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Técnicas Cirúrgicas

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Técnicas Cirúrgicas 
Diérese hemostasia e síntese 
Cirurgia: Mão + trabalho/ Mãos gentis 
Viria de Chíron, o centauro, que ensinou Aquiles, no século 6o 
antes de Cristo. 
A cirurgia é extremamente antiga. 
Chíron ensinou artes médicas a Asclépio (esculápio), divindade que 
gerou Higeia (higiene) e Panaceia (terapêutica) 
Homero na Ilíada e na Odisséia se refere a ferimentos de guerra 
à anatomia e à medicina interna, a Ilíada com 147 ferimentos de 
lança, espada, flecha e funda. 
Hipócrates - pai da medicina -"A vida é curta, a arte é longa, a 
oportunidade é fugaz, a experiência enganosa, o julgamento 
difícil." 
Ensinava embaixo de uma árvore originária do Canadá chamada 
Plátano, sendo a folha que parecia com a do bordo. A árvore 
tinha 7,5m de perímetro. 
A Ilha de Cós, no mar Egeu onde viveu Hipócrates, hoje, ruínas, 
concordam que ele viveu mais de 80 anos. 
Na renascença suas obras foram re-estudadas como no Livro de 
Guido GUidi, no tratamento de fraturas de antebraços com nós e 
talas de madeira, e, redução de fratura de membro inferior 
sendo tracionado com uma alavanca e tirantes 
Conceitos 
Métodos: são gerais, não descrevem detalhes 
Técnicas: descritas minuciosamente com epônimos frequentes 
 Epônimo: dá ou empresta seu nome a uma coisa 
Amputação de Kirk: técnica de amputação de coxa 
Táticas: variações da técnica conforme andamento da operação 
Operações fundamentais 
Diérese: interrupção da continuidade dos tecidos 
Principais materiais e instrumentos: bisturi, tesouras, serras, 
goivas, osteótomos, laser, aspiradores e instrumentos auxiliares 
Classificação da diérese: 
 Incisão 
 Secção 
 Divulsão 
 Serração 
 Aspiração 
 Dilatação 
Colocação de remoção de lâmina do cabo de bisturi 
Montagem e desmontagem da lâmina no cabo do bisturi 
Devem ser feitas com auxílio de porta-agulhas ou pinça 
Com a mão leve a acidentes profissionais 
NUNCA USAR AS MÃOS 
 
Empunhaduras do bisturi 
Empunhadura de arco de violino e empunhadura de caneta - 
ambas são corretas e propiciam diérese adequada 
Lâminas e cabos de bisturi 
Cabo número 3 - encaixa 10, 11 e 12 
Lâminas para cabo número 4: 18, 20, 21, 22, 23, 25, 25a, 26 e 
36 
Lâmina 15 - a mais usada em cirurgia plástica 
Cabo cilíndrico para bisturi - Embora menos usado ajuda na 
empunhadura 
Princípios fundamentais da diérese 
Seccionar toda a espessura do plano 
Lâmina entra perpendicular, depois de inclina ao terminar em 
posição perpendicular novamente 
Não afunilar a incisão 
Não biselar a incisão, exceto em casos especiais 
Bisel: corte oblíquo (a incisão é perpendicular ao plano seccionado) 
Biselamento propicia cavalgamento das margens da incisão no 
momento da síntese (sutura), dificultando a cicatrização 
Biselar: fazer corte oblíquo 
No escalpe (couro cabeludo) a incisão deve ser oblíqua em 
profundidade, de modo a acompanhar o trajeto dos cabelos e 
evitar lesões dos folículos pilosos. 
A lesão dos folículos leva a cicatrizes glabras (sem pelos) que são 
inestéticas. 
Afunilamento da incisão: má técnica 
Cirurgião secciona pele num comprimento 
Secciona a tela subcutânea em comprimento menos 
Secciona a aponeurose num comprimento ainda menor 
Diminui o comprimento ao incisar o peritônio 
Ao colocar os afastadores, o profissional se encontra 
trabalhando num funil, com péssima visibilidade 
Em planos diferentes 
Secciona a pele num comprimento 
Planos adjacentes em comprimentos maiores 
LASER: light amplification by stimulated emission of radiation - 
amplificação da luz por emissão estimulada de radiação 
Desnaturação do pigmento de uma mancha 
Laser em verruga vulgar, cicatrização será feita a partir de 
elementos epiteliais da derme como se fosse uma esfoladura. 
O raio é formado com partículas de luz (fótons) concentradas e 
emitidas em forma de um feixe contínuo 
A estimulação de átomos de algum material que passa a emitir 
fótons 
O material cujos átomos devem ser estimulados se chama “meio 
ativo” que pode ser sólido, líquido ou gasoso 
A luz é canalizada com espelhos para criar feixes, criado por 
Theodore Maiman em 1960 
O físico estimulou átomos de rubí a emitem luz concentrada 
Os elétrons dos átomos do meio ativo é por eletricidade, já o de 
menos potência mudam de órbita de interna para mais externa 
A tendência dos átomos excitados é voltares à estabilidade com 
elétrons retornando a órbita original 
Ao decaírem voltando a órbita anterior emitem fótons 
O meio ativo é contido em câmara fechada com espelhos no 
interior 
Ao voltarem a energia se dissipa em luz 
Além da energia externa que alimenta o canhão de laser, os 
fótons excitam os átomos vizinhos - amplifica a luz 
A câmara que contém o meio ativo possui pequeno orifício 
que deixa sair o laser 
 
Laser: 
 Câmara com 2 espelhos 
 Cristal de rubi como meio ativo 
 Tubo luminoso em volta do cristal 
 Espelhos prateados, sendo 1 com pertuito 
 Fótons se refletindo nos espelhos 
 Espelhos com pertuito para saída do laser 
Características do raio laser 
Coerente: as ondas estão em fase no tempo e no espaço 
alinhadas entre si 
Monocromático 
Colimado: ondas com mesma direção - luz é paralela, não 
divergente, estreita e concentrada 
Meios físicos: Meios nos quais a luz se propaga e respectivos 
comprimentos de onda 
: 
Os raios são danosos à retina - uso de óculos protetores 
Usado em cirurgia oftalmológica 
Notar paramentação do cirurgião e campos esterilizados 
Magnificação óptica: uso do microscópio 
Cirurgias: 
Cirurgia refrativa: modifica formato da córnea 
Fotocoagulação de lesões vasculares, descolamento de retina 
Cirurgia endovascular em artérias e veias (obstruções e varizes) 
Endoscopia digestiva 
Neurocirurgia para ablação de tumores 
Cirurgia tegumentar: remoção de tattoo, más formações 
vasculares, manchas, cicatrizes de acnes, remoção de pelo, 
rejuvenescimento (facial com queimadura superficial). 
Diatermia: através de calor 
Aquecimento do tecido devido a sua resistência à passagem de 
radiação, corrente elétrica ou ondas ultrassônicas 
Eletrocirurgia - eletrocautério - bisturi elétrico 
Fonte e eletrodo ativo, passivo ou concentrador 
Monopolar, a corrente elétrica gerada pelo aparelho transita pelo 
corpo do paciente pelo eletrodo paciente através do eletrodo 
positivo ou concentrador e eletrodo neutro ou dispersante (placa 
com gel condutor - no tegumento do paciente) 
Eletrodo ativo, positivo ou concentrador - caneta 
Notar botões com cores diferentes para coagulação e corte 
Notar controle pedal 
Placa 
As placas metálicas foram abandonadas 
Se deslocavam e provocavam queimaduras 
Hoje são flexíveis e uma das faces é aderente 
Resumo do bisturi 
Unidade de eletrocirurgia 
Cabo ativo 
Sítio da operação 
Eletrodo de retorno (dispersante) 
Cabo de retorno 
Unidade de eletrocirurgia 
 
Fixação do eletrodo dispersante 
Seguir fabricante 
Escolher sítio com massa muscular bem vascularizada 
Escolher área convexa, área próxima ao local da operação 
Entre a placa e a pele do paciente aplica-se gel condutor 
Eletrocautério monopolar 
Cirurgião impunha caneta em posição de corte 
Dissecção do plano de tela subterrânea 
Fumaça com cheiro de carne queimada 
Eletrocautério bipolar 
Caneta substituída com pinça com 2 eletrodos, um + e outro 
neutro, a corrente de baixa intensidade transita entre eles 
 
Sem eletrodo dispersante 
Ideal para trabalhos em tecidos delicados (Neurocirurgia, por 
exemplo) 
Cirurgia Robótica abdominal utiliza sistemas mono e bipolar 
A pinça possui dois eletrodos, um positivo e um neutro 
A corrente, de baixa intensidade, transita entre eles 
Teste em carne - bife 
Eletrocautérios bipolares são menos propensos a interferências 
em marcapassos cardíacos 
São possíveis de usar próximo do marcapasso - tórax e pescoço 
O grau de dependência do paciente com relação ao marcapasso é 
permanentemente avaliado 
O maior perigo é o desfibriladordo marcapasso interpretar a 
corrente elétrica como taquicardia ou fibrilação e passar a 
dispersar choques inadequados em casos programados, o 
cardiologista é convocado e ele tem um aparelho que desliga o 
desfibrilador 
 
Em casos urgentes usar imã especial que o bloqueia, o 
anestesista aplica e remove o ima de forma a usá-lo pelo menor 
tempo possível 
Eletrocautério e marcapassos cardíacos 
Implante sob a pele, com eletrodos posicionados através da veia 
subclávia, no átrio e ventrículo direitos 
Em casos programados, o cardiologista, especializado em ritmo, 
tem aparelho que acessa o marcapasso e o programa, para 
desligar o desfibrilador 
Bisturi com plasmas de argônio 
Argônio é o gás nobre mais abundante da terra com baixa 
capacidade de combinação que vem da palavra inativo 
O plasma é o 4o estado físico da matéria gás ionizado 
Tem capacidade de produzir calor e eletricidade 
Com eletrocirurgia promove transmissão da energia térmica aos 
tecidos através de um jato sem contato com o tecido a ser 
tratado 
Coagulação com plasma de argônio (APC) é um meio utilizado 
principalmente em hepatectomias, selando a superfície de secção 
É também usado em Cirurgia Endoscópica do sistema digestório 
Usado em endoscopia digestiva e cirurgia hepática 
Propicia diérese e hemostasia 
Gás conduz eletricidade e calor pelo plasma 
Indicações na endoscopia digestiva: 
 Esôfado de Barret 
 Varizes de esôfago 
 Úlceras hemorrágicas 
 Proctite actínica - lesões vasculares que podem 
sangrar 
 Angiodisplasias 
 Divertículo de Zenker 
Tratamento de um segmento anular do tubo digestório, em 
paciente com novo ganho de peso, pós cirurgia bariátrica, é visto 
com reservas 
Instrumentos ultrassônicos 
Efeito selante pela coagulação e desnaturação proteica pelas 
vibrações ultrassônicas em alta frequência 
Produção de menos calor 
Mínima dispersão de calor 
Dissecção feita por cavitação 
 
Aumenta a temperatura dentro do tecido, vaporizando a água e 
expandindo o tecido 
A queda local da pressão atmosférica dentro do tecido permite 
vaporização com 50 graus 
O vapor expande tecido provocando divulsão 
Tesoura ultrassônica 
Usada em cirurgia videoendoscópica promovendo diérese 
Tecido preso entre as mandíbulas da tesoura sofre selamento e 
propicia hemostasia 
Instrumentos chamados harmônicos 
 
Bisturi harmônico ou ultrassônico 
Usado em cirurgia a céu aberto 
Pouco empregado 
Diérese por aspiração em neurocirurgia 
O tecido encefálico é delicado e permite ser aspirado pela 
aspiração ultrassônica e aspiração convencional 
Lipoaspiração 
Aspira gordura na tela subcutânea 
Não é método de emagrecimento 
CFM: volumes máx a serem aspirados não devem ultrapassar 7% 
do peso corporal na técnica infiltrativa e 5% na não-infiltrativa 
A área não pode ultrapassar 40% da superfície corporal 
Lipoaspiração mata, quando sem critérios 
Vibrolipoaspiração 
 
Mangueiras e cânulas especiais 
Movimentos de vai e vem são diminuídos pela ação do vibrador 
Procedimentos são rápidos e menos cansativos 
Gordura aspirada 
Tratada por decantação ou centrifugação, pode ser usada para 
preencher depressões em outras regiões com pequenos volumes 
(lipoenxertia) 
Fazer diferentes lipoaspirações com intervalo min de 6 meses 
Evitar ondulações com efeito em “saco vazio” 
Procurar equilíbrio entre continente (pele) e o conteúdo (gordura) 
Complicações: 
 Assimetrias e irregularidades (depressões) 
 Perfuração de paredes abdominais com lesão de fígado 
e vísceras ocas 
 Anemia aguda com necessidade de transfusão 
 Necrose cutânea 
 Trombose venosa profunda e embolia pulmonar 
 Síndrome de embolia gordurosa 
 Complicações da anestesia 
LIPOASPIRAÇÃO NÃO É TRATAMENTO DA OBESIDADE E SEM DE 
ADIPOSIDADES LOCALIZADA 
Deve ser feito em hospitais com recursos para emergências 
Síndrome de embolia gordurosa e lipoaspiração 
Critérios diagnósticos principais: 
 Angústia respiratória 
 Sintomas e sinais de envolvimento encefálico 
 Petéquias, conjuntivais, axilares e superficial cranial 
anterior do tórax 
Critérios 2os: 
 Febre maior de 38 graus 
 Taquicardia com mais de 100 batimentos/min 
 Icterícia 
 Alterações da retina 
 Alterações renais 
 Trombocitopenia, hemossedimentação elevada 
Fisiopatologia: Efeitos danos pela partículas de gordura ou ácidos 
graxos livres na circulação 
Tratamento: De suporte, por não ser específico, com ventilação 
mecânica para angústia respiratória 
Prognóstico: mortalidade entre 10 a 15% dependendo da angústia 
respiratória 
Hemostasia 
É a prevenção ou interrupção de hemorragia 
Materiais e instrumentos: dedo, mão, gaze, compressas, pinças, 
eletrocautério, fios para ligaduras vasculares, esclerosantes, 
êmbolos, torniquetes, cera para ossos 
Pinças hemostáticas: 
Podem ser curvas ou retas 
Ao se fazer uma dissecção os vasos devem ser pinçados para 
efetuar hemostasia 
Ao encostar ponta da caneta do eletrocautério monopolar na 
pinça, o vaso pinçado sofre eletrocoagulação 
 
Vasos calibrosos devem sofrer ligadura antes da secção 
Ligadura: 
Ato de ligar ou ocluir definitivo ou temporário estruturas ocas 
O auxiliar está apresentando ao cirurgião o vaso, seccionado 
O cirurgião está fazendo a ligadura, com nó instrumental com 
auxílio do porta agulhas 
 
Ligaduras duplas e transfixante 
Aumenta a segurança de hemostasia 
A transfixante (de Halstead) é mais segura 
Vasos calibrosos são ligados por ligadura dupla, pelo menos uma 
transfixante 
Pinças de Cushing 
Durante a dissecção o cirurgião prende o vaso com a pinça de 
Cushing e o auxiliar encosta a ponta da caneta do bisturi 
monopolar no instrumento, provocando eletrocoagulação 
Ideal para tecidos delicados 
Pinça de Mixter 
Semelhante a hemostática mas com extremidade mais curva que 
serve para passar fio sob estrutura a ser ligada (tipo de passa-
fio) 
Hemorragia uterina pós-parto descontrolada 
A figura mostra ligadura da divisão anterior da artéria ilíaca 
interna, que possui 2 divisões, uma anterior e outra posterior 
 
A artéria uterina é o primeiro ramo da anterior 
Indicada ligadura bilateral da artéria uterina - sistemas com 
intercomunicação 
Essa ligadura permite refluxo de sangue pelos ramos da divisão 
anterior 
A seta mostra o local da ligadura eficiente 
Notar a pinça de mixter passando o fio de ligadura sob a divisão 
anterior da artéria ilíaca interna 
Uma ligadura simples já foi feita e o cirurgião se prepara para 
fazer a ligadura dupla 
Classificação da Hemostasia 
 
Garroteamento em emergência 
Notar colocação de material macio no local crítico da compressão 
pelo garrote, de modo a evitar lesões de vasos e nervos 
Salva vidas mas é perigoso - não sabe intensidade da compressão 
Deve ser removido, tão logo paciente chegue ao hospital 
 
Dessangramento e garroteamento 
Manobras de remoção de sangue do membro (dessangramento) e 
obstrução da circulação (garroteamento) 
Torniquete pneumático, de pressão controlada é aplicado no 
segmento proximal do membro 
Ligadura dupla transfixante em vasos grandes 
Caso haja pigmentação residual - laser 
Carcinoma de células escamosas com invasão orbital 
Carcinoma submetido à ressecção e radioterapia alhures 
Agrafes de Michel para controle do sangramento do retalho de 
escalpe 
Hemostasia de escalpe é difícil - usado para cobrir áreas nobres 
Ressecção alargada da órbita 
Síntese 
Reunião cirúrgica dos tecidos 
Materiais e instrumentos: fitas adesivas, colas, aparelhos 
gessados ou metálicos, hastes, placas, parafusos, grampos, fios 
e agulhas. 
 
Agrafes de Michel 
 
Rígido e doi 
Grampeador - sutura mecânica 
 
Poupa tempo na pele mas resultados estéticos ruins 
Ótimo para sutura de escalpe na neurocirurgia 
Stapler (grampeador) - usado em cirurgia robótica - lobectomia 
pulmonar superior esquerda 
 
Pulmão direito - possui fissuras horizontais e oblíquas 
Pulmão esquerdo - fissurasoblíquas 
Uso do laço de silicone para vasos na fissura oblíqua para auxiliar 
a aplicação do grampeador - silicone vessel 
A medida que o grampeador avança, 3 fileiras de grampos são 
fixados de cada lado da incisão - stapler 
Excelente hemostasia e aerostasia no pulmão - não sai ar - poupa 
tempo enorme 
Complicações do grampeador e dos grampos 
41000 complicações e 366 mortes entre 2011 e 2018 
Pelo despreparo dos cirurgiões e defeitos de fabricação 
Hemostasia - embolização de aneurisma 
Através de um cateter endovascular, molas de platina são 
colocadas dentro do aneurisma e provocam sua obstrução 
Acesso preferencial: artéria radial do carpo (coil - mola colocada 
dentro do aneurisma) 
 
Aneurismas encefálicos 
Ruptura leva a acidente vascular cerebral hemorrágico: AVC 
hemorrágico - ou derrame cerebral 
Molas tem memória 
Introduzidas por cateter que é tubula ao serem soltas se 
enroscam e promovem oclusão do aneurisma 
Embolização de aneurisma distal ao sifão carotídeo 
Cirurgia endovascular com contraste, antes e depois: 
 
Imagem da Esquerda: aneurisma pediculado 
Imagem da Direita: aneurisma não pediculado não retém mola e se 
passa um stent e as molas são introduzidas por ele 
 
Clipagem de aneurisma - craniotomia 
Método substituído pela cirurgia endovascular por ser a céu 
aberto 
 
Qualidades do cirurgião - 3 H 
 Hand 
 Head 
 Heart - coração 
3 letras C: 
 Compaixão 
 Compromisso 
 Competência 
Malformação vascular do membro inferior: 
Síndrome de Kasabach-Merritt 
Anemia microangiopática com destruição de plaquetas - tomar 
quantidade de plaquetas por dia 
A pomada branca sobre a lesão é acetato de mafenide 
(Sulfamylon) usado para queimaduras 
Arteriograma prévio mostra preservação de vasos profundos 
 
Feito uma clampagem da artéria ilíaca comum direita por via 
extraperiotoneal 
Ressecção da má formação 
Importância da equipe multidisciplinar 
Enxertia de pele alógena e autógeno 
Operação de Thompson para linfedema 
Retalho tegumentar desepidermizado mergulhado através da 
fáscia 
Resultado - hipotrofia do membro inferior direito, 
desenvolvimento escolar normal 
Lipossarcoma 
Paciente muito debilitado no limite da operabilidade 
 
Tumor consumptivo, consumia reservas do paciente 
Vasos muito dilatados 
Início da ressecção cirúrgica 
Peça com 1Kg 
Câncer não se espalhou 
Assepsia e antissepsia 
Assepsia - ausência de germes ou conjunto de medidas que levam 
a ausência de germes 
Antissepsia - é o conjunto de meios para destruir germes ou 
evitar sua proliferação 
Algo que tenha sido submetido à antissepsia, ainda pode conter 
germes 
 Limpeza: remoção de sujeira e detritos com métodos 
manuais ou mecânicos, com água e detergentes 
enzimáticos 
 Descontaminação: limpeza de objetos e materiais 
contaminados por sangue, pus e secreções. 
 Assepsia ou desinfecção: processo de destruição 
TOTAL de microrganismos patogênicos em superfícies 
inertes, através de agentes químicos e físicos - 
depende do tempo de exposição, pH, temperatura, 
natureza do microrganismo e presença de matéria 
orgânica. 
 Principais químicos: aldeídos, compostos fenólicos, 
compostos quaternários de amônia, compostos 
orgânicos e inorgânicos liberados do cloro ativo, iodo e 
derivados, álcool e glicóis, biguanidas. 
 Esterilização: processo de destruição de toda vida 
microbiana (bactérias, esporuladas, fungos e vírus) com 
agentes físicos (calor, radiação ionizante e filtração) ou 
químicos (produtos líquidos e gasosos) 
 Antissepsia: permite uma tolerância de 
microorganismos, principalmente na pele, sendo seu 
objetivo reduzir o número drasticamente. 
Vestuário cirúrgico - paramentos 
Paramentos limpos: 
 roupas - jalecos, calças e macacões (com bota de pano) 
 gorros 
 máscaras 
 óculos e escudos faciais 
 botas e propés 
Paramentos assépticos 
 Aventais 
 Opas - faz parte do avental moderno 
 Luvas 
Gorros podem ser coloridos, alegra ambiente 
Brinco - fator de contaminação 
Cabelos devem estar cobertos - gorro cobre todo cabelo 
Lupa de pala e fotóforo (foco frontal) - aumento de 4x 
Propés - recomenda-se uso de sapatos confortáveis que possam 
ser higienizados, Tendência de desvalorizar os pés na transmissão 
de agentes de infecções cirúrgicas, usar isolados é inapropriado 
Cuidados com as mãos 
Vetor de infecções 
Microbiotas residente, transitória e infecciosa 
Escovação elimina contaminantes e microbiota transitória 
Antissépticos: 
 Iodo em solução alcóolica - pouco usado 
 Iodopovidona 10% 
 Clorexidina 4% 
 Etanol 70% - pouco usado 
Escovação; 
Sem unhas e alianças 
Lavar membros superiores até cotovelos 
Retirar escova do invólucro 
Escovação simétrica e centrípeta de distal para proximal 
Enxaguar mãos e antebraço com cotovelos afastados do tronco 
e com mãos em nível superior aos cotovelos 
3 procedimentos sucessivos de escovação e enxaguadura (5 min 
no total) 
 ponta dos dedos 30 
 palma 10 x e resto da mão 
 10 x do dedão 
 10 x na 1 seção do braço, nunca volte para uma área 
Complementação opcional com solução alcoólica de iodo ou etanol 
70% 
Enxugamento de mãos e antebraços 
Mãos em plano superior aos cotovelos 
Enxugar com compressa esterilizada, da mão para o cotovelo, em 
movimento helicoidal 
Enxugar por embebição, não esfregar 
Fechar a compressa, apoiá-la na mão já tratada e reiniciar o 
procedimento no membro oposto 
As mãos só tocam a parte da luva que fica em contato com a 
luva ou com o punho do avental 
Microbiota da pele 
A pele impede a ação de agente externos, evita perda de água, 
eletrólitos e substâncias do meio interno 
Oferece proteção imunológica, termorregulação, propicia 
percepção e tem função secretora 
Inclui camada externa para mais interna: estrato córneo, 
epiderme, derme e hipoderme 
A barreira a absorção percutânea está no interior do estrato 
córneo 
Qualquer alteração resulta no aumento de produção de células 
Pele é colonizada por bactérias e fungos 
 Couro cabeludo - 106 UFC/cm2 
 Axila - 105 
 Abdome ou antebraço - 104 
 Mãos do profissional de saúde - 104 
Remoção por higienização com água e sabonete por ficção 
A microbiota pode ter microorganismos não patogênicos, 
patogênicos como bactérias, fungos e vírus 
Raramente se multiplicam na pela
 
 Microbiota residente 
Aderida às camadas profundas da pele, resistente a água e 
sabonete 
São agentes menos prováveis de infecções por contato 
EM agentes de saúde tem microorganismos patogênicos 
UTI e imunocomprometidos - maior atenção 
Microbiota infecciosa (AMECI) 
Patogenicidade comprovada causando infecções específicas como 
abscessos, panarício, paroníquia (ao lado da unha) ou eczema nas 
mãos 
Staphylococcus aureus e Streptococcus Beta-hemolítico são as 
espécies mais frequentemente encontradas 
Preparo da pele do paciente 
Tricotomia - brasileirismo - divisão em 3 
Tonsura, epilação, depilação 
Só realizar em casos em que pelos prejudicam 
Nunca raspar com gilete ou navalha 
Aparar com tesoura ou máquina elétrica imediatamente antes da 
operação 
Nunca raspar supercílios em casos de feridas 
 Aplicar compressas úmidas com saponáceo, com 
esfregação moderada 
 Pés ou mãos muitos sujas são esfregados com escova 
 Enxugar 
 Aplicar solução anti séptica na região - iodopovidona 
10% ou clorexidina 4% 
 Aplicar álcool etílico 70% removendo solução 
precedente 
Não começar preparo dias antes - propicia colonização de 
microorganismos resistentes 
Raspagem de pelos na véspera propicia colonização em pequenas 
lesões cutâneas produzidas pela lâmina 
 
Supercílios desnivelados - complicação comum em feridas da 
região dos supercílios quando faz a raspagem - raspagem impede 
ver o trajeto dos pelos 
Tendência de indicar clorexidina e álcool e abandonar iodóforo 
(clorexidina mais tóxica para a córnea) - discutível 
Asfalto ou piche - se retira com óleo mineral,uso de solventes 
como benzina e éter só aumenta a adesividade, dificultando a 
remoção. 
Uso dos trabalhos do Louis Pasteur: 
Ignác Philipp - mostrou que a limpeza das mãos com solução 
clorada diminuía a incidência de febre puerperal 
 
Joseph Lister - passou a usar fenol (ácido fênico ou carbólico) em 
fumigações no campo cirúrgico e na limpeza de materiais, 
baixando a incidência de morte em amputações. 
Fumigador de fenol (imagem) 
Usava gazes embebidos em fenol no curativos 
William Halstead - popularizou o uso das “luvas por amor”, pai da 
cirurgia de mama, apaixonou-se pela instrumentadora que tinha 
alergia aos antissépticos logo, pediu ao amigo Goodyear para 
fabricar as luvas de borracha (Caroline Hampton), se viciou em 
cocaína, substituiu vício em morfina como anestésico. 
Nomenclatura Cirúrgica 
aden(o)-: adḗn(gr.) > glândula ou linfonodo –ex: 
linfadenectomia 
anastomose : anastomósis(gr.) > comunicação –ex: 
gastroenteroanastomose 
bio-: biós(gr.) > vida –ex: biopsia 
celio-: koilía(gr.) > abdome –ex: celiotomia 
centese: kentēsis(gr.) > ação de aguilhoar (puncionar) 
–ex: toraconcentese 
cerclagem: cerclage(fr.) > circundar parte de órgão 
com anel ou fio 
decorticação: decorticare(lat.) > descascar, remover 
parte externa de órgão 
dissecção ou dissecação: dissecare(lat.) > separar 
partes ou órgãos 
-ectom+ ia: ektomé(gr.) > retirada, extirpação –ex: 
histerectomia 
excisão: excisione(lat.)> retirada, separação 
evisceração: evisceratione(lat.) –viscera(pl.)= viscus(lat.) 
entranhas > expulsão do conteúdo de uma cavidade 
fenestração: fenestrare(lat.) > abrir janela 
iatrogenia: iatrós(gr) > médico + gene 
geração, criação 
láparo-: lapáre(gr.) > ventre, abdome –ex: laparotomia, 
laparostomia 
mast(o): mastós(gr.) > mama –ex: mastectomia 
necro-: nekrós(gr.) > morte –ex: necropsia 
-pexia: pexis(gr.) > fixação –ex: nefropexia 
-plastia : plastós(gr.) > modelar, moldar –ex: rinoplastia 
-rafia: raphé(gr) > costura –ex: costura –ex: 
arteriorrafia 
ressecção ou resseção: resectione(lat.) > poda 
(remoção) 
-stoma: stóma(gr.) > boca –ex: traqueostomia 
-opsis: > olhar 
tom + ia : tomḗ(gr.) > corte, incisão. Ex.: laparotomia, 
coledocotomia. 
 
•aden(o)-: adḗn(gr.) glândula ou linfonodo–ex: linfadenectomia 
•anastomose : anastomósis(gr.) comunicação –ex: 
gastroenteroanastomose 
Linfadenectomia ilioinguinal 
 
Melanoma cutâneo de coxa com metástases inguinais 
Já submetida a duas “linfadenectomias inguinais radicais” 
Operada alhures 
Dissecção de vasos ilíacos e ureter 
 
Peças das linfadenectomias Ilíaca e inguinal 
Apresentou metástase pulmonar alguns meses após 
Possivelmente se curou 
Anastomose: 
Caput medusae 
Busto em mármore 
GianLorenzo Bernini, 1630 
 
Hipertensão portal 
Síndrome de Cruveiller-Baumgarter 
•Hipertensão portal 
•Recanalização da veia umbilical 
•Cabeça de medusa 
 
Jean Cruveiller(1791 –1874): anatomista e patologista francês 
Paul Clemens von Baumgarter (1848 –1928): patologista alemão 
Hipertensão portal, recanalização da veia umbilical ou das veias 
paraumbilicais e cabeça de medusa 
Síndrome de Cruveillier-Baumgarter: recanalização da veia 
umbilical 
Caso do Professor Wilson Luiz Abrantes 
Esplenoportografia (injeção de contraste pelo baço) 
Veia umbilical recanalizada à esquerda, na radiografia 
No feto, tributária do ramo esquerdo da veia porta 
 
Veia umbilical: circulação fetal 
Não possui válvulas 
Drena o sangue oxigenado da placenta 
É tributária do ramo esquerdo da veia porta do fígado 
Parte do sangue da veia umbilical vai para o ducto venoso (de 
Arantius) e daí para a veia hepática esquerda, à veia cava 
inferior e ao átrio direito que se comunica com o esquerdo 
através do forame oval 
Após o nascimento, há obliteração da veia umbilical, do forame 
oval e do ducto venoso 
Na hipertensão portal dificuldade na circulação do sangue da 
veia porta pela cirrose ou fibrose do fígado 
A hipertensão portal pode levar à recanalização da veia umbilical 
 
Anastomose esplenorrenaldistal –Operação de Teixeira-Warren 
A porção distal da veia esplênica é anastomosada com a veia 
renal esquerda 
Shunt portossistêmico abaixa a pressão na veia porta 
 
Reconstrução pós-gastrectomia 
Billroth1 –Anastomose gastroduodenal 
Billroth2 –Anastomose gastrojejunal 
Christian Albert Theodor Billroth(1829–1894) 
Cirurgião austríaco 
Santa Casa de Berlim 
 
Y de Roux 
César Roux: cirurgião suíço (1857-1934) 
O Y de Roux é usado em muitas operações 
Anastomoses bilidigestivascomo para resolver problemas de 
obstrução do colédoco 
O exemplo mostra seu uso em Cirurgia Bariátrica (gastroplastia 
redutora) 
 
Anastomose bilidigestiva: Y de Roux 
O prurido provocado pela icterícia é insuportável 
Em casos intensos, pode levar ao suicídio 
 
Nomenclatura Cirúrgica 
•Bio-: biós(gr.) vida –ex: biopsia 
•Celio-: koilía(gr.) abdome –ex: celiotomia 
•Centese: kentēsis(gr.) ação de aguilhoar (puncionar) –ex: 
toracocentese 
•Cerclagem: cerclage(fr.) circundar parte de órgão com anel ou 
fio 
Cerclageme sepultamento de coto do apêncice: pursestring 
Cerclage (Fr.): ação de colocar arcos em pipas 
Na apendicectomia videoendoscópica, não se faz cerclagem 
 
Cerclagem uterina 
Indicada em casos especiais de incompetência do colo do útero 
 
Abdominocentese 
Caso de 1974: hérnia incisional gigante com perda do “direito a 
domicílio” 
Abdominocentese para pneumoperitônio progressivo 
Preparo consiste em injeções de ar atmosférico na cavidade 
abdominal durante várias semanas 
Expansão progressiva da capacidade da cavidade abdominal 
 
Hérnia incisionalgigante – transoperatório: hernioplastiapela 
técnica de Lázaro da Silva 
Caso de 1974: transoperatório: 
Ao se abrir o peritônio o ar escapa e hérnia é reparada sem 
tensão 
 
Pós-operatório: 
Espetacular melhora das condições ventilatórias, pela 
restauração da respiração diafragmática 
Nomenclatura Cirúrgica 
Decorticação = decorticare(lat.) > descascar, remover a parte 
externa de um órgão 
Dissecção ou dissecação: dissecare(lat.) separar partes ou 
órgãos 
Decorticação pulmonar 
Principais indicações: hemotórax e empiema organizados 
Empiema: Aurélio: Coleção purulenta limitada dentro de cavidade 
natural (visceral ou serosa), como, p. ex., cavidade pleural, vesícula 
biliar, apêndice vermiforme, antro maxilar 
•Pyon(Gr.) pus 
 
O sangue do hemotórax ou o pus do empiema sofrem 
organização (ação de fibroblastos) e formam carapaça em torno 
da pleura visceral 
decorticare(Lat.) = remover a casca 
Remoção da carapaça formada pelo pus ou sangue que 
sofreram organização por ação de fibroblastos 
 
Dissecção de axila e pescoço em melanoma 
Dissecção ou dissecação: dissecare(Lat.) = separar partes ou 
órgãos 
 
Dissecção de aorta (patológica) 
O sangue entra pelo enfraquecimento das camadas internas e 
disseca, obliterando os vasos a jusante 
 
Nomenclatura Cirúrgica 
Ectom+ ia: ektomé(gr.) retirada, extirpação –ex: histerectomia 
Excisão: excisione(lat.) retirada, separação 
Toracectomia 
Prótese mamária e fibromatose agressiva 
 
Ressonância nuclear magnética exibindo a área da fibromatose 
Início da toracectomia 
 
Tela de Prolene® para reconstrução da parede torácica 
 
Fibromatose agressiva se projetando do interior da cápsula 
fibrosa que continha a prótese mamária 
Dissecção do músculo latíssimo do dorso com isolamento do 
pedículo vascular da artéria toracodorsal, ramo da subescapular, 
ramo da axilar 
Músculo recobrindo a tela de Prolene® 
 
Nomenclatura Cirúrgica 
Evisceração: evisceratione(lat.) –viscera(pl.)= viscus(Lat.) = 
entranhas (expulsão do conteúdo de uma cavidade) 
Fenestração: fenestrare(Lat.) abrir janela 
Fenestração patológica de gengiva 
 
Tratamento da hérnia de disco 
 
Abertura de janela no processo transverso da vértebra 
No disco intervertebral, abertura do ânulo fibroso e remoção 
parcialdo núcleo pulposo 
Evisceração: saída de vísceras de uma cavidade 
 
Evisceratione(Lat.) –viscera(pl.)= viscus(Lat.) entranhas 
Evisceração em Cirurgia Oftalmológica 
Evisceração: remoção do conteúdo do bulbo do olho, mantendo-
se a esclera 
Enucleação: remoção do bulbo do olho 
Exenteração da órbita: remoção de todo o conteúdo orbital 
 
Indicações da evisceração do olho: 
*Olho cego doloroso 
*Olho cego inestético 
A cavidade da esclera do olho, submetida à evisceração, recebe 
um implante esférico 
Músculos extrínsecos preservados permitem movimentos da 
prótese 
Próteses modernas propiciam ótimos resultados 
Próteses antigas eram estáticas (olho de vidro) 
Nomenclatura Cirúrgica 
Iatrogenia: iatrós(gr) =médico + gene = geração, criação 
Laparo-: lapáre(gr.) =ventre, abdome, flanco, ilharga –ex: 
laparotomia, laparostomia 
Iatrogenia: gossipiboma 
Caso de 2008 
Mamoplastia de aumento (prótese de silicone) Operada alhures 
Corpo estranho (gaze) 
 
Laparostomia: -stoma: stóma(Gr.) = boca 
Caso de 1994 
Peritonite grave e choque séptico 
Intubação e ventilação mecânica 
Tela aloplástica de Prolene® 
Allós(Gr.) = outro, diferente 
Troca de tela por outra, também de Prolene® 
 
Nomenclatura Cirúrgica 
Lise: lysis(Gr.) = destruição, liberação de aderências –ex: 
neurólise, tenólise 
Mast(o): mastós(Gr.) = mama –ex: mastectomia 
Necro-: nekrós(Gr.) = morte + opsis(Gr.) = visão > necropsia 
* A grafia necrópsia (com acento agudo) é incorreta 
* Autópsia é o exame de si mesmo 
-Pexia: pexis(Gr.) = fixação –ex: nefropexia, enteropexia 
Mastopexiaem ptose mamária 
Caso de 1982 
Ptose mamária 
 
Nomenclatura Cirúrgica 
•-Plastia : plastós(Gr.) modelar, moldar –ex: rinoplastia 
•-Rafia: raphé(Gr.) = costura –ex: arteriorrafia, neurorrafia 
Ressecção ou resseção: resectione(Lat.) = poda (remoção) 
-Stoma: stóma(Gr.) = boca –ex: traqueostomia 
Faringostoma, esofagostomae traqueostoma: neoplasia de laringe 
operada 
Caso de 1977 
Reconstrução com retalhos deltopeitorais 
Stoma: stóma(gr.) >boca 
Retalho do lado direito da paciente foi tubulizado com sua face 
epidérmica voltada para dentro do tubo 
Enxerto de pele nas áreas doadoras dos retalhos 
 
Nomenclatura Cirúrgica 
-tom + ia : tomḗ(gr.)= corte, incisão 
Ex.: laparotomia, coledocotomia. 
 Laparotomia: Retalhos de omento maior, De grande valia 
nas reconstruções 
Ritidoplastia: cirurgia de rejuvenescimento : 
Rhitidos(Gr.) = ruga 
Excisão de segmento da fáscia frontal 
Operações agressivas com esta caíram em desuso 
Havia aumento de complicações 
Hoje se fazem operações conservadoras e Botox® 
Giuseppe Arcimboldo–Milão (1527-1599) 
Escola maneirista 
Em Cirurgia, há que se examinar a situação sob diversos ângulos 
Posições Operatórias: 
Natureza e sede da operação 
Preserva funções vitais 
Conforto ao paciente e equipe cirúrgica 
Classificação: Corretas e viciosas: para equipe e paciente 
 
Complicações nas posições viciosas para médico: 
 Distensões musculares 
 Traumatismo neural (compressão) 
 Distúrbios respiratórios: no decúbito ventral, usa-se 
coxins sob as regiões claviculares e sob as espinhas 
ilíacas ântero superiores - livre respiração 
 Distúrbios circulatórios: reflexo vasovagal 
 Trombose venosa profunda: imobilização prolongada – 
uso profilático de anticoagulantes 
Para o paciente: 
 Cegueira - pomada oftálmica e oclusão necessária, 
principalmente em decúbito 
 Síndrome de compartimento 
 Úlcera de pressão: operações prolongadas 
 Óbito: mudanças bruscas de posição desencadeiam 
reflexo vasovagal 
 Queimadura: 
Placa de eletrocautério (eletrodo dispersante) funciona 
como eletrodo concentrador pelo cabo da placa 
danificado/ 
Contato da pele com componentes metálicos da mesa 
(mesa funciona como concentrador) 
Classificação de Alfredo Monteiro: 
 Posição sentada 
 Decúbito dorsal: 
o Horizontal: cabeça na horizontal/ cabeça 
pendente (rose) 
o Oblíquo: elevação cefálica/elevação caudal 
 Decúbito ventral: 
o Horizontal: cabeça na horizontal/ cabeça 
pendente 
o Oblíquo: Elevação cefálica/ Elevação caudal 
 Decúbito Lateral: 
o Horizontal 
o Oblíquo 
Proteção de pontos de maior pressão: 
 Calcanhares apoiados sobre a mesa, em operações 
longas, podem ser acometidos de úlceras de pressão 
Compressão pneumática intermitente: 
 Aparelhos de compressão pneumática intermitente, 
aplicados especialmente nas pernas, auxiliam na 
prevenção de trombose venosa profunda (TVP) 
 
Posição de decúbito lateral usada em toracotomia: 
 Observar almofadas sob a axila e suportes dos 
membros superiores. O membro próximo a mesa fica 
sempre fletido e o outro em extensão. Uma faixa de 
fixação presa à mesa passa sobre a espinha ilíaca 
anterossuperior. 
 Almofadas em membros inferiores 
 O membro próximo a mesa fica semifletido e outro em 
extensão - inferiores 
 As toracotomias posterolaterais realizadas no 5 e 6º 
espaço intercostal são as mais usadas 
 A pequena flexão da mesa alarga os espaços 
intercostais 
 Travesseiros sob a cabeça para não ficar pendente 
 
Posição de Sims: 
 Decúbito lateral esquerdo com membro inferior direito 
fletido e esquerdo estendido, paciente acordado 
 Usado para exames retais, clisteres, exames vaginais e 
colonoscopia 
 
Posição de Trendelenburg: 
 Decúbito dorsal oblíquo com elevação caudal 
 Os intestinos se deslocam para área de declive (junto 
do diafragma), ajudando cirurgias pélvicas e do abdome 
inferior 
 Inclinação máxima de 45 graus - se for mais acentuada 
aumenta pressão venosa central, intraocular e 
intracraniana 
 
 
Proclive ou posição de Trendelenburg reversa: 
 15 a 30 graus 
 Indicada para operações de cabeça e pescoço, diminui 
sangramento nessas regiões 
 Decúbito dorsal oblíquo com elevação cefálica 
 Proclive: inclinado para diante 
 
Posição supina ou decúbito dorsal horizontal: 
 Almofadas sob joelhos e calcanhares 
 Extensão prolongada das pernas causa estiramento e 
dor 
 Calcanhares sobre a mesa causa úlceras de pressão 
 Usada em cirurgia geral, toracotomias medianas e 
craniotomias 
 Supinare: deitar de costas 
 Pontos de pressão: occipício, Olécrano occipúcio, 
olécrano, vértebras torácicas, sacro e cóccix, calcâneo 
 
Posição prona ou decúbito ventral horizontal: 
 Almofadas sobre região clavicular e espinhas ilíacas 
ântero superiores 
 Proteção dos membros inferiores e região frontal 
 Pronare: virar para baixo 
 Cuidado com olhos e hálux 
 Cirurgia de coluna, vascular, pescoço, neurologia, 
colorretais, reparo de tensão dos membros inferiores, 
regiões posteriores 
 Melhora oxigenação dos pacientes com SDRA (síndrome 
de desconforto respiratório agudo) pela redistribuição 
da ventilação alveolar e perfusão 
 Diminui o colabamento alveolar, melhorando 
complacência pulmonar pois na posição prona a região 
dorsal não sofre a ação do peso pulmonar, o que não 
ocorre na posição supina, em que a região dorsal é a 
mais colapsada 
 Toracotomias posteriores, coluna e lipoaspiração 
 Cabeça para um dos lados 
 
Posição de Fowler: 
 Elevação do tronco e flexão moderada das pernas 
 Cirurgia abdominal: condições respiratórias adequadas 
 Operações na face, diminui sangramento 
transoperatório 
 Em abdominoplastias diminui tensão dos retalhos 
 
Decúbito Genupeitoral: 
 Peso do corpo sob joelhos e porção superior do tórax 
 Exame do ânus, região perineal, genitália e 
retossigmoidoscopia rápida 
 Operações perineais complexas, sobre a coluna lombar 
e sacro 
 
Posição ginecológica ou litotomia (homem) 
 Decúbito dorsal, com pernas flexionadas afastadas e 
apoiadas em perneiras acolchoadas 
 Braços estendidos e apoiados em talas acolchoadas com 
abdução máx. de 80o 
 Período expulsivo do parto 
 Operações sobre uretra e bexiga, litotripsia de cálculos 
ureterais, vesicais e uretrais 
 
Posição de Kraske ou em canivete: 
 Operações proctológicas 
 
Mesascirúrgica moderna: 
 Cirurgia bariátrica, ortopédica, ginecológica, neurológica 
e pediátrica 
 
Síndrome de compartimento: 
 A síndrome de compartimento consiste na pressão 
aumentada do tecido dentro de um espaço fascial 
limitado, o que resulta em isquemia do tecido 
 O primeiro sintoma consiste em dor exagerada, 
proporcional ao grau da lesão 
 O diagnóstico é clínico, podendo ser confirmado pela 
aferição da pressão compartimental 
 O tratamento consiste em fasciotomia 
 Causas: constrição de membros por aparelho gessado e 
curativos compressivos 
 Uso inadequado de braçadeiras e manguitos para 
aferição não invasiva de PA 
 Aumento de substâncias no compartimento muscular 
causado por edema, hemorragia ou infusão de líquidos 
 Ocorre como complicação de posições operatórias 
 É uma emergência cirúrgica 
Síndrome de compartimento na perna: 
*Compartimentos: SBA 
Anterior 
Lateral 
Posterior –parte superficial 
Posterior –parte profunda 
 
Aumento da pressão dentro dos compartimentos fasciais, por 
traumatismos ou medicamentos 
Síndrome de compartimento no antebraço: 
*A Sociedade Brasileira de Anatomia consigna no antebraço: 
Compartimento anterior: partes superficiais e 
profunda 
Compartimento posterior do antebraço: 
*Parte lateral 
Lembrar que o limite mais importante dos 
compartimentos é a membrana interóssea 
 
Síndrome de compartimento: método mnemônico dos cinco Os: 
Pain> dor 
Pulse> ausência de pulso 
Pallor> palidez 
P alsy> paralisia 
P aresthesia> sensibilidade anormal 
Contratura isquêmica de Volkmann 
Instala-se a síndrome de compartimento no antebraço 
Lesões vasculares levam à isquemia e necrose 
A mão é fria, pálida e com alteração de sensibilidade 
Paralisia e ausência de pulso 
Evolução leva a encurtamento muscular característico 
Richard von Volkmann(1830-1889) 
Cirurgião alemão 
Figura mostra aspecto típico da contratura 
 
Síndrome de compartimento no antebraço: fasciotomias 
Na região antebraquial anterior e mão, a incisão deve sofrer 
inflexões, ao cruzar áreas de flexão 
Incisões retilíneas são mais propensas à contratura 
Na região antebraquial posterior a incisão será levemente 
curvilínea 
 
Abordagem incorreta ao cruzar o punho 
Na mão, a incisão deve sofrer inflexão 
Incisões retilíneas são mais propensas à contratura 
 
A incisão deveria ter sofrido inflexão ao cruzar o limite entre 
antebraço e mão, para evitar contratura 
Síndrome de compartimento após acesso venoso: 
Acesso venoso em veia superficial do antebraço 
Extravasamento do líquido infundido 
Síndrome de compartimento 
Bolhas e necrose extensa 
 
Fasciotomia agressiva 
Intensa rabdomiólise 
 
Qualidades do cirurgião (JCRRA) 
• Compaixão 
• Compromisso 
• Competência 
Feridas 
Imagem do Estrasburgo: O homem ferido 
Von Gersdoff: cirurgia militar, Hans von Gersdorff 
L’uomo ferido - século XIV 
 
Traumatismos: 
 Fechados - contusões 
 Abertos: feridas 
Luxação é deslocamento de um órgão do seu sítio anatômico X 
diferente de contusão 
Classificação de feridas: 
 Agente causal: 
o Incisas: cortantes 
o Contusas: rombos (soco, cacete) 
o Laceradas: rasgadas 
o Perfuradas: profundidade maior que 
comprimento 
Médico não pode colocar na ficha qual o agente que causou a 
ferida, já que médico não estava presente - implicações legais 
Feridas contaminadas por floras anaeróbicas e micro aéreas 
 Quando a contaminação: 
o Limpa 
 Ambiente asseado, não atinge 
sistemas respiratório, digestório, 
genital e urinário 
o Limpa contaminada 
 Ambiente sujo ou atinge sistemas 
mencionados 
o Contaminadas: 
 Mais de 6h de evolução 
 Contato com as fezes, terra ou 
contaminantes poderosos 
o Infectada 
 
Classificação de feridas quanto à complexidade: 
 Simples 
 Complexa (atinge múltiplos tecidos ou órgãos) 
 Ferida penetrante: comunica-se com cavidade 
anatômica 
o Tórax, abdome, crânio 
Tratamento de feridas: 
 Avaliar o ferido: anamnese cuidadosa e exame físico 
de maior ou menor complexidade, dependendo das 
características de lesão 
 Controlar funções vitais 
 Escolher anestesia 
 Anestesia 
 Exploração 
 Desbridamento: 
• limpeza de detritos 
• remoção de corpos estranhos 
• regularização de bordas 
• eliminação de tecidos desvitalizados 
 Abundante irrigação com soro fisiológico 
 Uso de antissépticos diluídos (discussão não pacificada na 
literatura) 
• iodopovidonaem solução aquosa 1% 
• clorexidina em solução aquosa 0,2% 
JCRRA: em feridas sujas, uso antisséptico diluído na para efetuar 
limpeza de detritos 
Necrose: Após desbridamento da necrose, cresce o tecido de 
granulação (eixos vasculares envoltos por tecido conjuntivo) 
 Síntese: 
•Completa 
•Parcial 
•Imediata ou primária 
•Primária retardada 
 Ausência de síntese = cicatrização por segunda intenção 
 Nota JCRRA – Síntese de ferida com dreno é 
considerada parcial 
 Feridas limpas serão submetidas à síntese total 
 Feridas infectadas não serão submetidas à síntese: 
far-se-á o desbridamento e a ferida será preparada 
para enxertia de pele ou retalho tegumentar. Pequenas 
feridas infectadas, uma vez desbridadas, cicatrizarão à 
medida em que os curativos forem sendo realizados 
(cicatrização por segunda intenção) 
 Feridas desbridadas, com algum sangramento, serão 
fechadas com um dreno para evitar acúmulo de líquido 
no local, que propiciaria infecção 
*Síntese primária retardada 
 Feridas contaminadas serão submetidas à síntese 
primária retardada 
 Chama-se primária porque não utiliza métodos mais 
complexos, tais como enxertos ou retalhos 
 Faz-se um desbridamento adequado e curativo 
 Com troca de curativos, por cerca de dois a três dias, 
não havendo infecção, far-se-á a síntese da ferida 
 A síntese primária retardada pode salvar vidas. A 
ferida contaminada, submetida à síntese precoce, pode 
cursar com infecção grave 
 Síntese: 
 Feridas extensas com exposição de elementos 
nobres, como vasos calibrosos, nervos e ossos, serão 
tratadas com retalhos musculares para cobrir tais 
estruturas 
 Toda ferida deve receber desbridamento, que é a 
parte mais importante do tratamento: a síntese 
depende de condições da ferida 
 Feridas abdominais extensas, com ruptura de 
vísceras e condições hemodinâmicas dramáticas, não 
serão exploradas. Faz-se “empacotamento” da cavidade 
com várias compressas e a parede abdominal é 
rapidamente fechada. Aumento da tensão abdominal 
faz cessar a hemorragia = “controle do dano” –ATLS. 
Em dias subsequentes o empacotamento é trocado, até 
que se consiga reparar as estruturas lesadas 
Tratamento de feridas: métodos 
 Exposição (método aberto): especialmente feridas extensas de 
face, períneo e genitália 
 Curativos (método fechado) 
 Imobilização: especialmente com lesões de ossos, tendões e 
nervos 
 Proservação 
*Seguimento 
*Remoção de materiais de síntese 
Proservação 
 Termo cunhado para substituir a expressão inglesa follow up 
 Seguimento, acompanhamento 
 (Lat.) pro= para diante, para frente (no tempo e no espaço) 
 (Lat.) servare= observar, estar atento, vigiar, dar atenção 
*JCRRA: proservação não só significa seguimento, 
acompanhamento, mas também a intervenção se necessária. Não 
seria um acompanhamento passivo mas compreenderia 
intervenção, quando necessária 
Remoção de pontos: maneira clássica 
 Antissepsia com o produto padronizado (protocolo) 
 Com uma pinça, elevar uma extremidade do fio seccionado 
 Exteriorização de pequeno segmento do fio, antes sepultado 
 Secção com tesoura do ponto, junto à pele 
 Tração do fio com retirada do ponto 
 A manobra evita que o fio que se achava exteriorizado, mais 
contaminado, percorra todo o trajeto do ponto (infecção) 
 
*Cuidados de médio prazo 
 Banhos: os de água corrente (chuveiro, torneira) podem ser 
benéficos 
 Evitar imersão precoce em feridas com pontos de sutura: a 
pressão hidrostática faz a água do banho penetrar o trajeto do 
fio e provocar infecção algunsdias depois 
 Cuidado com calor local: queimadura (área traumatizada pode 
apresentar parestesia) 
 Sol: aguardar pelo menos seis meses para evitar 
hiperpigmentação. Com fita microporosa cobrindo a cicatriz, não 
há inconveniente em se expor ao sol 
Reparação do ducto parotídeo 
 Introdução de um cateter pela papila do ducto parotídeo, 
situada na mucosa da bochecha na altura do 2° molar superior 
 Canulização do segmento proximal do ducto 
 Cateter fica algumas semanas fixado à mucosa da bochecha 
 
Tratamento de feridas 
 Concurso do Dr. Armando ChiariJúnior ao microscópio 
 Charles BinghamPenrose (1862-1925): ginecologista americano 
 Introduziu o uso do dreno de látex que drena pela capilaridade 
Mordedura dos animais – Fonte Fiocruz 
 
 
Mordeduras de cães: bactérias mais comuns > flora mista 
•Staphylococcussp 
•Streptococcussp 
•Eikenellacorrodens 
•Pasteurellamultocida 
•Proteussp 
•Klebsiellasp 
•Haemophilussp 
•Enterobactersp 
•Capnocytophagacanimorsus 
•Bacteroides sp 
Mordeduras de gatos: bactérias mais comuns > flora mista 
Pasteurellamultocida 
•Actinomycessp, 
•Bacteroides sp, 
•Fusobacteruimsp, 
•Clostridium sp 
•Staphylococcussp 
•Streptococcussp, 
•Propionibacteriumsp, 
•Fusobacteriumsp, 
•Wolinellasp, 
•Porphyromonassp, 
•Prevotellasp 
•Peptostreptococcussp 
Bactérias: metabolismo 
 Bactéria aeróbica estrita: ATP é produzido pela reação de O2 
com glicose (respiração). Sem O2 a bactéria não sobrevive 
 Bactéria anaeróbica estrita –ATP produzido por fermentação. 
Na presença de O2, a bactéria não sobrevive 
 Bactéria anaeróbica facultativa - em meio anaeróbico, enzimas 
podem fermentar vários carboidratos 
 Bactéria microaerófila: só sobrevive em meio com pouco 
oxigênio 
Pasteurella multocida 
 Mordeduras de gatos (principalmente) e cães 
 Cocos de pequeno tamanho, Gram negativos 
 Destruição tissular - septicemia 
 Infecções graves com relato de mortes 
 Profilaxia = amoxacilina + clavulanato de potássio 
 Casos graves – internação com antibioticoterapia venosa 
Mordedura humana 
•Streptococcus sp 
•Staphylococcus sp 
•Eikinellacorrodens 
•Haemophilusinfluenzae 
•Fusobacteriumnucleatum 
•Prevotellasp 
•Porphyromonassp 
•Peptococcussp 
•Peptostreptococcussp 
 Cuidado! Feridas no dorso das mãos, causadas por socos do 
agressor no dente da vítima, são consideradas mordeduras 
humanas 
Feridas: o que não fazer? Deixar de explorar a ferida 
Feridas: o que não fazer? Fechar ferida complexa sob tensão ou 
contaminada 
Feridas: o que não fazer? Suturar retalho desvascularizado 
 Parte crítica do retalho deveria ter sido 
transformada em enxerto 
 Remove-se a tela subcutânea desvascularizadado 
retalho até que se observe sangramento 
 O enxerto se nutre por embebição, até ser 
penetrado por vasos do leito receptor 
 Traço escuro mostra o plano de remoção da 
hipoderme 
 
Feridas: o que não fazer? Deixar de fazer desbridamento 
adequado 
Feridas: o que não fazer? Suturar mordeduras 
 Em mordeduras, fazer síntese primária retardada 
Sargento Sílvio Delmar Hollenbach 
 27 de agosto de 1977 
 Zoológico de Brasília 
 Salvou menino que entrou no fosso de ariranhas 
 Mais de cem mordidas no corpo 
 Socorrido preso por desfalque (Postalis) 
Feridas: o que não fazer? Suturar feridas complexas 
Esporotricose– Sociedade Brasileira de Dermatologia 
 Sporothrixsp 
 Fungo presente no solo, palhas, vegetais, espinhos e madeira 
 ”Doença do jardineiro” 
 Acomete animais silvestres e domésticos inclusive gatos e 
cachorros 
 Curso benigno no cão e no homem 
 Catastrófica no gato 
 Raros óbitos em humanos (principalmente em imunossuprimidos 
(inclusive AIDS) 
Tratamento: 
 Iodeto de potássio foi a primeira droga eficaz usada 
mas teria efeitos colaterais 
 Antifúngico itraconazol, inclusive para animais 
 Terbinafina, fluconazol e anfotericina B 
 Tratamentos prolongados 
Nota JCRRA: O iodeto de potássio é barato. O uso de antifúngicos 
pode levar a complicações graves. Há trabalhos atuais mostrando 
mais eficácia do iodeto de potássio, que de outros antifúgicos, no 
gato 
Profilaxia do tétano 
 IGHAT: imunoglobulina humana antitetânica 
 SAT: soro antitetânico, derivado de equinos 
 
Profilaxia de raiva 
 Encaminhar o paciente para serviço que faça profilaxia de 
raiva 
 
Vacuumas sisted closure: (VAC) 
 Fechamento auxiliado pelo vácuo 
 Colocação de esponja sobre a lesão 
 Aplicação do tubo ligado à bomba de vácuo 
 Envolvimento do conjunto por plástico impermeável 
 
 No caso, um tubo é usado para aspiração e outro para 
instilação de medicamento 
 
Retalho de omento maior no tratamento da mediastinite após 
Cirurgia Cardíaca 
 Omento maior do lactente é quase desprovido de gordura 
Feridas: fechamento por elástico 
 Elástico (borrachinha) para dinheiro, esterilizada 
 Deiscência em coto de amputação 
 Autores mineiros 
 Professor Andy Petroianu, da FMUFMG é divulgador 
 
Oxigenoterapia hiperbárica 
 É modalidade terapêutica na qual o paciente respira oxigênio 
puro (100%), enquanto é submetido a uma pressão 2 a 3 vezes 
a pressão atmosférica ao nível do mar, no interior de uma 
câmara hiperbárica 
 A câmara hiperbárica consiste em um equipamento fechado, 
resistente à pressão, geralmente de formato cilíndrico e 
construído de aço ou acrílico e que pode ser pressurizado com ar 
comprimido ou oxigênio puro 
 Nota JCRRA: o transporte de oxigênio continua a ser 
feito pela molécula de hemoglobina mas, em condições 
de aumento da pressão, há notável aumento do 
transporte de O2 em solução, no plasma 
 As câmaras hiperbáricas podem ser de grande porte, 
acomodando vários pacientes simultaneamente (câmaras 
multipacientes), ou de tamanho menor, comportando somente um 
indivíduo (câmaras monopacientes) 
 
Oxigenoterapia hiperbárica: indicações 
 Feridas de difícil cicatrização 
 Infecções graves com destruição muscular e de tegumento 
 Lesões de bexiga, intestinos, ossos e cérebro, causadas pela 
radioterapia (destaque para a proctite actínica) 
 Esmagamentos e amputações traumáticos 
 Infecção crônica dos ossos 
 Transplantes tegumentares em sofrimento (risco de necrose) 
 Bolhas de ar na corrente sanguínea (embolia gasosa arterial ) 
 Queimaduras extensas 
 Coleção de pus ou ar no cérebro, por processo infeccioso e 
trauma. 
Oxigenoterapia hiperbárica: complicações 
 Barotrauma de orelha média: otalgia, mais na descompressão, 
principalmente no início do tratamento. O paciente aprende as 
manobras de compensação da pressão (abrir e fechar a boca, 
engolir saliva ou água). Os sintomas melhoram com a continuidade 
do tratamento 
 Barotrauma dos seios paranasais, mais em sinusites crônicas 
 Barotrauma dentário: cáries com cavidades com gás no interior 
do dente expandem-se na descompressão, com dor acentuada 
 Barotrauma ocular: ocorre em casos de lente de contato. Há 
fina camada de ar entre a lente e a córnea que é comprimida 
durante a pressurização e se expande com a despressurização 
Medicina hiperbárica: complicações 
 Toxicidade pulmonar: tosse seca, dor retrosternal, escarros 
sanguíneos (hemoptoicos) e edema pulmonar 
 Toxicidade neurológica: parestesias e convulsão (1:10.000 
tratamentos) 
 Desconforto e barotrauma auditivos 
 Desconforto em seios da face 
 Alterações visuais transitórias 
Traqueostomia 
 Traque (o) - (Gr.) = rugoso (característica das 
cartilagens traqueais) 
 Stom (o) - (Gr.) = boca 
 Abertura de um pertuito, na região cervical anterior, 
comunicando a luz da traquéia com o meio exterior 
 Cânula mantém o pertuito aberto 
 
História: 
 Egito 3.000 a.C. 
 Hipócrates (460-377 a.C.) condenou esgorjamento - 
gorje (Fr.) =garganta) - condenou abertura da garganta 
 Antyllus (c. 100 a.C.) descreveu traqueostomia entre 
duas cartilagens traqueais 
 Brasavola (1500-1555) descreveu primeira 
traqueostomia medieval bem sucedida 
 Antonio Musa Brasavola (1500-1555) – Ferrara - Itália: 
Descreveu traqueostomia,bem sucedida, em 1546. 
Indicações: 
 Obstrução respiratória alta 
 Dificuldade de remoção de secreções: (hoje, em razão 
da fisioterapia respiratória moderna, menos frequente) 
 Substituição do tubo orotraqueal (principal indicação 
atualmente) 
Classificação quanto à oportunidade: 
 Eletiva: “Depois de amanhã, vou trocar o tubo 
endotraqueal daquele paciente por uma traqueostomia” 
 Urgência: “Daqui a duas horas, devo fazer a 
traqueostomia no Pedro” 
 Emergência: Ação imediata 
Traqueostomia eletiva: 
 Uso dos afastadores 
 Fios longos, um de cada lado, passados na cartilagem 
traqueal escolhida 
 Fios facilitam exposição no momento da incisão 
(traqueotomia) - no corte 
 Tais fios propiciarão reintrodução da cânula em caso de 
remoção inadvertida da mesma, no paciente agitado 
 Cerca de 7 dias após a traqueostomia, o trajeto da 
cânula fica estável 
 
Técnica operatória: 
 Decúbito dorsal horizontal 
 Extensão cervical (evitar hiperextensão) 
 Localização da cartilagens tireoide e cricoide, e da 
incisura jugular do esterno 
 Incisão longitudinal (melhor resultado estético) ou 
transversal 
 Exposição da cartilagem cricoide 
 Ligadura e secção do istmo da tireoide 
 Pontos de reparo na cartilagem escolhida: os fios são 
deixados longos e ficarão sob o curativo. Na remoção 
inadvertida da cânula, serão de extremo valor na 
manobra de reintrodução 
 Abertura da cartilagem traqueal (2a, 3a ou 4a): incisão 
na primeira cartilagem aumenta risco de estenose e 
infecção laríngeas 
 Nota JCRRA: Na hiperextensão cervical, a traqueia 
perde seu feitio tubular e se transforma em uma fita, 
dificultando sua palpação, no decorrer da operação - 
evitar hiperextensão 
Anatomia da laringe e traqueia: 
 Cartilagens tireoide e cricoide 
 Ligamento cricotireóideo mediano 
 Cartilagens traqueais 
 
Fáscia cervical: 
 Lâmina superficial - verde escuro 
 Lâmina pré-traqueal - verde claro 
 Lâmina pré-vertebral - azul claro 
 Bainha carótica - azul escuro 
 
 
Músculos infra-hióideos: 
 Tireo-hióideo (cranial ao sítio operatório) 
 Omo-hióideo (ventres superior e inferior) = muito lateral 
ao sítio operatório - digástrico com ventres unidos pelo 
tendão intermédio 
 Esternotireóideo (+ profundo) e esterno-hióideo (+ 
superficial) são afastados em conjunto durante a 
traqueostomia 
 
Técnica operatória: 
 O auxiliar treinado vai afastando, em conjunto, os 
músculos (esternotireóideo + superficial e esterno-
hióideo + profundo) 
 Uso dos afastadores de Farabeuf, mantendo a 
exposição precisamente na linha mediana 
 Incisão cutânea longitudinal ou transversal 
 Exposição da lâmina superficial da fáscia cervical 
 
 Istmo da glândula tireóide impedindo acesso à traqueia: 
fazer ligadura dupla, pelo menos uma transfixante, de 
cada lado do istmo, e depois vamos secciona-lo 
 Istmo seccionado 
 Pontos de reparo na cartilagem traqueal, no caso, a 1ª, 
que não deveria ter sido escolhida 
 Os pontos de reparo na cartilagem escolhida facilitam a 
incisão da traquéia (traqueotomia) 
 São deixados longos e propiciam a reintrodução em caso 
de agitação e remoção inadvertida da cânula 
 
 
 Localização das cartilagens tireoide e cricoide 
 Localização da incisura jugular 
 Incisão e afastamento de pele e músculo platisma 
 Incisão da fáscia cervical na linha mediana 
 
 Exposição da cartilagem cricoide e do istmo da glândula 
tireoide 
 Ligadura dupla transfixante do istmo da tireoide 
 
 Cuidado! 
 Retração do istmo membranáceo com afastador - não 
se deve fazer 
 Ao ser solto, o istmo fica roçando na cânula e pode 
haver hemorragia tardia 
 
 Remoção de fragmento da cartilagem traqueal (2a, 3a 
ou 4a) 
 Perigo de aspiração do fragmento (prendê-lo bem com 
pinça hemostática ou gancho de Gillies) 
A vantagem da remoção desse fragmento é que uma 
cânula introduzida entre 2 cartilagens com os 
movimentos respiratórios vai ficar roçando entre os 2 
anéis e provoca um dano tecidual maior, do que uma 
pequena janela em um só anel. 
 
Traqueostomia e timo: 
 Especialmente em crianças, o timo pode obstruir o 
acesso à traquéia e deverá ser afastado no sentido 
caudal 
 
 Colocação da cânula com mandril - mandril é a peça que 
vai na luz da cânula e que permite que ela seja 
introduzida com mais facilidade 
 Posteriormente faz-se uma Síntese parcial para evitar 
enfisema subcutâneo 
 Mandril removido 
 Curativo simples 
 
 Cânula plástica posicionada 
 Insuflação do balonete permitirá ventilação mecânica 
 Cuff (manguito) do balonete apresenta canhão, para 
conexão de seringa com ar 
 
Cânulas: 
 Mandril (com ponta olivácea para facilitar entrada e 
saída) 
 Cânula fixa 
 Cânula móvel 
 Balonete e cuff (permite que uma seringa infle o 
balonete) 
 Cânula metálica 
 Cânula plástica com balonete (permite ventilação com 
pressão positiva) 
 
 
 
Traqueostomia realizada na 3a cartilagem 
 Cânula plástica em posição 
 5 - balonete insuflado oclui o espaço entre a cânula e a 
parede da traqueia 
 Sistema permite ventilação mecânica: o ar insuflado só 
consegue retornar pela própria cânula e não pelo 
espaço entre ela e a parede da traqueia 
 Caso a ventilação mecânica não seja necessária, o 
balonete deve ser esvaziado, para não lesar 
revestimento da traquéia 
 
Cricotireoidostomia: 
Usada na Emergência – Técnica operatória 
 Hiperextensão cervical (cartilagem cricóide não se 
deforma) 
 Palpação do ligamento cricotireóideo mediano 
 Incisão a bisturi, num só golpe, interessando pele, tela 
subcutânea e ligamento cricotireóideo mediano até a luz 
traqueal 
 Cânula de pequeno calibre: permite oxigenação mas 
retém CO2 (pode propiciar acidose respiratória) 
 Traqueostomia será realizada após estabilização do 
quadro clínico - para evitar essa acidose 
 Na emergência: 
o Cricotireóstomo 
o Agulhas 40x1,2 
o Caneta “Bic” 
 
 Hiperextensão cervical 
 Palpação do ligamento cricotireoideo mediano 
 Incisão do ligamento cricotireoideo mediano 
 
 Alargamento da incisão com pinça hemostática 
 Colocação da cânula 
 
Kit de Cricotireoidostomia: presente do Professor Doutor Tolomeu 
Artur Assunção Casali 
 Kit montado funciona como chaveiro 
 Desmontado: tampinha, trocarte, cânula estreita para 
cricotireoidostomia, extensão adaptável a um Ambu® 
 
Traqueostomia: Pós-operatório: 
 Curativo simples da ferida cirúrgica 
 Fixação adequada da cânula 
 Umidificação do ar 
 Aspiração de secreções 
 Remoção e limpeza da cânula móvel (8/8h) 
 Substituição de toda a cânula 
 Evitar insuflação do balonete se não houver 
necessidade de ventilação mecânica 
Traqueostomia: Complicações precoces: 
 Hemorragia 
 Lesão do nervo laríngeo recorrente - muito difícil de 
ocorrer 
 Enfisemas (ar) subcutâneo e mediastinal 
o Sinal clínico = Crepitação 
o Evitar síntese completa 
 Infecção 
 Saída inadvertida da cânula (fios deixados longos 
facilitam a manobra de reintrodução) 
 Obstrução da cânula 
 Obstrução pelo balonete: (costuma de deformar) hoje, 
os balonetes de silicone substituíram os de látex e o 
evento tornou-se mais raro 
Tronco tireocervical, artéria tireóidea inferior, artéria tireoidea 
ima: 
 Hemorragia precoce se deve principalmente à artéria 
tireoidea ima ou à ligadura inadequada do istmo 
seccionado 
 
Traqueostomia: lesão do nervo laríngeo recorrente (difícil na 
traqueostomia, uma vez que é uma cirurgia mediana) - lesão 
comum na tireoidectomia total 
 Nervo laríngeo recorrente direito 
o Cursa sob a artéria subclávia 
 Nervo laríngeo recorrente esquerdo 
o Cursa sob o arco da aorta 
 A lesão do laríngeo recorrente é complicação da 
tireoidectomia 
 Embora conste como complicação de traqueostomia, vê-
se que é difícil lesá-lo 
 
Traqueostomia: complicações relacionadas às cânulas: 
A – Curvatura exagerada: pode haver fístula 
traqueoarterial 
B – Curvatura insuficiente: pode haver fístula 
traqueoesofágica 
C – Curvatura correta 
 Com os movimentosrespiratórios, a cânula pode 
provocar abrasão (desgaste por fricção) de estruturas 
vizinhas - como no caso da figura A e da estrutura 
vizinha anterior artéria inominada (lesão do tronco 
braquiocefálico) 
 Figura B: fica raspando na parede posterior da 
traquéia, causando uma fístula traqueoesofágica. 
 
 Obstrução pelo balonete: 
o A herniação do balonete provoca obstrução 
da cânula 
o Balonetes de látex eram mais propensos a se 
deformarem 
o Ocorrem mais raramente em balonetes de 
silicone 
 
Essa deformidade do balonete pode se insinuar abaixo da 
extremidade distal da cânula, obstruindo. 
O enfisema subcutâneo é uma condição clínica que ocorre quando 
o ar entra nos tecidos sob a pele. 
Complicações da traqueostomia: Enfisema subcutâneo: 
 Ocorre principalmente quando se faz síntese completa 
da incisão 
 Eventual escape de ar fica aprisionado e infiltra o 
tegumento 
 Sinal clínico = crepitação 
 Crepitare (Lat.)= estalar como madeira no fogo 
 Crepitação: à palpação, sente-se que há gás sob a pele 
 As bolhas vão se rompendo pela pressão da mão 
 Enfisema: (Gr.) = ato de soprar, insuflar 
 
Bolhas em preto: 
 
Traqueostomia: Complicações tardias 
 Fístula traqueoesofágica: cânula faz erosão da parede 
anterior do esôfago 
 Fístula traqueoarterial (tronco braquiocefálico, antiga 
artéria inominada): cânula faz erosão na parede do vaso 
 Estenose traqueal: lesão da túnica mucosa da traqueia 
com contratura cicatricial 
Relação da traqueia com esôfago e grandes vasos 
 Notar parede membranácea da traqueia (parede 
posterior da traqueia) e sua íntima relação com o 
esôfago 
 Notar que, durante a operação, os grande vasos ficam 
protegidos 
 Tardiamente, há possibilidade de fístula traqueoarterial 
Traqueostomia: Estenose traqueal: 
 Com os movimentos respiratórios, a cânula provoca 
erosão da túnica mucosa da traqueia 
 Há cicatrização com contratura 
Contratura: excesso da contração da cicatriz 
 
 A cânula provoca erosão da túnica mucosa da traqueia 
 Há cicatrização com contratura 
 No caso, estenose por intubação prolongada (na imagem 
abaixo) e não por traqueostomia 
 
 
Estenose de traqueia e laringe - xerografia: 
 Xerografia = xerox da radiografia 
 Imagens belíssimas de tecidos moles 
 Era muito usada em Mastologia 
 Com melhora da mamografia, caiu em desuso pela dose 
alta de radiação necessária 
 
 Tratamento endoscópico - não é comum, e sim a 
aplicação de uma endoprótese 
 Estenose traqueal proximal na primeira imagem abaixo 
 
Órteses (corrige o defeito) para estenose traqueal 
 Prótese substitui um órgão 
 Órtese corrige um defeito 
 Aberta a traqueia e desfeita a estenose, o paciente 
usa órtese como molde interno, durante vários meses, 
até que o processo cicatricial amadureça 
 
Relação da traqueia com o tronco braquiocefálico: fístula 
traqueoarterial 
 Fístula traqueoarterial provoca morte em alta 
percentagem de casos (80%) - quando se rompe, 
principalmente em curvatura exagerada da cânula 
 Pode ocorrer pela curvatura exagerada da cânula 
 Quando há um sangramento sentinela (pequeno que não 
mata), pode-se tentar colocação de stent (cirurgia 
endovascular) 
 Pulmões se encharcam rapidamente com sangue - 
sangramento maciço 
 
Relação da traqueia com o tronco braquiocefálico na escoliose 
 Dependendo da escoliose, pode haver maior tendência 
do aparecimento da fístula traqueoarterial 
 Fístula traqueoarterial provoca morte súbita em 80% 
dos casos 
 Pulmões se encharcam rapidamente com sangue 
 
Como evitar fístula traqueoarterial NCBI: 
 Limit the time of intubation to less than 3 weeks 
 Use proper technique to perform a tracheostomy 
 Use blunt and flexible tracheostomy tubes 
 Place the tracheostomy between the 2nd and 3rd 
tracheal ring 
 Avoid repetitive head and neck movements- this will 
help limit the contact between the underside of the 
tube and the innominate artery 
Traqueostomia: Fístula traqueoesofágica 
 Pode ocorrer por curvatura insuficiente da cânula 
 Íntima relação da traqueia com o esôfago 
 Cânula faz erosão da parede membranácea da traqueia 
com formação de fístula traqueoesofágica 
 
Traqueostomia: Fístula traqueoesofágica adquirida 
 Contraste ingerido pela boca mostra impregnação da 
árvore brônquica 
 
Traqueostomia em queimados 
 Grande queimado: intubação nasotraqueal na admissão, 
antes que se instalasse o edema (antecipação da piora) 
 Queimadura de vias aéreas 
 Traqueostomia poderá estar indicada ou não 
 
 Queimadura de 3°grau circular no tórax, em carapaça, 
necessitando escarotomia - se não pessoa não 
consegue respirar 
 Há indicação de traqueostomia 
 
 Intubação nasotraqueal na admissão, antes da instalação 
do edema 
 Traqueostomia tornou-se necessária (substituição do 
tubo) 
 
 Grande queimado mais de 80% de superfície corporal 
queimada de 2o e 3o graus. 
 Queimadura de vias aéreas – explosão de caminhão de 
gás em acidente rodoviário 
 
 Prolongada luta pela vida 
 Longa convalescença 
 
Traqueostomia – fraturas complexas de face – halo para tração 
externa 
 Ventilação assistida 
 Modernamente, os halos foram substituídos por placas 
e parafusos de osteossíntese, feitos com materiais 
biocompatíveis 
 
 
Traqueostomia – acidente com dinamite 
 Fraturas múltiplas de ossos da face; perda de ambos os 
olhos e TCE 
 Intubação orotraqueal na admissão, antes que se 
instalasse o edema 
 Imediatamente antes do início da operação para 
osteossíntese das múltiplas fraturas, feita a 
traqueostomia no paciente comatoso 
 Caso de 1978 
 Na época, o tubo endotraqueal era lavado com 
antisséptico e reutilizado 
 
Nós e Suturas: 
 
Nós em Cirurgia 
 A: Laçada tripla (uma em oposição) 
 B: Nó quadrado ou correto 
 C: Nó de cirurgião: a primeira laçada é repetida 
 D: Nó torto: laçada tripla, sem laçada em oposição (fio corre ou 
desliza) 
 
Nós em relação à sua execução 
 Nós manuais: as laçadas são feitas os dedos das mãos do 
cirurgião 
 Nós instrumentais: as laçadas são feitas com auxílio de 
instrumentos (pinças e porta-agulhas) 
Nós em Cirurgia 
 Nó correto ou quadrado 
 
 Nó de cirurgião 
 
 Observar simetria do nó quadrado 
 No nó de cirurgião a primeira laçada é repetida uma ou mais 
vezes 
Forças que atuam em um nó 
 Potência: exercida pelo cirurgião 
 Resistência: exercida pelos tecidos 
 Fricção: exercida pelo fio –a fricção maior impede o 
deslizamento do fio: náilon, polipropileno e categute têm baixa 
fricção 
 Tensão: vencida a resistência, permanece a tensão dos tecidos 
sobre o fio. Suturas sob tensão levam a cicatrizes viciosas 
Suturas 
 Sutura contínua ou chuleio simples (simple running suture) 
 Sutura de pontos separados (simple interrupted suture) 
 Chuleio entrecortado (simple running locking suture) 
*Nota JCRRA: os fios da sutura de pontos separados foram 
cortados muito curtos 
 
Sutura em pontos separados (simple interrupted suture) 
 A agulha de sutura pega menos tecido superficial e mais tecido 
profundo 
 Fios cortados do tamanho correto = facilidade na remoção dos 
pontos 
 Excelente apropinquação das margens 
 
Termos usados para designar aproximação de margens 
 Margens ou bordas são palavras usadas com o mesmo 
significado 
 Apropinquamento: usado no sentido de aproximação das 
margens (não consta do VOLP) 
 Apropinquação: consta do VOLP e dicionários 
 Afrontamento (colocar frente a frente): de uso corrente em 
Cirurgia 
 Cavalgamento de margens: margem se sobrepõe à outra 
(prejudica a cicatrização) 
 Aposição e justaposição: margens se encontram 
Suturas de pele 
 Erro do desenhista: não se faz sutura da epiderme isolada 
 Espessuras diferentes: técnicas diversas para se obter a 
melhor aproximação de margens 
 
Ponto simples separado (simple interrupted suture) 
 Pontos simples separados 
 Trajeto correto da agulha de sutura, pegando menos tecido 
superficial e mais tecido profundo 
 O primeironó é de cirurgião 
 
Ponto à Donati 
 Mario Donati: (1879-1946) 
 Cirurgião italiano 
 Ponto em U vertical 
 Vertical mattresssuture na literatura anglo-saxônica 
 Mnemônico: “longe-longe-perto-perto” 
 
Ponto em U horizontal 
 Horizontal mattresssuture na literatura anglo-saxônica (sutura 
de colchão) 
 Ponto de colchoeiro 
 Puntode colchonero (Esp.) 
 
Chuleio simples (simple running suture) 
 Simples e rápida 
 Cirurgião hábil consegue bom afrontamento de margens 
 Como em toda sutura contínua, se houver um ponto com 
infecção, a secção do fio pode desfazer a sutura 
 
Ponto em parte intradérmico (half buried suture) 
 Evita necrose ao se suturar ângulo de retalho 
 O ponto simples, executado no ângulo, prejudica a 
vascularização 
 
Suturas intradérmica contínua (subcuticular running suture) 
 Preferida pelos cirurgiões plásticos 
 Quando longa, feita com náilon, deve ser interrompida de 
espaço em espaço, para facilitar sua remoção 
 Uso de poliglecaprone (Monocryl®), fio de absorção lenta, não 
necessita remoção 
 
Zipstitch® Mecanismo para tratar feridas superficiais 
 Plásticos com adesivos são colados de cada lado da ferida 
 Tração dos tirantes fecha a ferida superficial 
 
Síntese com fitas adesivas 
 Uso de Steri-Strip® ou de fitas adesivas microporosas 
 
Síntese com fitas adesivas microporosas 
 Lesão ulcerada no terço distal da perna 
 Enxertos cutâneos de espessura parcial obtidos com gilete 
 
Síntese com fitas adesivas 
 
Instrumentos usados na síntese 
 Maneiras incorreta e correta de segurar o 
 Notar a trava que se fecha ao prender a agulha 
 
Instrumentos usados na síntese 
 Maneira correta de segurar o porta-agulhas de Mayo-Hegar 
 O cirurgião usa a palma para segurar o porta-agulhas 
 Movimento da eminência tenar abre e fecha a trava do porta-
agulhas 
 Ótima empunhadura pois cansa muito menos em operações 
longas 
Porta-agulhas de Mathieu 
 Embora pareça grosseiro, com modificações para torná-lo mais 
delicado, é o formato preferido para Microcirurgia 
 
Agulhas de sutura 
 Nas agulhas curvas, notar os diferentes graus de curvatura 
 
Anatomia de uma agulha curva 
*Notar: 
 Ponta 
 Fundo (no caso, encastoo) 
 Corpo 
 Raio 
 Corda 
 Diâmetro 
 
Agulhas cirúrgicas: fundo falso e fundo verdadeiro 
 Se o fio é curto e vai sofrer apenas uma passada, monta-se o 
fio no fundo falso para poupar tempo 
 Se o fio é longo e vai sofrer várias passadas, deve ser 
introduzido no fundo verdadeiro, fazendo volta em torno do 
mesmo 
 
 Frenchspringeye= fundo falso 
Preensão da agulha pelo porta-agulhas 
 As mandíbulas do porta-agulhas devem ser aplicadas no ponto 
médio do corpo da agulha 
 Se o porta-agulhas for aplicado próximo ao fundo ou encastoo 
da agulha, há possibilidade dela se partir ou deformar, pela força 
da alavanca formada 
 
Maneira incorreta 
As mandíbulas do porta-agulhas devem ser aplicadas no ponto 
médio do corpo da agulha 
 
Pinças dente de rato: rattooth 
 Essas pinças 1X2 dentes danificam mais a pele 
 
 As 2X3 dentes devem ser preferidas porque danificam menos 
a pele 
Pinças de Brown-Adson 
 Múltiplos dentes: 
 Não lesa a pele, pelo princípio da “cama de faquir” 
 Muito usada pelos cirurgiões plásticos 
 
Agulhas de sutura cortantes e cilíndricas 
 Saber identificá-las pelos símbolos 
 
Agulhas de sutura traumáticas e atraumáticas 
 Nas agulhas traumáticas o fio é montado no fundo falso (spring 
eye) ou no fundo verdadeiro (regular eye) 
 Agulha atraumática com encastoo 
 
Pinça anatômica 
 É a mais usada em Cirurgia Geral 
 Provoca pouco trauma e prende facilmente a agulha de sutura 
após a passada 
 
Uso dos dedos do cirurgião para auxiliar a sutura 
 Pelo contrário, é ótima conduta, pois os dedos, em manobras 
delicadas, não traumatizam os tecidos 
 Alguns afirmam que segurar os tecidos a serem suturados com 
os dedos não 
 
INTUBAÇÃO 
 Intubação: nova Escala de Coma de Glasgow (2018) 
 Com a inclusão de reatividade pupilar, com números negativos, a 
escala passou a ir de 1 a 15 
 Em 8 ou menos há indicação de intubação 
 
Intubação endotraqueal 
*Aurélio 
 Entubar = dar feição de tubo a 
 Intubar: 1. Introduzir um tubo (em uma cavidade) 
Tubos endotraqueais 
 Atualmente, os tubos endotraqueais são de silicone e 
descartáveis 
 Outrora, eram de látex e não eram esterilizados: eram 
simplesmente lavados com saponáceo 
 
 O fio guia pode ser fletido segundo critério do operador, de 
modo a conseguir alcançar a glote 


 O fio guia deve ser inserido no interior do tubo, sem 
ultrapassar 
 Tubo aramado: tem em sua parede uma espiral de arame de 
modo a manter sua luz, mesmo quando se move o segmento 
cefálico 
 É usado em Cirurgia Plástica, Neurocirurgia ou sempre que 
houver necessidade de movimentação da cabeça no decorrer da 
operação seu comprimento 
 
Tubos endotraqueais para intubação bronquial seletiva 
 Usado em Cirurgia Torácica 
 Há dois balonetes: um no nível da traqueia e outro no nível do 
brônquio principal esquerdo (no caso em tela) 
 O pulmão direito poderá ser operado 
 A técnica permite a ventilação monopulmonar 
 O cirurgião opera o pulmão que não está ventilando 
 
 Usado em Cirurgia Torácica 
O tubo de Arndté um dos mais usados 
 
 Notar que a extremidade do tubo para o brônquio principal 
esquerdo é mais angulada 
 A operação se dará no pulmão do lado oposto ao da intubação 
bronquial seletiva 
 
Intubação endotraqueal em crianças 
*Tubos endotraqueais pediátricos: 
 Até recentemente, só se usavam tubos 
endotraqueais sem balonete, em crianças até oito anos, 
com receio de lesão da mucosa traqueal 
 Atualmente, usam-se tubos com o balonete grande e 
de baixa pressão 
 Em bebês continuam sendo usados os tubos sem 
balonete, com diâmetro interno até 4mm 
Intubação endotraqueal de emergência 
*Indicações 
 Procedimentos e operações cirúrgicas de emergência 
 Impossibilidade de manter via aérea pérvia 
 Insuficiência respiratória aguda grave e refratária 
 Hipoxemia e/ou hipercapnia 
 Escala de Coma de Glasgow (GCS) ≤ 8 
 Instabilidade hemodinâmica grave ou parada cardiorrespiratória 
 Antecipação de piora em pacientes queimados ou em pacientes 
com visível desconforto respiratório que poderão entrar em 
fadiga da musculatura respiratória 
 Na parada cardiorrespiratória, o paciente está irresponsivo e a 
intubação é facilitada 
 Na PCR, deve-se avaliar o momento da intubação: ela pode ser 
desnecessária 
 Estudaremos a SRI (sequência rápida de intubação) que trata de 
intubação na emergência 
A SRI visa a obter controle rápido das vias aéreas e evitar 
aspiração do conteúdo gástrico 
Contraindicação 
 A única contraindicação é a transecção completa da traqueia 
 Obviamente, o operador não conseguiria guiar o tubo inserido 
pelo nariz ou pela boca, para a traqueia seccionada 
Sequência rápida de intubação –SRI 
 
SRI–cateterismo nasogástrico 
 Antes do início da SRI, fazer cateterismo nasogástrico 
 Visa à remoção do conteúdo gástrico para evitar regurgitação 
e aspiração 
 O comprimento do cateter a ser introduzido é a soma da 
distância da ponta nasal ao lóbulo da orelha + distância do lóbulo ao 
apêndice xifoide 
 
Sequência rápida de intubação - Manobra de Sellick 
 Compressão da cartilagem cricoide contra o esôfago, impedindo 
a regurgitação de conteúdo gastroesofágico 
 É controversa e há discussão não pacificada, na literatura, 
sobre sua eficácia 
 Consta dos protocolos de Sequência Rápida de Intubação, em 
pacientes com possibilidade de estômago cheio 
 Constando dos protocolos, é conveniente que 
 
 Anestesista britânico Brian Arthur Sellick(1918–1996) 
 Compressão da cartilagem cricoide durante a intubação 
 Ajuda a alinhar a via aérea facilitando a visualização da glote e a 
passagem do tubo 
 Faz oclusão esofágica proximal impedindo regurgitação e 
aspiração de conteúdo gástrico 
SRI 
*STOP-MAID (método mnemônico): to stop = parar; maid= ama,