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………………………………....………... Esvaziamento cervical …………………..………………………. A disseminação linfática é a forma mais comum e frequente de disseminação dos tumores da região da cabeça e pescoço. A região cervical é extremamente rica em linfonodos tanto superficiais quanto de cadeias profundas. Mais importante que saber o nome das cadeias, é saber o sítio de drenagem dessas cadeias linfonodais. Cadeias Superficiais; Periviscerais e Profundas *** A presença de linfonodos metastáticos para pescoço significa uma piora do prognóstico do tumor primário Trígonos e triângulos: aspectos clínicos-cirúrgicos linfonodomegalias por doenças (CMV. EBV,...). ➔ Drenagem linfática Linfonodos occipitais -------------------------------> parte posterior do couro cabeludo Linfonodos retroauriculares ---------------------> porção lateral da cabeça Linfonodo parotídeo superficial ----------------> porção sup da face e região temporal Linfonodo submandibulares -------------------> porção lateral da língua e região submand Linfonodos submentonianos ------------------> gengiva, lábio inferior, ⅓ anterior da língua 1 ➔ Cadeia profunda Linfonodo Júgulo-Digástrico ( Linfonodo de Kuttner) Recebem aferência do 1/3 anterior da língua, da tonsila palatina e da orofaringe São linfonodos facilmente palpáveis em processos infecciosos que atingem orofaringe (amigdalites, faringites) - Linfonodo supraclavicular esquerdo Linfonodo Virchow: LND supraclavicular esquerdo aumento de volume e palpável ao exame físico Comprometimento de linfonodos supraclaviculares estão mais comumente associados a adenocarcinoma de pulmão, mama ou trato gastrointestinal. Sendo à esquerda mais comum que à direita. ➔ Níveis cervicais Nível I - Triângulo submandibular e submentoniano Nível IA – triângulo submentoneano Limites: entre os ventres anteriores do m digástrico Conteúdo: linfonodos aferentes do lábio inferior, soalho de boca e ponta da língua. Veia comunicante entre as jugulares externas Nível IB– triângulos Submandibular Limites: corpo mandíbula, entre ventres anterior e posterior digástrico. Conteúdo: ramo marginal da mandíbula do facial e nervo lingual Nível II Superior: forame jugular na base de crânio Inferior: Hióide (radiológica) ou bifurcação carotídea (reparo cirúrgico) Posterior: M. Trapézio Conteúdo: Linfonodo Jugulo-Digástrio Nervo Espinal ou Acessório – XI Par Craniano Nervo Hipoglosso – XII Par Craniano: nervo misto, motricidade da língua Linfonodos localizados próximos ao terço superior da veia jugular interna O XI PAR Craniano – Nervo Espinal OU Acessório - atravessa o forame jugular junto, dividindo-se em um ramo interno e outro externo. - O ramo interno reúne-se ao vago e distribui-se com ele. - O ramo externo dirige-se obliquamente para baixo e para trás, inervando os músculos trapézio e esternocleidomastoideo. 2 Nível III Superior: Hióide (radiológica) ou bifurcação carotídea (reparo cirúrgico) Inferior: cricóide ou Músculo Omo Hióide Posterior: M.ECM e raízes do plexo cervical Linfonodos localizados próximos ao terço médio da veia jugular interna Nível IV Superior: cricóide ou Músculo Omo Hióide Inferior: Clavícula Anterior: M Esterno-Hióide Posterior: M.ECM Linfonodos próximos ao terço inferior da veia jugular interna Conteúdo: Ducto Torácico E e Ducto Linfático D Vasos Cervicais Transversos Plexo Braquial A. Carótida, VJI, Nervo Vago Nível V – Triângulo Posterior M. ECM anteriormente M trapézio posteriormente Estruturas nobres: Nervo acessório NÍVEL VI Entre: hióide, fúrcula e carótidas Estruturas Nervo laríngeo recorrente Gl paratireoides Traqueia Esofago Nível VII Mediastino superior 3 ➔ Ducto torácico e ducto linfático Estruturas tubulares, que recolhem drenagem linfática de setores específicos do corpo. Ducto Torácico: “recolhe” a linfa dos MMII, pelve e abdome, metade esquerda do tórax, MSE e lado esquerdo da cabeça e pescoço. O Ducto situa-se na altura da 7a Vértebra Cervical e insinua-se anterior à Artéria Vertebral, junto ao músculo escaleno anterior e posterior à carótida comum. NIVEL IV Ducto Linfático: desembocadura na junção da VJI e V. Subclávia formando ducto linfático direito. Mas sua formação é menos constante. ➔ Esvaziamento cervical É um método cirúrgico Os esvaziamentos cervicais foram estudados inicialmente para principal tipo histológico de câncer de cabeça pescoço : CEC Tratamento das metástases LINFÁTICAS cervicais Metástases linfáticas Cervicais ocorrem de forma previsível e sequencial para determinados linfonodos de acordo com seu sítio primário 4 Metástase Linfática (N) é um dos mais importantes fatores prognósticos de carcinoma de cabeça e pescoço. CEC: carcinoma espinocelular → da metástase CBC: carcinoma basocelular, câncer de pele mais comum → não da metástase - Esvaziamento cervical terapêutico doença clinicamente detectável: N+ Pode ser radical ou radical modificado Radical: ressecção das cadeias de linfonodos dos níveis I a V, nervo acessório, veia jugular interna e músculo esternocleidomastóideo Radical modificado : ressecção das cadeias linfonodais I a V, com preservação de pelo menos uma das estruturas (nervo acessório, veia jugular interna e músculo esternocleidomastóideo). As estruturas não linfonodais devem ser nomeadas (ex: esvaziamento cervical radical modificado com preservação do nervo espinhal acessório) A secção do nervo acessório provoca a conhecida "síndrome do ombro", caracterizada por dor, fraqueza muscular da região do ombro, queda do ombro e dificuldades de abrir e elevar o braço. Existem dois motivos que justificam a con servação do músculo esternocleidomastóideo nos esvaziamentos cervicais radicais modificados:diminuir as alterações cosméticas do con torno do pescoço; proteger o feixe vascular (artéria carótida e/ou veia jugular interna). - Esvaziamento cervical seletivo/eletivo Pescoço N0 (não há metástase) mas devido ao alto risco de metástase, o esvaziamento cervical se faz imperativo Seletivo : preservação de uma ou mais cadeias linfonodais no ECR (esvaziamento cervical radical). Retirados grupos de linfonodos. Tipos:supra-omo-hióideo, lateral, póstero lateral e anterior. Ampliado : ressecção de cadeias de linfonodos ou estruturas não linfáticas não mencionadas no ECR (nervo acessório, veia jugular interna e músculo esternocleidomastóideo). Como por exemplo cartilagens, ossos, pele, grupos musculares… As cadeias ressecadas no esvaziamento cervical seletivo vão depender do sítio primário do tumor e dos seus níveis preferenciais de drenagem. Esvaziamento supra-omo-hióideo: É o procedimento no qual são removidos os linfonodos contidos nos triângulos submentoniano e submandibular (nível I), os linfonodos do terço superior da veia jugular interna (nível II) e os linfonodos do terço médio da veia jugular interna (nível III). Esvaziamento latera: É o procedimento no qual são removidos os linfonodos dos terços superior, médio e inferior da veia jugular interna, isto é, níveis II, III e IV respectivamente. 5 Esvaziamento póstero-lateral: É o procedimento em que são removidos os linfonodos do terço superior, médio e inferior da veia jugular interna, ou seja, níveis II, III e IV respectivamente, e os do triângulo posterior do pescoço que acompanham o nervo espinhal acessório e a artéria cervical transversa, ou seja, nível V; são incluídos ainda os grupos de lin fonodos suboccipitais e retroauriculares. Este procedimento é mais frequentemente usado para tratar metástases provenientes de tumores cutâneos, principalmente melanomas, de localização retroauricular, do couro cabeludo ou da pele que recobre o triângulo posterior do pescoço. Esvaziamento anterior: É o procedimento em que são removidos os linfonodos pré-traqueais, paratraqueais que acom panham o nervo laríngeo inferior bilateralmente, pré-laríngeos e os paratireóideos que juntamente compõem o nível VI. ➔ Sequelas Podem ser estéticas que implicam em perda de contorno cervical, ombro caído. Ou funcionais como déficit de elevação do ombro e edema de face ➔ Complicações Fístula Linfática Tratamento: ligar o ducto toracico e GDE vei linfática direita. Infecção Sangramento Hipertensão intracraniana por ligadura de v.jugular interna 6 7
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