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Radiação Ultravioleta

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Radiação Ultravioleta 
 
DEFINIÇÃO 
 De toda a energia do Sol que chega à 
superfície da Terra, por volta de 9% 
corresponde à radiação ultravioleta. Trata-se 
de um tipo de radiação eletromagnética com 
comprimento de onda de 200 a 400 nm e de 
frequência maior que a luz visível (daí o nome 
ultravioleta, pois o violeta é a cor de maior 
frequência que a visão humana consegue 
enxergar). 
 
 
Fonte: Google Imagens. 
 
 A radiação ultravioleta é produzida 
artificialmente de duas formas: 
 
 Pela passagem de uma corrente elétrica 
através de um gás: 
Em lâmpadas que contém vapor de mercúrio 
aproximadamente na pressão atmosférica 
(arco de mercúrio de média pressão), a RU é 
emitida com vários comprimentos de ondas 
em UVC, UVB e UVA. Os átomos de mercúrio 
colidem com os elétrons que fluem entre os 
eletrodos da lâmpada e se tornam excitados, 
esses elétrons retornam para estados 
eletrônicos particulares no átomo de 
mercúrio e liberam parte da energia que 
absorveram na forma de radiação, ou seja, 
radiação ultravioleta. 
 
 Através das lâmpadas fluorescentes: 
Com pressões baixas no vapor de mercúrio há 
uma linha a um comprimento de onda de 
253,7 nm, a radiação desse comprimento de 
onda é absorvida pelo fósforo e 
consequentemente há reemissão da radiação 
de comprimentos de onda mais longos pela 
fluorescência (propriedade da natureza 
química do material fosforoso). 
 
 Em vários momentos estamos expostos à 
radiação ultravioleta (banhos de sol, 
atividades ao ar livre como o trabalho na rua, 
as atividades esportivas, etc.) 
 O risco de queimar-se aumenta entre 10 e 16 
horas, isto porque nesse período, há maior 
radiação UVB 
 A intensidade da radiação também depende 
da altura sobre o nível do mar, quer dizer, 
maior altitude menor proteção, pois a 
atmosfera é menos densa. 
 Alguns medicamentos (antibióticos) são 
fotossensibilizantes, diminuindo a proteção da 
pele à radiação UV. 
 A capacidade de um indivíduo de queimar-se 
ou "bronzear-se" quando se expõe do sol 
depende do seu tipo de pele. Tomamos como 
referência a classificação para os tipos de pele 
do médico americano Dr. Thomas B. 
Fitzpatrick. 
 
UVA 
 É a menos energética (maior profundidade). 
Estimula a síntese de células epiteliais no 
estrato germinativo da epiderme. Estimula a 
produção de melanina (os melanócitos). 
Atinge as fibras elásticas e colágenas que 
perdem suas características normais e 
promovem o envelhecimento precoce da 
pele. Tem a capacidade de provocar eritema 
/bronzeamento. Os raios possuem 400 a 320 
nanômetros, utilizados para atingir a 
epiderme e derme. 
UVB 
 É mais energética (menor profundidade). 
Promove dilatação dos capilares sanguíneos, 
https://www.infoescola.com/sol/
https://www.infoescola.com/sistema-solar/terra/
https://www.infoescola.com/fisica/radiacao-eletromagnetica/
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/visao/
eritema (vermelhidão). A camada de ozônio 
filtra parcialmente esta radiação. Promove 
eritema e queimadura mais do que a UVA, 
eliminando o seu uso para bronzeamento. É 
adjunto do UVA para tratamento de psoríase 
e muito eficaz na produção de vitamina D. Os 
raios possuem 320 a 290 nanômetros, 
utilizados para atingir somente a epiderme. 
 
UVC 
 Esta é a radiação retida pela camada de 
ozônio. Se esta radiação chegasse ao solo 
acabaria com qualquer tipo de vida (a ação 
germicida destruiria com a cadeia ecológica). 
Tem sido usada para ação bactericida, 
esterilização e tratamento de micose e úlcera 
de pressão. Os raios possuem 290 a 200 
nanômetros. 
 
Fonte: Google Imagens. 
 
 
Fonte: Google Imagens. 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS 
ERITEMA: 
 quando os RUV são absorvidos ocorrem 
alterações químicas na pele que promoverá 
um eritema a latente. O eritema dependerá 
do tipo de pele (tempo/ distância/ 
queimador). Ocorre de 2h a 4h da aplicação. 
DOSE ERITEMATOSA MÍNIMA (DEM): 
 Indica-se o teste de Saidman para verificar a 
dose de eritema mínimo 
 Selecionar uma região sensível para o teste: 
anterior do antebraço, abdômen, lombar 
 Definir o tempo de exposição para cada 
orifício podendo variar de 15 segundos até 1 
minuto, dependendo da cor da pele do 
paciente. Quanto mais clara a pele, menor o 
tempo. 
 O resultado do teste é chamado de "teste de 
eritema mínimo" que será a dose a ser 
iniciada para cada paciente testado. Assim, 
temos que examinar cada paciente que 
recebeu o teste para saber a sua dosimetria 
com a radiação ultravioleta. 
 
PIGMENTAÇÃO: 
 Os RUV estimulam os melanócitos para 
produzir a melanina. 
 Estimula a enzima tirosinase na conversão do 
aminoácido tirosina em melanina 
 A cor bronzeada da pele considerada por 
algumas pessoas como símbolo de beleza é 
descrita pela dermatologia como a resposta 
da pele a um dano produzido pelo sol. 
Quando o sol penetra na pele, esta para 
defender-se faz com que algumas células 
denominadas melanócitos produzam mais 
melanina. 
 
HIPERPLASIA: 
 Espessamento ou hiperplasia dérmica é 
considerado um tipo de proteção à pele 
daqueles indivíduos que se bronzeiam pouco 
quando expostos à luz solar ou ao UV 
 Promove uma aceleração da atividade 
mitótica das células da camada basal do 
estrato germinativo resultando no 
espessamento da epiderme devido a lesão das 
células superficiais e irritação química da 
camada basal. 
 
 Essa hiperplasia da epiderme ocorre 
principalmente após exposição à UVB. 
 
ENVELHECIMENTO DA PELE: 
 A exposição crônica à luz solar pode levar a 
pele a uma aparência que normalmente se 
denomina de envelhecimento precoce ou 
dano actínico. 
 A radiação produz danos nas fibras elásticas 
da pele o que se traduz numa perda da 
elasticidade, um aumento na profundidade 
das linhas de expressão normal, 
engrossamento da pele e manchas. 
 Acredita-se que essas alterações sejam 
devidas principalmente à exposição ao 
componente ultravioleta da luz solar. 
 
PRODUÇÃO DE VITAMINA D: 
 Na pele, a 7-dehidrocolesterol (pró-vitamina 
D) absorve a radiação ultravioleta B (UVB) 
com comprimentos de onda de 290 – 315 nm 
e é convertida em pré-vitamina D3. A pré-
vitamina D3 passa por uma isomerização 
termal e se torna vitamina D3. 
 
APLICAÇÃO E TEMPO DE TRATAMENTO 
 Os regimes recomendados para fototerapia 
com RUV dependem da doença, sua 
intensidade e características do paciente. O 
número de sessões varia de três a cinco por 
semana, e a resposta terapêutica está 
associada à resposta e tolerância individuais e 
à regularidade do tratamento, sendo em 
média de dois a três meses. É recomendável 
proteger áreas mais sensíveis e aumentar a 
dose em outras mais resistentes. A eficácia da 
fototerapia pode ser adicionada pela 
aplicação de veículos hidrofóbicos antes da 
exposição, o que altera as propriedades 
ópticas das escamas, tornando-as mais 
transparentes e aumentando a penetração da 
RUV-B. 
 Os tempos de tratamento dependem não 
apenas do espectro de radiação, mas também 
de fatores como potência elétrica, número de 
lâmpadas, distância entre a lâmpada e a pele 
e diferenças na suscetibilidade do paciente à 
radiação UV. Os tempos iniciais de tratamento 
para a maioria das lâmpadas de fototerapia 
são cerca de 0,5-3 minutos. 
 
PUVA X UVB-NB 
 PUVA (Psoraleno + Radiação Ultravioleta A) 
 Consiste na aplicação de radiação UVA da pele 
previamente sensibilizada com uso tópico ou 
oral de medicamentos (os psoralenos) 
 O tratamento é realizado em sessões que 
podem ser duas ou três vezes na semana, com 
tempo crescente de exposição. 
 Vale mencionar que o psoraleno não é uma 
droga isenta de efeitos adversos, e alguns 
pacientes podem apresentar distúrbios 
gastrintestinais, insônia, ansiedade e 
hipotensão. 
 
 UVB-NB (Narrow Band, Faixa Estreita) 
 Utiliza a luz ultravioleta B, sem necessitar do 
uso de substâncias que aumentem a 
sensibilidade da pele à luz. Cada sessão dura poucos minutos e a dose de 
UVB é aumentada gradualmente, 
dependendo do tipo de pele e da resposta 
individual do paciente ao tratamento. 
 
INDICAÇÕES 
 Psoríase - por meio da atividade 
antiproliferativa, anti inflamatória e 
imunossupressora. 
 Eczema - mediante seus mecanismos 
antiinflamatórios e imunossupressores. 
Ocorre a inibição das citocinas produzidas 
pelos linfócitos T, que medeiam a resposta 
imunológica para o desenvolvimento das 
lesões eczematosas. 
 Acne - UV em alta intensidade possui efeito 
linfocitotóxico, podendo diminuir a reação 
inflamatória 
 Vitiligo - A radiação UVA, assim como a 
radiação UVB, estimula a melanogênese e 
interfere no processo inflamatório da 
dermatose. 
 Aumento da Vitamina D - os RUV são absorvidos 
pelo 7 – deidrocolesterol e formam-se VIT D, 
resultando em maior absorção do cálcio e fósforo. 
CONTRA INDICAÇÕES 
 Câncer - os raios UV danificam o DNA de 
células e podem surgir lesões na pele. 
 Albinismo - devido à redução ou ausência de 
melanina, os albinos são altamente 
suscetíveis aos efeitos nocivos da radiação 
ultravioleta e estão em maior risco de câncer 
da pele. 
 Área dos olhos - os olhos devem ser 
protegidos com óculos contra UV pelo risco 
de o paciente vir a apresentar catarata 
 Drogas fotossensíveis - podem se deteriorar 
em contato com a luz, natural ou 
artificial, ocorrendo a oxirredução, perdendo 
as características farmacológicas ideais e 
impedindo que ocorra o efeito eficaz e 
esperado no paciente. 
 
SEGURANÇA 
 
EQUIPE: 
 Dever haver proteção adequada contra riscos 
elétricos e todos componentes metálicos, tais 
como corrimãos e grades de segurança 
precisam se enquadrar nos padrões de 
segurança elétrica. 
 Medidas para que a equipe minimize sua 
exposição desnecessária à radiação: aparelho 
de uv bem projetado, uso de óculos ou 
protetores de face apropriados pra UV e 
roupas opacas apropriadas para UV. 
 A equipe deve conferir a efetividade dos 
óculos do paciente no bloqueio de UVA 
(utiliza-se um espectrofotômetro). 
 Manter os equipamentos limpos: a qualidade 
da UV é bastante reduzida quando lâmpadas e 
refletores estão sujos. 
 Manutenção e reparo dos equipamentos. 
 
PACIENTES: 
 Dever haver proteção adequada contra riscos 
elétricos e todos componentes metálicos, tais 
como corrimãos e grades de segurança 
precisam se enquadrar nos padrões de 
segurança elétrica. 
 Não entrar em contato com lâmpadas 
descobertas. 
 Barras laterais para o paciente segurar 
durante o tratamento. 
 Corda dentro da cabine para ser puxada pelo 
paciente para pedir ajuda. 
 Portas que possam ser abertas facilmente 
pelo paciente pelo lado de dentro da cabine. 
 Pisos antiderrapantes na cabine e fluxo de ar 
adequado. 
 Os pacientes devem evitar exposição 
desnecessária à luz solar pelo resto do dia 
após ingerir psoralenos e devem ser 
instruídos a usar óculos opacos para UVA ou 
óculos de sol nas 12 ou 24 horas seguintes. 
 
DOSIMETRIA 
 As doses iniciais de UVA são geralmente 
baseadas no tipo de pele do paciente, como 
por exemplo: 
 pele tipo I: 0,5 J/cm2 
 pele tipo II: 1,0 J/cm2 
 pele tipo III: 1,5 J/cm2 
 pele tipo IV: 2,0 J/cm2. 
 
 Existe um medidor que apresenta a 
irradiância em unidades de miliwatts por 
centímetro quadrado (mW/cm2). 
 Um cálculo simples permite que seja 
determinado o tempo de exposição para uma 
dose prescrita em joules por centímetro 
quadrado (J/cm2) e um dosímetro com leitura 
em mW/cm2: 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA: 
 Assegurar que os pacientes recebam a dose 
prescrita correta de UVB ou UVA, assim 
permitindo que os regimes de tratamento 
sejam idealmente efetivos. 
 Manter registros acurados ao longo da vida 
dos pacientes da exposição UV recebida 
durante o tratamento, o que é especialmente 
Tempo de tratamento: 
1000 x J/cm² 
60 x mW/cm² 
 
importante quando se considera o risco de 
doenças malignas relacionadas ao PUVA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	Definição
	UVA
	UVB
	UVC
	EFEITOS FISIOLÓGICOS
	eRITEMA:
	dOSE ERITEMATOSA MÍNIMA (dem):
	Pigmentação:
	hiperplasia:
	envelhecimento da pele:
	produção de vitamina d:
	aplicação e tempo de tratamento
	PUVA x UVB-NB
	indicações
	COntra indicações
	segurança
	equipe:
	pacientes:
	dosimetria
	importância:

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