal.
· VPP em torno de 33% 67% dos homens com exame positivo serão submetidos desnecessariamente à biópsia.
· Identificação de cânceres de próstata que não teriam se tornado clinicamente evidentes durante a vida do paciente.
· Excesso de diagnósticos.
· Sem evidências de redução de mortalidade.
CÂNCER DE PELE
POR QUE NÃO RASTREAR?
· Não há evidência na redução da morbidade ou mortalidade por esse tipo de câncer.
· Tumor raro doenças que apresentam baixa incidência na população não apresenta uma relação custo-efetiva positiva.
· Ausência de um teste com alta sensibilidade e especificidade.
· Testes que existem caros e pouco disponíveis.
VCM – VITÓRIA CORREIA MOURA

Continue navegando