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9 AGENTES PÚBLICOS CONCURSO PÚBLICO

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6
DIREITO ADMINISTRATIVO
AGENTES PÚBLICOS
SUMÁRIO
1. Conceito	4
2. Classificação	4
a) Agentes políticos	4
b) Servidor estatal	4
b.1) Servidor público	4
b.2) Servidor de ente governamental de direito privado	4
b.3) Particulares em colaboração:	5
3. Acessibilidade/Admissão	5
- Nomeação	12
- Estabilidade	15
- Sistema Remuneratório	17
Teto Remuneratório	18
Subtetos	18
4. Seguridade Social	22
I. Aposentadoria dos servidores públicos	23
II. Regime Próprio de Previdência Social – RPPS	25
II.1 Proventos	25
II.2 Emendas Constitucionais – Histórico	25
III. Modalidades de Aposentadoria	27
III.1. Aposentadoria por invalidez:	27
III.2 - Aposentadoria compulsória:	29
III.3. Aposentadoria Voluntária	32
III. 4. Aposentadoria Especial	33
III.5. Regime Complementar	40
5. ESTUDO DA LEI Nº 8.112/90	41
1. Agente público	41
2. Regime jurídico único	47
3. Cargo público	53
4. Emprego público	55
5. Função	55
6. Cargo de confiança (cargo em comissão)	56
7. Cargo Público – Classificação:	56
8. Formas de Provimento	57
9. Direitos	63
1. Remuneração e vencimento	63
2. Vantagens	71
2.1. Indenizações	71
2.2. Gratificações e adicionais	74
3. Férias	75
4. Licenças	75
5. Afastamentos	76
MATERIAL EXTRA:	89
1. Regime Previdenciário do Servidor Estatutário. Normas e Princípios Constitucionais. O Novo Regime Previdenciário.	89
1.2 Cálculo dos Benefícios	91
1.2.1. Aposentadorias do RPPS	91
1.3. Espécies de aposentadoria:	91
1.4. Pensão por morte do RPPS	94
1.5. As regras de transição	95
DISPOSITIVOS PARA CICLO DE LEGISLAÇÃO	98
BIBLIOGRAFIA INDICADA	99
ATUALIZADO EM 02/02/2019[footnoteRef:1] [1: As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos, porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos eventos anteriormente citados.] 
AGENTES PÚBLICOS[endnoteRef:1] [1: 	Este material foi produzido pelos coaches com base em anotações pessoais de aulas, referências e trechos de doutrina, informativos de jurisprudência, enunciados de súmulas, artigos de lei, anotações oriundas de questões, entre outros, além de estar em constante processo de atualização legislativa e jurisprudencial pela equipe do Ciclos R3.] 
1. Conceito
Todo aquele que exerce função pública, com ou sem remuneração, seja de forma temporária ou permanente. 
2. Classificação
a) Agentes políticos
Aqueles que manifestam a vontade do Estado. Estão no comando de cada um dos poderes. Comando do poder executivo, legislativo e judiciário. Ex. Prefeito e vice, Governador e Vice, auxiliares imediatos do poder executivo (Ministros de Estado, Secretário estaduais e municipais), incluindo Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas. Em relação aos magistrados e membros do MP, o STF diz que são agentes políticos não pelas escolhas, mas pela manifestação da vontade estatal (mas, há divergência doutrinária). De qualquer forma, o agente político é titular de cargo público, por isso estão no regime jurídico administrativo (chamado de regime legal e também de regime estatutário) – não significa dizer que vão seguir a lei 8112, mas que há previsão em lei (ex. LOMAN, Executivo - CF). 
b) Servidor estatal
É todo aquele que atua no Estado, seja na administração direta ou indireta. Se ele presta serviço em pessoa jurídica de direito público é servidor público. Se atua em pessoa jurídica de direito privado (EP/SEM) é chamado de servidor de ente governamental de direito privado.
b.1) Servidor público
O texto original falava em regime jurídico único. A EC 19/98 instalou o regime múltiplo (dependia da lei de criação – se criasse cargo seria estatutário, se fosse emprego - CLT). O STF decidiu em sede cautelar (ADI 2135) que essa regra (Art. 39) é formalmente inconstitucional. Voltamos ao regime jurídico único. Os efeitos são ex nunc. A partir do julgamento não pode mais. O regime jurídico tem que ser único naquela ordem política. União – regime jurídico único.
b.2) Servidor de ente governamental de direito privado 
Titular de emprego. Regime trabalhista/CLT/contratual. É empregado. Equiparação ao serviço público – I. Teto remuneratório, salvo no caso em que não há repasse para custeio. II. Prestam concurso público. III. Estão sujeitos ao regime de não acumulação. IV. Sujeitos à lei 8429/92 – improbidade administrativa. V. sujeitos a lei penal – art. 327 CP. VI. Remédios constitucionais. 
Dispensa – imotivada, diferentemente do servidor público. TST súmula 390 – não tem estabilidade art. 41. OJ 247. ECT dispensa motivada. STF () – esses empregados não tem realmente estabilidade do art. 41, mas se a EP/SEM for prestadora de serviço público, elas terão regime híbrido – concurso público – dispensa motivada (processo administrativo). Se entro com impessoalidade e isonomia, saio da mesma forma. 
Dica:
	# regime legal, regime jurídico administrativo, estatutário = cargo público = PJDPúblico.
	# regime contratual, regime trabalhista, celetista = emprego = PJDPúblico* e PJDPrivado**.
	*PJDPúblico = Servidor Público ou Empregado Público
	**PJDPrivado = Servidor de Ente Governamental de Direito Privado ou 	Empregado
b.3) Particulares em colaboração: 
Equiparam-se aos servidores. Concurso público. Categorias:
· Requisitados ex. mesário, jurado, serviço militar obrigatório
· Voluntário ex. agente honorífico ( HELY), sponte própria
· Prestam serviços em concessionárias e permissionárias 
· Delegação de função art. 236 CP
· Particulares que praticam atos oficiais ex. saúde, ensino
3. Acessibilidade/Admissão
É ampla. Brasileiros mais estrangeiros na forma da lei EC 19/98. Concurso público[footnoteRef:2] – processo seletivo que privilegia a meritocracia, em homenagem ao princípio da impessoalidade e da isonomia. [2: A prova do TRF4/2016 considerou correta a seguinte alternativa em sede de concurso público: “Os candidatos em concurso público não têm direito à prova de 2ª (segunda) chamada, nos testes de aptidão física, em razão de circunstâncias pessoais, ainda que de caráter fisiológico ou de força maior, salvo contrária disposição editalícia”.] 
Obs.: diferencia-se do concurso modalidade de licitação que serve para escolha de trabalho técnico, artístico, científico, em que a contraprestação é um prêmio.
* Exceções ao concurso:
		→ mandatos eletivos;
		→ cargos em comissão – livre nomeação e exoneração;
		→ contrato temporário – excepcional interesse público (art. 37, IX, CF);
		→ agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias (art. 198, CF);
		→ hipóteses expressas na CF: 
			* Ministro do STF (Nomeação de Cunho Político);
			* Cargos nos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE);
			* Quinto Constitucional;
			* Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas;
Obs.: a CF fala que os agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias se submetem a processo seletivo. A hipótese em comento foi regulamentada pela Lei n. 11.350/2006, que dispõe que será um processo seletivo de provas, ou provas e títulos. Logo, uma crítica é feita: se a CF não falou em processo seletivo simplificado e a lei regulamentadora fala em processo seletivo de provas ou provas e títulos, não seria, então, caso de concurso público? Não é o que tem prevalecido. O que prevalece é que, de fato, não se trata de concurso, mas processo seletivo.
#ATENÇÃO - O art. 236, § 3º, da CF é uma norma constitucional autoaplicável. Logo, mesmo antes da edição da Lei nº 8.935/94, ela já tinha plena eficácia e o concurso público era obrigatório como condição não apenas para ingresso na atividade notarial e de registro, como também nos casos de remoção ou permuta. As normas estaduais que admitem a remoção na atividade notariale de registro independentemente de prévio concurso público, são incompatíveis com o art. 236, § 3º, da Constituição, razão pela qual não foram por essa recepcionadas. O prazo decadencial de 5 anos, de que trata o art. 54 da Lei nº 9.784/99, não se aplica à revisão de atos de delegação de serventias extrajudiciais editados após a CF/88, sem o atendimento das exigências prescritas no seu art. 236. Assim, se uma pessoa assumiu uma serventia notarial ou registral sem concurso público após a CF/88, este ato poderá ser anulado mesmo que já se tenham passado mais de 5 anos. A decisão que anula o ato de investidura em serventia notarial e registral sem concurso público não viola o direito adquirido nem a segurança jurídica. STF. 1ª Turma. MS 29415/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 27/09/2016 (Info 841)
- Requisitos do Concurso:
	Deve haver previsão na lei da carreira;
	Compatibilidade com as atribuições do cargo;
	Previsão no edital.
O candidato a cargo público pode ser eliminado em exame médico admissional, ainda que a lei que discipline a carreira não confira caráter eliminatório ao referido exame. Isso porque a inspeção de saúde é exigência geral direcionada a todos os cargos públicos federais, conforme previsto na Lei nº 8.112/1990:
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
VI – aptidão física e mental
Portanto: para ser eliminatório, é necessário que o teste esteja previsto na lei específica da carreira?
· Teste físico: sim;
· Teste psicotécnico: sim;
· Exames médico: não.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA - Não é possível a aplicação retroativa da regra de limitação de títulos de pós-graduação trazida pela Resolução CNJ nº 187/2014 para concursos abertos antes dela, sob pena de afronta à segurança jurídica. A criação de critério “ad hoc” de contagem de títulos de pós-graduação, depois da abertura da fase de títulos, implica violação à segurança jurídica. O STF também entendeu que não foi legítima essa nova interpretação dada pela comissão do concurso de não mais aceitar diplomas de especializações cursadas simultaneamente. Isso porque a redação originária da Resolução 81/2009/CNJ não previa qualquer limitação para a contagem de títulos de especialização, muito menos dispunha sobre formas de evitar a sobreposição e acumulação de certificados. Logo, esse novo critério imposto pela banca, depois de o concurso ter se iniciado, ofendeu o princípio da impessoalidade, pois permitiu o favorecimento de alguns candidatos em detrimento de outros. STF. 1ª Turma. MS 33.406/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, rel. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 6/9/2016 (Info 838).
#OUSESABER #DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: O STJ já decidiu que destoa dos princípios da proporcionalidade e razoabilidade o ato que exclui do certame candidato que possui nome negativado em cadastro de restrição creditícia, já que nem ações penais ou inquéritos policias em curso como regra possuem o condão de eliminar o candidato, com maior razão a simples inscrição no SPC/SERASA também não detém essa capacidade. Vejamos julgado:
ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. INABILITAÇÃO NA FASE DE INVESTIGAÇÃO SOCIAL. EXISTÊNCIA DE INQUÉRITOS POLICIAIS, AÇÕES PENAIS EM ANDAMENTO OU INCLUSÃO DO NOME DO CANDIDATO EM SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. É desprovido de razoabilidade e proporcionalidade o ato que, na etapa de investigação social, exclui candidato de concurso público baseado no registro deste em cadastro de serviço de proteção ao crédito. (RMS 30.734/DF, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 20/09/2011, DJe 04/10/2011)
*#OUSESABER: É legal a impossibilidade de recurso contra alterações nos gabaritos preliminares prevista em concursos públicos? Firmado com supedâneo na orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça tem-se que é LÍCITA a regra editalícia que veda a interposição de novo recurso administrativo contra o gabarito definitivo porque não viola o princípio do contraditório e, tampouco, do amplo direito de defesa.  Deve-se considerar que já foi elaborado um gabarito provisório, no qual os candidatos poderem se insurgir contra as posições adotadas pela banca. Vejamos entendimento do STF sobre o tema:
1. A modificação de gabarito preliminar, anulando questões ou alterando a alternativa correta, em decorrência do julgamento de recursos apresentados por candidatos não importa em nulidade do concurso público se houver previsão no edital dessa modificação. 
2. A ausência de previsão no edital do certame de interposição de novos recursos por candidatos prejudicados pela modificação do gabarito preliminar não contraria os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. (Negritei). (MS 27260, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 29/10/2009, DJe-055 DIVULG 25-03-2010 PUBLIC 26-03-2010 EMENT VOL-02395-02 PP-00454 RTJ VOL-00216- PP-00332)
DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA QUE INVALIDOU CRITÉRIO ESTABELECIDO PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO PARA AFERIÇÃO DE TÍTULOS DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO VOLTADO À OUTORGA DE DELEGAÇÕES DE NOTAS E REGISTROS. DENEGAÇÃO DA SEGURANÇA. 1. A criação de critério ad hoc de contagem de títulos de pós-graduação, após a abertura da fase de títulos e da apresentação dos certificados pelos candidatos, constitui flagrante violação ao princípio da segurança jurídica e da impessoalidade. 2. Impossibilidade de aplicação retroativa da Resolução nº 187/2014 do CNJ ao presente concurso, em respeito à modulação dos efeitos efetuada pelo CNJ e aos precedentes desta Corte sobre a matéria. 3. Denegação da segurança, com revogação da liminar anteriormente deferida e prejuízo dos agravos regimentais. MS N.33.406-DF. REDATOR P/ O ACÓRDÃO: MIN. ROBERTO BARROSO (Info 846)
#IMPORTANTE #DEFENSORIAPÚBLICA: O art. 93, I, da CF/88 exige três anos de atividade jurídica para os candidatos nos concursos da Magistratura. Essa exigência pode ser estendida para os concursos da Defensoria Pública. No entanto, é indispensável a edição de uma lei complementar prevendo isso (art. 37, I e art. 134, § 1º, da CF/88). Enquanto não for editada lei complementar estendendo a exigência dos três anos para a Defensoria Pública, continua válida a regra do art. 26 da LC 80/94, que exige do candidato ao cargo de Defensor Público apenas dois anos de prática forense, computadas, inclusive as atividades realizadas antes da graduação em Direito. Desse modo, não é possível que Resolução do Conselho Superior da Defensoria Pública (ato infralegal) exija três anos de atividade jurídica depois da graduação para os concursos de Defensor Público. STJ. 2ª Turma. REsp 1.676.831/AL, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 05/09/2017 (Info 611)
#SELIGANASSÚMULAS - 
Limite de Idade - é possível limitação de idade para fins de concurso público, conforme art. 7°, XXX, da CF, além de compatibilidade com a natureza das atribuições do cargo (Súmula 683, STF). Saliente-se que o art. 7°, XXX, da CF, prevê que a limitação da idade deve estar prevista em lei. 
Repercussão Geral – RE 600885: a discussão tinha como base o art. 142, §3°, X, da CF, que exige que os requisitos devem estar previstos em lei, enquanto a Lei n. 6.880/80 prescreve que os requisitos devem estar previstos em regulamento. O STF decidiu que a referida lei não foi recepcionada pela nova norma constitucional. Contudo, o STF modulou os efeitos da decisão da não recepção da lei, com manutenção dos concursos fundados em regulamento (art. 10, da Lei n. 6.880) até o dia 31 de dezembro de 2011. 
Súmula nº 683, STF: o limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da CF, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
Reserva de vagas para pessoas com deficiência: - Súmula 552-STJ: O portador de surdez unilateral não se qualificacomo pessoa com deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. STJ. Corte Especial. Aprovada em 04/11/2015.
*#OUSESABER: A CF/88, sobre o tema da previsão de reserva de vagas para pessoas com deficiência, dispõe: Art. 37 (...) VIII — a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.
No âmbito federal, foram estabelecidas regras no art 5º, parágrafo segundo, da Lei 8.112/90 e do art. 37 do Decreto 3.298/99. Cumpre à cada Estado editar normas também para assegurar tal reserva de vagas para as pessoas com deficiência. Quanto ao enquadramento portador de surdez unilateral nas vagas para deficientes, a súmula do STJ foi editada com base no Decreto 3.298/99, editado para regulamentar a Lei 7.853/99, a qual dispõe sobre a Política Nacional para a Integração das Pessoas com Deficiência. Em seu art. 4º, o Decreto assim define a deficiência auditiva: Art. 4º É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias: II — deficiência auditiva — perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz; (Redação dada pelo Decreto nº 5.296/2004). Pelo fato, então, de o decreto estabelecer que deve ocorrer a perda bilateral, e não apenas a unilateral, e em razão do princípio da legalidade, não deve o portador de surdez unilateral concorrer nas vagas reservadas às pessoas com deficiência, segundo o STJ.
#OUSESABER: O STF entendeu que: “não há qualquer violação a direito líquido e certo por parte da autoridade coatora em selecionar os candidatos melhores classificados em número razoável, como ocorreu no presente caso, para prosseguimento nas demais fases do certame, não se observando, no caso, qualquer afronta o percentual de 5% legalmente previsto, para reserva de vagas destinadas aos portadores de deficiência. (Ag.Reg. em MS 30.195/DF). Resumidamente, é plenamente possível haver a imposição de cláusula de barreira para prosseguimento em fases subsequentes de concurso público, ainda que se trate de candidatos portadores de necessidades especiais.
#SELIGANASÚMULA - Psicotécnico: previsão em lei + critérios objetivos + garantia de recurso 
Súmula nº 686, STF: só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
Súmula nº 684, STF: “é inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público”.
Súmula nº 685, STF: é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
Súmula nº 266, STJ: o diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público.
#IMPORTANTE #DEOLHONAJURISPRUDENCIA (julgados sobre concursos públicos):
É legal a cláusula de edital que prescreva que as atividades do cargo de perito datiloscopista são de nível médio, desde que, à época da publicação do edital do concurso para o referido cargo, haja previsão legislativa estadual nesse sentido. STJ. 1ª Turma. AgRg no RMS 32.892-RO, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 17/12/2015 (Info 576).
Ainda que o requisito da idade mínima de 18 anos conste em lei e no edital de concurso público, é possível que o candidato menor de idade aprovado no concurso tome posse no cargo de auxiliar de biblioteca no caso em que ele, possuindo 17 anos e 10 meses na data da sua posse, já havia sido emancipado voluntariamente por seus pais há 4 meses. STJ. 2ª Turma. REsp 1.462.659-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 1º/12/2015 (Info 576).
Em ação ordinária na qual se discute a eliminação de candidato em concurso público – em razão da subjetividade dos critérios de avaliação de exame psicotécnico previstos no edital – a legitimidade passiva será da entidade responsável pela elaboração do certame. Ex: o Estado do ES abriu concurso para agente penitenciário. O CESPE foi contratado para realizar as provas. João inscreveu-se no certame e foi aprovado nas provas teóricas, tendo sido, contudo, reprovado no exame psicotécnico. Diante disso, João quer ajuizar ação ordinária questionando os critérios de avaliação do exame psicotécnico previstos no edital sob o argumento de que eles eram subjetivos. Essa ação terá que ser proposta contra o Estado do ES (e não contra o CESPE). STJ. 1ª Turma. REsp 1.425.594-ES, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 7/3/2017 (Info 600).
*O STF, em recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida, firmou a seguinte tese: "Não compete ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca examinadora para avaliar respostas dadas pelos candidatos e notas a elas atribuídas" (RE 632.853). Do voto condutor do mencionado acórdão, percebe-se que a tese nele constante buscou esclarecer que o Poder Judiciário não pode avaliar as respostas dadas pelo candidato e as notas a eles atribuídas se for necessário apreciar o conteúdo das questões ou os critérios utilizados na correção, exceto se flagrante a ilegalidade. Ao analisar uma prova para o cargo de assessor do MPRS, o STJ decidiu anular uma das questões discursivas pelo fato de que ela possuía um grave erro no enunciado, o que prejudicou o candidato na elaboração de sua resposta. No enunciado da questão constou a expressão “permissão de saída”, mas na verdade o examinador queria saber sobre a “saída temporária”, tanto que a resposta padrão do gabarito envolvia este segundo instituto. Houve, portanto, uma troca dos conceitos. A própria comissão examinadora reconheceu que houve o erro no enunciado, mas afirmou que isso não atrapalhou os candidatos e, por isso, manteve as notas. O STJ, contudo, não concordou com isso e anulou a questão. Se a própria banca examinadora reconhece o erro na formulação da questão, não se pode fechar os olhos para tal constatação ao simplório argumento de que referido erro não influiria na análise do enunciado pelo candidato. Vale ressaltar que o STJ afirmou que esta anulação não contraria o que decidiu o STF no julgamento do RE 632.853 por duas razões: 1) o candidato não está buscando que o Poder Judiciário reexamine o conteúdo da questão ou o critério de correção para decidir se a resposta dada por ele está ou não correta. Em outras palavras, não se quer que recorrija a prova. O que o impetrante pretende é que seja reconhecido que o enunciado da questão apresenta um erro grave insuperável. 2) o STF decidiu que, em regra, não é possível a anulação de questões de concurso, salvo se houver ilegalidade a permitir a atuação do Poder Judiciário. Em outras palavras, existe uma “exceção” à tese fixada no RE 632.853. E, no presente caso, estamos diante de uma flagrante ilegalidade da banca examinadora. STJ. 2ª Turma. RMS 49.896-RS, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 20/4/2017 (Info 603).
*A banca examinadora do certame, por ocasião da divulgação dos resultados das provas, deve demonstrar, de forma clara e transparente, que os critérios de avaliação previstos no edital foram devidamente considerados, sob pena de nulidade da avaliação. As informações constantes dos espelhos de provas subjetivas representam a motivação do ato administrativo, consistente na atribuição de nota ao candidato. Essa motivação deve ser apresentada anteriormente ou concomitante à prática do ato administrativo, pois caso se permita a motivação posterior, isso pode dar ensejo para que se fabriquem, forjem ou criem motivações. Não é legítima a conduta da banca examinadora de divulgar o espelho de provas com a motivação das notas após ser contestada na via judicial ou administrativa. Destaque-se também que não há fundamentação válida se a banca apenas divulga critérios muito subjetivos e a nota global dos candidatos, desacompanhados do padrão de resposta e das notas atribuídas para cada um dos critérios adotados. STJ. 2ª Turma. RMS 49.896-RS,Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 20/4/2017 (Info 603)
*A simples alteração na ordem de aplicação das provas de teste físico em concurso público, desde que anunciada com antecedência e aplicada igualmente a todos, não viola direito líquido e certo dos candidatos inscritos. Ex: o edital inicial dizia que, no dia da prova de esforço físico, o teste de equilíbrio seria o primeiro e a corrida o último; depois foi publicado um novo edital alterando a ordem. STJ. 1ª Turma. RMS 36.064-MT, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 13/6/2017 (Info 608).
*#DEOLHONAJURIS #STF #DIZERODIREITO: Os candidatos possuem direito à segunda chamada nos testes físicos em concursos públicos? REGRA: NÃO. Os candidatos em concurso público NÃO têm direito à prova de segunda chamada nos testes de aptidão física em razão de circunstâncias pessoais, ainda que de caráter fisiológico ou de força maior, salvo se houver previsão no edital permitindo essa possibilidade. STF. Plenário. RE 630733/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/5/2013 (repercussão geral) (Info 706). EXCEÇÃO: as candidatas gestantes possuem. É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à época de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso público. STF. Plenário. RE 1058333/PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 21/11/2018 (repercussão geral) (Info 924). #IMPORTANTE
* #IMPORTANTE #DEFENSORIAS: É inconstitucional a contratação, sem concurso público, após a instalação da Assembleia Constituinte, de advogados para exercerem a função de Defensor Público estadual. Tal contratação amplia, de forma indevida, a regra excepcional do art. 22 do ADCT da CF/88 e afronta o princípio do concurso público. STF. 1ª Turma. RE 856550/ES, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 10/10/2017 (Info 881).
*#OUSESABER #ADVOCACIAPÚBLICA: Certo ou Errado? Conforme entende a AGU, o termo a quo do prazo decadencial para impetração de Mandado de Segurança, no qual se discuta regra editalícia que tenha fundamentado eliminação de candidato em concurso público é a data de publicação do edital, por ser este entendimento mais favorável à Administração.
ASSERTIVA ERRADA!
Amigos, analisando a Súmula nº 79 da AGU constatamos que:
Súmula n.º 79 - O termo inicial do prazo decadencial para impetração de Mandado de Segurança, no qual se discuta regra editalícia que tenha fundamentado eliminação de candidato em concurso público, é a data em que este toma ciência do ato administrativo que determina sua exclusão do certame.
Sendo assim, nota-se que o erro da questão está na parte final do item quando é dito que o termo a quo do prazo decadencial para impetração de Mandado de Segurança é a data de publicação do edital, quando o certo é a data em que este toma ciência do ato administrativo que determina sua exclusão do certame.
*#NOVIDADELEGISLATIVA #DIZERODIREITO: foi publicada a Lei nº 13.656/2018, que isenta determinados candidatos do pagamento de taxa de inscrição em concursos públicos federais.
Quem tem direito à isenção no pagamento da taxa de inscrição?
1) os candidatos que pertençam a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), do Governo Federal, cuja renda familiar mensal per capita seja inferior ou igual a meio salário-mínimo nacional;
2) os candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde.
Essa isenção vale para quais concursos?
Concursos públicos para cargo efetivo ou emprego permanente em órgãos ou entidades da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União.
Assim, a isenção somente vale para concursos federais.
Essa isenção abrange concursos da:
• Administração Pública direta (exs: Ministério da Saúde, Polícia Federal)
• Autarquias (ex: INSS);
• Fundações (ex: FUNAI, Universidades);
• Empresas públicas (ex: caixa econômica federal);
• Sociedades de economia mista (ex: Petrobrás);
• Poder Legislativo federal (Câmara dos Deputados e Senado Federal)
• Órgãos do Poder Judiciário federal (exs: Justiça Federal, Justiça do Trabalho, STJ, STF);
• Ministério Público da União;
• DPU;
• AGU.
A isenção abrange o que? O que o candidato está dispensado de pagar?
A taxa de inscrição.
Cumprimento dos requisitos
O cumprimento dos requisitos para a concessão da isenção deverá ser comprovado pelo candidato no momento da inscrição, nos termos do edital do concurso.
Informação falsa
O candidato que prestar informação falsa com o intuito de usufruir da isenção estará sujeito a:
a) cancelamento da inscrição e exclusão do concurso, se a falsidade for constatada antes da homologação de seu resultado;
b) exclusão da lista de aprovados, se a falsidade for constatada após a homologação do resultado e antes da nomeação para o cargo;
c) declaração de nulidade do ato de nomeação, se a falsidade for constatada após a sua publicação;
d) responsabilização penal.
Informação deve constar no edital
O edital do concurso deverá informar sobre a isenção de que trata a Lei nº 13.656/2018 e sobre as sanções aplicáveis aos candidatos que venham a prestar informação falsa.
Vigência
A Lei nº 13.656/2018 entrou em vigor no dia de sua publicação (02/05/2018).
A isenção prevista nesta Lei não se aplica aos concursos públicos cujos editais tenham sido publicados anteriormente à sua vigência.
E os concursos estaduais, distritais e municipais?
A Lei nº 13.656/2018 não abrange concursos estaduais, distritais e municipais. Isso porque uma Lei federal não poderia conceder isenção em tais casos, sob pena de violação à autonomia estadual, distrital ou municipal.
Assim, as isenções relacionadas a esses concursos devem ser previstas em leis do respectivo Estado/DF ou Município.
No Acre, por exemplo, em 2015, foi editada lei concedendo isenção do pagamento da inscrição para concursos públicos aos candidatos que forem doadores de sangue ou doadores de medula óssea.
*#OUSESABER: É legítima a utilização de outros critérios, além da autodeclaração, no sistema de cotas raciais de concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública direta e indireta? SIM! Segundo o art. 2º da Lei nº 12.990/2014, poderão concorrer às vagas reservadas a candidatos negros aqueles que se autodeclararem pretos ou pardos no ato da inscrição no concurso público. Inobstante o reconhecimento da constitucionalidade desse critério principal pelo STF, a Suprema Corte afirmou ser possível que a Administração Pública faça também um controle heterônomo, sobretudo quando houver indício de fraude, desde que respeitada a dignidade da pessoa humana e que sejam garantidos o contraditório e a ampla defesa. (STF. Plenário. ADC 41/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 8/6/2017). Constituem exemplos desse controle heterônomo a exigência de análise presencial da autodeclaração; exigência de apresentação de fotos pelos candidatos; formação de comissões com composição plural para entrevista dos candidatos em momento posterior à autodeclaração, etc.
*#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STF: Em 2001, foi editada uma lei estadual criando cargos e organizando a Polícia Civil do Estado do Amazonas. Nesta Lei foi previsto que, na estrutura da Polícia Civil, haveria cargos de Delegado de Polícia e de Comissário de Polícia. Ainda em 2001, foi realizado um concurso público, com provas específicas para cada um desses cargos, e os aprovados nomeados e empossados. Contudo, em 2004, houve duas leis modificando o cargo de Comissário de Polícia.
• a primeira delas afirmou que Comissário de Polícia seria autoridade policial, juntamente com o Delegado de Polícia, equiparando a remuneração dos dois cargos.
• a segunda lei, transformando o cargo de "Comissário de Polícia" em "Delegado de Polícia".
Essas duas leis foram impugnadas por meio de ADI. Em 2015, o STF decidiu que elas são INCONSTITUCIONAIS porque representaram burla à exigência do concurso público. As referidas leis fizeram uma espécie de ASCENSÃO FUNCIONAL dos Comissários de Polícia porque transformaramos ocupantes desses cargos em Delegados de Polícia sem que eles tivessem feito concurso público para tanto. No caso concreto os Ministros entenderam que, quando o cargo de Comissário de Polícia foi criado, ele possuía diferenças substanciais em relação ao de Delegado de Polícia, o que impediria a transformação, mesmo sob o argumento de ser medida de racionalização administrativa. Foram opostos embargos de declaração contra a decisão. Em 2018, o STF acolheu os embargos e aceitou modular os efeitos da decisão proferida na ADI 3415. Além disso, o Tribunal determinou ao Estado do Amazonas que promova, no prazo máximo de 18 meses a contar da publicação da ata de julgamento (07/08/2018 a abertura de concurso público para o cargo de Delegado de Polícia. O Ministro Relator Alexandre de Moraes afirmou que mais de 70 delegacias de polícia ficariam sem delegados e que a população amazonense é que sofreria as consequências. Além disso, na decisão dos embargos os Ministros esclareceram que são plenamente válidos os atos praticados nos cargos de Delegado de Polícia que serão afastados STF. Plenário.ADI 3415 ED-segundos/AM, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 1º/8/2018 (Info 909).
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #STJ: Os Defensores Públicos NÃO precisam de inscrição na OAB para exerceram suas atribuições. O art. 3º, § 1º, da Lei 8.906/94 deve receber interpretação conforme à Constituição de modo a se concluir que não se pode exigir inscrição na OAB dos membros das carreiras da Defensoria Pública. O art. 4º, § 6º, da LC 80/94 afirma que a capacidade postulatória dos Defensores Públicos decorre exclusivamente de sua nomeação e posse no cargo público, devendo esse dispositivo prevalecer em relação ao Estatuto da OAB por se tratar de previsão posterior e específica. Vale ressaltar que é válida a exigência de inscrição na OAB para os candidatos ao concurso da Defensoria Pública porque tal previsão ainda permanece na Lei. STJ. 2ª Turma. REsp 1.710.155-CE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 01/03/2018 (Info 630). #IMPORTANTE
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #STJ: O candidato aprovado em concurso público fora do número de vagas tem direito subjetivo à nomeação caso surjam novas vagas durante o prazo de validade do certame, haja manifestação inequívoca da administração sobre a necessidade de seu provimento e não tenha restrição orçamentária. STJ. 1ª Seção. MS 22.813-DF, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 13/06/2018 (Info 630).
- Prazo de Validade:
	Prazo de validade é de até 02 anos, prorrogável por uma única vez, e por igual período. A prorrogação deve ser dar durante o prazo de validade. A decisão de prorrogação é discricionária (conveniência e oportunidade do interesse público). 
	Não há direito adquirido à prorrogação do prazo de validade. Assim, o STF decidiu que a prorrogação pode ser revogada, desde que o prazo não tenha começado a fluir.
*#OUSESABER: É possível prorrogar a validade de concurso público já expirado o seu prazo inicial? Sobre o prazo de concurso público, cabe lembrar a disposição constitucional sobre o tema. Vejamos: art. 37 – III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período. A respeito do indagado, o STF já emitiu posicionamento em sentido negativo. Vejamos: Impossibilidade de prorrogar a validade do concurso quando já expirado o seu prazo inicial. [AI 452.641 AgR, rel. min. Nelson Jobim, j. 30-9-2003, 2ª T, DJ de 5-12-2003].
*Jurisprudência em teses – STJ – Edição nº 115:
1) A Justiça do Trabalho não tem competência para decidir os feitos em que se discutem critérios utilizados pela administração para a seleção e a admissão de pessoal em seus quadros, uma vez que envolve fase anterior à investidura no emprego público.
2) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar demandas visando a obtenção de prestações trabalhistas, nas hipóteses em que o trabalhador foi admitido na administração pública pelo regime celetista, antes da Constituição Federal de 1988 e sem concurso público.
3) As contratações temporárias celebradas pela administração pública, na vigência da Constituição Federal de 1988, ostentam caráter precário e submetem-se à regra do art. 37, inciso IX, não sendo passíveis de transmutação de sua natureza eventual pelo decurso do tempo.
4) Não ocorre a decadência administrativa prevista no art. 54 da Lei n. 9.784/1999 em situações de evidente inconstitucionalidade, como é o caso de admissão de servidores sem concurso público.
5) Não é possível estender a estabilidade excepcional do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT aos servidores contratados sem concurso público após a promulgação da Constituição Federal de 1988.
6) A contratação de servidores temporários ou o emprego de servidores comissionados, terceirizados ou estagiários, por si sós, não caracterizam preterição na convocação e na nomeação de candidatos advindos de concurso público, tampouco autorizam a conclusão de que tenham automaticamente surgido vagas correlatas no quadro efetivo, a ensejar o chamamento de candidatos aprovados em cadastro de reserva ou fora do número de vagas previstas no edital.
7) Ocorrida a vacância na titularidade da serventia extrajudicial na vigência da atual Constituição Federal, o provimento de novo titular deve ser realizado por meio de concurso público, nos termos do art. 236, § 3º, da CF/1988.
8) O direito à liberdade de crença, assegurado pela Constituição, não pode criar situações que importem tratamento diferenciado - seja de favoritismo, seja de perseguição - em relação a outros candidatos de concurso público que não professam a mesma crença religiosa.
9) É ilegítima a previsão de edital de concurso público que exige o prévio registro na Delegacia Regional do Trabalho como condição para que os graduados em Letras ou em Secretariado Bilíngue exerçam a atividade de Secretário-Executivo.
10) A investigação social em concursos públicos, além de servir à apuração de infrações criminais, presta-se a avaliar idoneidade moral e lisura daqueles que desejam ingressar nos quadros da administração pública.
11) Em concursos públicos, a inaptidão na avaliação psicológica ou no exame médico exige a devida fundamentação.
12) É indevida a acumulação de proventos de duas aposentadorias, de cargos públicos não acumuláveis na atividade, ainda que uma delas seja proveniente do reingresso no serviço público mediante aprovação em concurso, antes da Emenda Constitucional n. 20/98.
- Nomeação 
	A regra é de que o candidato tem mera expectativa de direito à nomeação. Porém, em algumas hipóteses, o candidato tem direito subjetivo à nomeação. Vejamos: 
1. Preterição do Candidato (Súmula 15, STJ)
2. Administração celebra vínculos precários
3. Aprovação dentro do número de vagas (RG – RE 598099)
4. Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. STF. Plenário. RE 837311/PI, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 09/12/2015 (repercussão geral) (Info 811)
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #OLHAOGANCHO
CONCURSO PÚBLICO: A posse ou o exercício em cargo público por força de decisão judicial de caráter provisório não implica a manutenção, em definitivo, do candidato que não atende a exigência de prévia aprovação em concurso público (art. 37, II, da CF/88), valor constitucional que prepondera sobre o interesse individual do candidato, que não pode invocar, na hipótese, o princípio da proteção da confiança legítima, pois conhece a precariedade da medida judicial. Em suma, não se aplica a teoria do fato consumado para candidatos que assumiram o cargo público por força de decisão judicial provisória posteriormente revista. STF. 1ª Turma. RMS 31538/DF, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, julgado em 17/11/2015 (Info 808). STF. Plenário. RE 608482/RN, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 7/8/2014 (repercussão geral) (Info 753).
O mero surgimento de vagas ou a aberturade novo concurso para o mesmo cargo não gera direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado fora do número de vagas, cabendo a ele demonstrar, de forma inequívoca, que houve preterição arbitrária e imotivada por parte da administração pública. No caso concreto, o STF entendeu que isso não ficou comprovado. Assim, para o Tribunal, a situação não se enquadra nas hipóteses previstas no RE 837311/PI. STF. 1ª Turma. RMS 31478/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 9/8/2016 (Info 834)
Situação 1: o candidato aprovado fora do número de vagas previstas no edital de concurso público tem direito subjetivo à nomeação quando o candidato imediatamente anterior na ordem de classificação, aprovado dentro do número de vagas, for convocado e manifestar desistência. Ex: eram 10 vagas e João passou em 11º lugar; ocorre que o 10º colocado foi convocado e desistiu de assumir; João tem direito subjetivo de ser nomeado. Em suma, tem direito subjetivo à nomeação o candidato aprovado fora do número de vagas previstas no edital, mas que passe a figurar entre as vagas em decorrência da desistência de candidatos classificados em colocação superior.
Situação 2: o candidato aprovado fora do número de vagas previstas no edital de concurso público tem direito subjetivo à nomeação quando o candidato imediatamente anterior na ordem de classificação, embora aprovado fora do número de vagas, for convocado para vaga surgida posteriormente e manifestar desistência. Ex: João fez um concurso público para o cargo de Procurador do Estado, cujo edital previa 10 vagas, tendo sido aprovado e, na classificação final, ficou em 12º lugar. Os 10 candidatos aprovados nas primeiras posições foram nomeados e empossados. Um ano depois, é aprovada uma lei criando uma nova vaga para o cargo de Procurador do Estado. Pedro, o candidato aprovado em 11º lugar no concurso, foi convocado para tomar posse no cargo, mas, por ter outros interesses, acabou desistindo de assumir. STJ. 1ª Turma. AgRg no ROMS 48.266-TO, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 18/8/2015 (Info 567). STJ. 1ª Turma. AgRg noRMS 41.031-PR, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 18/8/2015 (Info 567).
- Exceções: O STF, ao analisar o tema em sede de repercussão geral, identificou hipóteses excepcionais em que a Administração pode deixar de realizar a nomeação de candidato aprovado dentro do número de vagas, desde que se verifique a ocorrência de uma situação com as seguintes características (RE 598.099/MS, Pleno, DJe de 3/10/2011): 
· Superveniência: os eventuais fatos ensejadores de uma situação excepcional devem ser necessariamente posteriores à publicação do edital do certame público; 
· Imprevisibilidade: a situação deve ser determinada por circunstâncias extraordinárias, imprevisíveis à época da publicação do edital; 
· Gravidade: os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; 
· Necessidade: a solução drástica e excepcional de não cumprimento do dever de nomeação deve ser extremamente necessária, de forma que a Administração somente pode adotar tal medida quando absolutamente não existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação excepcional e imprevisível. 
- O candidato aprovado fora do número de vagas não tem direito subjetivo à nomeação, mesmo que surjam ou sejam criadas vagas durante o prazo de validade do concurso. Assim, o fato de terem sido criados novos cargos enquanto ainda vigente o concurso não obriga, por si só, a Administração a nomear o candidato aprovado fora do número de vagas. Somente existe direito subjetivo à nomeação dos candidatos aprovados dentro do número de vagas inicialmente previsto no instrumento convocatório, restando à Administração o exercício do seu poder discricionário para definir pela conveniência de se nomear os candidatos elencados em cadastro de reserva. Tampouco obriga, a princípio, a administração a prorrogar o prazo de validade do concurso, ato discricionário, submetido ao juízo de oportunidade e conveniência administrativas. (STJ. 2ª Turma. AgRg no REsp 1263916/PR, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 14/08/2012). 
- Exceção: O candidato aprovado fora do número de vagas do edital adquire direito subjetivo à nomeação caso consiga comprovar que: surgiram novas vagas durante o prazo de validade do concurso público; e existe interesse da Administração Pública e disponibilidade orçamentária para preencher essas vagas.
 A nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso público, por meio de ato judicial, à qual atribuída eficácia retroativa, não gera direito às promoções ou progressões funcionais que alcançariam se houvesse ocorrido, a tempo e modo, a nomeação. STF. Plenário. RE 629392 RG/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/6/2017 (repercussão geral) (Info 868).
* #IMPORTANTE:O STF, em sede de repercussão geral, fixou a seguinte tese: Na hipótese de posse em cargo público determinada por decisão judicial, o servidor não faz jus à indenização, sob fundamento de que deveria ter sido investido em momento anterior, salvo situação de arbitrariedade flagrante. STF. Plenário. RE 724347/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 26/2/2015 (repercussão geral) (Info 775). Esse entendimento do STF aplica-se mesmo que o erro tenha sido reconhecido administrativamente pelo Poder Público (e não por decisão judicial). Assim, a nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso público não gera direito à indenização, ainda que a demora tenha origem em erro reconhecido pela própria Administração Pública. STJ. 1ª Turma. REsp 1.238.344-MG, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 30/11/2017 (Info 617).
* #IMPORTANTE: A desistência de candidatos melhor classificados em concurso público convola a mera expectativa em direito líquido e certo, garantindo a nomeação dos candidatos que passarem a constar dentro do número de vagas previstas no edital. STJ. 1ª Turma. RMS 53.506-DF, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 26/09/2017 (Info 612). STJ. 2ª Turma. RMS 52.251/PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 05/09/2017. STF. 1ª Turma. ARE 1058317 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 01/12/2017.
*#JURISEMTESES[footnoteRef:3] #STJ: [3: ttp://www.stj.jus.br/internet_docs/jurisprudencia/jurisprudenciaemteses/Jurisprud%EAncia%20em%20teses%20103%20-%20Concurso%20P%FAblico%20-%20IV.pdf] 
1) o poder judiciário não pode substituir a banca examinadora do certame e tampouco se imiscuir nos critérios de atribuição de notas e de correção de provas, visto que sua atuação se restringe ao controle jurisdicional da legalidade do concurso público e da observância do princípio da vinculação ao edital.
2) a divulgação, ainda que a posteriori, dos critérios de correção das provas dissertativas ou orais não viola, por si só, o princípio da igualdade, desde que os mesmos parâmetros sejam aplicados uniforme e indistintamente a todos os candidatos
3) o provimento originário em concurso público não permite a invocação do instituto da remoção para acompanhamento de cônjuge ou companheiro, em razão do prévio conhecimento das normas expressas no edital do certame.
4) a administração pública pode anular, a qualquer tempo, o ato de provimento efetivo flagrantemente inconstitucional, pois o decurso do tempo não possui o condão de convalidar os atos administrativos que afrontem a regra do concurso público.
5) a investidura em cargo público efetivo submete-se a exigência de prévio concurso público, sendo vedado o provimento mediante transposição, ascensão funcional, acesso ou progressão.
6) na hipótese de abertura de novo concurso público dentro do prazo de validade do certame anterior, o termo inicial do prazo decadencial para a impetração do mandado de segurança por candidatos remanescentes é a data da publicação do novo edital.
7) a nomeação ou a posse tardia de candidato aprovado em concurso público, por força de decisão judicial,não configura preterição ou ato ilegítimo da administração pública a justificar uma contrapartida indenizatória, salvo situação de arbitrariedade flagrante.
8) a nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso público, por meio de decisão judicial, à qual atribuída eficácia retroativa, não gera direito às promoções e às progressões funcionais que alcançariam caso a nomeação houvesse ocorrido a tempo e a modo.
9) a vedação de execução provisória de sentença contra a fazenda pública inserida no art. 2º-b da lei n. 9.494/1997 não incide na hipótese de nomeação e de posse em razão de aprovação em concurso público.
10) a contratação de servidores sem concurso público, quando realizada com base em lei municipal autorizadora, descaracteriza o ato de improbidade administrativa, em razão da ausência de dolo genérico do gestor público.
11) o titular da conta vinculada ao FGTS tem o direito de sacar o saldo respectivo quando declarado nulo seu contrato de trabalho por ausência de prévia aprovação em concurso público. (súmula n. 466/stj) (tese julgada sob o rito do art. 543-c do cpc/1973 – tema 141)
*#STF #DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #DIZERODIREITO: O CNJ não pode substituir a banca examinadora do concurso na escolha das questões, na correção de provas e nas atribuições de notas. Assim, ao Conselho é defeso (proibido) substituir o critério valorativo para escolha e correção das questões pela Banca Examinadora nos concursos públicos. 
O CNJ pode, no entanto, substituir, anular ou reformar decisões da banca do concurso que firam os princípios da razoabilidade, da igualdade, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade. Isso porque a discricionariedade da banca de concurso não se confunde com arbitrariedade. Se houver desrespeito aos princípios constitucionais da administração pública, será possível a plena revisão da decisão pelo Conselho. 
Ex: o CNJ pode anular decisão do Tribunal de Justiça que, em concurso de cartório, deu interpretação equivocada a determinado item do edital, e conferiu pontuação indevida a certos candidatos na fase de títulos. A pontuação conferida pela Comissão no TJ violava à Resolução do CNJ que regulamenta os concursos de cartório. Neste caso, o CNJ atuou dentro dos limites constitucionais do controle administrativo. STF. 1ª Turma. MS 33527/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em 20/3/2018 (Info 895).
- Estabilidade 
Aquisição
	Previsão legal – art. 41, CF.
	Requisitos (EC n. 19/98):
		Prévia Aprovação em Concurso Público 
		Nomeação em Cargo Efetivo 
		03 anos de exercício 
		Avaliação Especial de Desempenho 
	
Obs.: estabilidade para emprego público é uma matéria divergente. Contudo, prevalece o entendimento de que somente titulares de cargos efetivos possuem estabilidade, ou seja, a partir da EC n. 19/98 os empregados públicos perderam o direito a adquirir estabilidade.
Perda 
	Avaliação Periódica de Desempenho (EC 19/98) – Regulamentação por LC
	Processo Administrativo Disciplinar
	Processo Judicial com Transito em Julgado 
	Racionalização da Máquina Administração (art. 169, CF).
Obs.: Estágio Probatório 
	Redação original da CF/1988 – 2 anos de exercício para adquirir estabilidade. 
	Art. 20, da Lei n. 8.112/90 – 24 meses (estágio probatório).
	EC n. 19/98 – 3 anos de exercício para adquirir estabilidade (art. 41, CF). 
*#OUSESABER: A compatibilidade entre deficiência e funções do cargo só pode ser avaliada durante estágio probatório. 
Segundo decidiu a Segunda Turma do STJ, “de acordo com as disposições do Decreto n. 3.298, de 20 de dezembro de 1999, a avaliação entre as atribuições do cargo e a deficiência do candidato somente deveria ser feita por equipe multiprofissional durante o estágio probatório” (AgInt no RMS 51307, Rel. Min. Francisco Falcão).
* Se a estabilidade e estágio probatório forem reconhecidos como institutos dependentes, ambos devem ter o mesmo prazo, ou seja, 03 anos. Para quem adota essa visão, o art. 20, da Lei n. 8.112/90, não foi recepcionado pela nova regra da CF trazida pela EC n. 19/98 (não é materialmente competente) – AGU, STF, STJ. 
* Se a estabilidade e estágio probatório forem reconhecidos como institutos independentes, ambos podem ter prazos distintos, permanecendo a estabilidade alcançada em 03 anos e o estágio probatório com duração de 24 meses. Logo, quem adota essa posição entende que o art. 20, da Lei n. 8.112 foi recepcionado pela CF – Congresso Nacional.
Art. 19 do ADCT da CF/88 O ADCT da CF/88 previu que os servidores públicos que estavam em exercício há pelo menos 5 anos quando a Constituição Federal foi promulgada, deveriam ser considerados estáveis mesmo que não tivessem sido admitidos por meio de concurso público. Desse modo, quem ingressou no serviço público, sem concurso, até 05/10/1983 (5 anos antes da CF/88) e assim permaneceu, de forma continuada, tornou-se estável com a edição da CF/88. Trata-se, contudo, de regra excepcional e que somente vigorou para esses casos. 
Veja a redação do dispositivo: Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço público. (...) § 2º — O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em comissão, nem aos que a lei declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computado para os fins do "caput" deste artigo, exceto se se tratar de servidor. § 3º — O disposto neste artigo não se aplica aos professores de nível superior, nos termos da lei.
#DEOLHONOJULGADO: O art. 19 do ADCT da CF/88 previu que os servidores públicos que estavam em exercício há pelo menos 5 anos quando a Constituição Federal foi promulgada, deveriam ser considerados estáveis, mesmo não tendo sido admitidos por meio de concurso público. Desse modo, quem ingressou no serviço público, sem concurso, até 05/10/1983 e assim permaneceu, de forma continuada, tornou-se estável com a edição da CF/88. É inconstitucional Constituição estadual ou lei estadual que amplie a abrangência do art. 19 do ADCT e preveja estabilidade para servidores públicos admitidos sem concurso público mesmo após 05/10/1983 (5 anos antes da CF/88). STF. Plenário. ADI 1241/RN, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22/09/2016 (Info 840). O STF decidiu, contudo, modular os efeitos da decisão. A Lei 6.697/94, do RN, foi declarada inconstitucional. Logo, como consequência dessa decisão, todos os servidores públicos que estivessem nessa situação deveriam ser exonerados imediatamente. Ocorre que o STF entendeu que isso iria gerar graves consequências para o funcionamento da Administração Pública estadual que, de uma hora para outra, ficaria privada de centenas de servidores. Diante disso, a Corte decidiu que a decisão somente teria eficácia a partir de 12 meses contados da data da publicação da ata de julgamento. Nesse período, haverá tempo hábil para a realização de concurso público, nomeação e posse de novos servidores, evitando-se, assim, prejuízo à prestação do serviço público de ensino superior na URRN. Além disso, o STF ressalvou dos efeitos da decisão os servidores que já estejam aposentados e aqueles que, até a data de publicação da ata do julgamento, tenham preenchido os requisitos para a aposentadoria. Em outras palavras, se a pessoa se aposentou (ou reuniu os requisitos para se aposentar com base na Lei 6.697/94), ela terá direito de continuar aposentada (ou se aposentar) mesmo essa lei tendo sido declarada inconstitucional.
- Sistema Remuneratório
Modalidades 
a) Remuneração (Vencimentos) = Salário Base (Vencimento) + Parcela Variável 
b) Subsídio = Parcela Única
→ Chefes do Executivo e Vices, Auxiliares Imediatos do Poder Executivo;
→ Membros do Poder Legislativo – SF, DF, DE, Vereadores;
→ Membros da Magistraturae Membros do MP;
→ AGU, Procuradores e Defensores;
→ Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas;
→ Polícias
*#SELIGANAJURISPRUDÊNCIA: O art. 39, § 4º, da Constituição Federal não é incompatível com o pagamento de terço de férias e décimo terceiro salário. Os agentes políticos, como é o caso dos Prefeitos e Vice-Prefeitos, não devem ter um tratamento melhor, mas também não podem ter uma situação pior do que a dos demais trabalhadores. Se todos os trabalhadores em geral têm direito a um terço de férias e têm direito a décimo terceiro salário, não se mostra razoável que isso seja retirado da espécie de servidores públicos (Prefeitos e Vice-Prefeitos). STF. Plenário. RE 650898/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 1º/2/2017 (repercussão geral) (Info 852).
Obs.: procuradores municipais não são remunerados por subsídios. 
Obs.: cargos de carreira PODEM receber subsídios. 
Obs.: é possível o pagamento fora do subsídio das verbas indenizatórias (diárias, ajuda de custo, transporte) e as verbas do art. 39, §3°, CF (art. 7°, CF). 
	A fixação e modificação da remuneração devem ser feitas por meio de lei.
	Exceções: 
I. Congresso Nacional fixa por meio de Decreto Legislativo a remuneração dos seus membros, do Presidente e Vice Presidente da República e Ministros de Estados (art. 49, CF).
II. Câmara Municipal fixa por meio de Decreto Legislativo a remuneração dos seus membros.
*#OUSESABER: Servidor público está sendo processado criminalmente. É possível reduzir os seus vencimentos em razão disso, com base em previsão legal? Segundo o STF, não! Previsão nesse sentido ofende a presunção de inocência e a irredutibilidade de vencimentos. Ainda, temos que, mesmo que se preveja que ocorrerá a devolução dos valores caso ele seja absolvido, não é possível tal previsão. Vejamos: A redução de vencimentos de servidores públicos processados criminalmente colide com o disposto nos arts. 5º, LVII, e 37, XV, da Constituição, que abrigam, respectivamente, os princípios da presunção de inocência e da irredutibilidade de vencimentos. Norma estadual não recepcionada pela atual Carta Magna, sendo irrelevante a previsão que nela se contém de devolução dos valores descontados em caso de absolvição. [RE 482.006, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 7-11-2007, P, DJ de 14-12-2007.] (ARE 776.213 AgR, rel. min. Gilmar Mendes, j. 19-8-2014, 2ª T, DJE de 4-9-20140, AI 723.284 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 27-8-2013, 1ª T, DJE de 23-10-2013).
Teto Remuneratório 
	O teto remuneratório foi inserido pela EC n. 19/98. Criou, porém, apenas o teto geral que é o valor recebido pelos ministros do STF. A EC n. 41/03 criou subtetos. Vejamos (art. 37, XI, CF): XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003). 
*#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STJ: O direito à percepção de VPNI não impede a sua eventual absorção pelo subsídio e do mesmo modo, não inviabiliza a aplicação do teto constitucional, que inclui a vantagem de caráter pessoal no cômputo da remuneração do servidor para observância do teto. STJ. 1ª Turma. RMS 33744-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 05/04/2018 (Info 624).
*#DEOLHONAJURIS #STF #DIZERODIREITO: Incide o teto remuneratório constitucional aos substitutos interinos de serventias extrajudiciais. STF. 2ª Turma. MS 29.039/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 13/11/2018 (Info 923).
Subtetos 
i) Âmbito da União = Ministro do STF 
ii) Âmbito dos Estados 
	Poder Executivo = Governador
	Poder Legislativo = Deputado Estadual 
	Poder Judiciário = Desembargador (90,25% do subsídio do Ministro do STF)
ADI 3854 = 90,25% é limite de remuneração do cargo de desembargador.
Obs.: promotor, procurador de justiça, procurador de estado e defensores públicos estaduais possuem como subteto o subsídio do desembargador. 
iii) Âmbito dos Municípios = Prefeito
#OUSESABER: O STF, no julgamento do ARE 652777, em sede de repercussão geral, entendeu ser POSSÍVEL a publicação pela Administração Pública dos vencimentos de servidores públicos na Internet, inclusive por meio de relação nominal. Confira-se: Ementa: “CONSTITUCIONAL. PUBLICAÇÃO, EM SÍTIO ELETRÔNICO MANTIDO PELO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, DO NOME DE SEUS SERVIDORES E DO VALOR DOS CORRESPONDENTES VENCIMENTOS. LEGITIMIDADE. 1. É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias. 2. Recurso extraordinário conhecido e provido”. A controvérsia relaciona-se ao embate entre o direito fundamental ao acesso à informação e o direito fundamental à inviolabilidade da intimidade e da vida privada. Entendeu a Suprema Corte que as informações em questão são de INTERESSE DA COLETIVIDADE, estando a sua divulgação em consonância com o PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE que rege a Administração Pública. O agente público, ao ingressar nos quadros da Administração, tem a sua esfera de privacidade MITIGADA, não podendo pretender gozar da mesma proteção dada ao cidadão comum.
#DEOLHONAJURISPRUDENCIA - SERVIDORES PÚBLICOS. PISO SALARIAL NACIONAL DE PROFESSORES. A Lei nº 11.738/2008, em seu art. 2º, § 1º, ordena que o vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica deve corresponder ao piso salarial profissional nacional, sendo vedada a fixação do vencimento básico em valor inferior, não havendo determinação de incidência automática em toda a carreira e reflexo imediato sobre as demais vantagens e gratificações, o que somente ocorrerá se estas determinações estiverem previstas nas legislações locais. STJ. 1ª Seção. REsp 1.426.210-RS, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 23/11/2016 (recurso repetitivo) (Info 594).
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO: A Constituição do Estado do Ceará prevê que deverá ser assegurada isonomia salarial para docentes em exercício, com titulação idêntica, respeitando-se o grau de ensino em que estiverem atuando. O STF decidiu que essa regra é constitucional e que não ofende o art. 37, XIII, da CF/88. Isso porque não há, no caso, equiparação salarial de carreiras distintas, considerando que se trata especificamente da carreira de magistério público e de docentes com titulação idêntica. STF. Plenário. ADI 145/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2018 (Info 907).
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO: São inconstitucionais os arts. 154, § 2º; 167, XII e XIII, §§ 1º e 2º; e 174, da Constituição do Estado do Ceará, e os arts. 27 e 28 do seu ADCT. Tais dispositivos tratam de remuneração e direitos de servidores públicos, que, por não encontrarem similares na CF/88, somente poderiam ser veiculados por meio de lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo. São previsões específicas que não tratam da organização e estruturação do Estado-membro ou de seus órgãos, mas que versam sobre o regime jurídico de servidores públicos. STF. Plenário. ADI 145/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2018(Info 907).
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO: A Constituição do Estado do Ceará previa que deveria ser assegurado “aos servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações, isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou entre servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.” O STF decidiu que é inconstitucional a expressão “das autarquias e das fundações”. Isso porque a equiparação remuneratória entre servidores, a teor da redação originária do art. 39, § 1º, da CF/88, restringiu-se aos servidores da administração direta, não mencionando os entes da administração indireta, como o faz a norma impugnada. Além disso, o dispositivo estadual não foi recepcionado, em sua integralidade, pela redação atual do art. 39 da Constituição Federal, na forma EC 19/1998. STF. Plenário. ADI 145/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2018 (Info 907).
*#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STF: Foi instituído, no Tribunal de Justiça de São Paulo, o pagamento de uma verba pela atuação em 2ª instância de magistrados de 1ª instância. Em outras palavras, o juiz era convocado para atuar nos processos do Tribunal e, em razão disso, recebia uma verba que ficou conhecida como “auxílio-voto”. O CNJ, em procedimento de controle administrativo (PCA), considerou a verba irregular, por suposta ofensa ao teto constitucional, e determinou a devolução dos valores recebidos pelos juízes. O STF cassou a decisão do CNJ. Argumentos: 1) A decisão do CNJ violou o devido processo legal administrativo e os princípios do contraditório e da ampla defesa. Isso porque os magistrados não foram notificados para apresentação de defesa escrita, além de não terem participado da instrução processual. A decisão proferida pelo Conselho surpreendeu a todos os envolvidos. Além disso, o PCA no qual o CNJ decidiu pela irregularidade da verba foi instaurado para tratar sobre assunto completamente diverso. 2) A verba paga aos magistrados de 1ª instância que atuaram nos processos do Tribunal de Justiça foi regular, considerando que baseada no art. 124 da LC 35/79 (LOMAN). Essa convocação de juízes para atuar no Tribunal é válida e não viola a CF/88. Como essa convocação de juízes é válida (compatível com a CF/88), é natural que seja devido o pagamento de um valor como forma de “recomposição patrimonial dos magistrados, dado o exercício extraordinário de atribuições transitórias desempenhadas acumuladamente com a jurisdição ordinária”. De igual modo, como se trata de uma verba prevista em lei, fica afastada qualquer alegação de má-fé. Como a verba em questão servia para pagar os magistrados por um serviço extraordinário, elas não estavam abrangidas pelo subsídio. STF. 2ª Turma. MS 29002/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 7/8/2018 (Info 910).
*#DEOLHONAJURIS #STF #DIZERODIREITO: Não deve ser determinada a devolução de valores recebidos de boa-fé por servidor público, percebidos a título precário no período em que liminar produziu efeitos. É desnecessária a devolução dos valores recebidos por liminar revogada, em razão de mudança de jurisprudência. Também é descabida a restituição de valores recebidos indevidamente, circunstâncias em que o servidor público atuou de boa-fé. STF. 1ª Turma. MS 32.185/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13/11/2018 (Info 923).
- Competência para julgamento das ações 
	Se o servidor for do regime legal (estatutário) a justiça comum é competente.
	Se o agente é do regime contratual (celetista) a justiça trabalhista é competente. 
A discussão voltou a surgir com a EC n. 45/04 (art. 114, I, CF). Contudo, na ADI 3395, o STF reafirmou que o estatutário é da justiça comum e celetista da justiça do trabalho. E os contratos temporários? O STF (Repercussão Geral – RE 573.202) decidiu que os contratos temporários são regidos por regime jurídico administrativo especial. Logo, a competência para julgamento é da justiça comum.
 - Acumulação (art. 37, XVI e XVII e art. 38, ambos da CF)
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
	Atividade + Atividade = horário compatível + teto remuneratório + hipóteses da atividade.
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto 	no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Conceito de cargo técnico para fins do art. 37, xvi, “b”, da CF/88
#IMPORTANTE – A CF/88 permite a acumulação de um cargo de professor com outro técnico ou científico (art. 37, XVI, “b”). Somente se pode considerar que um cargo tem natureza técnica se ele exigir, no desempenho de suas atribuições, a aplicação de conhecimentos especializados de alguma área do saber. Não podem ser considerados cargos técnicos aqueles que impliquem a prática de atividades meramente burocráticas, de caráter repetitivo e que não exijam formação específica. Nesse sentido, as atividades de agente administrativo, descritas como atividades de nível médio, não se enquadram no conceito constitucional. [STF. 1ª Turma. RMS 28497/DF, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, julgado em 20/05/2014]
Não é possível a acumulação de dois cargos públicos quando a soma da carga horária referente aos dois cargos ultrapassar o limite máximo de 60 horas semanais. STJ. 2ª Turma. REsp 1.565.429-SE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 24/11/2015 (Info 576).
*#OUSESABER: A acumulação de cargos públicos remunerados pode resultar em jornada superior a 60h semanais? A proibição de acumulação de cargos públicos remunerados e suas exceções estão postas na CF: Art. 37. XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98) a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; Pergunta: e se essa acumulação resultar em jornada superior a 60h semanais, seria possível a acumulação? Consoante entendimento do STJ, MS 19.336-DF, e inclusive modificando entendimento anterior, é vedada a acumulação de cargos públicos quando a soma da carga horária referente aos dois cargos ultrapassar o limite máximo de sessenta horas semanais. Razões: 1) Necessidade de interpretação de modo restritivo da acumulação; 2) Atendimento ao princípio da eficiência; 3) Necessidade de manutenção da higidez física e mental do servidor. 
*#NOVIDADE #SELIGA: A posição atual e majoritária é no sentido de que é possível a acumulação de cargos mesmo que a jornada semanal ultrapasse 60h: A acumulação de cargos de profissionais da área da saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88 não se sujeita ao limite de 60 horas semanais prevista em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal. O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo comprometimento deverá ser aferido pela administração pública. STF. 1 Turma. RE 1.094.802 AgR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 11/5/2018. #POLEMICO
*#DEOLHONAJURIS #STJ #DIZERODIREITO: A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal. O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimentodeverá ser aferido pela administração pública. STF. 1ª Turma. RE 1.094.802 AgR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 11/5/2018. STF. 2ª Turma. RMS 34257 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 29/06/2018. STJ. 2ª Turma. REsp 1.746.784-PE, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 23/08/2018 (Info 632).
*#IMPORTANTE: Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do art. 37, XI, da Constituição Federal pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público. Ex: se determinado Ministro do STF for também professor da UnB, ele irá receber seu subsídio integral como Ministro e mais a remuneração decorrente do magistério. Nesse caso, o teto seria considerado especificamente para cada cargo, sendo permitido que ele receba acima do limite previsto no art. 37, XI da CF se considerarmos seus ganhos globais. STF. Plená rio. RE 612975/MT e RE 602043/MT, Rel. Min. Marco Aurelio, julgados em 26 e 27/4/2017 (repercussão geral) (Info 862).
Aposentado + Aposentado= hipóteses da atividade.
Aposentado + Atividade
a) hipóteses da atividade;
b) mandato eletivo;
c) cargo em comissão 
d) anterior EC 20/98 – direito adquirido para acumulação interior
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO: A Constituição do Estado do Ceará previa que o servidor, ao se aposentar, deveria receber, como proventos, o valor pecuniário correspondente ao padrão de vencimento imediatamente superior ao da sua classe funcional, e, se já ocupasse o último escalão, faria jus a uma gratificação adicional de 20% sobre a sua remuneração. O STF decidiu que essa previsão não era considerada materialmente inconstitucional à época da edição da Carta, uma vez que a superação da remuneração em atividade era tolerada na redação original da CF. Porém, essa regra não foi recepcionada pela EC 20/98 que proibiu a superação do patamar remuneratório da atividade e a impossibilidade de incorporação da remuneração do cargo em comissão para fins de aposentadoria (art. 40, §§ 2º e 3º, da CF/88). STF. Plenário. ADI 145/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2018 (Info 907).
Atividade + Mandato Eletivo 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, 	no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os 	valores serão determinados como se no exercício estivesse.
*#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STJ: O Auditor Fiscal do Trabalho, com especialidade em medicina do trabalho, não pode cumular o exercício do seu cargo com outro da área de saúde. STJ. 1ª Turma. REsp 1.460.331-CE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. Acd. Min. Gurgel de Faria, julgado em 10/04/2018 (Info 625).
4. Seguridade Social
A União manterá plano de seguridade para os seus servidores e dependentes. Compreendem as seguintes garantias: o servidor terá direito à aposentadoria, ao auxílio natalidade (concedido pelo nascimento do filho, inclusive natimorto e parto múltiplo – quantia equivalente ao menor vencimento do serviço público, acrescido de 50% por nascituro), ao salário família (cônjuge ou companheiros, filhos até os 21 anos de idade ou estudante até 24 anos, ou filho inválido em qualquer idade), licença para tratamento de saúde do servidor* (com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração), licença maternidade (durante 120 dias, com remuneração a contar do primeiro dia do 9º mês ou do dia do parto em nascimento prematuro, podendo a licença ser prorrogada por mais 60 dias, a pedido da servidora. Em caso de natimorto ou aborto, a servidora tem licença gestante por 30 dias. A amamentação pode ser realizada em 1h de descanso), licença paternidade (5 dias).
A licença que exceder a 120 dias no período de 12 meses, a contar do primeiro dia de afastamento, é preciso ser analisada por junta médica.
*#IMPORTANTE: O art. 210 da Lei nº 8.112/90, assim como outras leis estaduais e municipais, prevê que o prazo para a servidora que adotar uma criança é inferior à licença que ela teria caso tivesse tido um filho biológico. De igual forma, este dispositivo estabelece que, se a criança adotada for maior que 1 ano de idade, o prazo será menor do que seria se ela tivesse até 1 ano. Segundo o STF, tal previsão é inconstitucional. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: Os prazos da licença-adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença-gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença-adotante, não é possível fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada. STF. Plenário. RE 778889/PE, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 10/3/2016 (repercussão geral) (Info 817). “Não existe fundamento constitucional para tratar de forma desigual a mãe gestante e da mãe adotante, assim como não há razão para diferenciar o adotado mais velho do mais novo. Desse modo, se a Lei prevê o prazo de 120 dias de licença-gestante, com prorrogação de mais 60 dias, tal prazo (inclusive com a prorrogação) deverá ser garantido à mulher que adota uma criança (não importando a idade).”
Há também licença por acidente em serviço, tendo o servidor direito a remuneração integral e ao tratamento. O servidor tem direito à assistência à saúde e garantia de condições individuais e ambientais satisfatórias de trabalho.O dependente tem direito a pensão vitalícia e temporária, auxilio reclusão, auxilio funeral e assistência à saúde.
#ATENÇÃO - Apenas concursos federais! As pessoas que tenham participado de operações bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, assim como seus dependentes, possuem direito a uma pensão especial prevista no art. 53, II e III, do ADCT da CF/88 e na Lei 8.059/90.A pensão especial é devida ao ex-combatente. Quando ele morre, a pensão é revertida para os seus dependentes (art. 6º da Lei). O art. 5º da Lei 8.059/90 prevê o rol de dependentes que têm direito ao benefício e nele não inclui o menor sob guarda. Mesmo com essa omissão, o STJ entendeu que, na hipótese de morte do titular de pensão especial de ex-combatente, o menor de 18 anos que estava sob sua guarda deve ser enquadrado como dependente para efeito de recebimento da pensão especial. Isso porque o art. 33, § 3º do ECA prevê que a guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. Além disso, dispensa-se o exame de eventual dependência econômica, visto ser presumida por força da guarda do menor pelo instituidor do benefício. STJ. 1ª Turma. REsp 1.339.645-MT, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 3/3/2015 (Info 561). STJ. 2ª Turma. REsp 1.550.168- SE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 15/10/2015 (Info 572).
A CF/67 e a CF/88 (antes da EC 20/98) não proibiam que o militar reformado voltasse ao serviço público e, posteriormente, se aposentasse no cargo civil, acumulando os dois proventos. Ex: João foi reformado como Sargento do Exército em 1980. Voltou ao serviço público e se aposentou como servidor da ABIN (órgão público federal), concedida em 1995. Essa acumulação de proventos é possível. O art. 11 da EC 20/98 proibiu, expressamente, a concessão de mais de uma aposentadoria pelo regime de previdência dos servidores civis. No entanto, este dispositivo não vedou a cumulação de aposentadoria

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