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Técnicas Cirúrgicas Diérese hemostasia e síntese Cirurgia: Mão + trabalho/ Mãos gentis Viria de Chíron, o centauro, que ensinou Aquiles, no século 6o antes de Cristo. A cirurgia é extremamente antiga. Chíron ensinou artes médicas a Asclépio (esculápio), divindade que gerou Higeia (higiene) e Panaceia (terapêutica) Homero na Ilíada e na Odisséia se refere a ferimentos de guerra à anatomia e à medicina interna, a Ilíada com 147 ferimentos de lança, espada, flecha e funda. Hipócrates - pai da medicina -"A vida é curta, a arte é longa, a oportunidade é fugaz, a experiência enganosa, o julgamento difícil." Ensinava embaixo de uma árvore originária do Canadá chamada Plátano, sendo a folha que parecia com a do bordo. A árvore tinha 7,5m de perímetro. A Ilha de Cós, no mar Egeu onde viveu Hipócrates, hoje, ruínas, concordam que ele viveu mais de 80 anos. Na renascença suas obras foram re-estudadas como no Livro de Guido GUidi, no tratamento de fraturas de antebraços com nós e talas de madeira, e, redução de fratura de membro inferior sendo tracionado com uma alavanca e tirantes Conceitos Métodos: são gerais, não descrevem detalhes Técnicas: descritas minuciosamente com epônimos frequentes Epônimo: dá ou empresta seu nome a uma coisa Amputação de Kirk: técnica de amputação de coxa Táticas: variações da técnica conforme andamento da operação Operações fundamentais Diérese: interrupção da continuidade dos tecidos Principais materiais e instrumentos: bisturi, tesouras, serras, goivas, osteótomos, laser, aspiradores e instrumentos auxiliares Classificação da diérese: Incisão Secção Divulsão Serração Aspiração Dilatação Colocação de remoção de lâmina do cabo de bisturi Montagem e desmontagem da lâmina no cabo do bisturi Devem ser feitas com auxílio de porta-agulhas ou pinça Com a mão leve a acidentes profissionais NUNCA USAR AS MÃOS Empunhaduras do bisturi Empunhadura de arco de violino e empunhadura de caneta - ambas são corretas e propiciam diérese adequada Lâminas e cabos de bisturi Cabo número 3 - encaixa 10, 11 e 12 Lâminas para cabo número 4: 18, 20, 21, 22, 23, 25, 25a, 26 e 36 Lâmina 15 - a mais usada em cirurgia plástica Cabo cilíndrico para bisturi - Embora menos usado ajuda na empunhadura Princípios fundamentais da diérese Seccionar toda a espessura do plano Lâmina entra perpendicular, depois de inclina ao terminar em posição perpendicular novamente Não afunilar a incisão Não biselar a incisão, exceto em casos especiais Bisel: corte oblíquo (a incisão é perpendicular ao plano seccionado) Biselamento propicia cavalgamento das margens da incisão no momento da síntese (sutura), dificultando a cicatrização Biselar: fazer corte oblíquo No escalpe (couro cabeludo) a incisão deve ser oblíqua em profundidade, de modo a acompanhar o trajeto dos cabelos e evitar lesões dos folículos pilosos. A lesão dos folículos leva a cicatrizes glabras (sem pelos) que são inestéticas. Afunilamento da incisão: má técnica Cirurgião secciona pele num comprimento Secciona a tela subcutânea em comprimento menos Secciona a aponeurose num comprimento ainda menor Diminui o comprimento ao incisar o peritônio Ao colocar os afastadores, o profissional se encontra trabalhando num funil, com péssima visibilidade Em planos diferentes Secciona a pele num comprimento Planos adjacentes em comprimentos maiores LASER: light amplification by stimulated emission of radiation - amplificação da luz por emissão estimulada de radiação Desnaturação do pigmento de uma mancha Laser em verruga vulgar, cicatrização será feita a partir de elementos epiteliais da derme como se fosse uma esfoladura. O raio é formado com partículas de luz (fótons) concentradas e emitidas em forma de um feixe contínuo A estimulação de átomos de algum material que passa a emitir fótons O material cujos átomos devem ser estimulados se chama “meio ativo” que pode ser sólido, líquido ou gasoso A luz é canalizada com espelhos para criar feixes, criado por Theodore Maiman em 1960 O físico estimulou átomos de rubí a emitem luz concentrada Os elétrons dos átomos do meio ativo é por eletricidade, já o de menos potência mudam de órbita de interna para mais externa A tendência dos átomos excitados é voltares à estabilidade com elétrons retornando a órbita original Ao decaírem voltando a órbita anterior emitem fótons O meio ativo é contido em câmara fechada com espelhos no interior Ao voltarem a energia se dissipa em luz Além da energia externa que alimenta o canhão de laser, os fótons excitam os átomos vizinhos - amplifica a luz A câmara que contém o meio ativo possui pequeno orifício que deixa sair o laser Laser: Câmara com 2 espelhos Cristal de rubi como meio ativo Tubo luminoso em volta do cristal Espelhos prateados, sendo 1 com pertuito Fótons se refletindo nos espelhos Espelhos com pertuito para saída do laser Características do raio laser Coerente: as ondas estão em fase no tempo e no espaço alinhadas entre si Monocromático Colimado: ondas com mesma direção - luz é paralela, não divergente, estreita e concentrada Meios físicos: Meios nos quais a luz se propaga e respectivos comprimentos de onda : Os raios são danosos à retina - uso de óculos protetores Usado em cirurgia oftalmológica Notar paramentação do cirurgião e campos esterilizados Magnificação óptica: uso do microscópio Cirurgias: Cirurgia refrativa: modifica formato da córnea Fotocoagulação de lesões vasculares, descolamento de retina Cirurgia endovascular em artérias e veias (obstruções e varizes) Endoscopia digestiva Neurocirurgia para ablação de tumores Cirurgia tegumentar: remoção de tattoo, más formações vasculares, manchas, cicatrizes de acnes, remoção de pelo, rejuvenescimento (facial com queimadura superficial). Diatermia: através de calor Aquecimento do tecido devido a sua resistência à passagem de radiação, corrente elétrica ou ondas ultrassônicas Eletrocirurgia - eletrocautério - bisturi elétrico Fonte e eletrodo ativo, passivo ou concentrador Monopolar, a corrente elétrica gerada pelo aparelho transita pelo corpo do paciente pelo eletrodo paciente através do eletrodo positivo ou concentrador e eletrodo neutro ou dispersante (placa com gel condutor - no tegumento do paciente) Eletrodo ativo, positivo ou concentrador - caneta Notar botões com cores diferentes para coagulação e corte Notar controle pedal Placa As placas metálicas foram abandonadas Se deslocavam e provocavam queimaduras Hoje são flexíveis e uma das faces é aderente Resumo do bisturi Unidade de eletrocirurgia Cabo ativo Sítio da operação Eletrodo de retorno (dispersante) Cabo de retorno Unidade de eletrocirurgia Fixação do eletrodo dispersante Seguir fabricante Escolher sítio com massa muscular bem vascularizada Escolher área convexa, área próxima ao local da operação Entre a placa e a pele do paciente aplica-se gel condutor Eletrocautério monopolar Cirurgião impunha caneta em posição de corte Dissecção do plano de tela subterrânea Fumaça com cheiro de carne queimada Eletrocautério bipolar Caneta substituída com pinça com 2 eletrodos, um + e outro neutro, a corrente de baixa intensidade transita entre eles Sem eletrodo dispersante Ideal para trabalhos em tecidos delicados (Neurocirurgia, por exemplo) Cirurgia Robótica abdominal utiliza sistemas mono e bipolar A pinça possui dois eletrodos, um positivo e um neutro A corrente, de baixa intensidade, transita entre eles Teste em carne - bife Eletrocautérios bipolares são menos propensos a interferências em marcapassos cardíacos São possíveis de usar próximo do marcapasso - tórax e pescoço O grau de dependência do paciente com relação ao marcapasso é permanentemente avaliado O maior perigo é o desfibriladordo marcapasso interpretar a corrente elétrica como taquicardia ou fibrilação e passar a dispersar choques inadequados em casos programados, o cardiologista é convocado e ele tem um aparelho que desliga o desfibrilador Em casos urgentes usar imã especial que o bloqueia, o anestesista aplica e remove o ima de forma a usá-lo pelo menor tempo possível Eletrocautério e marcapassos cardíacos Implante sob a pele, com eletrodos posicionados através da veia subclávia, no átrio e ventrículo direitos Em casos programados, o cardiologista, especializado em ritmo, tem aparelho que acessa o marcapasso e o programa, para desligar o desfibrilador Bisturi com plasmas de argônio Argônio é o gás nobre mais abundante da terra com baixa capacidade de combinação que vem da palavra inativo O plasma é o 4o estado físico da matéria gás ionizado Tem capacidade de produzir calor e eletricidade Com eletrocirurgia promove transmissão da energia térmica aos tecidos através de um jato sem contato com o tecido a ser tratado Coagulação com plasma de argônio (APC) é um meio utilizado principalmente em hepatectomias, selando a superfície de secção É também usado em Cirurgia Endoscópica do sistema digestório Usado em endoscopia digestiva e cirurgia hepática Propicia diérese e hemostasia Gás conduz eletricidade e calor pelo plasma Indicações na endoscopia digestiva: Esôfado de Barret Varizes de esôfago Úlceras hemorrágicas Proctite actínica - lesões vasculares que podem sangrar Angiodisplasias Divertículo de Zenker Tratamento de um segmento anular do tubo digestório, em paciente com novo ganho de peso, pós cirurgia bariátrica, é visto com reservas Instrumentos ultrassônicos Efeito selante pela coagulação e desnaturação proteica pelas vibrações ultrassônicas em alta frequência Produção de menos calor Mínima dispersão de calor Dissecção feita por cavitação Aumenta a temperatura dentro do tecido, vaporizando a água e expandindo o tecido A queda local da pressão atmosférica dentro do tecido permite vaporização com 50 graus O vapor expande tecido provocando divulsão Tesoura ultrassônica Usada em cirurgia videoendoscópica promovendo diérese Tecido preso entre as mandíbulas da tesoura sofre selamento e propicia hemostasia Instrumentos chamados harmônicos Bisturi harmônico ou ultrassônico Usado em cirurgia a céu aberto Pouco empregado Diérese por aspiração em neurocirurgia O tecido encefálico é delicado e permite ser aspirado pela aspiração ultrassônica e aspiração convencional Lipoaspiração Aspira gordura na tela subcutânea Não é método de emagrecimento CFM: volumes máx a serem aspirados não devem ultrapassar 7% do peso corporal na técnica infiltrativa e 5% na não-infiltrativa A área não pode ultrapassar 40% da superfície corporal Lipoaspiração mata, quando sem critérios Vibrolipoaspiração Mangueiras e cânulas especiais Movimentos de vai e vem são diminuídos pela ação do vibrador Procedimentos são rápidos e menos cansativos Gordura aspirada Tratada por decantação ou centrifugação, pode ser usada para preencher depressões em outras regiões com pequenos volumes (lipoenxertia) Fazer diferentes lipoaspirações com intervalo min de 6 meses Evitar ondulações com efeito em “saco vazio” Procurar equilíbrio entre continente (pele) e o conteúdo (gordura) Complicações: Assimetrias e irregularidades (depressões) Perfuração de paredes abdominais com lesão de fígado e vísceras ocas Anemia aguda com necessidade de transfusão Necrose cutânea Trombose venosa profunda e embolia pulmonar Síndrome de embolia gordurosa Complicações da anestesia LIPOASPIRAÇÃO NÃO É TRATAMENTO DA OBESIDADE E SEM DE ADIPOSIDADES LOCALIZADA Deve ser feito em hospitais com recursos para emergências Síndrome de embolia gordurosa e lipoaspiração Critérios diagnósticos principais: Angústia respiratória Sintomas e sinais de envolvimento encefálico Petéquias, conjuntivais, axilares e superficial cranial anterior do tórax Critérios 2os: Febre maior de 38 graus Taquicardia com mais de 100 batimentos/min Icterícia Alterações da retina Alterações renais Trombocitopenia, hemossedimentação elevada Fisiopatologia: Efeitos danos pela partículas de gordura ou ácidos graxos livres na circulação Tratamento: De suporte, por não ser específico, com ventilação mecânica para angústia respiratória Prognóstico: mortalidade entre 10 a 15% dependendo da angústia respiratória Hemostasia É a prevenção ou interrupção de hemorragia Materiais e instrumentos: dedo, mão, gaze, compressas, pinças, eletrocautério, fios para ligaduras vasculares, esclerosantes, êmbolos, torniquetes, cera para ossos Pinças hemostáticas: Podem ser curvas ou retas Ao se fazer uma dissecção os vasos devem ser pinçados para efetuar hemostasia Ao encostar ponta da caneta do eletrocautério monopolar na pinça, o vaso pinçado sofre eletrocoagulação Vasos calibrosos devem sofrer ligadura antes da secção Ligadura: Ato de ligar ou ocluir definitivo ou temporário estruturas ocas O auxiliar está apresentando ao cirurgião o vaso, seccionado O cirurgião está fazendo a ligadura, com nó instrumental com auxílio do porta agulhas Ligaduras duplas e transfixante Aumenta a segurança de hemostasia A transfixante (de Halstead) é mais segura Vasos calibrosos são ligados por ligadura dupla, pelo menos uma transfixante Pinças de Cushing Durante a dissecção o cirurgião prende o vaso com a pinça de Cushing e o auxiliar encosta a ponta da caneta do bisturi monopolar no instrumento, provocando eletrocoagulação Ideal para tecidos delicados Pinça de Mixter Semelhante a hemostática mas com extremidade mais curva que serve para passar fio sob estrutura a ser ligada (tipo de passa- fio) Hemorragia uterina pós-parto descontrolada A figura mostra ligadura da divisão anterior da artéria ilíaca interna, que possui 2 divisões, uma anterior e outra posterior A artéria uterina é o primeiro ramo da anterior Indicada ligadura bilateral da artéria uterina - sistemas com intercomunicação Essa ligadura permite refluxo de sangue pelos ramos da divisão anterior A seta mostra o local da ligadura eficiente Notar a pinça de mixter passando o fio de ligadura sob a divisão anterior da artéria ilíaca interna Uma ligadura simples já foi feita e o cirurgião se prepara para fazer a ligadura dupla Classificação da Hemostasia Garroteamento em emergência Notar colocação de material macio no local crítico da compressão pelo garrote, de modo a evitar lesões de vasos e nervos Salva vidas mas é perigoso - não sabe intensidade da compressão Deve ser removido, tão logo paciente chegue ao hospital Dessangramento e garroteamento Manobras de remoção de sangue do membro (dessangramento) e obstrução da circulação (garroteamento) Torniquete pneumático, de pressão controlada é aplicado no segmento proximal do membro Ligadura dupla transfixante em vasos grandes Caso haja pigmentação residual - laser Carcinoma de células escamosas com invasão orbital Carcinoma submetido à ressecção e radioterapia alhures Agrafes de Michel para controle do sangramento do retalho de escalpe Hemostasia de escalpe é difícil - usado para cobrir áreas nobres Ressecção alargada da órbita Síntese Reunião cirúrgica dos tecidos Materiais e instrumentos: fitas adesivas, colas, aparelhos gessados ou metálicos, hastes, placas, parafusos, grampos, fios e agulhas. Agrafes de Michel Rígido e doi Grampeador - sutura mecânica Poupa tempo na pele mas resultados estéticos ruins Ótimo para sutura de escalpe na neurocirurgia Stapler (grampeador) - usado em cirurgia robótica - lobectomia pulmonar superior esquerda Pulmão direito - possui fissuras horizontais e oblíquas Pulmão esquerdo - fissurasoblíquas Uso do laço de silicone para vasos na fissura oblíqua para auxiliar a aplicação do grampeador - silicone vessel A medida que o grampeador avança, 3 fileiras de grampos são fixados de cada lado da incisão - stapler Excelente hemostasia e aerostasia no pulmão - não sai ar - poupa tempo enorme Complicações do grampeador e dos grampos 41000 complicações e 366 mortes entre 2011 e 2018 Pelo despreparo dos cirurgiões e defeitos de fabricação Hemostasia - embolização de aneurisma Através de um cateter endovascular, molas de platina são colocadas dentro do aneurisma e provocam sua obstrução Acesso preferencial: artéria radial do carpo (coil - mola colocada dentro do aneurisma) Aneurismas encefálicos Ruptura leva a acidente vascular cerebral hemorrágico: AVC hemorrágico - ou derrame cerebral Molas tem memória Introduzidas por cateter que é tubula ao serem soltas se enroscam e promovem oclusão do aneurisma Embolização de aneurisma distal ao sifão carotídeo Cirurgia endovascular com contraste, antes e depois: Imagem da Esquerda: aneurisma pediculado Imagem da Direita: aneurisma não pediculado não retém mola e se passa um stent e as molas são introduzidas por ele Clipagem de aneurisma - craniotomia Método substituído pela cirurgia endovascular por ser a céu aberto Qualidades do cirurgião - 3 H Hand Head Heart - coração 3 letras C: Compaixão Compromisso Competência Malformação vascular do membro inferior: Síndrome de Kasabach-Merritt Anemia microangiopática com destruição de plaquetas - tomar quantidade de plaquetas por dia A pomada branca sobre a lesão é acetato de mafenide (Sulfamylon) usado para queimaduras Arteriograma prévio mostra preservação de vasos profundos Feito uma clampagem da artéria ilíaca comum direita por via extraperiotoneal Ressecção da má formação Importância da equipe multidisciplinar Enxertia de pele alógena e autógeno Operação de Thompson para linfedema Retalho tegumentar desepidermizado mergulhado através da fáscia Resultado - hipotrofia do membro inferior direito, desenvolvimento escolar normal Lipossarcoma Paciente muito debilitado no limite da operabilidade Tumor consumptivo, consumia reservas do paciente Vasos muito dilatados Início da ressecção cirúrgica Peça com 1Kg Câncer não se espalhou Assepsia e antissepsia Assepsia - ausência de germes ou conjunto de medidas que levam a ausência de germes Antissepsia - é o conjunto de meios para destruir germes ou evitar sua proliferação Algo que tenha sido submetido à antissepsia, ainda pode conter germes Limpeza: remoção de sujeira e detritos com métodos manuais ou mecânicos, com água e detergentes enzimáticos Descontaminação: limpeza de objetos e materiais contaminados por sangue, pus e secreções. Assepsia ou desinfecção: processo de destruição TOTAL de microrganismos patogênicos em superfícies inertes, através de agentes químicos e físicos - depende do tempo de exposição, pH, temperatura, natureza do microrganismo e presença de matéria orgânica. Principais químicos: aldeídos, compostos fenólicos, compostos quaternários de amônia, compostos orgânicos e inorgânicos liberados do cloro ativo, iodo e derivados, álcool e glicóis, biguanidas. Esterilização: processo de destruição de toda vida microbiana (bactérias, esporuladas, fungos e vírus) com agentes físicos (calor, radiação ionizante e filtração) ou químicos (produtos líquidos e gasosos) Antissepsia: permite uma tolerância de microorganismos, principalmente na pele, sendo seu objetivo reduzir o número drasticamente. Vestuário cirúrgico - paramentos Paramentos limpos: roupas - jalecos, calças e macacões (com bota de pano) gorros máscaras óculos e escudos faciais botas e propés Paramentos assépticos Aventais Opas - faz parte do avental moderno Luvas Gorros podem ser coloridos, alegra ambiente Brinco - fator de contaminação Cabelos devem estar cobertos - gorro cobre todo cabelo Lupa de pala e fotóforo (foco frontal) - aumento de 4x Propés - recomenda-se uso de sapatos confortáveis que possam ser higienizados, Tendência de desvalorizar os pés na transmissão de agentes de infecções cirúrgicas, usar isolados é inapropriado Cuidados com as mãos Vetor de infecções Microbiotas residente, transitória e infecciosa Escovação elimina contaminantes e microbiota transitória Antissépticos: Iodo em solução alcóolica - pouco usado Iodopovidona 10% Clorexidina 4% Etanol 70% - pouco usado Escovação; Sem unhas e alianças Lavar membros superiores até cotovelos Retirar escova do invólucro Escovação simétrica e centrípeta de distal para proximal Enxaguar mãos e antebraço com cotovelos afastados do tronco e com mãos em nível superior aos cotovelos 3 procedimentos sucessivos de escovação e enxaguadura (5 min no total) ponta dos dedos 30 palma 10 x e resto da mão 10 x do dedão 10 x na 1 seção do braço, nunca volte para uma área Complementação opcional com solução alcoólica de iodo ou etanol 70% Enxugamento de mãos e antebraços Mãos em plano superior aos cotovelos Enxugar com compressa esterilizada, da mão para o cotovelo, em movimento helicoidal Enxugar por embebição, não esfregar Fechar a compressa, apoiá-la na mão já tratada e reiniciar o procedimento no membro oposto As mãos só tocam a parte da luva que fica em contato com a luva ou com o punho do avental Microbiota da pele A pele impede a ação de agente externos, evita perda de água, eletrólitos e substâncias do meio interno Oferece proteção imunológica, termorregulação, propicia percepção e tem função secretora Inclui camada externa para mais interna: estrato córneo, epiderme, derme e hipoderme A barreira a absorção percutânea está no interior do estrato córneo Qualquer alteração resulta no aumento de produção de células Pele é colonizada por bactérias e fungos Couro cabeludo - 106 UFC/cm2 Axila - 105 Abdome ou antebraço - 104 Mãos do profissional de saúde - 104 Remoção por higienização com água e sabonete por ficção A microbiota pode ter microorganismos não patogênicos, patogênicos como bactérias, fungos e vírus Raramente se multiplicam na pela Microbiota residente Aderida às camadas profundas da pele, resistente a água e sabonete São agentes menos prováveis de infecções por contato EM agentes de saúde tem microorganismos patogênicos UTI e imunocomprometidos - maior atenção Microbiota infecciosa (AMECI) Patogenicidade comprovada causando infecções específicas como abscessos, panarício, paroníquia (ao lado da unha) ou eczema nas mãos Staphylococcus aureus e Streptococcus Beta-hemolítico são as espécies mais frequentemente encontradas Preparo da pele do paciente Tricotomia - brasileirismo - divisão em 3 Tonsura, epilação, depilação Só realizar em casos em que pelos prejudicam Nunca raspar com gilete ou navalha Aparar com tesoura ou máquina elétrica imediatamente antes da operação Nunca raspar supercílios em casos de feridas Aplicar compressas úmidas com saponáceo, com esfregação moderada Pés ou mãos muitos sujas são esfregados com escova Enxugar Aplicar solução anti séptica na região - iodopovidona 10% ou clorexidina 4% Aplicar álcool etílico 70% removendo solução precedente Não começar preparo dias antes - propicia colonização de microorganismos resistentes Raspagem de pelos na véspera propicia colonização em pequenas lesões cutâneas produzidas pela lâmina Supercílios desnivelados - complicação comum em feridas da região dos supercílios quando faz a raspagem - raspagem impede ver o trajeto dos pelos Tendência de indicar clorexidina e álcool e abandonar iodóforo (clorexidina mais tóxica para a córnea) - discutível Asfalto ou piche - se retira com óleo mineral,uso de solventes como benzina e éter só aumenta a adesividade, dificultando a remoção. Uso dos trabalhos do Louis Pasteur: Ignác Philipp - mostrou que a limpeza das mãos com solução clorada diminuía a incidência de febre puerperal Joseph Lister - passou a usar fenol (ácido fênico ou carbólico) em fumigações no campo cirúrgico e na limpeza de materiais, baixando a incidência de morte em amputações. Fumigador de fenol (imagem) Usava gazes embebidos em fenol no curativos William Halstead - popularizou o uso das “luvas por amor”, pai da cirurgia de mama, apaixonou-se pela instrumentadora que tinha alergia aos antissépticos logo, pediu ao amigo Goodyear para fabricar as luvas de borracha (Caroline Hampton), se viciou em cocaína, substituiu vício em morfina como anestésico. Nomenclatura Cirúrgica aden(o)-: adḗn(gr.) > glândula ou linfonodo –ex: linfadenectomia anastomose : anastomósis(gr.) > comunicação –ex: gastroenteroanastomose bio-: biós(gr.) > vida –ex: biopsia celio-: koilía(gr.) > abdome –ex: celiotomia centese: kentēsis(gr.) > ação de aguilhoar (puncionar) –ex: toraconcentese cerclagem: cerclage(fr.) > circundar parte de órgão com anel ou fio decorticação: decorticare(lat.) > descascar, remover parte externa de órgão dissecção ou dissecação: dissecare(lat.) > separar partes ou órgãos -ectom+ ia: ektomé(gr.) > retirada, extirpação –ex: histerectomia excisão: excisione(lat.)> retirada, separação evisceração: evisceratione(lat.) –viscera(pl.)= viscus(lat.) entranhas > expulsão do conteúdo de uma cavidade fenestração: fenestrare(lat.) > abrir janela iatrogenia: iatrós(gr) > médico + gene geração, criação láparo-: lapáre(gr.) > ventre, abdome –ex: laparotomia, laparostomia mast(o): mastós(gr.) > mama –ex: mastectomia necro-: nekrós(gr.) > morte –ex: necropsia -pexia: pexis(gr.) > fixação –ex: nefropexia -plastia : plastós(gr.) > modelar, moldar –ex: rinoplastia -rafia: raphé(gr) > costura –ex: costura –ex: arteriorrafia ressecção ou resseção: resectione(lat.) > poda (remoção) -stoma: stóma(gr.) > boca –ex: traqueostomia -opsis: > olhar tom + ia : tomḗ(gr.) > corte, incisão. Ex.: laparotomia, coledocotomia. •aden(o)-: adḗn(gr.) glândula ou linfonodo–ex: linfadenectomia •anastomose : anastomósis(gr.) comunicação –ex: gastroenteroanastomose Linfadenectomia ilioinguinal Melanoma cutâneo de coxa com metástases inguinais Já submetida a duas “linfadenectomias inguinais radicais” Operada alhures Dissecção de vasos ilíacos e ureter Peças das linfadenectomias Ilíaca e inguinal Apresentou metástase pulmonar alguns meses após Possivelmente se curou Anastomose: Caput medusae Busto em mármore GianLorenzo Bernini, 1630 Hipertensão portal Síndrome de Cruveiller-Baumgarter •Hipertensão portal •Recanalização da veia umbilical •Cabeça de medusa Jean Cruveiller(1791 –1874): anatomista e patologista francês Paul Clemens von Baumgarter (1848 –1928): patologista alemão Hipertensão portal, recanalização da veia umbilical ou das veias paraumbilicais e cabeça de medusa Síndrome de Cruveillier-Baumgarter: recanalização da veia umbilical Caso do Professor Wilson Luiz Abrantes Esplenoportografia (injeção de contraste pelo baço) Veia umbilical recanalizada à esquerda, na radiografia No feto, tributária do ramo esquerdo da veia porta Veia umbilical: circulação fetal Não possui válvulas Drena o sangue oxigenado da placenta É tributária do ramo esquerdo da veia porta do fígado Parte do sangue da veia umbilical vai para o ducto venoso (de Arantius) e daí para a veia hepática esquerda, à veia cava inferior e ao átrio direito que se comunica com o esquerdo através do forame oval Após o nascimento, há obliteração da veia umbilical, do forame oval e do ducto venoso Na hipertensão portal dificuldade na circulação do sangue da veia porta pela cirrose ou fibrose do fígado A hipertensão portal pode levar à recanalização da veia umbilical Anastomose esplenorrenaldistal –Operação de Teixeira-Warren A porção distal da veia esplênica é anastomosada com a veia renal esquerda Shunt portossistêmico abaixa a pressão na veia porta Reconstrução pós-gastrectomia Billroth1 –Anastomose gastroduodenal Billroth2 –Anastomose gastrojejunal Christian Albert Theodor Billroth(1829–1894) Cirurgião austríaco Santa Casa de Berlim Y de Roux César Roux: cirurgião suíço (1857-1934) O Y de Roux é usado em muitas operações Anastomoses bilidigestivascomo para resolver problemas de obstrução do colédoco O exemplo mostra seu uso em Cirurgia Bariátrica (gastroplastia redutora) Anastomose bilidigestiva: Y de Roux O prurido provocado pela icterícia é insuportável Em casos intensos, pode levar ao suicídio Nomenclatura Cirúrgica •Bio-: biós(gr.) vida –ex: biopsia •Celio-: koilía(gr.) abdome –ex: celiotomia •Centese: kentēsis(gr.) ação de aguilhoar (puncionar) –ex: toracocentese •Cerclagem: cerclage(fr.) circundar parte de órgão com anel ou fio Cerclageme sepultamento de coto do apêncice: pursestring Cerclage (Fr.): ação de colocar arcos em pipas Na apendicectomia videoendoscópica, não se faz cerclagem Cerclagem uterina Indicada em casos especiais de incompetência do colo do útero Abdominocentese Caso de 1974: hérnia incisional gigante com perda do “direito a domicílio” Abdominocentese para pneumoperitônio progressivo Preparo consiste em injeções de ar atmosférico na cavidade abdominal durante várias semanas Expansão progressiva da capacidade da cavidade abdominal Hérnia incisionalgigante – transoperatório: hernioplastiapela técnica de Lázaro da Silva Caso de 1974: transoperatório: Ao se abrir o peritônio o ar escapa e hérnia é reparada sem tensão Pós-operatório: Espetacular melhora das condições ventilatórias, pela restauração da respiração diafragmática Nomenclatura Cirúrgica Decorticação = decorticare(lat.) > descascar, remover a parte externa de um órgão Dissecção ou dissecação: dissecare(lat.) separar partes ou órgãos Decorticação pulmonar Principais indicações: hemotórax e empiema organizados Empiema: Aurélio: Coleção purulenta limitada dentro de cavidade natural (visceral ou serosa), como, p. ex., cavidade pleural, vesícula biliar, apêndice vermiforme, antro maxilar •Pyon(Gr.) pus O sangue do hemotórax ou o pus do empiema sofrem organização (ação de fibroblastos) e formam carapaça em torno da pleura visceral decorticare(Lat.) = remover a casca Remoção da carapaça formada pelo pus ou sangue que sofreram organização por ação de fibroblastos Dissecção de axila e pescoço em melanoma Dissecção ou dissecação: dissecare(Lat.) = separar partes ou órgãos Dissecção de aorta (patológica) O sangue entra pelo enfraquecimento das camadas internas e disseca, obliterando os vasos a jusante Nomenclatura Cirúrgica Ectom+ ia: ektomé(gr.) retirada, extirpação –ex: histerectomia Excisão: excisione(lat.) retirada, separação Toracectomia Prótese mamária e fibromatose agressiva Ressonância nuclear magnética exibindo a área da fibromatose Início da toracectomia Tela de Prolene® para reconstrução da parede torácica Fibromatose agressiva se projetando do interior da cápsula fibrosa que continha a prótese mamária Dissecção do músculo latíssimo do dorso com isolamento do pedículo vascular da artéria toracodorsal, ramo da subescapular, ramo da axilar Músculo recobrindo a tela de Prolene® Nomenclatura Cirúrgica Evisceração: evisceratione(lat.) –viscera(pl.)= viscus(Lat.) = entranhas (expulsão do conteúdo de uma cavidade) Fenestração: fenestrare(Lat.) abrir janela Fenestração patológica de gengiva Tratamento da hérnia de disco Abertura de janela no processo transverso da vértebra No disco intervertebral, abertura do ânulo fibroso e remoção parcialdo núcleo pulposo Evisceração: saída de vísceras de uma cavidade Evisceratione(Lat.) –viscera(pl.)= viscus(Lat.) entranhas Evisceração em Cirurgia Oftalmológica Evisceração: remoção do conteúdo do bulbo do olho, mantendo- se a esclera Enucleação: remoção do bulbo do olho Exenteração da órbita: remoção de todo o conteúdo orbital Indicações da evisceração do olho: *Olho cego doloroso *Olho cego inestético A cavidade da esclera do olho, submetida à evisceração, recebe um implante esférico Músculos extrínsecos preservados permitem movimentos da prótese Próteses modernas propiciam ótimos resultados Próteses antigas eram estáticas (olho de vidro) Nomenclatura Cirúrgica Iatrogenia: iatrós(gr) =médico + gene = geração, criação Laparo-: lapáre(gr.) =ventre, abdome, flanco, ilharga –ex: laparotomia, laparostomia Iatrogenia: gossipiboma Caso de 2008 Mamoplastia de aumento (prótese de silicone) Operada alhures Corpo estranho (gaze) Laparostomia: -stoma: stóma(Gr.) = boca Caso de 1994 Peritonite grave e choque séptico Intubação e ventilação mecânica Tela aloplástica de Prolene® Allós(Gr.) = outro, diferente Troca de tela por outra, também de Prolene® Nomenclatura Cirúrgica Lise: lysis(Gr.) = destruição, liberação de aderências –ex: neurólise, tenólise Mast(o): mastós(Gr.) = mama –ex: mastectomia Necro-: nekrós(Gr.) = morte + opsis(Gr.) = visão > necropsia * A grafia necrópsia (com acento agudo) é incorreta * Autópsia é o exame de si mesmo -Pexia: pexis(Gr.) = fixação –ex: nefropexia, enteropexia Mastopexiaem ptose mamária Caso de 1982 Ptose mamária Nomenclatura Cirúrgica •-Plastia : plastós(Gr.) modelar, moldar –ex: rinoplastia •-Rafia: raphé(Gr.) = costura –ex: arteriorrafia, neurorrafia Ressecção ou resseção: resectione(Lat.) = poda (remoção) -Stoma: stóma(Gr.) = boca –ex: traqueostomia Faringostoma, esofagostomae traqueostoma: neoplasia de laringe operada Caso de 1977 Reconstrução com retalhos deltopeitorais Stoma: stóma(gr.) >boca Retalho do lado direito da paciente foi tubulizado com sua face epidérmica voltada para dentro do tubo Enxerto de pele nas áreas doadoras dos retalhos Nomenclatura Cirúrgica -tom + ia : tomḗ(gr.)= corte, incisão Ex.: laparotomia, coledocotomia. Laparotomia: Retalhos de omento maior, De grande valia nas reconstruções Ritidoplastia: cirurgia de rejuvenescimento : Rhitidos(Gr.) = ruga Excisão de segmento da fáscia frontal Operações agressivas com esta caíram em desuso Havia aumento de complicações Hoje se fazem operações conservadoras e Botox® Giuseppe Arcimboldo–Milão (1527-1599) Escola maneirista Em Cirurgia, há que se examinar a situação sob diversos ângulos Posições Operatórias: Natureza e sede da operação Preserva funções vitais Conforto ao paciente e equipe cirúrgica Classificação: Corretas e viciosas: para equipe e paciente Complicações nas posições viciosas para médico: Distensões musculares Traumatismo neural (compressão) Distúrbios respiratórios: no decúbito ventral, usa-se coxins sob as regiões claviculares e sob as espinhas ilíacas ântero superiores - livre respiração Distúrbios circulatórios: reflexo vasovagal Trombose venosa profunda: imobilização prolongada – uso profilático de anticoagulantes Para o paciente: Cegueira - pomada oftálmica e oclusão necessária, principalmente em decúbito Síndrome de compartimento Úlcera de pressão: operações prolongadas Óbito: mudanças bruscas de posição desencadeiam reflexo vasovagal Queimadura: Placa de eletrocautério (eletrodo dispersante) funciona como eletrodo concentrador pelo cabo da placa danificado/ Contato da pele com componentes metálicos da mesa (mesa funciona como concentrador) Classificação de Alfredo Monteiro: Posição sentada Decúbito dorsal: o Horizontal: cabeça na horizontal/ cabeça pendente (rose) o Oblíquo: elevação cefálica/elevação caudal Decúbito ventral: o Horizontal: cabeça na horizontal/ cabeça pendente o Oblíquo: Elevação cefálica/ Elevação caudal Decúbito Lateral: o Horizontal o Oblíquo Proteção de pontos de maior pressão: Calcanhares apoiados sobre a mesa, em operações longas, podem ser acometidos de úlceras de pressão Compressão pneumática intermitente: Aparelhos de compressão pneumática intermitente, aplicados especialmente nas pernas, auxiliam na prevenção de trombose venosa profunda (TVP) Posição de decúbito lateral usada em toracotomia: Observar almofadas sob a axila e suportes dos membros superiores. O membro próximo a mesa fica sempre fletido e o outro em extensão. Uma faixa de fixação presa à mesa passa sobre a espinha ilíaca anterossuperior. Almofadas em membros inferiores O membro próximo a mesa fica semifletido e outro em extensão - inferiores As toracotomias posterolaterais realizadas no 5 e 6º espaço intercostal são as mais usadas A pequena flexão da mesa alarga os espaços intercostais Travesseiros sob a cabeça para não ficar pendente Posição de Sims: Decúbito lateral esquerdo com membro inferior direito fletido e esquerdo estendido, paciente acordado Usado para exames retais, clisteres, exames vaginais e colonoscopia Posição de Trendelenburg: Decúbito dorsal oblíquo com elevação caudal Os intestinos se deslocam para área de declive (junto do diafragma), ajudando cirurgias pélvicas e do abdome inferior Inclinação máxima de 45 graus - se for mais acentuada aumenta pressão venosa central, intraocular e intracraniana Proclive ou posição de Trendelenburg reversa: 15 a 30 graus Indicada para operações de cabeça e pescoço, diminui sangramento nessas regiões Decúbito dorsal oblíquo com elevação cefálica Proclive: inclinado para diante Posição supina ou decúbito dorsal horizontal: Almofadas sob joelhos e calcanhares Extensão prolongada das pernas causa estiramento e dor Calcanhares sobre a mesa causa úlceras de pressão Usada em cirurgia geral, toracotomias medianas e craniotomias Supinare: deitar de costas Pontos de pressão: occipício, Olécrano occipúcio, olécrano, vértebras torácicas, sacro e cóccix, calcâneo Posição prona ou decúbito ventral horizontal: Almofadas sobre região clavicular e espinhas ilíacas ântero superiores Proteção dos membros inferiores e região frontal Pronare: virar para baixo Cuidado com olhos e hálux Cirurgia de coluna, vascular, pescoço, neurologia, colorretais, reparo de tensão dos membros inferiores, regiões posteriores Melhora oxigenação dos pacientes com SDRA (síndrome de desconforto respiratório agudo) pela redistribuição da ventilação alveolar e perfusão Diminui o colabamento alveolar, melhorando complacência pulmonar pois na posição prona a região dorsal não sofre a ação do peso pulmonar, o que não ocorre na posição supina, em que a região dorsal é a mais colapsada Toracotomias posteriores, coluna e lipoaspiração Cabeça para um dos lados Posição de Fowler: Elevação do tronco e flexão moderada das pernas Cirurgia abdominal: condições respiratórias adequadas Operações na face, diminui sangramento transoperatório Em abdominoplastias diminui tensão dos retalhos Decúbito Genupeitoral: Peso do corpo sob joelhos e porção superior do tórax Exame do ânus, região perineal, genitália e retossigmoidoscopia rápida Operações perineais complexas, sobre a coluna lombar e sacro Posição ginecológica ou litotomia (homem) Decúbito dorsal, com pernas flexionadas afastadas e apoiadas em perneiras acolchoadas Braços estendidos e apoiados em talas acolchoadas com abdução máx. de 80o Período expulsivo do parto Operações sobre uretra e bexiga, litotripsia de cálculos ureterais, vesicais e uretrais Posição de Kraske ou em canivete: Operações proctológicas Mesascirúrgica moderna: Cirurgia bariátrica, ortopédica, ginecológica, neurológica e pediátrica Síndrome de compartimento: A síndrome de compartimento consiste na pressão aumentada do tecido dentro de um espaço fascial limitado, o que resulta em isquemia do tecido O primeiro sintoma consiste em dor exagerada, proporcional ao grau da lesão O diagnóstico é clínico, podendo ser confirmado pela aferição da pressão compartimental O tratamento consiste em fasciotomia Causas: constrição de membros por aparelho gessado e curativos compressivos Uso inadequado de braçadeiras e manguitos para aferição não invasiva de PA Aumento de substâncias no compartimento muscular causado por edema, hemorragia ou infusão de líquidos Ocorre como complicação de posições operatórias É uma emergência cirúrgica Síndrome de compartimento na perna: *Compartimentos: SBA Anterior Lateral Posterior –parte superficial Posterior –parte profunda Aumento da pressão dentro dos compartimentos fasciais, por traumatismos ou medicamentos Síndrome de compartimento no antebraço: *A Sociedade Brasileira de Anatomia consigna no antebraço: Compartimento anterior: partes superficiais e profunda Compartimento posterior do antebraço: *Parte lateral Lembrar que o limite mais importante dos compartimentos é a membrana interóssea Síndrome de compartimento: método mnemônico dos cinco Os: Pain> dor Pulse> ausência de pulso Pallor> palidez P alsy> paralisia P aresthesia> sensibilidade anormal Contratura isquêmica de Volkmann Instala-se a síndrome de compartimento no antebraço Lesões vasculares levam à isquemia e necrose A mão é fria, pálida e com alteração de sensibilidade Paralisia e ausência de pulso Evolução leva a encurtamento muscular característico Richard von Volkmann(1830-1889) Cirurgião alemão Figura mostra aspecto típico da contratura Síndrome de compartimento no antebraço: fasciotomias Na região antebraquial anterior e mão, a incisão deve sofrer inflexões, ao cruzar áreas de flexão Incisões retilíneas são mais propensas à contratura Na região antebraquial posterior a incisão será levemente curvilínea Abordagem incorreta ao cruzar o punho Na mão, a incisão deve sofrer inflexão Incisões retilíneas são mais propensas à contratura A incisão deveria ter sofrido inflexão ao cruzar o limite entre antebraço e mão, para evitar contratura Síndrome de compartimento após acesso venoso: Acesso venoso em veia superficial do antebraço Extravasamento do líquido infundido Síndrome de compartimento Bolhas e necrose extensa Fasciotomia agressiva Intensa rabdomiólise Qualidades do cirurgião (JCRRA) • Compaixão • Compromisso • Competência Feridas Imagem do Estrasburgo: O homem ferido Von Gersdoff: cirurgia militar, Hans von Gersdorff L’uomo ferido - século XIV Traumatismos: Fechados - contusões Abertos: feridas Luxação é deslocamento de um órgão do seu sítio anatômico X diferente de contusão Classificação de feridas: Agente causal: o Incisas: cortantes o Contusas: rombos (soco, cacete) o Laceradas: rasgadas o Perfuradas: profundidade maior que comprimento Médico não pode colocar na ficha qual o agente que causou a ferida, já que médico não estava presente - implicações legais Feridas contaminadas por floras anaeróbicas e micro aéreas Quando a contaminação: o Limpa Ambiente asseado, não atinge sistemas respiratório, digestório, genital e urinário o Limpa contaminada Ambiente sujo ou atinge sistemas mencionados o Contaminadas: Mais de 6h de evolução Contato com as fezes, terra ou contaminantes poderosos o Infectada Classificação de feridas quanto à complexidade: Simples Complexa (atinge múltiplos tecidos ou órgãos) Ferida penetrante: comunica-se com cavidade anatômica o Tórax, abdome, crânio Tratamento de feridas: Avaliar o ferido: anamnese cuidadosa e exame físico de maior ou menor complexidade, dependendo das características de lesão Controlar funções vitais Escolher anestesia Anestesia Exploração Desbridamento: • limpeza de detritos • remoção de corpos estranhos • regularização de bordas • eliminação de tecidos desvitalizados Abundante irrigação com soro fisiológico Uso de antissépticos diluídos (discussão não pacificada na literatura) • iodopovidonaem solução aquosa 1% • clorexidina em solução aquosa 0,2% JCRRA: em feridas sujas, uso antisséptico diluído na para efetuar limpeza de detritos Necrose: Após desbridamento da necrose, cresce o tecido de granulação (eixos vasculares envoltos por tecido conjuntivo) Síntese: •Completa •Parcial •Imediata ou primária •Primária retardada Ausência de síntese = cicatrização por segunda intenção Nota JCRRA – Síntese de ferida com dreno é considerada parcial Feridas limpas serão submetidas à síntese total Feridas infectadas não serão submetidas à síntese: far-se-á o desbridamento e a ferida será preparada para enxertia de pele ou retalho tegumentar. Pequenas feridas infectadas, uma vez desbridadas, cicatrizarão à medida em que os curativos forem sendo realizados (cicatrização por segunda intenção) Feridas desbridadas, com algum sangramento, serão fechadas com um dreno para evitar acúmulo de líquido no local, que propiciaria infecção *Síntese primária retardada Feridas contaminadas serão submetidas à síntese primária retardada Chama-se primária porque não utiliza métodos mais complexos, tais como enxertos ou retalhos Faz-se um desbridamento adequado e curativo Com troca de curativos, por cerca de dois a três dias, não havendo infecção, far-se-á a síntese da ferida A síntese primária retardada pode salvar vidas. A ferida contaminada, submetida à síntese precoce, pode cursar com infecção grave Síntese: Feridas extensas com exposição de elementos nobres, como vasos calibrosos, nervos e ossos, serão tratadas com retalhos musculares para cobrir tais estruturas Toda ferida deve receber desbridamento, que é a parte mais importante do tratamento: a síntese depende de condições da ferida Feridas abdominais extensas, com ruptura de vísceras e condições hemodinâmicas dramáticas, não serão exploradas. Faz-se “empacotamento” da cavidade com várias compressas e a parede abdominal é rapidamente fechada. Aumento da tensão abdominal faz cessar a hemorragia = “controle do dano” –ATLS. Em dias subsequentes o empacotamento é trocado, até que se consiga reparar as estruturas lesadas Tratamento de feridas: métodos Exposição (método aberto): especialmente feridas extensas de face, períneo e genitália Curativos (método fechado) Imobilização: especialmente com lesões de ossos, tendões e nervos Proservação *Seguimento *Remoção de materiais de síntese Proservação Termo cunhado para substituir a expressão inglesa follow up Seguimento, acompanhamento (Lat.) pro= para diante, para frente (no tempo e no espaço) (Lat.) servare= observar, estar atento, vigiar, dar atenção *JCRRA: proservação não só significa seguimento, acompanhamento, mas também a intervenção se necessária. Não seria um acompanhamento passivo mas compreenderia intervenção, quando necessária Remoção de pontos: maneira clássica Antissepsia com o produto padronizado (protocolo) Com uma pinça, elevar uma extremidade do fio seccionado Exteriorização de pequeno segmento do fio, antes sepultado Secção com tesoura do ponto, junto à pele Tração do fio com retirada do ponto A manobra evita que o fio que se achava exteriorizado, mais contaminado, percorra todo o trajeto do ponto (infecção) *Cuidados de médio prazo Banhos: os de água corrente (chuveiro, torneira) podem ser benéficos Evitar imersão precoce em feridas com pontos de sutura: a pressão hidrostática faz a água do banho penetrar o trajeto do fio e provocar infecção algunsdias depois Cuidado com calor local: queimadura (área traumatizada pode apresentar parestesia) Sol: aguardar pelo menos seis meses para evitar hiperpigmentação. Com fita microporosa cobrindo a cicatriz, não há inconveniente em se expor ao sol Reparação do ducto parotídeo Introdução de um cateter pela papila do ducto parotídeo, situada na mucosa da bochecha na altura do 2° molar superior Canulização do segmento proximal do ducto Cateter fica algumas semanas fixado à mucosa da bochecha Tratamento de feridas Concurso do Dr. Armando ChiariJúnior ao microscópio Charles BinghamPenrose (1862-1925): ginecologista americano Introduziu o uso do dreno de látex que drena pela capilaridade Mordedura dos animais – Fonte Fiocruz Mordeduras de cães: bactérias mais comuns > flora mista •Staphylococcussp •Streptococcussp •Eikenellacorrodens •Pasteurellamultocida •Proteussp •Klebsiellasp •Haemophilussp •Enterobactersp •Capnocytophagacanimorsus •Bacteroides sp Mordeduras de gatos: bactérias mais comuns > flora mista Pasteurellamultocida •Actinomycessp, •Bacteroides sp, •Fusobacteruimsp, •Clostridium sp •Staphylococcussp •Streptococcussp, •Propionibacteriumsp, •Fusobacteriumsp, •Wolinellasp, •Porphyromonassp, •Prevotellasp •Peptostreptococcussp Bactérias: metabolismo Bactéria aeróbica estrita: ATP é produzido pela reação de O2 com glicose (respiração). Sem O2 a bactéria não sobrevive Bactéria anaeróbica estrita –ATP produzido por fermentação. Na presença de O2, a bactéria não sobrevive Bactéria anaeróbica facultativa - em meio anaeróbico, enzimas podem fermentar vários carboidratos Bactéria microaerófila: só sobrevive em meio com pouco oxigênio Pasteurella multocida Mordeduras de gatos (principalmente) e cães Cocos de pequeno tamanho, Gram negativos Destruição tissular - septicemia Infecções graves com relato de mortes Profilaxia = amoxacilina + clavulanato de potássio Casos graves – internação com antibioticoterapia venosa Mordedura humana •Streptococcus sp •Staphylococcus sp •Eikinellacorrodens •Haemophilusinfluenzae •Fusobacteriumnucleatum •Prevotellasp •Porphyromonassp •Peptococcussp •Peptostreptococcussp Cuidado! Feridas no dorso das mãos, causadas por socos do agressor no dente da vítima, são consideradas mordeduras humanas Feridas: o que não fazer? Deixar de explorar a ferida Feridas: o que não fazer? Fechar ferida complexa sob tensão ou contaminada Feridas: o que não fazer? Suturar retalho desvascularizado Parte crítica do retalho deveria ter sido transformada em enxerto Remove-se a tela subcutânea desvascularizadado retalho até que se observe sangramento O enxerto se nutre por embebição, até ser penetrado por vasos do leito receptor Traço escuro mostra o plano de remoção da hipoderme Feridas: o que não fazer? Deixar de fazer desbridamento adequado Feridas: o que não fazer? Suturar mordeduras Em mordeduras, fazer síntese primária retardada Sargento Sílvio Delmar Hollenbach 27 de agosto de 1977 Zoológico de Brasília Salvou menino que entrou no fosso de ariranhas Mais de cem mordidas no corpo Socorrido preso por desfalque (Postalis) Feridas: o que não fazer? Suturar feridas complexas Esporotricose– Sociedade Brasileira de Dermatologia Sporothrixsp Fungo presente no solo, palhas, vegetais, espinhos e madeira ”Doença do jardineiro” Acomete animais silvestres e domésticos inclusive gatos e cachorros Curso benigno no cão e no homem Catastrófica no gato Raros óbitos em humanos (principalmente em imunossuprimidos (inclusive AIDS) Tratamento: Iodeto de potássio foi a primeira droga eficaz usada mas teria efeitos colaterais Antifúngico itraconazol, inclusive para animais Terbinafina, fluconazol e anfotericina B Tratamentos prolongados Nota JCRRA: O iodeto de potássio é barato. O uso de antifúngicos pode levar a complicações graves. Há trabalhos atuais mostrando mais eficácia do iodeto de potássio, que de outros antifúgicos, no gato Profilaxia do tétano IGHAT: imunoglobulina humana antitetânica SAT: soro antitetânico, derivado de equinos Profilaxia de raiva Encaminhar o paciente para serviço que faça profilaxia de raiva Vacuumas sisted closure: (VAC) Fechamento auxiliado pelo vácuo Colocação de esponja sobre a lesão Aplicação do tubo ligado à bomba de vácuo Envolvimento do conjunto por plástico impermeável No caso, um tubo é usado para aspiração e outro para instilação de medicamento Retalho de omento maior no tratamento da mediastinite após Cirurgia Cardíaca Omento maior do lactente é quase desprovido de gordura Feridas: fechamento por elástico Elástico (borrachinha) para dinheiro, esterilizada Deiscência em coto de amputação Autores mineiros Professor Andy Petroianu, da FMUFMG é divulgador Oxigenoterapia hiperbárica É modalidade terapêutica na qual o paciente respira oxigênio puro (100%), enquanto é submetido a uma pressão 2 a 3 vezes a pressão atmosférica ao nível do mar, no interior de uma câmara hiperbárica A câmara hiperbárica consiste em um equipamento fechado, resistente à pressão, geralmente de formato cilíndrico e construído de aço ou acrílico e que pode ser pressurizado com ar comprimido ou oxigênio puro Nota JCRRA: o transporte de oxigênio continua a ser feito pela molécula de hemoglobina mas, em condições de aumento da pressão, há notável aumento do transporte de O2 em solução, no plasma As câmaras hiperbáricas podem ser de grande porte, acomodando vários pacientes simultaneamente (câmaras multipacientes), ou de tamanho menor, comportando somente um indivíduo (câmaras monopacientes) Oxigenoterapia hiperbárica: indicações Feridas de difícil cicatrização Infecções graves com destruição muscular e de tegumento Lesões de bexiga, intestinos, ossos e cérebro, causadas pela radioterapia (destaque para a proctite actínica) Esmagamentos e amputações traumáticos Infecção crônica dos ossos Transplantes tegumentares em sofrimento (risco de necrose) Bolhas de ar na corrente sanguínea (embolia gasosa arterial ) Queimaduras extensas Coleção de pus ou ar no cérebro, por processo infeccioso e trauma. Oxigenoterapia hiperbárica: complicações Barotrauma de orelha média: otalgia, mais na descompressão, principalmente no início do tratamento. O paciente aprende as manobras de compensação da pressão (abrir e fechar a boca, engolir saliva ou água). Os sintomas melhoram com a continuidade do tratamento Barotrauma dos seios paranasais, mais em sinusites crônicas Barotrauma dentário: cáries com cavidades com gás no interior do dente expandem-se na descompressão, com dor acentuada Barotrauma ocular: ocorre em casos de lente de contato. Há fina camada de ar entre a lente e a córnea que é comprimida durante a pressurização e se expande com a despressurização Medicina hiperbárica: complicações Toxicidade pulmonar: tosse seca, dor retrosternal, escarros sanguíneos (hemoptoicos) e edema pulmonar Toxicidade neurológica: parestesias e convulsão (1:10.000 tratamentos) Desconforto e barotrauma auditivos Desconforto em seios da face Alterações visuais transitórias Traqueostomia Traque (o) - (Gr.) = rugoso (característica das cartilagens traqueais) Stom (o) - (Gr.) = boca Abertura de um pertuito, na região cervical anterior, comunicando a luz da traquéia com o meio exterior Cânula mantém o pertuito aberto História: Egito 3.000 a.C. Hipócrates (460-377 a.C.) condenou esgorjamento - gorje (Fr.) =garganta) - condenou abertura da garganta Antyllus (c. 100 a.C.) descreveu traqueostomia entre duas cartilagens traqueais Brasavola (1500-1555) descreveu primeira traqueostomia medieval bem sucedida Antonio Musa Brasavola (1500-1555) – Ferrara - Itália: Descreveu traqueostomia,bem sucedida, em 1546. Indicações: Obstrução respiratória alta Dificuldade de remoção de secreções: (hoje, em razão da fisioterapia respiratória moderna, menos frequente) Substituição do tubo orotraqueal (principal indicação atualmente) Classificação quanto à oportunidade: Eletiva: “Depois de amanhã, vou trocar o tubo endotraqueal daquele paciente por uma traqueostomia” Urgência: “Daqui a duas horas, devo fazer a traqueostomia no Pedro” Emergência: Ação imediata Traqueostomia eletiva: Uso dos afastadores Fios longos, um de cada lado, passados na cartilagem traqueal escolhida Fios facilitam exposição no momento da incisão (traqueotomia) - no corte Tais fios propiciarão reintrodução da cânula em caso de remoção inadvertida da mesma, no paciente agitado Cerca de 7 dias após a traqueostomia, o trajeto da cânula fica estável Técnica operatória: Decúbito dorsal horizontal Extensão cervical (evitar hiperextensão) Localização da cartilagens tireoide e cricoide, e da incisura jugular do esterno Incisão longitudinal (melhor resultado estético) ou transversal Exposição da cartilagem cricoide Ligadura e secção do istmo da tireoide Pontos de reparo na cartilagem escolhida: os fios são deixados longos e ficarão sob o curativo. Na remoção inadvertida da cânula, serão de extremo valor na manobra de reintrodução Abertura da cartilagem traqueal (2a, 3a ou 4a): incisão na primeira cartilagem aumenta risco de estenose e infecção laríngeas Nota JCRRA: Na hiperextensão cervical, a traqueia perde seu feitio tubular e se transforma em uma fita, dificultando sua palpação, no decorrer da operação - evitar hiperextensão Anatomia da laringe e traqueia: Cartilagens tireoide e cricoide Ligamento cricotireóideo mediano Cartilagens traqueais Fáscia cervical: Lâmina superficial - verde escuro Lâmina pré-traqueal - verde claro Lâmina pré-vertebral - azul claro Bainha carótica - azul escuro Músculos infra-hióideos: Tireo-hióideo (cranial ao sítio operatório) Omo-hióideo (ventres superior e inferior) = muito lateral ao sítio operatório - digástrico com ventres unidos pelo tendão intermédio Esternotireóideo (+ profundo) e esterno-hióideo (+ superficial) são afastados em conjunto durante a traqueostomia Técnica operatória: O auxiliar treinado vai afastando, em conjunto, os músculos (esternotireóideo + superficial e esterno- hióideo + profundo) Uso dos afastadores de Farabeuf, mantendo a exposição precisamente na linha mediana Incisão cutânea longitudinal ou transversal Exposição da lâmina superficial da fáscia cervical Istmo da glândula tireóide impedindo acesso à traqueia: fazer ligadura dupla, pelo menos uma transfixante, de cada lado do istmo, e depois vamos secciona-lo Istmo seccionado Pontos de reparo na cartilagem traqueal, no caso, a 1ª, que não deveria ter sido escolhida Os pontos de reparo na cartilagem escolhida facilitam a incisão da traquéia (traqueotomia) São deixados longos e propiciam a reintrodução em caso de agitação e remoção inadvertida da cânula Localização das cartilagens tireoide e cricoide Localização da incisura jugular Incisão e afastamento de pele e músculo platisma Incisão da fáscia cervical na linha mediana Exposição da cartilagem cricoide e do istmo da glândula tireoide Ligadura dupla transfixante do istmo da tireoide Cuidado! Retração do istmo membranáceo com afastador - não se deve fazer Ao ser solto, o istmo fica roçando na cânula e pode haver hemorragia tardia Remoção de fragmento da cartilagem traqueal (2a, 3a ou 4a) Perigo de aspiração do fragmento (prendê-lo bem com pinça hemostática ou gancho de Gillies) A vantagem da remoção desse fragmento é que uma cânula introduzida entre 2 cartilagens com os movimentos respiratórios vai ficar roçando entre os 2 anéis e provoca um dano tecidual maior, do que uma pequena janela em um só anel. Traqueostomia e timo: Especialmente em crianças, o timo pode obstruir o acesso à traquéia e deverá ser afastado no sentido caudal Colocação da cânula com mandril - mandril é a peça que vai na luz da cânula e que permite que ela seja introduzida com mais facilidade Posteriormente faz-se uma Síntese parcial para evitar enfisema subcutâneo Mandril removido Curativo simples Cânula plástica posicionada Insuflação do balonete permitirá ventilação mecânica Cuff (manguito) do balonete apresenta canhão, para conexão de seringa com ar Cânulas: Mandril (com ponta olivácea para facilitar entrada e saída) Cânula fixa Cânula móvel Balonete e cuff (permite que uma seringa infle o balonete) Cânula metálica Cânula plástica com balonete (permite ventilação com pressão positiva) Traqueostomia realizada na 3a cartilagem Cânula plástica em posição 5 - balonete insuflado oclui o espaço entre a cânula e a parede da traqueia Sistema permite ventilação mecânica: o ar insuflado só consegue retornar pela própria cânula e não pelo espaço entre ela e a parede da traqueia Caso a ventilação mecânica não seja necessária, o balonete deve ser esvaziado, para não lesar revestimento da traquéia Cricotireoidostomia: Usada na Emergência – Técnica operatória Hiperextensão cervical (cartilagem cricóide não se deforma) Palpação do ligamento cricotireóideo mediano Incisão a bisturi, num só golpe, interessando pele, tela subcutânea e ligamento cricotireóideo mediano até a luz traqueal Cânula de pequeno calibre: permite oxigenação mas retém CO2 (pode propiciar acidose respiratória) Traqueostomia será realizada após estabilização do quadro clínico - para evitar essa acidose Na emergência: o Cricotireóstomo o Agulhas 40x1,2 o Caneta “Bic” Hiperextensão cervical Palpação do ligamento cricotireoideo mediano Incisão do ligamento cricotireoideo mediano Alargamento da incisão com pinça hemostática Colocação da cânula Kit de Cricotireoidostomia: presente do Professor Doutor Tolomeu Artur Assunção Casali Kit montado funciona como chaveiro Desmontado: tampinha, trocarte, cânula estreita para cricotireoidostomia, extensão adaptável a um Ambu® Traqueostomia: Pós-operatório: Curativo simples da ferida cirúrgica Fixação adequada da cânula Umidificação do ar Aspiração de secreções Remoção e limpeza da cânula móvel (8/8h) Substituição de toda a cânula Evitar insuflação do balonete se não houver necessidade de ventilação mecânica Traqueostomia: Complicações precoces: Hemorragia Lesão do nervo laríngeo recorrente - muito difícil de ocorrer Enfisemas (ar) subcutâneo e mediastinal o Sinal clínico = Crepitação o Evitar síntese completa Infecção Saída inadvertida da cânula (fios deixados longos facilitam a manobra de reintrodução) Obstrução da cânula Obstrução pelo balonete: (costuma de deformar) hoje, os balonetes de silicone substituíram os de látex e o evento tornou-se mais raro Tronco tireocervical, artéria tireóidea inferior, artéria tireoidea ima: Hemorragia precoce se deve principalmente à artéria tireoidea ima ou à ligadura inadequada do istmo seccionado Traqueostomia: lesão do nervo laríngeo recorrente (difícil na traqueostomia, uma vez que é uma cirurgia mediana) - lesão comum na tireoidectomia total Nervo laríngeo recorrente direito o Cursa sob a artéria subclávia Nervo laríngeo recorrente esquerdo o Cursa sob o arco da aorta A lesão do laríngeo recorrente é complicação da tireoidectomia Embora conste como complicação de traqueostomia, vê- se que é difícil lesá-lo Traqueostomia: complicações relacionadas às cânulas: A – Curvatura exagerada: pode haver fístula traqueoarterial B – Curvatura insuficiente: pode haver fístula traqueoesofágica C – Curvatura correta Com os movimentosrespiratórios, a cânula pode provocar abrasão (desgaste por fricção) de estruturas vizinhas - como no caso da figura A e da estrutura vizinha anterior artéria inominada (lesão do tronco braquiocefálico) Figura B: fica raspando na parede posterior da traquéia, causando uma fístula traqueoesofágica. Obstrução pelo balonete: o A herniação do balonete provoca obstrução da cânula o Balonetes de látex eram mais propensos a se deformarem o Ocorrem mais raramente em balonetes de silicone Essa deformidade do balonete pode se insinuar abaixo da extremidade distal da cânula, obstruindo. O enfisema subcutâneo é uma condição clínica que ocorre quando o ar entra nos tecidos sob a pele. Complicações da traqueostomia: Enfisema subcutâneo: Ocorre principalmente quando se faz síntese completa da incisão Eventual escape de ar fica aprisionado e infiltra o tegumento Sinal clínico = crepitação Crepitare (Lat.)= estalar como madeira no fogo Crepitação: à palpação, sente-se que há gás sob a pele As bolhas vão se rompendo pela pressão da mão Enfisema: (Gr.) = ato de soprar, insuflar Bolhas em preto: Traqueostomia: Complicações tardias Fístula traqueoesofágica: cânula faz erosão da parede anterior do esôfago Fístula traqueoarterial (tronco braquiocefálico, antiga artéria inominada): cânula faz erosão na parede do vaso Estenose traqueal: lesão da túnica mucosa da traqueia com contratura cicatricial Relação da traqueia com esôfago e grandes vasos Notar parede membranácea da traqueia (parede posterior da traqueia) e sua íntima relação com o esôfago Notar que, durante a operação, os grande vasos ficam protegidos Tardiamente, há possibilidade de fístula traqueoarterial Traqueostomia: Estenose traqueal: Com os movimentos respiratórios, a cânula provoca erosão da túnica mucosa da traqueia Há cicatrização com contratura Contratura: excesso da contração da cicatriz A cânula provoca erosão da túnica mucosa da traqueia Há cicatrização com contratura No caso, estenose por intubação prolongada (na imagem abaixo) e não por traqueostomia Estenose de traqueia e laringe - xerografia: Xerografia = xerox da radiografia Imagens belíssimas de tecidos moles Era muito usada em Mastologia Com melhora da mamografia, caiu em desuso pela dose alta de radiação necessária Tratamento endoscópico - não é comum, e sim a aplicação de uma endoprótese Estenose traqueal proximal na primeira imagem abaixo Órteses (corrige o defeito) para estenose traqueal Prótese substitui um órgão Órtese corrige um defeito Aberta a traqueia e desfeita a estenose, o paciente usa órtese como molde interno, durante vários meses, até que o processo cicatricial amadureça Relação da traqueia com o tronco braquiocefálico: fístula traqueoarterial Fístula traqueoarterial provoca morte em alta percentagem de casos (80%) - quando se rompe, principalmente em curvatura exagerada da cânula Pode ocorrer pela curvatura exagerada da cânula Quando há um sangramento sentinela (pequeno que não mata), pode-se tentar colocação de stent (cirurgia endovascular) Pulmões se encharcam rapidamente com sangue - sangramento maciço Relação da traqueia com o tronco braquiocefálico na escoliose Dependendo da escoliose, pode haver maior tendência do aparecimento da fístula traqueoarterial Fístula traqueoarterial provoca morte súbita em 80% dos casos Pulmões se encharcam rapidamente com sangue Como evitar fístula traqueoarterial NCBI: Limit the time of intubation to less than 3 weeks Use proper technique to perform a tracheostomy Use blunt and flexible tracheostomy tubes Place the tracheostomy between the 2nd and 3rd tracheal ring Avoid repetitive head and neck movements- this will help limit the contact between the underside of the tube and the innominate artery Traqueostomia: Fístula traqueoesofágica Pode ocorrer por curvatura insuficiente da cânula Íntima relação da traqueia com o esôfago Cânula faz erosão da parede membranácea da traqueia com formação de fístula traqueoesofágica Traqueostomia: Fístula traqueoesofágica adquirida Contraste ingerido pela boca mostra impregnação da árvore brônquica Traqueostomia em queimados Grande queimado: intubação nasotraqueal na admissão, antes que se instalasse o edema (antecipação da piora) Queimadura de vias aéreas Traqueostomia poderá estar indicada ou não Queimadura de 3°grau circular no tórax, em carapaça, necessitando escarotomia - se não pessoa não consegue respirar Há indicação de traqueostomia Intubação nasotraqueal na admissão, antes da instalação do edema Traqueostomia tornou-se necessária (substituição do tubo) Grande queimado mais de 80% de superfície corporal queimada de 2o e 3o graus. Queimadura de vias aéreas – explosão de caminhão de gás em acidente rodoviário Prolongada luta pela vida Longa convalescença Traqueostomia – fraturas complexas de face – halo para tração externa Ventilação assistida Modernamente, os halos foram substituídos por placas e parafusos de osteossíntese, feitos com materiais biocompatíveis Traqueostomia – acidente com dinamite Fraturas múltiplas de ossos da face; perda de ambos os olhos e TCE Intubação orotraqueal na admissão, antes que se instalasse o edema Imediatamente antes do início da operação para osteossíntese das múltiplas fraturas, feita a traqueostomia no paciente comatoso Caso de 1978 Na época, o tubo endotraqueal era lavado com antisséptico e reutilizado Nós e Suturas: Nós em Cirurgia A: Laçada tripla (uma em oposição) B: Nó quadrado ou correto C: Nó de cirurgião: a primeira laçada é repetida D: Nó torto: laçada tripla, sem laçada em oposição (fio corre ou desliza) Nós em relação à sua execução Nós manuais: as laçadas são feitas os dedos das mãos do cirurgião Nós instrumentais: as laçadas são feitas com auxílio de instrumentos (pinças e porta-agulhas) Nós em Cirurgia Nó correto ou quadrado Nó de cirurgião Observar simetria do nó quadrado No nó de cirurgião a primeira laçada é repetida uma ou mais vezes Forças que atuam em um nó Potência: exercida pelo cirurgião Resistência: exercida pelos tecidos Fricção: exercida pelo fio –a fricção maior impede o deslizamento do fio: náilon, polipropileno e categute têm baixa fricção Tensão: vencida a resistência, permanece a tensão dos tecidos sobre o fio. Suturas sob tensão levam a cicatrizes viciosas Suturas Sutura contínua ou chuleio simples (simple running suture) Sutura de pontos separados (simple interrupted suture) Chuleio entrecortado (simple running locking suture) *Nota JCRRA: os fios da sutura de pontos separados foram cortados muito curtos Sutura em pontos separados (simple interrupted suture) A agulha de sutura pega menos tecido superficial e mais tecido profundo Fios cortados do tamanho correto = facilidade na remoção dos pontos Excelente apropinquação das margens Termos usados para designar aproximação de margens Margens ou bordas são palavras usadas com o mesmo significado Apropinquamento: usado no sentido de aproximação das margens (não consta do VOLP) Apropinquação: consta do VOLP e dicionários Afrontamento (colocar frente a frente): de uso corrente em Cirurgia Cavalgamento de margens: margem se sobrepõe à outra (prejudica a cicatrização) Aposição e justaposição: margens se encontram Suturas de pele Erro do desenhista: não se faz sutura da epiderme isolada Espessuras diferentes: técnicas diversas para se obter a melhor aproximação de margens Ponto simples separado (simple interrupted suture) Pontos simples separados Trajeto correto da agulha de sutura, pegando menos tecido superficial e mais tecido profundo O primeironó é de cirurgião Ponto à Donati Mario Donati: (1879-1946) Cirurgião italiano Ponto em U vertical Vertical mattresssuture na literatura anglo-saxônica Mnemônico: “longe-longe-perto-perto” Ponto em U horizontal Horizontal mattresssuture na literatura anglo-saxônica (sutura de colchão) Ponto de colchoeiro Puntode colchonero (Esp.) Chuleio simples (simple running suture) Simples e rápida Cirurgião hábil consegue bom afrontamento de margens Como em toda sutura contínua, se houver um ponto com infecção, a secção do fio pode desfazer a sutura Ponto em parte intradérmico (half buried suture) Evita necrose ao se suturar ângulo de retalho O ponto simples, executado no ângulo, prejudica a vascularização Suturas intradérmica contínua (subcuticular running suture) Preferida pelos cirurgiões plásticos Quando longa, feita com náilon, deve ser interrompida de espaço em espaço, para facilitar sua remoção Uso de poliglecaprone (Monocryl®), fio de absorção lenta, não necessita remoção Zipstitch® Mecanismo para tratar feridas superficiais Plásticos com adesivos são colados de cada lado da ferida Tração dos tirantes fecha a ferida superficial Síntese com fitas adesivas Uso de Steri-Strip® ou de fitas adesivas microporosas Síntese com fitas adesivas microporosas Lesão ulcerada no terço distal da perna Enxertos cutâneos de espessura parcial obtidos com gilete Síntese com fitas adesivas Instrumentos usados na síntese Maneiras incorreta e correta de segurar o Notar a trava que se fecha ao prender a agulha Instrumentos usados na síntese Maneira correta de segurar o porta-agulhas de Mayo-Hegar O cirurgião usa a palma para segurar o porta-agulhas Movimento da eminência tenar abre e fecha a trava do porta- agulhas Ótima empunhadura pois cansa muito menos em operações longas Porta-agulhas de Mathieu Embora pareça grosseiro, com modificações para torná-lo mais delicado, é o formato preferido para Microcirurgia Agulhas de sutura Nas agulhas curvas, notar os diferentes graus de curvatura Anatomia de uma agulha curva *Notar: Ponta Fundo (no caso, encastoo) Corpo Raio Corda Diâmetro Agulhas cirúrgicas: fundo falso e fundo verdadeiro Se o fio é curto e vai sofrer apenas uma passada, monta-se o fio no fundo falso para poupar tempo Se o fio é longo e vai sofrer várias passadas, deve ser introduzido no fundo verdadeiro, fazendo volta em torno do mesmo Frenchspringeye= fundo falso Preensão da agulha pelo porta-agulhas As mandíbulas do porta-agulhas devem ser aplicadas no ponto médio do corpo da agulha Se o porta-agulhas for aplicado próximo ao fundo ou encastoo da agulha, há possibilidade dela se partir ou deformar, pela força da alavanca formada Maneira incorreta As mandíbulas do porta-agulhas devem ser aplicadas no ponto médio do corpo da agulha Pinças dente de rato: rattooth Essas pinças 1X2 dentes danificam mais a pele As 2X3 dentes devem ser preferidas porque danificam menos a pele Pinças de Brown-Adson Múltiplos dentes: Não lesa a pele, pelo princípio da “cama de faquir” Muito usada pelos cirurgiões plásticos Agulhas de sutura cortantes e cilíndricas Saber identificá-las pelos símbolos Agulhas de sutura traumáticas e atraumáticas Nas agulhas traumáticas o fio é montado no fundo falso (spring eye) ou no fundo verdadeiro (regular eye) Agulha atraumática com encastoo Pinça anatômica É a mais usada em Cirurgia Geral Provoca pouco trauma e prende facilmente a agulha de sutura após a passada Uso dos dedos do cirurgião para auxiliar a sutura Pelo contrário, é ótima conduta, pois os dedos, em manobras delicadas, não traumatizam os tecidos Alguns afirmam que segurar os tecidos a serem suturados com os dedos não INTUBAÇÃO Intubação: nova Escala de Coma de Glasgow (2018) Com a inclusão de reatividade pupilar, com números negativos, a escala passou a ir de 1 a 15 Em 8 ou menos há indicação de intubação Intubação endotraqueal *Aurélio Entubar = dar feição de tubo a Intubar: 1. Introduzir um tubo (em uma cavidade) Tubos endotraqueais Atualmente, os tubos endotraqueais são de silicone e descartáveis Outrora, eram de látex e não eram esterilizados: eram simplesmente lavados com saponáceo O fio guia pode ser fletido segundo critério do operador, de modo a conseguir alcançar a glote O fio guia deve ser inserido no interior do tubo, sem ultrapassar Tubo aramado: tem em sua parede uma espiral de arame de modo a manter sua luz, mesmo quando se move o segmento cefálico É usado em Cirurgia Plástica, Neurocirurgia ou sempre que houver necessidade de movimentação da cabeça no decorrer da operação seu comprimento Tubos endotraqueais para intubação bronquial seletiva Usado em Cirurgia Torácica Há dois balonetes: um no nível da traqueia e outro no nível do brônquio principal esquerdo (no caso em tela) O pulmão direito poderá ser operado A técnica permite a ventilação monopulmonar O cirurgião opera o pulmão que não está ventilando Usado em Cirurgia Torácica O tubo de Arndté um dos mais usados Notar que a extremidade do tubo para o brônquio principal esquerdo é mais angulada A operação se dará no pulmão do lado oposto ao da intubação bronquial seletiva Intubação endotraqueal em crianças *Tubos endotraqueais pediátricos: Até recentemente, só se usavam tubos endotraqueais sem balonete, em crianças até oito anos, com receio de lesão da mucosa traqueal Atualmente, usam-se tubos com o balonete grande e de baixa pressão Em bebês continuam sendo usados os tubos sem balonete, com diâmetro interno até 4mm Intubação endotraqueal de emergência *Indicações Procedimentos e operações cirúrgicas de emergência Impossibilidade de manter via aérea pérvia Insuficiência respiratória aguda grave e refratária Hipoxemia e/ou hipercapnia Escala de Coma de Glasgow (GCS) ≤ 8 Instabilidade hemodinâmica grave ou parada cardiorrespiratória Antecipação de piora em pacientes queimados ou em pacientes com visível desconforto respiratório que poderão entrar em fadiga da musculatura respiratória Na parada cardiorrespiratória, o paciente está irresponsivo e a intubação é facilitada Na PCR, deve-se avaliar o momento da intubação: ela pode ser desnecessária Estudaremos a SRI (sequência rápida de intubação) que trata de intubação na emergência A SRI visa a obter controle rápido das vias aéreas e evitar aspiração do conteúdo gástrico Contraindicação A única contraindicação é a transecção completa da traqueia Obviamente, o operador não conseguiria guiar o tubo inserido pelo nariz ou pela boca, para a traqueia seccionada Sequência rápida de intubação –SRI SRI–cateterismo nasogástrico Antes do início da SRI, fazer cateterismo nasogástrico Visa à remoção do conteúdo gástrico para evitar regurgitação e aspiração O comprimento do cateter a ser introduzido é a soma da distância da ponta nasal ao lóbulo da orelha + distância do lóbulo ao apêndice xifoide Sequência rápida de intubação - Manobra de Sellick Compressão da cartilagem cricoide contra o esôfago, impedindo a regurgitação de conteúdo gastroesofágico É controversa e há discussão não pacificada, na literatura, sobre sua eficácia Consta dos protocolos de Sequência Rápida de Intubação, em pacientes com possibilidade de estômago cheio Constando dos protocolos, é conveniente que Anestesista britânico Brian Arthur Sellick(1918–1996) Compressão da cartilagem cricoide durante a intubação Ajuda a alinhar a via aérea facilitando a visualização da glote e a passagem do tubo Faz oclusão esofágica proximal impedindo regurgitação e aspiração de conteúdo gástrico SRI *STOP-MAID (método mnemônico): to stop = parar; maid= ama,
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